Medo de quê? - INÉDITA PAMONHA #67

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Clóvis de Barros
Neste episódio: Clóvis fala sobre o medo e como ele prejudica a percepção da realidade. Para isso, a...
Video Transcript:
e começa agora ele falou sonha por instantes felizes virginais irrepetíveis [Música] Olá seja bem vindo a mais um inédita pamonha hoje é quinta-feira dia de reflexão sobre as coisas da vida estamos com o patrocínio EA benção de estima química ou do Brasil e bnp paribas esta semana de humano é [Música] E hoje nós vamos falar do Medo nós vamos falar do temor é um sentimento é uma sensação é uma feto é uma paixão uma paixão triste o medo não é legal de sentir o medo Rapaz o medo ele é desagradável o medo é o tipo
de situação que gostaríamos de evitar ele mesmo quando o medo ele nos impede de experiências ainda piores do que ele próprio mesmo assim ele é por ele mesmo desagradável gostaríamos de evitá-lo na verdade gostaríamos de não precisar sentir medo algum no meio do a potência cai o medo age sobre nós de maneira nefasta o medo ele é obviamente é uma feto que nos faz caraminholar coisas desagradáveis imaginar coisas terríveis tem imaginação e o medo Eles caminham de braços dados à imaginação produz medo e o medo produz mais imaginação amedrontadora então sabe bem o que começou
primeiro a verdade é que na hora que sentimos medo a nossa imaginação vai a mil e somos capazes de longe na produção de conteúdos de consciência que nos devastam nos aterrorizam compõe para baixo então agora claro alguém dirá se não sentíssemos medo nenhum Aí talvez pudéssemos nos autorizar experiências ainda mais nefasta mais trágicas é possível o medo talvez é de proteção porém ainda assim ele é por ele mesmo ruim de sentia um hoje nós vamos dar a palavra a montagem não tem Pensador do século 16 não tem é adorado por quem gosta de montanha eu
sei que parece esquisita afirmação porque claro que se gosta é porque gosta e portanto tem que ter o que ele escreve um apreço incrível mas não tem goza de uma legião em incrível de fãs e não é para menos sabe porque os seus ensaios são uma produção de filosofia guarda baixa despretensiosa bacana de ler agradável Generosa e não tem aparentemente não tá querendo impressionar ninguém com aquilo que escreve não Quase que como se tivesse escrevendo para si mesmo não tem faz do seu pensamento um diário e fala desse são um problema né abrindo-se para o
mundo e para a posteridade de um jeito muito simpático muito a vida ativo na muito atrativo é um gênio do pensamento e é um gênio na hora de manifestar esse pensamento lá no ensaio número 18 montain fala do medo ele começa por uma frase uma afirmação que aparentemente não é dele tá entre aspas e que é a seguinte tomado de estupor fiquem de cabelos arrepiados e sem voz Então veja com isto por aí é muito medo supõe E aí ele mostra o quanto esse medo sensação afeto parece que estampa na nossa cara essa nossa condição
amedrontada com o cabelo é visível por qualquer um o fato de não conseguirmos falar também é perceptível por qualquer um então com medo é uma sensação difícil de esconder difícil de disfarçar na hora que estamos com medo esse medo exibir e a nossa condição para qualquer um que nos Observe aí ele continua agora ele mesmo não sou muito versado no estudo da natureza humana e naturalmente quando ele fala de natureza humana ele tá falando daqueles traços distintivos do humano que o acompanharia um qualquer situação em qualquer tempo e em qualquer lugar alguma coisa do tipo
o homem é um animal político dotado de Logos Women é isso homem definições e antropológicas do humano e ele tá dizendo ali no vivem com essas coisas que não é a minha praia né e ele continua eu ignoro de que maneira o medo pode atuar em nossas ver como vem da onde vem para onde vai de que maneira ele produz esses efeitos correlatos que nós acabamos de mencionar ou certo a ele disse que se trata de um estranho sentimento bom Claro poderíamos compará-lo com outros é com alegria com a tristeza com amor com esperança e
temos que concordar que os sentimentos não são exatamente muito fáceis de serem apreendidos entendidos explicados não é fácil falar a respeito não é fácil entender luz e traduzi-los em discurso em explicação e certo então talvez montanha esteja querendo dizer que o medo ainda é pior do que os demais é mais misterioso do que os demais é difícil de ser compreendido na hora de uma análise seja em si mesmo seja em quem quer que seja muito bem nenhum Mas nenhum mesmo afirmam os médicos nenhuma feto em um sentimento nenhuma sensação que nos projeta de maneira tão
radical de maneira tão imediata de maneira tão príncipe e fora do bom senso naturalmente ele parte aí de uma ideia a gente tem uma espécie de balada da Alma no espírito da psique vamos ver um estado mais ou menos previsível uma órbita na de probabilidade de Estado de Espírito aonde entendemos as coisas com alguma razoabilidade interpretamos o mundo de um certo modo e isso nos acompanha boa parte do tempo Olha isso poderíamos chamar de um bom senso na nosso e compartilhado com outros um bom senso que nos permite comunicar e nos entender com outras pessoas
e setra E aí Claro por medo ele mais do que qualquer outro sentimento nos tira Desse bom senso e outras palavras esse medo que nos faz pensar e nos faz enunciar e nos faz agir de uma maneira anômala de uma maneira estranha é diferente da que estamos habituados mais do que qualquer outro sentimento podemos então ver o seguinte todos sentimento pode nos tirar do prumo todo sentimento pode ser até De euforia no extrema alegria pode nos tirar do por um mais um medo ou faz de maneira mais clara mais precipitada mais imediata sem nenhum tipo
de dúvida a respeito e é interessante ele mesmo desmontagem para além dos médicos que viu Muita gente se tornar insensata se tornar um se nada dizer pensar e fazer coisas muito estranhas por conta do medo mesmo entre os mais lúcidos mesmo aqueles com os pés no chão na maior parte do tempo mesmo aqueles que aparentemente controlam na pasta ferramentas da Razão com maior Constância mesmo e quando afetados de medo tão ler Os Terríveis alucinações eu não estou nem falando do homem vulgar vamos exemplo do homem particularmente estável pelo medo né aquele Digamos que se amedronta
com mais facilidade aquele que se deixa devastar pelo medo com mais facilidade eu estou falando e salvar os homens valentes homens preparados os homens supostamente desse temidos ele diz assim os ordinários né o digamos os momentos Dolorosos que é quase todo mundo né esses vem usando ter passado saírem do túmulo esses vem fantasma esses vem lobisomem não esses vem de nomos esses não não fala mesmo os soldados supostamente mais preparados para enfrentar o medo Poderíamos dizer mais blindados diante de situações amedrontador mesmo esses acaba o clube o afeto do medo Eles acabam tendo condutas completamente
inesperadas muitas vezes homens valentes se convertem num um verdadeiro rebanho de cordeirinhos ante uma situação amedrontadora compartilhada ante uma situação de medo vivida ali no campo de batalha e E aí [Música] E aí [Música] E aí e nesse sentido Montanha Da muitos exemplos como é do seu feitio no meu relato um Quando o senhor de Bourbon tomou Roma O porta-estandarte encarregado da Guarda do subúrbio de São Pedro foi tomado de tal pavor a primeira Alerta que passando através de um buraco no muro em ruínas saiu da cidade carregando o seu estandarte e marcha ou encontro
do inimigo convencido de que se dirigia para o interior da praça forte vendo a gente do Senhor de Bourbon se a prestar para batalha voltou a si e na crença de que os Defensores tentavam uma sortida virando as costas entram de novo pelo mesmo buraco na cidade de que se afastar a cerca de trezentos Passos é muito interessante que indivíduo o indivíduo tomado pelo medo ele de tal maneira apavorado de tal maneira afetado longe distanciado das suas faculdades mais elementares ele acabou se precipitando e o inimigo acreditando estar fugindo dele e portanto tendo aí Digamos
um comportamento mais esquisito que alguém na sua condição poderia ter enfrentado poderia ter vivido pois muito bem vindo surpreendeu agarrou e a tal ponto para liso um Fidalgo este caiu morto repentinamente sem o menor ferimento do Baluarte em que se achava é interessante a ideia de que quando sentimos medo não é propriamente o mundo que está a nos agredir mas aquilo que determina em nós esta sensação tão devastadora é o que supomos possa nos acontecer e portanto a entre o mundo EA sensação de medo uma Instância mediadora uma Instância mediadora que é a nossa própria
consciência tem um atividade produzir os seus conteúdos produzindo suas quimeras e suas imaginações que essas são a verdadeira causa daquilo que nos devasta portanto Eis aqui um exemplo de alguém que não foi um momento algum atingido não foi em momento algum acossado não foi um momento algum batido não pelo mundo mas que diante de uma determinada situação produziu internamente um conjunto de imagens de conteúdos de consciência de alucinações e Petra que foram determinantes que causaram mediatamente o seu desfalecimento hora podemos então concluir aqui nesse momento falando sobre o medo que no final das contas trata-se
de um afeto que começa e termina em nossos Claros da que a situação vivida poderá potencializá-lo Claro está que se não for a situação e talvez nós não produzisse mos tudo isso que nos devasta Claro está que se o mundo fosse outro as pessoas em volta a força em outras o momento histórico fosse outro a nossa mente e Jamais produziria Aquilo que determina o nosso favor Isto é saco mas é certo também que o que nos devasta não é o mundo é o nosso entendimento do mundo Terra Nossa interpretação do mundo é a construção mental
que fazemos a partir do que vemos é a interpretação é a exegese que fazemos daquilo que percebemos pelos sentidos e bom então eu vezes proporia aqui uma reflexão mais aguda em termos de da minha própria situação vivida como eu já tive oportunidade de mencionar aqui no inédito a pamonha há cinco anos vem enfrentando problemas de visão e nos últimos dias recentemente esses problemas se tornaram mais Agudos e portanto a visão diminui a visão diminui a visão que já era caça tornou-se praticamente ausente por conta da existência de um tumor sub-retiniano que vaza suas secreções seus
líquidos líquidos que se acumulam na mácula criando assim uma espécie de barreira que impede a visão percebe que isto me permite não é uma consideração interessante a respeito do temor porque nunca ficou tão claro o quanto neste momento que somos nós mesmos os artesões usar artífices deste conteúdo de consciência que nos devasta a impossibilidade que eu tenho de ver o mundo mesmo quando no mundo não há nada de agressivo me leva a supor me leva a imaginar me leva a conjecturar a respeito daquilo que eu não posso ver mas que pode estar ali à espreita
E aí então Claro a dificuldade de visão ela se traduz num temor permanente num pavor que acompanha afinal de contas a ignorância a respeito da realidade das coisas a impossibilidade de percebê-las pela visão o despreparo para percebê-las com outros órgãos do e talvez o que aconteça um cego de nascença mais preparado para enfrentar o mundo com o tato com o paladar com o fato com sentidos remanescentes a minha condição impossibilitado de ver o que está em diante de mim determina em mim um estado permanente de amedrontamento mesmo que não haja no mundo concreto diante de
mim nada que naquele momento me ameaça culturalmente que você aqui começa a se dar conta de que o primeiro grande trabalho para o enfrentamento do temor o primeiro grande trabalho para o enfrentamento do Medo está evidentemente no alto domínio mental da produção desses conteúdos de consciência que antecipam o mundo que converteram sobre o mundo a hipótese sobre o mundo um possível ser flagrado e que são a pequena dores devastadores e tão violentos contra nós então naturalmente o convite está dado porque não é preciso ficar cego para o sentir medo é sempre possível com sabedoria ante
o mundo que se apresenta diante de nós ter condições de interpretá-lo de modo a reduzir o medo o temor a níveis aceitáveis a níveis não perturbadores a níveis que permitam e autorize uma vida boa nas mais diversas situações da nossa vida [Música] E aí [Música] e era isso que eu tinha a dizer por hoje esse foi o nosso inédita pamonha sempre com o patrocínio de isso e mecânica ou do Brasil e bnp paribá essa semana somente se você gostou e neste caso apenas quinta-feira que vem tem mais e lembre-se sem medo sem medo você sente
que a sorte está contigo sem medo você é capaz de pensar tenho salvar o mundo de maneira positiva de maneira propositiva E aí é claro você evitará muito daquilo que tinha pequena muito daquilo que te entristece muito do que te aproxima da Morte um grande abraço e até quinta que vem valeu e se você ouviu o inédito da Pamonha por Clóvis de Barros Filho trazido até você pela revista inspire-se acesse [Música] www.revistaartesanato.com.br e nos siga nas redes sociais esse de Podcast Foi editado por radiofobia podcast e multimídia
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