Se a gente pudesse dar algumas dicas importantes orientações pra prova né de literatura do vestibular Unicamp O que que a gente pode falar para os vestibulos eu acho que pros vestibulandos tem que ficar a dica de que a literatura não é só uma leitura ela permite a gente acessar possibilidades que a gente não acessaria então Leiam não se poupem dessa experiência literária porque as obras te permitem pensar em questões que talvez nunca você viveria Então essa seria a minha principal dica entrar nesse universo tão amplo né Exatamente exatamente é um universo de muitas possibilidades que
nos colocam diante de questões históricas filosóficas sociais que sá emocionais né E essa leitura que você faz e as respostas que a Unicamp espera de vocês vão perpassar todos esses campos do Saber humano e especificamente sobre essa obra né do Lima Barreto o que que chama mais atenção ao que eles precisam ficar atentos eu acho que ler essa obra sabendo que não se trata de um romance tradicional e que esse romance tem traços de biografia mas que também não é uma biografia e ele vai tratar da vida de alguém que não é real mas que
poderia ser real que é o MJ Gonzaga de Sá então conhecer um pouco dessa personagem criada pelo Lima Barreto é também conhecer um pouquinho do Rio de Janeiro aristocrata da época da primeira república então Fi fiquem atentos a essas questões [Música] ali Bom dia gente como é que vocês estão tudo bem com vocês é um prazer aço estar aqui com vocês mais uma vez nossa obra é vida e morte de MJ Gonzaga S de Lima Barreto talvez das três mais conhecidas do autor a menos conhecida né a gente a porta de entrada paraa leitura do
Lima Barreto é o Triste Fim de Policarpo Quaresma não é a inaugural e eu não vou nem cair na cada de dizer que não é a obra que deu visibilidade ao autor a gente sabe que Lima Barreto não foi um autor que alcançou sua visibilidade muito pelo contrário né com a obra recordações do escrivão Isaías caminha ele conquistou Quase que o oposto de visibilidade na época em que ela foi publicada tanto é vou falar um pouquinho com mais detalhes daqui a pouco mas tanto é verdade que em vida ele pleiteou a entrada né na Academia
Brasileira de Letras por três vezes e não conseguiu né E muito do que se falava na mídia na época nos jornais da época inclusive referências que acabam aparecendo aqui na obra eh e até dá uma impressão quase que é o Lima Barreto falando sobre o que ele vivia mesmo e não do nosso protagonista MJ Gonzaga de Sá mas ele acabou sendo divulgado muito mais em relação à sua vida Boêmia suas eh inconsistências com o que a época da primeira república exigia em relação a ã construção de uma elite entre todas as aspas que seria uma
elite de aparências uma elite carioca eh voltada em especial à imitação daquilo que era vivido na Europa e coisas do tipo então é nesse cenário Nesse contexto que a gente vai eu acho que eu não vou precisar segurar o livro o tempo todo tem algumas passagens que se der tempo eu quero falar com vocês eh a gente não vai eh falar exatamente de de todas essas questões mas o que a gente vai eu sempre falo um pouquinho eu já acabei antecipando um pouco esse slide Essa sou eu eh mas hoje aqui eu tô Como cria
Unicamp porque é o que me faz ser a profissional que eu sou e eu trabalho atualmente com alunos de Ensino Fundamental anos finais e alunos de ensino médio e trabalho um pouquinho com alunos eh que estão na situação de vocês né prestando o vestibular mas no formato aulas particulares né então eu já caminhei bastante nesses 12 anos de sala de aula me formei em 2013 eh Talvez eu esteja errando nas contas Mas quem liga e eu sou uma pessoa muito curiosa né e eu acho que a Unicamp facilita e possibilita essa curiosidade então entender ah
de onde eu vim né É também possibilitar que outras pessoas também sejam diante de possibilidades para onde elas vão né bom então vamos falar então Desse nosso autor Lima Barreto teve uma vida jovem né teve uma vida curta jovem quero dizer uma vida curta ele nasceu em 1981 e aqui tá escrito vocês que não estão vendo tá ele nasceu em 1881 e morreu em 1922 tá depois vocês ajustem aí o grau do óculos de vocês me perdoem aí por essa falha ele foi jornalista escritor como eu já antecipei para vocês e ele não foi reconhecido
em vida muito do que você lê na internet dos vídeos que você acessa provavelmente de videoaulas e tudo mais Vão colocar o Lima Barreto como um eterno injustiçado e às vezes eu me questiono um pouco em relação a isso não que ele não seja sim ele é mas o escritor na nossa sociedade atualmente também é um injustiçado eu vou contar uma historinha que não tem muito a ver mas eu acho que tem a ver com o que a gente quer literariamente de vocês eh candidatos e candidatas a uma vaga aqui na universidade a literatura ela
é muito injustiçada né o fazer literário é ainda mais eu semana passada pude participar do lançamento de um livro de uma aluna minha PM de 14 anos ela escreveu um livro com oito e eu sei que ela não é a regra muito longe disso ela sabe e a família dela sabe que ela é exceção de exceção de exceção e o curioso foi que a família dela me chamou para porque eu sou professora dela já tem 2 anos e a gente tem uma proximidade ela gosta muito da matéria obviamente E aí a família dela a mãe
dela em especial me chamou para fazer uma apresentação dela porque apesar de parecer uma pessoa muito eh ligada e lidada com a comunicação ela não tem muita facilidade com a oralidade né então o rolê dela é escrever falei ó obviamente participarei é um prazer a minha primeira aluna escritora Como assim né Estarei lá com essa voz já estava e e eu pude dizer a seguinte frase né que vocês possam eh entender que a literatura consiste em possibilidades então a Unicamp te coloca diante de conhecer possibilidades tá E aí você completa o que você quiser né
possibilidades é um nome transitivo né que exige um complemento né regência nominal você completa do jeito que você quiser a gente quer que você venha completo de alguma forma né com esse nome com essas possibilidades e esse não teve não teve suas possibilidades completas né Talvez o contrário disso né ele se se estabeleceu né como escritor muito depois e até um jeito da gente começar a falar sobre a obra a obra ela tem um um uma importância muito grande porque traz oportunidades da gente refletir sobre o período da primeira república mas é também uma obra
que possibilita que a gente reflita sobre questões raciais né E aí eu tô falando obra toda a obra do Lima Barreto não só essa tá mas toda ela então suas contribuições entre aspas porque não foram em vida ou seja ele não foi recompensado por essas contribuições eu não quero dizer que todo mundo tá em vida para ser recompensado não é isso mas o que ele fez merecia ter sido recompensado enquanto Vivo Ele trouxe denúncias e reflexões sobre as transformações do país e muitas das transformações que eram vividas por ele mesmo né mesmo jovem e em
vida ele buscou né ter esse reconhecimento e a ironia para usar já uma figura de linguagem que ele muito se vale na sua escrita é que ele não conseguiu e em 1919 que é a data de lançamento do vida e morte eh nada foi feito inclusive em 1922 eh quando ele morre vocês vão ver Inclusive a notinha do jornal que foi divulgada na época Também nada foi feito e posteriormente um um tempinho depois a academia deu uma Sabe aquele lance de menção honrosa tipo É bom sim o que você fez descanse aí no reino dos
Mortos então é chato começar essa palestra desse jeito baixo astral mas é importante tá é important pra gente entender o sarcasmo a ironia e é curioso né porque ano passado eu estava aqui para falar do lirismo da até quase ingenuidade do Olá bilá que hoje eu tô aqui para falar da racionalidade do sarcasmo e da ironia do Lima Barreto era esse cara se você pesquisar na internet basicamente é essa foto que você vai encontrar e só Talvez uma foto invertida né com as ferramentas tecnológicas dá para inverter Talvez uma meio mais eh menos esbranquiçada Talvez
uma mais realista mas é só né e tá mas a gente tá falando de 1919 né gente pesquisa outro escritor dessa época faz isso depois e esse trecho não tem exatamente a ver com a obra mas eu acho que tem a ver muito com o autor eu tô apostando muito eu odeio falar isso né a gente não aposta enfim a gente te prepara a gente te coloca numa situação de incompreensão do contexto mas eu já falei algumas vezes do contexto em que ele vivia e eu tô apostando muito em questões relacionadas a isso né esse
trechinho eu achei num dos poucos estudos que a gente acha sobre a obra é assim específico né a gente até acha muito mais sobre policarp Quaresma sobre Isaías caminha mas sobre essa obra A gente não acha muito quer dizer acha até mas não de de de utilidade entre aspas né porque a literatura não não tá aqui para ser útil né Ela tá aqui para eh enfim existir enquanto arte bom aí eu achei tá referenciado no final da apresentação não precisa anotar nem sugeri inclusive que você leia todo ele a não ser que você queira ir
pra área de letras e se interesse pelo Lima Barreto aí fica a minha sugestão E aí ele vai contar de uma experiência que ele teve enquanto ele tinha 6 anos se você fizer as contas foi eh no ano da Abolição da escravidão Então vamos lá na minha lembrança desses acontecimentos o Edifício do antigo poço hoje repartição dos Telégrafos fica muito alto um Skyscraper e lá de uma das janelas eu vejo um homem que acena para o povo não me recordo bem se ele falou e não sou capaz de afirmar se era mesmo desculpa Patrocínio havia
uma imensa multidão Ansiosa com olhar preso à janelas do Velho Casarão Afinal a lei foi assinada e num segundo todos aqueles milhares de pessoas o souberam a princesa veio à janela foi uma ovação Palmas acenos com lenços vivas ele não é prodígio não escreveu isso com se anos tá Isso foi uma escritura póstuma né eh e aí ele continua fazia sol e o dia estava claro jamais na minha vida vi tanta alegria era geral era total e os dias que se seguiram dias de folganças e satisfação deram-me uma visão da vida inteiramente festa e harmonia
houve missa campau no campo de São Cristóvão eu fui também com meu pai mas pouco me recordo dela a não ser lembrar-me que ao assisti-la me vinha aos olhos a primeira missa de Vittor Meirelles era como se o Brasil tivesse sido descoberto outra vez se a gente que leu um pouquinho da obra do Lima Barreto e eu sugiro né que vocês de fato se puderem Leiam né Essa em especial pro vestibular mas as outras se você quiser a gente sabe que é não é sobre alegria que ele tá falando né a gente já começa a
pescar um pouquinho ah o sarcasmo do que ele acaba vivenciando depois Essa é a notinha que eu falei para vocês né é uma notinha assim na proporção no no no que você vê aqui parece até grande mas se a gente for contar não tem mais do que 30 palavras 50 no máximo máximo máximo e Só consta que ele morreu e nesse trechinho aqui ele tá meio ruim de ler mas eu acho que eu consigo ler para vocês Lima Barreto como todo mundo sabe passou a vida na mais incorrigível das boemias e antes eu juro para
vocês e depois eu juro para vocês não tem nenhuma menção de nenhuma obra dele é só isso tá ele até assim a menção né o romancista deixou várias obras publicadas fim né aí postumamente né já eh talvez alguém deva ter falado alguma coisa coisa não sei né aí tem uma matéria de capa que não jamais leria né Não dá para ler mas vem até aqui ó né então se a imprensa da época não conseguia ou não desejava E aí é importante a gente fazer uma observação quando ele lançou recordações a imprensa viu ali um entre
aspas uma cada porque lá já havia muito dessa ironia e desse sarcasm que o Lima Barreto foi eh se aprofundando ao longo de sua obra e a imprensa divulgar isso era meio que também divulgar algo que contestava as instituições governamentais da época né então a imprensa não é que não conseguia mas também não desejava lançar luzes sobre as injúrias raciais que acompanharam sua trajetória segundo afirma Joel Rufino na obra em que dedica especial atenção aos intelectuais negros de sua a mais profunda feição entre eles Lima Barreto a questão racial aparece nos 17 livros que este
escreveu e é válido salientar que o Lima Barreto nessa obra do MJ Gonzaga ele não tá falando de alguém que eh o estereótipo do negro retratado no nacionalismo até antes dos PR pré-modernistas ele tá falando de um negro que ocupa uma um um cargo né Na secretaria de cultos ali e que era um altíssimo se é que eu posso usar esse superlativo intelectual então é uma forma dele também mostrar que não era falta de intelectualidade que tava faltando ali né Outra coisa então esse era o contexto histórico né O que era ser um intelectual negro
morador do subúrbio sem carregar nenhum dos itens da distinção necessária aos letrados do período há menos de duas décadas do fim da escravidão E aí quando a gente fala aqui né em distinção necessária eraa aquela distinção das aparências mesmos da pompa né do do frequentar lugares às vezes para para existir apenas e sorrir né do que para realmente eh fomentar uma existência de algo ou de uma causa ou da própria a pessoa que ali estava ele era então portanto um crítico veemente de tudo que tava acontecendo chamado processo de modernização do Brasil da primeira república
por havia uma falta de interesse em incluir os negros no projeto de construção da identidade nacional Então a gente vai ver na obra um nacionalismo do Lima Barreto mas que não é um nacionalismo ingênuo né Muito pelo contrário ele é um nacionalista que cara quer ressaltar a importância de se fazer aquilo que não tava sendo feito né de se fazer aquilo que nos nos olhos né do Lima Barreto era o que era o certo a ser feito né e aos nossos olhos né também né então ele queria uma construção de uma identidade nacional que não
desconsiderasse as consequências pós abolicionistas vou te contar uma historinha paralela também eh com as tragédias do Rio Grande do Sul eh muito eu sou professora de redação principalmente né literatura é a minha paixão e a redação é o meu ganha pão [Música] e numa dessas aulas de redação alguns alunos falaram que pro a gente precisa fazer uma proposta sobre racismo ambiental né sobre justiça ambiental sobre refugiados climáticos né Isso tá muito próximo da gente né a gente precisa contextualizar tudo isso e aí não deu para não fazer óbvio né Eu seria uma péssima profissional se
não fizesse mas não deu também para não considerar que esse deveria ser nosso ponto de partida a gente não pode ainda desconsiderar as consequências pós abolicionistas para os marginalizados desde a época em que com 6 anos o Lima Barreto SE recorda desse momento né mas também né com falas mais recentes de como a população marginalizada ainda sofre com tudo isso eh os trechos que eu vou colocando da obra a obra tá em domínio público é fácil você acessar essa edição que eu tava na mão não sei se vocês viram a capa não é a melhor
delas mas eu queria o o exemplar físico né para enfim sabe essas pessoas preciosas com papel e aí acabei comprando essa que era mais disponível a mais fácil e talvez essa seja a mais Eh a que eu mais gostei tem um prefácio mais interessante e tudo mais eu não coloquei as páginas por uma questão de formatação mesmo eu privilegiei dar o print porque eu acho que dá um uma estética legal paraa apresentação se vocês tiverem depois alguma dúvida em relação à páginas e tudo mais vocês me escrevam que aí eu mando direitinho para vocês Então
esse é o prefácio do Paulo hony e ele vai falar o seguinte Lima Barreto é sem dúvida alguma um dos escritores mais essencialmente brasileiros brasileiros instintivamente pelos traços naturais de sua índole pelo choque Perpétuo entre a indignação e a doçura a sede da ação e a contemplação voluptuosa que ele transportou para Augusto Machado então já é o momento da gente apresentar a parte do enredo né esse é um romance E aí sem medo de errar pode falar que é um romance eu sei que muitos de vocês devem estar angustiados em relação à estrutura dele que
parece mais uma biografia né porque é a que se propõe né mas até na apresentação que eu também vou fazer uma leitura do trecho de um trecho o Augusto Machado que é alguém que não existe é um um uma personagem né Ele É fictício eh fala que ele não é um biógrafo E se a gente for perceber a construção do livro A partir das lembranças que ele vai recuperando das conversas com MJ Gonzaga de Sá a gente vê que não é uma biografia né é um compilado de lembranças é quase como se a gente aqui
também estivesse conhecendo o Augusto Machado e não é ruim conhecer o Augusto Machado porque o Lima Barreto nos coloca para conhecer um contraste muito grande ali né é um autor que não se reconhece como autor de uma biografia que não se reconhece como biografia e que fala que tem 20 anos né Por volta de 20 anos falando sobre o Gonzaga de Sá que tem já mais longin idade né seus 60 anos e que vai nesse contraste não só de idade né é um contraste racial ali também vivenciar desculpa no os fazer vivenciar esse contraste ali
da primeira república então eh a gente pode também considerar que esse Augusto Machado é um alterego quando Augusto Machado fala e às vezes até quando o MJ Gonzaga de Sá fala Lima Barreto tá falando né ele usa dessas personas para falar também não podemos considerar uma autobiografia do Lima Barreto mas eh alguns momentos dá pra gente ouvir mais Lima Barreto do que o MJ Gonzaga de s ou até mesmo Augusto Machado então na curiosidade pelos aspectos infinitamente ricos da vida e da sociedade do seu país no autodidatismo no sentimentalismo nas exaltações fáceis que se observam
nas suas personagens e são dele brasileiro conscientemente na desconfiança em relação às deger das culturas estrangeiras que ele mesmo absorva Com tamanha avidez sua clar Evidente oposição às cont cont ações indígenas de certas correntes europeias levam a combater numa antevisão quase Profética heresia racista que anos depois se raria da Europa para infestar o mundo da mesma forma embora de maneira mais episódica esboça o conflito entre a máquina e o homem numa de suas formas mais espetaculares Eu acho que o Paulo Rony ele consegue nos mostrar exatamente a que veio o Lima Barreto né e não
eu acho que fica também muito muito claro que ele não vem fazer essa crítica de um jeito ingênuo né Muito pelo contrário ele se apropria e às vezes até dá para ver um certo além da ironia e do sarcasmo que aparecem ali na na obra uma raiva dele de tá retratando aquilo bom eh não vale eh você considerar que é só isso que você precisa saber de primeira república Eu Não Sou professora de história mas vale você considerar alguns tópicos o primeiro que que era a primeira repúbl né ela abrangia o período de 1889 1930
e nesse período foi promulgada a primeira constituição 1891 estabelecendo um regime presidencialista e federativo a gente sabe que não é o que a gente vive hoje não é o regime que a gente vive ho no formato como a gente vive hoje mas era considerado um avanço histórico ali paraa época predominava diversas revoltas e movimentos sociais Então já dá para perceber que não era um um movimento Tranquilo então nessa época aconteceu a revolta da armada a guerra dos canudos a revolta da vacina a revolta da Shibata e isso refletia o período de insatisfação da população então
não era o Lima Barreto eterno eh ingrato né ele não era uma ingratidão gratuita muito pelo contrário ele era uma voz ali para as pessoas que ali vivem que que ali viviam eh a economia era uma economia predominantemente agrária Inclusive a população era uma população que vivia em condições precárias predominantemente no campo Opa e era importante destacar que viveu-se um período também de crise econômica né Eh estimulado Ali pela crise de 1929 E aí gerando né finalização da época considerada a primeira república com o início da era Vargas de novo é só um apanhadão ali
de mais de 30 anos quase 50 anos aí do que foi esse período histórico no livro eu vou ver tudo isso não né é o pano de fundo é o contexto a edição então que vocês vão ver é essa edição que eu fui printando desculpa a qualidade mas eu prezei pela estética talvez tenha errado mas de novo se vocês tiverem dúvida vocês me procurem então o romance ele vai e parodiar né então por isso eu disse para você vocês agora H pouco não tenho medo de chamar de romance porque ele é uma paródia do gênero
biografia muito do que a gente vê ali inclusive é uma forma de eh entender mais sobre digressões mais sobre uma estrutura narrativa não linear do que propriamente entender a estrutura do gênio biografia não é o objetivo primordial do Lima Barreto e até durante essa semana a gente ouviu muito falar sobre o Memórias Póstumas de brascubas por causa daquela viralização lá do do tiktok lá nos Estados Unidos e conversava até agora a pouco com José Alves e falei assim poxa é duro a gente ter que torcer para um conteúdo tão massa ser viral mas já que
viralizou né Vamos também falar sobre a importância dessa estrutura narrativa que é tão inovadora e eu vejo uma certa inovação ali também né cara é um cara que não existe contando a história de um outro cara que não existe para falar de algo que existe existe muito que eram as crises e contestações e desigualdades ali da primeira república bom então é um extenso uso de digressões que permitem a livre Associação dos mais diversos assuntos hoje eu não vou dar conta de falar de todos eles eu selecionei alguns enquanto eu vinha para cá enquanto eu esperava
Eu já queria colocar outros Mas enfim e que vai colocar a gente diante de temas da sociedade da primeira república com especial atenção e se você puder dê especial atenção a esses temas aqui funcionalismo público improdutivo a sociedade clientelista o racismo científico e a elite com pompas de aristocracia digitei no Google né Para que que é a aristocracia apareceu isso aí né Eu acho que significa muito né Essa pompa gente se eu aparecer nas fotos que vocês estão tirando aí vocês me perdoem bom E aí considerando ess temas Eu tenho quatro aí pontos de análises
né Então as primeiras considerações datam ali da desse começo do século XX em que a aristocracia do Rio de Janeiro tinha diversos problemas sociais e ela meio que não se entendia como aristocracia caroca mesmo ela é uma somatória um conjunto de recortes um uma colcha de retalho brega de muito mau gosto Desculpa aí e o o Barreto tava vencendo aquilo e e e eu imagino ele inclusive com aquela cara de Ai meu Deus que preguiça desse povo né também temos um um ponto de análise que é importante né eu coloquei Barreto Machado e Gonzaga né
que é essa essa questão ali de de entrada na ficção né o tem um trechinho que o Lima Barreto apresenta o Augusto Machado como um amigo de escola não não foram pelo menos não que se tenha conhecimento né então é o Lima Barreto nos apresentando o seu personagem principal de um jeito e aí eu ressalto né é uma estrutura narrativa inovadora né que por sua vez apresenta o MJ Gonzaga de Sá Então a gente tem uma uma Tríplice voz ali né tem a voz do Lima Barreto a voz do do do Augusto Machado e a
voz do Gonzaga aqui Pontos importantes sobre a vida de um funcionário público né e o episódio inicial do funcioná público de quando eles se conhecem né que é aquela discussão entre o os funcionários ali da secretaria de cultos se a chegada do bispo merece não sei quantas salvas de tiro tinha que ser 18 não tinha que ser 14 aí um ficou chateado porque foram oito é o suprassumo dessa discussão superficial né Então essa crítica E fora que toda essa crítica passou por uma série de etapas burocráticas né então parece que a galera tava trabalhando preparando
um vestibular do tamanho da conveste e não eles estavam só discutindo quantas salvas de tiros o bispo e e tal tinham que receber existe obviamente uma reflexão sobre a classe média que consome desse funcionalismo público que não só é mas também consome eh existe essa questão relacionada à marginalização dos intelectuais que é também da parte do Lima Barreto um símbolo de sua própria resistência porque o Lima Barreto era um intelectual eh também existe né uma uma questão relacionada à exploração das relações humanas e a denúncia das condições de vida que colocavam ali as pessoas num
num patamar de extrema desigualdade e por último Eu já falei bastante né Eh o Lima Barreto reflete sobre a profunda insatisfação que ele sente e com uma um toque né de hipocrisia a sistemas corruptos a exclusão social e a forma como a política ficava na mão de poucos menos do que atualmente e que colocava a sociedade brasileira da época em Extrema miséria no prefácio ainda da sexta edição que eu mostrei anteriormente tem esse trechinho que nos põe para pensar em relação às expectativas do próprio autor dos romances de Lima Barreto o que menos Corresponde à
ideia que se tem do gênero é deserto vida e morte de MJ Gonzaga de Sá nenhum outro surpreende tanto pela oposição aos moldes tradicionais Vale lembrar que o Lima Barreta é considerado um pré-modernista mas junto dele talvez não tenha ninguém que faz um pré-modernismo como ele faz tá Não se preocupem muito em historiografia literária nesse momento eu acho que a obra do Lima Barreto não vai tocar em questões ligadas à historiografia literária Talvez para criticar a própria historiografia literária ele faz algo que é quase inclassificável Mas se a gente força um pouquinho a barra a
gente coloca ele nos pré-modernistas ã rapaz e o Augusto Machado um rapaz de uns 20 anos e seu venerando amigo o Sexagenário Gonzaga de Sá trocarem ideias e impressões passeando pelas ruas do Rio de Janeiro ou sentados num banco do passeio público é importante esse trecho porque a gente começa a perceber que é um pano de fundo que não é um pano de fundo né que é quase um outro personagem da opera as ruas do Rio de Janeiro e as vias públicas ali que eles frequentam né alguns estabelecimentos que não são Públicos como a o
café casa papagaio casa de papagaio ou casa papagaio que aparece ali também mais pro final da obra vendo o romancista sair sistematicamente do trilho de sua entregar-se Ao Único fio condutor das associações soltas e por isso o predomínio das digressões como não nos lembrarmos de processos revolucionários do romance moderno um conhecido encontrado na rua por acaso um jornal do interior aberto na mesa fornecem rumos em que o narrador se enfia com a maior naturalidade é aquele tipo de romance que a gente lê e fala assim caraca como que dessa banalidade surgiu a narrativa que o
Lima Barreto constrói e após o prefácio aparece a advertência do Lima Barreto aqui já é ficção embora ele Assine por ele mesmo mas aqui já é ficção de novo por muitas vezes eu vou falar é uma ficção não ficção mas não é uma ficção autobiográfica não é uma autoficção eu sei que é confuso mas com a minha repetição vocês vão acabar entendendo o que eu quero dizer é uma apresentação simples bastante objetiva natural Inclusive a linguagem mais objetiva do Lima Barreto ele embora tenha trechos de bastante descrição não é uma não é uma descrição perdida
às vezes é uma descrição para ilustrar a pompa da época a linguagem dele é sim bastante objetiva encarregou-me o meu antigo colega de escola e hoje de ofício Augusto Machado de publicar-se se bem que nela nada encontrasse para retocar não me pareceu de Rigor a classificação de biografia que o meu amigo Machado lhe deu o Lima Barreto mesmo disse pra gente não é não é uma biografia faltam-lhe para isso a rigorosa exatidão de certos dados você não vai saber como ele nasceu quando ele nasceu se você for um pouco desatento na leitura você nem sabe
que m é de Manoel e j é de Joaquim né e tudo bem se você não escrever Manoel Joaquim na prova tá tudo certo MJ Gonzaga de S já tá valendo é assim que ele vai ser retratado então não há dados exatos portanto não é uma biografia eh em trabalho que queira ser classificado de tal forma e não só por isso penso assim como também pelo fato de muito aparecer e às vezes sobressair demasiado a pessoa do autor então a gente conhece também o Augusto Machado aqui ali Machado trata mais dele do que seu herói
é aquele ditado né que eu odeio repetir ditado e clichê mas acho que às vezes a gente eh precisa né Eu não sei direito como é né quando Pedro fala de Paulo a gente sabe mais sobre Pedro do que de Paulo né um lance assim e é um pouco isso né às vezes ele tá falando do do Gonzaga de s mas a Gente Tá acessando mais o Augusto Machado esse lance de vozes né Para você reconhecer as vozes dentro da da obra do Gonzaga Ô do do Lima Barreto ó eu Esse lpso foi bem lápis
Acho que pode ser uma boa questão e ele continua julgando que tão insignificantes defeitos eram de desprezar em presença dos reais méritos do pequeno livro aprei em conseguir a sua publicação certo que isso que com isso irei animar uma acentuada vocação literária que se manifesta de modo inequívoco nas páginas que se seguem Vale lembrar uma coisa contextual também e aí a gente não vai conseguir entrar nos méritos dessa questão quem ajudou o Lima Barreto a publicar essa obra Então seria uma quarta voz aqui foi o Monteiro Lobato e eu vi algumas de espanto assim né
porque a gente sabe das histórias que a gente ouve do Monteiro Lobato mas eh a gente precisa olhar a figura do Monteiro Lobato também com muito contexto né não é Monteiro Lobato tema dessa aula a gente pode conversar num outro momento mas é como se tivesse também e na primeira edição o prefácio é do Monteiro Lobato não é do Paulo ronai Óbvio é que existe uma voz aí que facilita essa voz de ser ouvida Lima Barreto precisou de muita gente para se fazer ouvido e até hoje precisa de muita gente para ser ouvido quando a
o pessoal que eu não sei quem é define que obras devem ser lidas e se você me fizer essa pergunta no final Por que essa obra é essa a resposta que eu vou te dar a gente precisa ouvir o Lima Barreto não importa a obra tá eu sei que tem gente que gosta mais do Policarpo tem gente que gosta mais do Isaías mas a gente precisa ouvir ele né A gente precisa fazer com que ele seja ouvido bom agora vem alguns trechos de novo Como é uma obra de digressões não existe uma ordem aqui que
você precisa se apegar tá então o o essencial é você entender que o Augusto Machado tá contando a sua história de quando ele conheceu Gonzaga de Sá ele fala dele eh a gente conhece Gonzaga de Sá mas também conhece o Augusto Machado e são episódios em que a gente vai criticar a sociedade aristocrática do Rio de Janeiro a gente ó não o Lima Barreto vai criticar a sociedade aristocrática do Rio de Janeiro com diversas passagens então eu não consegui sair muito dessa lógica de aula de pensar em diversas passagens sem se apegar muito a linearidade
da coisa porque ela não existe né não é linear uma coisa que lembra outra que um jornal que aí vem um enterro que aí vem uma cidade até os títulos dos Capítulos Você pode até tentar fazer uma linearidade mas não existe bom esse primeiro trecho ele fala sobre o meu julgamento não era errado porque mais tarde indo por causa ainda dos tiros a um bispa cultos perguntei l em meio do negócio senhor Gonzaga não é casado não nem quis casar duas vezes eh nem quis casar duas vezes uma com a filha de um Visconde em
um baile de um Marquis e a outra filho você parece que ficou com inveja talvez acudi eu prestamente a sua interrogação pois saiba a outra foi com a minha lavadeira a adivinhação de sua mocidade fiz eu por essa resposta é um trecho que dá pra gente conectar com a ideia de contrastes né Eh é uma vida cotidiana é uma vida que vai eh na obra A gente vai ler diálogos do cotidiano e diálogos que voltam Se eu conseguir ser boa o suficiente para ai a na página certinho que volta imediatamente e a gente não vai
encontrar essas digressões elas vão voltar um pouquinho depois depois eles voltam né aí aqui a gente conhece um pouco do Gonzaga de Sá e aqui já na página 97 a gente vê o Gonzaga de Sá voltando à questão quase que perguntando de volta pro Augusto Machado sobre esse mesmo tema h é um trecho um pouquinho mais longo do que esse mas ele é bastante interessante e o outro mais moço ouvia religiosamente tão transcedente senhor é importante dizer que o Augusto Machado é um ótimo ouvinte tá as ferragens do Comboio faziam um ruído de ensurdecer nada
mais escutei chegamos ao Engenho Novo O trem parou o mais moço então perguntou olhando os fios de transmissão elétrica porque será que os passarinhos tocam nos fios e não são fulminados é que de dia a comunicação está fechada e se não fossem os Graves pensamentos que me assoberbar naquela hora ter me ia Rido daquele sábio de capacidade intelectual ilimitada olha um sábio de capacidade intelectual ilimitada que tá ali numa posição que não é vista como uma posição social eh de bacana né o tempo todo a gente vai ver esses contrastes ao lado os namorados continuavam
balb um mto uma alegria não sei o que de meloso nos seus oles olhares que irritou a minha capacidade namoradeira já namoraste perguntou-me Gonzaga de Sá baixinho uma vez aos 16 anos deves namorar filho quando te vier a velice hás de te arrepender se não fizeres em tempo Vênus é uma deusa Vingativa dizem Qual o namor é A negação do amor não me arrependerei garanto-te ser Uma emoção que te ficou por provar Experimente já emquanto é tempo esse trechinho é mais no início do livro Esse já é quase ao final então o Gonzaga de Sá
ele vai meio que tomando consciência de que sua vida está findando-se isso através dos diálogos e da interpretação que a gente pode fazer já que estou falando de sua morte de sua vida se fando Esse é um trecho que fala sobre a sua morte que é anterior inclusive ao trecho do casamento ao chegar ao jardim de sua casa que olhava para Lapa para Glória para armação para o Niterói contemplou o mar insondável abaixou-se para colher uma flor que me oferecera mas caiu e morreu não há um grande detalhamento dessa morte foi assim dias depois da
morte do meu amigo com título de O Inventor e aeronave entre os papéis desencontrados que ele me legou com seus livros encontrei uma folha de alm escrita de um lado e de outro Lia e Verifiquei que se tratava de uma narração completa embora não se dê ela toda a medida do espírito e da Concepção do mundo do meu saudoso amigo eu a publico para que aqueles que não a conheceram possam de algum modo apreciar a minha camarada intelectual e mestre cujos julgamentos e opiniões sobre os homens e as coisas muito influíram para a escolha dos
caminhos que a minha atividade mental tem trilhado nesse trecho Augusto Machado nos conta por que ele interessou Então por retratar essa vida né o próprio Gonzaga de Sá narrava sua própria vida e e tudo aquilo que os o tornava né íntegro e de resistência moral dessa forma o livro é uma crítica ao conformismo e a mediocridade exaltando a importância da reflexão crítica e da simplicidade da vida porque se a gente for parar para pensar os fatos ali mencionados são da natureza do simples tá bom a ironia também é Evidente no capítulo 4 Petrópolis Gonzaga de
Sá e aí é um longo Capítulo em que ele fala sobre Gonzaga na sua própria voz né a mais estúpida mania dos brasileiros a mais estulta e lorpa é a da aristocracia abre aí um jornaleco desses de bonecos e logo dá com os clichês muito negros Olha que ninguém quer ser negro no Brasil dá com os clichês melhor enlace eh não dá com os clichês muito negros encimados pelos títulos enlace Souza Fernandes ou enlace Costa e Alves julgas que se trata de grandes famílias nobes nada disso são doutores a Revistas que se casam muito naturalmente
com filhas de portugueses enriquecidos eles descendem de fazendeiros arrebentados sem nenhuma nobreza e os avós da noiva ainda estão a Rabi do arado na velha gleb Dominho e doidos pelo caldo doídos né pelo caldo de unto à tarde sabes bem que não tenho superstição de raça de cor de sangue de casta de coisa alguma o Lima Barreto também não para mim só há indivíduos e eu mais do que ninguém pois descendo do SAS que fundaram esta minha cidade podia tê-las mas sei o que era necessário para tê-los Então não é aquele cara que nós somos
todos iguais todos temos a mesma capacidade não é isso que ele quer dizer aqui Mas precisamos sim fazer dessa nossa sociedade uma sociedade que olha para todos Gonzaga de sai então critica a obsessão da sociedade carioca pela aristocracia apontando a ironia como as pessoas buscam distanciar-se desse ideal dessa identidade negra em um país marcado pela diversidade é étnica há também uma crítica direta ao Rio de Janeiro né este rio é muito strombo eu adoro essa palavra estende-se para aqui para ali as partes não se unem bem vivem tão segregadas que por mais que alente a
população nunca apresentará o aspecto de uma grande capital movimentada densamente ele não tá falando só sobre o espaço geográfico e físico aqui ele tá falando da segregação das pessoas ele me ouviu Calado e depois me disz com aquela pausa de que dispunha certas vezes pense que toda cidade deve ter uma fisionomia própria isso de todas se parecerem é gosto dos Estados Unidos Olha a crítica a repetição do que é feito lá fora e Deus me livre Que tal peste venha pegar noos o Rio meu caro Machado É lógico que ele mesmo como a sua Bahia
o é com ela mesma por ser um vale submerso então há aqui uma cidade marcada por contrastes sociais por tensões políticas e culturais mas também uma sociedade extremamente hipócrita e superficial que que é essa ideal de esse ideal de nacionalismo de convivência entre as pessoas logicamente uma influência da aristocracia e da Elite no cenário político e cultural da cidade evidenciando a falsidade e essa superficialidade assim o autor critica a postura das classes privilegiadas e a falta de empatia para o com os menos favorecidos os menos favorecidos ficam ali na posição de observadores quase que totalmente
a gente já tá chegando ao final Lima Barreto não poupa o leitor de críticas a figuras eh a furões ali da época né como o Barão do Rio Branco ele até trata com um nome jocoso ali da época né Juca Paranhos faz do Rio de Janeiro a sua chácara não dá satisfação a ninguém julga-se acima da Constituição e das leis distribui o dinheiro do Tesouro como bem entende é uma espécie de Roberto valp e o seu sistema de governo é uma corrupção então torna-se Claro e através do exemplo dessa crítica ao Barão de Rio Branco
que existe reverência nessa sátira e existe Audácia nessa sátira ele também faz essa crítica eh quando ele valoriza outras profissões como o caso do episódio do capítulo né costureiras e que ele menciona as mulheres entre aspas de vida fácil o que eu acho que pode aparecer esse é um exercício obviamente não da Unicamp essa obra é uma obra nova né mas que eu achei que é válido tá depois vocês tentem acessá-lo e e e respondê-lo eh eu acho que é uma questão de interpretação de contexto aqui significação dos trechos que foi retirado da obra e
que diz o seguinte a felicidade sensação tão volátil instável e redutível de homem a Homem a causa diferente não consente média abranger centenas milhares e milhões de seres humanos imaginas tu que madame basm de Petrópolis tem um grande joanete um defeito edondo com o qual sobre maneira sofre e O Operário filismino de mortana orgulha-se em possuir um filho com talento Madame basman vive acabrunhada com a exuberancia de sua joanete entretanto feliz mino quando bate rebit sorri e ante Goa o estrondo que uma parcela de seu sangue vai causar a sociedade quem é mais feliz pergunto
Madame belas mã senhor feliz mino e à vista disso poderá dizer que todas as damas de Petrópolis são felizes e os operários de fundição são desgraçados a média possível para a felicidade das classes nós os modernos nos vamos esquecendo que essas histórias de classe de povos de raças são tipos de gabinetes fabricadas para necessidade de certos edifícios lógicos para que fora deles desapareçam completamente não são não existem bom temos a alternativa aí a alternativa correta é a alternativa B beleza expõe a ideia de que a felicidade é um sentimento que pode ser medido entre as
classes sociais e que alcança todos os seres humanos de maneira crítica obviamente bom aí eu achei uma questão que é uma questão de segunda fase que caiu na Unicamp que obviamente não é da obra mas que eu acho que é um um jeito de questão um formato de questão válido tá que é a questão parábola ou que é a questão que fala sobre o Augusto matraga e define né que a obra eh tem semelhanças com gênero parábola Eu acho que eu já até antecipei isso pode ser que caia alguma questão que vá pedir para que
você diga por não podemos considerar a obra uma biografia se concentre na apresentação do Lima Barreto para explicar isso não tem de biógrafo o Augusto Machado e não tem de biografado o Gonzaga de Sá ou seja falta eh intencional ade de ser um escritor de biografia ao Augusto Machado porque ele fala dele mesmo e falta dados mais exatos do MJ Gonzaga de Sá para que a gente de fato Considere a obra uma biografia aqui são as obras consultadas as referências bibliográficas se você se interessar em descobrir mais coisas você fique à vontade eu deixei ali
o meu e-mail meu e-mail pessoal não é vinculado a nenhuma empresa eh eu respondo respondi o ano passado a alguns alunos e respondo se você tiver interesse a maior parte das citações que você acabou vendo foram daquele artigo e por último eu queria deixar um recadinho a literatura o que a gente quer de você é que vocês sejam leitores de literatura mas não só enquanto ferramenta tá a gente quer de vocês eh O que a literatura pode proporcionar E aí eu volto na minha frase do início que você possa através dela encontrar as suas possibilidades
e que se você daqui a pouco encontrar um futuro que não seja o futuro que você imaginou Não se desanime porque existem muitas outras possibilidades de futuro a gente ainda vive numa sociedade de bastante desigualdade a gente faz o que dá né e o que dá é pouco né então a gente precisa entender muito de contexto para para seguir não se poupe da leitura e da experiência literária eu sei que são muitas obras eu sei que muitos de vocês talvez não tenham eh passado por essa experiência mais vezes talvez por falta de planejamento talvez por
falta de oportunidade talvez pelas duas coisas mas na medida do possível não se poupe dessa experiência literária eu não tô falando só do Gonzaga de sado Lima Barreto da literatura que tá sendo cobrada do vestibular não também obra infantil infanto juvenil literatura Marginal Leia cordel Leia canções de rap leia as canções do Cartola Leia leia tá muito obrigada pessoal [Aplausos] [Música]