Economia e sustentabilidade: fatos, mitos e caos | Wilson Cabral | TEDxSãoSebastião

[Música] sustentabilidade e economia são coisas que estão intrinsecamente relacionadas a economia reflete o nosso modos operand reflete o nosso modelo de vida o que que a gente eh faz espera anseia e etc e isso nos leva ser ou não sustentáveis né Eh e quais são os fatos que eu que eu gostaria de apresentá-los são indicadores de Limites planetários Tá bom ess os nove indicadores estão ali e chegar à conclusão que em quatro deles nós já atingimos limites bem superiores aos eh níveis de risco aceitáveis que são eles os ciclos biogeoquímicos ah a biodiversidade mudanças de

uso e cobertura da terra e por fim mudanças climáticas então esses quatro e vejam que estão todos Entrelaçados tá então as mudanças climáticas surgem como efeito das mudanças do uso da Terra eh que tem como um mote por exemplo a a expansão da Agricultura sobre padrões convencionais bem diferente da agricultura de São José né que é muito mais sustentável ou é sustentável de fato quer dizer essa agricultura que exige uma quantidade muito grande de nutrientes exógenos a terra né que precisa processar precisa extrair inclusive do petróleo para lançar a mão ela quebra os ciclos biogeoquímicos

e a gente tá expandindo esse é talvez o principal problema que a gente tem hoje e a Pegada Ecológica foi criada na década de 90 para tentar representar o indicador de quanto a gente impacta o planeta e quanto o planeta tem capacidade ainda de Resistir e chegou à conclusão que desde a década de 70 nós já utilizamos mais do que um planeta terra para as nossas atividades ou seja o que como é que pode isso quer dizer a gente já utiliza mais do que uma mas só tem uma como é que é isso a gente

tá avançando exatamente na sustentabilidade a gente tá avançando exatamente na nossa capacidade de manter essa possibilidade de uso e usufruto da terra paraas gerações posteriores tá eh tem jeito tem saída tem solução o mesmo o mesmo a mesma metodologia de Pegada Ecológica que aponta esses problemas ela nos diz que se eu reduzir por exemplo em 30% de CO2 a gente tem condições de reduzir essa pegada e chegar por exemplo a uma vez e meia uma terra e meia é sustentável não absolutamente mas indica que é um caminho que pode reduzir essa pressão sobre o planeta

e esse esse gráfico é interessante porque mostra já um reflexo desses dessas projeções para nós Brasil tá isso aqui é um é um resultado de precipitações chuva no futuro 2000 e 70 até 2100 ou seja daqui a 80 a 100 anos ele projeta no cenário mais otimista para boa parte do país toda toda área acima de São Paulo ou ou incluindo São Paulo uma redução em torno de 10 a 15 a 25% de precipitação redução de chuva que que significa isso significa que esses eventos extremos de seca que a gente vivenciou no ano passado ano

retrasado vão tender a se multiplicar a adotar uma um padrão de frequência muito mais contundente e que por exemplo atividades econômicas como Nossa geração de eletricidade é hoje 70% de origem hídrica né quer dizer isso afeta todo o nosso mod modo vi mod vivende então pego dois duas variantes do modelo mas que dá uma projeção mais pessimista uma que dá mais otimista e digo pra sociedade é assim que talvez se comporte o clima no futuro que que vocês querem fazer né E a sociedade toma a decisão Essa é mais ou menos a o raciocínio lógico

que se se traduz a partir de uma pesquisa científica como essa Por que que nós hoje vivenciamos uma era que alguns pesquisadores têm apontado como sendo a era do antropoceno Ou seja a A nossa pegada pegada do homem na terra hoje segundo esses pesquisadores ela tem a capacidade de mudar a geosfera como tempos geológicos no passado por isso a criação de uma nova era bom tem mitos por trás disso né tá nossa forma de lidar com recursos naturais etc primeiro mito é o mito da superpopulação então isso começou lá com Thomas maltos na na Inglaterra

no século X que achava que a superpopulação quer dizer crescimento da população numa taxa maior que da produção poderia levar o mundo ao colapso né bom isso eh foi foi retomado na década de 70 etc tem uma certa eh uma lógica racional por trás disso mas se a gente for olhar para população hoje ela tá entrando no mundo ela tá entrando numa numa fase de estabilização das taxas de crescimento então talvez a população não seja mais esse grande problema tá mas talvez seja a forma como a população atual lida com meio ambiente com recursos naturais

etc que seja o problema bom aí vem o mito da finitude ou da infinitude que mito é esse é o mito que tá inserido no âmbito da economia clássica da economia que a gente vivencia quando um economista vai falar no noticiário que é os recursos naturais são infinitos a água infinita petróleo é infinito isso não vai acabar e se por acaso acabar tender a acabar ela vai aumentar tanto o preço que aí Diminui a pressão e ele não acaba infinito né e por fim o mito da tecnologia que é o Tec Fix então é muito

comum ouvir dos meus colegas ouvir da comunidade associada à engenharia que a tecnologia resolve tudo que qualquer problema ambiental gerado hoje pode ser tecnologicamente resolvido no futuro de certa forma há uma certa a verdade nisso o problema é o seguinte posso perder a resiliência ecológica antes que a tecnologia resolva e ao perdê-la eu perco minhas funções ecossistêmicas perco meu serviço perco a água queremos chegar até lá bom uma das causas a que eu atribuo essa essa esse nosso problema ambiental Global a super valorização do indivíduo e do consumo duas duas origens né uma vem de

certa forma do liberalismo e outra do capitalismo industrial e a sua máquina de mover o mundo a partir do consumo juntou isso aí talvez eu entendo como uma boa raiz do da nossa degradação ambiental atual a junção desses dois fenômenos né Eh um um economista famoso Joseph stiglitz em 2001 foi Nobel da Economia em 2001 postou essa frase né que nós o que a gente mede define o que a gente faz se a gente mede mal a gente faz coisa errada literalmente é isso crescimento econômico quer dizer hoje a gente fala em crescimento crescimento crescimento

quando a gente fala de mainstream né de de pessoas que estão na liderança da definição econômica do mundo sempre se fala em consumo e aumento do PIB o PIB é o nosso referencial infelizmente é nosso referal inclusive de desenvolvimento e a a pergunta que se faz é as nossas medidas estão certas pensando no que o stiglitz propôs veja bem alguns exemplos se eu reduzir consumo de cigarro eu reduzo o PIB se eu reduzir a indústria bélica eu reduzo o PIB Ou seja eu vou decrescer Será que eu decres mesmo se eu reduzir a indústria bélica

então a gente precisa começar a mexer com esses valores a entender um pouco mais que que tá por trás disso Será que realmente a gente precisa crescer então toda se crise econômica podem pegar a visão dos economistas mainstream Qual que é a saída da crise econômica respondam consumo consumo isso nos coloca essa essa questão do do do dos indicadores o que a gente usa para dizer se vale a pena investir nisso ou naquilo vem de uma deturpação de valores também e nos coloca valores completamente Tur pados Então vamos voltar aos mitos temos aí dois mitos

um mito do futebol e um mito da canoagem esse bem mais recente muitos nem conheciam ele antes da da das Olimpíadas Neymar recebe em torno de R 7.500 mil por mês salário atual dele e o zaquias Queiroz será que um vale menos que o outro nós atribuímos de alguma forma esses valores distorcidos gente eles são objeto do que a gente atribui por isso a gente tem que pensar quando pensa em sustentabilidade é necessário não suficiente é necessário mudar a atribuição de valores né E aí já caminhando para pro pro final da apresentação para onde Vamos

isso aqui é um um mapa aqui da região nós fizemos uma pesquisa recente pegando aqueles dados de projeções do IMP etc e analisamos qual quais são as os as vulnerabilidades do litoral norte né em termos de mudanças climáticas e elevação nível do mar e outras outras variáveis essas áreas em vermelho e amarelo são áreas de de média e alta vulnerabilidade são áreas que eu deveria olhar para elas com muito cuidado são áreas que olha para um legislador ou para um eh governo eu deveria dizer olha cuidado com essas áreas não as ocupe inadvertidamente que elas

podem ser elas são vulneráveis e podem estar em risco no futuro e no entanto o que vocês estão vendo ela tá Projetada em cima do mapa do zoneamento Ecológico do estado da da da do que se do que se propõe pro zoneamento Ecológico do Estado tá ão vendo vocês podem ver que essas áreas estão em áreas que se provê eh prevê expansão das atividades econômicas nós não estamos olhando enquanto sociedade para essa vulnerabilidade aqui em Caraguá que é um caso até Pior né uma área muito mais contígua e e problemática e nós estamos aceitando isso

que que a gente pode Quais são as nossas saídas quanto enquanto sociedade ou Nós aceitamos esse caos alguns acham que não que isso vai se reequilibrar que a gente sai disso ou que que a gente pode fazer bom se eu esse a resposta certa eu estaria vendendo ela a um preço bastante alto eu diria que aosta certa de certa forma já vem sendo dada desde as 13:50 nesse auditório tá é a resposta certa do drout do Senor José né que para mim é um doutor honores causa é a resposta certa da do do guilerme a

resposta certa de diversas pessoas que passaram por aqui apontaram caminhos e soluções n é sairmos do do Global pro local e comearmos a repensar nosso sistema de valores eu diria como sugestão reduzir consumo quebrar mitos pensar a gente tem deixado de pensar na sociedade atual cada vez mais mudar valores participar efetivamente participar quando a gente não participa toma decisão por nós e é exatamente o que tá acontecendo em relação à mudanças climáticas em relação à degradação do planeta tá é para finalizar eu diria que sustentabilidade implica em uma mudança da sociedade do ter paraa Sociedade

do ser sem isso Nós não seremos sustentáveis obrigado