ELA EMPRESTOU DINHEIRO PARA ELE PEGAR O ÔNIBUS, SEM IMAGINAR QUE ELE ERA MILIONÁRIO...

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Histórias do Coração
ELA EMPRESTOU DINHEIRO PARA ELE PEGAR O ÔNIBUS, SEM IMAGINAR QUE ELE ERA MILIONÁRIO... #HistóriasDo...
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mulher empresta dinheiro para um homem pegar o ônibus sem imaginar que ele era milionário dias depois os dois acabam se apaixonando Isabela acorda todos os dias antes do sol nascer mesmo quando o cansaço pesa nos ombros e os olhos imploram por mais 5 minutos de descanso o despertador toca insistentemente ao lado da cama e ela num reflexo automático estende a mão para desligá-lo mas não há tempo para preguiça ela se levanta pega uma roupa qualquer no armário e segue direto para a cozinha onde Dona Marta já está acordada preparando um café simples a mãe sempre
insiste para que ela coma alguma coisa antes de sair mas Isabela geralmente recusa dizendo que não sente fome logo cedo a verdade é que ela prefere economizar o pouco que tem mesmo que isso signifique sair de casa com o estômago vazio enquanto prende o cabelo em um coque apressado veste o tênis e dá um beijo rápido na mãe já pensando na longa jornada que tem pela frente a rua ainda está escura quando ela sai de casa e caminha até o ponto de ônibus o vento frio da manhã arrepia sua pele Mas ela já está acostumada
fones no ouvido Isabela se distrai ouvindo música enquanto observa a cidade acordando aos poucos carros passam apressados algumas pessoas caminhando para o trabalho outras voltando da balada quando o ônibus chega el ela sobe passa o cartão e se acomoda em um dos poucos assentos vazios o trajeto dura quase uma hora e o balanço do veículo às vezes faz seu corpo pedir por mais sono mas não pode cochilar abre a mochila e aproveita o tempo para revisar anotações da faculdade mesmo com a cabeça ainda meio Pesada da noite anterior sabe que cada minuto conta e que
precisa se esforçar o máximo possível se quiser um futuro Diferente ao chegar na cafeteria Ela veste o avental e Respira fundo antes de encarar mais um dia de trabalho assim que entra o cheiro de café recém passado preenche o ambiente misturado ao som das máquinas e das conversas dos primeiros clientes do dia o movimento começa devagar mas logo o lugar se enche de gente apressada pedindo cafés para viagem e pão na chapa Isabela se desdobra entre anotar pedidos preparar bebidas e manter tudo organizado às vezes algum cliente mal descarrega a impaciência nela mas ela Respira
fundo e segue em frente não pode se dar ao Luxo de perder o emprego mesmo Exausta força um sorriso e atende o próximo da fila o expediente se arrasta entre xícaras trocos e bandejas equilibradas com cuidado seu uniforme já está com pequenas manchas de café quando o relógio finalmente marca a hora do intervalo sentada em um canto dos Fundos Isabela abre um lanche embrulhado que trouxe de casa não tem tempo nem dinheiro para almoços demorados Então se contenta com um pão com queijo e um suco enquanto mastiga pega o celular e checa mensagens da faculdade
um grupo de colegas discute um trabalho importante e ela se lembra de que ainda precisa terminar sua parte o dia mal chegou na metade e ela já sente a cabeça latejando Respira fundo fecha os olhos por alguns segundos e tenta reunir forças para encarar as próximas horas quando o intervalo acaba ao balcão e continua a rotina como se estivesse no piloto automático a parte da tarde costuma ser um pouco mais tranquila mas isso não significa descanso a cada cliente atendido Isabela sente as pernas mais pesadas e o corpo pedindo por um descanso que ela não
pode dar o cheiro constante de café já nem faz diferença e os barulhos ao redor se tornam um fundo sonoro constante o tempo parece se arrastar e ela checa o relógio a cada 15 minutos torcendo para que a hora de ir embora chegue logo quando o expediente finalmente termina ela tira o avental e guarda as coisas sem muita pressa o corpo dói os pés parecem de chumbo e tudo o que ela quer é um banho quente e um pouco de silêncio mas ainda não acabou do trabalho Isabela segue direto para a faculdade mais um ônibus
lotado mais um trajeto apertado mais minutos preciosos tentando absorver qualquer coisa dos livros que carrega na mochila chega na universidade pouco antes do professor começar a aula e encontra um lugar no fundo da sala onde Pode respirar um pouco sem chamar atenção o conteúdo é importante mas sua cabeça já está tão cansada que às vezes as palavras do professor parecem se misturar ela luta contra o sono faz anotações tenta absorver o máximo que consegue para ela cada aprendizado é um passo a mais na direção do futuro que tanto sonha A aula termina tarde e o
caminho de volta para casa é ainda mais cansativo o ônibus demora a chegar e Isabela sente o corpo reclamar do dia inteiro em pé ao sentar-se finalmente permite que os olhos se fechem por alguns instantes chegando no bairro onde mora caminha as últimas ruas em silêncio sentindo o alívio de estar perto de casa Dona Mara ainda está acordada quando ela entra preparando a simples para o jantar as duas trocam algumas palavras mas o cansaço pesa mais do que a vontade de conversar depois de um banho rápido Isabela se joga na cama sabendo que em poucas
horas tudo começará outra vez a noite já tinha caído quando Isabela saiu da cafeteria o cansaço fazia suas pernas pesarem mas ela ignorava como fazia todos os dias caminhou até o ponto de ônibus e se encostou no poste esperando o próximo o vento da noite estava mais frio do que de costume e ela se abraçou tentando se aquecer mexeu no bolso da calça para conferir se ainda tinha o cartão de transporte e por reflexo segurou com força a alça da mochila já havia ouvido histórias de assaltos na região e mesmo que nunca tivesse sido alvo
de um sabia que bastava um segundo de descuido para perder tudo quando o ônibus apareceu na esquina Ela respirou aliviada subiu passou o cartão e encontrou um lugar perto da janela Finalmente um momento de respiro depois de um dia inteiro em pé enquanto tentava relaxar um barulho chamou sua atenção o motorista estava discutindo com alguém perto da roleta ela não conseguia ver direito mas pela voz irritada do cobrador dava para perceber que não era uma conversa amigável outras pessoas começaram a olhar na direção da confusão um rap bem vestido que claramente não parecia alguém que
andava de ônibus com frequência tentava argumentar dizia que tinha sido assaltado e que não tinha dinheiro para pagar a passagem o cobrador cruzou os braços e Balançou a cabeça impaciente sem pagamento sem viagem disse firme o rapaz olhou ao redor constrangido como se procurasse alguém que pudesse ajudá-lo mas ninguém fez nada algumas pessoas até desviaram o olhar fingindo que não estavam ouvindo Isabela observou a cena por alguns segundos sem saber o que fazer parte dela pensou que não era problema seu mas outra parte aquela que sempre se colocava no lugar dos outros sentiu um aperto
no peito se fosse ela naquela situação gostaria que alguém ajudasse sem pensar muito levantou-se caminhou até a roleta e passou seu cartão de transporte mais uma vez tá resolvido disse Antes de Voltar para o seu assento o rapaz pareceu surpreso como se não Esperasse que alguém realmente fosse se importar ele a seguiu com o olhar por alguns segundos depois caminhou até onde ela estava e se sentou ao seu lado Obrigado de verdade ele disse com um sorriso meio sem jeito Isabela deu de ombros não foi nada ele continuou olhando para ela como se tentasse entender
porque uma desconhecida decidiu ajudá-lo sem pedir nada em troca tem gente que teria deixado eu ser expulso do ônibus sem nem piscar comentou ela deu uma risada curta é mas eu não sou esse tipo de gente ele sorriu de novo mas dessa vez parecia mais relaxado sou Gustavo disse estendendo a mão ela hesitou por um segundo antes de apertá-la Isabela o ônibus seguiu seu caminho e por um momento o silêncio se instalou entre eles mas Gustavo parecia disposto a puxar assunto você sempre pega esse ônibus perguntou tentando parecer casual Isabela olhou de canto de olho
quase todo dia trabalho até tarde e depois volto para casa ele assentiu como se tentasse imaginar a rotina dela e onde você trabalha ela apontou para o avental dobrado no colo em uma cafeteria Gustavo sorriu Então você Quem salva as pessoas com café ela riu um pouco mais ou menos isso a conversa seguiu por alguns minutos e Gustavo parecia genuinamente interessado no que Isabela dizia perguntou sobre a faculdade sobre como era trabalhar em um café e até comentou que nunca tinha andado de ônibus antes essa parte fez Isabela arquear as sobrancelhas nunca perguntou incrédula ele
deu de ombros meio sem graça sempre tive carro mas hoje né perdi até o relógio ela olhou para ele com mais atenção o jeito como se vestia o modo como falava ele Definitivamente não parecia alguém que precisava economizar para pagar a passagem mas não perguntou mais nada Afinal não era da sua conta quando o ônibus se aproximou do ponto de Isabela ela se levantou Chegou Minha Vez disse puxando a alça da mochila gavo a observou por um instante Como se quisesse dizer algo mais mas só sorriu de leve Obrigado de novo Isabela ela acenou com
a cabeça se cuida Gustavo e então desceu sem imaginar que aquele encontro mudaria sua vida Gustavo ainda sentia o peso daquela noite estranha enquanto caminhava sem rumo pelas ruas o vento frio bagunçava seu cabelo e ele tentava digerir tudo o que tinha acontecido em questão de horas sua vida tinha virado de cabeça para baixo o assalto o carro levado a carteira desaparecida E para completar ele ainda tinha sido humilhado no ônibus nunca tinha passado por uma situação assim para alguém como ele que sempre teve dinheiro e conforto precisar da ajuda de uma desconhecida para pagar
a própria passagem era algo inimaginável mas ao invés de se sentir apenas constrangido Gustavo estava intrigado a garota que o ajudou Isabela não esperou nada em troca só fez aquilo e seguiu seu caminho como se fosse normal para ela estender a mão para alguém sem motivo Ele não conseguia tirar isso da cabeça andou por mais alguns minutos até parar em frente a um prédio imponente no centro da cidade a portaria luxuosa e os seguranças na entrada deixavam Claro que não era um lugar qualquer quando Entrou no saguão o recepcionista o reconheceu na hora Senor Gustavo
que bom que chegou seu pai está esperando Gustavo soltou um suspiro já prevendo a bronca que ia levar pegou o elevador até a cobertura e Assim Que A Porta Se Abriu viu a figura rígida do pai parado na sala segurando um copo de Whisky Roberto Bezerra era um homem de presença forte acostumado a dar ordens e ser obedecido quando viu o filho entrar arqueou a sobrancelha fiquei sabendo do que aconteceu um assalto você deveria tomar mais cuidado Gustavo jogou a chave sobre a mesa e foi direto para o bar Servindo um pouco de água para
si não foi nada demais levaram o carro a carteira coisas materiais o pai deu uma risada seca coisas materiais você sabe o que significa um carro roubado no seu nome significa exposição significa vulnerabilidade não somos qualquer um Gustavo precisamos manter a imagem era sempre sobre isso imagem negócios dinheiro desde que se entendia por gente Gustavo vivia sob essa pressão cresceu em meio a reuniões eventos e jantares com gente poderosa seu futuro já estava traçado antes mesmo dele poder escolher o império hoteleiro da família Bezerra era enorme e ele era o sucessor esperado mas quanto mais
o tempo passava mais ele sentia que aquela vida não era para ele não queria passar os dias fechado em escritórios assinando contratos e tomando decisões sobre números que não sentido para ele queria viver de verdade experimentar o mundo de um jeito que nunca teve a CH e naquela noite dentro de um ônibus lotado sentiu um Pou dessa realidade pela primeira vez depois de um sermão que ele ignorou pela metade Gustavo foi para seu quarto se jogou na cama encarando o teto e o rosto de Isabela apareceu em sua mente ela parecia tão natural naquela situação
diferente das pessoas com quem ele convivia que só ajudavam os outros se tivessem algo a ganhar no mundo onde foi criado tudo era um jogo de interesses Isabela não parecia jogar esse jogo e isso despertava algo nele pegou o celular mas percebeu que não tinha nenhuma forma de encontrá-la ele não sabia seu sobrenome onde morava nada só sabia que trabalhava em uma cafeteria e por algum motivo isso foi o suficiente para ele decidir procurá-la na manhã seguinte Gustavo pediu ao motorista que o levasse a algumas cafeterias da cidade ele não sabia exatamente onde começar então
resolveu arriscar depois de entrar e sair de vários lugares sem sucesso começou a se perguntar se aquilo fazia sentido mas quando estava prestes a desistir entrou em um pequeno café de esquina e lá estava ela atendendo clientes atrás do balcão ficou parado por um instante observando-a de longe o jeito como lidava com as pessoas como sorria mesmo quando parecia cansada havia algo nela que o fazia querer saber mais criando coragem se aproximou do balcão e esperou que ela o notasse quando os olhos dela o encontraram ele viu a surpresa estampada no rosto dela você de
novo ela perguntou cruzando os braços ele sorriu acho que queria tomar um café Isabela soltou um riso baixo mas não parecia convencida tem certeza que sabe o que pedir ou precisa de um cardápio Gustavo apoiou os braços no balcão o que você recomenda ela estreitou os olhos analisando-o e então respondeu um café forte parece que você precisa Ele riu e assentiu Vou confiar no seu gosto enquanto ela preparava a bebida Gustavo olhava ao redor o lugar era simples mas aconchegante um ambiente que ele não estava acostumado mas que gostava de estar quando Isabela voltou com
o café ele pegou a xícara e experimentou um gole o gosto amargo era intenso diferente dos cafés caros e elaborados que costumava tomar mas de alguma forma parecia a melhor e então ela perguntou ele sorriu acho que vou voltar mais vezes os dias seguintes confirmaram essa promessa Gustavo começou a frequentar a cafeteria regularmente sempre puxando o assunto com Isabela entre um pedido e outro no começo ela parecia desconfiada Mas aos poucos foi se acostumando com a presença dele o que ela não sabia era que Gustavo não contava toda a verdade sobre si mesmo ele não
mencionou sua família sua fortuna ou sua posição na empresa do pai para ela ele era apenas Gustavo um cara normal que gostava de café e por enquanto era assim que ele queria que continuasse Gustavo não sabia exatamente quando parou de se perguntar o motivo de estar sempre na cafeteria no começo dizia assim mesmo que era só curiosidade uma coisa temporária mas conforme os dias passavam ele se via cada vez mais preso à rotina de aparecer por lá sempre no mesmo horário sempre ocupando a mesma mesa Sempre esperando que Isabela tivesse um tempinho para trocar algumas
palavras com ele era estranho nunca foi de se apegar a lugares muito menos a pessoas que conhecia por acaso mas ali entre o cheiro de café e o som da xícara se chocando no balcão ele sentia uma espécie de conforto que nunca havia sentido antes Isabela por outro lado ainda não sabia o que pensar sobre Gustavo Ele não parecia se encaixar no perfil da clientela de sempre não era um trabalhador apressado pegando um café antes do serviço nemum estudante procurando um canto para revisar anotações Ele simplesmente aparecia pedia um café sempre o mesmo forte e
sem açúcar e ficava ali observando o movimento como se não tivesse nada melhor para fazer no começo ela achou que ele estivesse esperando alguém Talvez uma namorada ou um amigo que nunca chegava depois percebeu que ele só estava lá porque queria estar isso era o que mais a intrigava com o tempo as conversas rápidas entre um pedido e outro começaram a se alongar primeiro foram apenas trocas de comentários soltos sobre o dia depois pequenas piadas sobre os clientes mais exigentes e antes que percebessem estavam falando sobre tudo e nada ao mesmo tempo Gustavo perguntava sobre
a rotina dela sobre a faculdade sobre os sonhos que tinha Isabela no começo respondia de forma direta sem muito interesse em aprofundar qualquer assunto mas aos poucos começou a se abrir não porque ele insistia mas porque sentia que podia falar havia algo em Gustavo que a deixava confortável ele ouvia sem parecer que estava julgando sem dar aqueles conselhos prontos que as pessoas costumam dar só para parecerem interessadas só ouvia fazia perguntas na hora certa e Ria das coisas certas e de algum jeito isso fazia com que ela se sentisse menos sozinha não que Isabela precisasse
de alguém ela tinha aprendido desde cedo que o mundo não dava nada de graça e que depender dos outros geralmente acabava em decepção mas Gustavo não parecia estar ali esperando algo em troca e isso era o que tornava tudo mais fácil um dia enquanto limpava uma mesa perto da que ele sempre ocupava Isabela olhou de relance e percebeu o que Gustavo estava Desenhando em um guardanapo franziu a testa e se aproximou o que é isso ele levantou os olhos e Sorriu nada só um rabisco ela pegou o guardanapo antes que ele pudesse esconder era um
esboço meio torto da cafeteria Desde quando você desenha perguntou cruzando os braços ele deu de ombros não sou nenhum artista mas gosto de rabiscar às vezes ela olhou para o desenho e Sorriu parece que você passa tempo demais aqui ele riu talvez eu goste do lugar a partir daquele dia Gustavo começou a levar um caderno de desenho e fazia rabiscos enquanto tomava café algumas vezes desenhava os clientes outras criava imagens aleatórias mas sem perceber Isabela se tornou seu tema preferido o jeito que ela prendia o cabelo sem muita paciência a forma como franzia a testa
quando estava concentrada em um pedido até o sorriso discreto que dava quando achava graça de algo nenhum desenho era perfeito mas ele não se importava só gostava de registrar aqueles momentos um dia quando a cafeteria estava quase fechando e os últimos clientes iam embora Gustavo ficou para ajudar Isabela a empilhar as cadeiras não que ela tivesse pedido mas ele simplesmente pegou uma e Começou a organizar ela olhou desconfiada você sabe que não ganha desconto por isso né Ele riu Eu só não tenho pressa Isabela revirou os olhos mas deixou que ele continuasse quando terminaram ela
se encostou no balcão e cruzou os braços e aí qual é a sua Gustavo ele ergueu a sobrancelha minha o quê você aparece aqui todos os dias fica nesse seu canto fazendo perguntas o que você quer Gustavo ficou em silêncio por alguns segundos como se pensasse na resposta e então deu de ombros talvez eu só goste de conversar com você Isabela estreitou os olhos tentando descobrir se ele estava brincando mas o olhar dele era sincero e aquilo a desarmou um pouco ela soltou um suspiro e pegou a mochila bom a cozinha já tá fechada se
quiser comer alguma coisa agora é a hora ele sorriu tem recomendação Ela pensou por um instante e depois respondeu a padaria da esquina ainda deve estar aberta eles fazem um misto quente decente Gustavo pegou o casaco e jogou sobre o ombro Então vamos Isabela hesitou por um momento mas depois assentiu pela primeira vez ela não estava pensando demais nas coisas só estava deixando acontecer e enquanto saíam da cafeteria e caminhavam para a padaria ela percebeu que talvez aquela conexão Inesperada não fosse tão ruim assim naquela noite a cidade parecia mais silenciosa do que o normal
o vento frio soprava pelas ruas e o som dos Passos de Isabela e Gustavo ecoava no asfalto enquanto caminhavam lado a lado tinham acabado de sair da cafeteria e estavam indo sem rumo sem pressa desde que começaram a se aproximar aquilo virou quase um hábito sempre que Isabela fechava o café Gustavo dava um jeito de estar por perto para acompanhá-la até o ponto de ônibus mesmo que tivesse um carro que na verdade nunca mencionava eles Falavam sobre tudo e nada ao mesmo tempo sobre a faculdade dela sobre os desenhos dele sobre o que fariam se
pudessem largar tudo e viajar sem destino cada conversa parecia uma Peça a mais desse quebra-cabeça que nenhum dos dois sabia que estavam montando Gustavo por mais que tentasse esconder sentia que havia algo diferente ali ele já tinha saído com outras garotas antes Já tinha vivido romances passageiros Mas nada se parecia com aquilo Isabela não tentava impressioná-lo não fazia joguinhos não parecia minimamente preocupada em conquistá-lo na verdade às vezes ele tinha a sensação de que ela nem sabia o efeito que causava e talvez fosse exatamente isso que o prendia ali ela não precisava se esforçar para
ser interessante ela simplesmente Era naquela noite Isabela estava mais quieta do que o normal tinha as mãos enfiadas nos bolsos do casaco e seu olhar parecia perdido em algum ponto à frente Gustavo percebeu mas esperou que ela falasse primeiro depois de algum minutos de silêncio ela soltou um suspiro Você já se sentiu preso em algo que não escolheu Ele olhou para ela de lado surpreso com a pergunta o tempo todo respondeu sem hesitar ela o encarou como se tentasse descobrir se ele estava falando sério sério ele riu de leve você acha que eu escolhi a
vida que tenho ela a sentiu devagar como se aquilo fizesse sentido É acho que entendo minha vida sempre foi sobre sobreviver Trabalho estudo contas para pagar nunca parei para pensar no que realmente quero só sigo em frente porque não tenho outra opção Gustavo ficou em silêncio por um momento antes de perguntar e se tivesse o que você faria Isabela abriu um pequeno sorriso mas não respondeu de imediato olhou para o céu respirou fundo talvez eu abrisse um café só meu um lugar pequeno aconchegante onde eu pudesse fazer as coisas do meu jeito sem chefe pegando
no meu pé ele sorriu acho que você faria isso muito bem ela Rio de leve Você só diz isso porque gosta do café de graça o vento soprou mais forte e Isabela se encolheu um pouco dentro do casaco Gustavo notou e sem pensar muito tirou seu próprio casaco e colocou nos ombros dela ela arregalou os olhos e fez menção de tirar ei eu não tô com frio ele apenas Balançou a cabeça agora eu que tô então fica com ele ela estreitou os olhos para ele desconfiada mas não discutiu em vez disso Segurou o casaco ao
redor do corpo e continuou andando quando chegaram ao ponto de ônibus Gustavo parou ao lado dela apoiando-se no poste o silêncio entre eles não era desconfortável pelo contrário parecia dizer mais do que qualquer palavra Ele olhou para Isabela e por um segundo sentiu que deveria dizer algo mas sua mente estava completamente em branco tudo o que conseguia pensar era em como a luz amarela do poste iluminava o rosto dela de um jeito diferente como os olhos dela pareciam mais suaves naquele momento Isabela percebeu o olhar dele e arqueou uma sobrancelha O que foi Gustavo respirou
fundo nada só nada ela riu cruzando os braços você é péssimo em esconder coisas ele sorriu Talvez o ônibus dela apareceu ao longe os faróis cortando a escuridão da rua Isabela suspirou Como se quisesse adiar aquele momento mas antes que pudesse se virar para ir embora Gustavo tomou coragem Espera ela olhou para ele confusa e então ele fez sem pensar demais sem planejar sem calcular as consequências só se aproximou e encostou os lábios nos dela foi um beijo leve no começo como se testasse se aquilo era realmente o que ela queria mas quando Isabela não
recuou quando sua mão subiu devagar até a nuca dele foi foi como se algo se encaixasse o frio da noite já não importava o barulho do ônibus freando ao lado já não fazia diferença por alguns segundos só existia aquele momento quando se afastaram Isabela piscou algumas vezes como se processasse o que tinha acabado de acontecer Gustavo sorriu esperando alguma reação dela ela mordeu o Lábio deu um passo para trás e soltou um suspiro ok isso foi inesperado Ele riu foi ela Balançou a cabeça pegando a mochila talvez nem tanto antes de subir no ônibus olhou
para ele de novo a gente se vê amanhã ele sorriu Com certeza e Então ela foi embora deixando Gustavo parado ali Ainda sentindo o gosto do beijo e sabendo no fundo que nada mais seria como antes Gustavo sabia que estava brincando com fogo toda vez que entrava na cafeteria e encontrava Isabela atrás do balcão sentia um aperto no peito uma culpa silenciosa que insistia em lembrá-lo de que ele não estava sendo completamente honesto desde o começo ele escondeu quem realmente era no primeiro dia quando ela perguntou no que ele trabalhava sua resposta saiu sem muito
esforço sou recepcionista em um hotel Tecnicamente não era mentira ele realmente passava tempo nos hotéis da família conhecia cada detalhe da operação sabia como tudo funcionava mas omitiu a parte em que seu sobrenome estava estampado nas fachadas dos prédios mais luxuosos do país Ele não planejou esconder isso aconteceu naturalmente no início não parecia importante só queria conhecer Isabela entender porque aquela garota comum o intrigava tanto mas conforme os dias passar conforme ele se viu preso naquela rotina de cafés e conversas ficou mais difícil contar a verdade porque se dissesse agora tudo mudaria ela o olharia
diferente começaria a tratá-lo como as outras pessoas tratavam e Gustavo odiava essa ideia pela primeira vez na vida alguém estava interessado nele pelo que ele era e não pelo que podia oferecer Isabela por outro lado não Desconfiava de nada para Gustavo Era só mais um caraa tentando se virar na cidade gostava do jeito leve dele do modo como ele sempre aparecia no Café sem parecer ter pressa para ir embora ele não reclamava da vida não falava de dinheiro não tentava impressionava com histórias exageradas era só Gustavo um cara engraçado um pouco misterioso mas Genuíno Pelo
menos era o que ela achava mas pequenos detalhes começaram a aparecer coisas sutis que a princípio passaram despercebidas o jeito que ele falava sobre viagens como se fossem algo natural o conhecimento sobre vinhos caros mesmo dizendo que nunca tinha trabalhado em nada além de recepção a forma como suas roupas apesar de simples pareciam sempre bem escolhidas o cheiro do perfume diferente de qualquer um que Isabela já tivesse sentido mas foi quando ele distraído mexeu no pulso e deixou a mostra um relógio absurdamente caro que a primeira dúvida real surgiu bonito relógio Isabela comentou sem dar
muita importância Gustavo olhou para o próprio pulso e percebeu o erro na hora tentou puxar a manga do casaco para esconder mas já era tarde ah foi presente respondeu rápido demais Isabela apenas assentiu mas a informação ficou na cabeça dela alguma coisa não fazia sentido ele não parecia alguém que contava moedas no fim do mês mas se não era por que trabalhava em um hotel simples a curiosidade começou a crescer Isabela nunca foi de se meter na vida dos outros mas aquilo começou a incomodar uma noite enquanto fechavam o café ela resolveu Testar algo sabe
ten um amigo que trabalha na rede Bezerra disse observando a reação dele Gustavo com gelou por um segundo mas disfarçou com um sorriso é mesmo ela assentiu sim ele disse que os funcionários ganham super bem você deve estar tranquilo né Ele deu de ombros não sou de gastar muito foi o suficiente para Isabela sentir que ele estava escondendo alguma coisa Gustavo sabia que a qualquer momento a verdade viria à tona o problema era que quanto mais tempo passava pior seria a reação dela quando descobrisse mas ele não conseguia parar Não queria parar Isabela olhava para
ele de um jeito que ninguém nunca olhou como se ele fosse só um cara normal e ele queria prolongar isso pelo máxximo de tempo possível no começo Isabela não via nada de estranho Gustavo Parecia um cara normal meio perdido na vida mas engraçado tranquilo ele não falava muito sobre si mesmo e ela também nunca foi do tipo que fica perguntando demais só que conforme os dias passaram algumas coisas começaram a chamar sua atenção pequenos detalhes quase insignificantes mas que quando somados formavam uma imagem diferente do que ele tentava mostrar no início eram só impressões vagas
coisas que ela percebia mas logo esquecia depois começaram a se tornar difíceis de ignorar a primeira coisa que a fez pensar foi o jeito que ele falava sobre certos assuntos ele sempre sabia de coisas que na teoria alguém da idade e da realidade dele não deveria saber com tanta facilidade uma vez um cliente no Café comentou sobre um restaurante francês caro que tinha acabado de abrir na cidade Gustavo sem pensar disse que já tinha ido lá e que o vinho da casa era excelente Isabela estranhou na hora o restaurante em questão era famoso por ser
inacessível para a maioria das pessoas o tipo de lugar que nem se dá o trabalho de colocar os preços no cardápio ela fez uma piada sobre ele ter um Paladar refinado demais para um simples recepcionista de hotel e Gustavo Rio desviando do assunto na hora ela não insistiu mas a pulga Ficou atrás da orelha depois teve o episódio do carro uma noite quando estavam fechando o café ele se ofereceu para acompanhá-la até o ponto de ônibus como se sempre fazia no meio do caminho passaram por um estacionamento cheio de carros importados e Isabela brincou um
dia ainda vou ter um desses Gustavo sorriu e respondeu se quiser posso te ensinar a dirigir um o jeito como ele falou não foi exatamente estranho mas havia algo ali uma certeza na voz dele que fez Isabela se perguntar H quanto tempo ele realmente trabalhava como recepcionista por até onde ela sabia ninguém que vivia apertado de dinheiro dirigia carros de luxo com tanta familiaridade o que realmente começou a incomodar foram os acessórios Gustavo sempre se vestia de um jeito casual mas com roupas que se analisadas com atenção tinham um corte perfeito demais para serem peças
baratas mas o que a Pegou de surpresa foi um dia quando ele mexeu no pulso e sem perceber deixou a amra um relógio absurdamente caro Isabela não entendia de marcas mas reconhecia algo valioso quando via ela não comentou na hora só observou e percebeu que assim que notou seu próprio erro Gustavo rapidamente puxou a manga do casaco para cobrir o relógio aquilo fez com que algo despertasse dentro dela a partir desse momento ela começou a prestar mais atenção as palavras as atitudes os Deslizes certa vez enquanto tomavam café juntos gav falou sobre uma viagem que
fez para a itlia contou sobre os museus prai gmic F uma naturalidade T Grand queou estan paraun disos hesitou por um segundo antes de responder sim mas faz tempo ela franziu a testa e como um recepcionista de hotel conseguiu bancar uma viagem dessas Gustavo deu de ombros juntei dinheiro mas algo na forma como ele disse isso não convenceu o momento em que ela soube Com certeza que Gustavo escondia algo foi em uma noite qualquer quando estavam andando pela cidade sem rumo conversando sobre a vida em certo ponto passaram em frente a um hotel luxuoso um
dos mais caros da cidade Isabel comentou brincando Aposto que uma diária nesse lugar custa mais do que o meu salário inteiro Gustavo riu mas não disse nada então instintivamente Ele olhou para o prédio de um jeito diferente como se fosse algo familiar não era o olhar de quem vê um lugar que nunca entrou e sim de alguém que conhece cada detalhe dali Foi então que ela decidiu testar Sem demonstrar muito interesse comentou Sabe tem um amigo que trabalha na rede Bezerra Ele disse que os funcionários ganham super bem Gustavo congelou por um breve momento foi
coisa de um segundo mas Isabela percebeu ele se recuperou rápido deu um sorriso e disse é mesmo eu nem sabia mas aquele pequeno atraso na resposta foi o suficiente para ela ter certeza ele estava escondendo alguma coisa nos dias seguintes Bela começou a observar Gustavo com outros olhos o jeito como ele se comportava as pequenas reações quando ela fazia perguntas que ele não esperava ele não era só um recepcionista de hotel disso ela tinha certeza a questão era quem ele era de verdade e mais importante por qu estava mentindo até que um dia sem aviso
a realidade bateu à porta literalmente naquela manhã Isabela com a mesma sensação estranha dos Últimos Dias algo dentro dela dizia que Gustavo escondia alguma coisa e por mais que tentasse ignorar a dúvida só crescia ela não era do tipo que se importava com a vida dos outros mas dessa vez era diferente ele estava cada vez mais presente na sua rotina E aquele vazio nas respostas dele a incomodava ainda assim decidiu seguir o dia normalmente vestiu o uniforme amarrou o avental na cintura e foi para a cafeteria tentando empurrar essa história para o fundo da mente
o turno começou como qualquer outro clientes indo e vindo pedidos saindo em sequência o cheiro de café fresco dominando o ambiente Gustavo apareceu como sempre fazia ocupando seu lugar de costume rabiscando algo no caderno enquanto tomava o café forte que ela já sabia de cor como ele gostava mas naquela manhã Isabela não conseguiu agir como sempre cada vez que olhava para ele a pergunta martelava quem você é de verdade e ela estava atrás do balcão quando a porta do café se abriu e um homem entrou falando alto no celular vestia um terno Impecável daqueles que
só gente muito rica usa sem nem pensar no preço Isabela nem deu muita atenção estava ocupada demais Servindo um pedido quando ouviu a voz do homem mudar de Tom mas olha é só quem tá aqui o Tom era de surpresa mas também de provocação Isabela olhou para o lado e viu que ele estava encarando Gustavo que naquele instante paralisou o silêncio tomou conta do café o homem riu como se estivesse se divertindo Gustavo Bezerra escondido numa cafeteria Você tá brincando comigo né Isabela sentiu o corpo inteiro gelar seu coração começou a bater mais rápido Bezerra
ela conhecia aquele sobrenome todo mundo conhecia era o nome da maior rede de Hotéis do país Gustavo baixou o olhar apertando a xícara entre os dedos não é um bom momento murmurou tentando encerrar o assunto ali mas o homem não tinha a menor intenção de parar a última vez que te vi você estava em um evento cheio de empresários milionários agora agora tá aqui fingindo ser outra pessoa ele riu balançando a cabeça Isso daria uma boa Manchete hein Isabela sentiu o estômago afundar cada peça solta cada detalhe que ela percebeu ao longo das últimas semanas
se encaixou de uma vez como um quebra-cabeça revelando uma imagem óbvia o jeito que ele falava sobre viagens caras o conhecimento sobre vinhos o relógio caro que tentou esconder ele nunca foi um recepcionista de hotel ele era dono dos hotéis largando tudo no balcão Isabela caminhou até a mesa de Gustavo Ele finalmente levantou a cabeça e encontrou o olhar dela me diz que esse cara tá mentindo pediu mas sua voz já soava sem esperança Gustavo abriu a boca mas nenhuma palavra saiu não havia como negar não depois daquilo ela riu um riso curto incrédulo Então
é isso todo esse tempo você mentiu para mim ele se levantou de repente Como se quisesse impedi-la de ir embora não foi assim Isa eu só ele passou a mão no rosto tentando encontrar uma explicação que fizesse sentido eu queria que você me conhecesse sem essa coisa de dinheiro sem todo esse peso do meu nome eu só queria ser eu sem as expectativas sem as cobranças não foi por mal Isabela cruzou os braços respirando fundo tentando manter a calma mas por dentro sentia um turbilhão de sentimento se misturando você mentiu Gustavo você me fez acreditar
que era uma pessoa completamente diferente ela Balançou a cabeça frustrada Por quê O que você achou que ia acontecer quando eu descobrisse que eu ia rir e dizer que tudo bem ele deu um passo na direção dela tentando se explicar eu ia te contar só não sabia como a cada dia que passava ficava mais difícil eu não queria que você me olhasse diferente ela sentiu um nó na garganta e agora como você acha que eu tô te olhando os clientes no café observavam a cena em silêncio alguns fingindo que não estavam prestando atenção mas claramente
ouvindo cada palavra Isabela sentiu o rosto esquentar ela não queria transformar Aquilo em um espetáculo precisava sair dali pegou a mochila que estava atrás do balcão e caminhou até a porta Gustavo foi atrás Isa espera por favor ela se virou para ele uma última vez seu olhar que antes era de curiosidade e admiração agora estava cheio de mágoa eu não sei quem você é Gustavo mas seja lá quem for não é quem eu pensei na cabeça de Isabela Gustavo estava apenas brincando com seus sentimentos ela acreditava que ele só queria se divertir com ela e
depois descartá-la e então sem olhar para trás ela saiu deixando Gustavo parado no meio da cafeteria com o gosto amargo de um café que ele nunca quis tomar Gustavo sabia que aquele momento chegaria desde que a verdade veio à tona da pior forma possível ele se preparou para o que viria depois a notícia se espalhou rápido primeiro foi apenas o um burburinho entre os clientes da cafeteria Depois virou uma história que circulava entre empresários e jornalistas de fofoca o herdeiro da rede Bezerra fingindo Ser Um Homem Comum em uma cafeteria qualquer para a maioria das
pessoas era uma curiosidade divertida para Roberto Bezerra era uma humilhação quando Gustavo entrou na cobertura onde o pai morava já sabia o que esperar o ambiente estava mais frio do que o normal e não era pelo ar condicionado Roberto estava de pé de costas para ele olhando pela janela de vidro que dava vista para a cidade o silêncio durou poucos segundos antes da Tempestade começar você pode me explicar que palhaçada foi essa a voz dele saiu controlada mas carregada de raiva Gustavo cruzou os braços e respirou fundo acho que você já sabe Roberto se virou
os olhos afiados como se quisessem perfurá-lo Ah eu sei sim sei que meu filho que deveria estar aprendendo a Comandar um império estava brincando de ser pobre em um café de quinta ele jogou um jornal sobre a mesa na capa uma foto de Gustavo ao lado de Isabela tirada sem que ele percebesse com uma manchete chamativa O Herdeiro Rebelde Gustavo Bezerra esconde identidade e vive como um anônimo Gustavo Rio de leve sem humor isso Tá parecendo uma novela ruim o pai se aproximou batendo as mãos na mesa com força isso não tem graça Gustavo Você
tem noção do que fez do dano que causou a nossa imagem Gustavo soltou um suspiro cansado era sempre sobre a imagem sobre os negócios nunca sobre ele eu não causei dano nenhum pai eu só quis viver um pouco sem esse peso nas costas Roberto estreitou os olhos sem peso você nasceu com um nome que vale bilhões e quer jogar isso fora para andar de ônibus e tomar café barato O que você acha que é um personagem de filme Gustavo Balançou a cabeça eu só queria ser eu por um tempo sem que ninguém Esperasse nada de
mim mas claro para você isso é um absurdo né porque tudo tem que girar em torno do dinheiro o pai riu mas não foi um riso de diversão foi um riso seco cheio de desprezo dinheiro Gustavo o que sustenta essa sua vidinha confortável o que paga as roupas caras que você finge não ligar o que banca essa sua rebeldia de luxo ele apontou para o filho você acha que pode simplesmente sair por aí brincando de ser outra pessoa e não ter consequências Gustavo sentiu a paciência escorrendo por entre os dedos sabe o que é engraçado
pai eu nunca me senti tão livre como quando estava naquela cafeteria e nem era pelo lugar era porque pela primeira vez alguém olhava para mim sem ver um cifrão antes do meu nome Roberto cruzou os braços Ah claro A garota já imaginava ele suspirou como se aquilo fosse patético me diz uma coisa Gustavo você realmente achou que isso ia dar certo que ela ia aceitar um cara como você sem pensar no dinheiro que vem junto foi a gota d'água Gustavo deu um passo à frente o tom de voz firme ela não sabia quem eu era
e gostava de mim mesmo assim o que já é mais do que posso dizer sobre qualquer pessoa desse círculo sujo que você chama de sociedade o pai o encarou por um momento os olhos gelados então sua voz saiu mais baixa mas ainda carregada de ameaça Você está jogando tudo fora Gustavo esse Império que construí para você toda O Legado da nossa família Gustavo não hesitou talvez esse legado nunca tenha sido meu para começo de conversa o silêncio entre os dois era pesado até que Roberto deu um último passo olhando diretamente nos olhos do filho se
você sair por essa porta Agora não volta mais acabou sem mesada sem herança sem sobrenome você vira um qualquer Gustavo olhou para o pai por alguns segundos sentindo o peso daquele momento ele sabia que aquilo era um ponto sem volta mas ao contrário do que esperava não sentiu medo sentiu alívio pegou a chave do carro virou-se sem dizer mais nada e saiu pela primeira vez na vida ele era apenas Gustavo e isso era o suficiente Gustavo dirigiu sem rumo por horas o ultimato do pai ainda ecoava na cabeça dele como um martelo batendo contra metal
se você sair por essa porta Agora não volta mais acabou sem mesada sem herança sem sobrenome você vira um qualquer ele deveria estar assustado qualquer pessoa em seu lugar estaria mas estranhamente tudo o que sentia era um alívio cortante pela primeira vez ele tinha uma escolha pela primeira vez ele não precisava seguir um roteiro que foi escrito para ele antes mesmo de aprender a andar encostou o carro num posto de gasolina qualquer Desligou o motor e respirou fundo o celular vibrou no banco do passageiro era uma mensagem de um amigo da família alguém que provavelmente
tinha ouvido falar sobre a discussão e estava ali para tentar convencê-lo a pensar melhor Gustavo ignorou ele já sabia como essas coisas funcionavam todo mundo fingiria preocupação mas no fundo só queriam que ele voltasse a ser o herdeiro o nome estampado em revistas de negócios o garoto de ouro da família Bezerra mas ele não queria mais ser isso a verdade é que desde o dia em que conheceu Isabela ele começou a enxergar as coisas de um jeito diferente ela não tinha nada não tinha privilégios não tinha um futuro garantido não tinha alguém abrindo portas para
ela mas ainda assim lutava todo dia sem reclamar sem esperar por Milagres enquanto isso ele cresceu cercado de tudo que o dinheiro podia comprar mas nunca se sentiu dono de si mesmo foi nesse contraste que ele entendeu Que liberdade não tinha nada a ver com conta bancária cheia Liberdade era escolher quem você quer ser pegou o celular e abriu a lista de contatos parou no nome de Isabela desde o dia em que ela descobriu a verdade não trocaram uma palavra ele tentou mandar mensagens tentou ligar mas ela não queria saber dele e para ser sincero
ele entendia ele mentiu enganou quebrou a confiança dela mas agora mais do que nunca queria que ela soubesse da sua decisão queria que ela soubesse que ele não era apenas um cara rico brincando de ser simples queria que ela visse que ele estava disposto a abrir mão de tudo porque pela primeira vez ele tinha algo que realmente valia a pena lutar ligou o carro novamente e dirigiu direto para o apartamento quando chegou Pegou algumas malas jogou dentro o que achou essencial e nem olhou para trás não havia nada ali que ele precisasse deixou o cartão
de crédito sobre a mesa pegou uma quantia pequena em dinheiro e saiu agora era oficial ele estava fora da família Bezerra sem volta sem Plano B apenas ele e o caminho pela frente ador respirou fundo e pegou o celular novamente desta vez digitou uma mensagem rápida para Isabela preciso te ver me encontra no café ele não sabia se ela responderia não sabia se ela ainda queria olhar na cara dele mas não custava tentar quando chegou na cafeteria encontrou um canto e esperou os minutos passaram lentos como se o tempo tivesse decidido brincar com ele e
Então finalmente Isabela entrou o olhar dela ainda era duro mas pelo menos ela estava ali Ela cruzou os braços sem sentar o que você quer Gustavo Ele percebeu que ela não o chamava mais de gãs como fazia antes doía mas ele merecia ele respirou fundo eu fiz minha escolha Isa ela arqueou uma sobrancelha e o que isso tem a ver comigo ele passou a mão pelo cabelo nervoso tem a ver com tudo eu saí de casa abri mão da herança meu pai praticamente me deserdou ela piscou confusa o quê Gustavo deu um sorriso pequeno cansado
agora sou só um cara comum exatamente como você achou que eu era no começo Isabela ficou em silêncio por um momento ele queria decifrar o que ela estava pensando mas não conseguiu Então finalmente ela perguntou e agora o que você vai fazer Gustavo deu de ombros sentindo um peso sair dos ombros agora agora eu começo do zero Gustavo nunca tinha parado para pensar no peso que o dinheiro carregava até o momento em que precisou viver sem ele quando deixou a família para trás levou apenas uma mala com poucas roupas e uma quantia que mal duraria
algumas semanas sem cartões sem privilégios sem ninguém para cobrir seus erros pela primeira vez na vida se sentiu completamente sozinho mas ao invés de medo o que tomou conta dele foi uma sensação diferente uma mistura de liberdade e Incerteza como se estivesse prestes a saltar de um penhasco sem saber onde iria aterrar ele decidiu sair da cidade se ficasse acabaria caindo na tentação de buscar uma solução fácil sempre haveria alguém do círculo da família disposto a ajudá-lo algum conhecido do pai oferecendo um jeito de resolver as coisas sem que ele precisasse se esforçar mas Gustavo
não queria atalhos não dessa vez ele pegou o pouco dinheiro que tinha comprou uma passagem de ônibus e Partiu para um lugar onde ninguém sabia quem ele era o destino Foi uma pequena cidade no interior da Baí um lugar onde o tempo parecia passar mais devagar nada de arranha céus nada de caótico ou eventos luxuosos apenas ruas de paralelepípedos praias tranquilas e pousadas familiares assim que desceu do ônibus Sentiu o cheiro do mar misturado com o vento quente e percebeu que aquilo era exatamente o que precisava o primeiro Desafio Foi arranjar um lugar para ficar
com pouco dinheiro no bolso hotéis estavam fora de questão Depois de andar pela cidade por algumas horas encontrou uma pousada simples administrada por um senhor chamado seu olavo o homem o olhou de cima a baixo desconfiado tá procurando estadia ou trabalho Gustavo hesitou por um segundo mas depois respondeu os dois seu olavo rio balançando a cabeça bom se não tiver frescura Posso te oferecer um quarto nos fundos Mas vai ter que trabalhar para pagar a estadia Gustavo não pensou duas vezes apertou a mão do homem e aceitou naquela noite Dormiu em um quarto pequeno com
um ventilador barulhento e um colchão duro era um choque de realidade para alguém que cresceu em Lençóis de mil fios e cobertores importados mas por incrível que pareça ele dormiu melhor do que nos últimos meses nos dias seguintes Gustavo começou sua nova rotina acordava cedo muito antes do sol nascer para ajudar nos preparativos do café da manhã da Pous aprendeu a lidar com hóspedes exigentes consertar torneiras quebradas e até trocar botijões de gás coisa que nunca tinha feito na vida seu olavo observava tudo com um olhar experiente como se Esperasse o momento em que o
garoto da u cidade grande desistiria e voltaria correndo para seu mundo de luxo mas isso nunca aconteceu no começo Gustavo era um desastre derrubou bandejas inteiras de café se queimou fritando ovos e tomou bronca de uma senhora que exigia suas toalhas sempre dobradas de um jeito específico Mas ele foi aprendendo aos poucos começou a gostar daquela simplicidade não havia reuniões intermináveis nem pressões absurdas só um dia após o outro com trabalho duro e satisfação genuína ao ver os hóspedes bem atendidos certa noite depois de um longo dia de trabalho Gustavo se sentou na varanda da
pousada e olhou para o céu as estrelas pareciam mais brilhantes ali respirou fundo e sorriu para si mesmo pela primeira vez não era Gustavo Bezerra herdeiro de um império era só Gustavo e isso era suficiente Isabela tentou seguir em frente da única forma que sabia ocupando a cabeça se antes sua rotina já era puxada agora fazia questão de se manter ainda mais ocupada como se cada eada página estada fossem uma barreira entre ela e as lembranas que insistiam em surgir mas era inútil por mais que tasse fing estm um instante de para que oost de
Gustavo Voltasse a sua mente primeiros for osores to vez que alguém abri da cafeteria sen um aperto no peito esperando que fosse ele mas Gustavo não apareceu nenhuma ligação nenhuma mensagem depois daquela última conversa era como se ele tivesse sumido da sua vida por completo e no fundo Era exatamente isso que ela queria certo ele mentiu ele enganou ele fingiu ser uma pessoa que não era então por que diabos doía tanto Dona mar sua mãe percebeu que havia algo errado elas não eram do tipo que trocavam grandes discursos sobre sentimentos mas Marta conhecia a filha
bem o suficiente para saber quando algo estava fora do lugar uma noite enquanto jantavam ela finalmente falou quer me contar o que aconteceu Isabela desviou o olhar mexendo na comida não tem nada para contar a mãe soltou um suspiro Isabela só isso apenas seu nome dito com aquele tom específico de mãe que sabe exatamente quando a filha está mentindo Isabela revirou os olhos largando o garfo eu fui burra mãe achei que conhecia alguém mas ele era outra pessoa literalmente Dona Marta franziu a testa Como assim Isabela cruzou os braços o Gustavo aquele que eu falei
ele não era só um recepcionista de hotel ele é o herdeiro de um império de hotéis rico famoso capa de revista essas coisas Martha piscou algumas vezes e ele escondeu isso de você durante semanas a mãe ficou em silêncio por um instante e depois Apenas disse E ele te tratava bem Isabela arregalou os olhos que tipo de pergunta é essa Claro que sim Marta continuou tranquila e ele te fez sentir especial Isabela sentiu a irritação crescer isso não importa o que importa é que ele mentiu a mãe deu um pequeno sorriso só estou perguntando por
quê se ele fosse um cara horrível você não estaria tão brava você simplesmente deixaria para lá Isabela Travou a mandíbula ela odiava quando a mãe fazia isso dizia algo tão simples e óbvio que a fazia repensar tudo mas não havia nada a ser repensado Gustavo tinha ido embora ela precisava seguir em frente os dias continuaram passando um igual ao outro mas por mais tentasse isab sabia que alenta esta diferente antes ela vi vida como linha reta umis semios eun fez elasse possibilidades antes nem por suabe fez elitis seno que não Sena háo tempo e agora
mesmo que ele não estivesse mais ali o impacto da presença dele ainda permane e isso era o que mais a irritava Isabela não planejava procurá-lo pelo menos era isso que dizia para si mesma toda vez que pensava em Gustavo tentava acreditar que tinha superado que seguir em frente era só questão de tempo mas os dias passaram depois semanas e a verdade era uma só ele ainda estava ali em cada pensamento que ela tentava ignorar a questão não era apenas a mentira era o que veio depois o silêncio a ausência a falta de explicação ele tinha
simplesmente sumido e por mais que dissesse que estava melhor assim uma parte dela queria entender o porqu a resposta veio por acaso foi numa conversa solta entre clientes na cafeteria Isabela ouvia sem prestar muita atenção até que uma frase a fez congelar o filho do Roberto Bezerra largou tudo dizem que tá morando no interior trabalhando em uma pousada ela piscou algumas vezes achando que tinha entendido errado mas então veio outra frase Pois é parce que sai sem nada nem Pou um centavo docar que seg qug de sua mãoo do dia foi um borrão el ignor
otinha ouvido tava convencer de que nãoa mas porque se fosse verdade significava que ele não era só um cara rico brincando de ser simples ele realmente tinha escolhido sair daquela vida ele realmente tinha deixado tudo para trás e isso mudava tudo sem pensar muito pegou o celular e pesquisou encontrou poucas informações apenas boatos nada concreto Mas então depois de algumas tentativas um nome surgiu Pousada do Olavo em Uma cidadezinha no interior da Bahia Isabela olhou para aquilo por um longo tempo antes de finalmente tomar uma decisão no dia seguinte pegou um ônibus a viagem foi
longa durante o caminho Isabela ensaiou mil possibilidades de como seria o reencontro Será que ele ficaria surpreso Será que ficaria feliz em vê-la será que ainda queria vê-la cada pensamento deixava seu estômago mais apertado mas agora não tinha mais volta precisava entender precisava olhar nos olhos dele e saber a verdade quando chegou à cidade o sol já estava se pondo o lugar era pequeno tranquilo completamente diferente do mundo de onde Gustavo veio Isabela perguntou por ele e logo indicaram a pousada Seu Coração batia mais rápido a cada passo que dava Então finalmente o Viu Gustavo
estava do lado de fora organizando algumas cadeiras usava uma camisa simples os cabelos um pouco mais bagunçados do que de costume mas o que mais chamou a atenção dela foram as mãos estavam calejadas diferentes das mãos do Gustavo que ela conheceu na cafeteria ele estava tão concentrado que demorou um segundo para notar sua presença mas quando notou Congelou o olhar dos dois se encontrou por um instante ninguém disse nada o mundo pareceu parar Gustavo foi o primeiro a se mexer deu um passo à frente como se precisasse se certificar de que ela era real Isabela
a voz dele saiu baixa carregada de surpresa ela soltou um suspiro e cruzou os braços oi Gustavo ele piscou algumas vezes tentando processar o que você tá fazendo aqui Isabela deu de ombros tentando parecer mais segura do que realmente estava ouvi dizer que você virou funcionário de pousada quis ver com meus próprios olhos Ele riu de leve sem humor Pois é parece que não sou mais muito bom em esconder coisas ela o observou por um instante o Gustavo à sua frente não era o mesmo que ela conheceu na cidade não era o cara que aparecia
todo dia na cafeteria com roupas bem cortadas e um ar despreocupado Esse Gustavo pare diferente mais real mais leve Por que você fez isso ela perguntou Sem Rodeios ele respirou fundo porque era o certo porque eu nunca quis aquela vida porque pela primeira vez eu escolhi algo por mim mesmo Isabela ficou em silêncio Então finalmente deu um pequeno sorriso acho que eu precisava ver isso Gustavo sorriu de volta e naquele instante souberam que aquela hisória ainda não tinha acabado Gustavo e Isabela caminharam em silêncio pela pequena estrada de terra que levava até a praia o
sol já estava se pondo tingindo o céu com tons de laranja e rosa e o som das ondas quebrando na areia era a única coisa que preenchia o espaço entre eles nenhum dos dois Parecia ter pressa para falar como se soubessem que quando as palavras finalmente viessem não haveria mais como voltar atrás Isabela chutou uma pedrinha no chão antes de quebrar o silêncio Então é isso que você tá fazendo agora trabalhando em uma pousada Gustavo soltou um riso baixo balançando a cabeça é basicamente ele passou a mão nos cabelos parecendo sem jeito troco lâmpadas carrego
malas sirvo café sou um faz tudo ela o olhou de lado e você gosta ele não respondeu de imediato olhou para a frente pensativo gosto não é glamoroso não é fácil mas pela primeira vez eu sinto que estou vivendo de verdade não tem ninguém dizendo o que eu devo fazer ou quem eu devo ser Isabela a sentiu devagar ela podia ver no rosto dele que Gustavo não era mais o mesmo cara que apareceu na cafeteria fingindo ser alguém comum agora ele realmente era depois de alguns passos gavo virou-se para ela os olhos carregando um peso
que Isabela reconhecia eu sei que errei com você Isa sua voz era firme mas sincera não quero justificar nada eu menti escondi quem eu era e sei que isso machucou Ela cruzou os braços Então por fez ISO Por que não me contou desde o começo Gustavo suspirou passando a mão pelo rosto porque eu queria que pela primeira vez na minha vida alguém gostasse de mim sem que o meu sobrenome viesse junto ele deu um passo à frente a expressão carregada de arrependimento eu cresci rodeado de gente que só se aproximava por interesse quando você pagou
minha passagem no ônibus eu soube que você não queria nada em troca e isso mexeu comigo Isabela mordeu o Lábio tentando processar parte dela entendia mas out outra parte ainda doía você confiava em mim o suficiente para voltar lá todos os dias mas não o suficiente para me contar a verdade Gustavo fechou os olhos por um instante eu queria contar mas cada dia que passava ficava mais difícil eu tinha medo de que quando você descobrisse me olhasse como todas as outras pessoas olham ela arqueou uma sobrancelha e como é isso ele hesitou depois deu um
sorriso amargo como se eu fosse um privilégio ambulante como se tudo na minha vida fosse fácil como se eu não tivesse o direito de reclamar ou de querer algo diferente Isabela respirou fundo e agora o que você quer Gustavo Segurou o olhar dela eu só quero ser eu sem máscaras sem mentiras e quero que você me conheça de verdade sem precisar esconder nada Ela ficou em silêncio por um momento sentindo o vento bagunçar seu cabelo Então finalmente disse acho que podemos começar por aqui Gustavo sorriu pela primeira vez eles estavam conversando sem mentiras Gustavo e
Isabela passaram horas conversando naquela praia pela primeira vez sem mentiras sem Segredos sem ressentimentos apenas dois caminhos diferentes que de algum jeito cruzaram novamente eles falaram sobre tudo desde o passado até o que esperavam do futuro e foi nesse momento que uma ideia começou a surgir meio sem querer no meio das palavras soltas e sonhos que pareciam distantes Isabela foi a primeira a dizer em voz alta sempre quis ter um café meu um lugar pequeno a conchegante onde as pessoas se sintam bem sabe sem patrão me dando ordens sem precisar para bater meta ela riu
sozinha mas isso é um Sonho Distante Gustavo ficou em silêncio por um instante olhando para o mar depois virou-se para ela e disse e se não fosse ela franziu a testa o quê ele se aproximou um pouco mais e se a gente construísse isso juntos Isabela piscou algumas vezes como se tentasse entender se ele estava falando sério do que você tá falando Gustavo deu de ombros um sorriso surgindo no canto da boca eu passei a vida toda dentro de hotéis aprendi tudo sobre hospitalidade administração atendimento Você entende tudo sobre cafés sobre clientes sobre o que
faz um lugar ter alma a gente pode juntar isso Ela cruzou os braços ainda sem acreditar você quer abrir um café comigo ele riu não só um café uma pousada um lugar nosso Algo que faça sentido pra gente sem amarras sem padrões onde a gente crie nossas próprias regras Isabela mordeu o Lábio pensativa a ideia parecia absurda mas ao mesmo tempo parecia certa e como a gente faria isso perguntou curiosa Gustavo respirou fundo vamos encontrar um lugar um Casarão velho algo com história algo que a gente possa transformar você cuida do café eu cuido da
pousada e a gente faz disso um lar pra gente e para quem mais quiser chegar Isabela sentiu o coração bater mais forte pela primeira vez um sonho parecia possível ela olhou para ele e Sorriu Então vamos fazer isso Dona mar já tinha visto muita coisa na vida mas nada a preparou para o momento em que Isabela ligou e disse com todas as letras que ia largar tudo para abrir uma pousada com Gustavo no começo a mãe ficou em silêncio do outro lado da linha e Isabela quase podia sentir o peso do Olhar dela mesmo sem
vê-la uma Pousada Dona Marta repetiu como se precisasse confirmar que tinha escutado certo sim mãe uma pousada e uma cafeteria junto o silêncio se prolongou por mais alguns segundos até que Dona Marta soltou um suspiro E você tá certa disso Isabela fechou os olhos sentindo o vento quente da Bahia bater em seu rosto mais do que já estive sobre qualquer outra coisa do outro lado Dona Marta riu de leve bom então acho que não tem nada que eu possa dizer para te fazer mudar de ideia né Isabela sorriu Não mesmo e assim sem grandes discursos
ou questionamentos Dona Marta aceitou algumas semanas depois a mãe de Isabela chegou na cidadezinha do interior carregando uma mala velha e a expressão de quem não sabia muito bem o que estava fazendo ali Gustavo estava esperando junto com Isabela na rodoviária e quando Dona Marta desceu do ônibus ele se adiantou para ajudá-la com a mala olhou para ele de cima a baixo e Sorriu Então você é o tal do Gustavo Ele sorriu de volta e a senhora é a famosa Dona Marta ela assentiu como se estivesse analisando se gostava dele ou não então depois de
alguns segundos deu um tapinha no ombro dele bom se você fez minha filha largar tudo para vir até aqui é melhor que vale a pena Gustavo riu aliviado pode deixar nos dias seguintes Don comeou a se envolver no projeto mais do que Isabela imaginava inicialmente ela veio apenas para ajudar na mudança e dar apoio moral mas logo se viu completamente Envolvida com a ideia da Pousada era uma mulher prática de quem nunca fugiu do trabalho duro e quando viu o casarão antigo que eles tinham escolhido foi a primeira a arregaçar as mangas isso aqui tem
potencial disse batendo levemente na parede da varanda Mas vocês vão ter muito trabalho Gustavo sorriu a gente sabe Dona Marta olhou para a filha e depois para ele então com Um meio sorriso disse bom então é melhor começarmos logo e assim sem que ninguém precisasse pedir Dona Marta se tornou parte daquilo ela ajudava a organizar as contas a escolher os fornecedores a pensar nos detalhes que Isabela e Gustavo não tinham nem considerado E no meio de tudo isso Começou a perceber algo que não dizia em voz alta mas que já sabia no fundo do coração
sua filha estava feliz e para uma mãe isso era tudo que importava a cafeteria de Isabela começou como um rabisco em um pedaço de papel uma ideia solta que foi ganhando forma entre conversas e dias de trabalho pesado O Casarão antigo precisava de mais do que uma reforma precisava de vida o cheiro de tinta fresca tomou conta do ambiente misturado ao som com an de marteladas e móveis sendo arrastados Isabela escolheu cada detalhe com o coração queria um lugar que não fosse apenas bonito mas que tivesse alma que fizesse as pessoas se sentirem bem assim
que entrassem a madeira das Mesas foi lixada à mão as cadeiras foram reformadas em um pequeno Ateliê da Cidade e as prateleiras foram preenchidas com xícaras coloridas cada uma diferente da outra Gustavo acompanhava tudo de perto ajudando no que podia não entendia nada de decoração mas se esforçava para carregar caixas montar prateleiras e ouvir as ideias de Isabela mesmo quando ela falava sobre paletas de cores como se fossem a coisa mais importante do mundo Dona Marta sempre prática cuidava da parte financeira anotando cada gasto em um caderninho surrado Isabela ria da seriedade da mãe mas
sabia que sem ela provavelmente gastaria mais do que devia em detalhes que ninguém além dela Notaria aos poucos o espaço foi se transformando deixando de ser um salão vazio para se tornar algo aconchegante cheio de personalidade quando os móveis finalmente estavam no lugar e os detalhes decorativos foram ajustados Isabela parou no meio do salão e respirou fundo o sonho que por tanto tempo parecia distante agora estava ali diante de seus olhos ainda havia muito a ser feito Mas o mais importante estava pronto Gustavo se aproximou observando o brilho nos olhos dela perguntou se ela estava
feliz e Isabela sorriu respondendo que pela primeira vez na vida sentia que estava exatamente onde deveria estar aquele espaço era mais do que um café era o resultado de cada sacrifício de cada noite mal dormida e de todas as escolhas que ela fez no dia da inauguração o cheiro de café fresco se espalhou pelo ambiente se misturando com o aroma de pães recém saídos do forno a cidade inteira parecia curiosa para ver o que Isabela tinha criado e aos poucos o café foi se enchendo os primeiros clientes entraram e olharam ao redor comentando sobre o
ambiente acolhedor sobre as mesas bem arrumadas e sobre os bolos que Dona Marta preparava com um carinho que só ela tinha Isabela vestindo o avental novo circulava entre as mesas sorrindo para cada cliente como se estivesse recebendo amigos em casa pela primeira vez não era só uma funcionária era dona do próprio espaço Gustavo observava tudo de longe apoiado no balcão sentindo um orgulho silencioso crescer dentro dele ele sabia o quanto aquele momento significava para Isabela sabia das Noites em que ela duvidou se conseguiria dos dias em que o medo quase a fez desistir mas ali
estava ela forte determinada no comando de algo que construiu com as próprias mãos quando ela se aproximou e perguntou se ele queria um café Ele riu e disse que aceitaria um mas só se fosse feito por ela Isabela revirou os olhos mas Preparou a bebida com um sorriso no rosto entregando a xícara a ele como se fosse um ritual simbólico as horas passaram rápido e a cafeteria continuava cheia alguns clientes comentavam que nunca houve um lugar assim na cidade um espaço que não fosse apenas para comer mas para estar Isabela ouviu aquilo e sentiu o
peito se encher de orgulho Era exatamente isso que queria Gustavo percebendo a emoção no olhar dela pegou sua caderneta e rabiscou algo quando ela perguntou o que era ele virou o papel para ela um esboço da fachada do café com um nome escrito no topo canto da Isa ela regalou os olhos e depois riu balançando a cabeça não sabia se gostava do nome mas gostava da ideia Dona Marta circulava entre as mesas conversando com clientes antigos e novos garantindo que todos estavam bem atendidos ela não admitia em voz alta mas estava tão empolgada quanto a
filha de vez em quando olhava para Isabela com um orgulho que dispensava palavras na cozinha o cheiro de bolo de milho assado tomava conta do ambiente e um grupo de clientes elogiava a qualidade do café perguntando se podiam levar pacotes para casa era um sucesso não um sucesso gigantesco de números exorbitantes e filas na porta mas um sucesso real aquele que vem do reconhecimento sincero de cada pessoa que passa pelo lugar Gustavo pegou uma cadeira e se sentou em um canto apenas observando ele nunca imaginou que sua vida tomaria aquele rumo quando decidiu largar tudo
não sabia exatamente o que queria mas agora entendia não precisava de um império de hotéis para se sentir realizado precisava daquilo de um lugar que tivesse significado de algo que pudesse construir com as próprias mãos de um café que não era apenas um negócio mas um lar para quem entrasse olhou para Isabela que atendia um casal sorrindo e sentiu um calor no peito nada aquele momento poderia estar mais certo no fim do dia quando as portas foram fechadas e os últimos clientes foram embora Isabela se encostou no balcão e soltou um longo suspiro Exausta mas
completamente satisfeita Gustavo se aproximou cruzando os braços Então dona Isabela o que achou do seu primeiro dia como empresária ela sorriu passando a mão no avental sujo de farinha foi cansativo caótico e maravilhoso Ele riu e pegou sua vazia Então acho que você fez tudo certo ela Balançou a cabeça rindo junto e olhou ao redor seu café não era perfeito mas era real e pela primeira vez ela sabia que estava exatamente onde deveria estar as semanas seguintes foram de ajustes aprendizados e pequenas conquistas alguns dias foram melhores que outros mas Isabela aprendeu a lidar com
os desafios sem desanimar aos poucos foi entendendo o ritmo do negócio o que funcionava E o que precisava melhorar a rotina era puxada Mas diferente de tudo que já tinha vivido agora Cada esforço era por algo seu cada elogio de um cliente era uma confirmação de que tinha feito a escolha certa certa noite depois de mais um dia de trabalho ela e Gustavo Se sentaram na varanda da Pousada observando a cidade silenciosa ele virou-se para ela e perguntou se ela imaginava que um dia estariam ali naquele momento depois de tudo o que passaram Isabela sorriu
balançando a cabeça nem nos meus sonhos mais loucos Gustavo pegou a mão dela e apertou de leve bom então acho que agora é hora de sonhar mais alto ela olhou para ele sentindo o coração bater forte e soube que de alguma forma aquele era apenas o começo o dia começou como qualquer outro Isabela acordou cedo amarrou o cabelo num coque rápido e desceu para a cafeteria já sentindo o cheiro familiar de café fresco misturado ao Aroma do bolo de milho que Dona Marta fazia todas as manhãs a rotina estava cada vez mais ajustada e o
cansaço agora vinha com um gosto doce de realização enquanto conferia os estoques Gustavo apareceu na porta encostado no batente segurando duas xícaras ele sor e Estendeu uma para ela pensei que a dona do café merecia começar o dia sendo servida Isabela riu e pegou a xícara soprando o líquido quente antes de dar um gole Até que enfim alguém entendeu os dias seguiam tranquilos mas havia algo em Gustavo que parecia diferente ele estava mais distraído do que o normal às vezes perdido em pensamentos outras vezes olhando para ela como se quisesse dizer algo mas mudando de
no último segundo Isabela percebeu mas não perguntou aprendeu que quando Gustavo queria falar ele falava só que dessa vez ele estava demorando mais do que o comum e isso a deixava curiosa durante o expediente ele andava de um lado para o outro ajudava na pousada desenhava em seu caderno mas havia uma inquietação no olhar dele ela apenas esperou sabendo que em algum momento a verdade sairia a ideia veio a Gustavo de forma Inesperada Assim como tudo em sua vida desde que decidiu largar o mundo luxuoso em que nasceu não havia um grande plano não havia
um discurso ensaiado apenas uma certeza silenciosa dentro dele ele queria passar o resto da vida ao lado de Isabela queria acordar ao lado dela vê-la reclamar do cansaço discutir sobre os detalhes da cafeteria rir das manias de Dona Marta qu tudo isso todos os dias e percebeu que não precisava de um momento perfeito não precisava esperar o momento certo porque o momento certo era qualquer um em que estivesse com ela naquela noite Gustavo e Isabela fecharam o café juntos como sempre faziam era tarde e a cidade já estava silenciosa enquanto ela conferia o caixa ele
encostou no balcão observando cada detalhe O que foi ela perguntou sem tirar os olhos dos números ele sorriu de leve só tava pensando em como tudo mudou ela riu fechando o caderno É faz um ano que estamos aqui quem diria né Gustavo respirou fundo sentindo o coração acelerar e se a gente continuasse mudando as coisas juntos ela franziu a testa sem entender como assim ele hesitou por um segundo depois en fou a mão no bolso e tirou uma pequena caixinha de madeira nada sofisticado nada extravagante apenas algo simples sincero como tudo entre eles Isabela piscou
surpresa o coração disparando antes mesmo de ele dizer qualquer coisa Gustavo abriu a caixa revelando um anel delicado e a olhou nos olhos Casa comigo o tempo pareceu parar Isabela ficou sem palavras algo raro para ela olhou para o anel depois para Gustavo e viu nos olhos dele que aquilo não era um impulso era real era ele dizendo com o coração aberto que queria dividir sua vida com ela respirou fundo tentando encontrar a voz você tá falando sério ele riu muito sério Isabela olhou ao redor como se tentasse processar a cena ali no Café que
construíram juntos depois de um dia cansativo com cheiro de café no ar e farinha grudada no avental não havia velas não havia uma plateia não havia um cenário de filme mas havia eles dois e isso era mais do que suficiente ela sorriu sentindo os olhos arderem de emoção e estendeu a mão é claro que eu caso seu idiota Gustavo riu aliviado deslizando o anel no dedo dela antes de puxá-la para um abraço apertado ficaram ali por um tempo sem precisar dizer mais nada apenas eles dois naquele pequeno café prontos para começar o próximo capítulo da
história que nem sabiam que estavam escrevendo juntos o casamento de Isabela e Gustavo foi decidido sem grandes planejamentos depois do pedido inesperado no Café eles não perderam tempo discutindo sobre datas festas extravagantes ou listas de convidados intermináveis nenhum dos dois queria isso eles não precisavam de um evento grandioso de um salão chique ou de uma cerimônia cheia de protocolos tudo o que importava era Celebrar ao lado de quem realmente fazia parte da história deles e com essa ideia em mente começaram a organizar tudo da forma mais simples possível mas com significado em cada detalhe a
cerimônia aconteceu na própria Pousada no quintal dos Fundos onde Dona Marta ajudou a Mar tudo o espaço foi decorado com luzes penduradas entre as árvores algumas mesas rústicas emprestadas pelos vizinhos e flores colhidas na região o altar foi improvisado com tábuas de madeira e um velho gramofone tocava uma música suave ao fundo tudo tinha um toque caseiro feito com as próprias mãos era diferente de qualquer casamento que Gustavo imaginou que teria um dia não havia Palácios não havia uma igreja enorme não havia champanhe francês mas ele não trocaria aquele cenário por nada no dia do
casamento Isabela acordou cedo mais tranquila do que achava que estaria Vestiu um vestido simples de tecido leve sem brilhos exagerados ou véus arrastando no chão dona mar a ajudou com os últimos detalhes tentando segurar as lágrimas sempre que olhava para a filha você tem certeza disso Minha filha perguntou com um sorriso carinhoso Isabela riu ajeitando o cabelo mãe eu nunca tive tanta certeza de nada na minha vida a resposta fez Marta segurar sua mão com força como se dissesse tudo o que sentia sem precisar falar Gustavo estava esperando no altar improvisado com um sorriso que
não conseguia esconder ele vestia uma camisa branca dobrada nos cotovelos e uma calça simples sem gravata sem terno caro pela primeira vez sentia que estava exatamente onde deveria estar quando Isabela apareceu caminhando pelo jardim entre os amigos e vizinhos que se reuniram para Celebrar ele sentiu o coração bater mais forte ela não era uma noiva de revista com um vestido de princesa ou um buquê extravagante mas era a mulher mais linda que ele já tinha visto e naquele momento soube que não precisava de mais nada no mundo além dela a cerimônia foi conduzida por um
senhor da cidade alguém que eles conheceram ao longo dos meses e que se tornou parte daquela nova vida ele falou sobre amor sobre parceria sobre como a felicidade não está no que se tem mas no que se constrói junto Gustavo segurou as mãos de Isabela o tempo todo como se ainda não acreditasse que aquilo era real quando chegou o momento dos votos ele respirou fundo e disse com a voz firme mas cheia de emoção eu já Tive tudo o que o dinheiro podia comprar mas nunca tive nada que realmente importava até te conhecer você me
mostrou o que é viver de verdade e é isso que eu quero fazer pelo resto da minha vida ao seu lado Isabela sorriu sentindo os olhos arderem engoliu em seco Antes de Dizer eu passei a vida inteira achando que precisava lutar sozinha mas você apareceu e me mostrou que posso sonhar mais alto que posso dividir os pesos e as alegrias você é a escolha que eu faria todos os dias o Sim veio logo depois e os aplausos encheram o ar enquanto Gustavo a beijava sem se importar com o tempo sem se importar com quem estava
assistindo era só ele e ela duas vidas que se encontraram no momento certo duas pessoas que decidiram recomeçar do zero mas agora juntos a festa foi exatamente como planejaram simples mas cheia de de vida as mesas foram ocupadas por amigos que Riam alto vizinhos que brindavam e crianças correndo pelo jardim O jantar foi preparado com a ajuda de todos e Dona Marta fez questão de cozinhar o bolo do casamento Gustavo e Isabela dançaram descalços na grama sem coreografias ensaiadas apenas seguindo a música e o ritmo um do outro era uma celebração verdadeira sem exageros sem
luxos desnecessários no final da noite quando os convidados Começaram a ir embora Gustavo e Isabela se sentaram na varanda da Pousada olhando para as luzes ainda acesas e ouvindo os últimos risos que vinham do Jardim ela encostou a cabeça no ombro dele e suspirou cansada mas completamente feliz ele apertou a mão dela sorrindo então senhora Bezerra foi do jeito que imaginou Isabela riu levantando o rosto para olhar para ele foi melhor e naquele momento sob o céu estrelado sem precisar de nada além da presença um do outro souberam que tinham feito a escolha certa a
manhã começou como qualquer outra o cheiro de café fresco já se espalhava pela pousada e Isabela estava atrás do balcão organizando as xícaras enquanto Gustavo conferia as reservas do dia desde o casamento os dias pareciam seguir um ritmo tranquilo como se finalmente tivesse encontrado o equilíbrio perfeito entre trabalho e felicidade mas aquela não seria uma manhã comum pouco antes das 9 um carro preto estacionou na frente da pousada e um homem de terno desceu olhando ao redor com a expressão séria de quem estava ali para tratar de algo importante Gustavo notou a movimentação pela janela
e sentiu um aperto no peito ele conhecia aquele tipo de visita e sabia exatamente o que aquilo significava o homem entrou na recepção tirou os óculos escuros e caminhou até o balcão Gustavo Bezerra perguntou formal Gustavo assentiu trocando um olhar rápido com Isabela que já percebia que algo estava estranho o homem abriu uma pasta de couro e retirou um envelope selado Meu nome é Marcelo Duarte sou advogado da família bezer tenho um assunto urgente para tratar com você o silêncio na recepção ficou pesado Gustavo respirou fundo antes de responder que tipo de assunto o advogado
apertou os lábios e entregou o envelope seu pai faleceu há três dias ataque cardíaco fulminante a notícia bateu com um impacto maior do que Gustavo esperava ele ficou parado por alguns segundos sentindo um nó na garganta que não sabia explicar não tinha uma relação boa com o pai e havia anos que não trocavam com uma palavra mas independentemente de tudo era seu pai era a única família que conheceu Isabela percebendo a confusão nos olhos dele tocou de leve sua mão oferecendo apoio silencioso Gustavo pegou o envelope e olhou para o advogado esperando que ele continuasse
ele deixou uma carta para você disse Marcelo com um tom mais baixo menos profissional E além disso segundo o Testamento toda a herança agora pertence a você Gustavo soltou um suspiro longo sentindo o peso das palavras a herança o império hoteleiro tudo aquilo que ele passou a vida fugindo agora estava diante dele de novo o advogado continuou explicando os detalhes mencionando valores Absurdos empresas propriedades contas bancárias mas Gustavo não estava ouvindo mais seus olhos estavam fixos no envelope em suas mãos o nome dele estava escrito à mão com a caligrafia firme do pai não sabia
o que havia ali dentro mas sentia que precisava ler sozinho Isabela o observava com preocupação quando o advogado finalmente terminou de falar Gustavo apenas Balançou a cabeça eu preciso de um tempo para pensar Marcelo assentiu deixando um cartão sobre o balcão entendo quando tomar uma decisão entre em contato então sem mais delongas se retirou deixando para trás um silêncio denso Gustavo foi para o quarto e ficou lá por um tempo sentado na beira da cama encarando o envelope sem coragem de abrir a presença do pai ainda parecia forte ali como se aquele pedaço de papel
fosse a última conexão entre eles depois de vários minutos ele respirou fundo e rompeu o lacre A carta era curta direta Sem Rodeios Roberto Bezerra nunca foi um homem de grandes sentimentalismos e isso transparecia até mesmo em suas últimas palavras ele reconhecia que errou que forçou o filho a seguir um caminho que não era dele que nunca soube demonstrar amor da forma certa dizia que apesar de tudo sempre teve orgulho do homem que Gustavo se tornou mesmo que nunca tivesse conseguido dizer isso em vida e no final dizia apenas espero que que você saiba o
que fazer com isso se a riqueza não faz sentido para você então faça com que ela faça sentido para os outros Gustavo fechou os olhos por um instante sentindo um turbilhão de emoções ele sabia o que isso significava seu pai mesmo sem dizer com todas as palavras estava lhe dando a chance de decidir o que fazer com tudo o que construiu ele poderia pegar a fortuna e voltar para a vida luxuosa que de deixou para trás poderia reassumir os negócios reerguer o império mas nada disso fazia sentido para ele mais tarde quando finalmente saiu do
quarto encontrou Isabela na varanda esperando por ele ela não perguntou nada apenas esperou que ele falasse Gustavo respirou fundo e disse com a voz firme mas tranquila eu não quero essa herança mas acho que sei como usá-la da Certa ela sorriu de leve apertando sua mão então vamos fazer isso juntos Gustavo passou a noite em claro sentado na varanda da Pousada olhando para o céu sem realmente enxergar as estrelas a carta do pai ainda estava sobre a mesa ao lado de uma xícara de café que já tinha esfriado Ele leu aquelas palavras várias vezes tentando
absorver o que significavam Roberto Bezerra não era um homem que se desculpava não era que demonstrava arrependimento facilmente mas de alguma forma naquela última mensagem ele tentou E agora Gustavo tinha uma escolha a fazer poderia simplesmente recusar a herança abrir mão de tudo e continuar sua vida como se nada tivesse acontecido mas algo dentro dele dizia que aquilo não era o certo não quando ele poderia fazer algo significativo com aquele dinheiro na manhã seguinte Isabela ela encontrou Gustavo ainda ali com olheiras Profundas segurando a xícara vazia nas mãos ela se sentou ao lado dele sem
dizer nada por um tempo depois finalmente perguntou já decidiu o que vai fazer ele respirou fundo antes de responder não posso simplesmente ignorar isso Isa mas também não posso voltar para aquela vida ela sentiu compreendendo Então qual é o plano Ele olhou para ela senti o peso da decisão mas também uma certeza silenciosa vamos transformar essa herança em algo que realmente importe eles passaram os dias seguintes discutindo ideias planejando possibilidades Gustavo não queria apenas doar o dinheiro de qualquer jeito despejar cifras em instituições sem saber para onde iriam ele queria criar algo que fizesse a
diferença que fosse real tangível Foi então que surgiu a ideia de um projeto social ligado à pousada e ao café um espaço para oferecer oportunidades a jovens que como Isabela um dia foi precisavam de um empurrão para mudar suas vidas oficinas cursos de barista treinamentos de hotelaria um lugar onde pudessem aprender um ofício ganhar experiência e ter uma chance de um futuro melhor Dona Marta sempre pé no chão ouviu o plano com atenção antes de dar sua opinião se vocês vão fazer isso Precisam fazer direito precisam garantir que o dinheiro Vá para onde realmente precisa
ir Gustavo sorriu e quem melhor para nos ajudar com isso do que você Ela cruzou os braços fingindo relutância mas ele sabia que ela já estava convencida bom Alguém tem que manter vocês dois na linha com a decisão tomada Gustavo contatou o advogado da família e marcou uma reunião quando entrou no escritório elegante vestindo sua roupa simples e sem a postura rígida de antes percebeu os olhares curiosos dos funcionários provavelmente esperavam que ele estivesse ali para reassumir seu papel de herdeiro mas ele não estava marcelo duarte o advogado levantou-se e apertou sua mão com um
respeito contido Então qual é a sua decisão Gustavo colocou a pasta sobre a mesa quero dividir essa herança parte dela será investida no projeto que estamos criando quero algo estruturado algo que dure o resto pode ser doado para instituições sérias que realmente precisem o advogado piscou algumas vezes como se não tivesse certeza de que tinha ouvido direito tem certeza disso estamos falando de bilhões Gustavo você poderia viver com mais conforto do que ququ pessoa no mundo Gustavo sorriu mas era um sorriso tranquilo sem dúvida alguma Eu já tenho tudo o que preciso O processo foi
longo cheio de burocracias e assinaturas Mas no fim Gustavo conseguiu exatamente o que queria ao sair do escritório sentiu um peso sair dos ombros ele não era mais um herdeiro preso a um nome que não escolheu agora era um homem livre dono do PR destino usando o que recebeu para algo que realmente fazia sentido quando voltou para casa encontrou Isabela e Dona Marta esperando na varanda ele sorriu aliviado acabou agora podemos começar de verdade Isabela Pegou sua mão entrelaçando os dedos nos dele então vamos mudar vidas Gustavo ele a puxou para um abraço sentindo o
vento quente da Noite ao redor deles sim pensou Agora finalmente estavam exatamente onde deveriam estar o dia começou como qualquer outro o sol já aquecia a varanda da pousada e o cheiro de café fresco se espalhava pelo ar Isabela como sempre estava na cafeteria organizando as primeiras fornadas de pão de queijo enquanto Gustavo conferia algumas reservas dos hóspedes tudo parecia tranquilo até que ela sentiu um enjoo repentino parou no meio da cozinha segurando a banada por um momento respirando fundo Dona mar que preparava um bolo percebeu na horao bem menina isab forou um soriso acenou
a mão só um mal estar bobo oor mas no fund sen um pequeno Alerta acender dentro del os dias passaram e os enjoos continuaram Primeiro ela achou que era só cansaço depois começou a reparar em outras mudanças sutis o cheiro do café que sempre amou agora parecia forte demais o sono vinha com mais frequência e seu humor oscilava de uma hora para outra no fundo Ela já sabia o que poderia ser mas demorou para admitir só quando Dona Marta apareceu com um teste de farmácia e cruzou os braços na sua frente com aquele olhar de
mãe que não aceita desculpas encarar a possibilidade vai faz logo antes que eu mesma V fazer por você sem saída Isabela pegou o teste e foi para o banheiro Gustavo esta naa quando Isabela sai do quarto segando o pequeno objeto na mãoe olou para ela e percebeu que havia algo diferente em sua expressão Isa tá tudo bem ela respirou fundo olhou para o teste e depois para ele acho que a gente vai ter um bebê o tempo pareceu parar por alguns segundos Gustavo piscou processando as palavras e então um sorriso começou a se formar em
seu rosto Sério ela assentiu um pouco nervosa sério sem pensar duas vezes ele a puxou para um abraço forte girando-a no ar rindo como uma criança a gente vai ter um bebê nos dias seguintes a ficha foi caindo aos poucos Isabela sempre prática começou a pensar em tudo o que precisariam organizar a pousada o café as Finanças os quartos mas mais do que isso começou a sentir o peso da mudança que estava por vir ser mãe nunca esteve em seus planos imediatos e a ideia de criar um filho trazia um medo silencioso Gustavo percebeu essa
preocupação no olhar dela e segurou sua mão a gente tá junto nisso sempre ela sorriu aliviada pela primeira vez não precisava enfrentar nada sozinha Dona Marta Claro foi a mais animada já começou a fazer crochê planejar o quarto e até discutir nomes antes mesmo de saber o sexo do bebê se for menina quero que tenha um nome forte se for menino algo que não pareça nome de velho Isabela revirou os olhos rindo enquanto Gustavo só assistia à discussão se divertindo ele nunca imaginou que sua vida tomaria esse rumo mas agora não conseguia pensar em nada
que quisesse mais do que aquilo os meses passaram e a barriga de Isabela começou a crescer os clientes do café percebiam e sempre faziam comentários carinhosos trazendo pequenos presentes tecendo roupinhas dando conselhos que ela nem sempre queria ouvir Gustavo passou a trabalhar menos na pousada para ficar mais tempo ao lado dela garantindo que estivesse bem a rotina mudou mas eles se adaptaram como sempre fizeram quando o dia do parto chegou Foi uma mistura de nervosismo e emoção Isabela tentou manter a calma mas o medo do desconhecido era inevitável Gustavo esteve ao seu lado o tempo
todo segurando sua mão sussurrando palavras de incentivo e então depois de horas de espera o choro do bebê preencheu o quarto uma menina pequena frágil e Perfeita Isabela olhou para ela sentindo um amor que nunca imaginou ser possível Gustavo enxugou as lágrimas discretamente e beijou a testa da filha bem-vinda pequena naquela noite enquanto segurava a filha nos braços Isabela olhou para Gustavo e Sorriu acho que agora nossa família está completa ele passou o braço ao redor dela e assentiu sim e eu não mudaria nada so a luz suave do quarto com a filha dormind tranquila
eles souberam que aquele era o começo de um no capítulo ainda mais bonito do que poderiam imaginar o sol esta se pond no horizonte tingo o céu de tons dados E alaranjados enant gav observa isaba brinar a filha naa da pada o vento quente da tarde balançava Os cabelos dela e a risada da pequena ecoava pelo quintal enchendo o ambiente de uma paz que ele nunca soube que poderia existir ali sentado em uma cadeira de madeira desgastada pelo tempo ele percebeu que a felicidade nunca foi sobre números Posses ou status a felicidade estava naquelas pequenas
coisas nos momentos que ninguém fotografa nas conversas ao entardecer no cheiro de café misturado com bolo recém-saído do forno a pousada estava cheia os hóspedes Riam e conversavam ao redor das Mesas externas enquanto Dona Marta organizava a cozinha com sua eficiência de sempre o café de Isabela se tornara um ponto de encontro na cidade um lugar onde as pessoas se sentiam bem-vindas onde cada detalhe carregava uma história Gustavo nunca se imaginou sendo dono de um lugar assim mas agora não conseguia pensar em nada mais certo ele aprendeu a consertar torneiras a servir mesas e até
a preparar um café decente mesmo que Isabela ainda fizesse piada sobre sua falta de talento para a cozinha o projeto social que criaram também floresceu jovens da região que antes não tinham perspectivas agora aprendiam um ofício descobriam talentos que nem sabiam que tinham alguns trabalhavam no Café outros na pousada e Gustavo via neles um reflexo do que ele mesmo buscou um dia a chance de escolher o próprio caminho a fortuna de sua família não serviu para mantê-lo preso mas para dar oportunidades reais a quem precisava E essa era a maior prova de que tomou a
decisão certa Isabela pegou a filha no colo e caminhou até Gustavo sentando-se ao lado dele com um sorriso cansado mais satisfeito O que foi ela perguntou notando o jeito pensativo dele ele sorriu balançando a cabeça nada só estava pensando em como tudo isso aconteceu ela olhou ao redor observando a pousada iluminada pela luz amarela dos postes o cheiro de noite misturado ao aroma de café a gente construiu isso juntos ele passou o braço ao redor dela e beijou sua testa e eu não trocaria isso por nada a filha deles já sonolenta encostou a cabeça no
ombro de Isabela e Gustavo sentiu o coração aquecer ele cresceu acreditando que cidade era algo Distante uma meta a ser alcançada depois de muitas conquistas mas naquele momento entendeu que felicidade não era um destino era isso o agora a noite caiu devagar e eles ficaram ali apenas sentindo o tempo passar Sem pressa sem medo do futuro porque o futuro já estava ali entre risadas xícaras de café e o amor que construíram sem precisar de nada além de um ao outro [Música]
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