Aprenda a Ensinar: ginástica artística - Transforma Rio 2016

Olá, eu sou Luisa Parente, ex ginasta olímpica participei dos jogos de 88 em Seul e 92 em Barcelona. Hoje sou professora de educação física e trabalho com a iniciação esportiva em escolas O primeiro passo é apresentarmos a ginástica aos jovens através da sua origem contando a sua história. Nós formamos uma roda com os alunos e a gente vai introduzindo os aspectos históricos também nesse momento.

Sabe quem é esse cara aqui? É chamado o pai de ginástica E ele é Friedrich Ludwig Jahn, ele transformou a ginástica num esporte. Mas, a ginástica, ela vem muito antes disso lá da Grécia Antiga.

. . Mas a ginástica artística, que ele transformou a ginástica em modalidade, porquê, porque ele criou a metodologia do treinamento de repetir os elementos de aprender os elementos e ele também construiu os aparelhos.

A ginástica artística está presente nos Jogos Olímpicos Modernos desde a sua primeira edição. Primeiramente com os homens e depois, nos anos seguintes, com as mulheres. Pra começar a ensinar a ensinar a ginástica, a gente quase não precisa de material, uma quadra é o suficiente.

Claro que, depois vai evoluindo os exercícios, você precisaria de um material mínimo que seria alguns colchonetes ou colchão sarneige que é um colchão pouquinho maior, se puder, módulos de espuma como o plinto, né, de espuma ou rampa para facilitar os rolamentos. E, uma atividade ótima pra gente introduzir é o pique aparelho: você determina onde as crianças devem ir. .

. Pique Trave: aí elas tem que se direcionar até a trave e voltar numa posição. Trave azul, avião, voltou.

Muito bem, muito bem! Mão, pé no módulo laranja! Ok.

E você também pode explorar, às vezes não revelar o nome do aparelho mas dizer a forma dele. . .

Existem quatro posturas básicas na ginástica: a postura de apresentação, a postura de terminação é aquela que a gente finge que vai cair e parou aqui. Terminação da estrela. Isso!

Estica os braços lá em cima, ao lado da orelha. A postura de preparação. .

. Pontinha do pé na frente, esticou o bracinho lá em cima. E a postura de aterrissagem.

Chegou do salto e ficou lá congelada. Essas quatro posturas devem ser trabalhadas bem no início das atividades. Apresentação, aterrissagem.

preparação e terminação. As posições da ginástica são: estendido, grupado, carpado, afastado, espacate, que já entra um pouquinho na flexibilidade ea e a posição de éle. Grupado.

Carpado. Éle. Muito bem!

Carpado. Afastado. Esticado!

A ginástica se desenvolve com a ligação dessas posições e posturas e outros elementos. É a combinação disso, por isso apróxima atividade é um brinquedo cantado uma atividade musicada de sequência de elementos chamada "A floresta dos animais" "Estava na floresta a passear, olhei prum lado, olhei pro outro, olhei pra cima e vi um avião. Não sei quem era, não tenho ideia, olhei pra baixo e vi uma formiguinha.

Peguei minha mochila, fui dar uma voltinha, agora contarei os bichinhos que encontrei. O sapo deu um pulinho, o caranguejo andou pra trás, esbarrou no camelinho, que levava o macaquinho. " A floresta é uma atividade de aquecimento que realiza todas as posições aprendidas até o momento e introduz novos elementos com nomes de bichos.

O que mais nós vemos são ginastas de cabeça pra baixo então o próximo exercício a ser aprendido são os exercícios de apoio e apoio invertido que, aliás, trabalham muito a força dos membros superiores. Nós temos mais uma vez o pique adaptado que é o Pique Prancha que as crianças adoram, onde as crianças têm que passar por debaixo da outra, do outro colega que está na posição de prancha. Já tenho duas voluntárias pegadoras aqui, e aí quem for pego faz a prancha que é o camelinho da floresta dos animais, né?

Abaixando um pouquinho o quadril. . .

Isso, tem que passar por baixo pra salvar, muito bem, Dona Marina! Acabou de te pegar, prancha! Junta os pés, junta os pés!

Na avenida dos animais a gente também explora principalmente os animais quadrupedes, porque aí gente tá trabalhando o apoio de quatro apoios e continua fortalecendo os membros. O túnel da lagartixa: forma-se um túnel com as mãos no chão e os pés nas paredes, como uma lagartixa e as crianças passam por dentro. Da cambalhota para o rolamento.

As crianças claro que já sabem dar cambalhota e agora elas vão aprender a rolar. Rolar dentro da técnica correta e segura. Queixo no peito e, a partir do rolamento, a gente explora todas as posições novamente: rolamento grupado, carpado, afastado rolamentos com saltos, rolamento combinados com outros elementos.

Ainda nessa temática de animais nós podemos utilizar o "Circuito dos Bichos" e, claro não pode faltar o tatu-bola. Minicircuito dos bichos: tatu-bola aqui, aqui vai ser a girafa, ali é a prancha que é o camelo e ali é a lagartixa põe as duas mãos e sobe os dois pezinhos, isso. Direto, mão-pé.

. . subiu aqui, na rampa vai rolar lá vai fazer girafa, tá?

É. . .

aí rolo na rampa. Mãozinha, queixo no peito. Isso!

Aí subiu, ótimo! Como que estão aí, a girafa, como é que está o camelo e como é que está a lagartixa? Bem?

Tão bem? A estrela. A estrela, sem dúvida, é o elemento mais divertido de ginástica e mais desejado, também, pelas crianças.

Querem logo aprender. É um elemento de equilíbrio dinâmico e apoio invertido também Primeira estrelinha: posição de preparação apoiou a mão no módulo laranja e fez a passagem das pernas pro colchão quem já sabe fazer estrela, ótimo, vai fazer um estrelão lá em cima. Quem tá aprendendo vai simplesmente apoiar mãozinha e passar a perninha pro outro lado, ok?

Trazendo a interdisciplinaridade pro nosso programa, podemos sugerir a ginástica indígena. seria uma atividade onde a gente divide a turma em tribos indígenas e cada tribo desenvolve o seu circuito de ginástica com os elementos aprendidos até aqui. .

. . e os Jogos Olímpicos e Paralímpicos, né?

mas sabia que tem Jogos indígenas, também, no Brasil? Agora que nós dividimos os grupos, vocês vão se tornar tribos indígenas, ok? Caingangues, Goytacazes e Tupi Guarani.

Podem começar a explorar os seus materiais e a bolar uma sequencia que todo o grupo vai fazer, hein? Todos os membros da tribo tem que fazer! E depois se apresentam, cada tribo para as outras tribos.

Essa atividade visita as disciplinas de história geografia e até português. É muito comum confundir a ginástica artística e rítmica, por isso a gente faz questão de diferenciar lá na aula. Pra isso a gente tem atividade do barangandão, onde as crianças confeccionam, na própria a aula, uma espécie de fita.

A gente só precisa, pra fazer o barangandão: o barbante, um o papel crepom colorido, qualquer cor e um jornal. Primeiro um pedacinho de crepom, a gente vai só esticar uma pontinha aqui ó, fazer uma língua com ele e esticar na base do nosso jornal. Pega agora embaixo do jornal e vira pra cima cobrindo os crepons e vou dobrando todas as outras réguas pra cima.

Pronto. Aí a gente diferencia bem a ginástica rítmica da artística, pois a rítmica é a modalidade dos aparelhos de manipulação: a bola, o arco, a corda, a fita e a massa. Acho que a gente já tem bastante conteúdo acumulado, suficiente para montarmos uma série que é a essência da ginástica, a apresentação de uma série completa.

Nesse sentido, eu tenho uma atividade chamada "Simulado da Ginástica", onde a gente divide a turma em grupos. Cada grupo contém todos os personagens de uma competição: o ginasta, o técnico, a torcida e o árbitro. E aí nós simulamos uma competição onde o ginasta se apresenta, o técnico orienta, o árbitro julga e a torcida se encanta com a ginástica.

Atenção, ginasta Manuela se apresenta. Isso! Com a técnica Carolina.

Pode ir. Muito bem, apresenta final! Técnica, pode ir lá dar os parabéns pra ginasta.

Muito bem! Enquanto isso as duas juízas estão terminando de avaliar a série e vão dar a nota final. Nota dez, parabéns!

Muito bem! Agradeço do fundo do meu coração, espero que vocês tenham gostado e possam aplicar nas suas aulas. A ginástica deve ser praticada por todos.

Ginástica na escola, eu apoio essa ideia.