e quando é o era do ensino fundamental a sofia muito pela minha coisa pelo meu cabelo e as crianças os meus colegas de classe sempre implica alguém falava alguma coisa do meu cabelo e eu sofri muito e isso criou vários traumas em mim eu não não sabia quem eu era isso não saber qual era a minha identidade e isso foi bem pesado porque eu era uma criança [Música] e aí e aí e aí e aí e aí e aí e aí e aí e aí e aí e eu acho que a gente nunca se viu
encaixado nesses padrões que a sociedade nos impõe eu sempre tive noção cara é diferente quanto enquanto criança eu sabia que essa diferença ela normal só que aí do momento que a gente tá deixando de ser criança e se tornando adolescente a gente vê a necessidade de se encaixar em alguns grupos e se sentir aceito então quando colegas olhavam para mim e minha pele davam e só pelo fazer o teu cabelo para cima espetado e de certa forma que me incomodava a eles incomodava a mim por não agradar eles eu achava que eu precisava tá me
encaixando um amigo meu disse para mim que eu era até bonita mas esse cabelo nesse momento que eu comecei a ver que meu cabelo talvez não era tão aceito aí eu resolvi fazer o que eles é o fala para ele ficar mais bonitinho mas domado a menina melanina passou por incertezas momentos de fraqueza dúvida ou se a beleza nos seus olhos escuros seu cabelo encrespado sua pele tão noturno seu gingado e erotizado algumas por comodismo não se formam nem vão atrás para saber da herança e carregando as forças dos seus ancestrais prefere acreditar que o
bom da vida é ter um belo corpo e riqueza e chegaram a lápis da sua carreira quando se tornarem a próxima globeleza preta mulher bonita que vai à luta que tem opinião própria e não se assusta quando a milésima pessoa aponta para o seu cabelo rir dizendo que ele tá em pé e a ignorância dessa coitada não é permitem ver em pé armado que seja para mim a imponência do cabelo de preto não é só resistente a resistência me aceita aí quando eu entreguei foram oito anos de cultivo e paciência e acertei quando neguei esse
padrão imposto por uma me de uma sociedade que não pensa preta pretinha não ligue para o que diz essas pessoas e a sua cabeça quando for para receber a sua coroa tava com uniforme de escola indo para escola eu parei numa mercearia poder comprar algumas coisas e nessa mercearia tinha um rapaz que tava ele tava contando dinheiro no balcão e só tinha um atendente quando eu cheguei perto dela ela falou pode falar e tal e ele olhou para mim assim de uma forma diferente me olhou de cima em baixo tá com cabelo bem alto bem
bem black mesmo ele falou ele me empurrou e falou chega para lá você não tá vendo que eu tô contando dinheiro aqui e eu não soube como reagir cara foi uma coisa tipo assim eu acho eu não sei se ele pensou que eu ia roubar ele o que ele pensou no momento mas aquilo me doeu bastante eu não soube como reagir no momento né depois disso eu carrego até hoje mas não como forma de a tristeza mas sim como forma de aprendizado eu carrego isso como um aprendizado sou burra um daqueles menor o terror existindo
nessa a rede social de rap da cultura humana vemos um lápis da marca sua palavra que não tem o cabelo incomoda cubatão tipo botar essa palavra dita tão dizendo por aí que meu cabelo crespo é ruim ruim porque se nenhum mal lhe fez a você ele não estuprou não matou nem mesmo roubou mas eu vou te falar o que é ruim ruim é o site padrões que a sociedade insiste em ensinar que bom é cabelo liso mas se for crespo tem que alisar eu escuto todo dia alguém falar seu cabelo é tão bonito mas já
pensou em alisar são frases como essa que todo dia leva alguém a não se aceitar não aceitar o seu cabelo natural seja ele crespo ou cacheado somos lindos e lindas não precisamos ser realizados e eu vou falar mesmo sem medo de errar não vai ser chapinha formou guanidina que vai fazer me aceitar até na tv diariamente eu vejo eles falar que cabelo crespo fica melhor se cachear o tentar alisar parece palha de aço parece bom é a mais já que parece tudo isso traz aí água e sabão que aconteceu preconceito esfregar aí não vai ser
isso que vai tirar meu sorriso não vai ser isso que vai fazer eu parar eu aprendi uma o cabelo crespo ou cacheado e é isso que importa em moça tá chorando porque será que eu posso te ajudar vixe é mais um problema de depressão não consegue se aceitar mulher de cabelo curto não pode homem de cabelo grande também não enquanto você fica enfatizando que pode o que não pode é o meu cabelo vai sim continuar quebrando seus padrão com as minhas tranças vem de origem e turbante não é só coisa de pai de santo e
macumbeiro não meu black power parece uma árvore sim que vai espalhar sementes por aí mas semente de inspiração tava cansada eu tinha passado o dia todo na escola hein tá voltando para casa no ônibus lotado e aí eu sentei no banco e uma algum outro ponto chegaram duas mulheres sentadas na minha frente e e elas começaram a falar do meu cabelo e você tava grávida uma delas estavam grávida e e elas falaram nossa aí uma delas aqui não tava grávida falou não seu cabelo dela é muito bonito e tal a sua filha poderia nascer com
o cabelo assim e aí a moça que estava grávida disse nossa se minha filha não sei com cabelo assim eu rasco e aí foi um choque assim porque eu vi aquelas palavras machucaram muito em como assim sabe raspar o cabelo porque assim sabe porque é fora do padrão e por que não é liso porque não é loiro sabe e é uma coisa que machuca muito assim porque os padrões impostos pela sociedade não se encaixa em todo mundo em quando não se encaixa eles ferem aquela essas pessoas que não que não estão nesse padrão e isso
é é pesado hein é um ponto 1 e eu acho que entender quem eu sou é melhorou muito para mim para minha vida assim para mim as relações dos meus relacionamentos de amizades na minha família e tudo mais e a gente eu entendi que eu não preciso provar nada para ninguém eu entendi que eu não preciso ser quem as pessoas querem que eu seja eu entendi que eu tenho que ser quem eu sou de verdade independente as pessoas vão gostar ou não eu acho que é entendeu o processo e começar a me amar é entender
que eu posso ser quem eu sou a gente consegue perceber que nunca as escolas alunos mesmo ser um negros de trás fortes ou recintos ou não não se declaram nele o fato de eu de eu assumir o meu cabelo acho que foi o primeiro passo para eu poder me assumir mulher negra porque até então eu falava tá sou morena eu passei por isso também eu pensava assim aí eu sou morena o que um é a sociedade faz a gente enxergar o ser negro com uma coisa ruim mas não é que tenta apagar por causa que
ninguém quer ser negro e uma sociedade raça desde que eu comecei a entender quem eu era a assumir quem eu era de verdade as coisas na minha vida as coisas com as outras pessoas começaram a mudar muito ele foi uma mudança bem radical assim porque eu saída do final da classe do da menina quietinha e comecei a fazer várias coisas na escola fiz eu era representante turma fiz parte do grêmio estudantil e isso foi só isso só pode acontecer depois que eu comecei a entender quem não era você passa uma infância se escondendo de quem
você é uma adolescência relaxando quem você é eu uso esse trocadilho sabe eu relaxava quem eu era eu não era totalmente é mas não totalmente dentro da psicologia isso tem isso afeta muito a questão estética para para a gente a nossa sociedade é muito forte então quando eu escondo e relaxo quem eu sou eu não sou completamente [Música] e eu a menina que tinha um cabelo liso passou para o cabelo relaxado com os cachos mais escorridos mas soltos é começou a deixar o cabelo mais volumoso e então é de meninas quando a gente se reunia
começaram a usar turbantes e cabelo black também e começar a entender o poder que elas tinha um relação a elas primeiros sempre mas de como isso afetar os outros em inglês que passavam pela gente no corredor com cabelo baixinho e a gente nossa você cortou o cabelo sim estou passando pelo bc da kelly bishop fizeram grande corte para deixar o cabelo natural e caraca eu comecei isso porque eu me aceitei sabe é sempre isso de encontros que geram alguma coisa encontros potentes encontros que fortalecem e que geram mudança um pouco de confusão também pô e
essa confusão e dessas falas a gente consegue criar ou não criar eu acho que já existe a gente desperta algo sabe desperta mais e uma coisa que eu acho bem bem bacana disse aceitar que você começa a ver o mundo e as coisas de uma forma totalmente diferente você começa a ver que as pessoas elas te tratam indiferentes mas que você se sente feliz dessa forma mesmo com a diferença das pessoas é nessa parte do preconceito você se sente mais empoderado eu acho que isso é necessário a preconceito delas contra nós para que a gente
venha se empodera porque eu acho que isso é tipo uma coisa assim é força é tipo força para cada um de nós sempre tem um momento marcante na nossa vida o momento mais marcante para mim foi quando meu filho para oito anos se achava feio por ele ser e ele tem a cor que tinha por ele ter o cabelo que tinha ele é um pouco mais claro que eu mas não deixa de ser negro e ele ficava revoltado com ele ele chorava e aquilo doía muito do ia no sentido de eu falar nossa como é
que a sociedade nojento porque não é bom a gente se sentir se sentir bem na sociedade doente e o que acontece que nossa sociedade está muito doente e meu filho já se sentia mal com ele mesmo por ele não se encaixar apenas com oito anos de idade aquilo para mim foi nossa falei não tem que fazer alguma coisa até que me engajar mais e aprender lutar mais para mim e por ele que a gente não pode deixar e é deixar que as estrutura de opressão o primo também os nossos a gente não pode então eu
comecei a trabalhar os em cima dele comecei a falar o quanto ele era bonito e que os colegas dele eram bonitos os colegas mas melanizados o assaltar o cabelo deve ser meu filho como que você acha que seu cabelo é feio você acha o quê do meu jet o cabelo crespo é alto bem black power então vou fazer a fazer ele enxergar a beleza em mim ah beleza nele a beleza nos outros falei meu filho não tem isso de quem é mais bonita você é bonita e pronto você não pode querer nascer de novo porque
você é assim deus fez você assim desse jeito então ele começou a se aceitar tanto que agora ele tá bem que você deixou o cabelo crescer isso me enche de orgulho quando ele olha para mim me ver como exemplo ele falou mal eu quero ver o cabelo tão grande quanto da senhora aí eu falo não você vai ficar assim e ele se o mesmo cuidar eu raspei meu cabelo eu fiz parte de um de um projeto estou fazendo ainda de um projeto chamado 100 porcento natural e que a gente eu e o meu cabeleireiro a
gente raspou o cabelo completamente para deixar em crescer completo em forma natural sem usar química só hidratação sabe é e de mostrar para as pessoas que é possível você se aceitar com seu cabelo meu cabelo não cabelo cacheado o cabelo crespo ele cresce para cima e esse processo também é um processo muito complicado porque a gente sai do liso mas entra para um uma questão do cabelo cacheado do ombro para baixo né grande escorrido que não tem muito volume ou entra para um cabelo volumoso mas ainda assim cacheado mas quando ele cresce para cima tem
alguma coisa de errado e aí tem essa questão e aí como que eu me percebo também diante de outra questão não é só estética é uma questão racial também o ingresso o cabelo nunca foi nunca vai ser só o cabelo tudo começa pelo cabelo mas isso a gente isso reverbera dentro da gente e cria outras questões a gente consegue perceber o racismo que existe no brasil e como isso nos afeta e afeta desde os da nossa infância que a gente não aceita nossa cor não aceita o nosso cabelo e tenta mudar e passa por cima
disso para se encaixar em um padrão e depois quando a gente começa a perceber e assim perceber é que a gente vai diferente que a gente não é bem assim a gente quer sair disso e quando a gente sai a gente também não quer voltar mas é um processo que nunca acaba também porque você tá sempre lutando gente a minha mente não vão me prender mais não e o vazio dessa gente não tem com os pés no chão e coragem para enfrentar o medo lucas o giro racismo do caminho que eu vou passar comum roblox
sem saber qual seria o destino no quarto vizinho preto mulato panteras o menino próximo das soluções esse gerações que tem seus meninos peças de outros oito mais você já fez o racismo implantado quando eu dizer que seu cabelo ou não para o dia e a ponta me pegam falou que comprou desse jeito na página fica com o preto possível desconhece fadado a ser pior mais longe consegui tentei me contou com um dos prêmios mais um menino que funciona também em viver para ser feliz todos e também possível resistência mc caio faz capítulo da farsa e
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