Muito boa noite a você que nos acompanha! Dia 10 de abril, segunda-feira, depois da Páscoa. Feliz Páscoa, né? Estamos no tempo pascal ainda, né, celebrando a ressurreição de Cristo, né? Conforme a própria palavra do Senhor no evangelho deste domingo: “Alegrai-vos”, né? Esta é a palavra de Jesus para as mulheres que foram ao encontro do Senhor no seu sepulcro, mas não o encontraram, pois ele estava vivo. “Alegre-se”, então, esta palavra é como o tempo e a história, chega até nós, para nos alegrarmos, né? Apesar das dificuldades, apesar dos sofrimentos do nosso dia a dia, devemos
alegrar-nos. Estamos neste mundo, estamos nas dificuldades deste mundo, mas não somos feitos por este mundo; somos feitos para a vida eterna, somos feitos para uma vida que não acaba. Alegre! Então, essa é a grande mensagem, a grande ideia que nos norteia. E no início desta noite, aproveito para acolher a todos, a cada um de vocês que estão chegando, aqueles que estão chegando ao “Leite Católico” agora. Sejam muito bem-vindos! É uma alegria tê-los por aqui, né? E no dia de hoje, nós falaremos exatamente do que? Nós falaremos de como Deus fala conosco. Será que é possível,
né, a gente ouvir a voz de Deus, perceber a voz de Deus na nossa vida? Isso é possível? Não é possível? Será que aquilo que a gente acha que é voz de Deus não é a nossa própria consciência, não é talvez a nossa própria imaginação? Como distinguir o que é de Deus e o que não é, né? Então, sobre isso que a gente vai conversar nesta noite, né? Todos que estão chegando aí, Vera Lúcia, né, o Damião, sejam muito bem-vindos! Quem está chegando ao texto, quem está entrando diretamente aqui, a Sandra Letícia, muito boa noite
a vocês que estão chegando por aqui. Tá certo? Vamos rezar já no início deste Lente, colocar as nossas intenções, a nossa vida, a nossa família e, na sequência, a gente já entra aqui no nosso tema. Em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo. Amém. Senhor Jesus, nós nos colocamos na tua presença para vos agradecer por este tempo especial, nesse tempo pascal, esse tempo em que nós recordamos a sua ressurreição, a sua vitória sobre a morte. Nós te pedimos, Jesus, que o Senhor venha nos ajudar, que nós possamos buscar conhecê-lo mais para amá-lo mais.
E já no início desta live, nós queremos também nos consagrar, entregar as nossas vidas a Nossa Senhora, a Rainha do Céu, e rezaremos aqui a Antífona Mariana do tempo pascal: “O Regina Caeli”, né? O Rainha dos Céus, rezemos: “Rainha dos Céus, alegrai-vos! Aleluia. Pois aquele que merecestes trazer em vosso seio, Aleluia, ressuscitou, como disse. Aleluia. Rogai a Deus por nós. Aleluia. Exultai e alegrai-vos, ó Virgem Maria, Aleluia, pois o Senhor ressuscitou verdadeiramente! Aleluia.” Oremos: “Ó Deus, que vos dignastes alegrar o mundo com a ressurreição de vosso Filho Jesus, nosso Senhor, concedei-nos, vos suplicamos, a graça
de alcançarmos pela proteção da sua Mãe a glória da vida eterna. Pelo mesmo Cristo, nosso Senhor. Amém.” Senhor, nos abençoe, o Senhor nos guarde, nos livre de todo mal, hoje e sempre. Em nome do Pai, e do Filho, e do Espírito Santo. Amém. Muito bem, então neste Lente Católica do tempo pascal, nós já entramos, fizemos aí uma série falando a respeito da Quaresma, a respeito da vida de penitência, como viver esse espírito de penitência. E agora entramos no período da Páscoa, tempo de festa. Então é aquilo que Jesus mesmo nos diz no evangelho: enquanto o
esposo está conosco, não é conveniente que façamos jejum, né? Agora, nesse tempo pascal, é um tempo em que nós cessamos um pouco essa vida penitencial e procuramos viver essa alegria da ressurreição de Jesus até a sua ascensão aos céus, até a festa da Ascensão. Então é nesse espírito que nós vamos celebrar este tempo, viver este tempo, tá bom? Então, essa é a ideia. Muito boa noite a todos que estão chegando por aqui, né? Sejam muito bem-vindos! Feliz Páscoa a todos! Deus abençoe grandemente a família de cada um de vocês. E já aqui no início, eu
aproveito mais uma vez para agradecer pela nossa campanha. Nossa campanha foi encerrada na semana passada, para a compra e aquisição da imagem de Nossa Senhora das Lágrimas. Foi um sucesso! Conseguimos o valor, vamos adquirir a imagem de Nossa Senhora das Lágrimas. Agradeço assim a cada um de vocês que doaram, pelo empenho. E aproveito já para estender a mão para a nossa nova campanha. Aqui no Lente Católica, você que nos acompanha, você que faz parte aqui desta família, deste apostolado, está aqui toda segunda-feira junto comigo. Eu convido especialmente a você que me acompanha aqui na segunda-feira
para que nos ajude na nossa nova campanha: a campanha de aquisição de uma câmera de melhor qualidade para transmitirmos o Lente Católica nas segundas-feiras. Às vezes, acredito eu, que hoje também devo estar aí um chiado, né? Às vezes esse chiado, às vezes algum barulhinho, alguma interferência que causa um certo incômodo e atrapalha um pouquinho vocês de assistirem tranquilamente. Isso é devido à pouca tecnologia que nós temos para fazer aqui o Lente Católica. Então, seria necessário uma câmera de melhor qualidade para captar o som, captar a imagem um pouquinho melhor, né? Aqui nós temos hoje uma
estrutura um pouquinho melhor de iluminação, mas ainda falta uma estrutura melhor, mais bacana de imagem e de som. E uma câmera profissional nos ajudaria a resolver esse problema de captação do som e de transmissão de uma imagem mais limpinha, mais definida, né? Então, eu estendo a mão aqui novamente: nos ajude! Aqui embaixo você vai encontrar... Nosso PIX é um telefone. É importante que, ao doar para o Lente Católica, você identifique o seu depósito. Coloque lá "Lente", né? Assim, o pessoal saberá separar o que é doação do Texto do Amor Poderoso e o que é doação
aqui do Lente Católica. Você pode colocar "Lente Católica", "Lente", ou colocar "Toninho" ou "Rafael". Eles vão saber que esse depósito é destinado para essa nossa campanha da câmera, tá bom? Os depósitos não identificados, depois, no fim, a gente com um pouco de esforço consegue separar mais ou menos quem é quem, né? Mas, fazendo depósito identificado, já nos ajuda bastante. Tá bom? Então, eu estendo a mão aqui mais uma vez para que a gente possa oferecer um programa de qualidade melhor e que possamos chegar mais longe. Aproveito também para fazer um convite, já no início do
leite de hoje, para que você curta, comente e compartilhe. Envie para os seus contatos, né? Cada vez que você curte no YouTube, ele acaba entregando mais a nossa live, nosso conteúdo. Então, nos ajude, tá bom? Fica aí o nosso pedido, né? E é aquilo que o grande teólogo francês, O Toller, dizia, né? Quem ajuda na pregação tem mérito de pregador. Isso era repetido pelo Padre Vitor Coelho de Almeida, né, da Rádio Aparecida, né? O venerável Padre Vítor também dizia a mesma coisa, né? Quem ajuda na pregação tem mérito de pregador. Então, às vezes, você não
prega, mas nos ajuda a pregar, então o mérito é seu também, né? Você será contado entre os pregadores. Muito bem, fica aí esse convite, esse pedido de ajuda, tá bom? Agora, vamos ao nosso tema de hoje. O nosso tema fala a respeito de Deus, né? Como Deus fala. Nós conseguimos, né? É possível perceber como Deus fala conosco, né? Como que funciona essa questão de Deus falar conosco, né? Como é que essas coisas se dão, né? De fato, então, são coisas que nós devemos nos perguntar. O nosso tema, hoje, é justamente esse: como Deus fala conosco.
É possível entender, compreender como Deus fala conosco? Bom, é possível, né? Agora, nós temos que entender como isso funciona, né? Essa questão de como Deus fala conosco. E aí existem alguns critérios para a gente entender isso. Bom, o primeiro critério é o seguinte: se nós pegarmos a Sagrada Escritura, desde o início, lá no livro do Gênesis, nós veremos já um desejo de Deus expresso muito claramente. Qual que era o desejo de Deus? Estar com os homens e falar com os homens, né? Já no capítulo 1 do livro do Gênesis, né? Já no versículo 3 da
Bíblia, no comecinho dessa Sagrada Escritura, está lá a seguinte frase: "Deus disse". Então, Deus fala o tempo todo, né? É desejo de Deus comunicar-se. Aliás, dentro da Santíssima Trindade, o que Deus mais faz é comunicar-se. É uma comunicação intensa de amor. É o pai que tudo faz para o filho e ama o filho. Este amor do pai pelo filho é um amor pessoal, não é simplesmente um sentimento, mas é uma pessoa: o Espírito Santo, que une o pai ao filho e o filho ao pai, e os dois com o Espírito e o Espírito com os
dois, né? E é assim que a Trindade funciona. Então, a Trindade funciona como uma comunicação permanente. E aí, já no começo da Sagrada Escritura, nós vemos esta frase: "Deus disse". Então, Deus fala o tempo todo. Agora, resta uma questão: como Deus fala? Bom, Deus fala de vários modos, utiliza vários meios para falar conosco. Então, cabe a nós buscarmos esses meios, né? Pode surgir uma dúvida assim, né, no nosso coração, a respeito dessa questão de Deus falar. Você acredita que Deus falou com os profetas? É fácil acreditar que Deus falou com santos? É fácil. Agora, nem
sempre é fácil a gente acreditar que Deus fala com a gente. Só que acontece o seguinte: todos nós que somos batizados, nós somos templos do Espírito Santo. Pelo batismo, o Espírito Santo habita em nós. O Espírito Santo está em nós e Ele, que é Deus, se comunica o tempo todo. O Espírito Santo fala onde? Dentro de nós. Como na nossa consciência. A consciência do ser humano, né? É a parte mais íntima do ser humano, é o que nós chamamos de espírito. Então, o que é o espírito? É a parte mais íntima do ser humano. No
espírito humano, somente duas pessoas podem penetrar: você mesmo, que penetra o seu próprio espírito, e Deus. Só dentro do meu espírito, do seu espírito, só Deus pode entrar. É algo tão sagrado que só Deus pode entrar. É algo tão sagrado que só você pode entrar. Uma pessoa, por mais que ame outra, jamais vai penetrar, vai entrar no espírito da outra, vai saber das coisas como a própria pessoa sabe. Isso não é possível. Aliás, nenhum demônio pode entrar. Tem gente que às vezes fica nessa dúvida, né? "Ah, mas será que o demônio pode saber o que
eu estou pensando? O demônio pode saber o que eu estou sentindo?" Não, o demônio não sabe, né? Porque aquilo que você pensa, aquilo que é sua consciência, só você e só Deus pode saber. O demônio, ele pode te observar exteriormente, né? E o demônio tenta, né? Porque ele é esperto, ele tem um conhecimento das coisas, ele é um anjo, afinal de contas. Então, o demônio observa as suas reações, ele observa o que você fala, ele observa o que você assiste, ele observa aquilo que você faz, o seu jeito... De agir em quais pecados você cai,
e é por aí que ele vai te tentando. Mas o demônio é incapaz de saber o que está na sua consciência, porque, na sua consciência, no seu espírito, só Deus e só você mesmo podem acessar aquilo que está lá dentro, né? Uma pessoa, por mais que ela ame a outra, né? Mesmo marido e mulher, um não entra na consciência do outro. O marido e a mulher podem saber algumas coisas que percebem, que captam, que sabem porque o outro contou, mas entrar na consciência, somente a própria pessoa e o próprio Deus, só, né? E é interessante
que o Espírito Santo habita onde? Dentro da nossa consciência. Então o Espírito Santo, que é a voz de Deus, falou pela boca dos profetas. O Espírito Santo inspirou os autores sagrados que escreveram a Bíblia. O Espírito Santo inspirou os evangelistas, os pregadores, aqueles que levaram o Evangelho adiante. Este mesmo Espírito Santo que falou pela boca dos profetas, dos apóstolos, dos evangelistas é o mesmo Espírito Santo que habita em você e em mim. Então, se é o mesmo Espírito, e ele já falou, isso significa que ele continua a falar. Sim, ele continua a falar, mas não
significa que o Espírito Santo tenha algo a acrescentar àquilo que ele já disse. Tudo que o Espírito Santo precisava dizer para a nossa salvação, ele disse até a morte do último apóstolo de Jesus, que foi o apóstolo São João Evangelista. Então, tudo que Deus tinha para revelar, tudo que Deus tinha para mostrar, tudo que Deus tinha para ensinar, ele já revelou, ele já ensinou, ele já mostrou. Agora, é claro, nem sempre a gente é capaz de entender, de absorver, de compreender isso. E por quê? Por n motivos: às vezes, por conta dos nossos pecados, que
nos cegam para as coisas de Deus; às vezes, pela nossa vida agitada; às vezes, pela nossa falta de habilidade, de capacidade pessoal para aprender as coisas. Enfim, existem n fatores que podem fazer com que nós não conheçamos aquilo que o Espírito Santo já revelou. Agora, independentemente de sermos inteligentes ou não, dispostos mais abertos ou menos às coisas de Deus, independentemente disso, o Espírito Santo quer falar. Deus procura meios de falar conosco. Então Deus pode falar de formas muito variadas. Existem três formas ordinárias que Deus usa para falar; essas são as formas ordinárias. O que é
uma forma ordinária? É a forma mais comum, a mais segura e a mais garantida. Então, Deus fala através da tradição da Igreja, Deus fala através da Sagrada Escritura e Deus fala através do magistério, que é o que os papas e os bispos em comunhão com o papa ensinam. Essas são as maneiras ordinárias de Deus falar. Então, tem gente que diz assim: "Ah, eu vou abrir a Bíblia aqui aleatoriamente para tirar uma palavra, para ver o que o Senhor fala para mim." E às vezes as pessoas fazem disso um amuleto, né? Fazem isso uma superstição e
aí abrem ali coisas aleatórias e ficam tentando interpretar, né? "Ai, por que o Senhor me falou isso?" Então, a gente tem que ter um pouco de cuidado no tratamento que a gente tem com essa grande Escritura. A Sagrada Escritura não é um catálogo, né, que você abre e vai escolhendo o que você quer comprar, né? E também não é algo mágico, né? Que você abre ali a Bíblia, tira uma palavra, e aquilo vai se concretizar, vai acontecer. Não é bem assim. Deus tem uma maneira de falar, mas a maneira como Deus fala é uma maneira
clara, é uma maneira que nós entendemos. Então, é mais fácil saber o que Deus quer nos dizer estudando a doutrina, que é a interpretação da Sagrada Escritura, do que abrindo a Bíblia aleatoriamente e lendo um versículo. Então, por exemplo, quando eu leio o Catecismo da Igreja e pego as citações bíblicas que estão lá, que são interpretações da doutrina da Igreja, Deus está falando comigo. Deus vai falar com você. Por quê? Porque você está buscando conhecer a sua própria fé, a sua própria doutrina. Por isso que eu digo que os dois livros de cabeceira do católico
são o Catecismo da Igreja e a Bíblia Sagrada. Nós temos que ter os dois na mão o tempo todo e meditar naquilo que lemos, não simplesmente ler e tentar aplicar aquilo ali. Não. A Bíblia tem um contexto. Existem textos bíblicos, por isso que é um perigo, e a Igreja Católica insiste muito nisso, né? Você pegar um versículo bíblico, um trecho bíblico, fora de contexto, não entender o que aquilo está dizendo, e tomar aquilo a partir da interpretação que você tem hoje. Daquilo. Então, você tem que pensar, por exemplo, que alguns textos bíblicos foram escritos mil
anos antes de Cristo. Então, dentro daquele contexto, o que aquele texto sagrado queria dizer? Eu não posso pegar um texto de mil anos antes de Cristo e simplesmente abri-lo e ler, dizendo: "Não, isso aqui se aplica aqui agora, hoje." Não necessariamente. Não necessariamente. Eu tenho que interpretar. E quem é que me ajuda a interpretar legitimamente o texto bíblico? A Igreja! Quem é que vai me dar baliza? Quem é que vai me dizer, né? Quem é que vai me dar o gabarito para que eu confira o que realmente é o que o texto bíblico quis dizer?
A Igreja. A Igreja! Jesus não escreveu nada, mas ele fundou a Igreja. Então, o que é mais importante: o livro ou a Igreja? A Igreja. Aliás, para nós católicos, nós cremos nisso. Essa é a grande diferença, né? Com os irmãos evangélicos: eles acreditam que é a Bíblia, que o livro faz a Igreja; nós católicos, não. É a Igreja que faz o livro, porque antes de existir o livro, existia a Igreja. Mateus 16:18: "Tu és Pedro, e sobre esta pedra edificarei a minha Igreja." Igreja! Jesus não escreveu um livro; ele fundou a igreja, ele pregou, ele
curou, ele exerceu seu ministério diante dos seus apóstolos e confiou a eles a missão de pregar, a missão de dar testemunho. Você escreveu um livro dizendo que um sujeito ressuscitou; as pessoas tomam isso como ficção. Santo Agostinho, mesmo quando ele leu a Bíblia, achava que era um livro de fábulas; ele dizia: "Não, a Bíblia é um livro infantil, é um livro de fábulas. Uma pessoa sábia, uma pessoa estudada, não tem como acreditar nisso." Santo Agostinho, quando é que Santo Agostinho se converte? Quando ele ouve a voz da Igreja. Quando ele ouve a voz da Igreja,
quando ele olha para a maneira como uma igreja vivia a fé, aí ele entendeu o sentido do livro, né? Aí ele entendeu o sentido do livro. Então, aí está o grande segredo, né? Então, quem é que vai me dizer como eu devo interpretar essa grande Escritura? A Igreja! Porque Jesus confiou à Igreja a missão de dar testemunho do ressuscitado. Uma coisa é alguém escrever um livro; um livro até comove. Outra coisa é a pessoa chegar para você e dizer: "Eu vi isso que estou te falando, eu vi, eu estava lá." E é por isso que
os mártires se animavam a derramar o seu sangue. Na Igreja Primitiva, ninguém derrama o seu sangue por uma história bonita. Ninguém derrama o seu sangue por uma história bonita, mas as pessoas são capazes de derramar o seu sangue quando elas percebem um testemunho verdadeiro. Os apóstolos se entregaram à morte corajosamente, não negaram Cristo porque eles estavam conscientes: "Eu vi o Senhor, o ressuscitado está vivo, eu toquei no ressuscitado. Se quiser me matar, pode me matar, pode dilacerar o meu corpo, mas eu vi o ressuscitado." Então, o testemunho de 12 homens fundou a fé cristã, e
não foi um livro. O livro é consequência. O livro é importante; nós devemos amá-lo, venerá-lo, respeitá-lo, né? Escritura é importantíssima, mas ela vem da Igreja, ela nasce do testemunho. Então, nós temos três formas ordinárias de ouvir Deus falar: a tradição, a Escritura e o Magistério. Agora, Deus fala de outras maneiras; Deus pode falar, aliás, de mil maneiras. Agora, para ouvir Deus falar, nós temos de estar em sintonia com Deus, né? E aqui é importante que a gente pense em alguns passos importantes. Como eu posso ouvir a voz de Deus na minha vida? Eu, Rafael, e
você aí que me acompanha, né? Eu vi aí, nós temos gente de todo lado, até no Japão, né? Estamos assistindo lá; já é dia, né? Lá já é bom dia, nem é boa noite mais, né? Então, quer dizer, onde você estiver me escutando aqui hoje ou você que vai me assistir depois, Deus fala com você. Fala! Deus fala, só que nós precisamos entender um caminho e observar alguns passos que são importantes nessa experiência, nessa busca de Deus. Então, a primeira coisa, se eu quero saber o que Deus fala na minha vida, em primeiro, esse lugar
eu preciso buscar Deus. Isso aí parece óbvio, né, o que eu estou dizendo? Mas o óbvio tem que ser dito, né? Então, se eu quero entender o que Deus tem a dizer na minha vida, eu tenho que buscar Deus. Vamos pensar no seguinte: bom, Deus é uma pessoa, é um ser pessoal, certo? Deus é um ser pessoal. Se você quer falar com uma pessoa, um vizinho, um amigo, um irmão, parente seu, o que você tem que fazer? Você tem que buscar a pessoa, né? Você vai ter que buscar um meio de falar com a pessoa;
vai falar pelo telefone, vai falar pelo aplicativo, vai falar, sei lá, por mensagem, vai marcar de se encontrar com a pessoa. Você precisa buscar a pessoa para falar com ela; não adianta só você ficar na sua cabeça e pensar: "Nossa, eu precisava falar com Fulano, eu precisava falar." Tá, mas se você não for e falar, você nunca vai saber, nunca vai resolver o problema, nunca vai conversar com a pessoa. Você precisa buscar pela pessoa. Então, nós precisamos buscar Deus. Como que nós buscamos Deus? Pela oração! Quem reza se salva, quem não reza se condena, é
o que já ensinava Santo Afonso de Ligório. Então, nós temos que buscar a Deus, mas buscar a Deus num momento para estar com Ele, se sentar para falar com Deus, sem celular por perto, de preferência com o mínimo de barulho, com o mínimo de distração, para conseguir falar com Deus. Só que aí acontece o seguinte: na nossa cabeça já existe, naturalmente, tanto barulho, tanta perturbação, tantas coisas que a gente não consegue se acalmar. É fácil de primeira. Eu me lembro de vários retiros que eu fiz; retiros de dois dias, três dias, às vezes eu levava
dois dias só para me aquietar, tá? Acalmar, né? Parece a água: quando você está com a água barrenta, né? A água está em movimento; você vê aquela água turva. Quando a água fica paradinha, né? As partículas, a sujeira, ela desce; aí você vê a água mais limpa. A oração funciona assim. A oração funciona assim! Então, você tem que aquietar, e às vezes vai demorar um tempo para você aquietar. Então, se você vai buscar Deus, tem que pensar num horário aí dentro do seu dia onde seja possível fazer isso, né? Então, você aquieta o seu coração,
tira o celular de perto, tira o barulho que tiver de perto, né? É busca estar com Deus, mas de coração mesmo, né? De coração, né? E tentar acalmar. Agora, o que vai acontecer na hora que você for tentar falar com Deus? Vou tentar acalmar. O que vai acontecer com você? Todos os pensamentos, todos os pensamentos que estão na sua cabeça, as preocupações, problema do seu trabalho, problema da sua família... Os seus filhos, os seus netos... Enfim, tudo isso vai vir na sua cabeça. E aí você tem dois caminhos, né? Santa Teresa fala isso: você tem
dois caminhos. O desespero de ficar tentando acalmar tudo isso, e aí você não reza, né? Ou você pode fazer disso o início da sua oração. Então, se você está com mil e uma preocupações, você já começa falando para Jesus do seu dia: "Olha, Jesus, hoje realmente estou muito cansado. Hoje aconteceu isso, aconteceu aquilo no meu trabalho, aconteceu essa situação na minha casa... essa situação eu entrego para o Senhor." Então, você já entrou na oração, você já está entregando, já está colocando diante de Deus. Então, Santa Teresa fala isso, né? Ela fala que você tem dois
caminhos: ou o desespero de tentar aquietar para rezar quietinho e não conseguir, ou você usar as preocupações como ponto de partida. Então, sejamos inteligentes, vamos usar as preocupações como ponto de partida, né? É o segundo ponto que a gente precisa ter em mente quando você vai rezar. Às vezes, a gente quer falar muito para Deus. Ótimo! Então, fale tudo que você quer falar para Deus, porque às vezes você chega com a cabeça cheia na oração, pensando em muitas coisas, e essas coisas podem te distrair. Então é melhor falar para Deus: "Fala para Deus tudo que
você quiser." Sabe, gasta aí uns 10, 15, 20 minutos que seja, de limpeza da sua mente, das suas preocupações. Confie tudo para Deus! E aí, depois que você fizer isso, agradeça a Deus, peça a Deus o que você quer pedir e aí, então, você procure silenciar o seu coração. Nós não podemos ter uma afobação de querer ficar ouvindo Deus. Às vezes, tem gente que entra na oração e pensa: "Vamos ver o que o Senhor vai me falar." Às vezes, Deus não vai te falar nada. Às vezes, você não vai nem entender o que Deus te
fala. Aliás, Deus fala conosco o tempo inteiro; todas as vezes que nós rezamos, Deus fala conosco, mas a gente não consegue entender. Então, apenas com o tempo, a gente vai afinando espiritualmente o nosso ouvido, né? O ouvido do coração para ouvir Deus. Isso não é rápido, né? Isso não é rápido. Então, o que acontece? Você tem que ir com calma. Tem que ir com calma. Quanto mais você se confessar, mais sensível ao pecado você vai ficar. Então, você vai começar a perceber que coisas que você não achava que eram pecado, agora percebe que são. Então,
confissão frequente ajuda. Rezar outras orações também te ajuda muito. Então, é a graça de Deus que vai te cercando, vai te tomando. Então, você começa a entender melhor as coisas de Deus. Outra coisa que ajuda muito é a leitura espiritual. Leia todos os dias, que seja uma página. Pega um livrinho de espiritualidade, a "Imitação de Cristo", por exemplo, que é curtinho. Todos os dias leia lá um itemzinho da "Imitação de Cristo", né? Você vai pegar um ponto, vai ler um ponto por dia, aquilo vai te ajudar a rezar. Pegue quem tem aqueles livros do santo
do dia: leia a história do santo do dia. É um livro que vai te ajudar a rezar. Pegue uma vida de santo, leia um capítulo, leia duas páginas que seja, para que isso te alimente espiritualmente. E isso vai te ajudando a ter uma percepção espiritual mais apurada, mais afinada. Então, não entre na oração com essa preocupação: "Eu quero ouvir Deus." Deixe isso de lado! Reze com tranquilidade, com liberdade. Se Deus quiser que você entenda alguma coisa, se Deus for realmente falar alguma coisa que é preciso que você entenda, você vai entender, se você abrir o
seu coração, se você tiver boa vontade ao rezar. Se você realmente estiver disposto a ouvir Deus, você devagar vai conseguir. É uma questão de insistir, de perseverar. Outra coisa importante: nós não podemos ficar falando para Deus o tempo todo para que Ele fale, né? Como se Deus fosse nosso servo, nosso empregado. "Ai, que o Senhor fale! Ai, que o Senhor me dê uma palavra! Fala, eu não estou conseguindo entender!" Às vezes, Deus não quer te dizer nada. Deus apenas quer que você, que é filho amado d'Ele, esteja junto com Ele; às vezes, é só isso
que Deus quer naquele momento. E às vezes, é só isso que você precisa também. Então precisamos ter liberdade para rezar, para estar diante de Deus, né? E a gente tem que pensar que a relação com Deus é como uma relação humana. Uma relação humana, como que ela funciona? Você fala, mas você também ouve o que o outro tem para dizer. Isso é um diálogo. Hoje em dia, o grande mal do nosso tempo, né? As pessoas querem falar, elas querem ser ouvidas, mas não querem ouvir o que o outro tem a dizer. Então, o que a
gente deve fazer? Isso na oração: silêncio! Aí muita gente fala, né? Eu já conversei com muita gente que fala isso: "Ai, mas me dá agonia, me dá um desespero ficar em silêncio, sem falar nada." Faça esse exercício! Às vezes, estamos muito cheios de "porcaria", muito cheios de preocupações que não levam a lugar nenhum, e a gente quer falar; a gente fala: "Ai, porque eu sou muito ativo! Ai, porque eu falo muito." E a pessoa acha que isso é uma virtude. Não é uma virtude! Não é uma virtude! Isso indica o quê? Uma desordem anterior. Então,
silencie, devagar. É um exercício. Quanto mais a gente vai silenciando, mais a gente vai escutando. Deus falar a linguagem de Deus é o silêncio. Deus fala no silêncio. Deus não fala no barulho. É a história do profeta Elias, né? Lá no livro dos Reis, né, que ele estava recolhido no Monte Carmelo esperando Deus, então vem o vento forte, impetuoso; depois, uma tempestade; depois, raios. E quando é que Deus falou com o profeta Elias? Quando vem uma brisa suave, quase imperceptível, no silêncio, na tranquilidade. Foi ali que Deus falou, né? Foi ali que Deus falou, certo?
Só que nós estamos num mundo muito barulhento; as nossas casas, a nossa vida, tudo ao nosso redor é muito barulhento. Então, fazer silêncio para tentar ouvir Deus é um exercício, né? Então, é claro, no primeiro momento, na oração, nós podemos dizer tudo que nós queremos para Deus, mas depois nós temos que silenciar para tentar ouvir o que Deus tenha a nos dizer. E o ser humano, né? Ele é movido por três espíritos: Espírito Santo, espírito humano e o espírito demoníaco, o espírito do mal. Então, nós temos que distinguir se aquilo que, na oração, nós estamos
percebendo é voz de Deus ou é voz do inimigo ou é nossa voz. E como que nós distinguimos isso, né? Da seguinte maneira: a primeira coisa, se você está rezando, de repente você tem uma luz. Você está rezando, às vezes há tempos a respeito de um determinado problema e, de repente, do nada, você tem uma luz e fala: "Nossa, eu estava rezando aqui, será que isso aqui foi Deus que me disse? Será que foi Deus que me indicou esse caminho, essa solução?" Então, basta você pensar. Essa intuição que você teve, às vezes essa palavra, às
vezes esse entendimento que você teve, né? Será que realmente foi voz de Deus? Bom, se você quer saber se é voz de Deus mesmo, basta você olhar o que foi dito. "Bom, eu senti aqui uma emoção, Deus dizendo para fazer isso, isso e aquilo." Tá. Isso que eu senti na oração contraria a doutrina da Igreja? É algo contrário às Escrituras? É algo contrário ao que a Igreja ensina? Ah, é algo contrário. Então, não pode vir de Deus. Então não é Deus que está falando. Aí, das duas, uma: ou é você ou é uma tentação demoníaca.
Por quê? Porque Deus não se contradiz. Deus não ensinaria uma coisa na Igreja, na doutrina da Igreja, e te inspiraria outra coisa, né? Uma vez, nessa coisa, antigamente, né, na comunidade, a gente tinha alguns eventos onde a gente tinha os plantões de oração, né, e a gente rezava sempre em duas, três pessoas pelas pessoas que vinham pedir, às vezes, algum aconselhamento, uma oração. E uma vez, em um desses atendimentos, né? Isso aí não aconteceu comigo; foi um amigo da comunidade que depois até colocou isso como uma dúvida. Ele falou para mim: "Nossa, né, mas a
pessoa veio tão convicta." Eu falei: "É, mas tá errado. Ou é da cabeça dela ou é o demônio; é uma tentação demoníaca." Né, que a pessoa veio e disse, né, para uma das pessoas da comunidade: "Não, porque eu tive, o Senhor colocou para mim, eu ia me confessar hoje no evento." Nossa, estavam lá alguns sacerdotes confessando, e ele falou: "Não, mas eu senti o Senhor colocando: 'não se confesse com nenhum desses padres, você tem que se confessar com outro padre outro dia.'" Assim. E aí a pessoa veio até falar para mim e falou: "Nossa, né,
será que essa emoção, será que o Senhor colocou isso para mim?" Falei: "Não, mas de jeito nenhum! Isso aí ou é coisa da cabeça da pessoa, né, é doideira da própria pessoa que rezou ali, não entendeu nada direito; e, às vezes, a pessoa tá numa confusão espiritual interior tão grande que ela acha que foi Deus que falou mesmo, né? E na verdade, não é nada disso." Então, qual que é a baliza, né, o gabarito, como eu falei agora há pouco, né? Para a gente saber se uma palavra, uma intuição, uma moção realmente vem de Deus,
a gente vai olhar porque a doutrina da Igreja é contrária à doutrina. Então, não vem de Deus. Então, pode descartar isso; não é voz de Deus, não é Deus falando com você. Ou é a sua própria desordem anterior falando, ou é uma tentação, certo? Então, Deus não é. Então, esse é um primeiro ponto para a gente discernir. Outra coisa, né? Quando Deus nos fala, é geralmente, Deus tem uma maneira de confirmar, né? Deus pode falar com a gente nos fatos. Deus pode falar com a gente através da Bíblia. Deus pode falar com a gente através
de uma música. Deus pode falar com a gente através de uma pessoa, né? Então, quer dizer, Deus pode falar diretamente ao seu coração. Às vezes, você tá pedindo uma coisa, você tá rezando por uma intenção, você vai à missa e você ouve ali uma palavra do padre. Não me diga que você falou: "Nossa, é o que eu estava pedindo para Deus para entender e foi falado aqui agora." Então, quer dizer, aí é algo que bateu profundo no seu coração. Aí você tem que discernir: "Bom, isso tá me levando para o bem? Isso está me levando
a ser melhor? Isso está me aproximando de Deus?" Então, vem de Deus, certo? Vem de Deus, certo? Então, aí é possível você ver claramente a mão de Deus através das experiências da sua vida. Certamente, todos vocês estão me acompanhando. Pode ser que todos tenham pelo menos aí uma meia dúzia de histórias de vezes em que você estava rezando, pedindo determinadas coisas e você teve uma... Clareza de que realmente é Deus estava falando com você. Outra coisa importante: quando Deus fala com a gente, a palavra de Deus, aquilo que Deus dirigiu a você, isso ecoa por
muito tempo na sua cabeça, fica na sua cabeça por muito tempo, né? Eu, depois que meu pai faleceu, eu e meu irmão, todo mundo, né? Nós tivemos um tempo assim de muito sofrimento, muita saudade, dificuldade para entender a situação, né? Meu pai morreu de repente, não estava doente nem nada. Então, você fica com mil e um questionamentos. Eu estava rezando muito, como uma série de questionamentos, né? Como uma série de questionamentos. E eu tive um sonho. Eu não dou muita importância a sonho, coisa assim, que os meus sonhos não têm pé nem cabeça, né? Então,
eu nunca fui de dar importância a sonho, nada disso. Mas eu estava rezando, pedindo a Deus, falei: “Nossa, que o Senhor me mostre, me encaminhe, sempre que eu saia também dessa situação de tristeza profunda, né? Eu quero rezar pelo meu pai, mas eu quero também entregar a vida dele. O Senhor sabe de todas as coisas”. Se fosse, então, e eu tive um sonho que me tranquilizou muito, né? Depois da morte do meu pai, me tranquilizou muito. E aí eu fiquei pensando: “Falei, será que esse sonho realmente veio de Deus ou não, né?” E aí, como
que eu discerni? Usando esse critério: o que vem de Deus ecoa fundo e você não esquece. Faz dez anos que meu pai morreu e eu me lembro desse sonho perfeitamente. Eu não consigo lembrar de sonho nenhum que eu tenha. Este sonho especificamente foi um marco para mim. Eu me lembro de cada palavra, de cada passo, de cada coisa e aquilo me tranquilizou. E, a partir daquele momento, eu consegui realmente entregar ali a vida do meu pai, eu consegui rezar melhor pela minha família, pela minha mãe, pelo meu irmão, consegui me consolar mais com a perda.
E aquilo, calor fundo, e aquilo até hoje me consola quando eu lembro daquele sonho. Aquilo me consola! Então, será que é meu? Será que veio da minha cabeça? Será que é sugestão psicológica, né? Não, né? Porque a sugestão psicológica, ela consegue te acalmar por um tempo, né? Mas aquilo que vem de Deus tem uma característica: primeiro, aquilo que Deus faz é bem feito. Depois, outra característica: aquilo que Deus faz ecoa. Aquilo que Deus faz não é só naquele momento, é algo que tem uma permanência, tem um eco, é algo que vai longe. Então, tem certos
acontecimentos da nossa vida que você vai se lembrar sempre. E cada vez que você se lembra, às vezes, daquilo que Deus fez de bom, de grande na sua vida, aquilo te consola, né? Aliás, né? Esse é um exercício, um exercício que Santa Teresa também ensina, né? Que em momentos de grande desânimo, a gente tem que lembrar do que Deus já fez na nossa vida. E aqueles momentos de grande alegria, aquilo nos consola. Aquilo faz com que a ação, a mão de Deus na nossa vida, a memória da mão de Deus atuando na nossa vida, venha
ao nosso coração e não estrague a felicidade de novo, nos traga alegria de novo. Então, quer dizer, aquilo que Deus fala tem esse caráter, né? De perfeição, tem esse caráter de permanência, né? Ecoam, né? E outra coisa: aquilo que Deus nos fala. Deus pode falar através de um livro, de uma música. Outra característica de quando Deus nos fala: aquilo nos esclarece, não fica dúvida. Você fala: “Poxa vida, eu estava rezando, aconteceu. Então é isso mesmo, é para que eu vá por esse caminho mesmo, né?” É lá no livro do profeta Isaías, né? Capítulo 46, versículo
11: “Olha que Deus nos diz: o que eu disse, eu executarei; o que eu concebi, eu realizarei”. Vou repetir: “O que eu disse, eu executarei; o que eu percebi, eu realizarei”. Deus não volta atrás! É, Deus é fiel. Deus é fiel. A gente não é fiel, mas Deus é. Se Deus prometeu, Ele faz. Aquilo que Deus fala realmente no nosso coração fica em nós, fica gravado, não se apaga, né? Porque a voz de Deus, ela ecoa na nossa existência, né? Então, Deus deseja cultivar essa proximidade com você, comigo, com todos nós que somos filhos, né?
E aí você vai falar: “Então, como que eu vou ouvir a voz de Deus sempre? Como que eu vou ter uma intimidade com Deus?” Primeiro passo: reze, pedindo ao Espírito Santo: “Espírito Santo, eu quero ser íntimo de Deus, eu quero ouvir a sua voz; o Senhor habita em mim, fala em mim, reza em mim, me ajuda, né, a entender a tua presença”. Aqui eu sei que muitos dos que nos acompanham participam de grupos de oração, outros não. Mas, por exemplo, na Renovação Carismática, é uma experiência, um modo, né? Não seria propriamente uma experiência, né? Porque
Deus não é material. Quando você fala de experiência, você só experimenta o que é material. A gente fala experiência de Deus muito entre aspas, porque o termo não é correto, né? A gente, na verdade, não experimenta Deus, né? Deus é tão grande que o verbo nem seria esse, né? A gente alcança Deus, a gente é alcançado por Deus, né? E na renovação há um costume, né? De se rezar em línguas. O que é a oração em línguas? Basicamente, é isso: você pede ao Espírito Santo que habita em você que Ele fale. É por isso que
a oração em línguas, ela não significa nada, é uma oração desconexa, pedindo ao Espírito Santo, que é Deus, que é perfeito, que é santo, que Ele reze em nós, através de nós, né? Que Ele fale aquilo que Ele quer falar. E é um exercício para que a gente aprenda a se conformar à vontade de Deus, né? Isso que serve oração em línguas, né? É, agora é claro. Existem os dois tipos, né, de oração em línguas: né a xenologia e a glossolalia, né, que são coisas diferentes, né. Existe um dom de línguas que é uma pessoa
falar uma língua desconhecida e ser interpretada por outro; a pessoa fala sem nunca ter aprendido, muito bem, aí é um dom extraordinário. Agora, o dom ordinário, né, a glossolalia, é você repetir palavras desconexas mesmo, vai mais pedindo ao Espírito Santo que seja Ele que venha rezar em nós, né. Então, é esse exercício, né, de pedir a Deus a graça de ouvir o que Ele tem a nos dizer. Agora, é claro, tudo isso vai depender da nossa abertura, né. Tudo isso vai depender da nossa abertura, e, às vezes, Deus pode falar claramente conosco dependendo da nossa
abertura, e às vezes Deus não vai falar tão claramente porque nós não abrimos as portas o suficiente para Ele, né, o suficiente para Ele. E aí, é claro, né, isso aí também são fases, são momentos da vida de cada um de nós, né. Então, às vezes, em um determinado momento da sua vida, Deus vai falar as coisas claramente; em outros momentos, Deus fará silêncio. Ele vai parecer se esconder. Isso vai trazer até uma dor no seu coração porque parece que Deus não te ouve, parece que você reza em nada, né. Mas, às vezes, o silêncio
de Deus também serve para fortalecer a sua fé, né. Às vezes, Deus permite isso para que você saia mais forte, para que você saia mais firme, para que você saia mais fortalecido, né, dessa experiência. Tá bom, se tivermos perguntas, questões, aí já podem ir encaminhando, e eu aproveito aqui já para agradecer a todos que estiveram conosco aqui na noite de hoje, né. Agradeço a participação de todos: gente de longe, de perto, né, temos aí bastante gente, né, do Norte, Nordeste, né. Temos aí algumas pessoas de Manaus; eu vi que tem gente de Fortaleza por aqui,
né. Alguém de Aracaju, aí também, Sergipe. Muito bom! E também de Minas, né. Tem bastante gente de Minas, ali Monte Santo, Monte Sião. Alguém aqui até comentou, acho que a Terezinha comentou, né, que é de Monte Sião, lá da paróquia da Medalha Milagrosa, né. O Santuário, em Monte Sião, existe o primeiro Santuário da Medalha Milagrosa fora da França, né, aqui no Brasil, né. É um santuário muito bonito que existe lá na cidade de Monte Sião, Igreja Matriz, né, que tem uma das imagens mais antigas, né, de Nossa Senhora das Graças aqui no Brasil. Muito bem,
é da Diocese de Pouso Alegre. Vamos ver, deixa eu ver aqui... Ah, sim! Sobre as imagens, né, tem muita gente perguntando, né, para aquisição das imagens. Quem quiser adquirir as imagens de Nossa Senhora das Lágrimas, né, as imagens grandes para a igreja, aí tem que entrar em contato com o Artesanato Costa, em São Paulo, né. O Artesanato Costa, vocês podem inclusive falar: "olha, nós ouvimos numa Live do professor Rafael Tonon", né. O Artesanato Costa lá, eles me conhecem. Falaram: "vimos lá numa Live dele a propaganda de vocês, que vocês estão fabricando as imagens de um
metro para a igreja." Então, quem quiser as imagens para a igreja, para sua comunidade, podem entrar em contato com eles e podem pedir também, né, para que eles deem desconto para vocês. Viu? Existe um desconto, existe um cupom de desconto no meu nome. Então, vocês podem usar o cupom de desconto. O cupom de desconto é Tonon 10. T de tatu, O de navio, N de navio, O de navio de novo. Tonon, eu, meu sobrenome, 10 numérico, né, em número mesmo: 1 e 0, 10. Tá aí na tela, né, tá aqui no GTO. Esse é o
cupom; lá no Artesanato Costa, vocês conseguem desconto usando este cupom para comprar. E lá também eles têm as imagens de 30 cm de Nossa Senhora das Lágrimas, né. E vocês também podem usar aqui, ó, este cupom aqui, Tonon 10, né, para pedir desconto lá na imagem. Eu acho que tem 15% de desconto, se eu não me engano, no valor final da imagem, se vocês usarem este cuponzinho aqui, Tonon 10. Tá bom? A Comunidade Pantucreta também vai passar a comercializar essas imagens, aí, novamente, logo que a comunidade tiver já as imagens disponíveis. Eu comunico aqui a
vocês, eu vou falando para vocês, tá bom? Em relação ao meu contato, né, além do Instagram, o contato mais fácil é o do Instagram, né. Às vezes, eu demoro um pouquinho para responder, mas eu respondo para todo mundo lá, né. Então, acaba sendo o contato mais fácil, né, @rafael.tonon, né. E aí eu vou respondendo para vocês. Aí, se demorar para responder, você vai mandando "oi" lá que aí a sua mensagem sobe de novo, aí eu vejo, né, e respondo. Aí, quem quiser conversar lá diretamente, individualmente, essa semana eu vou me dedicar mais a responder lá
as questões diretamente no Instagram. Eu sei que vários de vocês mandaram lá, eu responderei, né. Acalmem aí que eu chego lá, eu consigo chegar lá, tá bom? Temos questões aí para responder, né, mas esses são os comunicados, aqui, os recados, aí, né, só para deixar claro aí a situação. Bom, acho que hoje não temos aí, né, perguntas, né? Eu acredito que o tema também é suficientemente claro, né, ele fica bem claro. Mas temos alguma coisa? O Ítalo tá me dizendo aqui que tem alguma coisinha aqui de perguntas. Então, vamos lá, vamos ver aí o que
temos aí de perguntas e a gente responde aqui, pelo menos algumas. Às vezes não dá tempo, né, de responder todas, mas eu vou tentando responder o que está aqui. Vamos ver aí... O demônio só consegue falar alguma coisa de nós? Se dermos espaço, e assim que ocorre no kardecismo, né? É se nós dermos espaço, abertura, é realmente o demônio. Ele é um anjo, né? E ele pode manipular as coisas, né? Então, um demônio, em qualquer religião, em qualquer segmento, para qualquer pessoa que tiver uma porta aberta, o demônio pode se manifestar de forma bastante convincente,
né? O demônio pode, por exemplo, né, numa doutrina que acredite, por exemplo, em reencarnação, o demônio pode imitar a letra de uma pessoa e escrever uma carta pela mão de alguém, contando coisas da vida particular daquela pessoa que já morreu. O demônio pode fazer isso, porque, em vida, ele observou aquela pessoa. Ele sabe como é a letra, ele sabe. Os demônios conhecem detalhes da vida daquela pessoa, e eles podem relatar esses detalhes. Isso impressiona, às vezes, quem está atrás de algum parente falecido, etc. e tal. Isso pode impressionar, né? Só para citar aqui um caso
para vocês, né? Tem uma conhecida da minha família que, um tempo depois da morte do meu pai, ela veio com uma carta, né? E eu não vi, nem vi a carta; minha mãe viu. Impressionantemente, a letra era idêntica à letra do meu pai, idêntica à letra do meu pai, dizendo que aquilo era uma carta dele. Nenhum de nós acreditamos nisso, né? Nós não demos importância nenhuma. E outro demônio pode me dar uma letra, né? Ele pode imitar para induzir as pessoas a um erro maior, para arrastar as pessoas para uma fé que não seja fé
católica, que não seja fé de Jesus Cristo, Filho do Deus Vivo, Deus verdadeiro, né? Que fundou uma única Igreja, que é Una, Santa, Católica e Apostólica. O demônio pode fazer isso, né? O demônio pode fazer até milagres. O demônio pode provocar até aparições. Já existiram na história da Igreja, por exemplo, aparições falsas de Nossa Senhora. Em Bolonha, por exemplo, na Idade Média, tinha uma imagem de Nossa Senhora que se movimentava, né? E aí São Domingos de Gusmão, quando soube disso, ele foi até lá e exorcizou a imagem, e aí o demônio se mostrou, né? Então,
quer dizer, isso é possível, né? Eles são anjos de luz e podem, são anjos das trevas; aliás, eram anjos de luz, são anjos das trevas, mas continuam sendo anjos. Eles têm um conhecimento e uma capacidade de manipular a matéria, inclusive, que a gente desconhece. Então, é perfeitamente possível que os demônios manipulam as coisas, né, para nos levar à perdição, sempre, né? Mais alguma questão? Vamos ver a Isabel: é possível uma manifestação de um ente querido que partiu após uma oração sincera, avó, por exemplo? A Igreja Católica não descarta, por exemplo, que Deus possa permitir que
os falecidos, de alguma maneira, se manifestem. Agora é claro que, para um falecido se manifestar, tem que ter um objetivo muito claro. A Igreja ensina claramente: quem morreu não volta. Quem morreu não volta, a não ser que haja uma permissão expressa de Deus e haja um objetivo muito claro. E esse objetivo geralmente tem que ser para trazer fé e conversão para a vida daquela pessoa que está recebendo. Então, na história da Igreja, nós temos muitas manifestações das almas do purgatório, pessoas que morreram e estão no purgatório, e Deus dá a permissão de que elas voltem
para pedir orações, para se manifestar. Para quê? Para que os vivos tenham consciência de que o purgatório existe, de que existe uma vida do lado de lá, de que o pecado que nós cometemos nesta vida aqui tem que ser alvo de vigilância. A gente não pode viver de qualquer jeito, porque depois isso faz diferença do lado de lá. Então, Deus permite, às vezes, né? A mesma coisa: a manifestação de almas que foram para o inferno. Vários casos na história da Igreja de pessoas que foram para o inferno mesmo e apareceram para os outros para dizer
que estavam no inferno. Eu mesmo se digo de pessoas que estão no céu e estão bem. E, às vezes, dependendo de uma situação, às vezes de sofrimento intenso na família, tal, às vezes Deus permite um consolo e permite que essas pessoas, de alguma maneira, se manifestem para o consolo daqueles que ficam, para o bem espiritual daqueles que ficam. Então pode ocorrer; a Igreja não descarta, só que isso não tem nada a ver com espiritismo, não tem nada a ver com invocação dos mortos, nada a ver com nada disso, né? Isso está dentro da doutrina católica,
certo? Mesmo Santos, os anjos, Nossa Senhora, para aparecer tem que ter uma justificativa muito grande, né? Porque quem está no céu pertence ao céu, né? Não cabe ficar interferindo aqui nas coisas da Terra, né? A não ser que seja um caso muito específico, né? Mesmo Nossa Senhora, quando aparece, ela tem que pedir, rezar muito a Deus e pedir permissão para que ela possa se manifestar. Sem permissão de Deus, isso não ocorre, certo? Muito bem. Mais alguma questão? Vamos ver a Maria Aparecida. Boa noite! Quanto à oração em línguas, como explicar no passado as orações intimistas
dos Santos? O que acontece na Igreja, né? Nós temos que distinguir assim muito os estilos, né, de oração. Em cada época da Igreja, houve um tipo de oração que prevaleceu mais. Por exemplo, a oração em línguas era muito comum na Igreja Primitiva, né? Lá na Igreja Primitiva. Então, se a gente pega aqueles volumes, né, de história da Igreja do Daniel Hopes, aqueles livros lá do Daniel Hopes, o volume 1, que vai falar sobre os primeiros cristãos, conta como era a missa nas catacumbas ou nas casas de família, né? E conta-se, por exemplo, que no momento
da prece, a oração dos fiéis, havia um irromper de línguas indecifráveis no meio da assembleia. Então, havia aquele clamor, várias pessoas rezando de maneira desconexa... Aquilo ia acalmando, diminuindo e naturalmente parava. O que é isso? Oração em línguas, né? Então, lá na Igreja Primitiva tinha. Agora, depois na Idade Média, o que vai prevalecer é a oração mais intimista, a oração silenciosa, a oração quietinha ali dos Santos, né? Isso prevaleceu por muito mais tempo do que a oração em línguas, certo? Só que isso não significa que os dons e carismas deixaram de se manifestar. Por exemplo,
São Francisco de Assis, quando ele recebeu os estigmas, foi encontrado pelos frades e ele gemia, falando coisas desconexas; ele falava coisas desconexas, rezando palavras desconexas. Isso aconteceu com São Felipe Neri quando ocorreu a transverberação. O seu coração se dilatou. São Felipe Neri estava rezando diante do crucifixo que existe na Basílica de São Sebastião em Roma; o crucifixo está lá até hoje. E, de repente, ele viu um globo de fogo que saiu do lado de Cristo e entrou na boca dele. Entrou na boca e ele sentiu que, da boca, se alojou no coração; ele sentiu fisicamente
o coração se dilatar. Depois, ele teve uma dor intensa, terrível. Depois que São Felipe Neri morreu, descobriram que ele tinha duas costelas quebradas, porque o coração se dilatou a tal ponto que quebrou duas costelas. E São Felipe Neri ficou por várias horas repetindo orações desconexas. Então, quer dizer, essas orações, os dons, os carismas sempre existiram na Igreja; eles só se tornaram mais raros, né? Mais raros com o tempo. Na Igreja Primitiva, era intenso, depois ficou mais raro. Então, o modo ordinário de se rezar na Igreja é mais quietinho mesmo, em silêncio, né? Isso é o
que prevaleceu por mais tempo, né? O modo mais comum mesmo de rezar. Agora, é claro, né? A Igreja Católica tem lugar para todo mundo, né? Existem várias formas, vários jeitos, né? Que a autoridade competente, aí o Papa, né? Enfim, regula isso. Então, por exemplo, o modo de rezar dos carismáticos é aceito, né? A Igreja admite, assim como o modo de rezar dos monges beneditinos também é aceito, dos cartuxos, dos trapistas, né? Então, são escolas de espiritualidade que existem dentro da Igreja e cabe a cada um de nós buscar aquilo no que a gente se encaixa
mais, né? A gente se encaixa melhor, né? Então, tem gente que é mais expansiva, reza melhor, às vezes levantando os braços e falando; outros já rezam melhor em silêncio, né? Então, existe uma certa liberdade nesse campo, né? Certo, muito bem! Só aproveitando uma coisa aqui, né? Para quem entrou depois, eu faço aqui no finalzinho dessa live novamente um apelo, né? Para aqueles que entraram depois e não ouviram aqui o meu pedido. Nós estamos fazendo uma campanha para adquirir uma câmera profissional para usarmos aqui no Lente Católica, para melhorar a nossa imagem e o nosso som.
Né? Então, às vezes você ouve até um chiado aí no fundo, né? Isso se deve um pouco à qualidade dos aparelhos que a gente utiliza, que não são tão bons assim, infelizmente. Mas isso tudo vai acabar, vai melhorar, né? Então, estamos fazendo essa campanha; aqui embaixo você tem o pix da comunidade, né? Pode nos dar qualquer valor, R$ 5, R$ 10, né? Qualquer valor nos ajuda, né? Essa câmera custa em torno de R$ 9 mil, né? Uma câmera profissional, e estamos fazendo essa campanha para adquirir esta câmera. O que é importante na hora de fazer
a sua doação: identifique o seu depósito, tá bom? Coloque lá "Lente", que é o nome do nosso programa, ou coloque "Lente" ou coloque "Rafael", né? Ou coloque seu nome lá, enfim. Aí o pessoal vai saber distinguir qual a finalidade do dinheiro, porque nós usamos o mesmo pix do pessoal do Amor Poderoso, né? Então, aí fica mais fácil dividir o que é doação para o texto do Amor Poderoso e o que é doação para o Lente Católica. Certinho? Temos mais alguma questão? Respondemos esta última e encerramos, né? Não? Ótimo! Então, conseguimos encerrar aqui as perguntas. Deus
abençoe grandemente cada um de vocês. Segunda-feira que vem estamos por aqui, se Deus assim o permitir. Tchau, tchau! Santa e feliz Páscoa para todos vocês!