Olá tudo que Imaginário tem existe é esperto ao contrário é são das expressões estrangeiras é uma das que eu mais gosto tem muito esperto ao contrário por aí ó E aí [Música] o Olá meu nome é Rafael Dias você está no canal cinema e sociedade a gente vai fazer uma análise hoje de um documentário brasileiro produzido em 2004 esse documentário estamira estamira nome de uma personagem o documentarista Marcos Prado ele se aproximou dessa personagem ao fazer um trabalho fotográfico lá no Lixão de Gramacho Elaine pode conhecer estamira e o projeto documentário surgiu a partir daí
histamina é se apresenta ela tem um grande uma característica muito singular a gente poderia dizer que é a questão da Saúde Mental com parece ela tem um diagnóstico de esquizofrenia no diagnóstico das que ela recebeu um dispositivo da Saúde Mental mas para Além disso estamira tem uma força narrativa uma capacidade de pensar sobre seu mundo questionar e faz dela um personagem muito rico e complexo e foi isso que o documentário está tentou mostrar nesse filme desse nesse documentário de 2004 O que é importante a gente se destacar no documentário né e é um documentário que
a gente poderia chamar de um documentário de convívio documentarista de passa um tempo ele convive ele vai se aproximando pouco a pouco da personagem e vai estabelecendo uma relação de confiança e permite que ele se aproxime de um determinado território existencial da capacidade ele vai desenvolvendo uma capacidade de lê o mundo EA subjetividade dessa personagem e estamira proporcionar isso porque ela tem uma capacidade de magnetizar de chamar atenção do espectador pelo uso criativo e que ela faz da linguagem capacidade narrativa que ela tem e então ela se apresenta sua louca sou doida sou maluca sua
jogada foi essas quatro coisas mas porém Consciente lúcido e eficiente sentimentalmente essa capacidade que ela tem de fazer jogos e Expressar e se expressar de modo crítico ela ela volta e meia ela usa a uma figura O que é o do trocadilho esperto ao contrário maldiçoado excomungado hipócritas safado canalhas indigno incompetente bom E se eu trocar Dilo é assim que ela definiu trocar de que faz os homens que se viu nas palavras dela mentir para os homens seduzir os homens cegar os homens incentivar os homens e depois jogar no abismo Quem é essa figura do
trocadilho é uma entidade pode ser uma entidade mas também um jogo de linguagem que confunde as pessoas que afeta a vida das pessoas oi e ela usa o modo como ela de modo engenhoso os a linguagem a gente pode ver quando ela fala por exemplo da médica quando ela tem um atendimento no Caps ela se queixa da médica que ela é uma copiadora porque ela não escuta a história ela só copia a receita e e não está interessada em acompanhar a vida de estamira né aquilo que ela tem com a capacidade que ela atende narrar
e a possibilidade daquilo que ela narra o eco a Então esse é um dos usos que ela faz o quando ela se encontra com a médica lá identifique ali um certo procedimento que é no campo da Saúde Mental a gente poderia dizer de uma lógica biomédica na relação de cuidado porque tem um foco maior na doença e Oi e o sujeito fica secundarizado a história daquele sujeito o território que ele habita as relações que ele tem fica em segundo plano E aí fase fica nas questões biológicas e conheço na medicação seria a terapêutica por Excelência
desse modelo biomédico importante também pensar de que maneira o filme fala do sofrimento psíquico e como algo que nos atravessa bom e algo que e é bem de uma certa experiência trágica então um dos pontos importantes por exemplo de um autor o Michel ficou na história da loucura ele mostra de que maneira a psiquiatria vai criar um novo objeto que a doença mental e experiência trágica da loucura ela ela vai perdendo força na sociedade moderna e a estamira ela apresenta essa experiência trágica da loucura o modo como anuncia e ela faz o uso da linguagem
ela resgata um pouco essa noção da experiência trágica da loucura escapando de um modelo muito risto medicalizador e para lidar com o sofrimento a partir de uma lógica mais ampliada de uma concepção mais integral da saúde a gente poderia destacar também que o filme esse documentário ele pode ser utilizado como uma ferramenta didática que eu sou professor do curso psicologia então ele cabe nas discussões que a gente faz em sala de aula sobre saúde mental sobre atenção psicossocial sobre rede é sobre uma clínica ampliada mas também para lindos de um curso das ciências humanas e
sociais é a a história de estamira e o modo como ela é narrado neste documentário nos ajuda a desmistificar a questão da doença mental do sofrimento psíquico mostrando que a esse sofrimento ele atravessa cada um de nós de modo singular e Samira mostra também a capacidade produtiva criativa de fazer o uso da linguagem I I did pensar aquilo que aconteceu as violências Que ela sofreu na vida é e como algo que já coloca num lugar a personagem um lugar de resistência então a uma discussão também que importante que a gente poderia destacar do trabalho ela
é uma catadora ela vive desse trabalho no Lixão de Gramacho e de modo mais ampliado das relações sociais de modo mais geral como a sociedade vai tratar as pessoas que trabalham nesses lugares então a uma certa invisibilidade sobre essas histórias sobre essas pessoas sobre os vincos e que mesmo num espaço tão hostil e difícil e a relações reproduzem vida o outro ponto que a gente poderia destacar no documentário é como está Mira vai analisar essas relações sociais e fala que naquele espaço no espaço do Lixão é existe ali resto é um espaço do resto aquilo
que sobra nessa Sociedade do consumo na sociedade que tem produzido é as crises ambientais crises políticas na série de crises e ela coloca ela faz uma análise muito interessante da situação que ela se encontra e diz que no lixão existe restos e também descuido então ali é um espaço em que aparece esses descuidos e vão aparecendo o e os restos o resto da sobrantes o resto dessa sociedade do consumo e esta Mira e nos ajuda a pensar Então essas relações sociais essa dinâmica de como a sociedade que nós vivemos invisibiliza essa cadeia por exemplo a
própria relação que nós temos com o lixo que produzimos nas cidades e que vão para um espaço periférico e nesse espaço é também um lugar de trabalho Outro ponto da saúde mental que é quando ela vai ao Caps quando ela tem um atendimento médico ela identifica ali um certo procedimento que é de renovação de receitas ela em ela chama a médica de copiadora isso nos ajuda a pensar é de que maneira a reforma psiquiátrica no Brasil vai introduzir a questão do território e da rede então o circuito dado é acompanhar a é uma pessoa acompanhar
o sujeito no seu território existencial e de alguma maneira é isso que o documentarista faz o Marcos Prado ele vai convivendo e só aparece no filme ele acompanha ao longo do tempo a gente acompanha um certo envelhecimento de Itamira ela tem uma relação Mística com a natureza com as forças da natureza ela vai indicando uma certa capacidade que ela tem de influir nas Forças da natureza e o documentário de alguma maneira e reforça no modo como ele está estruturado essa relação mítica ele vai usar filtros por exemplo no lixão Então essa relação com real no
documentário do ponto de vista da linguagem que nível utilizar ele vai acompanhar essa relação mítica vai intensificar essa relação que a estamira tem com as forças da natureza e também vai narrar as experiências de violência que a gente tá Mira sofreu e como exemplo dessa violência estamira relata a internação no manicômio mas sempre e considerando a singularidade dela e levando em conta a sua capacidade criativa então importante perceber como o meu comentário vai expressando isso documentário usa filtros na imagem as imagens muito duras do Lixão vão ganhar filtros vão é uma trilha sonora que vão
vai intensificar o modo como estrangeira narra sua história e narra a sua relação com as quais entidades natureza como trocar dinheiro com o lugar que ela ocupa numa certa organização do mundo que ela construiu e a força que ela vai operar nesse lugar hein é interessante ver como o documentarista constrói isso seja na trilha sonora seja nos filtros que ele vai usar as texturas na fotografia e de verbos alguns filtros em preto e branco na fotografia que ele faz mostrando certos o espaço daquele espaço tão árido e duro que é o espaço do bichão ganhando
o contorno também midiáticos é eu recomendo que que vocês assistam estamira é um um grande documentário foi um documentário muito premiado ah e também é recomendo a leitura do livro que saiu na Editora em menos um que é estamira fragmentos de um mundo em Abismo esse livro nesse livro é a um Prólogo do filósofo Peter papel bar.de também é todas as falas de estamira estão aqui transcritas E é todas as falas que ela tem no filme também vamos fazer duas indicações é que derivam dessa discussão da Saúde Mental uma delas é a frente tá Mira
decatus foi criado diante dos retrocessos da na política de saúde mental que acontece no Brasil hoje essa frente reúne os trabalhadores usuários e gestores dos serviços saúde mental que buscam preservar a atenção psicossocial a partir do território e é isso que o documentário faz vai se aproximando de um território existencial e produzindo cuidado em liberdade cuidado acessando as redes disponíveis no território Ah e outra indicação é que vocês também possam conhecer as pesquisas que estão um curso no Brasil hoje sobre a gestão autónoma da medicação então é uma iniciativa é das Universidades em parceria com
serviços que essa iniciativa busca produzir uma gestão autónoma da medicação e pensar de que maneira os usuários os trabalhadores dos serviços gestores os familiares desses usuários podem lidar com a questão da medicação e saúde mental aos psicofármacos isso é um ponto que aparece no filme E eu destacaria então esses dois essas duas indicações se inscrevam no canal acompanhe os vídeos acione um Sininho e um prazer estar com vocês aqui no canal eu sou o homem não pode ser insensibilizado todos os homens têm que ser iguais tem que ser comunista comunismo comunismo é igualidade não é
obrigado todos trabalhar no serviço só não é obrigado a todos comeram uma coisa só mas a igualidade é a ordenança que deu quem revelou o homem o único condicionado é Oi e o homem é o único condicional seja que curto e eu já Samira eu não importa eu podia ser da coloca força eu formato o homem quase mas ações família e eu não mas eu não admito eu não gosto que ninguém é o fim de cores e nem formosura o que importa bonito é o que fez no que faz sei é o que fez e
o que faz isso quer ver aí você viu levar pão que é feio é o comunismo superior E aí o único comunismo G1 E aí [Música] E aí E aí