o Olá pessoal tudo bem com vocês eu sou a Bruna e esse é o negro e as escrituras um canal literário dedicada autoria Alegre o vídeo de hoje a gente vai conversar sobre uma grande intelectual brasileira que é lélia Gonzalez você sabe que quando ela levou Sales assistir esse vídeo até o final que eu vou te contar um pouquinho de tudo que eu li sobre lélia Gonzalez para vocês conhecerem um pouco mais essa grande intelectual Brasileira antes de começar o vídeo não se esqueçam disso já deixar esse like se inscrever aqui no canal Compartilhar esse
vídeo com mais alguém que queira saber um pouco mais sobre lélia que queira conhecer outras intelectuais negras para que o negro escrituras continue crescendo e alcance mais pessoas e isso ajuda demais Muito obrigado bom quem é lélia Gonzalez levam Sales ela foi uma mulher né ela é muito lembrada por ser uma grande intelectual Negra e por ser uma grande militante do movimento negro Unificado que foi um um e surgiu nos anos no ano de 1978 mais leve ela tem uma trajetória de vida que envolve várias questões e que assim quando a gente para falar sobre
ela a gente vai se encantando e vendo a multiplicidade de discussões teóricas que ela vai fazendo os caminhos que lélia caminhou Porque ela foi uma grande intelectual ela foi militante do movimento negro ela participou da fundação do partido dos trabalhadores ela foi candidato a político então a teve uma carreira política uma carreira intelectual uma carreira de militante e dentro da carreira de intelectual não se restringiu a uma única área de conhecimento então isso faz com que pelo menos para mim né como jovem estudante é enche meus olhos de orgulho e de querer saber mais sobre
lele porque ela é uma mulher de múltiplas fáceis assim por assim dizer e ao mesmo tempo a trajetória de vida de Léia também é uma trajetória bem interessante de se conhecer o vídeo ele vai ser um pouco baseado no que tá aqui nesse livro que é que é escrito pelo alex.rar e pela Flávia rios que é uma biografia da lélia Gonzalez que conta um pouco quem é lélia Gonzalez mas também um pouco da leitura do livro Primaveras para rosas negras que ali tem vários artigos reunidos da lélia Gonzalez agora no ano de 2020 a gente
vai ter mais um lançamento de um livro de artigos né de coletânea de artigos da lélia enquanto tô gravando esse vídeo ele já está circulando eu vou deixar a foto por aqui e a gente vai conversar então um pouco quem e Léia lélia Gonzalez ela é a penúltima filha de 18 filhos e ela começa muito entrevistas que esse fato dela ter sido a penúltima filha garantiu que ela tivesse o acesso à educação por exemplo porque os pais da lélia eles não tinham essa perspectiva de que a educação era uma questão importante para família né lélia
fala muito entrevistas que o E o Zé se estudavam a tela e o que era o tido como primário até quarta quinta série E aí depois ia ajudar nas despesas de casa porque a mãe dela indígena e o pai negro eles tinham muito essa questão de sobrevivência de pagar as contas de casa e leve-o como ela foi a penúltima filha ela já foi criada junto com os sobrinhos Ela comenta numa entrevista que os pais já haviam ela mais comum a neta do que como uma filha e é isso garantiu que ela tivesse o acesso à
educação ela veio para o Rio de Janeiro na época que o irmão dela tava jogando no Flamengo e aí ela tem acesso a grandes a ela tem acesso durante esse período que o irmão vem jogar aqui no no Rio de Janeiro ela tem acesso a continuar a educação ela ingressa na federal do Rio de Janeiro também ela ela acaba se formando em história geografia e filosofia e aí depois ela continua uma carreira acadêmica ela ela em instituições particulares no Rio de Janeiro em plena ditadura militar e isso é refletir muito do que ela vai comentar
depois de como se deu o processo dela de descobrimento enquanto mulher negra porque hoje em dia a gente fez e lélia Gonzalez como a grande militante e nesse livro aqui tem muito essa divisão de lélia antes eledia depois de se tornar militante porque a lélia comenta sobre isso de que nesse Como ela foi acendendo socialmente nesse processo de mobilidade social enquanto mulher negra ela foi se embranquecendo ela foi se assimilando e esquecendo suas raízes e principalmente se lembra que sim mas o tempo que lélia Gonzalez dava aula em colégios renomados no rio ela tinha o
cabelo liso ela tava nesses processos de assimilação e ela comenta né a biografia dela é muito parte do que ela contava sobre ela é né ela dizia muito que o primeiro marido dela que é o que deu sobrenome de González para ela foi muito importante nesse processo de descoberta enquanto mulher negro de leads e E assumir que ela é uma mulher negra e também pelo processo do racismo Que ela sofreu por parte da família desse marido então foi a partir desse momento que ela começou a enxergar que ela era uma mulher negra e que algumas
coisas né estruturalmente atravessavam porque a família ficou bem revoltada ao descobrir que eles eram legalmente casados nela conta esse uma entrevista que está no livro de Primaveras para as rosas negras Ela comenta né então com a família dele do desse marido dela que era branca ela ficou bem revoltada foi bem preconceituosa ao descobrir que eles eram legalmente casados porque eles não estavam numa relação aberta ou informal se a gente quiser chamar assim ele ela é uma intelectual como eu comentei no início do vídeo a vida por vários Aires como vocês viram ela é formada em
filosofia história e geografia o doutorado dela é na antropologia mais ela discutiu muito sobre a psicanálise pelo fato dela tá dando aula em instituições privadas naquela época da ditadura militar Ela ajudou Inclusive a construir nela ajudou a fundar o colégio freudiano do Rio de Janeiro em 1975 e escrita da lele ela é muito influenciada pela psicanálise de Lacan que esse colégio freudiano do Rio de Janeiro ele é responsável por determinar o pensamento de uma cama aqui no Brasil e os textos da lélia Gonzalez Principalmente aqueles no existe no texto mais ou menos profunda de LED
mas racismo sexismo na cultura brasileira ela explora bastante essa questão da psicanálise no numa categoria de americanidade ela também explora esses A análise do Lacan então a Amélia foi uma intelectual que transitou por várias áreas Então essa é uma das coisas que dá para se destacar da Léia e ela também narra como parte desse processo de descobrimento dela enquanto mulher negra a Lei dos atravessamentos do racismo da Família do marido Ela comenta né do período e que ela vai se aproximando da religiosidade afro-brasileira do Candomblé em específico no final dos anos 70 ela vai se
aproximando do Candomblé e ela vai começando a fazer essa reflexão de como o processo de mobilidade dela enquanto professora Universitária enquanto uma mulher negra que estava dentro da academia foi afastando ela dessa base de mulher nele foi embranquecendo ela mesmo e aí a partir disso ela começa a introduzir algumas algumas reflexões E aí a gente tem essas guinada para ler que a gente conhece hoje que a grande intelectual negra do movimento negro Oi e aí ela começa encontrar os seus espaços de militância começa a participar da militância começa a participar das da organização do m1to
já comentei no início do vídeo que é o movimento negro Unificado que é um protesto que vai acontecer nos anos de 1988 é um Marco na história dos movimentos sociais aqui no Brasil do movimento negro e específico E aí lélia ela foi uma grande crítica também a esse movimento negro aqui no Brasil assim como o Angela Davis que tá aqui em cima assim como Angela Davis lá ele é discutir muito sobre o quê Ângela chama de mulher raça e classe e que depois se tornou é o conceito de interseccionalidade porque lélia vai ser uma das
grandes feministas brasileiras e ela vai sempre apontar isso em todos os textos dela vai questionar porque aqui dentro do movimento feminista brasileiro não se discute a exploração da mulher negra lele vai sempre apontar e O que é a mulher negra que a base da sociedade que essa mulher negra que está sustentando a sociedade que essa mulher negra que constrói a sociedade brasileira ao contar histórias de ninar pegando o gancho da Conceição Evaristo né que conta histórias sobre a África contra contra histórias é sobre as regras conta histórias para os filhos da casa grande elas vai
africanizando a cultura brasileira assim como ela vai dizer também que essa mulher negra que no pós-abolição foi a responsável por da conta do sustento da casa da família negra e dá conta de da liberdade para a mulher branca como empregada doméstica na casa da mulher branca que se libertou dos afazeres domésticos para trabalhar fora enquanto essa mulher negra tinha que dar conta da do sustento e da criação e de seu sustentáculo da família negra e o sustentáculo dessa família Branca aos trabalhar com ele a Lele vai discutir muito sobre a empregada doméstica enquanto uma continuação
da mucama da época da escravidão ação ela vai discutir sobre a imagem da mulata construção dessa mulata modelo exportação E se eu posso trazer em outro vídeo para vocês alguns dos conceitos de lélia para a gente aprofundar lélia também né como eu falei ela tem essa influência do Lacan e do colégio freudiano de do Rio de Janeiro e ela vai discutir então ao conceito de americanidade que é uma categoria de análise muito interessante que é o conceito cunhado a partir da psicanálise e de das estruturas do racismo se a gente pode chamar assim do que
hoje a gente conhece como colonialidade então leve e para mim é uma das grandes intelectuais brasileiras de coloniais e lélia também deve pensando nessa nesse trânsito ela escreve de uma forma muito cotidiana muito próxima e em alguns dos textos de lélia ela Traz essa discussão da psicanálise ao mesmo tempo ela tá usando que ela mesmo criou de preto gays que é esse português africanizado mas que é um português que é tão língua oficial quando o português então a gente vai ter uma escrita de por exemplo como é que é como é ela vai escrever comé
para ela vai escrever para ela vai sempre escrever a partir desse pretuguês então ela é ruim esse termo e ela defende ela escreve isso é em seus textos então no mesmo texto entre a gente tem esse preto gays ali a gente tem uma grande discussão lacaniana de psicanálise de várias outras coisas que estão na estrutura do racismo brasileiro leva ela ela discutir muito alguns textos dela trânsito ou muito por questões econômicas por várias questões e é isso e isso traz uma reflexão que era por isso que eu queria gravar esse vídeo É nesse momento que
a gente tá gravando para o mês de novembro é como ela é uma grande intelectual multifacetada que faz parte da história do Brasil o que eu queria trazer com esse vídeo pra gente discutir também é uma lélia Gonzalez como uma intérprete do Brasil é para quem não é acostumado com esse com esse conceito de intérprete do Brasil dentro das ciências humanas Gerais médico Ciências Sociais história e geografia a gente tem uma perspectiva de que existe uma intérpretes do Brasil que eram aqueles intelectuais do início do século 20 que dizia o que que era o Brasil
dentro desses intérpretes do Brasil a gente tem Gilberto Freyre e Sérgio Buarque de Holanda Caio Prado Júnior é um monte de homem que tá discutindo a história do Brasil como é a formação da sociedade brasileira tá fazendo a interpretação do Brasil e a Raquel Barros ela tem uma dissertação comparando Angela Davis e lélia Gonzalez nessa nesse a interseccionalidade mas de toda a trajetória e pensamento intelectual dessas duas grandes mulheres negras ela Traz essa defesa já na introdução do Primavera para rosas negras mas ela Traz essa defesa leva era uma intérprete do Brasil Ela é uma
grande intérprete do Brasil daquele período que ela estava vivendo Mas se a gente parar para ler os textos da lele dos anos 80 é assim são textos maravilhosos mas chorar haveis ao sentido de que leve estava dizendo isso nos anos oitenta e novos em 2020 a gente está vivendo a mesma coisa que ela tá escrevendo então a gente avançou algumas pontos mas a gente novas Ou nem tanto então é é chorar ável e é difícil nesses textos nesse sentido não é pelo pela interpretação pela escrita é maravilhoso mas ao mesmo tempo até essa angústia de
que meu Deus galera está escrevendo hoje sabe mas a questão que que eu queria comentar com vocês a justamente isso de como e os nossos intérpretes negros não entrou para dentro do plano e acadêmico daqueles intelectuais que são reconhecidos enquanto intelectuais como eu comentei da trajetória de lélia como ela tem esse pé na militância esse pé na política esse pé em várias questões mais sociais é de articulação social Ela acabou não sendo reconhecida dentro da academia enquanto uma intelectual a gente tá com esse movimento dos últimos cinco anos para cá principalmente a partir de nós
estudantes negros e negras que ingressamos nas universidades através dos programas de políticas afirmativas que estamos buscando conhecer mais os nossos intelectuais e resgatando essa memória é intelectual negro brasileira que a gente tem muito essa memória fora da academia né dentro da militância e que a gente não traz não não tinha espaço dentro da academia processo de discussões Então esse vídeo é um pouco isso para gente conhecer um o grande intelectual que ela é González dessa Pintadinha de bolso para que vocês busquem mais saber sobre ela leia os textos de lélia porque esses são livros livros
não são artigos incríveis e que vale muito a pena a discussão eu vou ficando por aqui deixa aqui nos comentários como vocês conheceram Hélia Quanto é o que que você já leram sobre lélia Gonzalez essa Esse vídeo foi bom foi legal se vocês querem saber um pouco mais sobre os conceitos incide lélia Gonzalez deixa nos comentários a gente se encontra no próximo vídeo tchau