COMO ME LIBERTEI DA SÍNDROME DO IMPOSTOR | MEU RELATO E DICAS PRÁTICAS

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Camila Renaux
Vocês pediram muito por esse tema e é hora de falar sobre a Síndrome do Impostor: o que é, causas e ...
Video Transcript:
Oi, pessoal! Hoje um conteúdo muito especial por aqui, eu vou falar a respeito de Síndrome do Impostor e os cinco passos que eu segui para me libertar dela. Vamos entender isso melhor?
Então vem comigo e se joga! Só que antes da gente começar, tem um convite especial: clique e se inscreva para ficar por dentro de todo o conteúdo que eu compartilho por aqui, porque é grátis, não tem glúten e faz super bem! Síndrome do Impostor é um termo usado para descrever uma auto percepção de falsidade intelectual.
É aquela sensação de ser uma fraude, de não ser bom ou competente o suficiente para fazer o que a gente faz ou para ensinar alguma coisa relacionada à nossa área. Essa síndrome não é tão rara assim e personalidades como Michelle Obama, Neil Armstrong, Tom Hanks e Camila Renaux já falaram abertamente sobre sofrer de todas as consequências de se sentir uma fraude, de não se sentir competente o suficiente, especialmente na hora de se expor. Eu vou compartilhar com vocês os cinco passos que eu tomei para conseguir me libertar dessa síndrome.
Eu brinco que ela não tem cura, mas ela tem tratamento. E é importante que a gente consiga realmente romper com esse padrão de autossabotagem. A Síndrome do Impostor está muito relacionada a esse comportamento de se sabotar.
Você procrastina, você começa a se tornar mais perfeccionista e passa a ter uma série de comportamentos que vão sempre te afastando do seu objetivo e, claro, atrasam também os seus resultados. Meu primeiro passo: foi tomar a decisão de mudar. Eu sei que isso parece clichê, mas é essencial que a gente passe a assumir um compromisso.
Você tem que estar decidido, você tem que desejar essa mudança. Afinal, a Síndrome do Impostor não tem cura e você vai ter que ser muito aderente e disciplinado no seu tratamento. Eu te garanto que você vai esquecer que alguma vez você sofreu com Síndrome do Impostor, mas nesse momento você ainda não está assim e você tem que ter clareza do porquê da sua decisão e lembrar: “Agora eu decidi e esse é um compromisso que eu estou assumindo comigo mesmo!
” Segundo passo: eu parei de esperar a vontade. Eu passei a agir por disciplina. Para a gente ter sucesso em alguma coisa que a gente faz, é muito importante que a gente seja frequente, consistente.
É aquela história de repetir todo dia algo que, na maioria das vezes, a gente não está com vontade de fazer. Isso porque tudo tem um preço. O sucesso tem um preço.
Então: “Poxa, eu quero me tornar uma pessoa mais saudável! ” “Eu quero ter essa consequência, esse resultado, de uma maior disposição. ” “Eu quero estar com a minha autoestima em dia!
” “Qual é o preço que eu vou ter que pagar? ” “Eu vou ter que me exercitar todos os dias. ” E até que isso se torne prazeroso, a gente tem que virar algumas chavinhas.
E aqui eu vou contar uma história que eu escutei do meu marido, que tomou essa decisão de ser uma pessoa mais saudável. Ele comentou comigo: “Poxa, faz um ano que eu estou comprometido, eu não falto mais, mas eu nunca acordo com vontade de ir. ” “Todo dia eu acordo e falo assim: ‘hoje eu não vou.
’ Aí eu pego o meu celular para desmarcar e penso: ‘Ah, meu Deus, eu vou desmarcar com a pessoa’ e aí eu vou! ” “Quando será que eu vou acordar morrendo de vontade de me exercitar? ” E olha, é muito provável que esse dia demore muito para chegar, a menos que a gente ressignifique tudo isso, em que a gente passa a dar um significado diferente, de dizer: “Poxa, isso aqui é um momento que eu adoro!
” E você passa a olhar para o resultado, para aquilo que você vai receber, e você termina o seu treino e fala: “Nossa, eu estou muito mais disposto! ” “Como eu estou bem, como eu estou me sentindo mais forte! ” Mas a verdade é que naquele momento do preço a pagar, você vai estar sentindo desconforto.
Eu tenho um conteúdo que eu já fiz aqui para vocês falando a respeito da necessidade de normalizar o desconforto, aceitar que sim, é desconfortável se desafiar, mas que os resultados vêm desse desafio também. Então, para você crescer, na sua zona de crescimento existe desconforto, porque na zona de conforto nós não estamos evoluindo. Os meus vídeos também são um exemplo muito claro da Síndrome do Impostor agindo na minha rotina.
Então eu tomei essa decisão e parei de esperar a vontade de gravar. Eu tinha o compromisso de gravar. E é justamente esse o terceiro passo tão importante que me ajudou a tornar o processo mais prazeroso, a ser mais aderente e a me soltar.
Porque durante muito tempo eu fazia o vídeo, mas eu estava ali que nem um robô, eu não estava confortável com isso. Foi entender que esse era um compromisso comigo mesma. Olha só como quem sofre de Síndrome do Impostor costuma ser muito bom com o compromisso dos outros.
Então, ao assumir um compromisso com o cliente, faz tudo pelo cliente, chega pontualmente, antes da reunião começar, já está lá, se prepara com antecedência, mas na hora de fazer para si, esse auto compromisso, começa a se sabotar. “No final do dia, eu faço! ” “Hoje não vai dar, mas amanhã eu começo!
” “Na segunda-feira! ” “Eu nem queria mesmo estar aqui gravando vídeos! ” Eu falava isso com muita frequência: “Ah, eu nem tenho tanta vontade assim de produzir conteúdo, de estar presente.
” Então a gente vai arranjando essas desculpas. E um ponto muito importante para essa virada de chave e para eu conseguir superar a Síndrome do Impostor, foi entender que eu era um compromisso tão importante quanto qualquer cliente. Eu era aquela consultora que gerava excelentes resultados para os meus clientes, mas no maior estilo “casa de ferreiro, o espeto é de pau”, eu não produzia conteúdo.
Eu não tinha essa mesma disposição e dedicação para o meu próprio Marketing. E tornar isso um compromisso, algo que ressignificou o processo para mim, fez toda a diferença. Quarto passo essencial: foi entender que a Síndrome do Impostor não tem relação com incompetência, e sim que ela é um efeito colateral da sua competência.
É o oposto, exatamente o contrário. A ciência pode nos ajudar aqui falando a respeito do efeito Dunning-Kruger, um efeito estudado de um viés cognitivo. Quanto mais conhecimento a gente tem a respeito de algo, quanto maior a nossa competência, maior a sensação que nós não somos bons o suficiente, que a gente não sabe o suficiente.
E isso também acontece no oposto. Gosto aqui de falar a respeito dos adolescentes, que são cheios de razão, cheios de certezas, justamente porque eles não viveram ainda o suficiente para ter dúvidas, e aí se sentem muito autoconfiantes. Então, quando você não conhece um tema, a sua percepção de confiança, a sua autoconfiança está muito elevada.
Quando você começa a aprender, você vai sentindo que você está caindo de confiança. “Nossa, como isso é difícil? ” “Nossa, quanta coisa que eu não sei!
” “Será que eu vou conseguir aprender? ” E aí vem o momento mais delicado pra quem sofre a Síndrome do Impostor, que é quando você está construindo competência. Então você já faz cursos, você estuda, você aplica.
Você está trabalhando há algum tempo e você começa a se encolher ali, dizendo: “Meu Deus, eu não sei nada. ” É o tal do Vale da Desilusão. Eu sei que é contraintuitivo pensar assim.
Mas você tem que lembrar que justamente no seu momento de maior evolução da sua competência, quando você estiver aprendendo, aplicando e realmente evoluindo, é o momento que você mais fortemente vai subestimar a sua própria competência. O que a gente tem que fazer aqui? Entender que quanto mais eu sei, mais eu me questiono, porque quem não se questiona simplesmente cruza o braço e fala: “Eu já sei tudo, tô de boa, sou demais!
” E para de buscar conhecimento, de aplicar conhecimento, e para também se questionar justamente porque esse questionamento causa esse desconforto que nos motiva e nos move para mais aprendizado. Aqui, quando a gente passa a entender isso e fala: “Poxa, o que eu estou sentindo não é porque eu sou incompetente! ” “Eu não estou errado por me sentir assim!
” “Isso é apenas um efeito colateral da competência que eu já tenho! ” A gente pode migrar para um momento de mais sabedoria. O que é a sabedoria?
“Só sei que nada sei, porém, sei bastante! ” Você já consegue entender que você caminhou através da sua competência, do seu conhecimento, que você evoluiu, mas que todas as respostas, que todo o conhecimento do mundo é algo realmente impossível de alcançar. Então, assim que os sábios se comportam, eles são humildes.
Eles não são arrogantes, justamente porque eles sabem que não são os donos da verdade. As pessoas realmente competentes são sábias. Elas têm sim dúvidas, mas elas também honram o seu trajeto e o seu percurso através de aprendizado.
E agora o nosso quinto passo, é o que me ajudou demais durante esse processo, e é uma dica super prática, que é passar a ignorar dicas e opiniões, mesmo que bem intencionadas, durante um período de três semanas. Esse período não está aqui à toa, porque ele é o prazo médio que a gente costuma levar para adquirir um novo hábito. Muitas vezes, aquilo que a gente chama de crítica são apenas opiniões, dicas, sugestões.
É aquela história da crítica construtiva. “Ai, Camila, por que você não usa blusa verde? ” “Fica tão bem em você!
” Como é que a pessoa que tem Síndrome do Impostor vai pensar? “Tá vendo? Olha só, escolhi errado!
” “Eu sabia que não devia ter escolhido essa blusa roxa! ” “Agora eu estou totalmente errada! ” “Onde eu estava na cabeça quando eu pensei em gravar vídeos e aí todo mundo está vendo que eu não sei escolher a roupa certa!
” É mais ou menos assim que a gente pensa quando tem Síndrome do Impostor, ou então que sofrendo de perfeccionismo, que são coisas que estão muito próximas, afinal, são comportamentos com a mesma raiz, comportamentos sabotadores. Durante esse período de três semanas, você vai ignorar. Eu já tinha o canal atuando e eu estava comprometida com esse processo.
Então você imagina que as pessoas deixam dicas. Elas criticam o seu conteúdo dizendo que ele deveria ser feito de um outro jeito. Elas elogiam, mas complementam com sugestões: “Ai, conteúdo muito bom, mas você deveria ter falado de tal coisa!
” Eu lia, chegava a responder, mas eu fazia esforço mental para não voltar a pensar naquilo. Já chegou a acontecer de eu fazer uma apresentação, de repente em algum cliente, vir uma sugestão ou um feedback e de noite aparecer aquele pensamento: “Ai, eu não deveria ter feito isso! ” Eu me esforçava, fazia aquele esforço consciente para não pensar naquilo, eu falava: “Não, não vou botar esse pensamento para agir agora!
” “Você vai ficar guardadinho nessa gaveta e depois eu penso em você! Porque durante o período de três semanas eu não preciso de nenhuma dica, nenhuma opinião, nenhuma crítica construtiva, mesmo que bem intencionada. Somente três semanas para eu não pensar em nada que eu possa melhorar.
Tá tudo perfeito do jeito que é. ” Fingir perfeição durante três semanas mudou a minha relação com vários aspectos da minha vida profissional, com a minha produção de conteúdo, com a vergonha, e com o medo de aparecer. E aí você começa a se acostumar com o fato natural do ser humano vir até você com algo a sugerir, a melhorar, uma opinião, muitas vezes que você nem pediu, mas ela vai chegar até você.
E aí eu já estava muito mais habituada e liberta desse perfeccionismo. Hoje, quando alguém sugere algo, quando alguém critica, quando alguém traz um feedback sincero, na verdade eu passo a adorar essa sensação. Eu não tenho mais nenhum desconforto.
Já recebi aqui um alô do #TeamCami, falando: “Ai, não fica chateada, mas tal coisa aconteceu! ” Ou então “o seu cabelo está de um jeito diferente nos Stories! ” “Não fica chateada!
” Eu jamais vou ficar chateada com isso. Isso é apenas uma crítica, uma opinião, um feedback para me ajudar, super bem intencionado. E eu parei de ter problema com isso.
Mas vamos lembrar: Se você ainda não passou por esse processo das três semanas, isso vai te afetar. Isso vai sabotar o teu processo. Você pode até desistir no meio do caminho, porque gera muito desconforto.
Você ainda não está preparado para entender isso como algo muito bom para você, uma opinião que você pode ouvir, acatar e de repente, nem seguir. Você ainda não está nesse momento. Essa é a hora de entender que está perfeito do jeito que está.
Eu espero que vocês tenham gostado desse conteúdo que eu fiz do fundo de coração, com todo o carinho. E estou aqui na torcida sincera para que vocês se libertem dessa síndrome que não nos ajuda em nada, mas é um efeito colateral da nossa própria competência. Um super beijo!
Até a próxima!
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