hoje eu tenho 36 anos de idade mas essa história começa quando eu tinha 16 eu conheci o meu atual marido e começamos a nos relacionar quatro anos de relação quando eu fiz 20 a gente teve a nossa primeira filha mas a gente só foi morar junto depois que ela já tinha dois anos de idade porque eu tava estudando formando e correndo atrás dos meus sonhos eu sempre me senti uma mãe ausente por não querer desistir das minhas coisas e o meu marido ele é nove anos mais velho do que eu então ele já tem a
carreira né estável a vida tranquila então ele conseguiu mas atenção para nossa filha fazer mais presente ali nos estudos Mas eu sempre quis ser mãe novamente sempre guardei essa vontade dentro do meu coração sabe tipo numa caixinha porque quando eu falava sobre isso com meu marido ele não ele não queria ter outro filho né para ele tava bom do jeito que tava então eu não tocava muito no assunto embora a gente tivesse algumas brigas aqueladas a gente tinha família tranquila a gente sempre viajava curtia nos divertíamos riamos bastante e nos dávamos muito bem então aconteceu
que um dia eu comecei a sentir muita dor nos meus rins e eu tive que ficar internada fiz uma tomografia um médico me perguntou qual a possibilidade de eu estar grávida eu disse que nenhuma embora já tivesse parado de tomar remédio muitas vezes a gente não quisesse ter filhos e eu não a gente não se cuidava também mas na minha cabeça não e aí ele pediu um beta que deu negativo então a gente continua prosseguir os tratamentos e depois de uns 10 12 dias eu fui fazer o exame na verdade minha menstruação atrasou e eu
decidi fazer o exame para confirmar porque os indígenas Minha menstruação tá atrasada deve ser E aí eu descobri que sim eu estava grávida viu meu coração se mudou naquele segundo de tanta felicidade sempre quis sempre foi meu sonho mãe é uma coisa aqui por mais que eu não tivesse ali naquele momento adolescente da minha filha eu queria viver tudo de novo que uma mãe vive sabe engravidar gestação e foi quando a gente ia para uma festa eu e meu marido Ele foi na frente eu fiquei atrás com um amigo e contei para ela e ela
falou não Fala hoje agora nesse momento Espera um momento mais delicado né para você contar direitinho porque até porque ele não não tava preparado para ser pai né e eu não beleza Cheguei Quando meu marido pois o pé na sala ele me perguntou o que que foi e eu respondi eu tô grávida acho que eu falei no momento e no quarto ano ele bebeu muito ele ficou muito mal e no outro dia quando nós fomos conversar Ele me falou que ele já tem 44 anos de idade que a nossa filha já tá pisando na adolescência
e que a gente ia ter que começar tudo de novo e que ele já não sentia mais que ele tinha idade para começar de novo claro eu entendi ali aquele momento a dor dele mas não tinha mais o que fazer e a cada conversa a Cada notícia que a gente dava para outras pessoas a felicidade do outro também impactava Nossa e ele foi se acostumando com a ideia e de Pouco a Pouco foi ficando tudo bem E o mais legal de tudo é que a minha patroa descobriu a gravidez no mesmo dia que eu e
nós estávamos da mesma semana então era muito legal aquilo no escritório era um acontecimento então a gente começou a levar aquela gestação de uma forma muito gostosa e eu lembro que a gente acabou viajando nós fizemos uma viagem em família eu e ele a nossa filha foi muito divertido passando o final de semana Incrível a gente falava o tempo inteiro do bebê a gente falava sobre a ideia sobre tudo que a gente ia viver eu já tinha certeza que era um menino né porque eu tinha um menino e queria o meu menino e quando nós
voltamos de viagem era no dia do Decreto da pandemia então a gente estava nas Preparações do Home Office né de trabalhar em casa de cada um na sua de não ter contato aquela loucura e foi quando eu a gente começou a se organizar total e tudo começou assim e aí eu comecei a mandar fazer os móveis planejados o enxoval Tava um pouco apreensivo e passa muito mal por conta da gestação e também acreditava que acho que a pandemia deixou todo mundo meio aflita né mas eu fui fazendo tudo organizando tudo e eu tava fazendo exames
fiz a morfológica ok e quando eu fui fazer a sexagem fetal eu não conseguia o resultado porque tinha uma demanda muito alta de exame de covid e nessa mesma época o meu marido ele ficou com suspeita de covid até Saiu o exame dele ele fez ficar isolado no quarto da nossa filha nossa filha ficou no meu quarto né no nosso quarto comigo com a gente né irmãozinho dela também e eu lembro que nessa madrugada eu tive um sonhos muito pesados assim eu acho que é normal de mãe que eles sonhos meio bizarros né e de
morte de coisas assim mas eu acordei meio apreensiva e me libertei daquele sentimento e fui fazer os meus exames que faltavam como a gente não tava conseguindo ir no hospital por conta de pandemia tava tudo muito difícil de atendimento eu falei para o meu marido né para ir comigo para fazer o exame para escutar o coraçãozinho do bebê Nessa altura tava com 17 semanas já e eu sempre fui muito independente então todos os outros exames que eu fiz foi tudo sozinho eu fui Dirigindo né queria que meu marido tivesse ido mas não deu então nessa
nessa consulta Eu lembro que eu cheguei no hospital e o médico falou assim não tem como você fazer esse exame aqui se você quiser fazer você vai ter que ir lá para esse hospital e era do outro lado né da cidade tava chovendo muito esse dia e o meu marido falou Poxa Vamos marcar para amanhã outro dia remarca esse exame e eu não sei porque eu falei não eu bati o meu pé e falei eu vou sozinha nem que eu vadio Uber de ônibus mas eu vou então nós fomos até essa maternidade quando a gente
chegou lá para fazer os exames Eu lembro que eu tava muito feliz e eu deitei na maca e eu falei para ele para o médico não falar o sexo do bebê né mesmo já sabendo que eu sou menino para ele anotar no papelzinho porque eu queria descobrir junto com meu marido e na hora ele falou assim Calma que eu tô medindo o tamanho do bebê tá bom aí ele falou assim seu marido tá aí fora falei tá ele foi lá e chamou meu marido eu lembro que a gente estava rindo assim um para o outro
ele virou e falou assim eu não tenho boas notícias o seu bebê está morto eu sei que eu queria ficar trancada na sala mais ou menos um tempo eu queria sair correndo mas eu não queria transbordar Aquela tristeza para tantas barrigudinhas que estavam na sala de espera e eu queria fugir correr gritar e eu liguei para minha mãe falei para minha mãe que tudo tinha acabado e liguei para me obstetra e a minha bicicleta pediu para eu ir na maternidade fazer o exame para confirmar tudo meu marido foi atrás de mim Me acalmou me ajudou
me controlar e aí eu fui fiz o exame e Foi confirmado tudo que o médico tinha falado realmente foi uma aborto natural então eu poderia escolher ficar internado ou voltar para casa por ser um aborto natural não tinha risco do feto infeccionado dentro de mim O perigo é quando é um aborto provocativo né que não é o meu caso Então prefiro voltar para casa porque eu precisava conversar com a minha filha que tinha que organizar as minhas coisas e eu mandei mensagem no grupo da do escritório falando o que que aconteceu e depois eu tive
que cancelar tudo os móveis o enxoval a decoração tipo tudo né porque o meu bebê estava morto e a gente marcou o dia para eu poder fazer dilatação né para tirar um feto e eu lembro que eu fui para o hospital e o meu marido ele não podia ficar internado comigo porque ele era homem né na verdade eu não queria ficar internado com ninguém eu pedi para ficar sozinho eu tava tão desolada tão mal e minha mãe queria muito ficar no hospital as pessoas queriam mas minha mãe de idade era pandemia não era um lugar
seguro hospital não era um lugar seguro na pandemia então foi tudo muito assim diferente e eu lembro que eles injetaram dois comprimidos em mim para dilatação né do colo do meu útero e eu lembro que eu tava sentindo muita dor muito muito senti uma cólica assim insuportável de dor horrível e no outro dia o meu marido veio aqui a gente ficou junto eu falei para ele tudo que eu tava passando enfermeira falou que era um processo não tinha muito o que fazer né se era as etapas ele eu lembro que eu me despedir dele e
eu senti uma cólica que eu nunca senti na minha vida nem quando eu senti contração quando eu tava grávida na minha filha eu não sabia que dor era aquela E quando deu meia-noite eu comecei a Honrar de dor de tanto dor eu rava assim tipo até já e aí ligaram para minha irmã e minha irmã foi lá para me dar a mão e ela chegou ficou o tempo inteiro segurando a minha mão do meu lado e ela sempre reclamava tentando entender justificativa desse sofrimento sabe mas a enfermeira já tinha falado Então teve uma hora que
me deu vontade de ir no banheiro e eu sentei sabe e quando eu sentei no vaso eu senti uma coisa caindo dentro do vaso e eu chamei minha irmã e aquilo era muito estranho que tava dentro do vaso e eu pensei que poderia claro né ser o meu filho que caiu ali na hora e aí eu chamei a enfermeira enfermeira disse que ia tirar uma foto para mostrar para o médico e aí ela foi e deu descarga ela simplesmente deu descarga no meu filho sabe tipo tipo essa imagem é imagem mais dolorosa tipo eu não
eu não conseguia eu não conseguia tinha sangue para todo lado não tinha lençol não tinha é absorvente que segurasse aquilo a minha placenta ficou pendurada sabe e eu sentia muita dor e aquilo era louco e eu lembro que era bem na troca de plantão e graças a Deus apareceram duas enfermeiras maravilhosas que falaram que eu não precisava me preocupar que elas trocaria os lençóis e cuidaria de tudo tanto que fosse necessário e eu lembro que eu fui passada para ir fazer a cirurgia e quando eu passava por aquele corredor eu escutava o choro de alguns
bebês e eu sonhava em passar naquele corredor daquela maternidade top que eu tava com os meus filhos no meu braço né e eu não ouvi isso e depois eu lembro que quando eu abri os meus olhos depois a cirurgia a primeira coisa que eu perguntei para o médico foi eu vou poder ser mãe novamente e os médicos são tão frios eles são tão Sabe aquele jeito deles eles não dão Esperança né então eu tive que ficar internada mais uns dias no hospital e eu saí bem no dia das mães que para mim foi muito triste
saiu um Dia das Mães meu filho no braço sabendo que eu perdi o meu bebê daquele jeito e depois daí foi muito triste para mim eu chorava 24 horas por dia e eu lembro que foi muito triste porque o meu marido testou positivo para o convite então ele teve que ficar isolado de mim quando eu cheguei em casa então era no meio da pandemia meu marido tava isolado eu não podia receber visita nem um abraço nenhuma afeto nenhum carinho tão sozinho eu sofri muito eu não conseguia sabe fazer nada até eu decidi que eu tinha
que voltar a trabalhar para encher minha cabeça fazer alguma coisa mas eu chorava em todos os lugares que eu ia em todos os momentos e eu sempre fiquei com aquela esperança de ter um filho novamente toda vez que eu falava isso para o meu marido ele desconversava e a gente começou a brigar e a gente começou a brigar muito começamos a brigadia e noite e ele sempre deixava Claro com todas as letras que ele não tinha intenção de ter outro filho e isso sempre fazia muito mal porque eu não queria ouvir aquilo né também era
o meu sonho e as pessoas sempre vinham e tentavam me conformar falando Ah mas a Fulano perdeu quando tá fora da barriga ai mas ela perdeu na hora do parto ai mas a Fernanda eu entendo que as pessoas falam isso para tentar amenizar a minha dor mas eu já cheguei a pensar que eu preferia ter que eu preferia ter visto meu filho morto no caixão do que ter visto morto do jeito que eu vi e ter pelo menos ter pego ele no meu braço Sentindo cheirinho dele ter olhado o rostinho dele porque eu não tive
oportunidade disso e muitas pessoas também falam sobre a minha filha né porque eu também tenho outra filha e eu a amo incondicionalmente eu sou louca pela minha filha na minha vida mas ela não vai preencher o vazio do outro porque hoje eu entendo que ninguém tão no lugar de ninguém nem um filho toma o lugar de outro filho cada um tem o seu espaço dentro do coração de uma mãe Eu lembro que quando eu fiquei sozinha na maternidade que eu falei que eu não queria ninguém perto de mim eu ouvi um reggae que falava muito
sobre já nos levar para o lugar de paz sabe nos levar para um lugar de luz e em momento algum questionei Deus muito pelo contrário eu sempre agradecia a Deus por me permitir sentir tamanho amor por me sentir tamanho sabe isso sempre fez muito bem para mim então eu fiz uma árvorezinha coloquei o nome do meu filho e coloquei uma frase que eu acho muito linda sobre sobre isso né sobre já e Eu ainda acredito que eu ainda tenho esperança né cada mês que eu ainda vou ter um filho que eu ainda vou engravidar novamente
e que eu vou conseguir talvez acalorar essa frieza essa tristeza que eu carrego no meu coração todos os dias se eu tivesse um bebê arco-íris e [Música] às vezes eu sinto que o meu marido não sei se está certo ocupar ele mas às vezes eu sinto que ele não carrega o peso que eu carrego que a minha dor é inválida para ele porque ele não esteve presente no dia que eu vi a cena que a minha irmã viu ele não Viu o tanto que eu sangrei ele não viu meu sofrimento então ele não sabe que
eu passei e o pior é que às vezes eu sinto que ele sente até um alívio dessa criança não ter vindo isso me dói muito e eu confesso que eu já não olho para o meu marido mais com os meus olhos e às vezes eu sinto que aquela família margarina que eu sempre acreditei ter na verdade é um fracasso Oi maquete tudo bem com vocês hoje eu venho conversar com você que perdeu uma pessoa muito querida na sua vida muitas das vezes a gente não entende porque né dói machuca e eu acredito que todo tipo
de terapia igual ela fala na história né eu não encontro essa história muito rica em detalhes eu espero ter contado ela da forma correta e ter trazido tudo que que realmente é impactante na história de observar que ela precisa de cura né Eu acredito que todas as mães que perde um filho precisa de cura e um segundo filho beber arco-íris é uma cura também mas se caso o bebê arco-íris não venha precisa de ser buscado outros meios né então não sei se você conhece constelação familiar terapia holística rei que tem muitos meios de você trabalhar
sua espiritualidade para você não deixar com que esse sentimento o seu dia a dia e Mude a sua visão de vida mude seus objetivos ou apaga o seu brilho eu acredito que essa criança ela quer te ver com felicidade ela precisou vir e a missão dela foi feita a gente tem que entender assim alguma coisa com algum propósito essa criança veio então é melhor a gente focar em qual foi o propósito O que você mais Aprendeu né o que de legado que essa criança deixou o que que você pode carregar de positivo dessa criança você
carrega ele no peito no coração sempre fala para todo mundo que você tem dois filhos tá certíssimo a gente não pode perder um filho e porque ele morreu a gente não contar com ele a gente precisa eternamente te contar com ele e ela fala isso é lindo inclusive vê o amor que ela tem por essa criança o prazer que ela tem em ser mãe novamente isso é muito lindo isso é admirável Eu desejo que você Cure você encontra o caminho né e o que essa enfermeira fez eu acredito que se chama negligência não sei se
caberiam um processo ou não mas talvez aconteceria mas não para a gente vingar mas sim para a gente alertar e sempre conscientizar as pessoas né ela tem simplesmente ido ali da descarga entende acho que isso foi muito melhor nem sei fiquei impactada com essa história mas é isso gente se vocês também perderam Alguém me manda sua história para contar aqui no canal se vocês puderem deixar uma mensagem de prosperidade de esperança de abundância ou quem sabe até a sua experiência nos comentários para essa mãe tá lendo vamos confortar o coração dela sinta-se tocada sempre pelo
Espírito Santo que Deus te toque que Deus te ilumine e que ele preenche o seu coração entendo que seu filho foi luz ele é luz e a gente tem que enxergar ele como uma estrelinha como uma luz de verdade né não com sofrimento nossa criança vai ficar sofrendo De Longe Também acho que não é isso que ela quer e curta comenta compartilha se inscreva no canal um beijo e até o próximo vídeo