FESTAS POPULARES BRASILEIRAS COM LUIZ ANTONIO SIMAS | ProEnem

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ProEnem - Enem 2024
No vídeo de hoje, temos novamente como convidado o professor, historiador e autor Luiz Antonio Simas...
Video Transcript:
e fala galera fala indivíduos falam de porém um prazer estar com vocês mais uma vez hoje com nosso convidado hoje eu tô nesse mais professor de história especialista em cultura popular festa do prêmio jabuti ir professor de diversas escolas nenhum cada com experiência aí no magistério também experiência em festa né sim mas a experiência incestos a gente hoje vai falar sobre festas populares no brasil não é o brasil um povo famoso por suas festas porque as celebrações e já conversar um pouquinho sobre isso eu queria começar pelo seguinte é que apresenta a festa para o
povo brasileiro se mas eu acho que a festa é uma instância de construção de sociabilidade a a festa não é simplesmente um momento em que você se diverte mas você pode pegar a festa entender como as relações sociais elas acabam sendo engendrados pela cultura da festa pela cultura comunitária a você pega por exemplo um ciclo de e no brasil o brasil tem o ciclo de festas que faz um réveillon a outro a gente pega por exemplo janeiro janeiro você tem a tradição das festas de santos reis não é dia de reis em muitos lugares é
muito popular minas gerais por exemplo é marcada pelas folias de reis que são festas que celebram a visita dos reis do oriente ao menino jesus aí você sai da festa de reis você já tá no carnaval então as festas no carnaval que são muito marcante saiu do carnaval dá um refresco você tá chegando no ciclo das festas juninas é e aí que hoje são juninas e julinas né porque se estendem e por aí vai você sai das festas juninas setembro você vai ter cosme e damião que é muito forte alguns lugares do brasil como rio
de janeiro como a própria bahia chega em outubro você tem o pará festa do círio de nazaré que é o natal do paraense é os paraenses desejo um feliz círio como se fosse um feliz natal e aí você começa a entrar de novo no ciclo o natalinas da natividade do cristo e cada cidade tem a sua festa específica que pode ser ligado ao padroeiro a tradição mas essa cultura de festa ela é uma cultura muito marcante como construtora de sociabilidades no brasil desde a colônia mas essa cultura de festa ela vem dos indígenas vem dos
povos escravizados vindos europeus ou é uma mistura de tudo vem de todo mundo porque nós temos festas da tradição cristã e são evidentemente marcadas pela herança portuguesa vou dar um exemplo você pega a são joão santo antônio e são pedro são festas muito marcante no brasil e muito forte do nordeste tanto que você tem mais escuta inclusive sobre temperinho melhor são joão né campina grande caruaru com qual é o melhor são joão isso até deputado hoje você tem que são joão augusto não torno de carnaval em outros lugares no camarote com um negócio todos a
origem das festas juninas ela é profundamente marcada pelo cristianismo e o próprio mito da fogueira é os ritos da fogueira não muito ligadas ao paganismo e as culturas agrícolas que acendiam fogueiras para pedir as divindades a boa colheita o cristianismo redefinir isso a na tradição popular cristã por exemplo a história de que a fogueira de são joão surge porque maria fica grávida no mesmo tempo de isabel a sua prima e quando ambos estavam com barrigões elas fizeram um acordo com o seguinte a primeira criança que na sexta a mãe mandaria acender uma fogueira para que
a outra ver se a fumaça soubesse nasceu isabel pare o primeiro joão batista e mandou acender uma fogueira então a tradição do cristianismo popular diz que vem daí é a fogueiras de são joão o interessante é que são joão tem um tipo de fogueira são pedro outro santo antônio o outro tem toda uma santo antônio é curioso porque santo antônio é o santo ah e tem uma curiosidade sobre santo antônio e cuidado com esse negócio aí para o evento que dá uma bela questão na década de 40 o brasil estava passando por um momento meio
complicado na economia teve a questão da segunda guerra mundial usando os 30 vieram marcados pela grande depressão a bolsa de uma mulher quebrou então a associação comercial de são paulo é que ele ia criar uma gata que estimulasse o comércio e aí o que que aconteceu dia dos namorados porque já tem data para mãe já tem data para o pai os namorados e aí qual foi a ideia o dia dos namorados na tradição anglo-saxã é dia de são valentim que não é da nossa tradição popular a ideia foi a seguinte quem é o santo casamenteiro
é santo antônio que dia santo antônio 13 de junho o namoro é a véspera do casamento então bota a festa dos namorados dia doze de junho na véspera da festa do santo casamenteiro né então essas festas trazem essas tradições da cultura popular o homem tudo porque você vai ver que tem uma culinária de festa culinária de são joão muito ligado ao cultivo domínio é o milho também na cultura popular é muito obrigado ao pedido da rua colheita é do que então é da canjiquinha então a cultura de festa ela vai muito além do evento propriamente
dito e ela acaba perecendo diversas sociabilidade no brasil o estado é interferir nas festas o estado interfere nesse processo festivo no nosso país ao estado interfere o estado não pode interferir de várias maneiras e interferir de várias formas ao longo da história a por exemplo um exemplo concreto disso é quando o brasil estava tentando pensar construção da identidade nacional sobretudo na era vargas houve uma geração de intelectuais que começou a pensar numa possível identidade nacional a partir da cultura do brasil mestiço isso é uma reflexão que vinha lá do modernismo né quem tá pensar esse
tipo de coisa e aí chega geração o freire que de vez em quando aparece já apareceu um em clusive contava grande senzala uma certa leitura da cultura brasileira a partir do encontro das raças isso hoje inclusive é muito criticado com o argumento de que essa leitura é muito cordial e ela imprimir in uma série de tensionamento de históricos nesse contexto na era vargas algumas festividades que tinha um forte influência dos ameríndios e também fortes influências da cultura dos descendentes de africanos e africanas elas começaram a ser mais valorizadas pelo estado elas começaram a ser mais
admitidos no rio de janeiro vou te dar um exemplo tem uma festa muito importante que é de nossa senhora da penha a festa da penha na primeira república era muito tensa quero uma festa de origem portuguesa para nossa senhora da penha mas a população negra do rio de janeiro para você tava ativamente rezando e fazer o samba quero muito comuns as rodas de samba na festa da penha vai o contexto em que a penha é um quebra-pau porque a festa é reprimida por que a polícia havia prendido um sambistas capoeiristas e tal tá a partir
da era vargas isso muda a capoeira passa a ser vista como esporte nacional o getúlio chega a falar disso ele dá uma autorização para que mestre bimba baiano cria uma academia para o ensino da capoeira no pelourinho com tanto que esse ensino seja feito um espaço fechado então olha aí né vamos valorizar mas tira da rua mundial descontrole vamos para o espaço fechado organização da a organização da festa ao mesmo tempo você tem um processo muito curioso ligado ao samba de música percebida no início da república vira um elemento de construção da identidade nacional né
então o samba vira esse tipo de coisa as festas que envolvem o samba nos batuques da penha passando pelo carnaval né isso tudo então começa a ganhar uma colocação é muito especial você passa por a dimensão do folclore a valorização das festas do boi bumbá o ciclo do bumba meu boi boi do maranhão né hoje a história se remete a negra catirina é que era casada com pai francisco e que tem desejo de comer a língua do boi só que o boi era o predileto do patrão do pai francisco então ele acaba né matando um
boi para dar língua para caatinga e no patrão descobre que é castigada e tal mas acontece um milagre e o que diz a tradição é que o boi ressuscita né e o boi aparece dançando colorido e tal daí a origem das festas de bumba-meu-boi que são muito marcada também pela presença indígena é no boi tem uma sonoridade que vem muito também dos tambores indígenas letal além da herança africana tudo começa segundo valorizado porque um lá era vargas começa a criar uma certa ideia sobre folclore brasileiro a partir da valorização da herança cultural o que é
português oi tia negra que é indígena e que também é dos diversos imigrantes que começam a chegar no brasil então as festas condensam todas essas dimensões da gestão de roberto freire né dessa ideia de uma tentativa de criação de uma democracia racial nosso país e olhar de miscigenação positivo para o inpi depois vai ser criticado pelo florestan fernandes lá na frente mas é eu sei que você escreveu alguns livros falando candomblé além de conhecer candomblé você acha que a questão do candomblé a questionar umbanda essa realidade das religiões de matriz africanas tão bem especial esses
festejos estão bem trouxeram alterações para forma de festejar e comemorar nosso país muito claro que sim vou te dar um exemplo concreto na tradição gostando o flash da bahia de pernambuco existe uma brincadeira que acontece no carnaval é que é o cortejo como se fossem bloco chamam-se afoxés né os afoxés são cortejos the random blast que toca um ritmo chamado em fechar enfim que é de uma referência ea e esses a pochete começam a desfilar esses a pochete ganhou popularidade na bahia uma força oriundo de orange candomblé ou gancho aqueles tocadores de tambor e tal
o afoxé dos filhos gigande ele se transforma numa grande manifestação mas enorme manifestação da cultura popular o maracatu pernambucano está muito ligado também a força dos terreiros das casas de candomblé de pernambuco no xangô do recife como a gente chama então há uma ligação entre os cortejos negros o maracatu né ea cultura do candomblé tá tudo sempre esse ano tudo isso é cruzado a própria festa de réveillon na praia no rio de janeiro ela é uma festa muito vinculada à iniciativa dos umbandistas podem 1961 o personagem é chamado tancredo da silva pinto ele resolve começar
a estimular a comemoração do réveillon na praia e vai amor já tô aqui no rio de janeiro e arranjar é muito vinculada aos trinta e um de dezembro enquanto na bahia é o dois de fevereiro então a rigor você tem um caldo de cultura que mistura herança do cristianismo com a herança das religiosidades africanas com algumas visões de mundo indígena está tudo isso muito misturado né essa mistura em certo sentido ela é muito impactante para gente tentar entender o brasil foods é uma coisa que é básica essa mistura efetiva nós somos filhos dessa mistura agora
isso não quer dizer que esse processo tenha sido um processo construído de forma corriam esse é um processo construído com instância de muita violência em cima da escravidão em cima do massacre dos indígenas e tudo isso é mais nós vamos sendo esse caldo de cultura você chega em são paulo por exemplo a comunidade italiana para é o bexiga em algumas festas ligadas por exemplo a san gennaro nossa senhora tá olá tudo ali né não você tem moto bem fecha acontecendo por exemplo é em blumenau né que é uma herança da colonização alemã que tá ali
que tenta reproduzir esse tipo de coisa né nova friburgo é uma cidade que rememoram a colonização suíça então o brasil tem essa pluralidade muito intensa que se reflete no nosso extensíssimo e maravilhoso calendário de festas vamos as festas nessa nos festejos do que ele perguntar de um especial que eu sei que é uma tristeza que simbolizam muito né a nossa nação de forma geral escrevo que fala-se pouco sobre o círio de nazaré é o círio de nossa senhora de nazaré ele é muito vinculado a um milagre atribuído a nossa senhora de nazaré que o que
se diz é que numa estátua de nossa senhora de nazaré teria sido encontrada por um pescador muito humilde à beira de um ribeirão munduruku ali em belém do pará e essa nossa senhora foi levada com outro lugar que uma capelinha então equipo milagre ea está pote na voltava o lugar em que ela tinha sido encontrada e aí o sul é o seguinte por quer dizer então que nossa senhora quer ficar ali e aí ele manda construir uma pequena igrejinha naquele local para nossa senhora de nazaré e ela começa a ser cultuada e vira uma festa
magnífica do pará e é interessante que a procissão do círio de nazaré ela reproduz a saída da santa e a volta da santa é então você tem um círio você tem o recírio a cerimônia de volta e o círio de nazaré hoje é realizado de manhã por uma razão muito interessante no século 19 as chuvas de fim de tarde em radiografia explica isso na amazônia eram muito intensas então você teve ano que os grandes temporais prejudicaram muito a procissão do círio e a procissão passa acontecer de manhã agora num sítio você tem muita coisa você
tem internet se a culinária paraense que é muito marcada pelos sabores indígenas né é o pato no tucupi o tacacá a maniçoba a culinária é muito interessante esse interessante a caiu questão enem sobre o feijão tropeiro e o brasil tem algumas culinárias autóctones né que são típicas do lugar é a cozinha amazônica ea cozinha do espírito santo que a culinária caiçara de pescadores eles fazem albuquerque a ficha quer que não leva o azeite de dendê então o círio acaba no fim das contas condensado uma série de festividades do pará é o grande evento do catolicismo
latino-americano em um dos maiores do catolicismo mundial né os filhos no nazaré tem a tradição de que o romero é aquele que consegue segurar na corda né que para mim tá sendo levado uma dor de nossa senhora é uma grande festa os filhos sem dúvida nenhuma é muito intenso e é curioso porque a gente pode trabalhar migrações em vários lugares do brasil ocorre o círio de nazaré no rio de janeiro por exemplo a comunidade paraense que migrou para o rio ela se reúne em dois lugares no posto 6 em copacabana e na haddock lobo que
é um o bairro da tijuca é um bairro da zona norte do rio e fábio círio de nazaré sai uma procissão o dia do círio o segundo domingo de outubro aquele negócio todo né pelas ruas da tijuca copacabana porque é o paraense que saiu no norte e foi para outros lugares né conseguindo construir sociabilidades que o ligam a terra de origem com outras pessoas que saíram então a gente vê um bando de camisa do remo do paysandu da tuna luso águia de marabá uma pessoa urgente né porque no brasil inteiro onde tiver um paraense é
isso que se costuma dizer tem os filhos de nazaré é muito bom e sabendo que as festas não são momentos foi uma oração e diversão é tem ligação com nossa realidade quando essa cultura e por aí vai agradeceu simas tá a presença aqueles que vocês estão vendo a gente também é que a gente se encontra em próximo vídeo vale sempre ligado é isso aí ó e aí e aí
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