Olá boa tarde a todos primeiramente queremos agradecer a presença de todos vocês que estão aqui no IAG USP para prestigiar o nosso evento caminhos para o Brasil pós cop 29 nosso evento também tá sendo transmitido pelo canal da agência Fapesp no Youtube e depois ele fica lá disponível para quem quiser olhar relembrar né e tirar dúvidas tá bom eh agora nós vamos convidar eh para fazer a abertura da mesa vamos chamar aqui o professor Ricardo Trindade que é o diretor do Instituto de agronomia geofísica e ciências atmosféricas da US [Aplausos] agora nós vamos chamar o
professor Silvio Canuto representando o diretor científico da Fapesp o professor Márcio de Castro Silva [Aplausos] Filho e agora nós vamos convidar também para compor a mesa o professor luí Aragão que é o membro do nosso eh programa mudanças climáticas Fapesp obrigada a todos bem boa tarde a todos eu queria primeiro eh agradecer a presença do do Aragão e do Silvio representando da Fapesp eh muito importante pro nosso Instituto receber um evento como esses que na verdade eh mostra primeiro a participação importante do Brasil mas também de São Paulo em particular nesse evento tão importante que
são as Cops a gente sai de uma cop 29 mas já pensando na COP 30 que vai ter uma participação importantíssima do Brasil ela vai acontecer no Brasil e que deve ser uma cop decisiva para que a gente avance de forma significativa ou não né nas grandes questões que envolvem o clima da terra Então eu queria agradecer muito a presença dos nossos colegas a presença dos palestrantes Paulo Artacho e o Telma Krug que estão aqui também Ah e eu passo a palavra então para os nossos convidados para que eles Façam as suas considerações com relação
à Fapesp e também ao programa mudanças climáticas muito obrigado eu Obrigado posso pôr aqui acho que não é seguro não é eu sou teórico bom Ops bom primeiro Boa tarde é um prazer realmente muito grande estar aqui eh o professor Márcio Castro que é o nosso diretor científico ele teve uma mudança de agenda repentina e ele pediu então que eu representasse de forma que passou para mim então o privilégio de estar aqui com vocês O Privilégio é duplo né primeiro porque está representando a a diretoria científica da fapes é sempre um grande privilégio mas tem
também um outro privilégio um pouco mais eh não tão visível quanto este primeiro que é o fato que eu sou aqui uma instituição irmã também que é um inso di física aqui da urs portanto já estive aqui nesse auditório em várias outras ocasiões e sempre Tenho muito orgulho de vir aqui ao IAG bom eu queria cumprimentar então o professor Ricardo Trindade parabenizá-lo pela diretoria pelo evento queria parabenizar também cumprimentar o meu colega aqui o Aragão é um prazer grande mais uma vez estar com vocês eh eu queria dizer algumas poucas palavras eu ia tentar fazer
um improviso mas de última hora eu achei que era mais interessante eu ler as minhas próprias anotações Então eu queria chamar a atenção de vocês que o programa fapes de pesquisa sobre mudanças climáticas globais né o PPF mg ele tem como objetivo financiar a pesquisa científica e avanço o conhecimento na área Então esse é a ideia do programa e e seus resultados obviamente auxiliam na tomada de decisão que são decisões portanto cientificamente embasadas não são científicas não são decisões de improviso decisões do que eu acho que mas ao contrário são decisões cientificamente embasadas O que
é como deve ser toda definição de grandes políticas né então para esse fim a Fapesp já investiu a Fapesp propriamente já investiu mais de R 200 milhões de reais desde a criação desse programa em 2008 só para dar uns exemplos e aí a importância que eu falei a vocês de ter as anotações ele já colocou umaa coisa como 200 au 218 auxílios à pesquisa mais de 200 pesquisas e mais de 200 200 milhões de reais tem alguma coisa como 76 milhões em Bolsas São 878 bolsas incluindo as bolsas para está no exterior os beps então
esses estudos do PP FMG eles subsidiam o desenvolvimento de políticas públicas nacionais e ações internacionais no âmbito do ipcc e nós temos aqui Os dois palestrantes que nós temos aqui são pessoas altamente representativas important do ipcc então o programa considera a cop como a principal Arena onde esses estudos são debatidos e um dos objetivos aqui é avaliação dos resultados práticos das conferências do clima já realizados e entender os caminhos necessários a serem percorridos né Assim espera-se que essa discussão essa discussão indique também as contribuições estratégicas que podem ser feitas pela Fapesp para as ações de
combate as mudanças de do clima até a cop3 em Belém recordando que somos uma potência ambiental e que teremos Inclusive a presidência da cop portanto é enorme satisfação eu concluir essas minhas Breves palavras explicando mais ou menos como que é a atuação da Fapesp nesse setor e chamando a atenção da alta qualificação dos palestrantes que nós temos hoje tô vendo aqui Professor Paulo Artacho também meu colega do Instituto de Física pessoa de quem temos uma longa história de amizade professor uma cruz fo uma grande referência nessa área de mudanças climáticas e sua atuação brilhante no
ipcc de forma que eu acho que são nomes de Alto renome Internacional e com o qual eh eh não somente o estado de São Paulo o Brasil como a fap S muito orgulhosa de estar aqui presente muito [Aplausos] obrigado bom Boa tarde a todos eh sou Luís Aragão eh Sou representante do aqui do do programa mudanças climáticas da Fapesp Eh meu segundo evento aqui à frente da do programa que é muito desafiador e interessante eh muito eh prazeroso poder compartilhar essa mesa aqui com com Silvio e o Ricardo né são pesquisadores eh de alta qualidade
e está aqui nesse evento junto com três palestrantes de altíssimo nível o o professor Silvio já colocou um pouco sobre o programa mudanças climáticas né a sua missão a quantidade de recursos que tem investido Ah para tratar do problema das mudanças climáticas e aqui nós vamos eh tentar né Eh mostrar porque realmente precisamos eh de ações eh incisivas como essa para que a gente possa realmente dar um passo à frente né Nós estamos né num momento bastante crítico né e devemos então implementar ações eh de combate a essa crise climática na COP 29 né que
se passou eh recentemente essas ações ficaram muito a quem a das expectativas tanto na questão e do comprometimento dos países para a redução a de suas emissões quanto em relação ao financiamento global para as ações de mitigação eh e adaptação a a cop tem debatido a soluções pro mundo no final do século com cerca de 1,5º Acima da Média só que E no entanto o rrio da UNEP mostra que no final desse século nós poderemos atingir temperaturas globais cerca de 3º Acima da Média com a possibilidade dessas temperaturas chegarem a cerca de 4 4,5 Acima
da Média nas regiões ah tropicais e eh atualmente esse esse esse aumento da temperatura já é bastante perceptível e tem levado a oscilações climáticas de grandes amplitudes eh me parece que as mudanças climáticas estão chegando mais perto da sociedade eh infelizmente devido a eventos extremos e e desastres e que ocorrem por toda parte eh nós temos enchentes ocorrendo globalmente eh secas extremas que nos atingiu aqui nos anos de 23 eh 2024 com temperaturas extremas em cima da América do Sul Ah no mês de setembro de 2024 tivemos temperaturas acima de 2º a c então muito
a quem além do muito além A dessa temperatura de 1,5 que está sendo Ah debatida e com a essas secas temos também eh eh queimadas Ah se alastrando não só no Brasil na América do Sul como em países da Europa Estados Unidos e todos esses eventos causam prejuízos econômicos portanto a solução não é uma solução acadêmica não é uma solução política Mas é uma solução que deve envolver a a setores eh econômicos né Para que Ah realmente possamos ter uma sustentabilidade da economia Global nós temos um ano paraa cop-3 né teremos o Brasil na presidência
da cop-3 que será realizada eh em Belém e temos que buscar realmente essa integração entre setores da economia a da academia e a sociedade como um todo para demandar soluções eh efetivas que possam realmente transformar a os países e o planeta numa numa num num lugar Ah sustentável então Eh terminando eh o programa mudança de climáticas ele tenta e busca fomentar diversos projetos que atuam nessa área como foi colocado já foram investidos desde 2008 mais de R 250 milhões deais ah paraa realização desses projetos e bolsas treinamento de pessoas né E com isso Ah também
fomentamos debates como esse que nós estamos eh presentees eh hoje né para que possamos então avançar a na atuação e da sociedade como um todo para eh eh pensar debater e buscar soluções para mudança climática então para esse eh fomentar esse debate nós temos três palestrantes aqui que é um Digamos um time eh Brilhante de especialistas para debater o tema tanto da cop 29 quanto eh os caminhos para cop3 nós temos a professora pesquisadora Telma Krug que eh foi vice-presidente do painel intergovernamental sobre mudanças climáticas o ipcc pesquisadora eh do IMP continua atuando fortemente em
todas essas questões que climáticas internacionalmente o professor Paulo Artacho que é do Instituto de Física eh da USP também membro ah do ipcc e membro do programa mudanças climáticas da Fapesp tem Ah também eh participado de várias dessas discussões assim como a nossa eh última palestrante né que trará uma análise né de como o Brasil e o mundo T atuado nessas ah nessas discussões da da eh da redução de emissões e como nós podemos atingir essas metas que é a d Karen de Oliveira cop que é diretora de clima da wri Brasil e coordenadora da
subrede de políticas públicas da rede clima então com isso eu encerro a minha fala eu desejo a todos vocês uma uma excelente um excelente debate uma excelente reunião Muito obrigado [Aplausos] posso dar continuidade aqui acho que nós desfaz mesao vamos lá muito obrigado aí então para vamos dar continuidade então ao evento essa pequena abertura só para dar um um um eh Uma Breve introdução sobre o que ocorrerá hoje então Eh teremos os três palestrantes cada palestrante terá cerca de 15 minutos para fazer a sua exposição e posteriormente eh teremos eh o debate aberto com a
plateia aqui presente e com a também as pessoas que estão acompanhando o evento online para iniciar então a o evento a primeira palestra será da da da pesquisadora e Doutora Telma Krug né que fará uma exposição sobre a o histórico das Cops e da onde viemos para onde iremos e se conseguiremos Muito obrigado T obrigada obrigada a você eh Boa tarde a todos né Obrigada Ricardo Silvio Aragão Aí pela introdução né bom eu quando eh me falaram se vai ter uma apresentação eu falei que não e eu também nunca sei exatamente como é que minha
palestra começa e como é que ela mina mas o Paulo já falou que daqu ele ia me avisar com um minuto mas eu pedi que me falasse com 3S minutos de antecedência para eu parar de falar é difícil né porque eh são muitos anos eu na verdade eh tive a a honra de poder representar o Brasil nas negociações é da conferência da da da da da un tric né da da conferência da das partes da convenção do clima por aproximadamente 13 anos né foi desde a cop 4 é um pouco menos do que isso até
2015 eh quando daí entrei como vice-presidente né fui Eleita vice-presidente do painel intergovernamental sobre mudança do clima e daí era uma restrição de que quem falasse de ciência não deveria estar falando de política né Ou seja é uma visão meia curta mas eh de uma certa forma eh era entendido com um pouco de eh assim de poder hav uma certa interferência né ou alguma visão específica Então na verdade tem essa diferença grande entre o ipcc que na verdade a partir do seu primeiro relatório eh que foi produzido em 1990 por solicitação eh das da da
assembleia das Nações Unidas né quando ipcc Foi estabelecido em 1988 eh fez a primeira solicitação de que o PCC fizesse um relatório sobre o estado da arte né da mudança do clima em todos os seus aspectos né naquela época vocês podem imaginar um relatório pequenininho curtinho né comparado com os de hoje que tem 10.000 páginas eu ainda acho que as 10.000 páginas são legais como ciência porque eu na verdade consulto esses relatórios todos os dias mas eu não sei se eles estão sendo apropriados para formuladores de políticas e tomadores de decisão numa época de emergência
como nós estamos então eu gostaria que o ipcc e falava isso muito claramente né que o Brasil me colocou eh como candidata paraa presidência eu falava muito claramente que eu achava que tinha que ter reports mais periódicos né sobre a situação do clima mas enfim então Eh houve a solicitação da assembleia das Nações Unidas de que no primeiro relatório científico do ipcc já se desce alguns elementos que pudessem ser utilizados na formação de um fórum Global eh O que aconteceu durante a Rio 92 né embasado pela o conhecimento científico do primeiro relatório do ipcc e
daí fortaleceu a ideia da forma do estabelecimento eh da convenção do clima que depois só entrou em vigor em 1994 a primeira reunião foi em 1995 eh e a partir de então salvo né durante a covid que n o o covid que nós tivemos então todos os anos essas reuniões eh da conferência das partes e de uma forma eh excepcional durante a cop 6 nós tivemos a 6 E5 eh por conta de um de uma de uma falha ou seja não se conseguiu chegar a nenhum tipo de consenso e principalmente causado por conta da de
como é que os sumidouros né como é que as florestas seriam incorporadas dentro do âmbito da da contabilidade de redução de emissões então isso havia um problema grande entre a união europeia e os Estados Unidos e enfim mas logo que a primeira reunião aconteceu em 1995 já começou-se então principalmente os países desenvolvidos dado que dois princípios importantes da da da convenção do clima formaram a base pra discussão e da CP até hoje e por isso que eu tô um pouco revoltada né Paulo falou vou te dar ali um comprimido de de que que era Rivotril
porque nós conversamos antes estava muito eu falei ô Paulo eu tô com efeito bacu eu tô muito revoltada falou Tom Rot vou levar um para você né Eh não mas a a ideia realmente era eh de que por exemplo um grande princípio que embasou e não existiria a a conferência das partes ou a convenção do clima se não fosse pelo princípio das responsabilidades comuns porém diferenciadas né que deveriam ser tratadas dessa forma eh sempre né Ou seja a liderança dos países desenvolvidos na situação né do aquecimento como a gente o vê hoje eh e a
o compartilhamento das responsabilidades né e o outro era era o princípio da princípio da precaução né Eu adoro o princípio da precaução eu sempre falo né Principalmente a época bolsonarista né você não tem certeza usa o princípio da precaução a falta da do Pleno conhecimento científico não deveria de restringir que ações fossem tomadas no sentido de poder evitar o pior se ele virar ou não virar é uma questão que não vale a pena arriscar então esses dois princípios embasaram né a convenção toda depois já se começou então a discutir os países desenvolvidos na na redução
de suas metas de de emissões de gases de efeito estufa né Se vocês olharem não sei se vocês já tiveram a curiosidade de ver eh o o texto da convenção do clima ele é muito pequenininho ele éem é um folheto assim sabe ele é muito pequeno eh protocolo de Kyoto também é um Tex muito pequeno que que acontece né acontece que para você chegar em algum lugar você parte de alguma coisa bem geral e depois você acaba tendo que refinar esses elementos ao longo do tempo então isso é uma das grandes dificuldades que a gente
tem eh nas conferências das partes Então se a gente olhar por exemplo o iato que acontece entre você ter por exemplo um protocolo de Kyoto eh estabelecido né na na na COP 3 eh e depois só entrou em vigor quase 8 anos depois é incrível né ou seja por isso que todo mundo é porque tinham regras né para você operacionalizar para você teria que ter a ratificação de no mínimo 55 países com 55% de das emissões globais né né No mínimo Então essas coisas levaram muito tempo para acontecer né Eh mas isso não não não
quis dizer que já não existisse né o livreto né do protocolo de Kyoto muito vago né muito vago em alguns aspectos e que levaram ali a grandes e enormes discussões então eu vejo assim alguns Marcos né não vale a pena eu falar de que era cop 7 8 9 10 nós estamos na 29 seria tedioso eu falar para você isso mas eu eu queria salientar assim os grandes Marcos e as grandes dificuldades que eu particularmente vejo né então por exemplo eh o protocolo de Kyoto para mim foi um Marco eh mesmo com a saída né
dos Estados Unidos por uma uma questão também de não entender exatamente como é que entraria a questão dos sumidores né Eh quando eu falo de sumidores a gente tá falando mais de floresta mais de uso da terra que sempre foi uma área muito complexa uma das áreas mais complexas que nós tivemos nas negociações e que tava a a meu cargo vamos assim dizer enquanto representante do Brasil negociar e também presidir algumas sessões né que levaram a gente a entender por exemplo o mecanismo de desenvolvimento Limpo né do protocolo de Kyoto que foi a a única
maneira que se teve de se engajar os países em desenvolvimento que não tinham metas de redução de emissões o que era então uma coisa mandatória pros países desenvol ouvidos que eram partes do acordo né Eh do do protocolo de Kyoto eh de uma maneira geral Eu acho que o protocolo de koto ele eh Embora tenha sido muito criticado eu acho que deixou um legado assim interessante inclusive agora pro acordo de Paris Foi um aprendizado né um aprendizado de como é que você realmente contabiliza suas seduções de emissões onde é que você registra isso nos mecanismos
de fle ação mercado de carbono como é que se iniciou tudo isso né então se a gente olhar a gente vai ver que houve grandes avanços embora entendidos como pífios por parte de alguns principalmente por questão da adicionalidade né os projetos deveriam ter adicionalidade ou seja o que você obteria de redução de emissões deveria ser adicional àquilo que já ocorreria né na ausência desses projetos né então houve muita crítica de que esses projetos não tinham adicionalidade mas ele foram uma Deixaram um enorme legado né Eh eh por si só e pro Brasil também e pros
países em desenvolvimento também que participaram de uma forma muito ativa na no no mecanismo de desenvolvimento Limpo ou seja com a emissão de certificados de redução de emissões eh que inclusive hoje são discutidos né debaixo do acordo de Paris e aqueles certificados que sobraram que os países não precisaram usar posso usar agora certo ou seja dentro do acordo de Paris essa é uma discussão o acordo o o acordo de Paris o protocolo de koto desculpem não morreu ele ainda continua tendo lá suas reuniões né E principalmente agora entendendo se vai ter continuidade alguns países acham
que deveria inclusive ter continuidade né Eh enquanto outros já acham que ele já deveria ter caducado mas o que não caducou foram esses certificados que estão aí ainda né sobrando no mercado e aí vamos pro acordo de Paris que para mim é o grande eh segundo passo em termos de se entender e havia muita restrição né Principalmente por parte de Estados Unidos principalmente né muita restrição de que o protocolo de de Kyoto era mandatório em termos de redução ou limitação de emissões Por parte dos países desenvolvidos que eram partes de Kyoto né que não era
justo não era justo porque você tinha aí um monte de países em desenvolvimento emitindo para caramba Nossa emitindo para caramba né e e deveriam ter algum tipo de compromisso então aí vem grandes discussões do protocolo de Kyoto que não começaram em 2015 quando ele na verdade acabou sendo acordado começaram em 2013 mais ou menos e aí eu vejo que o acordo de Paris acabou sendo interessante so o ponto de vista vista de ser um Marco no multilateralismo porque aí você tá envolvendo todos os países né Eh nesse grande acordo de Paris o que que não
ficou legal a meu ver não ficou legal porque você já não tinha meta de redução para ninguém ou seja nem para país desenvolvido nem para país em desenvolvimento ficou uma coisa mais ou menos no ar né ou seja estabelecendo então que a partir das contribuições nacionalmente determinadas que o Paulo deverá est falando né já que o Brasil na COP 29 eh lançou a sua segunda contribuição nacionalmente determinada eh com metas de redução de emissões para 2035 né e mas de qualquer forma é por não ter alguma coisa mandatória com um limite eh quantitativo pelo menos
pros país países desenvolvidos que eu acho que deveria ter continuado é fica difícil né Porque hoje o que que a gente sabe a gente sabe através de um mecanismo do acordo de Paris que é o Global stock take né Ou seja é o balanço Global do que que tá acontecendo a gente sabe que a gente não tá numa trilha de tá numa numa trajetória de limitar o aquecimento a 1.5 GC né que seria na verdade para as pequenas Ilhas um grande problema já a questão dos 2 graus do 1 gra e meio ela não era
nova principalmente os 2 graus já vinha de muito tempo atrás O problema é que 2 graus para as pequenas Ilhas já era uma coisa assim eh impensável e foi aí que então você tem essa discussão que leva né Eh alguns anos para se consolidar E aí o relatório do ipcc que foi solicitado pela convenção foi feito um convite ao ipcc que fizesse um relatório especial sobre aquecimento global de 1.5 GC eh tratando eh dos impactos né de 1.5 relativo a 2 GC né que alguns achavam que não meio grau não pode fazer esse tanto de
diferença e o outro é como é que se chega lá ou seja Quais são as possíveis trajetórias de emissões de gases de efeito estufa que ao final desse século nos levaria a limitar o aquecimento a 1.5 então Eh eu vejo que eh sabemos que não estamos nessa trajetória e e as coisas ficam um pouco solas ou seja Vamos aumentar as ambições eh mas não existe nada que diga que essas emissões mais ambiciosas devem ser mais ambiciosas por parte dos países desenvolvidos do que por parte de muitos países em desenvolvimento que tiveram uma contribuição pífia pífia
para isso diga-se de passagem Mesmo durante o o protocolo de koto o Brasil fez e durou 10 anos né na agenda da convenção as coisas na na na convenção elas duram muito tempo e não deixa eu esquecer de falar por que dura esse tudo de de tempo o Brasil fez uma proposta interessante da distribuição da responsabilidade pelo próprio princípio da responsabilidade comum porém diferenciada Então vamos lá vamos fazer essa diferenciação Quem deve pagar e quanto em termos de ações né E aí eh baseada no aumento da temperatura média Global então o Brasil fez uma uma
uma contribuição assim interessantíssima é na época do Dr gilan Meira Filho né um físico também eh e por conta das múltiplas integrais que ele colocou na contribuição dele acabou sendo então levado para ser tratado dentro de instituições científicas e não dentro da convenção era muito avançado para ser tratado dentro da convenção então nunca se conseguiu fazer uma repartição da responsabilidade histórica como a a gente diz né então ficou meio assim perrengue queria só então deixar assim né Eh nós somos na convenção 196 países membros as decisões debaixo das Nações Unidas São por consenso como é
que a gente pode fazer as coisas andarem muito rápido né E como é que a gente pode ter uma linguagem que seja não criptografada como eu digo eh e acontece isso por conta de você querer chegar a uma decisão querer chegar a um consenso então durante algum tempo alguns países discutiam sabe vale a pena a gente tá tratando da questão do clima dentro de um ambiente multilateral debaixo das Nações Unidas quer dizer sim e não né quer dizer o não acho que tá claro porque o não é é é tomada de decisão né tem ter
a contribuição de todo mundo ou seja algumas coisas que você poderia deir decidir fora de um contexto multilateral né como das Nações Unidas poderia estar trazendo algumas consequências pros países em desenvolvimento que não seriam desejáveis né por outro lado A ou seja o preço é isso né ou seja Red mais que foi a introdução de florestas né e já vou acabar me de só mais dois minutos Paulo as florestas Entraram na agenda da convenção e 2005 a última regra Saiu em 2015 10 anos para regulamentar a questão de florestas né E era pagamento por resultados
de redução de emissões por desmatamento por degradação Florestal conservação de florestas manejo sustentável de florestas enriquecimento dos sumidouros né 10 anos e era pros países desenvolvidos pagarem né pela pelo esforço de redução de emissões isso aí nunca veio entrou no mercado de carbono como tá agora ou seja aí como é que você regula o mercado de carbono o acordo de Paris Ele entrou com uma um artigo 6 né e isso já lá em 2015 só agora em charmel Sheik que não não só agora agora na COP 29 é que a gente acabou regulamentando o o
6. quatro são três e artigos não artigo seis de mercados né dois de mercados e um não mercado eh e acabou sendo regulado agora ou seja desde 2015 até 2024 Ou seja é tudo muito lento e enquanto não se tem essa regulamentação aí os mercados Voluntários de carbono vão fazendo o que querem como querem e essa regulamentação Então deveria ter que ser muito mais rápida do que é então eu queria só deixar essa mensagem né Paulo eh você vai falar acho que a gente avança o que que eu acho que não avançou Paulo olha os
100 bilhões de dólares foram colocados em 2010 para valer a partir de 2020 anualmente né não aconteceu aconteceu a contas o ipcc ele já dic que precisamos de trilhões não era 1 trilhão 300 bilhões eram trilhões anuais para você conseguir chegar no limite do 1.5 Então os 300 bilhões e por isso só para finalizar a minha indignação né Eh de que a gente não conseguiu chegar lá acho que não chega por dois Motivos particulares mas essa é minha visão pessoal uma o potencial saída dos Estados Unidos que é o segundo maior emissor hoje e que
vai continuar fazendo as suas reduções de emissões mas fora né separado e vai continuar emitindo bastante também e a questão da China ser como um país em desenvolvimento n e que na verdade é o nosso primeiro emissor com quase 30% das emissões eh totais globais né E aí a China diga-se de passagem faz muito eu sempre falo isso para terminar com uma frase bem disada a China faz e não diz muito o Brasil fala que vai fazer muito e daí não sei se consegue é só eh eu acho que eu sempre falo faz fala menos
e faz mais porque daí se não fizer vai ficar meio ma né então eu queria terminar com essa nota Paulo apesar do da ndc brasileira agora que eu critiquei muito as anteriores né hoje vejo com bastante assim é assim com uma maior satisfação eh uma ndc um pouco melhor consolidada um pouco mais progressiva sabe criativa Enfim acho que nós estamos numa uma trajetória para cop 30 que é otimista sobre o ponto de vista do que o Brasil está fazendo e não tão otimista com relação ao que os países em desenvolvimento T feito paro por aqui
e depois a gente faz uma rodada de perguntas aí eu parece um milei né oh louco Parece um milei aqui canetinha néma muito obrigado eu acho que os seus pontos eh vão levar um debate bem interessante aí o princípio da responsabilidade A financiamento e vamos dar sequência aqui né pra gente manter tentar manter o horário mais ou menos eh convidar o professor Paulo Artacho que vai a falar um pouco sobre o estado do clima atual e a falar um pouco sobre a ndc o Brasil foi um dos primeiros né a a submeter a sua as
suas contribuições nacionalmente determinadas então o Paulo também vai trazer um pouco dessa informação Paulo Muito obrigado bom Vamos lá gente então bem objetivamente Vamos colocar alguns números nas questões que a tma levantou né E também dar um gancho paraas pra discussão que a Karen vai fazer e do wri Bom basicamente eh Esse é o último ah levantamento feito de emissões de gás de efeito estufa no planeta foi publicado alguns dias antes da da da cop 29 nós estamos emitindo 57.1 gigatoneladas eh de CO2 eh a cada ano pra atmosfera né E vocês vem que apesar
de acordo de Paris da conferência de Estocolmo ter ocorrido há 50 anos atrás as concentrações continuam a subir né Eh a expectativa de que eh se que digamos assim estabilize essas emissões daqui a 4 ou 5 anos mas isso ainda tá para ver a maior parte das emissões é CO2 que é essa parte preta metano óxido nitroso e aqui é CO2 associado com o desmatamento então vocês veem que não adianta o que Qualquer coisa que a gente faça aqui na parte de desmatamentos se não mexer na maior parte da componente dos combustíveis fósseis o resto
é totalmente e inútil bom E aí a UNEP soltou esse relatório chama the Global GAP Report e aqui ela ela tá detalhando aonde é que tão a esse 57.1 ah deixa eu ver não tá funcionando Ops Ah tá aqui esse 57.1 GB tel de C2 você vê que o setor de energia domina completamente o total das emissões e esse é uma das razões pela dificuldade gigantesca que a gente tem de fazer um acordo toda a economia do planeta roda atrás de energia e obviamente vocês vem quem é o maior responsável né pela energia dentro da
energia você tem basicamente energia geração de eletricidade você tem indústria Você tem o setor de transporte edificações e a própria produção de combustíveis então Isso corresponde com a maior parcela aí a gente tem os processos industriais e aí a gente tem o último setor que geralmente é chamado de agricultura ah florestas e outras mudanças de uso do solo dos quais 11% estão Associados com a agricultura e 7% Associados com mudança de uso do solo Então veja que isso daqui já é muito muito bem conhecido bem estruturado a métricas para fazer isso etc e tal essa
outra tabela aqui desse relatório mostra as emissões totais as emissões históricas particularmente dos seis maiores emissores de gás de efeito estuf e vocês vão perceber que o Brasil é um deles essa história de que a responsabilidade dos países desenvolvidos tal eh na verdade não funciona bem assim tá então aqui a gente tem eh o total das emissões de gás de efeito estufa nesse caso em 2023 quanto essas concentrações estão aumentando ou caindo Então veja a China aumentou 5% as suas emissões em somente um ano né ah os Estados Unidos Aumentou a Aliás decresceu 1% a
Índia Aumentou 6% a União Europeia reduziu a Rússia Aumentou e o Brasil ficou mais ou menos no mesmo entre 2022 e 2023 e do ponto de vista de emissões per capita quer dizer esses países são todos alta de alta emissão per cápita e também de emissão histórica então basicamente o Brasil é o sexto país e de maior emissões históricas que a gente tem e aqui nesse gráfico ele mostra aonde nós estamos aqui do ponto de vista de emissões né e aqui são vários cenários que a UNEP fez basicamente para tentar saber quanto é o emission
GAP como a gente chama né entre o que tá acontecendo hoje e quanto que seria desejável bom e aqui são duas contas diferentes Issa também é interessante aqui são as ndcs que a gente chama Eh uncommitted Ou seja eu vou reduzir a minha emissão Independente de se alguém eh financia isso ou não e tem as as as emissões condicionais que se alguém pagar eu reduzo mais a minha emissão bom vocês vão ver que os emission Gap para 2035 são da ordem vai de 25 a 30 GB tel de CO2 equivalente são valores extremamente elevados o
GAP é absolutamente eh gigantesco para dizer o mínimo né No ano passado a UNEP também lançou esse relatório que chamava a emergência climática requer uma rápida transformação das sociedades não se não se trata mais de reduzir emissões de gás de efeito estufa mas de transformar as nossas sociedades como um todo e você vê que o Brasil Desde o ano passado já é listado entre um dos maiores emissores absolutos e um dos maiores ah emissores per capita e do ponto de vista de emissões históricas o perfil das emissões do Brasil eh é dominado obviamente pela mudança
de uso da Terra e da floresta 48 a 52% né emissões da Agricultura no setor energético nós temos emissões relativamente pequenas né E aí nós temos emissões menores e aqui tá a o desmatamento da Amazônia que é o maior responsável pelas nossas emissões onde o Brasil tá tendo sucesso lento mas tá tendo sucesso na redução da taxa de desmatamento ano a ano que caiu 45% nos últimos 2 anos eh Tá longe ainda da Meta Mas a gente não pode dizer que não estamos fazendo a Nossa lição de casa bom do ponto de vista de clima
Global o berkley e group também soltou um relatório recente né onde ele mostra que basicamente a previsão é que para 2024 a temperatura média do planeta vai ser 1.54 G acima da da Média antes da Revolução Industrial ou seja basicamente a meta do protocolo de Paris pode Ira ser ultrapassada neste ano mas mais importante que isso é o aumento da temperatura média ao longo das áreas continentais tá E esta temperatura média das áreas continentais em 2004 e 2024 vai ultrapassar 2.4 GC ou seja mesmo o limite de Paris de 2º nas áreas continentais onde a
nossa sociedade tá estruturada vai eh ser ultrapassado e basicamente existe vários eu vou mostrar vários projeções diferentes de como vai ser o aumento da temperatura porque isso vai depender do cenário de emissões né ao longo dos próximos eh 60 80 anos mas basicamente ah essa publicação do berkley Earth diz que a gente tá indo para um aumento médio da temperatura desculpe nesse caso é no Brasil tá de 4.3 e GC bom isso não é novidade né trabalhos do Marengo da Assunção já mostram isso claramente com anomalias de temperatura da ordem de 2° 2.3 G queda
na precipitação no Brasil Central no nordeste no Vale do São Francisco muito pronunciadas mostrando que o clima do Brasil já está mudando muito rápido amente e também a questão das anomalias né como as ondas de calor na década de 90 década de 2000 e década e essa última década com um aumento muito significativo em praticamente todo o território nacional então a face mais visível das mudanças climáticas tem sido na verdade os eventos climáticos extremos bom e quanto ao futuro bom o ipcc faz as projeções de temperatura futura e basicamente indo na trajetória atual dá um
aumento de 4.3 G num cenário onde o protocolo de o acordo de Paris seja implementado como tá sendo implementado agora ou seja mais ou menos dá um aumento de 3.7 e a implementação rigorosa do acordo de Paris dá um aumento da ordem de 2.8 g ou seja eh limitar a 1.5 G eh Basicamente já se tornou uma tarefa impossível mais importante que isso é a distribuição geográfica desse aquecimento por uma série de razões tá mas uma delas é que um planeta 3° mais quente no Brasil eh Esse aumento da temperatura pode ser alguma coisa da
ordem de 4° a 4,5 você vê que não é muito fora do que as outras projeções que são feitas de maneira independente isso vai ter um impacto enorme no Brasil em particular ah nos recursos hídricos porque um dos impactos maiores do aquecimento global na verdade vai ser na mudança da disponibilidade de água tá E deste ponto de vista vocês percebem que a Amazônia e o Brasil Central vão perder quantidades muito significativas de água assim como a o sul da África e a Europa mediterrânea então basicamente essa redistribuição dos recursos hídricos vão ter implicações muito importantes
do ponto de vista do clima global e no futuro o ipcc prevê um aumento da ordem de 39 vezes na frequência dos eventos climáticos extremos e um aumento de cinco vezes na sua intensidade em um planeta 4 mais quente Então isso é o que nos espera eu já vou pulando alguns slides mas eu vou salientar algumas coisas importantes o que a gente tá falando de futuro na verdade já é muito do nosso presente o map biomas água soltou um relatório há algumas semanas atrás muito importante que mostra que basicamente a 76% dos Municípios do serrado
já perderam superfície de água nos últimos 30 anos e uma fração grande teve perdas de 50 a 75% dos seus recursos hídricos no serrado eh brasileiro bom e o relatório da UNEP da emission GAP eh prevê que com as e eh políticas atuais o aquecimento médio Global pode atrir 3.1 G mas ele mostra que se você a apertar a as as expectativas de net zero você pode chegar ainda em limitar o aquecimento em 2º C né mas a probabilidade de exceder um determinado limite especificado de temperatura basicamente 1.5 G Ah só realmente com ações absolutamente
impensáveis vez hoje E na verdade a gente vê que um limite de 3º já chega numa probabilidade eh muito muito significativa né e é possível mitigar essas emissões e esta mitigação pode se dar no setor energético na mudança de uso do solo na indústria no transporte e é possível com as tecnologias hoje eh reduzir as emissões em 41 1 gig toneladas de CO2 com um preço da ordem de 200 por tonelada de CO2 equivalente né o grande problema de fazer isso é a questão do financiamento recursos financeiros para isso né E vocês vem que eh
né como a Telma colocou foi colocada a a necessidade de 1.3 trilhões de dólares O que foi aprovado foram 300 Bilhões de Dólares e um relatório do FMI soltado na COP mostra que o valor dos subsídios aos combustíveis fósseis é 7.3 trilhões por ano neste ano inclusive subsídios no Brasil né então eu acho que é importante perceber que tem dinheiro esse dinheiro existe né é questão de aonde você põe bom para terminar eh a segunda ndc basicamente tem que responder duas questões primeira eh qual teto das emissões brasileiras em 2035 para contribuir de uma forma
Justa e uma trajetória compatível com 1.5 Então veja o que que vem a ser uma forma justa de equiparação de emissões entre os 196 países signatários da convenção climática é uma pergunta importante e a outra pergunta é como é que a gente chega lá né como a economia brasileira deve se transformar até 2035 para atender a este teto justo de emissões bom o Observatório do clima fez simulações né destas questões e chegou na conclusão de que não é possível a gente atingir net zero em 2035 mas é possível você chegar muito próximo se você investir
significativamente em sequestro de carbono através de programas de reflorestamento e de captura de carbono bono no solo né a grande pergunta é isso é factível ou não temos ciência para isso temos mecanismos financeiros temos desejo político para implementar isso ou não essa é a grande questão bom e qual é a segunda ndc do Brasil no âmbito do acordo de Paris né uma uma ndc tem que ser eh desenhada com critérios para ter as metas né então o Brasil tem a a meta de eliminação do desmatamento em todos os biomas não a zero mas a valores
muito menores do que a gente tem hoje né a gente tem uma quantidade enorme de áreas degradadas que poderiam ser recuperadas e a gente tem que combater a questão da degradação Florestal em todos os biomas com a atenção aos efeitos das queimadas como vocês viram em 2023 2024 além das metas você tem que ter os meios de implementação né então basicamente você tem que ter processos de planejamento voltados pro desenvolvimento do país levando em conta essas reduções na emissões de gás de efeito estufa E você tem que ter mecanismos de financiamento né paraa implementação de
soluções de adaptação climática e também mitigação de Emissão em todos os ecossistemas e como a economia brasileira é muito dependente do agronegócio ter instrumentos para implementar agropecuária sustentável O que é que seja isso né É fundamental bom então a ndc do Brasil é essa basicamente o Brasil se compromete a reduzir as emissões de gás de efeito estufa entre 59 por e 67% em 2 35 em relação aos níveis de 2005 né Eh isso significa reduzir as emissões brasileiras entre 850 milhões de toneladas de CO2 equivalente por ano a até 1 bilhão de toneladas e basicamente
no texto da ndc que eu fui atrás ela coloca que essa nova meta tá alinhada com os objetivos do do acordo de Paris de limitar o aquecimento médio a 1.5 aí é que começa os grandes problemas né o Brasil pode reduzir muito os Estados Unidos China Alemanha e Índia continuar aumentando que o efeito vai ser exatamente o mesmo então a questão da governança global é chave para esta questão né para que a gente tivesse a chance de manter o aquecimento sobre o teto de 1.5 na verdade a gente teria que reduzir 60% das emissões né
E com isso significaria que a gente que o teto das emissões brasileiras teria que ser 680 milhões de toneladas de CO2 que é significativamente menor do que a meta brasileira né E também Outro ponto importante da nossa ndc é que não é explicitada eh se a gente mantém o compromisso de zerar o desmatamento né Ah até 2030 e também a gente não Explicita como vai se dar a transição energética isso deixou para ser definido depois de definir os números e na verdade também olhar paraas rdcs dos demais países porque isso obviamente tem que se fazer
parte de eh um acordo global e a gente tem que ainda definir como vai ser a contribuição de cada setor da da economia para atingimento destas metas que tá colocando aqui isso ainda não foi publicado pelo governo tá joia bom então essencialmente gente acho que a questão é fundamental a gente evitar um colapso do sistema climático global e pela nossa localização tropical e a nossa Área Continental nós vamos ser um dos países mais afetados negativamente pelas mudanças climáticas e como até o colocou a questão da cop3 é chave pra gente né a cop 30 pode
ser um ponto de virada na pro Brasil neste cenário internacional de negociações trabalhando pela mudança de um sistema de governança global que precisa ser reformado para que a gente tenha alguma chance eh de sucesso em limitar pelo menos a 2 graus o aumento da temperatura ao longo desse século então obrigado gente depois a gente pode discutir esses números Paulo Muito obrigado eh eu acho que os pontos colocados aí vão vão permitir o debate eh bem abrangente principalmente sabendo né que já Eh estamos num planeta muito mais quente eu acho que ações só de mitigação não
serão eh capazes de manter a a sustentabilidade econômica e social desses países e ações de adaptação eh serão eh requeridas né para que os países funcionem eh de forma adequada então Eh para dar continuidade aqui eu vou chamar a Karen para para fazer a sua palestra a Karen vai acho que ela vai botar tudo que foi falado agora num pacote vai nos dar a direção até a cop3 e como nós devemos nos posicionar globalmente ah nessa questão e climática Karin Muito obrigado aí eu sei que ser Foi difícil chegar mas deu tudo certo obrigado obrigada
boa tarde chegar em São Paulo é uma aventura é quase igual o multilateralismo climático assim é voo que cancela é carro que para no meio do caminho mas enfim cheguei um prazer est aqui uma satisfação eh eu sou servidora pública federal eh Trabalhei na política de clima desde o nascimento dela no governo federal em 2009 Até recentemente quando tava na casa civil e decidi então sair de licença e assumir essa posição no Instituto de Pesquisa privado que é o wri não sei o quanto vocês conhecem eh e estruturando uma agenda de pesquisa para a mudança
do clima no campo do wri Mas tive a felicidade inclusive de trabalhar com a Telma por um momento fomos diretoras eh no MMA até uma frente da área de florestas e eu na formulação do Plano Nacional de adaptação e foi um momento incrível mas eu queria comentar com vocês assim tantos dados foram aqui colocados né da importância e da criticidade do momento e por outro lado esse paradoxo que é a morosidade do multilateralismo e aqui a gente começa a Navegar um um pouco no campo das relações internacionais da ciência política e da economia né e
eu queria trazer para vocês uma caracterização do que que é o nosso contexto eh O que que é o multilateralismo hoje então quando a gente olha pro cenário Global eh e tenta entender e relativizar aos resultados da Cópia ou a rapidez do avanço dessas decisões na verdade a gente tem que ver que a gente tá no mundo cindido por guerras por um mundo pós-covid com economias e sistemas públicos desestruturados né hoje as economias do setor público desses grandes países que regem a ordem econômica global é marcada por pressão inflacionária por alta de juros e por
uma concentração em Sistemas de comércio que quebrou Praticamente em áreas de produtos mais agregados como industrializados e se concentrou muito na área de commodities né A Agro exportação como o Brasil é tem na suu principal portfólio de exportação então a gente no mundo basicamente eh dividido por guerras com escassez de recursos naturais e economias em crises crises fiscais Tem um limite negociador muito pequeno e na verdade todo esse espaço ou o fôlego Extra que é requerido aos países para adicionar um esforço climático é realmente bastante desafiador nacionalmente para cada um desses mesmo reconhecendo como a
Telma muito bem colocou as responsabilidades históricas que esses países tiveram ao longo dos períodos né do século X da revolução industrial na emissão e no cenário que nós temos hoje bom e foi nesse cenário de multilateralismo fragmentado em guerras que a gente conseguiu chegar a um acordo depois de 10 anos do acordo de Paris vejam Paris ano que vem celebra seu 10º ano qual tem sido o resultado de de fato tem algum caminho a ser celebrado olha se a gente pensa no início do acordo de Paris a gente não tinha países e compromisso de neutralidade
climática Hoje os pa principais países emissores TM depósito de ndcs com compromisso de neutralidade até 2050 ou até 2060 é suficiente não mas é o avanço do tempo do multilateralismo né Eh E se a gente par para pensar fazer o o paralelo aqui no Brasil Quem se lembra quantos anos levou a aprovação do Código Florestal foram 10 anos ou 12 anos o código florestal nesse país né e de uma legislação que de 2012 para cá tem sido um tanto dilapidada digamos assim né então o processo legislativo nacional ou global é lento e é em geral
um passo à frente dois passos atrás e olha que isso é uma grande teoria científica por trás que comprova essa lentidão eh Então eu queria trazer para vocês que além desses fatores do multilateralismo as relações bilaterais por exemplo Estados Unidos e china hoje tem um poder de influência muito grande também então vamos lá esse é o nosso contexto quando a gente chega finalmente em 2024 cop 29 para ter um grande resultado 15 anos depois da primeira meta de financiamento Global vocês sabem que a meta dos 300 bi Na verdade é um processo de um plano
de trabalho que durou 3 anos no âmbito da cop né no qual os negociadores vêm se encontrando e discutindo e os relatórios apontavam dentro dessas essas reuniões de high level um intervalo potencial entre 300 bi a 1.3 trilhões muito aquem da demanda do g77 mais China que é a coalizão de países que se une no âmbito da unfccc para negociar esses valores em bloco bem não surpreendentemente a proposta dos países desenvolvidos às vésperas do fim da Cop 29 foi o piso do valor que vinha sendo discutido ao longo dos 3 anos ou seja eles seguraram
realmente até o os últimos dias do encontro desse plano de trabalho para pôr uma meta que fosse o piso e também era isso ou era nada e considerando de novo quando você tá numa arena multilateral e comparada a convenção de clima a outras Convenções a necessidade desse acordo e desse resultado ela era necessária como vocês sabem vários países não aceitaram índia foi bastante enfática nessa crítica meta dos 300 B mas foi um resultado que é visto como uma oportunidade de ao longo dos próximos anos haver uma construção de uma meta maior ou mais robusta que
é o que se chama o Road to 1.3 trillion que é uma das estratégias que a presidência brasileira vai ter que dar conta na COP 30 e aí com essa discussão sobre a meta de financiamento eu queria trazer a visão o que que é a presidente ência brasileira na cop3 e o que que a gente pode esperar e voltar com vocês nesses nessas grandes análises históricas Esse ano vocês sabem que a gente celebra 15 anos da política nacional de mudança do clima eu tava lá em 2009 estamos aqui celebrando essa essa debutante que trouxe sim
alguns resultados se vocês se lembram em 2009 a nossa meta de redução que tá lá na lei era o intervalo de 36 a 38,9 por em 2020 em relação às emissões de 2005 bem chegamos lá em 2020 chegamos a gente tinha que ter emitido até o teto de 2 GB Tonelada e segundo o nosso sistema oficial do mcti o sirene de emissões em 2020 a gente bateu 1.7 arredondando na verdade foi 1,68 GB então a gente alcançou a meta primeira meta Brasil 2020 segunda meta 2025 nossa primeira ndc traz o número em 2025 a gente
tem que bater 1.3 GB 2030 1.2 Gb em 2035 é o intervalo que o Paulo apresentou 08 a 1 GB essa é a nossa escadinha descendente bom vamos chegar lá em 2025 presidindo a cop batendo a meta da primeira ndc Provavelmente sim a gente teve um ano de redução de desmatamento na Amazônia recorde no serrado significativo e hoje no perfil de do Brasil é isso que mais impacta conta mas eu queria falar uma coisa para vocês da segunda pergunta do Paulo o que que é o Brasil em termos de emissão em 2035 hoje o Brasil
emite por mudança de uso da Terra e uso da Terra agricultura e desmatamento mas o Brasil a partir de 2030 de novo na conta se tudo der certo se controlarmos o o o desmatamento e promovermos a restauração que nas metas oficiais é de 12 milhões de hectares até 2030 Esse é o dado do plano VG a gente sim vai ter um país que não vai mais emitir por mudança de uso da Terra e sabe qual vai ser a nossa principal fonte de emissão consumo energético ou seja o Brasil pós 2030 se tudo der certo com
as políticas ambientais e florestais vai ser um país que vai se tornar a semelhança dos restos né do resto dos países do mundo um país que que emite por consumo energético consumo industrial de energia Transportes e mobilidade urbana alguém nesse país seja no governo federal nos governos estaduais ou nas né nas agências de pesquisa começou a preparar o Brasil para um perfil de emissões pós 2030 que é um Brasil que emite não por uso da terra mas por consumo energético que estratégia que tá colocada que estratégia que tá dada bom isso tudo tá pairando aí
o ar da presidência da cop3 é claro que tem uma coalizão forte para que a cop3 seja uma cop que trate de florestas mas o governo federal também tem sido muito claro em dizer que é uma cop na Amazônia não é uma cop sobre a Amazônia então a agenda Negociadora ela tem um pacotinho muito fechado multilateral não necessariamente que aborda a questão da dimensão amazônica ou Florestal Então essa agenda Florestal ela vai ter que estar encaixada mais numa dimensão de action agenda ou da agenda de da unfccc e não da agenda de negociação é importante
a gente diferenciar o que que vem em cada uma delas né Eh e eu queria destacar alguns outros resultados que foram bem relevantes pro Brasil eh de cop 29 e que podem se emputar o que que vai ser a cop 30 adaptação a gente tem em andamento um plano eh de trabalho dos países para tratar da Meta global de adaptação que traz um conjunto de 11 indicadores quer dizer um conjunto de 11 metas setoriais que já foram deliberadas para qual os países têm que até a cop3 a nossa cop definir o conjunto de indicadores e
métricas para essas 11 esses 11 setores Então vai tá na mão da presidência brasileira concluir o plano de trabalho de adaptação hoje o número dos indicadores que tá em formulação pelo plano de trabalho do grupo dos países tá entre 5.000 e 10.000 indicadores ou seja todas as partes vão lá depositam somam né e agora então o que que tem que se fazer ao longo de um ano para ter sucesso na COP 30 em adaptação reduzir essa quantidade de indicadores ali dos milhares para o limite de até 100 indicadores Essa foi a definição da cop 29
e vai ser um trabalho intenso de especialistas o ipcc inclusive foi chamado para aportar Mas é uma relação aí de dimensão técnica política que tem que ser acordada boa parte desses indicadores vai ter uma divisão em um grupo indicadores globais de adaptação e outro um conjunto de indicadores que se referem aos contextos nacionais específicos que podem ou não ser usados Então queria chamar a atenção de vocês pra cop3 realmente seguirem a agenda de adaptação tem uma agenda que é relacionada e importante quer dizer o Brasil também tava há mais de 10 anos esperando a aprovação
do seu mercado de carbono que finalmente aconteceu agora né Há poucas semanas e a gente vai ter uma agenda de preparação paraa implementação do mercado de carbono nos próximos 5 anos esse é o tempo da regulação infralegal pro mercado bom ao mesmo tempo a gente teve no acordo de Paris a regulamentação como matelma trouxe do artigo 6 que traz os elementos da parte voluntária de transação ou entre eh empresas que é a parte mercadológica ou entre as partes entre os países e então a gente vai ter um mundo multilateralismo olhando pros mecanismos de mercado no
Brasil para dimensões de mercado regulado qual vai ser o Cap sobre Setor Industrial E aí vocês têm que lembrar e associar os pontos a gente vai ter o mercado de carbono pronto lá em 2030 quando a gente vai deixar de emitir por florestas lembra que a gente vai est emitindo por consumo energético então o Cap que é o limite que vai gerar as permissões de transação no mercado de carbono é absolutamente essencial no Brasil pós 2030 para promover essa transição Esse é uma nova forma de fazer política o Qual o Brasil ainda não internalizou e
ainda não desenvolveu suas capacidades e a gente tem o mundo pós 2030 pós cop3 né Eh a gente tem logo depois da cop3 o Brasil ainda é parte da troika vocês sabem que o Brasil tem um período de influência que ultrapassa a sua presidência vai até a cop 31 Provavelmente na Austrália ou Turquia eh e o Brasil vai est ali com as copr presidências avançando e esperando os bons resultados da cop3 pressa influência na na troika COP 25 desculpa cop 30 em 2025 as ndcs dos países serão apresentada é o que é chamado ndc 3.0
a gente vai est na terceira leva das ndcs de todos os países o resultado da meta de de financiamento de 300 Bi foi um Péssimo sinal paraa ambição por outro lado o Brasil foi o primeiro país protagonista a apresentar bom primeiro Emirados Árabes Mas eles têm um perfil de emissão quase que ir relevante então o Brasil foi o primeiro país relevante a apresentar relevante em termo de emissão apresentar sua ndc uma ndc razoável que chama por ambição e vai trazer esse tom chamando ambição e até Fevereiro Março todos os outros países terão que apresentar seu
ndc E aí a gente vai poder reavaliar né Paulo se a gente tá mesmo na meta da neutralidade em 2050 eh cientificamente nos relatórios pede-se a ADE em 2035 o PCC traz esses alertas Mas isso é praticamente impossível né na conta da Ciência Política das relações internacionais no máximo 2050 e olhe lá então essas ndcs é um acho que isso é um ponto de atenção para todos que estão aqui quer dizer muitos estudos comparativos sobre esse teor de ambição e o quanto o mundo tá de fato consistente com uma trajetória de neutralidade climática em 2050
e um Outro fator que a gente vai ter que vai ser muito rico em informação que são os relatórios de atualização Bienal os btrs byal transparency reports pela primeira vez o Brasil vai apresentar o seu e todos os outros países e a gente vai ter um nível de granularidade importante informação sobre o que tá sendo feito no mundo para atingir a neutralidade em 2050 ou a ndc em 2035 então é um ano muito importante tudo isso vai cair na mão da presidência brasileira que vai ter que ser muito hábil em entender a necessidade de aumentar
e regular essa pressão e trazer bons resultados e por último queria trazer um ponto para vocês de reflexão sobre que que é o legado da presidência brasileira na COP Dream vocês sabem que o Brasil presidiu esse ano o G20 e o Brasil foi o terceiro país em desenvolvimento a presidir os G20 ano que vem agora a gente tem a África do Sul e depois desse ciclo em países em desenvolvimento presidindo o G20 vem um ciclo aí grande de desenvolvidos vocês sabem que o G20 depois da África do Sul Vai para os Estados Unidos o que
que foi o legado do Brasil no G20 e eu já vou conectar esses pontos para vocês foi uma agenda bastante avançada de trazer o que se chama de People centered approach Ou seja chamou-se a atenção do sistema financeiro multilateral a necessidade da sua reforma para alcançar situações e resultados e objetivos paraa erradicação da pobreza da fome e para mudança do clima e isso foi a primeira vez na história do G20 que aconteceu e vocês sabem que multilateralmente falando o G7 meio que já faliu hoje o que importa no mundo na ordem multilateral é o G20
certo então o G20 Abriu uma nova agenda sobre mudança do clima e erradicação da pobreza e trouxe uma agenda inovadora de reforma da arquitetura financeira mundial com a reforma dos bancos m multilaterais de desenvolvimento os mdbs e bom a cop3 e o futuro pós cop3 vai ter que se voltar à agenda de aumentar o financiamento e o fluxo financeiro que vai depender de um um novo sistema da arquitetura eh financeira internacional de um novo um novo contexto de bancos multilaterais de desenvolvimento e de uma nova situação de fluxos financeiros que tenham não só mais acesso
mais recurso concessional mais espaço soluções com espaço fiscal pros países mas principalmente mais agilidade nesse fluxo né e por último Dizer para vocês que a gente em 2030 logo logo vai ter uma nova ordem Global tendo que ser formulada é o fim dos objetivos do desenvolvimento sustentável os edss já já chegam ao seu fim e os seus 17 objetivos com seus múltiplos com as suas múltiplas metas e indicadores terão que ser avaliados mas antes de 2030 a gente vai ter que ter uma nova solução para Essa ordem global e ela virá desse conjunto de ndcs
que serão apresentadas ano que vem porque o conjunto dos objetivos desenvolvimento sustentável vai depender do conjunto de resultados da reforma do sistema financeiro multilateral que está sendo debatido no G20 com soluções de novos impostos novas soluções fiscais e das metas dos países para redução de emissões em 2035 então por isso que eu digo que o ano que vem e o Paulo usou essa frase e eu acho que ela se aplica não só pro Brasil mas pro mundo é um ponto de Virada do multilateralismo Global em que as agendas foram Rep pactuadas e recolocadas tanto no
mundo financeiro quanto no mundo climático E as novas metas dos países serão depositadas ano que vem então realmente a gente vai ter um insumo importante para repensar o que que é o mundo pós 2030 quais serão os novos objetivos e onde a gente pode chegar com né um mundo conectado que precisa garantir a sua neutralidade de emissões o desenvolvimento econômico a erradicação da fome e da pobreza então com isso eu concluo aqui minha participação Obrigada Car Muito obrigado acho que você conectou tudo que foi falado aqui no com a parte política das discussões Vamos então
dar prosseguimento aqui primeiro eu gostaria de falar para quem tá online mandar as perguntas pro e-mail McG ifen webinário @f apesp.org.br pode pode umair Eh meu nome é elizabe Maria de Golveia Dalpino Eu Sou professora aqui do departamento de astronomia eu tenho eh milhões de perguntas eu teria mas eu sei que isto aqui é um debate e eu vi colocações bastante pessimistas e colocações realistas Claro todas realistas mas colocações bastante pessimistas e alguma algumas metas mais otimistas então a minha a a minha a minha pergunta eh hã por exemplo 2030 pode ser um turning Point
né mas eu queria saber qual o grau de comprometimento das das Nações por exemplo a gente sabe que o trump vai assumir e muito provavelmente ele vai retirar os estados Unidos de desses acordos né a gente sabe que existe a a o mundo tá fragmentado por essas guerras Então como e e e muito investimento muito dinheiro tá sendo gasto nessas guerras e e e e e e na prática como é que a gente vai trazer esses recursos para o que realmente importa né Eh E além disso eu queria saber também qual o grau de o
nível de comprometimento do governo realmente em em em cumprir a as nossas metas a que vão ser apresentadas nessa agenda né Face a a gente sabe a polarização enorme polarização nacional que a gente tem o embate né diário entre o congresso e o governo né o Executivo Então como é que essa agenda vai ser cumprida como é que a gente vai conseguir ter esse turning point em 2030 né Olha eu vou começar pela parte que é mais fácil que é dentro de casa né a gente pode falar mal lavar roupa suja aqui no Brasil a
gente tem um momento eh muito sensível e vulnerável da política ambiental brasileira a gente passou por 4 anos de muito desmonte numa gestão passada e de quase saída do Brasil também do acordo de Paris isso por um Tris não aconteceu mas tivemos né a famosa pedalada da ndc em que a gente reduziu o esforço voltou Enquanto o mundo tá apresentando sua terceira ndc o Brasil já tá na quarta na verdade a gente tem quatro versões de ndc se vocês olharem oficiais então para dizer assim eu tava analisando o ndc do Brasil eu fiquei muito satisfeita
com a banda superior o 67% ele fica muito próximo a recomendação do ipcc de alcançar até 2035 60% das reduções um sinal que de um país em desenvolvimento com a restrição e as crises fiscais que tem é incrível agora o Brasil é um país errático de novo se a gente olha os 15 anos do Brasil eh e a gente Conseguiu alcançar as metas que até agora vem colocando em clima mas na verdade é uma história de de montanha russa né de quase ter tudo a perder e Em algum momento ter um grande esforço então é
muito difícil fazer apostas num país que é tão inconstante e que tem com conservadorismo e o negacionismo climático crescente e que tá lá tá lá no no Palácio do Planalto tá ali no Congresso de forma dominante as eleições acho que vão ser um ponto crucial para dizer para você em 2027 se o Brasil vai de fato chegar no 2030 vocês viram é só olhar não precisa de olhar muitos indicadores basta olhar a questão o Paulo trouxe o gráfico aqui do desmatamento né a é assim é uma história de montanha russa então para dizer que se
a gente conseguir sobreviver uma eleição eh em 2027 com uma posição ideológica dominante não negacionista eu acho que a gente tem hoje todo o aparato regulatório nacional para alcançar as metas de 2030 e de 2035 é viável quando a ndc saiu eu tenho minha planilha que eu faço as minhas estimativas eu brinco de ser a numeróloga do clima e de fato a gente chega lá é razoável e é consistente apostar na NC brasileira mas a gente precisa ter continuidade nas políticas que hoje estão dadas sem elas a gente não chega lá no mundo Olha os
Estados Unidos já saiu né uma vez do acordo de Paris e eu vou dizer o grande número o grande avanço que a gente teve para ter a meta dos 300 bin no ncd não veio dos das partes veio um pouco de União Europeia mas veio de pressão dos mdbs os bancos multilaterais de desenvolvimento porque eles estavam muito proativos no G20 e Acordaram com um plano de reforma dos mdbs com mais de 44 iniciativas de reforma até 2030 Então tem um movimento da arquitetura financeira Global dos mdbs e o o Brasil assume a presidência do brix
agora em 2025 de sim ser muito agressivo positivamente na agenda então isso contrabalance contrabalancear um pouco uma força norte--americana conservadora mas honestamente hoje no mundo mais do que Estados Unidos é a China que conta então eu acho que a gente tem que olhar pro outro lado do Globo para fazer mais apostas é e a China tava soltando abrindo uma garrafa de champanhe atrás do outro durante a cop por causa da eleição do trump porque o que tá acontecendo é que os Estados Unidos vão dar de bandeja um papel de liderança pra China que ela ia
ter que suar muito para conquistar e agora ela tem esse papel tem o dinheiro para implementar esse papel e isso tá dentro da sua visão estratégica então para eles é absolutamente perfeito posso só dar uma contribuição rápida Paulo que tem mais perguntas quer dizer a preocupação que eu tenho eh com o Brasil e nas suas metas é é a dependência das seduções no desmatamento se a gente olhar o próximo inventário que ainda não saiu mas se ficar com o que eu já vi as emissões da energia subiram agricultura subiram eh processos industriais subiu resíduo subiu
desmatamento reduzido então para 2 25 a gente vai precisar ter um esforço hercúleo de maiores reduções no desmatamento agora é a questão de você ficar baseado só em seres vivos né floresta é ser vivo agricultura é ser vivo para mim altamente vulneráveis para eventos extremos para ondas de calor Então essa vulnerabilidade ela me apavora um pouco ela me apavora bastante para falar a verdade na dependência que eu vejo de a gente est né Eh e claro é sempre um pouco mais mais complicado a gente fazer essas seduções à medida em que enfim eh O Legado
que nos foi deixado do governo anterior foi muito duro então eu eu vejo assim que a gente ainda tem eu eu tenho M desconfianças com desmatamento zero mas enfim essa é uma outra discussão tem perguntas aqui a Ana Boa tarde meu nome é Ana Cristina Barros até a semana passada eu era do setor de seguros agora eu sou consultora autônoma muito interessada no tema de clima Depois eu conto para vocês detalhes e a minha pergunta PR pros Três da mesa e pensando um pouco mais objetivamente na C na COP 30 o que vocês Qual é
o processo de formulação dos 15 temas da agenda de ação que a Karen pontuou e E qual seria para os senhores os três necessários dos 15 itens que formam a agenda de a agenda de ação que é paralela à agenda de negociação durante as Cops isso tá na mão do presidente do da cop né este que vai ser indicado ainda como vai ser esse processo e o que que vocês acham que é prioritário o que que é o Action agenda eu tava eu acompanhei lá em em bacu as reuniões com André Correia do Lago e
o An tô para discutir o que que seria o potencial da Action na agenda no Brasil e ele sempre nesse fogo cruzado de não é um bom né não é uma boa expressão no fogo cruzado Mas enfim sempre naquela né assim no corner sobre vai ser da Amazônia não vai ser da Amazônia e acho que essa posição tá bem clara não é sobre Amazônia né e mas esse é um debate que a sociedade civil ainda precisa entender e trazer para uma qualificação de agendas e também a cop não é um espaço em que você traz
questões domésticas ou os problemas de políticas nacionais necessariamente né tem que saber navegar no campo da da da Action agenda e da negociação o que trouxe uma O que foi uma dimensão muito forte colocada e aparece na ndc do Brasil é o Brasil além da agenda do do uso da Terra e da mudança de uso da Terra qual é o grande vetor de transformação do Brasil desse Brasil aí do consumo energético e a gente não tá falando de transition away from Fossil fiels mas ndc tá explicitamente falando de biocombustíveis se vocês olharem na nossa ndc
aparece mais de aparece 20 vezes a palavra biocombustíveis e ela é o vetor associado à transformação dos sistemas humanos de cidades Transportes agricultura eh enfim a ação shipping todos todos ou seja claramente ali está dado que a trajetória e a posição do Brasil vai sem biofuels e tem uma demanda de trazer agenda e coalizões de biocombustíveis ou de agroenergia paraa action agenda essa seria uma Action agenda nova a presidência brasileira também indicou que não pretende necessariamente manter os 14 porque na COP 29 eh a presidência de bacu trouxe 14 itens de agenda Negociadora e de
action agenda E é claro essas Action agendas uma vez lançadas elas ganham vida própria elas são Na verdade uma coalizão de países organizações transnacionais que mobilizam uma agenda né então Eh o que o Brasil tá querendo trazer de inovador é uma agenda de transparência e monitoramento dessas Action agendas e tem o portal da unfccc se vocês quiserem saber todas as Action agendas que existem são mais de 200 na verdade acumuladamente né de Paris Então para onde elas estão indo por exemplo algumas de setor privado no Race to zero em 2050 outras de biocombustíveis outras Enfim
então tem um mundo bastante complexo mas o Brasil deve apostar sim numa agenda de bioenergia porque é a narrativa que tá muito clara e que o Brasil quer trazer uma munição para quebrar disputa de narrativa diplomática vocês sabem que Europa e Estados Unidos precisam e tentam Inc incansavelmente eh derrubar o biocombustível Brasileiro né com aquele argumento do Land Squeeze ou do food versus fuel E com isso né minar qualquer chance de eh exportação enfim para agroenergia não vou nem entrar no mérito desse debate porque ele é bastante complexo mas isso acontece e acho que tem
uma agenda de cidades o André Correia do Lago trouxe a importância de olhar paraa Amazônia e provocar o mundo para dizer que como é a vida urbana nas cidades florestais da Floresta Tropical 72 da população na Amazônia é Urbana e vive em condições de pobreza e de urbanização precária Essa é a realidade agenda da Action agenda que eles queriam trazer e colocar lá esse foi um dos pontos então assim o Brasil tá atrasado o mandato dos climate Champions que são os atores né as lideranças que levam uma Action agenda mais à frente não Eles não
foram indicados ainda a gente precisava indicar dois novos Champions não foram e a Action agenda também não foi ainda anunciada eh mas eu acho que a gente vai ter um movimento aí interessante e eu acho que essa Action agenda pode impulsionar o que que é um debate do mundo pós ods pós 2030 pós nova agenda 2030 quem sabe 2040 quem sabe 2050 só para complimentar acho que tem dois pontos né que também tão eh as coisas vão chegando muito tarde né se a gente pensar quando é que a a a questão dos combustíveis fósseis entrou
na agenda da da Cópia é muito recente entrou primeiro Floresta né que pelo pelo Paulo né Paulo a contribuição é muito pequena mas entra primeiro Floresta fica 10 anos discutindo para entrar fósseis levou charmel shake para ser um pouco mais né contundente mas assim eh não chegou a dizer nós vamos faz out né muito e muito você consegue um faz Down assim né então eu acho que é um tema que eu acho que a gente não pode abandonar por isso que sempre falava desde dia um a cop da a Copa em Belém não pode ser
uma copa da floresta cop não pode deixar cair a peteca da do fóssil que tá entrando em doses homeopáticas né mas eu acho que em doses homeopáticas também tá entrando da Agricultura que tomou um certo fôlego agora né e na COP 29 também com a f já vinha da cop 28 e também a questão dos oceanos que também tá tomando um fôlego um pouco preocupante na minha visão mas muito preocupante na verdade na minha visão Mas de qualquer forma são temas que estão começando sabe a tomar um certo embalo masha tinha Boa tarde meu nome
é José Aquiles Eu sou professor aqui da escola potec eu atuo na área da energia que é um tema latente aí na questão climática né então a minha pergunta é sobre a questão da adaptação né a gente o Brasil tá sofrendo uma série de eventos climáticos né muitas eh questões de concentração de calor em algumas regiões chuvas em outras de desertificação né e e isso afeta Principalmente as populações mais pobres né o Brasil é um país desigual né Então queria eh saber de vocês eu sei que talvez eh é um tema mais amplo né que
acho que tem mais a ver com a questão do da atuação do governo né Eh nas suas várias instâncias né nós acabamos de ver ontem né Eh Porto Alegre foi inundada de novo inundou a a a a a rodoviária né de novo né então e aí a imprensa fica jogando essa questão do que os governos não não fazem nada né o governador o prefeito foi reeleito lá para mim é um negócio absurdo né mas tudo bem é democracia né a gente tem que respeitar então eu eu queria saber um pouquinho sobre isso e e olhando
pelo setor energético né o setor energético brasileiro acho que eh pelo menos o setor elétrico tá de parabéns né ele tem eh focado nas energias renováveis a presença de energia eólica solar tá aumentando intensamente né eh a hidráulica já não é mais a a preponderante basicamente né ela daqui a pouco ela será menos porcentualmente do que a soma da biomassa e eólica e solar e isso vai continuar né Eh então eu eu eu queria saber um pouquinho de vocês sobre essa questão energética que também é afetada pelas mudanças climáticas ela afeta e é afetada né
o a produção de energia depende do comportamento do Vento do do do das hidroelétricas né E também tem o impacto do consumo né A medida que vai aumentar a temperatura vai aumentar a necessidade de eh de conforto Ambiental de ar condicionado isso já tá acontecendo mudanças de comportamento no consumo de energia nas grandes cidades tendo Picos de energia no meio da tarde que que é terrível pro sistema elétrico isso pode derrubar os sistema elétrico inteiro Então são questões quer dizer tem um monte de coisa sendo afetada a professor acabou de falar oceano é algo assim
impensável os corais estão sendo destruídos né que é a fonte de vida do planeta então e eu sei que são muitas questões né todo mundo fazer muitas questões mas eu tô preocupado com o setor de energia né que é o setor que eu milito e mas acho que também tem essa questão do dos impactos nos biomas na nas grandes cidades na no no nível do mar que vai subir cidades vão ser inundadas né Tem tem outras questões aí associadas às mudanças climáticas que também são importantes né desculpe eu me alongar desculpe P sim pegando o
primeiro ponto sobre a questão da adaptação quer dizer tem três tópicos nesse Action at que se destacam primeiro é mitigação mitigação de emissões sem redução de emissões todo o resto fica irrelevante segundo é a questão da adaptação ao novo clima né que é crítico pros países desenvolvimento que não tem os recursos para fazer isso e o terceiro tópico é é a questão do financiamento né infelizmente na COP 29 focou muito mais na questão do financiamento do que nessas duas outras questões que eu espero que o governo brasileiro faça uma redirecionamento para discutir para trazer de
volta paraa agenda principal Qual a questão da mitigação particularmente de combustíveis fósseis e segundo agenda da adaptação né E isto o Brasil felizmente Na minha opinião tá tá se adiantando bastante bem na área de adaptação o governo brasileiro tem uma plataforma chamada adapta Brasil que é excepcionalmente boa tá sendo aprimorada e melhorada a cada hora mas o Brasil tá saindo na frente na estratégia de uma adaptação que seja inclusiva que seja factível e que ajude tantos os centros urbanos quanto a população rural então a questão da adaptação Tem que voltar a ter uma uma relevância
muito maior do que teve na COP 29 né Além da questão da adaptação e na questão de mitigação setor energético como você falou é chave né quer dizer não nós temos que remodelar completamente a maneira com que a gente produz e usa energia felizmente hoje você já tem estratégias energéticas que são vantajosas do ponto de vista de custo e também obviamente de implementação comparado com a queima de combustíveis fósseis e o Brasil tem um potencial extraordinariamente alto nessa ah nessa área do ponto de vista de geração de energia eólica e de geração de energia solar
o que pode levar o Brasil a ser uma potência de energia Verde renovável eh já nas próximas décadas então Brasil tem que aproveitar essa oportunidade e não desperdiçar os parcos recursos que a gente tem por exemplo procurar petróleo na Foz do Amazonas porque obviamente você vai investir centenas de Bilhões de Dólares por uma coisa por um produto que pode vir ah sair daquela região daqui a 10 ou 15 anos num valor de mercado muito menor do que ele tem hoje seu o maior desperdício de dinheiro da história do Brasil então o Brasil tem que repensar
com muito cuidado essa questão das estratégias de mitigação e da questão da adaptação ridho quer dizer é bem rápido que a sua pergunta é muito compreensiva né mas então o Brasil tá acabou de fazer agora seu plano clima dentre eles você tem 17 planos setoriais de adaptação e sete planos para para mitigação agora plano é plano né problema é implementar ou seja essa é é é é é papel é é bom mas é no chão é melhor né a gente vê as coisas acontecer eh mas de qualquer forma eu acho que demonstra a preocupação do
Brasil numa agenda muito mais agressiva com relação à adaptação e claro incluindo também essa parte de energia então é só bom dar uma olhada lá nesse plano setorial eh pro setor energético né agora outro dia eu tava conversando com uma pessoa do ministério de Minas e energia eh E claro o Brasil tem oportunidades assim fantásticas né agora ele deu um dado que eu achei fiquei assim preocupada né em algum tipo de de ação dentro desse portfólio que nós temos que ter energético e quanto mais amplo melhor eh ele diz o que custaria fora um de
alguma coisa custaria no Brasil seis ou seja seis vezes mais caro para você implementar no Brasil do que seria fora e aí ele terminou e ele era uma pessoa do ministério dizendo que o preço disso não poderia ser transferido paraa sociedade brasileira ou seja como já indicando uma forma assim de compartilhamento da Necessidade desses recursos de Fora dizendo o Brasil tem condições de fazer e fazer rápido agora vai custar e talvez não sejamos nós que temos que pagar essa conta toda Obrigado Quer comentar Car não pera aí pera aí que eu tenho que organizar Aqui
Carem pode se ela quiser comentar sobre essa pergunta depois é só só um minutinho porque nosso tempo tá acabando o que vai acontecer eh temos mais uma pergunta e do pessoal online E aí eu farei essa pergunta o o os palestrantes aqui podem comentar sobre isso e posteriormente se alguém tiver mais perguntas pros nossos convidados Podem enviar por e-mail a gente passa para eles né Para que sejam respondidas eh posteriormente Cari quer falar alguma coisa sobre esse ponto tá então vou vou pegar uma pergunta aqui eh que foi feito online que é em relação às
áreas urbanas né foi comentado aqui sobre até sobre as cidades eh na Floresta né Eh e o a pergunta Ela ela diz eh o seguinte né temos muitos trabalhos ressaltando a importância das soluções baseadas na natureza como mitigação aos vários impactos das mudanças climáticas Qual é a opinião de vocês sobre sobre isso né então a questão das soluções baseadas na natureza dentro dessas áreas urbanas para mitigação dos efeitos das mudanças climáticas e para antecipar também quer dizer o relatório do ipcc vai ser em cidades e mudança do clima deve sair daqui a uns do anos
seja vai ser um relatório importante que vai tratar realmente com as cidades tem uma contribuição PR as emissões enorme eh entre 70 e 90% Dependendo do que você tá incluindo se é o setor produtivo 90% tá aí né Eh então é interessante acho que também para responder à pergunta anterior era interessante né Paulo eu tive num num num eh numa discussão agora essa semana eh semana passada era sobre florestas urbanas né Ou seja a importância que você tem de florestas urbanas principalmente na área aonde você tem as pessoas mais vulneráveis que não não têm capacidade
de adaptação elas não têm ar condicionado ou seja era ali que teria que ser o foco dos investimentos na cidade é ali que você teria que plantar porque tem já né conhecidamente é uma redução bem significativa da temperatura quando você tem essas áreas não só verdes mas azuis também os laguinhos tendo essas coisas que que resfri né agora eh eh foi falado acho que falar em opções né baseadas na natureza é sol soluções não eu eu prefiro falar na palavra opções baseadas na natureza porque soluções a gente não sabe se é e foi bem um
tema muito criticado né inclusive pro ipcc foi difícil a gente acordar virou assim uma nota de roda pé falando de soluções baseadas na natureza com a ideia de que na verdade dentro da própria convenção da diversidade biológica a gente fala de adaptação baseada em ecossistemas então é um subconjunto né dessas opções baseadas na natureza tem sua contribuição né importante em termos da adaptação mas de novo sabe a gente tá falando da natureza como um ser vivo né e portanto vulnerável e a gente eu não sei realmente por isso que a gente diz que essas soluções
podem não ser soluções elas podem ser uma coisa transitória e que na ver não vai sobreviver os eventos extremos ou as condições que a gente tá antecipando que vão poder tá acontecendo Num futuro próximo eu não vejo longo prazo para essas coisas Paulo então eu vejo com muito ceticismo essa questão de soluções baseadas na natureza só existe uma solução pra gente resolver majoritariamente as questões aqui é é eliminação de combustíveis fósseis ponto o resto é conversa para boi dormir o resto é conversa de que a indústria de combustíveis fóssil acha que a natureza pode achar
soluções enquanto Eles continuam emitindo bilhões de toneladas de CO2 paraa atmosfera Então eu acho que a gente não deve cair nesse lema que foi inventado pela indústria do petróleo assim como Carbon capture and Storage né então a indústria colocou que não nós podemos investir em captura de carbono Então você captura 2 toneladas no dia de um lado e emite 2 trilhões de toneladas do outro então você tá fazendo o seu trabalho de sequestrar carbono quer dizer essa enganação da população em geral eu acho que a gente do ponto de vista científico tem que acabar esse
Conjunto das estratégias de recuperação e adaptação baseada em ecossistemas né Eu acho que ela é o principal caminho a se seguir e acho que tem um mundo de pesquisas e inovação ainda acontecer né que substituem de engenharia às vezes por soluções realmente baseadas nos ecossistemas e eu concordo acho que a gente tem aí um espectro grande né da adaptação baseada em ecossistemas que inclusive foi a primeira linguagem de adaptação adotada CDB e na unfccc e hoje né Tem esse outro termo do qual eu acho que é primo e que traz sim uma trazem estratégias importantes
mas elas não são absolutamente suficientes né então acho que a gente tem que investir em todas as alternativas simultaneamente é perfeito eh não com certeza eh fazer um comentário final aqui eh Concordo eu acho que todas as as opções devem ser tentadas as soluções ou opções baseadas na natureza tem eh um grande potencial tanto de inovação eh eh dentro principalmente acho que do Brasil né Eh de de inovação e oportunidade dentro dessa área ainda mais Quando pensamos que parte das solução está em recuperar né nossos ecossistemas naturais como Sumidouro ah ah de carbono eh eu
eu acho que esse debate ele deve continuar a Fapesp deve continuar promovendo diversos debates até a cop3 porque nós devemos amadurecer esse entendimento né que foi colocado aqui foi muito bom a a questão do aparato regulatório Eu também considero o Brasil bastante avançado Ah no seu aparato regulatório mas atrasado na implementação a da sua a regulação e e e um exemplo que eu gostaria de colocar também para pensar é que a existem ainda políticas e e e e ah ações que devem ser tomadas para realmente essa redução efetiva ah de eh de emissões de gás
de efeito estufa contribuir com com a questão da mudança climática que é a seguinte tem um ponto que ocorreu nesse ano ficou bastante Evidente a gente reduziu o desmatamento para 6.000 km qu e eh esse é o dado oficial do prod quando você olha o dado da degradação Florestal a gente tem 40.000 km qu então eh a regulação e as leis elas estão voltadas Inclusive a nossa a nossa quantificação de carbono está voltada somente para a o desmatamento mas o o o globo o planeta quer saber o quanto a gente tá emitindo de degrado ação
quando esse número for necessário nas nossas relatorias precisamos eh ter já na manga políticas públicas que possam conter esse tipo ah ah de atividade que ainda não é contabilizado com uma com uma exatidão muito grande né então assim a gente vai eh eh avançar na redução das emissões mas eu acho que o caminho é um pouco mais complicado do que nós estamos eh esperando né e E com isso existe a necessidade real da integração entre a os diferentes setores econômicos para que a gente eh consiga avançar deixa eu pegar a minha cola aqui que a
Cris fica pedindo pro fazer as coisas que eu esqueço eh então Eh para terminar eu acho que eh vale a pena então a Fapesp continuar aqui atuando nisso talvez até escrever um um um né um documento um White Paper sobre caminhos né pro Brasil na COP 30 eu acho que vale muito a pena eh nós pensarmos nisso e e para terminar então eh eh encerrar o nosso evento eu gostaria eh de agradecer aos nossos eh palestrantes o debate foi muito muito bom as perguntas serão passadas para vocês eh posteriormente mas é também agradecer aos as
pessoas que fizeram esse evento acontecer né todo mundo que participou aí da da organização do evento a própria Fapesp né que fomentou eh grande parte das atividades aqui e ao IAG da da USP por por ter cedido esse espaço para que a gente pudesse eh conversar então Agradeço a todos e o programa mudanças climáticas agradece aqui aos nossos convidados e está à disposição para continuar avançando nessa temática Muito obrigado [Aplausos] Pera aí que tem um recado aqui não em nome do professor Ricardo Trindade então agradeço a presença de todos Professor Paulo a Karen a doutora
Telma Professor Luiz Aragão agradecer também a Fapesp por essa iniciativa a presença de todos aqui né e esperamos mesmo que a Fapesp possa promover outros eventos como esse que D próxima esteja muito mais cheio né fim de semestre acho que os estudantes estão todos em prova mas tem bastante gente online tin mais de 250 inscrições né perfeito então também agradeço o pessoal online m