Olá pessoal Pedro aqui novamente eu sei que eu passei um bom tempo sem gravar vídeos eu posso explicar mas em outros vídeos porque nesse vídeo eu vou fazer uma análise do filme divertidamente então se você estava esperando por um vídeo novo Aproveite porque esse vai ser o símbolo do meu retorno ao canal e olha é se você ainda não assistiu esse filme eu recomendo fortemente Independente de você ser psicólogo estante de Psicologia eu acho que esse é o tipo de filme que Todos deveriam assistir e eu preciso te falar que infelizmente né né não tem
como fazer um vídeo de análise psicológica sem dar spoilers então se você ainda não viu eu recomendo fortemente que você veja mas se você já viu Vem comigo que eu garanto que você vai gostar muito dessa análise Eu já falei bastante sobre divertidamente um no vídeo que eu produzi sobre vídeos que psicólogos estudantes de Psicologia deveriam assistir e essa é uma das minhas animações favoritas quem me acompanha aqui há bastante tempo sabe disso então quando saiu o trailer de divertidamente dois Eu pensei não eu preciso fazer uma análise desse filme assisti recentemente e vou trazer
aqui alguns conceitos da terapia cognitivo comportamental que é a minha abordagem teórica para falar sobre isso Bom eu acho que o filme cometeu pouquíssimos erros e acertou muitos pontos em muitos aspectos eu queria começar falando sobre o período em que a Riley né que é a protagonista do filme se encontra agora ela tá com 13 anos então ela é representada na puberdade e a puberdade é um momento de transição a gente sabe disso você que tem filhos adolescentes ou você que está na adolescência sabe que a puberdade mexe com os hormônios mexe com a nossa
personalidade e isso fica muito claro já no início do filme quando a Riley Ela tá de frente pro espelho e aparece com o estirão do crescimento né para quem não sabe estirão do crescimento é um dos marcadores biológicos da puberdade certo então Riley está terminando o seu Ensino Fundamental e indo para o ensino médio Esse é um momento de muitas transições é um momento em que você via de muda de escola é um momento em que você tem que aprender a socializar com pessoas que você ainda não conhece pessoas desconhecidas Então esse para mim foi
o primeiro acerto do filme sabe divertidamente dois é uma continuidade então representar a Riley nessa fase de transição em que ela tem que sair do fundamental e entrar no ensino médio cheio de novos desafios eu achei muito bacana para situar né para apresentar as novas emoções que nós vemos no filme ansiedade vergonha inveja e tédio e bem esporadicamente nostalgia mas antes de falar sobre as novas emoções propriamente Eu gostaria de falar sobre uma das coisas que eu achei genial nesse filme que foi o sistema de convicções esse conceito é um conceito que tem muita base
científica Tá mas quando a gente vai pra terapia cognitivo comportamental a gente vê dois conceitos que são diferentes mas que representam basicamente a mesma coisa que convicções crenças e esquemas para a terapia cognitivo comportamental de aon beck que foi quem desenvolveu essa escola melhor inicialmente né Nós temos crenças que são chamadas de crenças centrais ou crenças nucleares existe uma outra abordagem que deriva da terapia cognitivo comportamental que é a terapia dos esquemas do Jeffrey Young e esse autor vai defender esquemas mentais como sendo e padrões de convicções que as nossas tomadas de decisão então tanto
crenças nucleares quanto esquemas mentais podem derivar desse conceito que foi trazido pelo filme chamado de convicções para ficar melhor exemplificado ainda no início do filme A alegria explica que as nossas convicções basicamente norteiam os nossos pensamentos sobre nós mesmos sobre as pessoas e sobre o mundo à nossa volta isso é basicamente o conceito de crença nuclear e de esquemas mentais então aí a gente a ver que o filme vai se apropriar de muitas teorias da Psicologia cognitivo comportamental essas convicções elas são ilustradas por linhas que ligam a consciência da Riley até a central de comando
a mente né e basicamente é o lugar onde as emoções vão nortear os comportamentos da Riley e é interessante Porque de fato pra terapia cognitivo comportamental a forma como a gente interpreta as situações é muito influenciado pelas nossas crenças essas crenças ou esquemas que são tratadas como convicções elas surgem ainda na nossa infância e é lá onde elas mais se enraízam só que ao longo da nossa vida com base nas nossas experiências elas podem ser incrementadas mas é na nossa infância que de fato elas surgem e Elas começam a se desenvolver a forma como a
Riley pensava estava diretamente ligada às convicções que ela tinha Vale ressaltar que pra terapia cognitivo comportamental e paraa Terapia dos esquemas as crenças elas podem ser adaptativas ou funcionais ou podem ser desadaptativas e disfuncionais então o papel de um terapeuta cognitivo comportamental via de regra é mudar crenças que são disfuncionais e que estão trazendo pensamentos e comportamentos inadequados para crenças funcionais Logo no início a gente vê que Riley ela começa a desenvolver uma crença extremamente saudável sobre si mesma extremamente funcional que era eu sou uma boa amiga e essa crença que ela chama de convicção
basicamente norteava a forma dela de se comportar com as amigas dela ela era uma criança Leal era uma criança que ajudava Amiga quando a amiga estava passando vergonha ali na na sala de aula então a convicção que ela tinha de que ela era uma boa amiga era reforçada pelos comportamentos e os comportamentos por sua vez desenvolvia cada vez mais essa convicção pré-existente de que ela era uma boa amiga isso gera um ciclo contínuo de pensamento convicção ação pensamento então As coisas elas vão se confluindo sabe a gente muitas vezes tem determinadas crenças sobre nós mesmos
e por isso nós Agimos de uma determinada forma e no que a gente age de uma determinada forma isso reforça a nossa crença é por isso que muitas vezes mudar convicções é muito complicado sozinho é necessária ajuda de profissionais ou é necessário que a gente se depare com situações totalmente divergentes da nossa crença para que a gente comece a duvidar das nossas próprias convicções ah e só para ficar claro e vocês não se confundirem quando eu falar crença convicção esquemas é a mesma coisa tá o filme retrata como convicção mas às vezes eu vou falar
crença eu vou falar esquemas porque é assim que a terapia cognitivo comportamental vai descrever esse é o primeiro ponto que eu queria destacar para vocês convicções geram pensamentos e pensamentos geram ações o segundo ponto que eu achei muito importante o filme retratar é a importância das nossas lembranças negativas sim num determinado momento ainda no início do filme alegria cheia de boas intenções pega memórias e joga fora entre aspas né quer descartar memórias negativas da Riley mas depois ao longo do filme Como a gente vai perceber isso não dá muito certo a gente precisa às vezes
lembrar de coisas negativas para que a gente possa amadurecer para que a gente possa inclusive fortalecer algumas convicções ou crenças saudáveis e tentar mudar convicções ou crenças que não são tão saudáveis veis tão adaptativas e tão funcionais em seguida nós vemos aparecer as novas emoções ansiedade tédio vergonha inveja e nostalgia E aí eu acho genial a forma como esse filme trouxe essas emoções negativas né para mostrar também que muitas vezes elas são necessárias eu sei que talvez foi dado uma ênfase muito grande pra ansiedade parece até às vezes que a ansiedade rouba a cena que
o filme é mais sobre ela do que sobre todas as emoções né porque ela realmente recebeu muito tempo no filme mas talvez isso seja um reflexo do quão ansiosos os nossos adolescentes ou nós adultos estamos sendo nos últimos tempos né o ponto é que ao introduzir essas emoções negativas o filme acerta muito mostrando que elas também TM seu papel em diversos momentos por exemplo é a vergonha que impede muitas vezes que a Riley se comporte de uma maneira muito inadequada que ela consiga se adequar bem ao novo contexto do ensino médio que ela tá se
inserindo e ao grupo que ela está querendo participar da equipe de rocki a ansiedade por sua vez tenta impedir que a Riley passe por situações muito desconfortáveis ela tenta evitar situações que vão trazer algum tipo de dor ou sofrimento para Riley o tédio permite que a Riley utilize muitas vezes momentos de sarcasmo e ao contrário do que as pessoas falam o sarcasmo ele tem seu papel também é uma forma de a gente às vezes lidar com situações estressoras Eu só achei que o tédio foi muito pouco abordado muito pouco explorado ele poderia ter sido melhor
utilizado mas acho que o filme Acertou em mostrar que ele também cumpre o seu papel Ah e só uma observação os roteiristas do filme Eles foram tão sagazes que ele colocou o tédio com um celular que que geralmente eu e você fazemos quando estamos entediados a inveja por sua vez faz com que Riley crie estratégias para ser aceita pelas meninas inclusive admirando o cabelo de uma ou a forma como outra se porta então perceba essas emoções pelo filme elas não são ruins em si mesmas Elas têm seu papel na nossa vida eu sei que muitas
vezes a gente quer só sentir alegria só sentir eh prazer só sentir conforto mas muitas vezes é necessário a gente sentir tristeza como o primeiro filme já trouxe e cada uma dessas emoções que afloram mais quando a gente entra na adolescência quando a gente passa pelo período da puberdade porém apesar dessas emoções elas não serem ruins em si mesmas elas nos tornam totalmente equilibrados e desajustados quando elas tomam o controle da nossa mente e aí eu acho que é um outro acerto desse filme sabe porque ele mostra né eu eu sei que eu comecei criticando
a ênfase demasiada que a ansiedade recebeu em detrimento das outras emoções mas ele mostra o quanto que a Riley se prejudica quando a ansiedade toma conta da central de comando da mente dela fazendo coisas que muitas vezes não correspondiam a quem ela realmente era mas muito mais pautadas pelo medo de não ser aceita então perceba que é exatamente o que acontece quando a ansiedade expulsa as emoções básicas primárias né que foram retratadas no primeiro filme e toma o controle Deixando as outras emoções apresentadas a vergonha o tédio a inveja meio que como quadu vantes a
vida da Riley começa a se prejudicar como provavelmente a sua quando você é tomado pela sua ansiedade e aí a entra outros conceitos da terapia cognitivo comportamental que eu acho que vale a pena elucidar com base nesse filme o conceito de catastrofização e estratégias compensatórias pra terapia cognitivo comportamental Eu já falei várias vezes em vídeos aqui as catastrofização são projeções que nós fazemos do futuro seja ele um futuro distante seja ele um futuro próximo achando que o pior sempre vai acontecer essas catastrofização geram em nós as sensações de ansiedade porque é como se a gente
não po ter o controle da situação por exemplo tomando como base o filme A Riley ela começa a ter muito medo de não conseguir entrar na equipe de hóquei para ela entrar na equipe de hóquei basicamente é significava ser aceita se tornar uma menina Popular lembre-se ela tava saindo do fundamental para entrar no ensino médio então para ela era muito importante é chegar na escola e ser vista positivamente pelos novos colegas de sala né então ela pensou se eu for aceita na equipe de H eu vou me dar bem eu vou me tornar uma adolescente
popular e vai ser um sucesso essa minha adaptação à nova escola só que a ansiedade leu isso de uma maneira extremamente distorcida basicamente se eu não entrar na equipe de hóquei eu vou ser escanteada ninguém vai querer ser minha amiga eu vou ser basicamente uma Loser uma perdedora e eu vou acabar sozinha sem ninguém e não vou ter nem as minhas antigas amigas porque elas não vão ficar na escola que eu estou sendo que Para para pensar mesmo que a Riley não conseguisse entrar na equipe Será mesmo que só existiria esse tipo de possibilidade Será
que ela não poderia fazer amigos em outro lugar em outra atividade Será que não é um exagero achar que se eu não entrar na equipe de hó eu serei isolada eu serei escanteada percebe Então é isso basicamente que nós fazemos quando nós estamos ansiosos nós vemos uma situação e achamos que ela vai acontecer e a nossa vida vai acabar e a gente não vai conseguir superar esse caos que vai ser instaurado E aí a gente pensa nas estratégias compensatórias que o filme mais uma vez acerta em demonstrar as estratégias compensatórias são nada mais do que
comportamentos que a gente assume para tentar afastar aquilo que nos causa ansiedade então perceba se o que causava ansiedade para Riley era a possibilidade de não ser aceita de não entrar no time ela começa a fazer de tudo para ser aceita e começa a fazer de de tudo para conseguir chamar a atenção da técnica Ser aprovada no na equipe de hy muitas vezes fazendo coisas que não não representavam quem ela era por exemplo ela começa a se afastar das antigas amigas ela começa a ser desleal ela começa a bajular demais as meninas da equipe de
hy e vários outros comportamentos que ficam evidenciados no filme uma pausa se você é estudante de Psicologia ou já é um profissional e quer muito atender pela terapia cognitivo comportament tal que é viver do consultório com essa abordagem nos próximos meses eu vou estar lançando um curso mostrando como você pode fazer isso vai ser um curso em que eu vou dar bases da terapia cognitivo comportamental e vou também te ensinar a como gerir consultório Porque infelizmente como você deve imaginar na faculdade de psicologia isso não acontece Então se no momento que eu tô gravando esse
vídeo aqui o curso ainda não estiver disponível eu vou deixar um formulário para você colocar teus dados e ser notificado em primeira mão quando o curso estiver pronto agora se você tá assistindo esse vídeo Depois de alguns meses Provavelmente o curso já está disponível e eu vou deixar aqui na descrição do vídeo beleza e aí a gente entra num outro conceito que não é necessariamente da terapia cognitivo comportamental nem da psicologia cognitiva na verdade foi desenvolvida por um psicólogo social que é o conceito de dissonância cognitiva o que que é dissonância cognitiva nós temos dissonância
cognitiva quando nós começamos a fazer ações que contradizem as nossas convicções por exemplo Lembra que eu falei que lá no início a Riley tinha uma convicção de que ela era uma boa amiga o que que bons amigos fazem eles são Leais eles ajudam seus amigos eles são parceiros eles são companheiros só que Riley ela começa a agir de uma forma contrária a essa convicção baseado na sua ansiedade ela começa a ser desleal com as suas amigas ela também tinha uma outra convicção de que ela era legal de que ela era uma boa pessoa só que
aí ela começa a invadir sala ela invade a sala da treinadora para ver se o seu nome está dentro das meninas que seriam chamadas ou estava sendo bem avaliado né ou seja ela faz comportamentos que ela sabe que não são congruentes não são consonantes com aquilo que ela acredita né então isso é o conceito de dissonância cognitiva e como a gente vê ao longo do vídeo essas dissonâncias cognitivas causam desconforto emocional Mas elas às vezes são muito importantes para que a gente avalie as nossas próprias convicções inclusive ou enraizando ou ou transformando-as em novas convicções
E aí a gente começa a ver uma certa mudança que vai acompanhá-la até o final do vídeo então adicionan cognitiva ela se refere a esse mal-estar que a gente sente quando a gente acredita numa coisa mas vive outra quando a gente basicamente tá sendo mentiroso quando a gente tá sendo farsante é por isso que toda pessoa que tem um senso de moral muito forte e mente muito ela tem esses episódios de dissonância cognitiva porque ela sabe que ela tá sendo incongruente com a crença dela sobre si mesmo sobre as outras pessoas e aí um outro
grande acerto que eu assisti e eu falei caramba eu achei que os roteiristas mandaram bem nessa é que as emoções elas precisam ser equacionadas e equilibradas pra gente ter uma boa saúde mental tanto as positivas quanto as negativas se encaminhando pro final do filme né É mais ou menos a mesma receita do primeiro a gente vê que as emoções primárias né o medo anjinho a alegria a depressão e a conseguem voltar nessa jornada para a cabeça da Riley pra mente né pra central de comando E aí eles conseguem retomar o controle da mente ou retirar
o controle da mente é da ansiedade que estava durante um bom tempo controlando as ações da Riley como a ansiedade passou muito tempo controlando a mente dela a Riley começou a desenvolver uma crença sobre si que é uma crença disfuncional a convicção na verdade né como o filme trata de que ela não era boa o suficiente e aí tá talvez você que é uma pessoa ansiosa se identificou muito com essa parte do filme né Sabe por quê Porque basicamente todo o ansioso Principalmente aqueles que TM ansiedade de performance ansiedade de desempenho que é um subtipo
da ansiedade social ele acredita que não é bom o suficiente e essa crença essa convicção que ele tem sobre si faz com que o tempo todo ele fique querendo se provar com que o tempo todo ele fique querendo ser aceito e é justamente Isso que acontece com a Riley a ansiedade ela fazia com que a Riley fizesse várias coisas que Poxa não representavam que ela achava que deveria ser e ela sofria com isso mas ao mesmo tempo ela não conseguia deixar né a ansiedade o medo de não ser aprovada era tão forte que ela não
conseguia deixar de fazer aquilo que ela queria ou aquilo que ela achava necessário fazer para performar bem a ideia aqui é basicamente se eu não for bom então as pessoas não vão me aceitar se eu não for bom então eu não vou conseguir o namorado ou a namorada que eu quero se eu não for bom eu vou ser escanteado eu vou ser desamparado nós chamamos isso na TCC de crença de desamparo e quando essa crença ela não é tratada ela não é confrontada seja por uma boa rede de apoio seja pela própria terapia ela pode
desencadear em depressão então é por isso que muitas pessoas que T ansiedade acabam desenvolvendo depressão quando não não tratam essa ansiedade principalmente voltada para desempenho e performa E aí o problema é que quando as pessoas acham né que elas não vão performar bem e que elas vão ser preteridas elas acabam muitas vezes tendo crises de ansiedade e esse foi um acerto do filme também porque o filme mostra né a Riley hiperventilando muito mal e tal e aí as amigas percebem que ela tava mal e vem ao encontro dela e acalmam ela e aí ela percebe
né que ela não precisava agir daquela maneira para ser aceita ela já era aceita e Isso muda muito do que ela tava acreditando até então e aí no final a gente tem um arremate é dela pedindo desculpas pras amigas voltando ao normal entre aspas né que é justamente quando as emoções retomam a mente dela as emoções primárias e ensinam a ansiedade de que ela não precisa se preocupar o tempo todo e ela volta né a valorizar as amigas que ela tinha e consegue equacionar bem as emoções então a gente pode ver de acerto aí a
representação da puberdade eu achei que é ficou bem legal essa transição da da Riley criança do primeiro filme paraa Riley do segundo filme A forma como as emoções negativas são representadas de uma maneira que Poxa quem gosta de sentir inveja quem gosta de sentir ansiedade ninguém mas às vezes essas emoções podem nos ajudar a ter comportamentos adaptativos uma outra coisa que eu acho que o filme acerta bastante é fazer com que as emoções primárias elas sejam afastadas e a ansiedade tome conta mostrando como os comportamentos da Riley são muito mais motivados não pelas convicções dela
mas pela ansiedade dela e o fechamento eh mostrando que a Riley não precisava agir de forma ansiosa o tempo todo para alcançar o que ela queria que era ser aceita né Eu acho que o filme só errou em alguns pontos errou em ter dado excessivamente protagonismo pra ansiedade eu senti muito falta ah do Tédio e da Vergonha também eu achei que a vergonha ficou servindo apenas como um suporte ali pra ansiedade eu acho que poderia podia ter sido mais abordada né Inclusive eu vi uma notícia dizendo que no roteiro original existia uma emoção negativa a
mais que era culpa e a vergonha tinha maior protagonismo mas aí quando os roteiristas viram essa versão eles acharam que ficou muito pesado muito denso e como é uma produção de animação que atinge principalmente crianças e adolescentes eles quiseram deixar um pouco mais leve mas assim pensando em termos cognitivos seria interessante ter incluído a emoção da culpa porque a culpa tem seu papel também a gente precisa sentir culpa para mudar comportamentos ruins para mudar eh falhas que nós cometemos com as pessoas à nossa volta e eu acho que valeria a pena ter encaixado a culpa
também eu acho que Riley acabou sendo a representação da maioria dos adolescentes que acham que precisam fazer de tudo para serem aceitos é o adolescente ele ainda não tem muo essa identidade tão bem formada e ele acaba se submetendo a muitas coisas só para se sentir inserido só para se sentir incluído num grupo que ele admira e todos nós que já fomos adolescentes sabemos que fizemos comportamentos assim e a gente vai percebendo que não não precisa cada um tem sua individualidade tem seus gostos tem suas opiniões né E a gente tem que ser é norteado
por aquilo que a gente realmente acredita Pelas nossas convicções eh que vão sendo mais enraizadas com o passar dos anos né mas assim para concluir eu diria que o melhor acerto de todos esses acertos que eu já pontuei foi de fato ter mostrado que as emoções negativas e positivas precisam trabalhar juntas n e quando uma se sobressai muito sobre a outra seja a vergonha seja o medo seja a ansiedade seja a própria alegria a gente fica com uma vida desajustada a ansiedade ela é importante em muitos momentos mas se você deixa que ela controle a
sua vida basicamente você para de ter identidade você para de agir adequadamente e na verdade os medos que você tem que muitas vezes Ão só aqui acabam vindo à tona porque você mesmo os provoca com seus comportamentos como terapeuta cognitivo comportamental E neuropsicólogo mais uma vez eu acho que esse filme é um filme extremamente recomendável para você que gosta de uma dessas duas áreas e na verdade eu recomendo que todos assistam não só psicólogos terapeutas cognitivos mas também e pais de adolescentes adolescentes porque eu acho que o filme acerta bastante acerta muito mais do que
erra na representação de como funciona a mente e desses conceitos da psicologia cognitiva se você quiser aprender mais sobre a terapia cognitivo comportamental eu vou deixar esse Card aqui que basicamente vai ser uma playlist sobre TCC conceitos e como a gente aplica na prática e vai ser um incremento a mais para você que chegou no canal a partir desse vídeo se você gostou dessa análise eu peço que você deixe o like e compartilha para aquelas pessoas que assistiram o filme para aquelas pessoas que gostaram e que sentem a necessidade de entender melhor o que foi
retratado ali eu gostaria de indicar também o livro da terapia cognitivo comportamental da judit Beck que é o manual do terapeuta se você quer entrar para essa abordagem atender por essa abordagem esse livro é introdutório é o básico é imprescindível que você leia ok Um grande abraço e a gente se encontra no próximo vídeo tchau tchau [Música]