Sejam bem-vindos a mais um episódio dos Três Elementos. Eu sou a Milam, Milha Maçuda. Sejam bem-vindos a mais um episódio dos Três Elementos. Eu sou a Mila Maçuda do Biologia em Meia Hora. Tô aqui com o Emílio Garcia do Blá Blal Logia e Pirula do Nossa, você tá causando sono, querido. Hello. Você você está causando sono. Não é isso. Ele tá falho. Sei o que é. Eu sei o que é. É, é cosplay de Carlos Rua. Muito bem, muito bem. Cosplay de Carlos Rua. Carlos Ruas nos abandonou, mas está em espírito aqui. Está em espírito.
O Juanito em nossos corações. Cumprimentando. Sempre cumprimentando, Ruau. Sempre o cachorrinho do Sempre cumprimentando. Você tá concordando, Ru? Aquele meme do sabe que tem a É o Juanito. Só que é o tempo todo assim. É. Ai hojeã hoje a gente vai falar de coisa séria. É um novo dia de um novo tempo, de um tempo antigo. Hoje a gente fala de coisa séria, mas que coisa que não é tão nova, mas que tá afetando o mundo hoje. É isso que continua afetando o mundo hoje. Ah, nunca parou de afetar o mundo, então. Nunca. Desde que
começou nunca parou. Tá bom. Isso foi 2007. Foi antes. Foi antes. Bem antes, né? Não é 2007, não é bem antes. Voltaremos para o começo do século. Não, a gente vai voltar muito antes, porque apesar do tema de hoje ser sobre gripe aviária, eu acho que a gente tem que contar um pouco a história da gripe. Boa. E assim, tem relatos que podem ser associados a epidemias de gripe desde Hipócrates, desde por volta de 400 e alguma coisa antes de Cristo. Do pai da medicina. É, tem vários textos que são atribuídos a ele, que a
gente não tem muita certeza, mas vamos lá deixar a coleção hipocrática, o pai da medicina. E um desses textos fala de uma epidemia de algo que parece ser gripe. E em vários textos ao longo do tempo, a gente tem assim várias descrições de doenças muito parecidas com gripe. Isso em vários lugares do mundo, não necessariamente na Europa ou na Grécia, vários, não. Em vários lugares do mundo. Na verdade, eu tenho até uma colinha aqui hoje, porque são muitas datas, muitos nomes. É o primeiro a falar sobre não é nem o termo gripe ainda, ele tá
falando de uma doença que eles chamavam de influência. Olha só. Por quê? Porque era algo que significava fluir para no latim. E esse foi Roma, não é? Um cara chamado John Hookshan em 1750. E isso aparece no onver, um texto que ele escreveu. O que a gente sabe hoje, né, que a o vírus da influenza, eh, são vários, eles estão na família ortomixovirid e a gente tem alguns tipos de influenza. Uhum. Alguns tipos de vírus e a gente classifica eles conforme eles foram sendo descobertos. Então tem o influenza tipo A, o influenza tipo B, o
C e o D, tá? O A é um tipo que pega em vários grupos de vertebrados, então humanos, eh porquinhos, vários grupos, aves. O tipo B eh ele é principalmente de humanos, já foi encontrado em outros, eh, animais, animais não humanos. E aí, ã, mas ele assim, ele é um problema mais pra gente do que pros outros animais. O tipo C é uma doença principalmente de aves e o tipo D é de bovinos e suínos, tá? Perfeito. E aí quando a gente vai pro tipo A, não sei se vocês já repararam que tem um negócio
assim, H1N1, H2. E o que que significa isso? a quantidade de hidrogênio e de nitrogênio. Exato. É exato. Por isso que H2O tem dois hidrogênios e um oxigênio. Então H1 tem um hidrogênio e um nitrogênio. Ou seja, tem mais três, não, mais quatro ligações covalentes para fazer nitrogênio é cinco, né? Então, ó, que maravilha. Tá vendo? Então, o certo seria H5 N1. Aí tá completo, né? Olha só, eu sabia. Tá vendo? Eu lembro das aulas. Eu lembro das aulas de química. que Mas é relacionado a duas proteínas que tem no vírus. Uma é a hemaglutinina.
Existem atéonde a gente sabe 18 tipos de estão descobrindo cada vez mais, mas 18 tipos de hemaglutinina, que é uma proteína que o vírus usa para se ligar no receptor da célula hospedeira, tá? é uma proteína da parede do vírus, que é a chave fechadura para ligar na na na Então, dependendo do tipo, a gente vai falar que é H1, H2, H3. Deixa eu ver se eu entendi direito, só para tirar essa dúvida. Todos esses H1, N1, H2, não sei que lá, eles são do tipo A, do tipo A, tá? Tá perfeito. E o N
é relacionado a neuraminidase, que daí tem mais ou menos uns 11 tipos. E aí a gente pode ter várias combinações de H e N, tá bom? Perfeito. Um outro que a gente consegue ver tipos é a influência tipo B. E aí a gente tem, em vez de falar eh dessas proteínas, a gente só tem dois subtipos, que é uma que foi descoberta em Amagota. Eh, eu escrevi uma gata e agora quem é Magma gata. É um lugar no Japão. Eu amo gatos. O Emílio ama gatos. Pirula ama gatos. E outro em Vitória na cabeça, uma
é conhecida em Yemagota. Aí eu que bicho que é Iemagota? Que animal que é? Eu ainda estou eu ainda estou pensando se o nitrogênio liga com cinco. É com três. Por que você não me corrige? Você me fez pagar de burro. É porque eu só lembrei agora. Ah, tá. É com três, não é com É porque o NH3 é estável, o NH4 mais ele é positivo. É verdade que é o que aí o carbono é que tem quatro e o que tem cinco eu esqueci qual é. Só que você tem que lembrar que mesmo quando
a gente fala da linhagem mais comum, né, do eh de eu tô falando uma linhagem geral que vai ter vão ter outras associadas que é H1 N1, a gente tem vários subtipos ainda de H1N1. Aham. Exatamente. Mas você tava falando, desculpa, do tipo B, que uma uma variante foi encontrada em no Japão. Japão e outra na Austrália. Ah, tá perfeito. A primeira vez que a gente conseguiu cultivar esses vírus em vitro foi só em 1931 e era um vírus influenza de suínos. E depois de um anos foi só em 1933, tá? Tá. Só depois de
muita pesquisa recentemente, a gente conseguiu falar que a gripe espanhola, né, de 1918, provavelmente era um H1N1, influenza tipo A H1N1. Perfeito. Que é a que a gente tem até hoje, que é a que a gente tem até hoje, mas ela vai mudando porque a gente sabe que é um vírus muito mutagênico, tá? Então, mesmo dentro do H1N1, o H1N1 de hoje, por exemplo, não é igual a H1N1 da gripe espanhola necessariamente. Então ele vai ter a proína, a proteína do tipo um, só que com modificações, por o N do tipo um, o H do
tipo um, com modificações em relação ao que ele era antes. É, não nas proteínas, tá? Mas em outras partes dele, tá bom? Perfeito. Uhum. Aí assim, a gente foi passando por vários surtos desde desde sempre, tá? Desde os primeiros relatos, provavelmente muito antes disso, a gente já teve surtos, epidemias, eh pandemia, acredito que não, porque a gente não tinha tanta eh tanta movimentação tão rápido, mas a gente já tinha passado por isso. Eh, tem, vou colocar algumas famosas, né, que a a causaram problemas em humanos. Então tem em 1957 uma que ficou famosa como gripe
asiática, é quando a gente descobre o H2N2, tá? Teve uma em 1968, que é a gripe de Hong Kong, que é H3N2. Aí tem que saber qual é, quantos tem de H e quantos tem de N, porque senão isso aí. E em 1976 a gente tem um novo H1N1 que era mais relacionado a suinos nos Estados Unidos. 1997 surge em Hong Kong um H5N1. Vamos guardar esse aí. Esse é o que eu tinha falado que que que quando eu falei errado. É seria o H3N1, né? Que seria e a gente vai ter vários outros. Acho
que a última muito famosa foi a pandemia de 2009, que é uma cepa de influenza ah H1N1, que ficou na época conhecida como gripe suína e ela era uma combinação de vírus de porcos, aves e humanos. É, a gente precisa lembrar dessa que acho que é legal. a domesticação. É, é legal a gente lembrar dessa porque teve um monte de coisa que é que não foi uma pandemia tão grave quanto a pandemia da Covid, mas foi uma pandemia que, por exemplo, mudou as escolas, o jeito que tinha aula na escola. Então, eh, as crianças até
a quarta série, por exemplo, sentavam em carteiras duplas. E aí quando chegou esse esse vírus, as carteiras foram separadas. Uma outra coisa que entrou, por exemplo, e que mudou o hábito dos brasileiros, é que até 2009 a gente não sabia o que era álcool em gel para limpar a mão. Isso que eu ia falar. Isso que eu ia falar. Teve um teve uma vez, foi antes da pandemia, foi 2020, antes da pandemia. A pandemia ainda não tinha começado, quer dizer, já tinha começado na China, mas ainda não tinha chegado. Eu tava nos Estados Unidos e
tava no aeroporto e eu tinha perdido o celular. Então eu tava feliz da vida porque eu tinha perdido o celular. Eu falei: "Como é que eu vou fazer?" Eu não sei nem eh eh o telefone de corda das pessoas para onde vai me receber, onde não sei quê. Aí eu fui desesperado até o pessoal que trabalha no aeroporto, tal, não sei quê. Enfim, fiquei naquela coisa, a mulher achou meu celular, eu tinha, eu sabia que eu tinha esquecido no banheiro. Voltei pro banheiro, não tinha mais nada. Eu não sei se acharam, se alguém pegou e
devolveu, eu não sei o que que é. Eu sei que a mulher achou o meu celular. Eu falei: "Bom, o celular estava no chão do banheiro, acho que é melhor eu lavar não só as mãos, mas também o celular, né?" E aí eu fui procurar álcool gel porque a gente tá acostumada a ter tudo quanto é lugar. Cool gel, tudo quanto é lugar. Até antes da pandemia. Sim, era da pandemia de 2009, por causa de da da da da gripe suína. O pessoal me olhava com uma cara de aberração assim, falou assim: "Álcool gel, procura
na farmácia". Eu falei: "Não, é só para lá coisa, você tá louco". É. Eu falei: "Tá, então álcool de limpeza mesmo." Aí eu falei: "Bom, tá, vai ficar sem, né?" Não sei, eu limpei com água e um papel mesmo. Mas sim, mas é curioso a gente ver isso porque os hábitos mudam e a gente acaba nem percebendo tanto. Uma outra que, por exemplo, com a COVID começou a ficar mais comum e que a gente deveria fazer desde sempre é está resfriado, não vai trabalhar e se você é obrigado aí trabalhar, porque a gente sabe como
funciona, as pessoas têm usado cada vez mais máscaras nesse tipo de situação. Então, o álcool gel é filho da pandemia de 2009, né? É que o várias pessoas eh ficaram surpresas, falaram: "Olha, tá vendo? No Japão eles não fizeram lockdown e morreu menos gente". Eu falei assim: "É, mas no Japão eles respeitam regras e eles já têm o hábito de colocar máscara desde de sempre". Então, tipo, para eles foi muito simples obedecer a essas regras. Lembrando que o lockdown ele só ia ser necessário se você não conseguisse isolar os doentes. Exatamente. A partir do momento
que você consegue isolar os doentes, você não precisa trancafiar as pessoas que não estão doentes em casa. Lembrando que o Japão também é um arquipélago e isso facilita bastante as coisas. Então é, inclusive eles fecharam o país a mais ou menos o que a Nova Zelândia fez na época que ah, como que a Nova Zelândia, porque eu lembro assim, a gente fechada e a Nova Zelândia fazendo festival de música. Ah, por quê? Porque ninguém entrava, ninguém saía. Eles fizeram lockdown mundial, você não precisa fazer o lockdown local. É, é exatamente isso. E aí agora a
gente pode entrar no tema que é gripe aviária. Boa. Tá. O ruim, sei lá. É, é ruim. É ruim. É, agora é ladeira baixo, tá? Eh, esse é um influenza. A, o que a gente vai falar agora é o H5N1, tá? Tá. Ele foi identificado pela primeira vez na China, numa província chamada Guandon. E é um lugar conhecido por criar patos, gansos, galinhas, mas isso numa área com outras aves, aves selvagens. Ele foi eh identificado em 1996. A partir aí teve uma mudança. Antes eram criações pequenas, né, de aves. Tudo bem que tava ali misturado
com aves selvagens, aves silvestres, mas eram criações pequenas. Uhum. A partir de 1970, eles começam a mudar essa forma de criar aves. E aí eles não só criar aves, mas também toda a agricultura, toda a pecuária local passa por um processo de industrialização que chega na China, financiada por Londres, Hong Kong e Nova York. E aí, Guandon, assim como outras cidades da região, viram um centro de produção intensiva de aves, onde antes se criava aves, poucas aves num espaço grande, agora eram muitas aves e cada ave podendo ter um espaço de 30 por 30 cm.
Aí a gente já tá pensando assim, em termos epidemiológicos, você criou, é uma bomba relógio de criação de vírus. É o que a gente entende, né? A que que facilita a transmissão de vírus ou de doenças em geral, alta densidade populacional. E isso não serve só pra gente, não é só para humanos, pros animais também. E isso era muito arriscado fazer isso lá, porque as aves das granjas conviviam com essas aves selvagens. E ali é uma rota migratória. Ali é um ponto estratégico de parada de rotas migratórias de aves. Ou seja, era o hub da
merda, era o hub aeroporto de aves. O aeroporto de aves. E para dar Aham. Para dar merda. Tem até um caso de um virologista de Hong Kong de em 1980 que ele foi lá e falou: "Gente, isso aqui é uma piscina com vários tipos de vírus da gripe, gripe de aves." Ele falou: "Meu Deus, aqui assim, uma hora vai, deixa eu te fazer uma pergunta porque eu tô com essa dúvida real." Então essa essa o H5N1 que eles identificaram lá, ele era um vírus exclusivamente de aves. Exclusivamente de aves. Mas olha só, isso foi em
96. Em 1980, esse virologista vai para lá e fala: "Meu Deus, tem muito vírus da gripe aqui". Em 96 surge o H5N1. E aí, eh, o primeiro surto, na verdade, foi numa outra cidade, né? num outro local, mas ali na região. E aí quem pegou foram os tadinhos dos gansos domésticos e aí eles tiveram sangramentos, sintomas neurológicos e 40% de mortalidade. Olha, sintoma neurológico e ganso, eu acho que é meio que assustador, não é? Eu fico imaginando se o ganso sem o problema neurológico ele já é o capeta. Então eu imagino o ganso bem louco,
eh, sangrando, sangrando, correndo na sua direção, não? Então é 40% de morte de gansos e uns 50% de morte de criadores de ganso, né? Não pela doença. É atacados. É exatamente, cara. Mas uma taxa de mortalidade bizarra de 40%, né? Aí, lembra que eu falei que em 97 tem a gripe de uma gripe que surgiu em Hong Kong, assim, ó, 96 tem esse surto, eles conseguem controlar. 97 o vírus volta mais forte e mais transmissível. E aí ele devasta criações inteiras de aves e começa a infectar humanos, tá? Nessa época ele já tinha aquela política
de matar o resto dos bichos. Então, nessa época eles abateram 1.5 milhão de aves. Abateu pouco até se for levar em conta. É se você porque a produção é gigantesca, né? De bilhões. É bilhões. Porque é uma é a base da da das proteínas na China é ave e porco. Por isso que tem a gripe suína e a gripe aviária, que acaba, né, sendo uma relação com muita gente, muita bicho e todo mundo junto, né? Mas assim, assustou, mas não foi um negócio em humanos que sabe foi controlado. Que ano foi? 2000 e não, isso
foi 97, não foi que eu falei? 97. 97. Aí agora a gente vai para 2001 e 2003. Entre 2001 e 2003, o vírus continuou circulando, mas ele não causou grandes problemas. Perfeito. Aí vem 2004. O vírus, isso não em humanos, a gente tá falando em aves, ele se espalha pro leste e pro sudeste da Ásia. 100 milhões de aves domésticas morreram ou foram abatidas na Tailândia e no Vietnã. Eles chegaram no Japão a encontrar o vírus em moscas. Mosca. Mosca assim, provavelmente não fazia nada pra mosca, mas a mosca tava com o vírus, ou seja,
transmitindo o vírus. podia transmitir, não tava, mas poderia, talvez. É porque isso é uma coisa muito louca. Você pensa assim, né? Ah, não tá. O problema é que o vírus tá em ave e a gente tem o mundo globalizado e essas aves são levadas de um lado pro outro, mas gente, lembra da migração. Então, não necessariamente isso é só o efeito humano. É a ave vai até lá, pega o vírus e leva o vírus embora. Batroz pegou o negócio e, tipo, pousou lá na China e espalhou pra Ára. Aí em 2005, num lago, eh, eu
acho que a pronúncia é Tinha Hai na China, ele era também um ponto estratégico de parada de aves migratórias. Eles encontraram, né, assim, eles encontraram, não teve uma mortalidade em massa de gansos e outras aves e morreram assim milhares. O vírus daí se espalha pro nordeste da China, pro norte da Mongólia e pro sul da Rússia. Tudo porque ele tava ocorrendo em rotas migratórias. Em 2006, o vírus chega na Europa, no Oriente Médio e na África. Quando isso acontece, a gente já começou a falar que a gente tava vivendo uma panzoia. Uhum. Que é a
pandemia dos bichos. Que é a pandemia dos bichos. Daí o H5N2 deu origem ao H5N3, N5, N6, N8. Que maravilha. E aí é uma coisa importante a gente falar que o vírus ele não vive só em aves, né? Não precisa estar só na ave e às vezes não precisa nem estar num organismo, ele fica vivo no cocô da ave. Olha que beleza. E a gente usa titica para fazer o quê? Para fertilizar fertilizar as coisas. E mesmo que a gente não usasse, como a gente tá falando de aves migratórias, muitas aves eh que ficam em
regiões aquáticas, marinhas, elas fazem cocô nessa água, outro lado, na água em um monte de lugar. Isso contamina água, contamina o solo. Aí a gente ajuda, né, falando: "Ah, vou usar a titica de fertilizante aqui, contamina solo, que contamina água". Acho que é legal, querida, você trazer esse ponto, porque assim, a gente que vive na cidade, a gente que tem uma vida mais urbana e pra gente frango é aquilo que vem na bandeja, a gente não tem noção da escala de uma produção de frango industrial ou de uma produção de porcos industrial. Eu e você,
como a gente trabalhou numa faculdade que tinha medicina veterinária e um curso bem aplicado para essa área, inclusive, então tinha uma parte de animais de corte, a gente acaba tendo uma noção um pouquinho maior que são criações gigantescas e que uma criação de frango produz uma quantidade de cocô tão grande que é um problema muito sério. O que você vai fazer com isso? Não, e a gente pode olhar pro lado de que aquilo é um recurso que pode ser aproveitado, é um excelente tipo de fertilizante. Sim. Inclusive, porque você coloca em biestores, aquilo vai ficar
ainda melhor como fertilizante. O o guano, ele era utilizado a a tanto é que você teve no começo do século XX a corrida ao Guano, porque ele era o mais utilizado não só por como fertilizante, mas também por equilibrar o pH, colocar alguns minerais, essas coisas todas assim. É bem mas aqui e tem bichinho que gosta de comer ainda, né? Sim. Mas o que eu quis dizer é que assim, o volume é que a gente tem, como o Pirula disse, bilhões de aves. E essa e esses bilhões de aves, um frango vai demorar 40, 50
dias para ser abatido e ele é substituído por outro. Ou seja, são gerações e gerações e gerações de frango produzindo isso. Então, usar como fertilizante realmente não é um absurdo, mas daí você potencializa um problema quando esse problema surge, é porque daí a gente começa a falar de uma contaminação do ambiente e se o vírus consegue resistir pelo menos por um tempo, é um problema bem sério. É um problema. Aí a gente vai para 2021. 2021 tem uma nova versão do H5N1. E só eu só posso falar uma coisa antes, é só uma curiosidade. Eh,
eu tenho um tio que é veterinário e ele ele foi muito importante na na na minha vida, no sentido de escolher carreira, tal, não sei o que, mas não é para falar da minha família. Eh, é para falar de uma de um tipo de trampo que ele teve durante muito tempo antes de aposentar. Ele ficava no litoral sul de São Paulo monitorando aves que eram migratórias, que vinham de lugares diferentes para controle de gripe aviária. E isso mais de uma década depois dessa dessa crise de 2007, né, você falou, né, que foi quando espalhou para
mais pro resto do mundo, 2007, 2009, 2006, quando vira uma panzotia. Ah, tá. É, então é, mas foi com certeza depois. Mas ele ficou mais de 10 anos monitorando, porque desde que eles descobriram em 96, eu acho que eles já ficaram meio assim, porque eles tiveram que ao longo desse tempo de 96 até 2006, um monte de aves foram abatidas ou morreram diretamente por causa do vírus. É porque tem tem que Por que que esse trabalho do seu do seu Tá comentando, ele existe? Porque você imagina o impacto econômico de você sacrificar milhões de aves.
Por quê? Porque você não vai, ah, não, eu vou abater esse frango aqui, vou embalar ele com H5N1 ou qualquer outra coisa e eu vou vender. Então, qual que é o procedimento? Abate, incinera, fecha a granja, desinfeta a granja, faz um monte de testes, joga sal grosso, faz tudo que tem que fazer. Ah, beleza. Estabilizou, estabilizou, fez teste, fez teste. Não tem vírus, não tem vírus, coloca a AV de novo. Então, além de sacrificar os bichos, além você fica meses sem trabalhar, então, para um país agrícol agrícola que tem na da agricultura e da pecuária
como a gente tem, o impacto de um vírus desse e o impacto na China é gigantesco, né? É gigantesco. E eu achava interessante porque a gente até brincava, eu falei: "Porra, o meu tio é pago para ficar na praia de binóculo vendo ave, né? Né? Ave que chega". Mas quando elas migravam de fato, e aí você sabia pelas anilhas, pela cor das anilhas, eu não lembro agora como é que é, ele me explicava o trabalho dele. Aí sim, você pegava um, fazia medição para ver se tinha vírus, se não tinha, depois pegava outro, não sei
que soltava. Então, mas você tinha que Já pensou tentar pegar essas aves? Ah, não, tem todo um sistema, tal, porque são aves marinhas. É um troço bem complicado, né? O, mas eu não me lembro como é que ele fazia. Ele me contava na época lá, porque isso dele já faz alguns anos já que ele que ele aposentou e que ele parou. Agora ele vai pra praia só para pescar. Mas e mas antes era para ficar observando ave e era bem interessante até, né, a maneira. E eu falava: "Nossa, tio, mas esse lance da gripe aviária,
eu não escuto mais ninguém falar disso". Aí eu falei assim: "Exatamente por isso". Aham. Porque se você voltar a ouvir falar, fui eu que disse a frase é de nada, né? Eu dig assim, ó, se você ouvir voltar a falar, fui eu que disse. Eu falei: "Tá bom, é isso aí. medo. Vamos a 2021, então, Camilinha. 2021 aparece uma nova versão do H5N1 e aí ele começa a se espalhar ainda mais, tá? Na Europa, até que 2021 a gente não tava tendo nada ainda, tava, o mundo tava estável, não tava acontecendo nenhum problema, tava causa
e destruição, mas ok. Na Europa ele matou, tem um uma ave, uma aveífica que esse vírus matou todos os filhotes nascidos naquele ano, meu Deus, numa regiãozinha da Europa. Todos os filhotes que avess réis de bico preto. Aí ele chega no Canadá, tadicos, morreram todos os filhotes. Todos os filhotes. Triste, né? O impacto ecológico disso não gigantesco. Você perdeu uma geração e aí para recuperar é muito difícil todos os filhotes nascidos naquele ano, né? Mesmo assim, né? Porque de um ano para outro nem nasceram aqui, porque eu acho que em um ano ele já não
é mais considerado filhote. Nas Américas chega no Canadá. Aí em 2022 nos Estados Unidos, 50 milhões de aves foram mortas ou abatidas pelos pelo vírus por causa do vírus. No Peru morreram 200.000 biguá, atobás e pelicanos. Meu Deus, que Nossa, 200.000. 200.000. Calma, ainda tem mais. Era mais notícia boa. Acompanha a gente. Eh, morreros pilicano. E aí quando a gente fala em espécies no mundo afetadas, espécies de aves, a gente tem algo em torno de 400 espécies. Em 2022, aí a coisa aí a gente tem um um salto aqui que é interessante. 22, centenas de
focas morreram nos Estados Unidos. Foc. Aí temos um problema, porque foca, até onde eu me lembro, não é ave. Não é uma ave, né? Não é ave. Aí começa a dar uma azedada no pé do frango. Significa que o vírus saltou. Não, no pé da foca. É, no pé do frango já estava dando. É verdade. Ou seja, o vírus saltou de ave para mamífero. É, já já tinha saltado um pouquinho, mas gente já tinha sido controlado. OK. 2023, 24.000 leões marinhos morreram na costa da América do Sul. Ah, isso não é pouca coisa, de jeito
nenhum. Esses bichos são grandes e nem sei quão numerosos eles são para morrer 24.000. Na Argentina, 95% dos filhotes de uma colônia de elefantes marinhos morreram. Isso representa 17.000 indivíduos. Eu não tô achando legal esse vídeo não. Quem ficou contando quem trabalha com elefante, né? Nossa senhora. Porque imagina, imagina o trampo que é bom. Deve ter por estatística e o trauma, né? Aí você tem aí você tem a contagem da USP, a contagem da Polícia Militar, a contagem. Se você mostrar pr os bolsonaristas, vão ser 1.427.000 elefantes mortos. Quer dizer, depende. Se eles forem de
direita. Isso, exatamente. Se for, se forem elefantes marinhos de esquerda, aí tinha cinco pessoas. Eram cinco elefantes marinhos. Nessa época, 2023, 30 espécies de mamíferos sofreram com o vírus só na América do Sul. Que merda. 2024. Olha agora, agora que piora. Ai, estamos hoje 2025. Aham. Ano passado, passado, começo ainda. Pior aí estão na primeira metade ainda. 2025 ano passado. Oreram surtos no gado leiteiro. Aí é um problema que piora ainda mais pro nosso lado, né? Porque pro elefante marinho já foi triste. Já foi triste. E eles continuam morrendo provavelmente, né? É. Só que aí
como pensando do ponto de vista evolutivo, morre 95% dos filhotes. Quem sobreviveu provavelmente já tem um grau de resistência. É, então tem uma tendência disso ir diminuindo com o passar do tempo, né? Mas lembrando que o vírus vai mutando, né? Sim, sim. Ah, o povo ficou assustado mesmo quando o gato da fazenda morreu e eles ficaram: "Meu Deus, porque o gato tomava o leitinho." Então o gato morre, ninguém sabe por ver é o vírus. Isso foi aonde? Nessas fazendas onde o gado leiteiro foi atacado nos Estados Unidos. Estados Unidos, tá? 2025, nos Estados Unidos, o
vírus foi detectado em quase 1000 rebanhos em 16 estados. E aí veio a parte a CDC, o Centro de Controle e Prevenção de Doenças dos Estados Unidos, referência mundial de verdade, eu não tô exagerando. Já tinha uns casos humanos, mas em 2025 a gente viu 67 casos. As vacas teriam que ser sacrificadas tecnicamente todas. É, n é? Só que a gente não tá falando de 1000 vacas, a gente tá falando de 1000 rebanhos. É, dá um pouco mais de trabalho do que matar galinha. Pouco mais trabalho. 1 mil banhos. Então é de vaca para um
[ __ ] Não, os caras vão na na vão na na arma já, né? Os cara não não vai matar na naquele corredorzinho de frigorífico, né? Vai tudo no Então assim, nossa, imagina. Ah, a gente faz umas coisas. Esse é o panorama da gripe aviária, até onde a gente conseguiu informações. Sim. Uma pausa rápida antes de continuarmos. Este vídeo foi gravado no dia 2 de maio de 2025. Desde então, novas informações importantes foram divulgadas sobre a chegada da gripe aviária ao Brasil. Por isso, algumas atualizações de notícias estão na tela para complementar os dados que
você está vendo. Essas informações são baseadas em fontes oficiais, como o Ministério da Saúde e a Organização Mundial da Saúde, e foram incluídas para garantir que você esteja por dentro dos acontecimentos mais recentes. Agora sim, vamos seguir com o conteúdo, porque agora a gente tem cada vez menos informações sobre o que tá acontecendo, principalmente nos Estados Unidos. Ah, é, é porque os Estados Unidos da gripe aviária, se eu não me engano, virou o epicentro desse novo tipo de de de de gripe aviária, inclusive porque a China tem uma preocupação muito grande com esse tipo de
vírus, que é a base da alimentação deles, porque a base da alimentação deles. Então, a China reporta que tá matando ave, que tá fazendo o controle desse vírus com uma frequência muito grande. E é, e eu acho que é interessante isso, como a realidade agora flipou, né? Tipo, parece que o jogo virou. Hoje os Estados Unidos são um país fechado. É total breu com relação a dados, coisas, não sei quê. E isso eh sempre foi uma característica da China no sentido de tipo, não vamos deixar vazar nada do que tá rolando aqui dentro. Tanto é
que foi quando, você lembra quando o pessoal veio falar e falou assim: "Cara, a China noticiou pra gente ficar muito preocupado com uma doença que eles perceberam lá. Isso 2000 e finzinho de 2019 foi quando a gente percebeu que [ __ ] o negócio vai dar merda. Porque das outras vezes eles meio que tentaram falar: "Não, não tá pegando nada, não tá pegando nada" e tentaram dar uma controlada lá dentro mesmo, porque era para justamente evitar burburinho, tal, né? A China sempre foi muito fechada nesse aspecto. E tipo, quando ela chegou, o seimpinho falou: "Ó,
seguinte, vai dar merda, vai dar merda, vai dar merda". É isso. Então, e agora é interessante que seja o oposto, né? que os Estados Unidos é que esteja o país fechado com poucas informações, com a a FDA, não é CDC, é o CDC, o FDA também tá tendo problemas, mas nesse caso específico é o CDC, porque o que aconteceu é isso, né? Você tem mais informações ainda? Você tinha informaçõ a gente parou em 2025, né? Vamos ver. Vai 2026. Não, porque porque aí a gente precisa sempre vão me acusar de politizar as coisas, mas é
o Trump é eleito e e coisas de repente apagão dos dados, de repente apagão dos dados e esse apagão ele é deliberado. Então ele começa a proibir através de órgãos do governo a publicação de informações base que sempre foram publicadas pelos Estados Unidos. Por quê? Porque pela legislação americana esses órgãos são independentes do governo ou deveriam ser independentes do governo sempre uma contribuição eh eh mundial em relação a esse tipo de coisa. Exato. Esses dados eles são el é importante que eles sejam públicos. Os Estados Unidos sempre foram os países de ponta nesse tipo de
pesquisa. Exato. Inclusive eles que de verdade eles que criaram essa ideia de que compartilhar dados é importante. Exato. Ainda mais. Ó, isso daí até tá um pouco ligado, quer dizer, aí os historiadores que me desculpem, mas me parece que tá até um pouco ligado com o tal do destino manifesto, tipo, nós temos a base da pesquisa, vamos ceder ao mundo para salvá-los, já que os Estados Unidos é que salva o mundo. Aí o Trump chegou e falou assim: "W not save anyone isso, notídc ele para de publicar esses dados. O FDA também para de publicar
dados em relação a a à comida, proibido, não é para, né? Proibido de publicar. E uma outra coisa que começa a acontecer, que você explicou muito bem, tinha surto inclusive nos Estados Unidos. Qual que é a regra? A regra é você vai ter que sacrificar os animais. Você tem que comunicar os dados. Tem que comunicar os dados e sacrificar os animais para o surto lance do preço do ovo. Que teve o lance do preço do ovo. Porque os ovos estavam contaminados. Aí o preço do ovo subiu, só que com o gado, isso não tá acontecendo
nos Estados Unidos. Você viam? E vocês viram, pera aí, antes de falar do gado, vocês viram que o Atila tinha falado, o negócio do preço do ovo? Hum. Que o governo tava compensando financeiramente aqueles fazendeiros que perderam toda a sua a sua granja, a sua produção para a gripe aviária. Uhum. Então tinha fazendeiro que tava contaminando os os os ovos, não, a a o frango, porque fala: "Ah, aí o governo vai me dar uma um ressarcimento e vale mais a pena do que pelo preço que ele iria vender o frango." Então, tipo, valia mais a
pena perder toda a saf, começar do zero de novo do que vender do jeito tradicional. Que maravilha. E aí o que acontecia com o preço do ovo? dobrava mais ainda. Então, tipo, ovo virou artigo de luxo nos Estados Unidos e aqui no Brasil tem a consequência de que começamos a exportar ovo para lá e fica e aqui fica caro também. O ovo tá bem caro agora, porque uma bandeja que eu pagava 10 conto, agora tá 20. Sim, né? Mas o, né, com sorte tá 17. Agora, de qualquer jeito, e alguns aí vão falar 23, dependendo
da onde você mora, da onde você tá, você tá pagando mais caro ainda no ovo e possível que aumente ainda. Agora você falou com gado é muito mais complicado, né? Então, além de complicado, você também tem um lobby para que isso não aconteça. Então, qual que é o objetivo de você não mostrar os dados mais? O objetivo de você não discutir esses dados mais é porque sacrificar um rebanho de gado, um rebanho, como a gente disse, de uma uma produção de galinha ou de ovos, tem um custo econômico muito alto. Então, economicamente é muito ruim,
porque alguém vai ter que pagar essa conta, seja o produtor, seja o estado, alguém vai ter que colocar esse dinheiro para isso. Então, que qual que é o objetivo? O objetivo é sempre o objetivo quando você esconde os dados. Tipo o Bolsonaro na pandemia, não foi eu que disse, ele escondeu os dados na pandemia. Por quê? Porque daí você finge que o problema não existe, você minimiza o problema. Ué, se você não vê é porque não tem. Se você não vê porque não tem. Por isso que eu não vou no médico, porque vai que ele
descobre que eu tô doente. Não. E, né? Então o meu ponto, então meu ponto é justamente esse. Se os Estados Unidos param de falar disso, eles fingem que isso não existe. E aí você não precisa sacrificar gado, você não vai ter os impost porque aí começa a passar para outros lugares. Tudo bem. Aí eu acho que é mais para consumo interno, né? Porque se você não sabe se aquilo lá tá contaminado, vai ser difícil você exportar. Mas o problema real é outro. O problema real é quanto mais contato a gente tem com os bichos, maior
a probabilidade de saltar em outras variantes do vírus. Quanto mais vares do vírus a gente tiver, maior a chance da gente ter problemas ligados a esse vírus. Então, por exemplo, 67 pessoas, 66 pegando o vírus, é preocupante, mas ainda é pouca gente e ainda não tem transmissão pessoa a pessoa. Aham. Então, só as pessoas que trabalham diretamente com esses animais, seja em granja, seja com gado ou aves selvagens ou mamíferos selvagens contaminados, são essas pessoas que estão expostas a risco. E em geral, todos os casos que a gente viu até agora eram sempre pessoas que
estavam diretamente ligadas às granjas. Ao longo de todos esses anos, desde 96, quando eles descobrem esse H5N1, eh, nunca foi uma pessoa que não tivesse relação nenhuma com criação de animais. Sempre eram pessoas diretamente ligadas. Isso mostra que não tem transmissão ainda pessoa a pessoa, o que assusta, porque querendo ou não, é um vírus novo, relativamente novo, até paraas aves. Talvez por isso a gente tá vendo até pros aves e mamíferos, né? A gente tá vendo esse ã essa alta mortalidade. E o apagão de dados ele é preocupante porque sem dados você não consegue ter
informação. E para ter essa informação você poderia sabe fazer o quê? Você poderia fazer o curso da Lura para te ajudar a analisar esses big datas? Big datas, os cursos de Sabia que tem big data? Não. E isso é uma coisa que eu acho interessante porque a galera acha que isso que você tá falando é muito longe, mas não é não. Não apenas profissionais que trabalham com Big Day precisam saber dessas coisas, mas ainda por cima. Não sei se você se lembra na pandemia aqui que o que o Bolsonaro proibiu a a publicação dos dados
de morte. Aham. Então, os jornalistas e as pessoas todas elas precisavam se juntar dados da Secretaria de Saúde. Tinha que fazer um por um, tinha que fazer na unha o negócio. Isso gerava muitos e muitos dados e foram várias pessoas, foi um coletivo de várias pessoas. Uma delas, inclusive é inscrito aqui nos três elementos. Então, tipo, várias pessoas, né, que é o que é o tú, acho que acho que é túas. Ele veio aqui um dia e aí que acontece e a gente tava e e ele é que fez a ele junto com outras pessoas
é que ajudaram a fazer esse compilado de de dados, né, para para salvar vidas. E isso daí tem a ver com trabalhar com uma quantidade grande de dados e saber mexer nos programas adequados, né? Perfeito. E lá na Lura, não sei se você sabia, Cameline. Hã, não tem gripe não, mas tem as ferramentas para você aprender a trabalhar com esses dados que a gente tá num mundo que gera cada vez mais dados e que pode te ajudar a tirar informações muito importantes e muito relevantes pro seu trabalho ou pro mundo, como a gente tá vendo
nesse caso. Então, se você tem interesse em aprender como trabalhar com big data nas mais diferentes linguagens de de programação, então em Python dá para trabalhar com big data. Em R dá dá para trabalhar com big data. Mas Emíl se eu quiser aprender fazer front end, tem lá também? Tem lá também. E o melhor, se quiser aprender espanhol, dá para aprender big data e espanhol, que aí chama grandes dados. Eu não sei como chama big data ainda. Deve ser grandes dados espanhol, mas deve ser grandes dados, sei lá como que chama. Mas se você Porque
eu não fiz o espanhol na lura, então eu não sei falar espanhol ainda. Que verg. Então clica no link aqui embaixo, dá uma olhada nas condições da lá da Lura. E você vai ter a sua, o seu desconto na matrícula, Cameline. Perfeito, querido. Bem lembrado. E então o que assusta é isso, é porque além da gente ter, a gente discute muito o efeito de negacionismo. A hora que você tem um governo que, por qualquer razão que seja, a gente pode inferir as razões do governo Trump ser negacionista. Ninguém vai saber porque que ele escolheu um
negacionista de vacina para ser o responsável pela saúde do país, por exemplo. Talvez ele seja negacionista, mas a hora que você escolhe um negacionista, a hora que você escolhe ser um governo negacionista e você resolve esconder essas informações porque elas são alarmistas demais, porque elas são prejudiciais demais, você pode gerar um problema que não é só pros Estados Unidos, é um problema meio global também, né? Sim. E eu acho que tem uma outra coisa que a gente precisa discutir, que é esse avanço tecnológico, essas industrial, esses processos industriais para que a gente tenha uma alta
produtividade eh desacoplado de conhecimento científico. Uhum. Pensando em criadouros, né? Era, eu sei que a gente tá falando também de algo que a gente já viu, sabe? o profeta do acontecido. Mas assim, era óbvio que esse tipo de criação em larga escala numa região como aquela seria um problema. A gente tá sendo profetado acontecido, mas o cara lá na década de 80 não foi, né? O cara na década de 80 não foi e vários outros pesquisadores. Tanto que tinha um que falava: "Olha, se juntar o H, agora eu não lembro quais, o H1, N1 com
o H, whatever, eh, com outro". Ele falou: "Pronto, eu peço eu vou me aposentar e vou curtir o que me resta de vida, porque é corram para as montanhas." E o cara em 1980 já olhou e falou: "Meu Deus, isso aqui é um pisinão de vírus da gripe, vai dar alguma caca?" E esse modelo de criação implantado desde 1970, a culpa não é do cara que tava lá na China na sua produção em pequena escala. Ele teve um investimento de fora e uma forte pressão para que isso se tornasse agora uma produção em larga escala.
Foi uma visão assim que não levou em consideração o que é criar além da questão de de bem-estar animal, de saúde animal, né? de que se você faz isso, a probabilidade de você perder tudo por causa de uma doença, seja lá qual for, podia ser qualquer outra, não precisava ser exatamente um vírus de gripe, mas como ali tinha bastante, mas tem outros vírus que estão por aí que são tão perigosos quanto. Uhum. Era evidente que podia dar um problema. A gente sabe disso. A gente olha paraas populações humanas e isso a gente entende muito mais
facilmente, que populações em cidades densamente povoadas, a gente tem uma disseminação muito mais rápida, muito mais fácil de doenças, ainda mais doenças como essas que são transmitidas pelo ar, principalmente. A gente viu isso na pele em 2000 eh em 2020 com a pandemia do coronavírus do SARSCOV 2. As cidades mais afetadas foram as cidades mais densamente povoadas e áreas menos povoadas, áreas rurais ou eh com uma população menor, a questão foi controlada muito mais facilmente. Uhum. Outra coisa é fazer um monitoramento. Esse monitoramento ele é essencial para que a gente entenda o que tá acontecendo,
como que o vírus tá mudando, quais são as características tá morrendo, quais são os sintomas, né? Quais são, qual que é a forma de transmissão, qual que é a taxa de transmissão. Eu preciso criar uma vacina para isso. Quanto eu tenho que vacinar agora das aves? Tá vendo? Tem tantas coisas que a gente tem que ficar monitorando e tem que ficar atento que juntar os conhecimentos ecológicos, médicos veterinários e de produção mesmo, a parte econômica também seria essencial, mas a gente coloca um na frente do outro e aí agora a gente tem um problema que
atacou não só todas as, quer dizer, grande parte das aves do mundo, mas agora foi pros mamíferos e tá chegando cada vez mais perto deste mamífero aqui. Uhum. Esse é o grande problema. Aí quando a gente fala de esconder dados é porque o problema é que a gente não tá monitorando, a gente não tá sabendo qual que é o grau da caca e como que a gente vai fazer um controle. A gente vê assim, por que que MPOX assustou, mas não virou um problema maior do que poderia virar? Porque os primeiros casos de Mipox, né,
em humanos, o que a gente viu foi: "Meu Deus, essa pessoa tem a doença, a gente faz um eh não só um isolamento, mas um monitoramento. A gente isola a pessoa, vê com quem ela interagiu, isola essas pessoas e fica vendo o que vai acontecendo. Não espalhou, não espalhou". Ótimo. Mas lembra que no começo começou a espalhar, espalhar, espalhar na Europa e todo mundo ficou: "Ah, não! Se não fosse esse controle e saber exatamente o que estava acontecendo, como que era a transmissão, se não fosse isso, a gente teria um outro problema hoje com o
MPOX e com várias outras doenças, né? A gente pode falar de inúmeras doenças quando a gente tem um descontrole ou uma falta de conhecimento que leva a problemas. A gente podia fazer um episódio só sobre sarampo ou a história do sarampo nos Estados Unidos. Sarampo é uma doença altamente contagiosa. A taxa de, né, de transmissão dela, quando você vai ver assim, ó, ai, quanto que uma pessoa com gripe consegue contaminar, né, em número de outras pessoas, uma, duas pessoas, duas a três pessoas. O, a COVID era entre duas e três pessoas, mais ou menos 2:30,
né? Ah, sarampo é de 12 a 18 pessoas. Olha só. Não. E a taxa de vacinação de sarampo para ser efetiva tem que ter acho que 96% da população vacina, acima de 95%. Depende da também da desse número que você vai usar, se é o 12, se é o 18, né? Pode ser 95, 96, 97, 98%. muito alto para para se você for comparar em outras doenças, acho que até 70 80% da população vacinada seja, então se você for fazer os cálculos pra gripe comum ficaria em torno de 33%. É por isso que a gente
vacinação, né? É, principalmente quem tá mais suscetível a a população idosa, a população imunossuprimida, crianças. Agora, quando a gente fala de sarampo, tem que ser a população toda. Se a gente esconde esses dados de como tá, né, o onde tá ocorrendo, com quem tá ocorrendo, com que eh taxa, qual que é a taxa de mortalidade, a gente não sabe como agir. Então, como que você vai fazer um enfrentamento da gripe aviária se você não tem os dados? É dificílimo é da murro em ponta de faca. Você não tem, você, você não sabe como fazer. Quando
a gente tinha os dados já não era uma coisa fácil de controlar. Veja o que deu. Olha onde chegou. Agora, se a gente não tiver esses dados, o que vai acontecer? Eu tava vendo uma notícia, eu não cheguei a ver o artigo em si, mas que o número de aves tem diminuído cada vez mais. E a gente não pode falar só de um desequilíbrio ecológico por perda de hábitat, que é super importante, mas agora a gente tem que considerar uma um desequilíbrio ecológico por causa de um vírus que teve a nossa ajuda, teve a nossa
ajuda para se espalhar e para chegar em espécies eh que não tinha nada a ver, não era nem para chegar. Elefante marinho, coitada. Olha só que triste. Então eu acho que eh são essas informações que a gente precisa ter, que a gente precisa se munir para que agora a gente consiga fazer um enfrentamento da gripe aviária, pensando até na nossa saúde, na nossa própria saúde, não apenas, que já é o mais importante, a questão do equilíbrio ecológico. Perfeito. E triste. E triste, né? Bem triste. E assim, se a gente não vai cavar sobre o assunto,
a gente não acha, não é um não assunto. Então assim, de vez em quando estouram umas coisas falando: "Ah, gripe aviária, uma pessoa eh contraiu nos Estados Unidos, mas tá." E qual que é o grande problema disso? Por que que a gente tem que ficar assustado? Ah, meu Deus, fizeram todo aquele aler com MPOX, no fim não virou nada, né? Ah, apesar que o MPOX tá voltando de luta, tá voltando, né? É, mas assim, ainda fica a ideia de que, ok, né? É, várias doenças estão voltando por causa do problema da taxa de de vacinação,
por não fazer a as estratégias de isolamento, por não fazer monitoramento, várias. Só que essas informações não tão chegando pra gente. E aí, corram para as montanhas. É isso. Desculpa, gente. Eu sei que eu deveria trazer notícias mais animadoras. Depende. Você vai correr pras montanhas, mas qual é a densidade populacional da montanha? Se for muito grande, não curra pras montanha. Tende a ser mais baixa do que nas planícies. Exato. É isso que a gente nem falou de questões de desigualdade social, de saneamento básico, de acesso a a sistemas de saúde. Nem chegamos nesse ponto. Nem
chegamos nesse ponto. A gente só citou densidade populacional. Temperatura. Bom, enfim. É, vamos. É isso, né, gente? É isso aí. Um bom vídeo sobre hidróxido de nitrogênio. É. né? Eu gostei muito do vídeo, achei muito informativo. Gostei. Eu vou ser expulsa dos três elementos. Não, se você for expulso dos três elementos, a gente acabou os três elementos. Não tem roteiro, não tem, não tem agência, organização, não tem descrição de vídeo, não tem título, não tem nada. Pois é, não sei se vocês sabem, mas nesse clatinho aqui nos três elementos é a Camila. Quem joga malabares?
É, no a gente a gente cede nossa linda imagem, a nossa cuts, é sendo que a dela é muito melhor, só que ela ela que não quer, ela que prefere fazer roteiro que ficar aparecendo. Então, vocês que gostam da presença da Camila, gostam dos roteiros da Camila, mandem comentários falando: "Queremos a Camila filmando mais vezes esse monocelho, esse gordo careca e aquele magrelo que só dorme. Podem sair e fique a Camila falando." Concord e você quiserem ouvir só a Camila, porque vocês não querem saber da gente, vocês podem acompanhar o Biologia em Biologia em melhor
Hora, que é a melhor maior podcast de biologia do Brasil. É isso mesmo. Então é isso aí, se vocês quiserem. E é e eu recomendo, recomendo, recomendamos sortemente. Mandem temas. Eu gostandas, exato. Eu gosto. Eu vejo alguns, pego várias, eh, manda tema e manda cobrança, porque aí fica aquela coisa, é isso aí, porque fica aquele negócio do que o pessoal é, como é que fala? Ah, mas aí quando eh sei lá, porque é uma mulher que tá apresentando, aí tem sempre o babaca que não leva a sério, não sei quê, e aí a pessoa fica
insegura. Então vocês façam o seguinte, a a missão de todos vocês agora é deixar a Camila segura. Então vocês elogia a Camila, isso fala que ela é linda, não é mentira. Fala que ela tá maravilhosa, que não é mentira. Fala que o roteiro é lindo, fala que ela fala bem, fala que a voz dela é legal, fala não sei o quê. Vocês elogiem conveemência, entendeu? Não é tipo assim, curtir, só curtir o vídeo não é suficiente. Você tem que comentar: "Puta que pariu, Camila, aqui do [ __ ] Putz, que da hora, Camila. Queremos mais
Camila. Queremos Camila. Abre votação, faz não sei quê. Trende no Tikt no TikTok. Aí vocês fazem isso e aí vocês vão ter mais vídeos da Camila, porque ela vai se sentir confiante, forte, bonita, gostosa para poder fazer as coisas. E se você é o babaca que não concorda com isso, você pode procurar outro canal, porque a gente quer a Camila. Você pode ficar quieto, uma boa ou ficar quieto. Ou ou se você não quiser ficar quieto, você pode ir embora. Faz o seg. Não, não, não. Você que não gosta, que acha não sei quê, faz
o seguinte, apoia o canal, dê dinheiro pra gente, mas não comente. Pronto, muita ajuda que não atrapalha. Ótimo. Resolvido. Pronto, Camelinha, muito obrigado. Mas de nada. Foi ótimo seu vídeo. Obrigada, man. Lembrando que o vídeo de hoje é patrocinado pela Lura, que nos apoia de conteúdo, outra maravilhosa, trazendo conteúdos muito legais como esse. Certo? Certinho, querido. Beijão para todo mundo. Valeu. E deixa o comentário aqui elogiando a Camila, hein? Um beijo do gordo.