[Música] quem F lá é meu n quem vai lá sou eu quando a cancela bater seu vo a de quando a cancela B euo e [Aplausos] glar casa não tem parede não tem jela e não tem nada a onde é onde é deijo for onde é é que es consagrando padre na tua esquerda firmando Padre junto a te D momento jema muito obrigado a mãe Jurema Muito obrigado pelo dia de hoje louvado seja Deus pessoal Sertão MCO hoje veio até Petrolina Pernambuco a cidade que eu gosto muito e a gente veio conversar um pouco com
João que é o sacerdote do terreiro Aldeia Pena Branca em Petrolina é um terreiro bem conhecido tem um trabalho incrível lá em Petrolina antes de começar o vídeo eu queria mostrar aqui a vocês o nosso espaço Sertão Místico estamos aqui mais uma vez no nosso espaço Sertão Místico para quem não sabe isso aqui é o nosso espaço de reza né é o espaço onde a gente vai trazer os rezadores os benzedores para atender aqui nesse local Então esse vai ser um local com esse propósito um local totalmente votado pra caridade aqui nada será cobrado ali
tá nosso Cruzeiro das Almas a Jurema ao lado do Cruzeiro a jura Sagrada a imagem de São Francisco de Assis a imagem do nosso Padre cisso a imagem do São Francisco de Assis porque a gente entende que o que tem que reger a gente a humildade o amor a tolerância e a imagem de pcis que é o santo da nossa terra o santo que nordestino que realiza tantos Milagres Essa semana pessoal a gente já botou a porteira aqui como vocês estão vendo nas imagem a gente também comprou uma Carrocinha dessa de engate de engatar atrás
do carro para poder trazer o material para cá devido ao fato de ser na zona rural a gente os armazéns é que vendem né areia tijolo material Eles não conseguem trazer para cá então a gente teve que adquirir essa carrocinha para poder trazer as coisas inclusive a porteira a gente já trouxe com essa Carrocinha E aí a gente conta com a ajuda de vocês com todos vocês T ajudado a gente quem puder nos ajudar com algo que não lhe faça falta essa aqui é Nossa chave PX Sertão Místico @gmail.com sert mítico @gmail.com essa chave ela
tá no meu nome João Paulo perira de Melo pessoas até já me disseram não o que eu vou mandar é muito pouco não tem problema o valor é só um meio de transporte dessa boa energia que você manda maior objetivo é esse ajudar uns aos outros e praticar isso né a caridade porque vem a caridade da parte do médio do rezador que vai ajudar uma pessoa que precisa é quando chegar aqui as pessoas também acabam ajudando os rezadores é isso trabalhar o amor trabalhar essa prática da caridade trabalhar essa ideia de ajudarmos uns aos outros
falo muito aqui essa questão da devoção às almas né o quanto as almas nos ajudam as almas benditas as almas vaqueiras né as almas que todas as almas quando a gente reza por elas elas assim elas são muito ajudada pela gente e e elas também ajudam a gente devido devido a isso eu vou começar aqui com a casa das Almas aqui atrás do Cruzeiro eu vou construir essa casinha que que vai ser só direcionado para acender vela para as alvas entendeu eu quero fazer isso ainda esse mês de dezembro deixar essa casa pronta para que
a gente possa ajudar as almas através dessas orações e também as almas nos ajudem e ajude todos eu mande algo que seja de coração e que não lhe faça falta para que nesse final de ano e as almas ajudem todos vocês e vocês ver o poder da intercessão das Almas colocando nos bons caminhos abrindo as boas portas nos ajudando com prosperidade nos ajudando com saúde Espero que todos venham aqui todos os nossos seguidores venham conhecer quem quiser vir aqui fica na cidade de Belém de São Francisco eh não tá pronto ainda mas quem quiser vir
conhecer o local sentir a energia desse lugar a gente já eh disponibiliza combina comigo que eu trago aqui você para para mostrar essa terra gratidão a todos pela sua contribuição seja com oração seja uma contribuição do que for nós só temos agradecer que cada espírito de luz que aqui está que aqui habita que todos os nossos mentores que todas as almas possa compensar a cada um de vocês dando paz saúde prosperidade e vamos lutar para que muito em breve isso aqui esteja cheio de gente passando por essa Porteira que vocês nos ajudaram contribuindo para Que
ela possa estar aqui e assim como cada tijolo Cada pecinha que aqui vai estar foi com a ajuda de vocês então só gratidão a todos por cada ajuda que vocês nos dão muito obrigado a todos que já ajudaram a todos que rezam pela gente que reza por esse projeto cada um que reza pela gente eles mandam as boas energias assim pra gente concluir esse lugar pra gente construir esse lugar então Agradeço a todos e que os bons espíritos de luz abençoe a todos nós entendeu um trabalho muito bom eh tem todo um trabalho voltado pra
caridade enfim a gente vai conversar um pouco aqui para João falar um pouco da gente do trabalho lá do terreiro eh falar da história dele como foi Começou tudo isso e a gente vai começar aqui conversando com João tudo bom João Tudo Certo Maravilha Tudo ótimo estando aqui não tem como como tá melhor não é uma honra receber vocês no nosso espaço sagrado tanto no nosso terreiro como também nesse espaço aqui que é o mais sagrado da gente onde a gente vem aqui se conectar se curar se cuidar para poder cuidar das pessoas também além
do terreiro e como vocês estão vendo na cena aí além do terreiro é aldeia Pena Branca também tem esse espaço sagrado aqui na Catinga que é onde a gente tá no momento mas a gente já vai chegar nessa história e João vai contar a história desse espaço aqui vamos começar João é perguntando como foi assim o princípio assim teu com a espiritualidade Como foi o começo de tudo eu desde de criança que tenho algumas experiências mediúnicas né quando era criança eu escutava os espíritos falarem comigo tinha algumas experiências de ver algumas coisas alguns sonhos e
minha família desde que eu me conheço por gente é espírita né tanto que eu quando fui crescendo Eu recusei fazer a primeira comunhão porque eu dizia não preciso fazer porque eu sou Espírita já me entendia dessa forma e sempre me identifiquei assim quando eu tinha uns seis para 7 anos eu tive a primeira experiência de conversar com um guia espiritual incorporado que foi o Zezinho que é um erê né na na matéria da minha tia da minha madrinha Sandra uma das minhas madrinhas lá no Crato no Ceará eu sou cratense sou cearense Uhum E aquela
experiência mudou minha vida porque eu ele falava comigo e dizia ó nós somos amigos a gente se conhece e eu tinha a impressão que eu já conhecia ele né e eu não tinha medo nenhum eu queria estar lá na mediúnica conversando com os guias com os espíritos eh interagindo com eles e com o passar do tempo eu comecei a ter algumas experiências ruins também com a mediunidade de entrar em contato com alguns espíritos que não eram tão amigáveis né Uhum E nesse processo de ouvir eles falando para eu fazer coisas que eu não queria para
agredir alguém para falar alguma besteira para alguém a minha mãe pediu o auxílio no centro espírita que ela frequentava E desde então eu comecei a frequentar a evangelização naqueles grupos de com as crianças né e com o passar do tempo ela recebeu uma orientação de fazer uma reza sempre que eu dormisse para conversar com o meu espírito depois que ele desacoplado do corpo e ela fez esse processo de de diálogo de conversa junto com o Amparo do centro e essas experiências cessaram desde então né e eu continuei sempre com esse interesse com relação à mediunidade
à espiritualidade e a minha primeira experiência de incorporação foi no banheiro eu nem andava em terreiro nem nada tava morando já em Petrolina porque meu meu pai é militar e a gente já morou em vários locais do do país por conta disso Corumbá Recife no no Ceará lá no Crato que foi onde eu nasci e viemos paraa Petrolina também e aqui em Petrolina eu tive essa experiência de incorporar a minha preta vela enquanto eu tomando banho já pensou eu lá tomando banho comecei a sentir minhas costas arquear baixar Assim Que negócio é esse e ela
veio e ela começou a falar comigo ela conversou comigo né me deu uns sermões algumas orientações e eu fiquei com aquilo para mim porque eu achei que eu tava doido eu pensei Rapaz bicho eu tenho que fazer um um teste aqui um um exame psicológico acho que eu tenho alguma coisa errada porque tem a essa questão da mediunidade mas eu nunca tinha tido um contato tão forte né E aí eu tive que fazer vestibular e estudei muito para passar no vestibular aqui em Petrolina não consegui passei no Crato no Ceará e nesse processo de preparo
do vestibular eu tive uma experiência que mudou a minha vida que foi uma conversa no terreiro da minha mãe de santo a minha mãe Matriz onde eu comecei é a conversa com um preto velho chamado pai Benedito pai Benedito de aruan e eu quando sentei para conversar com ele ele falou assim meu filho você sabe o que você é aí eu falei sei eu sou médium aí ele não só isso não mas você também é da Magia da magia Você também é um maggo dis mago que negócio de mago é esse mago existe isso eles
falou existe a magia existe também meu cachimbo é magia a vela que tá acesa aqui é magia a água que tá no altar É Magia esse altar É Magia essa música é magia tudo aqui é magia também E aí ele despertou isso em mim e começou a me contar sobre histórias das estrelas dos Cosmos da formação do mundo da atuação da espiritualidade e aquilo me despertou de um jeito que eu cheguei em casa querendo me debruçar né eu me apaixonei pela pela Umbanda naquele momento por meio do processo da magia do trabalho com esses elementos
Mágicos que foi o que me encantou e ele disz que um dia a gente ainda ia se reencontrar quando eu não passo no vestibular de Petrolina e tenho que ir morar no Crato com os meus avós eu vou visitar aquele terreiro de novo e quando eu chego lá o o preto velho durante a gira apontou para mim isso já uns se meses depois quase 8 meses depois ele me vê aponta para mim me chama e até cutuquei uma pessoa do lado falei vai é com tu e aí disse não é com você mesmo mandou chamar
você e eu fui e quando eu cheguei lá ele disse assim e aí meu filho tudo bom como é que meus ef tá na minha linguagem na dele né tô bem meu pai e aí ele falou Você tá lembrado de mim aí eu é pai Benedito disse sou eu meu filho você tá pronto aí eu Para quê Para começar a jornada você não tá por aqui agora aí eu falei tô então semana que vem você vemha de branco e aí eu comecei a ir pro terreiro e eu era cambone dele especificamente toda gira eu ia
ele me orientou aí com um bloquinho de notas e tudo que ele fazia nos consulentes eu ia anotando e aprendendo para que que passava vela a erva que usava a água eu era um um assistente dele até certo ponto né e depois ele foi me encaminhando para começar a exercitar a incorporação firmar a cabeça me concentrar e não foi uma coisa que aconteceu logo que eu cheguei foi acontecendo aos poucos e ele disse para mim que eu já tava sentindo energia mas eu não estava percebendo que eu tava sentindo que era muito mais Sutil eu
esperava às vezes um uma pancada que o espírito tomasse meu corpo e que acontecesse um processo fenomenal demais né E aí ele falou que eu já tava sentindo mas eu não tinha percebido que eu tava sentindo e quando eu tive essa abertura de filtro de percepção eu percebi que quando a gira começava que cantava para algum eu senti um arrepio que tomava meu corpo todo só que eu achava que era emoção E aí quando eu comecei a perceber que talvez aquele arrepio não fosse só uma emoção mas fosse uma reverberação de energia eu fechei os
olhos me concentrei pensei naquele arrepio se espalhando né e aconteceu a primeira incorporação no terreiro que foi com o ogum quando ogum se manifestou foi dessa forma E desde então eu continuei cambon ajudando varrendo pegando coisa amava aquilo parei de estudar pra faculdade só estudava terreiro terreiro terreiro o tempo todo viciado em terreiro e as entidades me chamavam para conversar assim meu filho tem vida também a gente já entendeu que você gosta que você ama isso aqui mas vá viver sua vida também estude faça as outras coisas por enquanto e dentro desse período meu pai
liga para mim me diz ó tá manter você aí financeiramente eu quero que você faça o vestibular da faculdade aqui de Petrolina Se você passar tudo bem sem pressão se não passar a gente dá um jeito você continua aí a gente vê o que a gente faz e aí eu não estudei nada fui fazer o vestibular pra mesma faculdade que eu tinha feito antes não tinha passado e eu passei e eu passei com uma nota muito grande né acho 851 uma coisa assim e eu fiquei muito triste Muito angustiado muito frustrado porque eu não queria
sair do terreiro não queria sair de lá e e foi nesse processo que eu frequentava o meu terreiro mas como era viciado em terreiro e Umbanda eu fui conhecer um outro terreiro que era um terreiro de Jurema E lá eu tive um contato com uma entidade que se chamava raimundão da jurema e o mestre raimundão da Jurema me deu um presente dois presentes na minha vida que até hoje tenho uma gigantesca a ele para falar sobre ele né honro mre raimundão na minha jornada e antes de de eu ir visitá-lo eu estava me concentrando com
os pontos de caboclo quando tocou o ponto do caboclo Pena Branca eu senti um arrepio um negócio estranho e quando eu cheguei para conversar com raimundão ele virou PR mim e falou assim você sabe queem é o seu Caboco Aí eu disse não ele falou é Seu Pena Branca E aí eu lembro que eu chorei uma coisa que me emociona até hoje falar sobre isso né Ele contou a história que eu tenho com o Seu Pena Branca falou de outros guias espirituais que iriam aparecer na minha jornada e ele disse assim se você for filho
de Pena Branca mesmo você vai fazer um negócio para mim faz um ano mais ou menos que eu tô atrás de uma pena de ganso uma pena branca de ganso E ninguém aqui conseguiu arranjar essa pena para mim ainda você for filho de Pena Branca você vai conseguir essa pena de ganso se é tá bom E aí essa essa gira acho que foi num sábado quando foi na segunda eu voltando da faculdade do Juazeiro do Norte pro Crato a van passando né passando na estrada o ganso para para para para van desci da van fui
atrás do dono do ganço disse eu preciso uma pena desse gano E aí ele me deu a pena do ganço de lá eu já fui pro terreiro e entreguei lá para ele deixei lá para para dar de presente para ele e fui na outra gira na outra gira ele me deu de presente minha primeira guia né disse você trouxe a pena do ganso para mim eu vou lhe dar a sua primeira guia e o que eu ganhei não foi uma guia normal foi um brajá que eu até achei estranho porque brajá geralmente é uma guia
utilizada por pessoas que já estão num processo espiritual mais avançado e essa guia era a guia uma guia que o pai de santo desse terreiro tinha usado por muito tempo e ele me deu e então foi a minha primeira guia né e e antes disso acontecer isso um pouquinho antes de eu de eu passar na na faculdade voltando aqui que é um episódio importante é eu tava na gira lá cambon fazendo as coisas e pai Expedito virou para mim na matéria que incorporava pai Benedito e me chamou e disse assim meu filho você gosta muito
disso aqui né Eu disse eu amo isso aqui isso aqui para mim é tudo né E aí ele falou você quer se iniciar dis eu quero como é que se inicia o que que é isso iniciação é igual batismo e aí eu lembro que eu inocent falei tem batismo na umbanda dis tem tem batismo tem cas pronto É aqui mesmo que eu vou ficar que eu tinha dito que eu não queria ser católico e não fiz a primeira comunhão e diziam para mim que eu não ia poder casar né E aí quando ele falou PR
mim que tinha casamento na Urbana dis pronto é aqui mesmo e aí ele falou assim busque ali um balde um balde um balde pegue água água mais que água água da Cachoeira Água de qu não água da torneira da torneira é da torneira E aí eu fui pegar essa água Pegue um raminho de folha de que de que folha eu pensando que era uma folha especial uma coisa assim diferente essa aqui mesmo tá aqui em frente aqui essa peguei um raminho de de Murta Murta de Cheiro peguei entreguei para ele deixe tamanhozinho Acenda meu cachimbo
acendi o cachimbo me deu uma vela azul era dia 25 de abril e aí ele disse seu padrinho vai ser o Gum e a sua madrinha vai ser sou mãe de santo cruzou o banho com a erva jogou a fumacinha tá pronto A tá pronto tá pronto É simples e aí eu tomei o banho né Voltei pro pro altar quando eu voltei pro altar já tava pai Benedito e ele fez o meu ritual de de iniciação e me deu uma faixa e uma guia a minha guia primeira guia era uma guia que era do terreiro
a gente usava dentro do terreiro e seu pen Branca incorporou numa outra médium e veio falar comigo me abraçou me orientou então depois dessa experiência e eu passei para vir PR Petrolina vim para cá desesperado minha mãe fez uma acordo comigo minha mãe sempre foi minha maior apoiadora nesse sentido minha parceira minha família teve muito medo né nesse meu ingresso aí da espiritualidade por mais que alguns já fossem presentes na espiritualidade mas nunca tanto na umbanda eh e aí eu comecei a procurar terreiro procurar terreiro o meu critério é que o terreiro estudasse que tivesse
estudo foi uma coisa que eu aprendi no meu que o estudo liberta o estudo é o nosso processo de autonomia de empoderamento e eu encontrei vários terreiros que não tinha estudo até que eu encontrei um terreiro que tinha estudo e esse terreiro eu digo que foi muito importante PR minha jornada porque me ajudou muito naquele momento mas também foi o lugar onde eu aprendi o que eu não deveria fazer lá eu fiquei um tempo mas como eu era muito questionador eu estudava muito eu perguntava por que as coisas tinham que ser assim eu questionava alguns
atendimentos que eram feitos com entidade recebendo financeiramente para trabalhar com a entidade que da linha onde eu vinha não não era dessa forma e eu comecei a incomodar né com esses questionamentos até que eu fui proibido de estudar eu fui proibido de perguntar eu fui proibido de anotar eu só podia estudar aquilo que me era ensinado aquilo que era passado para mim e eu não podia fazer pergunta né E essa entidade ela vinha e ela xingava as pessoas ela gritava com as pessoas ela humilhava as pessoas em público expondo questões particulares da vida de cada
um às vezes e já era complicado sem ser um trabalho com Exu que a gente tem um um um preconceito aí muito grande com relação ao trabalho com Exu onde muita gente acha que trabalhar com Exu dá outorga para você fazer coisas erradas para xingar os outros para fazer o que não deve né E aí tinha uma gira de Exu que era uma vez por e nesse dia eu fui chamado conversar com o exu dessa sacerdotisa e quando eu cheguei lá o esc na bo el disse ó você é um merda você não presta nem
para ser merda vá para aquele lugar você é um isso você é um aquilo e eu perguntei o que foi que eu fiz C A sua boca e continuou pau pau pau pauc n e disse Vai pensando no que você fez e não sabia o que eu tinha feito não fazia ideade que eu tinha feito sentei na frente do do altar e fiquei lá sentado pensando e não conseguia assimilar nada com angústia muito grande dentro de mim uma frustração sensação de incompreensão né e e é engraçado que os outros eoos da casa eles vinham falar
comigo tranquilamente conversavam comigo me pediam alguma coisa e desde então eu fiquei muito chateado e contrariado só que eu sempre penso que eu realmente fiz alguma coisa errada né espiritualidade tá falando então com passar do tempo eu comecei a enxergar outras coisas que eu não concordava que foram me incomodando até que chegou o momento de se desvincular da casa realmente Chegou a um ponto onde às vezes eu ia pedir a benção pra entidade a entidade não me dava benção não queria me dar benção e quando eu me vi nesse processo eu conversei com a O
terreiro de onde eu vim e esse terreiro a mãe de santo me disse que quando a a igreja quis alienar as pessoas ela mandou queimar os outros livros né perguntou se não era isso que estavam fazendo comigo também e isso me despertou e ela disse filho se você precisar a gente vai aí a gente vai aí a ajudar você ajudar sua mãe E aí nós recebemos essa determinação de juntar um grupo de pessoas para fazer uma uma gira e eles vieram lá do Crato os médiuns paraa Petrolina eu tenho uma gratidão gigantesca a meu terreiro
Matriz por isso e quando nós quando eles chegaram Fizeram a primeira reunião na garagem do amigo meu porque não podia ser na minha casa que eu morava numa vila militar né Já pensou na garagem do amigo meu veio o pai Benedito e foi o primeiro preto velho que falou comigo e disse olhe tem uma jornada para você para você fazer a mesma coisa que sua mãe faz aí eu disse Como assim você P de Santo aí ele dis C Deus me livre mas nem a pau meu pai Deus me livre um negócio desse não já
venho de uma xibata dessa aqui eu não quero isso pra minha vida não a responsabilidade demais e aí ele falou não meu filho tenha calma faça primeiro um grupo de estudo não precisa ter pretensão nenhuma você vai fazer um grupo de estudo conversa com as pessoas ensina aprende com elas e fica por aí dis ah um grupo de estudo pode ser estudar eu adoro estudar Umbanda E aí eu montei o grupo de estudo o grupo de estudo foi avançando avançando avançando depois veio o Seu Pena Branca e disse tá na hora de abrir o terreiro
aqui é assim eles respondem né Tá na hora de abrir o terreiro E aí O terreiro foi aberto quando foi aberto eh o grupo quando começou tinha umas sete pessoas chegou a ter 13 pessoas mas quando o terreiro foi abrir tinham quatro pessoas do dia que o terreiro abriu no outro dia duas pessoas saíram fiquei eu e duas pessoas só só eu incorporava e eu comecei a fazer as reuniões quando foi abrir o terreiro O terreiro Matriz do Crato veio ajudar a abrir o terreiro também e começou às vezes não tinha ninguém para atender às
vezes era só a gente e com passar do tempo foram chegando outras pessoas duas três 4 CCO antes da pandemia eram 18 pessoas na corrente quando eu cheguei no no espaço que a gente tá hoje na aldeia eu só aluguei metade eu não tinha dinheiro para ter um espaço maior e foi um espaço também indicado pela espiritualidade né e quando foi crescendo a gente expandiu tudo que vocês viram lá no terreiro tem nas gravações também a única coisa que tinha era da metade da da janela do Meio para o altar não tinha o telhado onde
o Altar Tá só tinha aquelas casinhas Branca as paredez brancas todo o resto foi construído por nós com a nossa mão com a comunidade era um terreno cheio de de coisa de droga que era um ponto de droga de entulho e com passar do tempo a gente teve que ampliar para pegar o terreno inteiro e hoje a aldeia tá aí do jeito que tá somos se eu não me engano 102 pessoas na comunidade esse ano a aldeia Pena Branca fez 7 anos de funcionamento de trabalho eu coordeno terreiro com a minha família tenho uma honra
de dividir essa realidade com a minha família meu pai é ogano terreiro minha mãe é mãe de santo junto comigo é depois de e acho que 18 anos aí da vida dela como Espírita kardecista chegado nos 40 e poucos ela começou a incorporar né seu Lego que é o meu boiadeiro foi quem fez o desenvolvimento da minha mãe lá em casa e minha irmã também frequenta o terreiro sonho dela é ser mãe de [Música] santo e o meu irmão também frequenta o terreiro com a gente então hoje em dia a família inteira eh participa da
Aldeia Pena Branca na coordenação do terreiro e tivemos a felicidade de nesse ano abrir os trabalhos na sede do Crato no Ceará que é de onde eu vim de onde começou toda essa jornada Recebemos a missão do Seu Pena Branca aí de coordenar O terreiro lá também Uhum é o trabalho O trabalho de vocês É é incrível demais a energia do terreiro é muito boa eu achei importante tu falar esse relato de do teu início de ter passado por outro terreiro o que aconteceu porque isso é muito comum que aconteceu contigo acontece com muita gente
e muita gente que não entende muito acaba eh se causando dano arretado na naquela pessoa aí se afasta daquilo acha que umbanda é aquilo ali aí corre fica com medo e fica retraído e e às vezes e às vezes um mal terreiro tira a pessoa do caminho né sim e e eu acho a retado o trabalho lá eu acho e muita gente vive me perguntando eh e hoje na página onde eu devo ir Onde é que eu devo ir sempre os lugares que eu venho passando não é lugares que eu escolho não sabe a espiritualidade
que manda a gente para lá justamente pela pela seriedade de trabalho então assim como como sério é o trabalho por exemplo do padrinho Juraci lá em Caruaru Como é o de m Tonha lá lá lá em afogada da Ingazeira então assim para os de petrolin região aqui que me pergunta Aldeia Pena Branca é um trabalho incrível assim então assim é isso e e muito importante esse relato Voltando a falar isso é muito importante porque e eu acredito que tem muita gente até de repente que vai que tá assistindo agora e passou por situações parecidas e
e ficou com medo e saiu do terreiro e não quis encostar mais em terreiro nenhum por algum trauma e né Por por algum medo algum trauma que colocaram dessa forma enfim e não é bem assim então você que passou por isso e tá assistindo esse vídeo não é assim então assim você é importante encontrar e um lugar Pode proceder de um jeito mas tem tem outros lugares de luz então assim é importante que você você busque para para encontrar o seu lugar e me conta João um pouco hoje do trabalho do terreiro em si hoje
já o de Pena Branca realiza aí duas giras por semana só não quando a gente tá em ritual aqui a gente vem para cá e não tem gira não só realiza duas giras na semana como também uma gira por mês lá no Crato no Ceará e as giras acontecem de forma simultânea quando tem lá tá tendo aqui também ao mesmo tempo eh eu dou aula de desenvolvimento mediúnico eu dou aula de ervas sagradas eu dou aula de pedras sagradas de magia de pemba e o meu processo é um processo de ensino porque realmente foi o
que me libertou foi o que fez com que eu conseguisse trilhar toda essa jornada até aqui eu tenho plena noção da importância tremenda que tem o estudo dentro desse caminho espiritual Tem gente que fala que umbanda não estuda né E que Jurema não estuda e quanto mais o tempo passa mais eu tenho convicção de que não não tem talvez uma religião que estude tanto quanto a gente precisa estudar se você for levar a sério porque a umbanda você vai estudar a Med você vai estudar a relação com a espiritualidade você vai estudar magia vai estudar
simbolismo mágico vai estudar as Hervas sagradas as Hervas sagradas aquelas que estão disponíveis na horta na que a gente geralmente acha B do manjericão e tudo para tomar banho mas também quando você entra dentro de um campo juremeiro as Hervas sagradas da Catinga né você vai estudar orixá você vai estudar cosmovisão indígena a umbanda tem uma cartica muito interessante que são as linhas de trabalho dela né a umbanda tem uma origem banto na verdade banto que a gente tá falando mais ou menos ali da Angola na verdade daquela Nação da Angola que tem essa prática
também de relação com espíritos ancestrais e incorporação de espíritos ancestrais paraa orientação da comunidade a primeira pessoa que pisou no Brasil a trazer essa relação de espiritualidade banto até onde a gente tem notícia de de onde os documentos foram né foi uma pessoa chamada Luzia pinta ela é chamada de Luzia Pinta e nós ficamos sabendo disso através de um documento que relata como ela morreu ela foi julgada por feitiçaria e foi mandada para Portugal e executada a Luzia atendia pessoas na casa dela incorporada nos espíritos ancestrais né E esse movimento que ficou conhecido também como
macumba macumba caroca antes da Macumba carioca a gente tem aí o Calundu a Cabula que são cultos ancestrais daquilo que a gente entende hoje como Umbanda Aonde se incorporavam espíritos para orientação da comunidade e isso ainda no processo da diáspora da escravidão por muito tempo Aonde a os nossos ancestrais iam PR as matas se juntar no pé de uma grande árvore geralmente numa região aberta abria-se um círculo em volta dessa árvore para fazer essa gira e girava em volta dessa árvore eu ficava em círculo em volta dessa árvore fazendo rituais de incorporação de seres ancestrais
aquilo que a gente tem como Umbanda hoje é fruto disso a raiz é essa né claro que com atravessamentos ainda de cultura indígena e de outras culturas que chegam junto desse processo mas a raiz mesmo é essa raiz africana há um processo de institucionalização da Umbanda e ao mesmo tempo de embranqueci daquilo que era a macumba que acontece em 1908 a partir do Zélio Fernandinho de Moraes O Zélio tem uma importância tremenda nesse processo de institucionalização da Umbanda porque o caboclo que ele incorporava o caboclo das Sete Encruzilhadas orientou que fossem formadas federações para defender
os direitos dessa religião né e houveram outras figuras importantíssimas para Umbanda como tat Tancredo tat Tancredo é um expoente gigante aí da História da Umbanda no Rio de Janeiro e ele era um senhor negro que honrava muito essa ancestralidade africana dentro da relação de culto que ele fazia pra Umbanda Tata Tancredo fez algo tão fantástico que ele conseguiu eh fazer um evento no Maracanãzinho Ah se eu não me eu não vou acertar a data aí mas em volta aí de 1940 para 1960 se eu não me engano posso errar com relação à data e ele
consegue fazer um evento que se eu não me engano era quem sabe o que é macumba ou você sabe o que é macumba que juntou milhares de pessoas no Maracanãzinho para falar sobre a macumba para cultuar para expressar essa forma de culto e pensando numa época como Aquela né um homem negro conseguir fazer isso é fantástico inclusive ele é o responsável pelo movimento do reveon das pessoas usar em branco na praia O Tata Tancredo é o responsável onde ele cria esse movimento do Povo de Aché utilizar o branco indo pra praia saudar e emanjar nos
movimentos religiosos Principalmente nesse processo de virada essa relação cultural das pessoas utilizarem um branco no reveon é uma cultura umbandista é uma tradição umbandista e a gigante maioria das pessoas que faz esse ritual aí não faz a mínima ideia de que isso vem da Macumba isso vem da Umbanda e também da influência do tatatan crdo Uhum E aí aí viajei tanto agora que Mas tu tinha não sei se tinha me respondido o dia a dia lá no no terreiro Como é o trabalho lá sim das giras né então a gente faz gira na quarta-feira Gira
aberta no domingo terça-feira tem curso às vezes na segunda eu faço cursos de de um mês terça-feira é o curso de desenvolvimento mediúnico que acontece durante um período de se meses com a turma Ah no sábado a gente faz algumas vivências e eventos no terreiro para arrecadar recurso inclusive as consagrações de Jurema né consagração de cacau consagração de Jurema roda de rapé a gente faz no terreiro geralmente nos sábados e na quinta-feira o nosso dia de gira interna que é quando a nossa comunidade se reúne para cuidar uns dos outros é o desenvolvimento da corrente
é na quinta-feira aonde os médiuns que estão chegando vão aprender a incorporar conhecer os guias aprender a trabalhar com as ervas os elementos estudar e também é onde eles vão ser atendidos e benzidos pela própria comunidade então a gente não faz atendimento da corrente no dia da gira aberta a corrente tem um dia só para cuidar dela que é o dia da quinta-feira né na Gira aberta a gente cuida das pessoas que vem de fora para receber esse auxílio O terreiro atende hoje uma média de 150 a 200 pessoas e hoje atende esse número porque
nós reduzimos a quantidade de gira como tinha gira uma vez por mês a gira estavam dando 250 pessoas a gente não tinha cadeira banco para colocar mais as pessoas então Nós pensamos em fazer duas giras para diminuir o fluxo de pessoas e a gente conseguia atender todo mundo também nesse processo aí é dessa forma que funciona a aldeia E durante o ano nós temos sempre duas iniciações de cada um dos graus digamos assim de pertencimento né Uhum aprendiz afilhado filho de Santo e as deitadas pros orixás que são processos onde eles vão incorporar os seus
próprios Orixás e através desse processo que a gente reconhece confirmando também a nível mediúnico sensitivo Quem são o pai e a mãe dessa pessoa né se é Oxalá e amanj oxo ogum ogum e Oxum é por meio da deitada onde os médiuns se recolhem para deitar e a gente vai cantar para todos os orixás e quando é na hora do Orixá dele ele incorpora essa é uma prática ancestral já vinda dessa raiz de um Band omolocô né E aproveitando isso fazer um comentário que hoje a aldeia Pena Branca não se identifica como a vertente de
um Band específica de propósito porque eu percebi que essa escolha de se identificar como uma vertente muita às vezes cria uma hierarquização e uma competição entre as próprias umbandas dizer ah eu sou da Umbanda Sagrada Então quer dizer que eu não sou daquela outra ali que faz isso que faz aquilo mas quando nós passamos por um processo de intolerância religiosa de terrorismo religioso de racismo religioso isso não afeta só quem é da Umbanda Sagrada quem é da Umbanda BR quando tiver incorporando o Caboco tocando um tambor vestindo Branco usando guia vai passar por um processo
de racismo religioso da mesma maneira então quando eu comecei a encabeçar os movimentos de União dos terreiros para que os terreiros se protegessem eu percebi que esse processo de vertente de umbanda muito mais me afastava deles do que me aproximava por isso hoje O terreiro se identifica como Umbanda e nós temos crenças que vem de um campo de umbanda Sagrada crenças e rituais que vê de um campo de um Band omolocô crenças e rituais que vê de diversas bandas que estão na umbanda uhum rapaz uma pergunta antes Messias uma pergunta específica aqui eu vendo lá
ontem e eu vi lá que e na incorporação do Boiadeiro eu vi lá que os boiadeiros chegam lá é uma família na verdade boiadeiro que são os Léguas e tem um seguidor meu não sei ele deve estar assistindo aqui agora ele o tempo todinho ele en meu dir rapaz fala sobre os Léguas e fala que os Léguas que vem de com odor do Maranhão e e quando eu abro uma caixa de Pergunta ele manda as perguntas eu não lembro mais o nome dele mas aí quando foi ontem eu vi que que quando incorporou não veio
só o Seu Boiadeiro Lego veio toda a família dos Léguas incorporando nos médios lá me fala me fala um pouco e dos Léguas os Léguas estão presentes no Codó do Maranhão como a raiz dessa relação espiritual ancestral de culto né Codó do Maranhão recebe uma grande quantidade de negros escravizados na época da escravidão e da diáspora vindo especificamente do benim na região ali da Guiné que são do povo Jed que fala a língua F né e há uma personalidade fantástica dentro desse dessa história que se chama que se chama nan agontimé nan agontimé era uma
das Esposas do Rei lá de do benim e quando houve o o o um golpe lá que o filho desse Rei toma o poder ela é mandada escravizada pras Américas né e quando chega aqui especificamente ela forma o que o que hoje a gente conhece como casa das minas que foi a primeira casa de terreiro de tradição africana que tem no Maranhão lá e essa casa é do culto dos voduns não é vudu é voduns que é da espiritualidade do Povo Jed dentro da casa das minas há um vodum chamado Toi Poli bogi né Toi
Poli bogi e é Pierre verg por meio da pesquisa dele isso posso até tá errado depois eu vou vou passar aqui a informação se não for o Pierre que quando ele foi estudar lá no benim a os nomes dos voduns da família real ele compara com os nomes dos voduns da casa das minas e ele percebe que são os mesmos então a fundadora da casa da as minas Maria Jesuína na verdade é n agontimé né e é através de to poolboi que se tem esse nome legua bogi né é um desdobramento desse nome e legua
vem de elegbara ou eleguá que é um vodum que está associado a nível de características a gente pode associar a Exu né legba legua elegua então o nome legua boji é um nome que deriva dos voduns né a partir desse processo de diáspora e os Léguas são uma família de boiadeiros de Vaqueiros de pessoas do campo que são descendentes diretos de povos indígenas e principalmente de povos africanos por isso que eles trazem esse nome Lego bogi no nome e isso é uma explicação do João Bosco a partir do estudo do João Bosco né Uhum e
daquilo que eu fui pegando de informações e conversando com o próprio seu Lego seu LEGO é meu guia de frente guia de frente pra gente é o guia que mais nos acompanha que tá ali com a gente o tempo todo que é a primeira instância de comunicação espiritual é o seu Lego bugi comigo o meu guia chefe que é quem comanda os trabalhos mediúnicos toda essa relação espiritual é Seu Pena Branca mas o guia de frente que tá ali comigo na grande maioria do tempo é seu Lego inclusive agora tá por aqui também né por
isso que ele chega às vezes no momento que nem a gira dele mas ele chega Muito ousado e traz a família de légua toda junto e junto com ele para trabalhar e os Léguas são fantásticos também porque eles TM uma característica diferente dos Boiadeiros quem é um um médium de umbanda dessa Umbanda que vem mais dessa raiz do do Rio de Janeiro dessa tradição de lá do Sul quando vê um lego incorporado pode até estranhar porque ele é um boiadeiro muito irreverente ele não é aqueles boiadeiros carrancudo com a cara feio ali bruto sisudo ele
é na linguagem da gente ele é uma resenha né brincando ali o tempo todo tirando onda dá uma gargalhada parecida com a gargalhada de Um exu né então ele traz essas características associadas a Exu também à esquerda essa essa característica de brincar que Exu também tem né de reverência que Exu também tem uhum e e me diz uma coisa é até uma dúvida minha né que você eh a gente já falou nisso ontem eu tenho uma ligação muito forte com as almas não é não que ninguém tenha me dito eu entendo muito pouco mas é
é toda essa essa essa sensação essa emoção essa essa coisa que que pende para isso e e vejo que e também e com as almas vaqueiras e também uma coisa muito forte comigo com com boiadeiro né E aí você me falou que tem uma ligação muito forte entre entre boiadeiro e as almas eu queria você me explicasse sobre essa relação tem esse culto aqui na na Catinga no interior do Nordeste das santas almas vaqueiras existem lugares que vão fazer referência a 13 Almas vaqueiras a sete almas Vaqueiros ou não vão colocar um número específico mas
quando eu falo sobre isso Eu sempre sou puxado eu sou chamado pra história de Raimundo Jacó né a história de Raimundo Jacó é muito forte que é a missa do vaqueiro né uma tradição fenomenal a história de Raimundo Jacó é fantástica tem até um documentário no YouTube sobre a a história de Raimundo Jacó que eu deixo a indicação aqui do pessoal procurar e assistir e ele é a representação dessa alma vaqueira né é e é justamente as almas que habitavam essas matas as almas que conhecem a catinga que conhecem e muitas vezes desencarnar nesse processo
da Catinga e tinham a jurema como seu remédio tinham o cavalo como seu melhor amigo né o boi não é só um animal mas ele é um animal que traz o meu sustento há uma relação Sagrada com todo esse universo da Catinga desse bioma e também da Jurema Sagrada então a gente tá falando das Almas que desencarnaram aqui que cuidam que amparam que conhecem essa magia aqui essa ciência aqui né que se manifestam dessa forma quando eu penso nas santas almas vaqueiras nada além do que são os ancestrais os nossos ancestrais que conhecem e se
encantaram a Jurema e o tambor de mina tem um termo de referência a se encantar que é quando você desencarna e se une você é incorporado dentro da natureza você se Encanta num marara você se Encanta numa árvore seu espírito mora na natureza e a Jurema tem muito isso uhum as árvores para nós esse anjico que tá aqui não é só uma árvore ele é uma cidade espiritual ele é um portal espiritual por onde através dele a gente consegue se conectar com essa espiritualidade que vibra que vive que se manifesta aqui eh você me falou
uma coisa que é que ninguém tinha me dito e eu tinha isso comigo nunca falei isso a ninguém eu tinha isso comigo na questão de de Raimundo Jacó eu ten isso comigo porque imagine e foi o começo de tudo ali aquela a missa do e e e e e a Missa do Vaqueiro de Raimundo Jacó foi que criou outras missas do Vaqueiro e é uma movimentação de energia muito grande que eu não entendia se eu chegar numa missa do vaqueiro você todo mundo algumas pessoas se emocionando aquela coisa e é e é isso essa movimentação
dessas almas vaqueira e dentro daquele ambiente ali e você tipo tá escutando um vaqueiro aboiando e tem aquela mesma emoção de estar escutando eh a oração da família na igreja católica que você emociona chora e você sente essa mesma emoção com o aboio do Vaqueiro então assim eu não sabia explicar ainda nem sei tanto mas sei que hoje se entendo que é essa presença dessas almas essa conexão essa conexão E aí Raimundo Jacó com imagina a quantidade de de oração eu acredito nisso do espírito que evolui muito quando recebe muita muita oração muita Reza e
pode ter seer pela gente imagina a quantidade de de reza que que Raimundo Jacó recebeu pela sua e eu tenho certeza que el el é uma dessas almas vaqueiras aí que tá Tá entre nós aí ajudando a gente isso é uma coisa que eu tinha comigo nunca falei a ninguém tô falando pela primeira vez aqui e agora existe um termo dentro da cultura da da cosmovisão banto que se chama moiô Aonde eles compreendem que tudo tem força vital a pedra tem força vital Mas tem uma coisa muito interessante que para eles tem força vital que
é a crença a crença tem força vital Então os banto não olhavam pra cultura de um um outro povo e pensavam que eles tinham que apagar essa cultura ou que essa cultura não tinha força que essa cultura tava errada eles pensavam que aquela cultura também tinha uma força vital né então não fazia sentido para eles destruir aquela outra cultura se afastar daquela outra cultura por isso que a umbanda tem os ciganos os caboucos os boiadeiros os baianos os marinheiros os orientais são cosmovisões diferentes que convergem dentro do mesmo ambiente e respeitando cada individualidade dela então
pensando sobre a missa do vaqueiro tamanha deve ser a força vital dessa crença né Quanto mais pessoas rezam quanto mais pessoas se dedicam a isso tem essa devoção como por exemplo eu sou do Crato que é a cidade onde nasceu Padre Cícero Uhum Então eu conheço muito bem essa relação aí das peregrinações ritualísticas dessa força da fé que tem por exemplo em Juazeiro do Norte no orto e a potência que isso tem mesmo para alguém que não é católico como uma força transmutadora transformadora de vidas que é rapaz a presença aqui é espiritual é forte
tem hora que sim tu tava com alguma pergunta a casa lá a casa O terreiro é de Seu Pena Branca né é quem como é que a gente pode dizer é a espiritualidade que rege né É aquele terreiro me fala um pouco de de Seu Pena Branca Seu Pena Branca é um pai para mim né Seu Pena Branca é é a melhor parte que se manifesta em mim em vida né assim eu tenho um amor um respeito uma gratidão tremenda a ele e tudo que ele faz na minha vida desde compreender a minha ignorância a
minha pequenez a Às vezes a minha arrogância até puxar as minhas orelhas também e fazer com que eu possa despertar no que é necessário e é ele quem me dá esse presente da Umbanda na minha vida da Jurema na minha vida Seu Pena Branca é muito sábio quando o terreiro começou era um terreiro só de umbanda ele determinou que os filhos de Santo deveriam usar uma firma de Jurema preta na guia e não era um terreiro de Jurema né Ele mandou desenhar no Altar do terreiro uma árvore em cada galho da árvore se manifestava a
espiritualidade mas não é um terreiro de nenhum culto tivesse a ver com árvore especificamente né ele manda colocar no em alguns assentamentos A Jurema preta e ele fazia menção a ela sempre a Jurema e quando a Jurema vem e eu digo nossa é uma coisa nova ele vem e fala não sempre teve aqui na espiritualidade era você que não estava pronto para entender isso mas agora você tá e mais como é que o nome do seu terreiro é aldeia Pena Branca que você nunca pisou numa aldeia vá pras aldeias vá conversar com os pajés vai
conversar com os meus descendentes vivos entenda que nós estamos vivos Caboco tá vivo na aldeia Os descendentes dele estão aqui né o preto velho tá vivo no quilombo Os descendentes dele estão aqui então a gente tem que parar de de olhar para essa espiritualidade e Os guias só como se fosse uma imagem folclórica uma coisa que é fora da nossa realidade tá dentro da nossa realidade e Tá ensinando pra gente a partir da relação com preto velho a entendeu a importância da cultura preta da cultura indígena e Seu Pena Branca ele é esse pai né
que nunca nunca me abandonou eu tive eu tive alguns Episódios na minha jornada de querer desistir do caminho da espiritualidade por conta da decepção que eu tive com as pessoas e Acho que todos os sacerdotes aí vão concordar comigo que a pior coisa dentro da jornada do sacerdócio é lidar com a ingratidão das pessoas a parte mais complicada pra gente é essa e quando eu tava desenganado disso eu pensei em desistir ele veio depois incorporou e disse meu filho se for só eu e você vai ser só eu e você sentado numa pedra debaixo de
uma árvore o trabalho vai acontecer eu não vou largar sua mão nunca né jamais quando eu adoeci era ele que tava lá també bem minha família também e ele ele que desenvolveu minha mãe ele que trouxe meu pai pro terreiro que meu pai não era muito a AF fim de negócio de umbanda né ele que que faz todo esse processo que a gente tá aqui agora por causa dele né Uhum ele eu eu gosto de brincar assim pra gente Seu Pena Branca não é um Caboco não ele é um herói Nacional ele é um pai
um pai que cuida assim a gente não entende essas coisas Teve um dia que teve uma pessoa que tava com ideação suicida a gente recebe muitas pessoas com ideação suicida no terreiro e o terreiro tem uma parceria com a faculdade nassal essa parceria é uma parceria informal não é uma parceria formal que a quando a gente vê que tem uma pessoa em situação de ideação suicida que ela não tem condições de pagar um tratamento ela é encaminhada para o plantão de atendimento psicológico de lá e aí ela pode ser at medida levando 1 kg de
alimento com R 5 alguma coisa assim e a gente consegue trazer também essa importância do Cuidado psicológico junto da relação com a espiritualidade também E aí Seu Pena Branca sempre alertou a gente para perceber a importância do Cuidado mental emocional que a espiritualidade tem muita importância mas existem questões que são cuidadas em cada campo né não é como se fosse suprir tudo cada coisa no seu lugar então El ele é esse pai ele é essa força criadora ele é um pai Generoso um pai que ensina me emociono demais quando eu falo dele que eu nem
consigo colocar em palavras tudo que ele me ensina mas eu quero compartilhar com vocês um ensinamento dele que acho que seria talz aquilo que ele viesse falar nesse momento n ele diz assim quando alguém chega para perguntar pai Qual é o meu propósito E aí ele diz como definir a centelha e a chama que existe dentro de uma alma com palavras em português como definir uma coisa que se sente na alma que se brilha aos olhos que faz você levantar você ir ajudar fazer com palavras né não éo que está para palavras você não precisa
encontrar uma frase que defina a sua vida você precisa sentir essa chama que pula dentro de você e quando é que o seu olho brilha aonde é que o seu olho brilha aonde é que você sente aquela força aquela realização que faz você continuar E aí ele fala que o chamado é algo que vem do grande Espírito vem de lá para cá pulsa dentro da gente um chamado pode criar muitos propósitos mas um propósito não cria nenhum chamado todo propósito é resultado de um chamado Quem quer ser médico quem quer trabalhar com espiritualidade cuidar de
pessoas ajudar faz isso porque sente uma realização muito grande é sobre sentir não é sobre explicar Uhum é sobre sentir E aí ele faz esse movimento inverso né a gente parar de procurar palavras para definir o que a gente sente e começar a PR encontrar o caminho que a gente precisa trilar é É verdade começar a sentir Eu acho que isso aí é muito o meu caminho sabe sentir as coisas e fazendo ali e começar a pensar dear deitado numa rede tiver a ideia de de fazer o sertão MCO falei com o Messias e vamos
vamos gravar Então é isso sentir sentir e você falou uma parte aí do da arrecadação É bem interessante explicar que essa arrecadação é é 1 kgo de alimento né Para que você possa ajudar aquelas pessoas aquelas aqueles instituições que estão necessitando sim inclusive Amanhã você vai levar um mantimentos e é muito Engraçado que desde a primeira vez que que nós fomos lá através de um amigo de Pedro Desculpa Pedro tá falando seu nome aqui mas e ele insistiu né que que a gente precisava conhecer e Aldeia que era perto da casa dele e tal e
nós fomos lá e nós sentimos uma energia diferente nós sentimos uma energia que encantou assim que a gente entrou a gente já viu que tudo era estranho estranho que eu digo assim que era diferente né pra gente aquilo ali era diferente como se a gente tivesse eh chegasse na nossa casa né como se ali fosse a nossa casa eu pertenço a eu sou descendente indígena e acho que é por isso também que que a gente sente que ali é a nossa casa né até Joice minha esposa outro dia estava brincando comigo disse Rapaz você eu
nunca vi você se encantar com uma coisa com o lugar como você se encantou com a odeia Pena Branca e um relato que a gente presenciou muito forte Nós estávamos em casa preparando para vir para cá né pra aldeia e uma amiga de Joy vai e liga pra ela e diz amiga eu sei que você conhece muitos rezadores e eu tô passando por um problema assim assim assim tal eu tô com uma um problema físico e que já foi médico já Fi psicólogo psiquiatra já tô até pensando que seja uma doença E perigosa né me
diga um lugar e tal se disse nó nós estamos indo amanhã para e passar na Gira né conhecer a gira da Aldeia Pena Branca e se você quiser ir Ah não amigo eu vou eu vou eu vou e quanto é que paga lá não você não paga você só leva 1 kg de alimento e aí ela foi foi muito bem recebida assim como todos são né e passou pelos trabalhos e no outro dia ela liga pra jo dizendo amiga tô curada aí você vê a essência de onde do do princípio da cura eu não tô
aqui para criticar nenhuma outra casa ou alguma outra cada um age da forma que acha adequado né mas se ela fosse em algum outros lugares cobraria um absurdo como a gente sabe né a gente anda a gente sabe a gente conhece e no entanto ela foi curada porque ali se faz a caridade quando você Doa o que você recebe de graça é mais fácil a cura acontecer é mais fácil de de você ver acontecer a coisa e o que se recebe lá é para ser doado né para quem tá necessitando Então eu acho que isso
é importante ser ser dito eu sei que a partir do momento que isso aqui sair vai aparecer muito mais mais gente né querendo por dier assim ah é de graça e de fato Quando você pensa assim é é gratuito que não é gratuito né 1 kilo de alimento que e nem é obrigatório kilo de alimento não a gente só pede como uma forma de contribuição Mas se chegar alguém lá que não tem como entregar vai ser atendido do mesmo jeito eu eu nós a gente conversando uma vez e o senhor tava dizendo que às vezes
chegaram chegou uma pessoa e ah eu tô passando eu queria fazer um uma limpeza e e quanto é para fazer a limpeza dis rapaz Quanto é meu pai fazia a limpeza e tal então você disse não venha quarta-feira na Gira aí quando a pessoa no outro dia não tá tudo ok já para já foi feita a limpeza então eu acho assim que por isso que as coisas acontecem n por isso que eh na caminhada que nós estávamos ali vários relatos de que Seu Pena Branca faz a coisa acontecer uhum né tá estamos precisando fazer isso
de onde vamos tirar de onde vamos como vamos conseguir e de repente tudo acontece e a coisa aparece É então acho que é por isso acho não é por isso que a coisa acontece porque você se doa eu nós fomos participar da jurema e nós vios a a dedicação eu não queria dizer nem que de um jovem de um ancião Você só tem a idade que eu não vou nem dizer a idade Você só tem a idade uma Pou mas a estrutura é de um ancião pela responsabilidade n pela dedicação com com a espiritualidade com
o amor que se tem porque não é fácil e a gente até dizendo a gente vha no carro combinando João é um velho João é um velho porque as atitudes assim a responsabilidade que não é fácil você ter um responsabilidade de de comandar de administrar de ser responsável por tantas cabeças por tantas pessoas né isso tem que ser o espírito ancião mesmo né isso eu não poderia deixar de citar aqui de falar e essa questão do do do da gente ver uma pessoa mais velha em alguém é isso é muito vivo né quando a gente
vê por exemplo como ele falou do teu trabalho tua responsabilidade e às vezes a gente até acaba chamando de Senhor o cara que é bem mais novo que a gente justamente por como como acontece com tigo como acontece com com o padrinho jura mesmo porque não rapaz o senhor Mas porque eu vejo um velho no caro eu vejo um ancião assim mas na eu digo na na espiritualidade e acaba você vendo você se sentindo um menino na frente da e e da espiritualidade Mas é isso uma coisa que eu ia te perguntar é que tu
eh acho que muita gente tem curiosidade disso tu realiza o ritual lá da Jurema Sagrada né é muito parecido que muita gente o pessoal conhece mais vamos lá o ritual da easc mas aí no caso é com vinho da da Jurema não é isso a gente utiliza junto da Jurema o jagube o jagube que que é o inibidor que é utilizado na easc o dmt já tá na jurema e na easc dmt tá na chacrona o jagu ele inibe a monoaminoxidase ele é um imal inibidor de monoaminoxidase que é a enzima que quebra o dmt
então quando a gente inibe ela o organismo absorve o dmt né E aí a gente tem essa experiência forte de imigração n de de de eu vou dizer assim da às vezes que eu consagrei tipo é de uma expansão de de consciência né do aumento do dos Sentidos é né parece tem um sentido ma ativado o pessoal coxixando ali e parece que você tá com o ouvido do lado ali escutando aquela sensação né o sentido tudo muito apurado sim e é falar sobre essa Jurema é fantástico né Eu recebi o chamado da Jurema há muito
tempo desde quando o terreiro começou já recebi o chamado da Jurema mas não aceitei naquela época porque eu passei por uma situação traumática naquele mesmo terreiro de Jurema que eu falei do do raimundão e eu quero falar porque é uma coisa que muitas pessoas podem passar Vocês precisam entender que toda a incorporação tem a presença do médium é inevitável mesmo espírito incorporado em 10 médiums diferentes pode ter algumas coisas parecidas mas será diferente porque um organismo diferente tá sendo utilizado a mensagem passa por um espírito diferente a mensagem passa por uma consciência diferente um sistema
nervoso diferente de crenças diferentes de diálogo diferente de capacidade vocal diferente então ah existe uma coisa chamada animismo e misticismo né o ânimo ou a Ânima é a nossa energia a tua presença a tua Ânima toda incorporação tem Ânima do médium o médium tem a responsabilidade de neutralizar a sua Ânima para que ela não afete a comunicação espiritual então a maior responsabilidade do médium é passar a informação que a entidade quer passar como ela tem que passar isso sendo falado de um médium consciente ou semiconsciente né de incorporação já quando a gente fala sobre um
processo inconsciente isso acontece numa parcela bem bem menor mas acontece então eu passei por uma experiência aonde um médium utilizou de uma entidade para me assediar na verdade para me manipular né E esse médium tava incorporado numa numa mestra da jurema e eu tava começando a minha jornada e aí ele tirou umas cartas de baralho não era nemum baralho cigano era baralho de pouque o baralho tradicional né que também pode ser feito para oráculo mas a gente sabe hoje no estudos que não tem nenhuma carta de um baralho de poker um baralho tradicional que vai
dizer assim Você é homossexual né então ele tirou uma carta a entidade tirou uma carta e disse assim para mim você já percebeu que os homens olhando muito para você será que você não tá gostando da coisa errada rapaz uma entidade me falando um negócio desse fui pra casa dizendo minha mãe falei com a minha mãe a senhora percebeu alguma coisa estranha em mim diferente assim Ah será que eu não tenho a mulher que é quebrada Eu não tava sabendo mãe eu disse assim mãe será que eu sou e ela que conversa menino que história
é essa porque a entidade ela tá num lugar de suposto saber ela tá num lugar de autoridade para o consulente e aquilo que aquela entidade fala tem uma responsabilidade uma importância uma potência muito grande então quando eu cheguei em casa demorou um tempo o médium manda mensagem para mim puxando conversa comigo e depois perguntou assim ei tô com vergonha de falar mas deixa eu te perguntar uma coisa tu quer ficar comigo graças ao estudo eu já vim estudando processo de misticismo de animismo da influência do médium falei rapaz B esse médium tá usando da entidade
para me manipular é interferência total do M total para fazer duvidar da minha sexualidade para colocar uma dúvida na minha cabeça e ele se aproveitar de um momento de vulnerabilidade meu então o conhecimento com relação a isso é essencial pra gente se proteger também dessas experiências é negativas aí né E aí isso me traumatizou e eu me afastei muito da jurema e eu foi através da intervenção do Mestre João Batista que ele era meu seguidor via minhas lives e começou a conversar comigo sobre jurema e eu falando que tinha acontecido comigo os meus preconceitos com
relação ao Catimbó na época que ele ressignificou tudo ele me apresentou um olhar responsável ético sério compromissado disciplinado que eu me apaixonei e me reconectei com a Jurema Então existe a Jurema de ajuka o o ajuka que é uma bebida Sagrada consagrada pelos povos indígenas da região do Nordeste muitos utilizam o nome ajuka e geralmente essa bebida só é utilizada em rituais internos e não há uma cobrança financeira com relação a isso e algumas aldeias nem permitem que o homem branco ou que o visitante possa consagrar o ajuka né são poucas etnias que fornecem o
ajuka para alguém de fora beber geralmente não é o mesmo que Eles tomam nos rituais sagrados deles eu não comercializo ajuka a gente só faz consagração de ajuka de forma interna né no no terreiro mas eu faço o processo de de comercialização da Jurema com o jagube que é uma criação é algo que não é feito dentro das tradições indígenas geralmente a junção do inibidor lá da easc com a Jurema Sagrada que a gente tem aqui na Catinga para promover essa experiência de expansão e ela tem uma ação atuação diferente que o ajuka tem então
ela é uma reprodução resultado de um processo de neoxamanismo né A Jurema com a Jucá que algumas pessoas vão chamar de juremar iri por exemplo eu chamo geralmente de jurem mariri tem gente que vai chamar de jurem masca né E essa a gente faz a consagração aberta e foi através de uma consagração dessa que eu tive uma das experiências mais incríveis da minha vida e não foi assim de ver espírito foi de sensação assim de perceber que eu sou um filho da mãe terra e que a mãe Terra é um espírito e é viver aqui
encarnado é como se a gente tivesse incorporado no corpo da mãe terra a gente só tá incorporado no corpo da mãe terra e daqui a pouco a gente vai subir vai desincorporar né para voltar para aquela realidade de lá e a mãe Terra fala com a gente através da Consagração da Jurema a voz que fala com a gente é a Jurema falando aquilo que a mãe Terra ensina porque não há sabedoria mais antiga mais ancestral acessível para nós aqui além de deus do que a própria mãe terra né que para nós também é representada como
um espírito um grande Espírito um espírito mãe que abraça todos nós aqui vivendo nela cria a gente gera a gente ampara a gente quando a gente morre traz a gente de novo N E por aí vai fala nisso nessa questão de corporação é uma passagem tão curta da gente aqui eu fico vendo muita gente fazendo tanta coisa pelo material qualquer coisa de passar por cima do outro de prejudicar alguém mas gente é uma passagem tão curta e um preço tão alto que as pessoas pagam por isso porque aqui a passagem é quanto 60 70 80
e olha lá e e a eternidade depois disso e o e os débitos que a pessoa arrumou porque por por a Qualquer Custo querer aquele aquele bem material a custo às vezes de prejudicar por exemplo um pai de família Ou prejudicar alguém de pisar em alguém que enfim é isso veio na cabeça de falar isso outra coisa que você falou essa questão da interferência é é bom até assim eu venho achando massa sabe Essas entrevistas que eu venho fazendo porque eu venho recebendo muita mensagem galera o quanto foi esclarecedor uma entrevista dessa ou que tava
com pensamento de de suicida de não sei o qu e assisti uma entrevista e fico e aquilo entrou nele e ficou Encantado e passou a buscar a espiritualidade depois do canal da gente então isso para mim só isso sabe eh para mim é é chamado Pois é para mim é só saber que isso tem que que esse trabalho aqui tem ajudado as pessoas dessa forma eu eu fico num alegria sabe Ah é E E aí falando dessa questão da incorporação a gente no começo de tudo a gente fica tudo com medo né dessas coisas e
a gente se traumatiza muito fácil com com uma mensagem de um guia alguma coisa quando a gente não entende muito né então a então que essa entrevista também sirva para você também acontecer alguma coisa dessa como Pai João falou não se desespere não as coisas não é bem assim e aconteceu por exemplo comigo quando eu comecei esse trabalho quando eu tava iniciando e de eu fui numa casa e o Preto Velho e eu disse que eu tava iniciando trabalho que era andar atrás de dos Médiuns e entrevistando e e o Preto Velho começou não por
que você tá fazendo isso e tá errado não sei o qu espiritualidade não precisa de divulgação de propaganda mas aí foi tomando mas aí eu tentando explicar mas meu pai veja E aí o PR foi ficando impaciente né assim eu disse aí depois eu fiquei me perguntando depois na até na hora eu eu eu fiquei perguntando Tem mas meu pai foi explicar e não pera aí deixa eu falar eu disse Eita trazer um calmante aí pro hum uhum PR velho chugu pro preto velho Aí eu disse mas rapaz o preto velho para mim é o
maior símbolo é de paciência sabedoria de humildade é para mim é quem e são as pessoas que entregam a gente por exemplo Inteligência Emocional aí você imagina eu conversando com o preto velho eu disse o preto velho tá mais impaciente do que então assim interferência do médium não tem como um preto velho evoluído agir daquela forma então quando acontecer alguma situação dessa então assim não tome como verdade e fique desesperado não muita coisa acontece Esse é um exemplo de João foi um e tem diversos outros exemplos que é Procure um outro lugar veja enfim é
é eu eu sempre falo assim pro desenvolvimento mediúnico que é muito perigoso esse caminho e a gente que é médium tem que ter medo sim sabe eu falo sempre para eles que no dia que a gente perder o medo no friozinho da barriga de Não tá passando na frente do guia ali acabou porque você vai passar o pano para qualquer tipo de manipulação interferência sua no processo Então e o animismo ele é um um um ponto de reflexão interessante que eu falo pro pessoal que ele não é o nosso inimigo ele é algo que a
gente deve saber controlar quando usar e quando não usar quando é que um animismo ou a nossa capacidade de participação enquanto médio durante a incorporação é positivo é positivo quando por exemplo você incorpora um espírito trevoso obsessor quiumba que são alguns termos utilizados que ele quer voar no pescoço de alguém que ele quer dar um mor ele quer agredir ele quer morder ele quer atacar ele quer xingar desestabilizar você que é médium inconsciente treinado você pode segurar esses impulsos agressivos impedir que a entidade agrida alguém que vá bater em que vai xingar alguém porque você
trava a a conexão no larino aqui falando de forma mais técnica né você trava a fala Trava a movimentação corporal e tá conectado a nível mental então o médium consciente pode fazer isso e esse é um trabalho importantíssimo de maturidade mediúnica que os médiuns devem ter inclusive nos processos de desobsessão que por exemplo às vezes alguém que é médio inconsciente não vai ter esse controle se incorporar um espírito trevoso um obsessor vai voar em cima de todo mundo como eu Já presenciei situações como essas de uma média inconsciente que acho que na minha vida eu
conheci só três e uma delas eu já vi tentando avançar em cima da minha mãe dizendo quea arrancar o sangue das veias dela e tentando agredir ela e o povo tentando segurar e não conseguia segurar ela e tem gente que acha isso bonito né dizer isso olha que que Corporação forte mas não isso representa uma situação de descontrole que pode gerar muitos problemas traumas né problemas para o terreiro problemas pro médium paraa pessoa que tá sendo atendida que tá ali na reunião então o médium tem essa função de não interferir de forma negativa no processo
Uhum mas diante de uma situação como essa ele pode interferir de forma positiva no processo do trabalho espiritual uhum eh falando de de incorporação né de desse eh de como incorporar essas coisas eu queria que que o senhor falasse um pouquinho eu digo isso por experiência própria né Eh a gente tava na na caminhada aí no percurso de conhecer os Encantados as coisas Encantadas eh a gente até se falou um pouco sobre a incorporação né dos medos dos preconceitos do do dos dos traumas nós a gente vem de uma linhagem que até Jão disse rapaz
passou 12 anos na na doutrina achando que não incorporava e e hoje já já pode incorporar mas assim mas eh eu digo por mim eh a gente sente que não é a gente ou seja a gente sempre espera isso né que chegue uma incorporação que ele tome 100% sim que ali você seja tomado e quem vai agir é a espiritualidade Uhum aí eu queria que você falasse um pouquinho porque assim como como nós temos essa dúvida eu acredito que sim muitas pessoas também T essa Inclusive inclusive para concluir a pergunta a dúvida de e Ah
eu sou médio de incorporação Ah eu acho que eu não incorporo entendeu então assim tem muita gente tem essa dúvida Ah eu não acho que eu não incorporo não já disseram que eu não sou de incorporação entendeu Messias passou por exemplo 12 anos né numa doutrina que ele não seria é médio de incorporação nunca incorporou e hoje incorpora então assim então e aí tem muita gente que acha que não é então eu queria que você me explicasse o seu olhar em relação você como você é uma pessoa que que dá aula de incorporação né Tem
esse esse essa como é desse desenvolvimento mediúnico você pode explicar a gente uma pelada né D pai Antônio Pai Antônio não seu capa preta diz você não é médium de incorporação até você incorporar né então a gente não tem essa certeza a gente só acha Na existe uma premissa de que todo mundo é espírito vivendo uma realidade física né então nós temos a mediunidade e aí tem esse termo de que todo mundo é médium todo mundo é médio mas alguns desenvolvem e outros não isso é algo que a gente aprende do kardecismo Por que todo
mundo é médio porque todos nós nós somos seres espirituais vivendo uma realidade terrena então nós podemos nos conectar nos comunicar de alguma forma com a realidade espiritual isso acontece de uma maneira natural às vezes aflora naturalmente da pessoa ter experiências de incorporação de visão de clar audiência de ouvir e às vezes de uma maneira desenvolvida como uma intervenção para que isso seja desenvolvido e o principal fator que bloqueia os processos de desenvolvimento mediúnico envolvendo da incorporação são as crenças negativas justamente essas crenças que envolvem algumas tradições que vão dizer que você jamais vai poder incorporar
E aí por isso você nem vai passar muitas vezes por um processo de desenvolvimento para que você sinta isso né se eu for desencorajado desde o princípio para acreditar que eu possa ser um médium de incorporação ou que eu possa incorporar todo o meu sistema de crença e as nossas crenças o nosso campo mental tem um poder gigantesco sobre nós que nem a gente tem noção com relação a isso é tanto que todos nós todos nós não A grande maioria de nós tem traumas fobias e medos que a gente não controla muitas vezes nem sabe
de onde vem né então isso envolve também esse campo da incorporação fazendo com que as pessoas nem se abram para esse processo Então por mais que elas sintam elas não se conectam elas não se abrem elas não se permitem elas não compreendem que isso é possível dentro de uma realidade de tradição de Candomblé você vai ter a compreensão de que tem pessoas que vão incorpor e outras pessoas não são de incorporação e existem funções que essas pessoas que não são de incorporação vão exercer que são funções importantíssimas desse lugar de não incorporar n Mas na
minha compreensão todas as pessoas podem desenvolver sim a incorporação diante da ressignificação dos bloqueios que ela tem para conectar ISO a nível espiritual e mais a incorporação não acontece no corpo físico a incorporação acontece no corpo espiritual a entidade não se manifesta a nível físico para poder pegar no meu corpo isso é algo que está para o meu espírito e muitas pessoas que podem vir a incorporar um dia já sonharam incorporadas e se a incorporação acontece no meu espírito ou seja não no meu corpo físico eu não preciso estar no meu corpo físico Para incorporar
a conexão de um espírito com o outro para passar uma comunicação ela não tem a premissa de você tá no corpo físico já que ela acontece no espiritual por isso quando você desdobra e muitas vezes sonha que você tá incorporado fazendo alguma coisa você realmente estava desdobrado na realidade espiritual tendo uma experiência de conexão talvez não incorporação como a gente conhece aqui nessa realidade de encarnado mas uma forma de incorporação na realidade espiritual ela tá pro espírito né já outras mediunidades como a clarividência de você realmente ver a nível ocular né aqui de visão não
tô falando de terceiro olho mental visão mental aqui um espírito do seu lado esse já é um processo mais desafiante de você desenvolver ele mas a de incorporação não a de incorporação acontece dentro de um campo de percepção espiritual sinestésica tem a ver com toque também né O que que tem a ver com toque pele corpo que é arrepio dormência formigamento sensações de leveza sensação de peso e a grande maioria das pessoas T essas sensações tem essa sensibilidade com relação a pessoas a lugares que entra e sente um arrepio uma música que escuta sente arrepio
uma coisa que uma pessoa fala ela sente um arrepio né uma dormência uma coisa diferente são reverberações energéticas que estão acontecendo no corpo físico e isso é o mesmo caminho de uma incorporação que a gente também sente a reverberação energética do guia no nosso corpo eu sinto praticamente todos os meus guias todos os meus guias praticamente não todos os meus guias eu me conecto com eles a nível corporal então quando é por exemplo seu Zé eu sinto uma pressão aqui quando é Seu Pena Branca a energia vem aqui de um arrepio específico quando é pai
Antônio é no outra região do corpo cada entidade se manifesta dentro do meu corpo de uma forma diferente como se fosse um mapa para mim E aí eu consigo identificar pela sensação corporal não é que eu tô vendo ele é pela sensação corporal que eu treinei essa percepção espiritual sinestésica né com cada um deles para entender que sensação energética cada um deles me traz e eu queria falar também um pouco desse lugar sagrado você contar a história que aqui esse local é o local de onde acontece e os rituais sagrados que é um local que
numa zona rural que que fica na Bahia inclusive que pertence à cidade de casa nova essa essa zona rural aqui né E e aí a gente e aí a gente vai mostrar como foi a a chegada da gente aqui né nesse local sagrado em seguida a gente vai continuar a entrevista lá no no terreiro da Aldeia Pena Branca porque aqui já tá caindo à noite e aí a gente vai continuar a entrevista lá e falar sobre esse local sagrado lá [Música] eu vou chamar senhores Mestres para vir me ajudar na [Música] J no jurem eu
vou chamar Os Guardiões para vir me ajudar to na J no jurem eu vou chamar os Encantados para vir me ajudar T na jurem no juremar eu vou chamar pele vermelha para vir me ajudar to na no JEM eu vou chamar seu acauan para vir me ajudar to na jurema t no juremar eu vou chamar seu Cariri para vir me ajudar to na jurem T no jurem J sempre eh sempre que tu vem para cá tu faz essa esse trabalho para pedir licença no caso para entrar sim Sempre que a gente vem para cá a
gente faz essa essa oferenda de entrada né é como se fosse um ingresso digamos assim mas na verdade a gente tá saudando reverenciando a os donos da terra porque a gente sabe que os donos dessa terra espiritualmente falando não somos nós né os donos dessa terra são os Encantados e foi literalmente conversando com eles e vindo para cá as primeiras vezes que a gente aprendeu que que deveria ter esse ritual os mestres orientaram os nossos caboclos também para que toda vez que a gente viesse aqui a gente saudasse o dono da casa que a gente
não tava vindo num Território que não tinha ninguém a gente tava visitando a casa de alguém uhum para entrar nessa casa a gente precisava pedir licença né então por mais que seja um espaço meu é um espaço deles Entendi então toda vez que eu venho eu trago o fumo o mel uma fruta se possível para oferendar e essa árvore é uma árvore muito especial o biólogo do nosso terreiro que veio aqui dar uma olhada na nesse espaço diz que essa umburana de cambão pode ter aproximadamente 200 anos Uhum é muito muito muito anciã né uma
senhora uma senhora mestra como a gente fala na jurema uma senhora mestra um portal espiritual então toda vez que a gente vem para cá a gente passa e faz uma saudação a ela agradece a ela cuida dela um pouco [Música] também aqui tem muito periquito da Catinga e eles fazem o ninho dentro desses cupinzeiros ées é por isso que a gente não tira o c pinzeiro sabe a gente trata mas não tira a casca para não prejudicar eles Essa é a umburana de Cheiro mais antiga que a gente tem aqui muito muito muito muito umburana
é essa é de cheiro e essa é de cambão burana de cambão de cheiro e isso aqui [Aplausos] é uma jur ela caiu ó se levantou lá e aqui essa Eu desconfio que seja uma Jurema branca que ela não tem espinho tá vendo é Jurema Branca muito muito muito muito é Jurema lisa né que o povo fal a Branca bom banho lente PR gripe é um remédio incrível mamb mamb namb povo da Catinga aqui usa muito da raiz da folha para fazer lambedor lá em Belém tem só o que tem no s igual a gente
faz com com com malvão né faz também com mo Esse é o portal da jurem Portal n cuidado [Aplausos] [Música] Jurema é um pau Encantado é um pau de ciena que todos querem [Música] saber é um pau Encantado é um pau de ciência e todos querem saber mas se você quer [Música] Jurema eu dou Jurema a você Ema Encantada que nasceu do frio [Música] chão dá-me força e ciência como desta [Música] [Música] sal ter permissão para subir [Música] acho esse lairo aqui vou levar vocês ali para ver você gosto de boiadeiro né S energia de
boiadeiro aqui rapidinho Ô Légua ô ô oi feito Marrão baiet Esse lugar aqui esse Lajedo é um ponto de força de boiadeiro quando a gente vem fazer nossos rituais a gente chama os boiadeiros aqui a família de légua que são os boiadeiros que nos amparam nos assistem e esse ponto de força aqui é um dos lugares de concentração da gente e força também é sagrado ó olho de boi aqui também né eles marcam alguns lugares sagrados onde tem esses olhos de boi é uma das coisas que a gente vai fazer é começar a mudar a
forma de se relacionar com o lugar se Pena Branca disse que a gente vai rebatizar o lugar de caruá não desse espaço e uma das meninas o primeiro ritual elas resolveram cavar uma Cacimba dentro do riacho sem falar comigo Eita né cavaram uma Cacimba para tomar banho água brotando né e elas adorando lá banheira aí quando deu uma hora e pouca Eu só escutei o povo subindo do riacho pra socorro socorro socorro corre corre é o que foi dis tem um monte de homem lá embaixo soltando flecha na gente você fizeram o qu não a
gente tava tomando banho aonde na Cacimba disse tu furou uma Cacimba do riacho sem falar com eles Eita aí veio o espírito e falou pode colocar cada pedra que vocês tiraram no lugar e fechar aquilo ali que ninguém não autorizou a fazer isso não vocês estão pensando que porque vocês usaram moamba para est aqui vocês são dono daqui é são dono daqui não dono daqui somos nós é E aí foi esse processo assim de conversar com eles e eles explicarem o que é que pode que não pode que pode que não pode é isso Ó
você vê que nessas pedras aqui ó ela tem uma formação de alumínio é diferente e é uma formação preta também que é essa formação pretinha aqui tem esses riscos nela como se fosse uns fechos é uma formação zinha de Turmalina e aqui é Mica preta é uma pedra muito boa para descarrego para quebra de demanda Limpeza Espiritual refletir energia negativa trabalho negativo aqui é Mica preta aqui ó bem aqui reluzente aqui e preto embaixo tá vendo uhum outra aqui ó também e essa pedra tem uma história interessante que quando eu tava fazendo meu sacerdócio Eu
fiz meu sacerdócio com Alexandre comino não sei se você conhece conheço ele me deu uma pedra da tronqueira dele quei a minha primeira pedra de esquerda para colocar nas minhas firmezas de defesa e essa pedra era uma Mica preta é e hoje a gente chega nesse espaço com a Mica preta né preta é já uma direção né ele já tava te dando né Ah isso o que seis seis ah foi se tamho daquele papagai esse espaço aqui que é esse Trono e Pedra Preta né é o espaço onde se manifestou um espírito que se identificou
como laje do negro esse espírito diz que ele poderia ser apresentado que poderia falar sobre ele que poderia inclusive trazer as pessoas visitantes para cá é um espaço onde a gente vem Pedir proteção gente vem pedir defesa quebra de demanda de descarrego e ele é aberto para quem quiser vi pedir o Amparo dele a ajuda dele a delee se coloca à disposição de ajudar seuo negro e aí vocês podem sentar ou tocar na pedra nessas pedras aqui que elas são muito sagradas pra gente quem é médium aí se concentra para sentir energia [Música] sal sua
[Aplausos] [Música] força voltamos aqui pro terreiro a Deia pena branca para dar continuidade aqui com João João em relação ao espaço sagrado hoje que a gente deu essa andada lá como o pessoal acabou de ver aqui me fala um pouco da história lá do do espaço Sagrado do Oricuri e meu avô foi diagnosticado com câncer na na coluna n na medula na verdade na medula ó e aí dentro desse processo foi quando o Seu Pena Branca me mandou ir nas aldeias para entender o que é que eu devia fazer aqui entender essa perspectiva de ancestralidade
da cosmovisão indígena E aí eu recebi uma orientação de ir na Cascata da minha cidade natal buscar uma água para fazer um banho pro meu avô e eu fui com um irmão Grande irmão meu aí dessa jornada que é o Bruno estalia ele é Funi n mas também atua em carir chocó em Fuca é indígena e gratidão e o quando a gente tava lá na casc o Bruno foi comigo até uma parte onde nós sentimos a força de seu Cariri que é o pajé que eu falei antes um Pajé ancestral espiritual um guia e ele
nos inspirou uma música e essa música dizia assim caminhei caminhei fui no Araripe prame cantar fui no angiqueiro a cascata casa de Seu carir da Aldeia Fi noqueo a Cascata casa de Seu Cariri Pajé da Aldeia e só que naquele momento eu procurei o anjico e eu não achei esse anjico lá até falei com o Bruno que eu achava que devia est errado tinha que ser uma Macaúba uma coisa que tinha lá na hora né no lugar onde Nós escolhemos essa essa água Sagrada e ele falou não o anjico também é sagrado para para seu
Cariri e deixa como tá e já fazia o quê acho que quase um ano que eu tava procurando um terreno para fazer os ritag da Jurema porque a gente tem que ir na mata colher jurema e tudo eu não queria ficar indo numa propriedade privada ou no lugar que eu não sabia de quem era só que eu não encontrei esse lugar não não abri o caminho nesse período todo aí de um ano procurando procurando procurando não encontrei quando nós voltamos dessa viagem seu pen Branca incorpora chama a mãe Patrícia e diz ó a partir de
agora de 45 em 45 dias vocês vão pra mata fazer um Retiro de três dias na mata ela como é a história minha mãe super Urbana né não tinha experiência de acampar nem nada ele falou sem eu não um lugar entocado na mata mesmo assim lá não vai ter água não vai ter energia vocês vão ter que se virar do zero vão fazer a comida não é para levar fogão eles não quer esses negócios eletrônico não é para fazer a comida na fogueira mesmo e aí ela perguntou onde é que ia ser e ele disse
que o local já estava sendo providenciado por ele há um tempo e depois veio o seu Cariri seu Cariri é uma entidade que quando tá incorporado de mim ele se recusa a falar português ele não quer falar português porque ele diz o seguinte para mim mentalmente né e mentalmente ele fala para eu entender mas quando ele tá incorporado aqui para falar com vocês ele iria falar na linguagem Nativa dele ou em alguma outra linguagem Nativa indígena que ele domina e ele falou o seguinte para mim você é Cariri de ancestralidade você tá na minha terra
onde o meu povo viveu que o povo dessa língua aí do Branco invadiu destruiu desaude a gente e eu tenho que falar português com você você se quer falar comigo que aprenda a minha língua e aí eu fui estudar fui estudar des obuc quá fui estudar iat Fui tô estudando brob ainda estou estudando sei muito pouco né pouco que eu sei é do contato com esses irmãos indígenas é as coisas que seu Cariri fala que Seu Pena Branca fala que vão ensinando pra gente e a gente se comunica no terreiro com seu Cariri na língua
Nativa literalmente quando ele chega ele vai falando e ele disse pra gente nessa oportunidade que o espaço sagrado da gente tinha um anjico né E quando eu cheguei em casa eu comecei a procurar e a primeira imagem que eu vi o primeiro anúncio que apareceu para mim foi de um terreno que tinha um mico um mico por trás desse Angico passavam um Riacho passavam ali na foto também tinha flores roxas que pra gente é uma flor Sagrada que a flor do mucunã Flor do olho de boi então eu marquei de ir conhecer esse terreno e
quando eu chego no terreno caminhando lá eu cheguei até o anico da foto eu pedi para ver esse anico quando eu encontrei o anico da foto do lado do anico da foto como eu tô aqui nessa madeira aqui tinha a Cascata a Cascata descendo eu tenho até algumas imagens agora dessa Cascata jorrando ela uma Cascatinha pequena mas na época que eu fui tava chovendo e ela tava jorrando né E aí eu liguei os pontos Fui no anjiqueiro a Cascata casa de Seu Cariri Pajé da Aldeia oh E aí foi a confirmação que a gente precisava
nós conseguimos adquirir o terreno com uma ajuda de muita gente aqui da comunidade pra gente se unir para adquirir esse terreno e desde então estamos trabalhando nele ajustando as coisas aprendendo a se relacionar com ele porque a gente vem desse mundo do homem branco né E que parece que porque eu paguei para est ali eu tenho direito de mexer em tudo de tirar a árvore que eu quiser de colocar o que eu quiser de mexer na terra que eu quiser e quando eu cheguei lá eu aprendi que não é assim aquele espaço sagrado tinha dono
o dono espiritual e ele nos fez respeitá-lo né Na na primeira vez que a gente dormiu lá eu tinha feito a trilha para passar os carros e aí para passar os carros eu precisei cortar alguns Galhos daquela umburana Centenária lá de uns 200 anos né e eu pedi licença e achei que a licença tava dada licença né só que depois que isso aconteceu quando eu fui dormir lá tive uma noite que eu ficava escutando gente correndo para cima de mim bicho correndo de dentro da Mata ali para cima de mim toda hora me assustava olhava
para mata e ninguém tava escutando só eu do meu lado assim grunido e quando eu dormi eu tive um um sonho bem estranho com uma fogueira todo mundo pintado de vermelho numa situação de ataque como se fosse um um alerta né E as meninas que estavam comigo do terreiro meu pai também tava sonharam também com sonhos muito estranhos entre eles o sonho que falava sobre o desafio da gente tá lá que eles diziam vamos ver se vocês são dignos de pisarem nessa terra vamos ver se vocês são dignos de pisarem nessa terra a gente vai
conhecer vocês testar vocês e a outra sonhou com uma entidade mesmo se apresentando e falando com com ela intimidando ela como se dissesse o que vocês estão fazendo aqui no outro dia nós fizemos uma consagração e um trabalho depois que construímos uma parte da oca Seu Pena Branca veio e falou ó tem uns espíritos aqui que são os espíritos desse lugar que eles estão estão muito incomodados com a presença de vocês a mas meu pai faça alguma coisa el disse não quem cortou os galhos das árvore aqui saiu arrancando as coisas do chão foi você
se resolva com ele raz agora agora pegou né E aí ele incorporou e nesse processo da da da incorporação dele ele falou pra gente assim ó eu não sou amigo de vocês não quem é amigo de vocês é o Pena Branca quem é amigo de vocês é o Cariri eu respeito eles mas se vocês acham que porque vocês usaram a muamba para est aqui vocês podem mexer em tudo que tá aqui vocês não podem não vocês TM que respeitar o sagrado que habita Aqui vocês têm que respeitar cada árvore que tá aqui vocês não podem
tirar uma árvore do lugar sem autorização vocês tem que saber onde vocês estão mexendo cada árvore que vocês mexeram e a as plantas que vocês tiraram do lugar vocês vão ter que replantar né Vocês vão ter vocês vão ter que replantar colocar outra no lugar vocês precisam fazer isso E aí eu comecei a entrar nesse processo de entender como eles queriam que a gente cuidasse do espaço né qual era a maneira mais respeitosa de fazer isso qual era a maneira correta de fazer isso e eles mesmos que foram nos orientando e nos ensinando a se
relacionar com eles de uma maneira correta tem até um episódio Engraçado que as meninas fizeram um buraco lá no riacho para fazer uma Cacimba para tomar banho sem autorização também pegaram as pedras lá do do lugar de seu Cariri E aí deu 1 hora e meia mais ou menos Eu só escutei o Povo gritando correndo voltando para socorro socorro socorro e eu perguntei o que foi dis não tem um homem lá embaixo tem um homem lá embaixo tá tirando flecha na gente olhando feio pra gente tem uns meninos lá e aí eu perguntei o que
elas fizeram elas falaram que tinham Cavado o buraco né Eu disse pode pode pegar cada pedra que você mexeu e botar no lugar de novo tampar esse buraco que você fez aí e faça uma oferenda ali de um fumo na debaixo daquela árvore A reverenciar os Encantados né então é um processo mesmo assim da gente que nós estamos sendo educados numa outra perspectiva de relacionamento com a natureza de relacionamento com a espiritualidade que ainda mesmo estando no lugar de um bandista a gente não tinha de uma maneira tão profunda e forte quanto essas experiências proporcionam
Para nós né de entender que a própria natureza ali tá viva não só a nível físico mas a nível espiritual e se comunica com a gente fala com a gente tem suas necessidades um dos Encantados do espaço eh apareceu pra gente representando também muita muita dor né e muita preocupação com relação a um um processo que tava acontecendo lá de uma praga que tinha acometido as árvores mais antigas que a gente tinha e eles deram a missão pra gente tratar essa praga de todas as árvores aí nós tivemos que fazer um mapeamento de cada árvore
fomos atrás do produto que não fosse agredir ela que não fosse um veneno mas que fosse natural fomos fazer aplicação em cada uma das Árvores mapeando o tempo que foi aplicado evolução delas com orientação da espiritualidade e hoje essas árvores estão tranquilas aquela Sagrada lá que vocês visitaram é uma das que foi tratado ela não tá mais sofrendo com aquela praga lá eu queria falando desse do Encantamento de que para se pegar alguma co se fazer alguma coisa tem que pedir permissão Sim hoje eu fui prova viva eu tava caminhando lá fui no banheiro e
encontrei uma pedra e essa pedra e eu olhei para ela disse eu vou levar essa pedra só que peguei a pedra cheguei em Pai João e pedi perguntei se eu podia levar essa pedra aí ele disse espera aí que eu vou perguntar aí deu uns Açu veios daqui a pouco a mata repetiu a mesma coisa eu assim aí ele pode levar ela já respondeu então assim é muito vivo a gente chega lá a ver e sente a energia né não tem como se você acredita ou não acredita você vai sentir não tem como não sentir
é muito viva é muito viva a energia é eu acho assim que além de de uma entrevista que a gente foi fazer de uma matéria que a gente foi fazer eu vinha dizendo do carro que a gente fez um Retiro de pouco tempo mas foi um Retiro acredito que muita coisa que a gente de energia que podia ser curada ou limpada eu acredito que que foi limpada que foi curada João jurema e Umbanda muita gente tem dúvida vejo que muitos lugares se misturam mas PR tu a principal diferença a umbanda como eu falei anteriormente aí
na entrevista Umbanda tem uma raiz banto tá trazendo a cultura ali da Angola mais ou menos essa cultura africana e a Jurema não a Jurema nasce de uma raiz indígena e essa raiz indígena tá aqui nessa região do Nordeste onde nós temos essa predominância da Jurema eu tenho a felicidade de receber aqui no terreiro como filho de Santo o doutor que é um professor aqui da da univasf também Dr Guilherme Medeiros Doutor nessa área de estudo da história da antropologia é arqueólogo e foi ele também que me encantou muito pelo universo da jurema e me
contou essa informação que eu vou passar que existe uma uma gravura nas pinturas rupestres da Serra da capivara que ela é diferente de todas as outras assim do que é habitual de se encontrar numa pintura rupestre geralmente são atividades de sobrevivência né E aí tem uma cena que se chama cena da árvore que são pessoas em volta de uma árvore como se estivessem realizando um ritual um culto em círculo em volta de uma árvore muito parecido com o que a gente faz hoje em dia na mata lá como uma Gira né mas num Claro num
formato muito muito muito muito ancestral algumas dessas desses registros que marcam a presença do dos povos indígenas aqui inclusive algumas dessas pinturas nos dão uma garantia de falar aí de 10.000 a 12.000 anos né então dentro de uma perspectiva planetária mesmo de mundo né de terra e também de mundo o lugar onde se tem o registro mais antigo de uma relação espiritual entre um homem e um vegetal é aqui não tem em nenhum outro lugar do nosso planeta um registro histórico que faça essa relação tão antigo Quanto é o culto da Jurema isso de aproximadamente
falou Quantos anos 10.000 a 12.000 anos ou seja antes de Moisés antes de Moisés É isso aí é isso então a Jurema tem essa raiz ancestral indígena e até hoje tem ainda aqui no Nordeste nas etnias indígenas a jurema como o fator principal a estrutura principal da relação com o culto né De consagração dessa Jurema de beber a Jurema de tomar a Jurema de reverenciar a jurema como uma força espiritual uma planta curadora uma planta mãe uma planta espiritual e desse da tradição indígena nasce aquilo que hoje a gente conhece como Catimbó Jurema Catimbó já
é um resultado do processo que aconteceu na diáspora da mgen Nação a mistura das culturas E aí vem a cultura africana junto a cultura europeia catolicismo Popular aconteceram os processos de apagamento histórico as violências culturais que forçaram os povos indígenas a falar português que forçaram os povos indígenas a abandonar sua cultura que é um processo de genocídio né existe o processo de epistemicídio que é você matar e destruir aquela cultura que a nível de de apagamento de um povo é uma uma violência ainda maior do que o genocídio o genocídio também é porque envolve morte
né de matar literalmente as pessoas mas o epistemicídio ele mata a crença ele mata a esperança ele mata a fé ele destrói aquela cultura e apaga literalmente né a relação daquelas pessoas com a fé delas com a crença delas com a cultura delas Esse é um processo de epistemicídio e aconteceu aqui né como uma dessas estruturas de catequização muitos indígenas e aí eu conheço uma uma Senhora Fantástica que é a cacica konam a cacica do povo caruana suul e ela conta uma história de um ancestral dela que perdeu a mão literalmente por balançar o Maracá
né o em je juruna fala que antigamente lá no no povo de Xucuru de ororubá Pesqueira quem falava a língua era levado pro Cruzeiro e era morto no Cruzeiro como um exemplo pros outros quem falava a língua ancestral então é um processo de violência cultural e um processo de de violência contra esse povo muito grande né de de violência então a resistência que esse culto da Jurema representa é uma coisa muito linda e faz referência Justamente a Esses povos indígenas e com a chegada dessas outras culturas a gente vai vendo que vão surgindo com o
passar do tempo os as benzedeiras as rezadeiras os rezadores os benzedores né e muitos desses têm uma relação com a Jurema Mas podem não necessariamente se identificarem como catimbozeiros de uma estrutura de um salão de um terreiro mas tem a jurema como algo Sagrado é né e isso é fruto dessa cultura indígena ainda né dessa reverência a essa ancestralidade indígena dessa tradição e nós vamos entender que essas pessoas essas benzedeiras esses benzedeiros são aquilo que o que a gente incorpora no terreiro chamado de mestre representa uhum os mestres e mestras da Jurema nada mais são
do que pessoas que conheceram a ciência da Jurema os encantos da Jurema né E hoje vem nos terreiros para trazer a cura para trazer essa força essa energia orientação então o ctim Boss une de uma forma onde ele traz outras culturas aderindo ali mas a essência do Catimbó é a Jurema Sagrada indígena das Aldeias e e e o quanto sobrevive né a eu digo hoje a gente tá vendo até alguns tempos melhores mas é assim quando eu vou nesses rezadores mais antigo ele tem medo sofrer preconceito então eles falam deve ter sofrido muito preconceito no
passado sim então eles evitam falar dos Mestres da jurem aí quando eu vou aqui no papo eles vem que eh que começa a falar de preto velho tudo aí eles aí eles mas eles começam falando dos Santos católicos tal e eu vejo essa dificuldade aí e eu vou tentando soltar e dizer não né é esse medo ancestral né porque aí os mais velhos começavam a não ensinar mais pros mais novos com medo do mais novo morrer porque tava balançando Maracá tava com cachimbo tava falando a língua não se ensinava mais a língua muitas línguas se
perderam e a gente tem aqui no Pernambuco a felicidade a honra de ter o contato com uma língua tradicional ancestral chamada iat que é a língua do Povo Funi a língua do povo funou é uma das únicas línguas indígenas ainda preservadas de desde o período pré-colonização essa língua tá preservada ela não foi afetada por esse processo ao ponto dela se perder né então o iat é uma benção e tem muitas coisas aqui do terreiro quando a gente vai reverenciar A Jurema a gente canta em iat por conta de ser uma língua ainda preservada com relação
a todo esse processo de apagamento que aconteceu Uhum é uma forma também de estimular que essa língua continue viva que essa língua seja falada que as pessoas entendam a Preciosidade que ela representa então a umbanda trabalha com Os guias como principal elemento da umbanda né Essa ancestralidade incorporação de seres ancestrais para orientar uma comunidade e aí vem o as linhas de trabalho que representam todos os povos que foram marginalizados todos os povos que geralmente no censos comuns são marginalizados como o próprio nordestino quando a gente vai no nordeste ou no Sul há um preconceito com
relação ao nordestino né E aí tem uma linha na umbanda que é a linha dos baianos mas na verdade é uma linha que faz referência ao povo Nordestino que é um povo que foi marginalizado e a umbanda faz isso ela pega figuras que foram marginalizadas na sociedade por processos de racismo de xenofobia e coloca essas figuras em um lugar de protagonismo aquela mesma pessoa que tem um preconceito com o negro que tem um preconceito com o indígena ela precisa Se Curar e ela vem no terreiro quem vai atender ela é o preto velho quem vai
atender ela é o Caboco e a partir dali começa um processo de ressignificação né como é que esse preto velho me curou esse Caboco me curou e eu posso virar as costas para uma pessoa preta eu posso virar as costas para a situação dos povos indígenas do povo negro dos quilombos das Aldeias e eu sempre faço esses questionamentos aqui n não é todo o terreiro de umbanda que tem essa perspectiva social da importância do trabalho social e espiritual que a umbanda também faz além de todo o auxílio à saúde mental das pessoas né e as
curas espirituais tem esse processo de ressignificação social que ela promove a Jurema também mas a Jurema trabalha geralmente dentro daquilo que se compreende como entidades do Catimbó com mestres e mestras da jurema e caboclos e caboclos e Existem os Encantados também mas nessa estrutura os mestres e as mestras representam pescadores ribeirinhos benzedeiras benzedeiros Mestres beberrões Mestres Vaqueiros é né tem toda uma uma diversidade dentro do aspecto mestre entende então por exemplo martim pescador na umbanda ele é um marinheiro mas na Juri ele é um mestre mestre martim pescador na umbanda Zé Baiano é um baiano
na jurem é mestre Zé Baiano uhum né Na Umbanda sibamba pode ser visto como baiano também na jurema é o mestre mas todos os caboucos que a gente vê na umbanda na jurema também são reconhecidos como os caboclos e são os donos da ciência os donos da sabedoria aqueles que detém o conhecimento mais antigo conhecimento mais ancestral que falam com a Jurema com o espírito da jurema e eles que ensinaram os outros essa história de mestre a a a identidade a construção dessa identidade cultural espiritual religiosa chamada mestre da Jurema ela acontece do processo de
diáspora para cá de 500 anos para cá fora esses 500 anos Vamos pensar aí nos 9500 né é Caboco Caboco no sentido não de alguém que passou por um processo de Miss generação que é o que esse termo se referia antes mas quando a gente tá falando de Caboco dentro do aspecto da Jurema ou da Umbanda nós estamos falando dos nativos doss povos indígenas mesmo a gente não tá falando de alguém que nasce de um um processo de miscigenação a gente tá falando dos povos nativos é e e e tem o culto aos or chá
também na umbanda que eu esqueci de falar sim né o culto aos Orixás já é um processo que acontece por meio da aglutinação a umbanda tem essa característica de incorporar a as cosmovisões de uma forma que caibam dentro dela sem apagar o processo natural delas né pelo menos não deveria ser assim sim então também houveram muitos povos africanos da região nago que hoje a gente conhece como Nigéria que foram escravizados e trazidos pro Brasil a força teve nagô teve jede Teve malê teve nago de de mê banto são as principais que eu lembro nesse momento
mas tem outras também E aí esses que são os nagos é os são os que falam a língua yorubá e cultuavam os orixás Uhum E por meio desse processo da diáspora no pensando numa realidade por exemplo de szala pensando numa realidade depois de Quilombo o que você tem no quilombo São pessoas que são Jed outros são nagos outros são banto e dentro desse processo de culto dessa ancestralidade algumas crenças vão se unir e outras vão se misturar algumas ainda permanecem ali separadas e outras vão se unir dentro de um mesmo espaço de espiritualidade né daí
que a gente vai perceber a essa presença dos orixás dentro da Umbanda mesmo a umbanda sendo banto que não é uma cultura que reverenciava orixá mas incorpora esse processo dos orixás dentro dela também desmistificadas como a umbanda por exemplo coloca o preto velho como você falou era quem um escravo maltratado e tal mas é é quem vai te ajudar ali é quem vai te ajudar é aquele que sa fazer a pessoa entender que que esses espíritos de luz e os irmãos de luz estão aqui para isso para ajudar a gente aham né e fazer perder
esse esse preconceito pessoas que foram como você falou marginalizado né O Nordestino a o vaqueiro as alm a Falange das Almas vaqueira o o preto velho e aí você para para analisar quem pode me ensinar por exemplo muito mais sobre humildade sobre inteligência emocional do que um V que sofreu numa censal numa durante toda uma vida quem pode me ensinar mais do que humildade do que do que ele do que uma entidade dessa mas é ele é a figura da resiliência da Resistência né É É a figura da sabedoria mesmo então a umbanda faz essa
reparação histórica né na própria movimentação espiritual dela ela vai fazendo essas Reparações históricas e e colocando a gente nesse lugar de se questionar de pensar se a maneira como a gente enxerga as relações sociais é correta mesmo né Não tem como você não mudar a relação a que você tem com a cultura africana depois de você realmente incorporar um preto velho e permitir que ele seja um preto velho inclusive que reverencia a cultura dele porque ainda tem esse problema a umbanda também passou por um processo que é chamado de embranquecimento que é quando os terreiros
passaram por um processo de como é que eu posso dizer de transformação de modificação de adaptação de crenças que eram africanas trazendo elementos europeus para que as pessoas que viam de uma perspectiva eurocêntrica não se sentissem assustadas não se sentissem desconfortáveis em estar se relacionando com a cultura africana daí que vem a história da Yam manjar Branca uhum Yam manjar não é branca éé a Yemanjá surge o culto de Yemanjá surge na Nigéria no povo nago e orubá são pessoas negras de ancestralidade preta e ela é a referência de uma mãe ancestral preta gorda de
seios fartos porque ela colocou muitos filhos no mundo ela é aquela que mais pariu entre todas as mães então a figura ideal dentro da perspectiva de mitologia que a gente tem do que emanjar representa e foi para essa cultura ancestral de fá é que ela tivesse essa imagem que eu tô contando e não que ela fosse a mulher branca da a Cinturinha afilada né que é a imagem de beleza perspectiva de ideia de beleza que a gente tem a partir de um olhar mais eurocêntrico aqui nessa realidade brasileira né então passa esse acontece esse processo
de embranquecimento de tirar os atabaques do terreiro de colocar os Santos no lugar dos orixás do terreiro não tem um nome africano do terreiro tem o nome de um santo porque a macumba carioca as macumbas os terreiros de macumba que na verdade não tem nada a ver com coisa ruim né A macumba quando você lê luí Antônio Simas e ele fala por exemplo sobre as umbandas ele vai mostrar que umbanda é macumba quando a gente percebe que a macumba é a perspectiva do Poeta dos Encantos a poesia dos Encantos aquele que consegue encantar os outros
com poesia a macumba é um instrumento a macumba é uma árvore a macumba tem muitos outros significados quando a gente olha por essa perspectiva africana que não tem nada a ver com algo ruim maléfico negativo e ao mesmo tempo as pessoas queriam participar das macumbas para receber as bênçãos a cura a ajuda mas tinha um medo do que representaria ali tá naquele espaço né olhando de uma perspectiva racista né que que que representaria está naquele espaço então acontece um movimento de inão do processo do Espiritismo kardecista dentro dos terreiros de macumba de adaptação de algumas
coisas para que coubesse num olhar eurocêntrico e hoje em dia tá acontecendo um grande movimento contrário a isso da gente voltar a resgatar as nossas raízes entendendo que esse processo de embranquecimento aconteceu e de certa forma esse movimento promoveu um processo de federalização de institucionalização da Umbanda através do Zé Fernandinho de Moraes mas que ele é essencial da gente entender que eu não tenho que esconder algo que vem da cultura africana eu não tenho que adaptar isso eu não tenho que ter medo disso eu tenho que me apropriar disso eu tenho que fazer com que
isso seja aceito que seja visto de maneira boa porque a gente não faz mal a ninguém aqui né nossa nossa Umbanda vem curando muita gente conquistando muitos espaços não é não é num processo de de envaidecido que eu vou dizer isso mas a gente vê numa realidade como a gente tem na cidade Petrolina um um terreiro que tem 100 pessoas e atende por semana 150 é algo surpreendente né e é um terreiro que toca a tabaque e é um terreiro que fala dos orixás da cultura africana da cultura indígena nós somos a uma das únicas
religiões a única religião que sofre um processo de terrorismo mesmo assim da gente ter medo medo eu não coloquei a logomarca do terreiro na porta aqui porque eu tenho medo de chegar no outro dia O terreiro ter sido incendiado do terreiro ter sido apedrejado aqui no quid em Juazeiro da Bahia a gente tem casos de apedrejamento de terreiro literalmente a gira acontecendo e chovendo pedra com criança dentro com idoso dentro e tudo então é um terrorismo quando nós nos colocamos a num campo social aberto as coisas que a gente escuta eu faço um evento chamado
giras coletivas que acontece geralmente no dia 8 de dezembro junto do festival de Oxum aonde eu convido terreiros de umbanda para ir para o espaço de maior visibilidade da cidade que é ou a Catedral ou a orla e a gente vai pra Orla e fazemos uma gira num espaço visível a todo mundo lá para mostrar que nós não somos o diabo que a gente não faz nada de ruim que as pessoas não t que ter medo da gente e nessa gira quem tiver passando lá quiser entrar e receber benzimento recebe seu legua tá lá benzendo
trabalhando a gente firma Um Altar numa tenda coloca iluminação na beira do rio é lindo maravilhoso Tem muita gente que veio pro terreiro e hoje participa do terreiro depois da gira coletiva porque no dia tava caminhando na orla foi ver o que era aquilo lá se apaixonou e hoje em dia é um bandista é juremeiro é um bandista participa de um terreiro e nesse processo da coletiva quando a gente tá fazendo isso passam muitos carros falando coisa com a gente falando é macumbeiro é cultuadores são cão a gente escuta Essas coisas mesmo né e e
dentro desse processo da Gia coletiva compreendendo que também é um espaço de resistência a gente leva banner falando sobre intolerância religiosa a gente leva faixa falando que Exu não é o diabo tem pessoas que eu coloco do terreiro junto do Band é só para explicar para quem quiser conhecer o que é umbanda o que é Jurema O que é intolerância religiosa o que a gente faz o que a gente não faz eu tenho um banda que depois eu vou mostrar para vocês aqui no terreiro que nós construímos para esse evento só falando Umbanda faz isso
Umbanda não faz isso Umbanda faz isso Umbanda não faz isso cada ponto e no dia desse evento a gente leva e coloca lá na orla para as pessoas lerem e aprenderem quem somos nós né Não só o terreiro Aldeia Pena Branca mas os terreiros parceiros também participam graças a a esse movimento e a ajuda também do Ministério Público a gente consegue fazer esse evento hoje com o auxílio da prefeitura porque já houveram vezes em que a gente tentou fazer e nós não tivemos o apoio que deveríamos ter E aí nós fizemos uma denúcia no Ministério
Público por causa do fato que a cidade realiza no aniversário dela um festival Cristão aonde traz atrações católicas atrações evangélicas mas não tem nada nada nada nada que faça referência ao povo de Aché então é como se a gente não existisse na cidade ou se cidadãos de bem de Aché não existissem na cidade como se a gente não tivesse representatividade número existência E então Nós entramos com recurso não não recurso Na verdade uma denúncia no ministério público e através da da Promotora nós conseguimos muitas coisas para o Festival que antes a gente não tinha conseguido
mesmo levando os ofícios nós conseguimos mais tendas conseguimos banheiro químico conseguimos iluminação na faixa da de Areia da orla que antes a gente não tinha iluminação na faixa de areia som e hoje em dia essa administração da prefeitura tá ajudando muito a gente e de braços abertos para conversar sobre esses projetos que envolvem o povo de Aché aqui na cidade também falando como tu falou aqui da das pessoas que são atendidas aqui me fala um pouco do impacto do impacto na vida dessas pessoas de atendimento que seja de cura que seja de um caminho aberto
que seja de forma geral João eu gosto de dizer que eu não faço ideia da dimensão que esse trabalho tem né eu não faço ideia da dimensão até onde ele vai até onde ele chega eu tô começando a a me assustar com com isso né porque eu vou na rua comprar um cabo de um carregador pro celular tô lá andando ali no no mercado turístico no mer acho que é mercado turístico que chama e toda vez que eu vou umas duas três pessoas me abordam P João tudo bom Pai João saravá rapaz pai João eu
adorar de Pena Branca Eu gosto demais no outro dia eu tava no Atacadão fazendo feira quando eu fui pagar lá no caixa a o caixa olhou para mim e falou Pai João e é direto assim é no Atacadão é no shopping é na feira é no mercado e a gente não tem dimensão né de até onde esse trabalho vai e as pessoas TM muita gratidão graças a Deus muita gente tem muita gratidão tem gente que vem de outras cidades receber atendimento aqui na aldeia Pena Branca a gente recebe gente de São Paulo gente de Oricuri
gente de Bodocó gente de orocó gente de Santa Maria da Boa Vista gente de Belém que vem só para participar da gira no domingo e depois voltar eu tinha um problema muito grande com relação a isso aqui na vizinhança porque depois da pandemia o movimento do terreiro aumentou muito e a gente não tinha preparo para isso a gira começava 4 5 horas da tarde e as pessoas começaram a chegar meio-dia não tinha gente que vinha de Fora chegava meio-dia para ficar na porta esperando para ser atendido porque era por ordem de chegada a senha né
de atendimento E aí chegou num ponto de ter 150 pessoas no meio da rua aqui ou 200 pessoas no meio da rua e a fila chegando na na frente da casa dos vizinhos né recebemos até umas doações de cadeira dos vizinhos também para para ajudar e a colocar o povo para sentar em algum lugar que não tinha onde o povo sentar e chegando gente chegando gente a gente tem muita gratidão a essa Ajuda também e E aí veio o recurso do link né muitas pessoas estranham O terreiro da gente fazer link de inscrição para participar
da gira a questão do link é só por essa organização coletiva da comunidade para as pessoas não precisarem chegar 2 horas da tarde meio-dia ficar esperando atendimento Hoje em Dia com a possibilidade da inscrição online quem consegue fazer né As pessoas chegam aqui já tem uma lista impressa com o nome de todo mundo que vai ser atendido na Gira se é benzimento se é atendimento quantas pessoas que vão participar ela só chega aqui e se apresenta fala o nome dela a gente já coloca lá o nome e ela já entra já tem a lista da
ordem das pessoas que vão ser atendidas quem se inscreveu primeiro e quem não consegue se inscrever pelo site vai se inscrever presencialmente mesmo né chega aqui e anota lá o nome pode participar da gira também então a aldeia faz um trabalho incrível aí com relação à prevenção do suicídio ajuda de pessoas com ideação suicida a gente recebe muitas pessoas em em situação de de saúde mental horrível né um estado deplorável tem gente que senta aqui na frente do do preto velho do cab diz ó Hoje eu tô me dando a última chance e eu decidi
que eu antes de tirar a minha vida ia vir aqui para ouvir você que que você tem a me dizer o médium se borra todo né o médium que tá ali tem uma responsabilidade tremenda naquele momento da informação que vai ser passada para aquela pessoa do acolhimento a ser feito então é uma perspectiva de acolhimento que começa desde a mensagem que a gente passa na rede social a como essa pessoa é recebida aqui a como ela vai chegar no guia PR o guia poder fazer o tralho dele da melhor forma possível e é um trabalho
muito sensível de acolher essas pessoas que a gente não faz ideia de que condição que ela tá vindo o que trou ela aqui se é o último dia dela se ela colocou na cabeça dela que é o último dia dela e eles TM como uma missão mesmo assim esse trabalho de prevenção a ao suicídio e de orientação e esse trabalho acontece de forma espiritual mas não só de forma espiritual como eu falei antes há uma uma parceria informal que a gente tem com algumas faculdades e com alguns profissionais do dentro do campo da Psicologia para
que nós possamos encaminhar essas pessoas que são pessoas carentes e também em situação de depressão profunda que precisam de uma intervenção para que elas recebam esse atendimento não só espiritual mas também psicológico então elas ficam vindo no terreiro mas também vão indo pra terapia se precisar vão no Psiquiatra e vão recebendo essa ajuda quem tá passando necessidade com relação a alimentação recebe os quilos de alimento aqui faz o cadastro sai da gira já com uma cesta ou com alguma coisa para levar para casa né E a gente vai conectando quem precisa conectar para ajudar e
auxiliar dessa forma tem vezes como aconteceu recentemente de durante a gira seu preta que é um Exu recebeu uma pessoa que tava numa situação dessa dizendo ó hoje é meu último dia eu não não quero mais viver eu não acredito mais em nada eu acho que ninguém se importa comigo e ele fez um acordo com ela fez ela prometer que se ele provasse para ela que ainda existiam pessoas boas dispostas a ajudar ela que se importavam com ela ela ia dar uma chance pra vida dela e e aí ela fez essa acordo com ele e
ele falou comigo ó quando terminar a gira você vai pegar todo mundo todo mundo da corrente e vocês vão na casa dela E aí nós fomos terminou a gira saiu uns seis carros aqui umas 30 pessoas do terreiro para ir pra casa dela a casa dela lá no Juazeiro depois do shopping do Juazeiro foi todo mundo lá fizemos uma limpeza espiritual nessa pessoa fizemos uma limpeza espiritual na casa dela a gente viu que precisava levar se precisava de alimento de um atendimento psicológico encaminhou para ela conseguir também essa ajuda e no final de tudo vem
Seu Pena Branca falar com ela pega um objeto que tava lá na casa dela um objeto de Barro assim e ele colocou umas ervinhas dentro desse objeto e falou assim tem alguma coisa aqui na casa que você recebeu de uma ancestral sua aí ela tem da minha avó essa casinha de barro aí acho que é a única coisa que eu tenho dela aqui el disse tá bom e a sua avó era como minha avó era minha vó era engraçada ele não tô falando das características dela ela era caboca não era a dis é ela era
indígena e aí ele disse eu sempre venho cuidar dos meus você perdeu a sua Aldeia mas eu tô trazendo uma aldeia de volta para você eu não vou abandonar os meus e eu tô aqui para cuidar de você também então ele tem essa essa missão né esse esse chamado como ele mesmo diz de cuidar muito muito muito das pessoas não só de forma geral mas principalmente das pessoas que T ancestralidade indígena que tem uma relação Direta com uma uma aldeia indígena aqueles que são na voz dele né os filhos dos filhos dele porque se um
dia ele esteve encarnado aqui e teve os filhos dele os netos dele ele entende que muitas dessas pessoas são os filhos dos filhos dele os filhos dos bisnetos deles e ele também tem essa missão digamos assim Esse chamado de cuidar dessas pessoas que somos nós né também que somos nós também aqui é o nosso espao noss espaçado da esquerda onde a gente faz nossos trabalhos com o povo da rua como como diz né povo de defesa povo que nos protege nos honra aqui a gente não faz nenhum trabalho PR destruição da vida de ninguém a
gente não faz nenhum trabalho para amarrar ninguém a gente não faz nenhum trabalho para trocar sogra a gente não faz nenhum trabalho eem Nada disso a gente só gosta de Desfazer os trabalhos que o povo faz por aí isso aí a gente faz muito né esse trabalho de desmanche de magia negativa de energia negativa eles são nossos protetores nossos guerreiros e guerreiras aí das Encruzilhadas é isso aqui a sesta básica é cestas básicas da ação pra aldeia aticum que nós vamos levar para esse povo que estava numa situação de vulnerabilidade muito grande hoje recebemos uma
notícia fantástica de que a o tanque que precisava ser coberto lá para que o exército pudesse entregar a água hoje bateu a laje do tanque então eles vão conseguir agora receber mais ou menos aí uns 60.000 l de água por mês para uma comunidade que estava recebendo uma média aí de 5000 l de água A cada 15 15 dias né então é uma mudança de vida muito grande pr pra realidade da aea ticum são 21 pessoas lá né que estavam vivendo essa situação de escassez de água e a gente tá indo não só ajudar como
estamos nos movimentando de forma política com os contatos para levar essa água lá e cobrar os órgãos competentes para que eles Façam as estruturas para receber essa água como também levando alimentos que arrecadamos aqui da comunidade dos parceiros que fazem parte da comunidade da Aldeia Pena Branca não só esses alimentos mas hoje também nós estamos fazendo a compra de um kit de remédios por Orientação médica de pessoas da área da saúde aqui do terreiro onde nós vamos levar esses remédios também para fazer uma ação social de saúde com dentistas médico enfermeiros psicólogos estão indo com
a gente amanhã também para fazer essa ação social lá não só para entregar alimento mas também para cuidar desse povo tem brinquedo para as crianças tem roupa tem várias coisas aí uhum que vão ser levadas amanhã a gente ainda tá terminando de montar a gente ainda tá recebendo doação agora de noite ainda tinha gente trazendo coisa roupa brinquedo para fazer essas entregas Amanhã nós vamos partir para levar lá pro pessoal da audia ticum nós vamos gravar também para mostrar entregando aqui é o nosso Altar o altar dos sagrados orixás da Umbanda e aqui O Sagrado
da Jurema os caboclos as caboclas entidades que representam lideranças espirituais do nosso terreiro junto a Seu Pena Branca Seu Pena Branca é Seu Pena Branca seu cobra coral seu Arranca Toco seu Pedra Preta seu Giramundo Dona Jurema seu Légua cabua Jurema também Jupira aqui a cidade como a gente chama de ser o cobra coral de direita de esquerda que é que é de defesa uhum Seu Pena Branca também aqui e aqui da tapuia e outros assentamentos aqui são os pretos velhos né os pretos velhos povo cigano ali boiadeiros boiadeiras e Léguas povo baiano também né
que na umbanda chama povo baiano boiadeiro os malandros aqui com seu Zé pinta Maria navalha seu Zé Pretinho o zerez aqui embaixo e o povo das águas ali mais embaixo também esse hoje é o nosso Altar aqui da Aldeia pena branca com a árvore que eu falei na entrevista né essa árvore que tá aqui por trás ela representa a mãe Jurema A Árvore da Vida se estendendo a cada uma das realidades espirituais das divindades que nos representam nos amparam e aqui embaixo nas raízes dela estão as representações da Jurema Sagrada dos assentamentos as nossas firmezas
de cura paraas pessoas que estão em situação de de doença que estão no hospital que estão na UTI ou que estão com câncer a gente faz essa firmeza de cura para essas pessoas com os nomes delas toda semana tem um trabalho de auxílio à distância que a gente chama de plantão mas é um trabalho de auxílio à distância onde os médiuns fazem um processo de desdobramento para irem até essas casas ou essas pessoas e fazerem limpezas espirituais à distância a gente recebe também os nomes de várias e várias pessoas em endereços durante a gira para
fazer esses trabalhos de auxílio à distância aí aí os que são de cura vem para cá que é chefe ele é chefe no meu Conar Oi clareira meu pai clarea todos cabco da [Música] Aldeia Velha chegou o céu se abriu a AC Clareou o sete ramo de gu preta velha vi a p [Música] Branca P na branca acabou de chegar AB F Obrigado camura força fio Obrigado B espírito AB Encantado carrega você né despedir dos fil agradecer a presença nesse dia nessa importância desse trabalho né os filos seja muito abençoado pelo Grande Espírito pelo guia
pela santas alas como filho de que essa jornada seja uma jornada de Reencontro uhum a cada caminho que vocês caminham vocês reencontrem uma parte de vocês por onde vocês for por onde eu che caminhar viu meu filho C paciência hum as coisas V se encaminhando lá no naquele lugar hum uhum que ele lá na terra é uhum trabanho trabanho mas trabalho bom é curar muita gente ajudar muita [Música] gente banca vai também tá ajudando vocês vi propósito de ajudar nosso povo cuidar do nosso povo Curar as pessoas deve ser reconhecido de uma maneira boa cuidado
gelado firmado escur bonit aa vai subir muito pé de pau lá el agradeço demais pelas orientação por tudo viu Uhum qu senhor me ajudou com tudo isso Você escutou eu lá uhum Escutou Não Escutou Escutou [Risadas] é para tu saber que tu não é só só de ficar olhando não mas tudo no seu tempo viu meu filho com paciência com calma né aí tudo vai as coisas V vai de já bochar vai vir que tem que vir Uhum E nós vai lá ainda ajudar você L Tá certo uma coisa que tu mais tem que aprender
uma das coisas deixa uma visita que você fez hoje não n que a mesma coisa que tá que aconteceu lá uhum tá acontecendo lá uhum lá na no lugar do fio também tem B uhum entende vocês também vai ter que conversar mais ainda n pedi a eu e essa conversa com o senhor ess me orientou muito porque em relação a isso a Terra é deles Eles é que diz como é que é É isso mesmo é e grande Espírito abençoe viu agradecer por tudo pela oportunidade que o Senhor nos permitiu de mostrar esse trabalho para
muita gente né que necessitam e que com certeza mais pessoas irão para esse auxílio e eu peço ao senhor que assim como o senhor disse onde seria a terra como seria a primeira vez que a gente vê aqui eu peço que o senhor também vá lá nos ajudar para que a gente possa também fazer a caridade né a vai ser assim vai ser e as minhas paravras que eu deix qu fazer vai cumprir pel meu pai meu filho certo eu agradeço pelo presente agradeço pelo presente da pedra me f também eu fico muito feliz tambm
então João eu agradeço você abrir aqui a porta do terreiro pra gente muito feliz aqui e e é isso assim a importância do do trabalho desse terreiro aqui então assim eu já não tinha vindo antes pela possibilidade né vim de Recife e tal então mas hoje vim e queria muito mostrar o trabalho porque eu já acompanhava eh e parabéns pelo trabalho do terreiro parabéns por tudo e muito e Obrigado também por me receber aqui porque isso é não é nada mais isso é só uma caminhada minha é só o meu caminho é esse aqui tá
mostrando isso mas caminho um caminho que eu compartilho com as pessoas né então e cada lugar desse que eu vou como eu sempre falo eu saio uma pessoa melhor e eu queria também agradecer a ao meu irmão que fez de tudo para que a gente tivesse aqui né conhecer que foi através dele n que insistiu que a gente tinha que conhecer e assim eu acho que além do do da entrevista de mostrar no sertão misto que eu acho que tem coisas mais além né que que vão ser tratadas né de ajudas a muita gente sim
né então eu sou muito grato primeiramente a Deus a se Pena Branca e a todos os mentores que desta casa que nos acolheu né que nos recebeu porque a gente não tem como vir aqui sem que eles nos permita né e é tanto que a entrevista que eu tava dizendo a João que a entrevista que foi lá no Oricuri lá no Oricuri que não é todo mundo que vai lá sim né E aí você perguntou o senhor perguntou se a gente podia fazer entrevista lá e assim foi concedida digo ó João lá é um é
uma D a gente tá ali S não é todo mundo que eles deixa entrar lá não então assim a gente é muito grato né a a todos os mentores dessa casa que que nos receberam de de coração aberto né e a você também que nos deu essa oportunidade de falar de dar essa aula para para muita gente também que também vai ouvir através do do canal Muito obrigado Maravilha gratidão É uma honra receber vocês aqui Seu Pena Branca fica muito feliz em poder ajudar a gente sabe da Beleza do trabalho de vocês Da seriedade da
importância em que vocês possam contar muitas histórias ainda pra gente mudar essa literalmente mudar essa história né que a gente possa mudar essa história e transformar mais vidas e mostrar pras pessoas que exe sim a possibilidade da gente se relacionar com a espiritualidade de uma forma saudável que a gente tem uma cultura muito rica aqui no Nordeste também muita história boa para contar gratidão gratidão em nome de mãe Patrícia de pai Marco de toda Aldeia Pena Branca gratidão Em Nome do Seu Pena Branca do seu lgua dos exus da casa de toda nossa família espiritual
e da comunidade da Aldeia Pena Branca também sar i [Música]