olá bem vindo a mais uma entrevista nessa série que estamos debatendo os desafios do plano nacional de educação hoje falaremos da meta 19 que trata da gestão democrática nas escolas para isso nossa entrevistada é cleuza repulho presidente da união nacional dos dirigentes municipais de educação vamos primeiro ouvir a meta assegurar condições no prazo de dois anos para a efetivação da gestão democrática da educação associada a critérios técnicos de mérito e desempenho e à consulta pública à comunidade escolar no âmbito das escolas públicas prevendo recursos e apoio técnico da união para tanto a empresa tudo bem
tudo obrigado por ter aceite o nosso convite essa meta é fala de gestão democrática nas escolas não é o que se entende por isso assim você acompanhou bem o qual há o plano nacional de educação na elaboração do plano nacional de educação o que o legislador quem participou do plano que dizer com isso porque pra mim pode parar pode significar uma coisa tão democrática pra você outra para o sindicato o outro pai outra qual era a intenção em que se entende pelo que você acompanhou essa questão da gestão democrática então primeiro muito obrigado pelo convite
acho que é importante a gente poder discutir até para esclarecer o que é que essas metas significam no dia a dia das escolas né então a questão da gestão democrática tem muito a ver com a participação das famílias sempre muito cobrada na e pouco oferecida apple as escolas pouco se abrem para a comunidade e principalmente que os professores os diretores coordenadores e comunidade escolar possa possam resolver de maneira democrática os seus problemas né então isso começa desde a organização dos conselhos de escola na participação da reunião de pais e mestres né por exemplo fazer reunião
no dia que os pais trabalho fica complicado e depois pedir a participação democrática desses pais então era um pouco isso como organizar essa vida e evitar a indicação política e político partidária dentro das escolas sim a indicação política era principalmente para a escolha do diretor né pensando então nessa como escolher día de forma melhor esse diretor há quem defenda que a gente tem aqui apostar neles são direta na edição né dentro das escolas e quem acha também que o melhor seria a indicação técnica ou seja garantir que aquela pessoa seja um técnico qual o modelo
melhor indicação política tudo bem está totalmente descartado mas entre o técnico escolhido por concurso e o eleito pela comunidade qual das duas é forma funciona melhor então não diminui as discutimos muito isso ea proposta for um caminho do meio é um híbrido entre essas duas coisas primeiro os candidatos passarem por formação técnica e uma prova seletiva uma prova uma avaliação é que possa determinar se ele tem de fato condição de ser um diretor de escola o diretor de escola ele gerencia crise ele gerencia pessoas ele gerencia recursos estão a idéia foi juntar essas duas coisas
algumas algumas redes estão usando parte disso então faz uma seleção dentre os seus profissionais uma prova e depois as pessoas são indicadas e existem redes que fazem a seleção fazem a prova e depois estes candidatos vão prevenção e aí a comunidade dentre os aprovados ou certificados que também tem eles trabalhando com certificação podem ou não entrar na eleição vamos ouvir então sobre essa questão uma pergunta da professora gilda linhares professora aposentada aqui no município do rio vocês não acham que de fato a gestão democrática ficou comprometida na medida em que a comunidade escolar não poderá
escolher livremente quem vai dirigir à escola com essa questão da eleição direta imagino que o que ela está cobrando justamente é talvez uma boa parcela do povo queria que fosse garantido que a forma fosse escolher diretas eleição para diretor então qualquer que seja a forma nós temos problemas mas o que precisa ficar muito claro principalmente nas redes públicas é que as escolas são autônomas não independentes há uma diferença muito grande nessas duas coisas né fazer parte de uma rede significa ter os mesmos valores vettel os mesmos objetivos e principalmente ter a clareza de que lidar
com a escola pública tem as suas características então você deixar livremente uma escola escolher sem nenhum critério fica muito complicado ea gente vai acabar e produzindo que já acontece em algumas cidades né a partidarização e todas as questões locais da política acabou indo pra dentro da escola então escolas que são loteadas por vereadores e aí os diretores acabam ficando refém de quem o elegeu e isso compromete todo o trabalho então nem uma coisa nem outra é importante encontrar em cada comunidade em cada rede qual o melhor modelo né livremente não significa que está apartada da
secretaria de um programa de governo onde aquela população votou e acredita que as coisas vão ser feitas agora um como é que se dá esse loteamento que a gente pensa em si é lição direto entre justamente está protegido da da índica cidadão do aparelhamento político pelo jeito não muita gente há relatos de que os vereadores conseguem entrar interferir no processo e depois uma vez defendendo o processo alguns vícios da política coisas que o funcionamento da escola fica afetado por isso como é que se dá a isso com e como como evitar a escola da verdade
reproduz a sociedade onde ela está inserida em alguns lugares você tem ainda há questões dominantes de uma política local que interfere no dia a dia da escola isso é muito enfim agora dizer que isso não acontece não é verdade né eu que conheço e que viaja o brasil inteiro por conta da undime com isso claramente locais em que a pseudo democracia é utilizada para manter o poder dentro das unidades escolares e isso é o que a meta 19 que é evitar né que é evitar a indicação política direta o loteamento das escolas quer encontrar um
caminho que comunidade escolar a comunidade no entorno da escola possam trabalhar juntos para que aquela pessoa que vai exercer este poder ou principalmente essa coordenação do trabalho seja coerente com os princípios da escola pública até agora a gente falou muito da questão da escolha do diretor mas no início da sua primeira resposta você dá um pouco também dá não é só isso aumenta a gestão democrática significa participação dos pais participação dos alunos e uma das estratégias dessa meta justamente você é incentivar a formação de associações de pais e mestres e de de grêmios estudantis como
fazer isso na prática porque às vezes você tem pais participativos e escolas receptivos mas nem sempre esse cenário ideal às vezes você tem o pai que não é tão participativo por n razões ou mesmo a escola que mais refratário a participação então como estimular isso em todas as escolas então basta ver muitas vezes como os diretores cs remetem às suas unidades escolares os meus professores a minha escola é os meus alunos atrás disso tem tem uma questão de poder que é secular no brasil a escola por muito tempo foi uma ilha é protegida de algumas
questões e apartado de alguns problemas quando a gente fala dessa gestão democrática este novo diretor o este diretor ele precisa ter o conceito de comunidade escolar macaca conversa com as famílias em um horário que os pais estão trabalhando isso não vai trazer os pais para próximo da escola não fazer o levantamento da escolaridade das famílias fica difícil você mandar um bilhete querer que todo mundo participe você não sabe se os pais são os a b e cobra as vezes das crianças questões que não não dá pra resolver então esse gerente né não gosto de usar
essa palavra mas esse diretor ele precisa administrar todos esses conflitos trazer as famílias 10 pra escola sem a mandar pra elas uma responsabilidade que é dos profissionais da educação que também isso acontece né vamos ter lá voluntário aí a mãe que resolve a merenda mãe que bate o sino dos horários a mãe que resolve dia de reunião não é isso é o que esta família pode fazer em colaboração com a escola não delegar essa família ações que são profissionais o que mais o pnr é trabalhou em todo todas essas 20 metas é a profissionalização da
educação evitar a questão da vocação do amor e tratar isso de maneira profissional da mesma forma como a gente tratou com os mais médicos nem tão precisamos pagar bem para ter bons profissionais para ter gente nas unidades hoje você vê redes como a que eu sou secretária numa grande cidade que paga o dobro do piso tem carreira um texto não consegue completar quatro então o brasil resolve essas questões e coloca esse pm é de fato para andar ou nós teremos sérios problemas da educação pensando um pouco exemplos concretos boas práticas você mesmo estava citando um
seja não marcar uma reunião de pais no horário que os pais estão trabalhando mas que outras práticas ou escolas fizeram que colocar um profissional para fazer esse atendimento com os pais criar uma sala para o esporte como trazer os pais é pra esse ambiente muitas muitas redes a a partir da escola integral tão conseguindo trabalhar melhor com as famílias né porque isso porque nós não temos no brasil estruturas para as crianças ficarem período integral em todas as unidades escolares até porque nós temos crianças nas escolas manhã tarde noite e às vezes em horários intermediários então
o uso dos espaços da comunidade está fazendo com que a comunidade se aproxime da escola ea escola comece a ver na comunidade processos educativos acho que isso é fundamental nós temos lá em são bernardo o exemplo dos skatistas que quando a gente introduziu isso na escola as professoras olhavam assim a mais ele usa piercing mas ele tem isso ele é a sociedade ele é a comunidade então você vê estes outros profissionais de maneira diferente daquele universo todo certinho da escola cleuza a nesta meta uma das estratégias fala de autonomia garante autonomia das escolas mas pegando
o plano como um todo uma outra meta a meta número 7 que trata de indicadores de qualidade fala por exemplo da necessidade de você tem uma base curricular como uma base nacional comum do currículo ea tem muita gente que veja é nessas estratégias um conflito nessa estratégia ou seja se você vai em uma base curricular comum você está de respeitando a autonomia das escolas como harmonizar essas estratégias diferentes no pnr primeiro que não é impor um currículo todos os países que avançaram tem currículo nem o brasil não pode ser o mínimo currículo mínimo nós temos
que ter um currículo respeitando as diferenças regionais mas aprender ler e escrever as quatro operações as fórmulas de química e física e isso é comum em qualquer lugar do mundo isso não tira a autonomia dos professores ao contrário a gente tem ouvido muito dos professores e dos profissionais que eles querem isso hoje quem faz isso é o livro didático hoje quem faz isso é o material apostilado ou algumas redes que por iniciativa própria construíram o seu currículo então isso não tira a autonomia do professor isso colabora com o trabalho dele na sala de aula até
porque a gente não falou disso aqui mas é uma é uma das preocupações do plano nacional de educação à formação inicial desses professores que muitas vezes é ruim a maioria das redes hoje recebe os professores e precisão o que precisam passar por formação antes de assumir uma sala de aula é então o currículo não tira a autonomia autonomia da escola é importante mas ela não pode ser independente ela tá ligado a uma rede de ensino é porque senão a gente começa a ver aquelas ilhas da fantasia em algumas redes mesh quando você vai visitar aquela
cidade é sempre aquela escola ou aquela outra que é apresentada né ah ah ah mas essa tem ideb 7 não interessa que na mesma cidade tem e deve 3 o que a gente tem que garantir hoje o maior desafio do pnr é equidade garantir que todas as crianças tenham boa educação independente de onde elas vieram do local onde elas moram e da escola em que ela em que ela frequenta é como garantir essas diferenças e por isso o investimento é tão necessário cruzo muito obrigado pela entrevista muito obrigado a você que nos assistiu ea gente
volta com mais um programa entrevista nesta série que estamos debatendo o plano nacional de educação meta por meta obrigado