[Música] né não é algo assim de de vai mudar da noite pro dia mas anos né porque foi foi muita destruição foram anos de destruição né do garimpo no território a gente tá falando de uma situação que ela veio se arrastando ao longo dos anos diferente também de outras situações que é um problema novo de covid ou um desastre acontece cai uma enchente lá tem uma telaio da terra e essa agora ação é atend a tem a ver também com a como as políticas públicas foram desmontadas nos últimos anos então para isso precisa ter um
esforço nosso aqui Enquanto estamos nesse momento de tranquilidade no aspecto de cobertura de imprensa porque só fala de covid e passando a boiada e mudando todo o regramento e simplificando normas então tem a ver com recompor uma casa e um conjunto de estruturas então que a gente sabia desde o começo que é um problema crônico e que vai levar tempo pra gente poder realmente reestruturar e impactar o Supremo Tribunal Federal informou que foram detectados indícios do envio de informações falsas pelo governo do ex-presidente Jair bolsonaro sobre a situação do povo ianomami que enfrenta emergência de
saúde ontem o presidente Lula tomou a decisão de termos um decreto que define esse problema como crise humanitária e designou ministros para junto com a ministra da Saúde trabalharem n an morreu por falta de de cuidado por falta de segurança na indígena a floresta ela sangra ela chora né ela pede socorro [Música] [Música] [Música] [Música] meu nome é Júnior recur eu sou da Comunidade coroba região do surucucu né Eu sou presidente do conselho Distrital de saúde indígena mi anom e Iana tendo território anam e temos dois inia né temos mais cinco subgrupos Y anom né
que são sanoman e ninã yarama Yanomami né que são culturas diferentes diferente e línguas diferent né que vive dentro da terra indí [Música] anum então Eh o controle social o com né representa eh todo território an humano eh com sua população 31.200 Yanomami que fica Amazonas e Roraima né a comunidades são 378 comunidade que que são os anom que vive dentro da floresta tem muitos anom que não fala português né 95% anom e não fala português 80% e anom não nunca tiveram na cidade né só conhece o pessoal da saúde né que não tiveram ainda
muito contato e com não muito indígena né diretamente então por isso é ância que esse trabalho do o controle social faz o papel de ter o controle dentro da ter e também da situação de saúde né E que é que a gente faa o papel de de fiscalizar né não fugir do controle [Música] cada região são temos o problema de de diferentes né tem outras regiões que é somente de malária tem outras comunidades que tem des e malária e mais invasão né tem outras comunidades que só tem desnutrição e Os Invasores venar nossas águas né
o mercúrio que o garimpeiro utiliza paraa extração do ouro ele tá na forma metálica lá na Amazônia chamam de azou esse Mercúrio metálico quando ele entra em contato com a água do rio ele começa a passar por transformações químicas no sedimento do Rio rio lá no fundo tem bactérias que pegam esse Mercúrio e transformam em metilmercúrio que é a forma química do mercúrio que já foi descrita inúmeras vezes na literatura como a mais tóxica aos seres humanos o metilmercúrio ele tem uma tendência de se acumular em todos os organismos aquáticos então desde os peixes herbívoros
peixes de topo de cadeia que são carnívoros caranguejo camarão todo tipo de organismo Aquático passa a ser contaminado com esse metil Mercúrio e as pessoas que vivem no entorno seja uma comunidade Ribeirinha ou indígena comem esses organismos aquáticos e acabam se contaminando também com esse metilmercúrio dentro do corpo humano o metilmercúrio ele causa vários danos [Música] o governo sabe que aqueles voos eh que os carer estava saindo dentro da cidade né de Boa Vista para parcer de avião os caros né naquelas localidade então o governo sabe esses linha né que que espaço aéreo que ia
para Terra indom nas comunidades na comunidade cayana na comunidade romos parafu parima essas comunidades cheg somente avião de helicóptero né não tem como o governo falar não sabia [Música] essas comunidades são muito distância da cidade né que só chega somente de helicóptero ou de avião né onde os carir próprios caros abre uma pista de Poço muito rápido quando aidade se instala naquela região a primeira coisa que acontece é a remoção da cobertura vegetal daquele local Então as árvores muitas vezes são derrubadas para que aquele maquinário se instale ali para que aquela atividade comece a acontecer
esse processo de invasão do território a chegada do do garimpeiro das máquinas além de derrubar derrubar toda aquela cobertura vegetal as as os animais de caça né que vivem na floresta se afugentam eles ficam assustados com aquelas com aqueles barulhos daquelas máquinas com a presença daqueles humanos ali que são novidade para eles e eles fogem e quando eles não abrem eles usam helicóptero né é helicóptero grande não são pequeno que leva 10000 kg né que a gente vimos isso que para levar ceteras helicópteros que que eu vejo isso no só no no televisão né nos
filmes então esses helicóptero atua na terra ind nomame levando os Carmos levando o ouro levando o o ceter itas pra cidade [Música] né E com o tempo né a degradação do ambiente vai progredindo cada vez mais em alguns lugares da terra indígena e nomame a gente tem a morte do Rio ou seja o nível de degradação provocado pelo garimpo é tão grande com aqueles aqueles maquinários que escavam o solo escavam o sedimento do Rio a Aquilo é tão intenso que a a a turbidez da água se torna muito elevada vira uma lama né os indígenas
falam pra gente doutora aqui parece Nescal a água do Rio né parece achocolatado porque não é mais uma água transparente Então essa água extremamente turva ela é incompatível com a vida dos peixes né então não tem peixe naquela região então quando a gente observa a região do surucucu né do romos são lugares onde o garimpo se instalou já faz um tempo e o o grau de degradação né é tão elevado que o rio já não tem mais peixe a água já tá completamente turva leitosa sem oxigênio então incompatível com a vida né E além disso
grandes coberturas vegetais são são destruídas também né e os Animais de caça desaparecem Então esse conjunto de fatores provoca né acaba causando esse grau de desnutrição muito elevado no poam todos as autoridades tinha conhecimento tem conhecimento que o povo iom estava sofrendo né o governo sabia que esses ouro cetera estava se concentrando na ter indígena somente na região do Alto Alegre então não tem como ah o governo dizer a gente não sabe a gente não tem número exado e como é que os caros trouer parte 200 toneladas de ceteras dentro da cidade a gente sabe
que esses Ouros não são investido aqui no Brasil né eles manda pro pro outros países né com certeza eles legaliza esses ouro é para fazer outros tipos de material mas a sociedade não sabe esses ouro que é de sangue do Povo Yanomami é sangue dos povos indígenas que que sofreram muito família né crianças morreram porque quando fazer um buraco e colocar o mergulha as crianças [Música] morrem tudo isso é um resultado mesmo de tudo que acontece lá nas comunidades nas aldeias indígenas né por causas de doenças levadas por pessoas não indígenas estão aqui eles precisam
de muita ajuda mesmo e é o que nós estamos trazendo hoje não é [Música] ajudando quando você fala assim anoman pensa que é todo igual e não é sanoman fala toom fala e Salom Fala To bagul todo mundo são separados dali é os palit e os rifat ficam junto mas aqui é do da Amazonas ficam separados do que não se mistura aqui que não se mistura e aqui é que não se mistura são são dear região de alar aqui é Marari Marari fala bem diferente mar fala [Música] cantando Esse daqu é um alojamento sanoman viu
esse ali esse Verde lá que nós vimos no segundo ali é p sanoman aqui é sanoman também aqui é iekuana lá embaixo ó é sanoman são da são que não se mistura com Os de cá vamos para um lado de cá que é mais a realidade mais mais de quem vive em área esse aqui é um alojamento também de equan aqui são os indígenas do Roma e aí tudo [Música] bom Aqui é a realidade do é essa aqui realidade do Leviana AM e esse aqui é um alojamento do pessoal do go F Tod pacientes todo
paciente que tá internado a gente sabe pela comunidade onde é que fica gente vem PR cá onde fica surucucu vai PR cá onde tá do parima ali a gente já vai direto nas [Música] comunidades mulher indígena na maioria das Comunidades ela que é responsável por coletar a madeira a lenha para fazer a fogueira ela que que vai até a roça e e faz a coleta ou na Mat também faz a coleta de frutas Então ela tem uma sobrecarga de trabalho gigante se a gente acha que a mulher da cidade tem a jornada tripla Ela também
tem a sua jornada Às vezes a gente vê a mulher passando com um cesto nas costas carregado de lenha ainda levando dois duas crianças no braço então elas acabam sofrendo muito devido a isso também porque elas estão tem um trabalho exaustivo cansativo mesmo [Música] a anemia é bastante comum nas mulheres gestantes problemas de coluna dores el constantemente de Dores devido ao excesso de carga que elas trabalham diariamente Então acho que é mais isso e além do cuidar das crianças que responsabilidade é todas delas então e como não tem um sistema de de planejamento familiar é
um filho atrás do outro geralmente e vão vão se acumulando isso fica tudo sobrecarrega bastante a mulher [Música] [Aplausos] acredito que um dos Desafios que a gente usou encontrou aqui foi justamente esse porque na OMS no guim tá das crianças menores de 2 anos o leite materno exclusivo é o que realmente é o alimento predominante da criança porém que a introdução alimentada a criança normal começa com 5 meses de idade então quando essa criança Ela tem um aleitamento eh cortado precocemente ela acaba tendo algumas ah deficiências né futuramente E aí a gente acaba tendo esse
acompanhamento mais de perto Ah uma das considerações que a gente levou também aqui foi a adoção que são crianças que são adotadas outras por outras mães da mesma comunidade e aí a gente levava em consideração a translactação né que era feita geralmente eh com estímulo da da mãe adotiva Então já aconteceu casos aqui da mãe Eh pegar uma criança depois de dois meses estimular o leite e aí conseguir dar o leite Maternal muito foi muito lindo mas existem casos também da qual a mãe não consegue fornecer esse leite então existe n fatores a gente reavalia
novamente então por exemplo Um dos fatores pra gente dar a fórmula F 100 aqui no centro é ser essa criança ser maior de 6 meses porém se essa criança já consome um alimento normal já consome a comida eh a partir dos 5 meses a gente consegue já fornecer essa [Música] fórmula opa opa entrou ei olha lá você tá com gracinha too too Olha gente no moderado o mu ele faz a medição do parâmetro braquial que faz a classificação também pelos braços que a gente consegue classificar se essa criança tá ou não está desnutrida e qual
classificação que ela vai se encaixar se grave ou moderada na casa no mom nós usamos o método que foi aderido eh de de outros lugares então a gente usa hoje a mais o peso por estatura então a gente não pode errar de modo algum nesse parâmetro porque Justamente a classificação que vai definir para para qual setor ela vai ser direcionada para crianças menores de 2 anos a gente usa o infantômetro que é esse essa ferramenta aqui nós conseguimos colocar essa criança aqui aqui deitada com ajuda do pai ou do monitor que tá responsável por essa
criança e nós conseguimos fazer a medição ou cumprimento dessa criança e aí nós estamos usando essa tabela que aí classifica se a criança só precisa do peso e da estatura porque a gente não sabe a idade dessa criança nós fazemos a classificação como nutricionista mas existem alguns casos da qual a gente prefere usar pelo menos mesmo o peso [Música] estatura a equipe ali da opas com o Ministério da Saúde com a cesai com o IMIP construir um novo e apoio da Unicef construir um novo tipo de protocolo pra recuperação nutricional dessas crianças que a gente
já tá fazendo com sucesso na casai Então se a gente no primeiro levantamento ali de crianças com desnutrição que a gente conseguiu pegar a totalidade que estava no determinado momento tinha mais ali de 30 crianças com desnutrição grave hoje a gente tá com um quantitativo bem reduzido Se não me engano acho que tava com oito crianças até uns dias atrás a nossa demanda maior aqui de pacientes internos são crianças e a maioria das vezes é desnutrição associada de pneumonia n então sempre Sim nós temos adultos temos a maioria dos adultos que estão internados são por
por ou a agressão física por causa de conflitos nas regiões né e outras doenças tuberculose maniose então todos vem aqui para casar e para fazer o tratamento a situação já era bem complicada já tinha locais que que a desnutrição era gritante já já tíos eh as equipes de saúde trabalhando com o mínimo do mínimo tentando prestar assistência com aquilo que conseguimos fazer mas muitas vezes nos limitando devido a nossa capacidade mesmo então essa população aname morreram né de de fermes né que tem o medicamento também por falta de medicamentos abendazol né ti fermes então durante
esses 4 anos o povo Vian hum morreu por falta de medicamentos simples o Ministério da Saúde resgatou indígenas e anom Mami desnutridos e com malária o presidente Lula vai amanhã a Boa Vista em Roraima para dar apoio Federal em 4 anos 570 crianças e anom morreram vítimas de desnutrição ou por falta de apoio médico além é claro da malária né que tem que piorou nos últimos meses devido à equipes de saúde estarem bem reduzidas e a gente não conseguir fazer um trabalho de busca ativa constatando os cas antes mesmo dos sintomas surgirem que aí a
gente consegue reduzir bastante o número de casas nos locais Então tá malária aumentou bastante nesse último ano mesmo faltou muitos medicamentos de malado durante 4 anos onde a gente e vimos né o povo yanam mor on profissionais viram assistindo o poano m morrer não não sei não tinha como fazer absolutamente porque eles eles não fazia relatório porque por motivo de medo ou demissão se fazer esse relatório eles tinh Retalhação de sofrer ou perder emprego né então por isso o povo Ian mame sofreu muito quem tá morrendo aqui muito que nos preocupa são as crianças menores
de 1 ano e morrendo por causas evitáveis que tem tem a ver com fatores que a atenção primária poderia incidir né mas que nos últimos anos nem é possível fazer então o que a gente vê hoje as equipes de rotina que entram aqui na na área indígena elas não estavam conseguindo fazer vacinação de rotina Porque elas estão pagando incêndio com tanta urgência e emergência de crianças que tem uma malária que não tá tratada e agrava uma infecção respiratória que se agrava Porque elas estão desnutrida Então as equipes não estavam conseguindo fazer essa rotina então a
gente tá tentando remontar e colocar essa rotina de um problema crônico que de problemas como a malária que não se resolve muito rápido né controlar a malária nesse território né o pessoal que estava aqui na década de 90 fala que na década de 90 com 7.000 pessoas 9.000 pessoas eles demoraram 3 anos para controlar então a gente sabe que não é uma resposta curta mas a gente tem ações emergenciais de curto prazo Então a primeira coisa que a gente sabia que tinha que fazer era provisão maior de profissionais então a gente começou e daí particularmente
com a força nacional do SUS e a FAB né a FAB com hospital de campanha na casai depois a força nacional do SUS entrando na casai e no território em áreas prioritárias a partir de onde tava tendo mais casos de área desnutrição e morte de criança né E que eram principalmente três grandes polos né que é de aari suru e missão catriman [Música] [Música] con fez muito o papel de denúncia pro Ministério Público Federal levamos o próprio governo federal na T não pra gente te mostrar Olha o banam tá sofrendo o bovan morreu de desnutrição
o povo I normal morreu de fermes né que tem um medicamento que o custo muito baixo né que é r$ 5 né então a gente recebemos muito esses e endazol endazol né medicamento P doações do do organizações não governamental né esses parceiros ajudaram M se não tivesse esses parceiros o povo ia m o número tinha muito alto né mas a o número da da mortalidade da crianças dos do das mulheres é muito alto ainda ainda F descobrir né é porque ainda não chegou ainda nas comunidades para investigar como morreu aqueles povos vi anom né porque
ainda a registrar esses óp que não foram registrado porque o yomar morreu por não presena dos profissionais né então profissionais registra esses registra de declar ações de óbito quando ele tá presente quando o funcionário da saúde não tá presente não é registrado então o zanom vem traz essas informações que morreu da comunidade e o Enfermeiro ele registra né que que que ele soube informações faz declaração mas tem muitas declaração ainda não foram para sistema por falta de informações por falta de Investigações E também o médico não assina porque não fio o médico né aquele povo
vi morrendo [Música] [Aplausos] [Música] [Música] a nossa função Primar principal é fazer assistência à saúde primária né a população indígena é chegar nas comunidades é realizarmos assistência aos programas acompanhar as crianças principalmente com imunização e assistência aos programas de saúde da criança saúde da gestante saúde do idoso do Adolescente a essa nossa estrutura física né esse é o nosso essa nossa sala administrativa ela serve tanto para refeitório como para paraas diversas situações de confecção de de relatoria E esses são os nossos é os nossos arquivos né os cartões vacinados não ficam com os indígenas eles
ficam conosco Essas são as nossas 22 comunidades com seus respectivos cartões vacinais e nesse momento nosso momento administrativo que nós estamos realizando o final do fechamento de produção do mês de março né a equipe é composta por um enfermeiro hoje ela é composta por um médico ela é composta por cinco técnicos de enfermagem nutricionista estamos com uma estamos com Logístico também para est ajudando a gente nas operações de remoção de colocação de equipes de alocação da da nossa equipe para as comunidades que 70% no surucucu das Comunidades elas são realizadas por deslocamento de helicóptero pra
gente chegar dessas Comunidades a gente precisa desse recurso Logístico a gente precisa desse helicóptero para chegarmos assistência nas comunidades com a imunização com programa de verminose com assistência à demandas clínicas com as queixas Clínicas [Música] habitualmente no tempo de ontem tinha uma população mais infantil nosso público na demanda era um público mais infantil hoje devido principalmente essa questão da malária da eclosão da malária nas diversas pontas e a surucucu também tá que não nós não tínhamos nem casos em 2017 a gente tinha poucos casos tipo atou que era nosso ponto de malária e arima um
caso casos esporádicos hoje a gente tá com ecologia dos casos diretos tanto no atou como no irit quanto no Araca e assim como no iarima então então assim a gente tá com esse Mix a gente tá com tanto público infantil com as demandas clínicas de respiratórias né tipo com dispas pneumonias sgs diarreias quanto malária também nesse público infantil como malária nos adultos adolescentes e idosos também essa é a nossa parte da cozinha onde é realizada a dieta dos funcionários dos pacientes né a gente tem um outro espaço locado que é Nossa dispensa Nossa dispensa aqui
habitualmente quando os quartos estão lotados ou com bastante funcionários nós colocamos assim os dormitórios as redes né Elas Ficam conforme escápulas disponíveis os funcionários ficam aqui também conosco é a área também onde Nós aproveitamos para acompanhar o programa contra oncon cercose a gente programa Bem um programa com a fita de ver mectina para pegarmos a nossa população alvo não somente os indígenas como também os profissionais né Ah nós temos os nossos espaços que são os dormitórios esse é o nosso primeiro dormitório gente é um espaço esse é nosso dormitório hoje a gente procura deixar o
máximo para ter aquela aquela aquele Aconchego né o nosso Aconchego Zinho então nós passamos dias em malocas né passamos três dias nas comunidades quatro cinco a depender da área de endemicidade de malária e a quando a gente vem e volta lavamos as redes roupas tentamos deixar tudo ao máximo secando e para est provendo esse aconchego do profissional nós temos os locados no total de cinco dormitórios Aqui nós temos a nossa farmácia onde nós deixamos as nossas medicações todas devidamente separadas identificadas pro atendimento para levarmos até o nosso atendimento aqui no posto como principalmente para separarmos
e fazermos os nossos pacotes de de medicamentos para levarmos na assistência Clínica as comunidades né as respectivas comunidades onde iremos ser locados das 22 que são bastante Positivo eu só vou esperar o tempo limpar eu vou fazer uma missão no Caiana no retorno eu vou pousar na maloca pra gente fazer o translado desses pacientes que estão regressando paraas suas comunidades de origem positivo positivo aqui no Assim como as demais unidades de saúde também tem um aparelho muito parecido já tão de para poder levar o helicóptero fazer o translado dele então a gente também desde o
começo sabia né que o problema era levar assistência nas comunidades nas chapon nas malocas que ess as equipes não estavam saindo do Poo Então esse é o passo que a gente também tá começando dar progressivamente que é o que vai impactar Então a gente tem monado colocar isso da início a gente tá estruturando e Provavelmente em breve nas próximas semanas começa a funcionar um centro de referência em surucucu né para poder dar uma retaguarda de urgência e emergência para toda a região e ao mesmo tempo aliviar ali as equipes para elas poderem ir pras missões
para est em campo para fazer buscativa para fazer imunização para fazer antropometria pra gente inclusive identificar mais pessoas que tem situações que não estão sendo identificadas e tratadas para eventualmente tratar localmente ou levar para [Música] [Aplausos] [Música] aquela chapon que é chamada chona é a comunidade de corop eh antes eles moravam daqui era para lá para aquele lado ali aproximadamente 1 hora e meia de caminhada 2 horas Eles vieram para cá para ficar mais perto para ficar até melhor para eles pros atendimento ali fica melhor é mais fácil para o atendimento deles mas a equipe
aqui do surucucu não media esforço para promover saúde para Z anome aqui não é a casa coletiva da do distrito copiou que a A Andreia é responsável por eles copiou positivo positivo se a gente chega no momento e o paciente está com ferimento a primeira coisa que a gente vamos fazer é usar atendimento de primeiro socor ali para aquele ferimento tiver sangrando a gente vai tentar fazer um a gente vai fazer um compressivo para amenizar estabilizar o paciente colocar na na aeronave e trazer até o o Polo surucu no momento que que que eu vá
resgatar o paciente e eu vejo que que o paciente já é não tá não tá bem que não tem condições de ficar aqui a gente já passa pro o médico O Enfermeiro a equipe da enfermagem imediatamente a equipe e faz o encaminhamento para passar para Boa Vista se caso necessário é de urgência Ir para Boa Vista a gente caminha com o médico ou enfermeiro para Boa Vista no helicóptero do do que presta serviço para pro distrito e e se não não é não a caso de de emergência mas tem que sair para Boa Vista hoje
faz a solicitação de uma aeronave eh vem até aqui que a avião asa fixa ao avião e para fazer esse translado desse paciente até Boa Vista se caso necessário seja um um um um translado mais avançado intermediário o médico enfermeiro solicita o intermediário e vem o enfermeiro com todo o trâmite para fazer esse translado desse paciente com segurança do surucucu até Boa Vista eu acabei de retornar de surucucu ontem né Não vi a equipe como ela tava da outra vez enlouquecida trabalhando com um monte de remoções né eles estão conseguindo planejar missões para fazer aprazamento
vacinal para ir pras outras comunidades então de uma possibilidade que tem a ver também com a necessidade agora de chegar nos lugares que não estão chegando profissionais um pensamento muito diferente tipo em questão de trabalhar na cidade com trabalhar dentro de uma área indígena que é área indígena eame então e foi uma coisa uma única que eu sempre nunca vou esquecer então saúde indígena é muito diferente da realidade da cidade as diferenças tipo assim doenças que a gente não consegue que a gente não vê na cidade por exemplo aqui a gente vê muita doença respiratória
pneumonia brol infecções da pele tipo micose impinja a gente veio trabalhando e daí com outras instituições Além da Força Nacional do SUS e da FAB que estava com o hospital de campanha que tá né acho que ainda tá lá eh mas como por exemplo o médico sem fronteiras é a Unicef né para conseguir ampliar ali a própria vigilância interna na casai o atendimento a revisão dos casos que precisavam de avaliação médica para ter alta eh agilizar os fluxos de consultas e exames né Eh fazer essa rotina mesmo de cativa de sintomáticos né Por exemplo gripais
ou de diarreia fazer esse monitoramento da diarreia construir esse fluxo da vigilância nutricional das crianças e a gente começa a ver ao longo desses dois meses e meio aí alum resultado [Música] [Música] [Aplausos] [Música] bra [Música] w o [Música] na [Música] [Música] ele falou que essa é uma construção nova né não é e por enquanto tá tendo esse intermédio e ajuda estão cobrindo colona até eles achar chona aí vai ficar em dois chapon uma parte vai ficar aqui e aqui fic Cacique filho tudo aqui que vocês banana banana muito macaa Taioba tem muito também e
Porcão matar tudo Porcão e a terra terra tá com saúde tá boa saúde Boa Terra Boa Terra tudo por baio tá bom tudo bem [Música] [Música] [Música] eu sempre falo né que o a principal atitude é a retirada dos garimpeiros da terra indígena e anom e isso já está acontecendo né né durante 4 anos a gente teve um aumento de mais de 300% e agora em 2020 isso diminuiu parou estacionou acreditamos 8 80 85% e próprios caros saíram voluntariamente tem muitos Car imperam ainda espalhados na terra indígena anal porque é é comunidade e shte é
uma comunidade grande é onde tem 32 comunidade tem mais de 2000 em an né então aonde outros eh perto outras comunidades tem ainda presença dos Carmos porque próprios Yanomami fala para mim ó Tem muitos carimpo aqui ainda entendeu É tem muitos carimpo ainda tem outras comunidades saíram realmente entendeu mas e eh o governo de que e fechar esse espaço aéreo né feij esse espaço aéreo resolve o problema da é indígena no n definitivamente já é visível a gente perceber essa diferença mas agora com essas pessoas que estão lá resistentes a permanecerem dentro do território né
que são mesmo esses garimpeiros criminosos que estão fora ajuda da Justiça A maioria dos que resistem sair né Eh eles estão procurando conflitos estão provocando os indígenas ali dentro então é importante que haja uma intensificação da ação ali pensando no setor saúde e pensando que esse Mercúrio vai perdurar no ambiente por muitos anos eu acho que é muito importante que os profissionais de saúde que atendem populações sabidamente expostas ao Mercúrio que vive em áreas onde a gente sabe que tem garimpo e aquelas pessoas estão contaminadas que eles primeiro recebam um treinamento né uma capacitação com
foco em como lidar com essas pessoas né como identificar casos sinais e sintomas relacionados à exposição ao Mercúrio como que se faz o diagnóstico Que tipo de ex Laboratorial tem que ser solicitado pra gente dizer se essa pessoa tá contaminada ou não que que a gente faz com essa pessoa que orientação a gente dá no caso da gestantes né Eu acho que e a mulher gestante tinha que ser monitorada os níveis de mercúrio deveriam ser monitorados durante todo o pré-natal eu acho que toda mulher que vive na Região Norte do Brasil deveriam ter essas dosagens
de mercúrio né no no cabelo como parte do do pré-natal né porque esse problema é um problema que vai durar por muitos anos a gente mesmo acabando com a questão do garimpo de hoje para amanhã o mercúrio ele continua no ambiente continua contaminando os peixes e as pessoas continuam se eh comendo esses peixes [Música] contaminados é uma questão de saúde pública emergencial do povo não só o povo Yanomami mas todos os povos indígenas do Brasil né e eu acredito que nessa atual gestão de governo nós temos agora a oportunidade de fazer saúde com o nosso
povo né pelas vidas né Nós perdemos muitas vidas indígenas e agora nós temos uma oportunidade de recomeçar né de lutar pela defesa do meio ambiente né pela água né pela questão do alimento do próprio peixe né que foi contaminado pela questão do mercúrio do né são doenças que estão acabando com a vida do povo Yanomami e que agora a gente tem uma esperança de recomeçar né então eu vejo assim que é o momento de todos os povos indígenas se mobilizarem e ajudar a causa e eu acredito que o povo macuchi o povo wapixana o povo
taurepang eles estão aqui fazendo esse trabalho de união de força de coletividade né que nós estamos aqui enquanto profissionais GES emú indígena não apenas enquanto profissional mas enquanto indígena em poder ajudar os nossos parentes a gente tá monitorando aí a questão dos óbitos parece que há uma tendência de diminuição de óbitos e óbitos também de criança mas a gente ainda tem um atraso na notificação de óbito então a gente não tá totalmente certo disso hoje no coi pela manhã o pessoal informou que começa a se observar também uma mudança do perfil epidemiológico de agravos já
na casai né com diminuição realmente da prevalência de desnutrição que é resultado tanto da ação de distribuição de cestas como também dessa eh controle de alguns agravos porque a desnutrição também tem a ver com eh geen tiase malária né então quando você Trata esses agravos as crianças saem de um certo ciclo e podem né ganhar peso então a gente começa a ver alguns indícios né assim a gente não vê um período um um curto prazo para resolver porque é isso que eu falei tem uma um fortalecimento dessa estrutura de serviço das áreas técnicas das rotinas
da questão da logística dos insumos da formação de trabalhadores mas a gente começa a ver uma certa possibilidade de respiro para pensar coisas que há dois meses atrás não era possível [Música] né que mais me emociona ah a recuperação tem uma paciente aqui que ela ela tava com diagnóstico tuberculose e ela tava extremamente magra ela pesava 22 kg então assim ela era muito magra e eu tinha maior cuidado com ela maior cuidado maior cuidado e hoje em dia quando eu vejo ela com 40 kg para mim é muito gratificante é muito é muito mais gratificante
ganhar na Mega Cena fal passar Ceara aquiar só uma máscara chega lá você passa Ministério Público Federal quer saber é sobre Impacto social dentro das Comunidades entendeu então esses todas as informações em segundafeira a gente tem um alud para falar sobre o que que tá acontecendo aqui tanto a impacto né e tanto saúde saúde eh eh tá tá melhorando né isso um resultado que estamos vendo na na na comunidade que onde eu fui a gente dá pra gente notar a diferença muito grande né e a a característica tipo física da das crianças né Eh que
estão assim saudáveis chá e uma comunidade onde eu fui no curem mariu tirei essa comunidade tinha cada 24 horas a gente removia três quatro pacientes crianças né Cada 72 horas morria essa criança nessas comunidades e falaram que tem dois meses que não morre mais crianças né Isso é uma felicidade isso é um canho muito grande para nós paraa Cesar pro governo federal entendeu para Ministério da Saúde isso é é muito importante para para mim né né Para que que Eu convivenci des situações e eu também observei água né água tá assim próprio a natureza tá
buscando se Se Curar né então a gente notamos a água já tá limpa entendeu mas tem ainda tem e eh alguns Carmos estão ainda escondidos né Então precisamos limpar tudo para pra gente já organizar e curar a essa terra e colocar assistência nas comunidades E essas estratégias elas nos mantém vivas e vivos até hoje né mesmo com todas as mazelas mesmo com todas as dificuldades né então eu penso que primeiro entender a nossa diversidade nós estamos falando de vários povos e do Povo Yanomami também que não é um só povo Yanomami também dentro do próprio
povo Yanomami a gente tem sanoma a gente tem yanomi a gente tem vários outros povos que também compõem o povo yom entender que a nossa diversidade nos permite olhar o mundo de uma forma diferente nos permite pensar estratégia de viver diferente e aí prestar atenção nisso né ajuda a gente a adiar esse fim de mundo né recomeçar esse mundo outras vezes né uma coisa que desde o começo também a gente pensou aqui que o que a gente aprendesse aqui no enam seriam orientações que a gente poderia levar para outras de seis né como a gente
faz critérios e parâmetros para quantificação de profissionais na equipe como a gente faz monitoramento e sinais de alerta para insumos como a gente constrói rotinas e regulações com rede de serviço tudo isso a gente tem discutido que são aprendizados aqui que a gente pode levar pro nível central da Cesar e levar para outros de seis a gente Pensou mesmo aqui também ser esse processo de aprendizado para cesária e a gente claramente sabe que essa fragilidade do subsistema nos últimos anos né esse certo e isso vem desde 2017 né quando se começou a reestruturar Cesar nível
Brasília 2019 quando tirou o departamento de gestão tirou a estrutura lá do do Fórum de Presidente condiz né a gente viu durante esses últimos anos aí no último governo claramente a a retração da Cesa em certas funções de orientação do D6 ou de questões como aquisição de alimentos como realmente uma postura de não se responsabilizar por certas questões e problemas e a falta de apoio nos distritos então a gente sabe que os distritos como um todo tem essa fragilidade né tanto os relatórios da CGU do TG TCU também apontam isso né falta de critérios para
fazer o planejamento monitoramento falta de fiscal de contrato como a gente também sabe que tem outros territórios que estão fragilizados pela questão da invasão né então a gente sabe que no Pará os povos mor turcão com esse mesmo problema da questão do garimpo a gente sabe historicamente os Guarani Caio vale no Mato Grosso do Sul na questão da não demarcação e deles ainda não terem os seus territórios para eles poderem ter essa segurança de vida a gente sabe o problema crônico do Chavantes né que foi um dos povos que mais morreu na pandemia eh lá
no Vale do Javari tem toda aquela situação também de vazão e com povos de isolados que também tá já com algumas atletas Então a gente tem uma preocupação porque essa fragilidade é estrutural a gente sabe de outros territórios que sofrem com com agravantes de seja de invasores seja com questões enfim outras específicas locais que afetam né Essa essa proteção territorial e a e a vida dos povos indígenas e que V Com certeza colocam outros alertas pra gente uma preocupação de que a gente pode em breve ter outros locais que a gente vai precisar ter um
um olhar emergencial da mesma forma [Música] né a palavra que gente que a gente Escuta mais aqui alta abil que eu quero alta porque eles querem muito regressar pra [Música] [Música] comunidade quando eles estão com sede eles falam yamiche ma B ma eu tô com sede e eu quero água e e as pessoas ficam o que que é MX mixe mixe é a cicha Eu tenho sede ma eu quero água quando tá com fome eles falam e orre eu tenho fome né o amho uma besta mais me D comida Então são essas coisas assim que
normalmente quem chega aprende muito rápido porque é o que mais se utiliza tem as palavras mais utilizad aqui e birar birar birar quer dizer saudades saudades é você aprende muito muito muito muito a tem hora que a gente f emocionado né tipo assim ah eu tem um paciente que tá qu mes fal assim e birar prém eu tô com minha saudade minha saudade tá muito grande porque eu tenho saudade de comer a minha comida que é é a comida dele típica da da região tenho saudade de dormir na minha casa [Música] da mesma forma que
a floresta vai se recuperar é o mesmo tempo que eu tenho de cuidar desses desses povos que estão lá na Floresta né então o governo ele tem que ter esse planejamento de [Música] cuidado eu quero saúde eu quero proteção e essa proteção que eu busco é a proteção do meu território porque nós é que seguramos o céu que nem a fala do do grande líder dav copena né Nós somos pouca quantidade para defender o planeta [Música] [Música] C [Música]