então eu te perguntar quando que uma pessoa cheia disse o professor ou professora que era chamado de maria um cachorro de jonas maria isso é um direito da criança de idade enquanto recomendável ficar da professora é agisse diante dessa semana cada vez é mais freqüente primeiro queria mostrar assim como isso vem aparecendo cada vez é mais freqüente que meninos e meninas deseja viver ou experimentar uma parte da sua vida né no gênero diferente do qual foram designados ao nascer para ser bem claro o menino com o corpo de menino e que tenha sido batizado de
josé pode na escola dizer eu gostaria de me chamar maria né e me vestir de mulher eu sei perfeitamente o quanto isso tem sido explorado por um certo pensamento conservador no brasil com nomes como ditadura gay né no sentido de dizer que a escola está instaurando confusão na cabeça das crianças ao ego dizer que ela pode sim na escola chamada de maria mesmo que ela tem na certidão de nascimento o nome de josé então primeiro eu queria dizer que este problema que agora acontecem dentro da sala de aula na escola ele acontece há muitas décadas
no sistema escolar mas o sistema escolar sistematicamente expulsava essas pessoas ou seja no brasil todas as pesquisas por exemplo estou pensando no agora feita pela ufmg né marco aurélio prado autor principal a respeito do nível de escolaridade médio de travestis transexuais é por geração é bastante evidente aliás bastante evidente não 100% dos casos relataram que os incômodos na vida escolar por desejarem ser de um gênero e serem tratados sempre do outro e fazer futebol com os meninos quando eu desejo fazer vôlei com as meninas por exemplo eles ocasionaram a expulsão da escola então ao contrário
é do muita gente diz que a escola que hoje em dia está colocando isso na cabeça das crianças essa afirmação é completamente em desacordo com as pesquisas o que acontece hoje em dia que a maioria das pessoas não via esse problema acontecer porque as crianças se evadem da escola o número de pessoas é que chegava mais adiante na escolaridade era muito pequeno porque a escola é um ambiente muito hostil para que alguém nascido menina por exemplo resolvesse jogar futebol como os meninos né hoje em dia não podemos deixar de dizer que o brasil tem a
marta é que é um grande exemplo de uma menina é só olhar a história de vida dela que desde pequena que jogar futebol e encontrou todos os preconceitos por si mas conseguiu jogou futebol na escola né teve digamos isso o franqueado né então assim essa é uma das primeiras coisas assim esse problema não foi inventado agora e nem a escola que tirou da cabeça e isso começou a semear a confusão o que acontece é que algo vivido fora da escola passa a ser vivido na escola antes que alguém diga mas é só isso que está
a acontecer não na escola numa sala de aula também não havia alunos surdos e não havia necessidade libras e agora nas últimas décadas os alunos surdos foram incluídos na escola também não havia alunos com alguma deficiência mental por exemplo síndrome de down porque eles ou não estudavam estavam em uma escola especial eu próprio tive um filho entende que estudou alguns anos com o menino na mesma classe com síndrome de down há 30 anos atrás ele se eu imagino que isto daria uma criança assim que ela não estaria na mesma escola podia sair seguir multiplicando os
exemplos né podia até o exemplo mais claro é o seguinte até 1988 as meninas estudavam menos do que os meninos estão a chance de terminar sala de aula era um pouco menor agora ela é amplamente maior né então essa é uma primeira questão é uma falsa questão dizer que a gente inventou isso nos últimos anos a escola simplesmente está tratando de efetivar o direito à educação de uma pessoa que diz eu gostaria de ser chamado de deise embora na minha jonas o meia esteja mádio né agora vamos ao aspecto legal da questão é que essa
seria a pergunta assim é a criança tem o direito de dizer isto e terá sua reivindicação atendida ea escola têm o direito de chamá-la por outro nome e já respondo tem o brasil tem legislação federal legislações estaduais e muitas legislações municipais e até mesmo algumas redes particulares de ensino que admite que para efetivar o processo de escolarização daquela criança se pode na lista de chamada substituir o nome que está ali colocado pelo nome feminino isso não significa que vá se modificar a carteira de identidade daquela pessoa e ou que vai se apagar o registro do
nome de origem dela né embora no brasil uma pessoa possa demandar a troca de nome mesmo sem fazer cirurgia alguém desconfia disso leia as decisões do stf sobre isso e leia as decisões dos tribunais estaduais porque os tribunais estaduais e que em geral legislam sobre a questão do registro de pessoas civis cada um pode olhar a sua certidão de nascimento e lá e olhar onde é que a pessoa se registrou a pessoa foi se registrar no cartório estadual de uma circunscrição estadual o registo civil ele é feito em assim como os casamentos em e tem
muito a ver com a justiça estadual nós temos há muita gente que conseguiu na justiça sem a necessidade da cirurgia vou deixar aqui as cirurgias de fora né até porque elas não se colocam para uma criança esteja na vida escolar que vai dos 4 até os 18 anos de idade então no período de 4 a 18 anos de idade nós temos hoje em dia sim um número que corresponde pelas pesquisas a 0,5 por cento da população escolar que deseja ser chamado pelo outro nome e deseja fazer algumas atividades na escola que são próprias é das
meninas e dos meninos ao contrário do seu registro de nascimento por exemplo como já ei né a pessoa deseja na hora da aula de educação física não jogar vôlei com as meninas e jogar futebol com os meninos é o menino que transitou para ser menina deseja utilizar o banheiro feminino e não o banheiro masculino onde ele se sente utilizado pelos demais colegas né então a escola tem que providenciar um ambiente para que isso possa ser possível porque ela não pode perder o aluno fez um momento assim voltando nisso que nós precisamos levar a sério o
direito à educação direito à educação é dizer esta criança aqui que entrou aos quatro anos de idade no grupo na escola tal entende nós só vamos largar lá com 18 atingida a tiro nós não vamos largar lá ela vai permanecer estes 14 anos estuda nós vamos providenciar condições para aquela estúdio pois bem admitido isso vem uma polêmica que esta ocupa muito espaço inclusive de jornal que pode estar representada na seguinte pergunta que já me foi feita em algumas atividades de mediação entre pais e escola e criança né o senhor está querendo dizer então que o
nosso filho que se chama paulo que nós registramos como paulo e cujo nome na certidão de nascimento é paulo quando ele cruzou o portão da escola para dentro ele tem o direito de ser chamado de joana que eu vou responder com toda clareza sim ele tem direito isto vai estabelecer confusão na cabeça da criança como eu já escutei também não sei se a confusão é maior do que seguir chamando de paulo alguém que há mais tempo já se identifica com o gênero feminino quer sugestão de filmes digo sugestões de filmes para ilustrar a coisa minha
vida em cor de rosa tomboy por exemplo produções que enfocam claramente crianças de idade muito pequena nos primeiros anos da da escolaridade né minha vida em cor de rosa um clássico filme de décadas atrás já foi o francês onde o menino chamado dove quiné ele na escola começa a ensaiar a ser como as meninas mas né e então a todas as questões que daí se levantam é para não ser expulso da escola né porque a escola francesa tal qual a escola brasileira não permite que eles elevada na escola que a escolarização é como diz a
constituição federal brasileira obrigatório então não existe a possibilidade eu não quero mais porque eu quero ser chamado de menino e eles não deixam então não vou mais estudar não nós vamos providenciar um ambiente agradável então o que acontece nós temos então legislação o nome social é uma das estratégias ele não é muito diferente de um episódio que eu vivi esses tempos numa orientação de estágio na educação de jovens e adultos em que na primeira aula uma senhora de idade se aproximou da estagiária e perguntou é professora é a sua primeira aula que eu quero ver
se meu nome está na chamada ea estagiária respondeu não era desde que eu vou fazer a chamada quando euller se seu nome estiver lá mas eu quero olhar antes a estagiária mostrou ea senhora é uma senhora de mais de 50 anos de idade com o dedo colocou o dedo sobre o nome dela e vou dizer que o nome da pessoa é ela chamava dona brasília e ela disse assim eu não gosto desse nome eu nunca gostei eu aqui na vila só conhecida como tpi a selar com o apelido qualquer um né eu gostaria que a
senhora não me chamava que ninguém me conhece assim né então prontamente a estagiária arriscou o nome brasil e colocou outro nome segundo exemplo é também a situação de estágio o menino que se chamava antonio marcelo e um sobrenome que não vêm ao caso é assim ele sistematicamente assinava as provas dos trabalhos aponta marcelo eo estagiário então perguntou ele um dia que engraçado neto abrevia é um pouco incomum isso na assinatura e na colocação no top view tem o primeiro nome né ao que o menino respondeu assim ó é que antônio é o nome do meu
pai ea minha mãe sempre disse que o meu pai só me fez e nunca mais apareceu nem conheço ele quer dizer que antônio não é o nome com o qual bingo gosta de ser chamado para você imagina a professora passar de mar dezembro lendo no chamado antônio e um dia responder presente então o menino foi sinalizando de que não é mas ele nunca chegou a pedir é depois dessa conversa o estagiário então disse então quer dizer que tu gosta mesmo de ser chamado de marcelo esse é o nome que eu gosto então prontamente nós vamos
buscar antônio aqui quando eu digo riscar antônio não é que nós a pagar da certidão de nações disse ele vai ter que resolver é que na escola ele será chamado de marcelo esta senhora será chamada de dona noquinha milhão ao apelido e o menino será chamado de maria se ele assim deseja porque são estratégias para manter as crianças na escola porque o bem maior que nós queremos atingir é a escolarização dessa criança com esse clima de pânico moral no brasil essa discussão que é uma discussão importante na área de educação ela passa com essa coisa
toda que as professoras estão querendo mudar o sexo das crianças que é algo que a gente escuta que parece piada mas não é tem pessoas que acreditam mesmo que numa manhã de aula a professora feita uma uma bruxa uma pessoa que tem poderes mágicos ela troca o sexo de uma criança né agora vou focar uma questão que eu acho que é uma interessante ser colocada que é a questão de que a criança ela está sujeita durante muitos anos a uma dupla autoridade sob certos aspectos é a autoridade da família que provê a condição de vida
né ea autoridade da escola quando a criança cruzou o portão e entra na escola a criança está num espaço público que tem outras regras a criança poderá dizer assim ó não mais na minha casa o meu pai ea minha mãe e eles deixam eu falar palavrão toda hora não mas aqui na escola não é assim entende aqui tem uma outra regra mesmo não mais na minha casa eu faço a merenda às nove da manhã não mas aqui a merenda é a dez da manhã porque aqui é um outro espaço aqui um espaço em outras regras
né esse é um aprendizado importante a criança quando pequena vem das regras da família e ela senta na sala de aula do lado de crianças de outras famílias se uma loucura imaginar que cada um vai fazer a sua regra de acordo com a sua cabeça ea sua família tem que chegar a um acordo então são as regras que a gente chama do espaço público e nas questões de gênero e sexualidade é o que eu chamo de uma ética republicana e não uma ética religiosa porque a escola pública e é laica então isso é dar lhe
a seguinte discussão mas assim então uma queda de braço entre escola e família porque afinal de contas eu quero chamá-lo de paulo e vocês vão chamá lo de maria é um sob certos aspectos é uma queda de braço e antes que alguém diga mas isso é o fim do mundo têm que ser os valores da família não têm que ser os valores da família nem a família manda na escola e nem a escola na família a escola não está dizendo que em casa para chamá-lo de maria na escola está dizendo que não escolhe ser admitido
porque ela quer que ele fique na escola agora vamos a alguns processos que já acabaram na justiça em que a família peitou escola né eu conheço os processos de minas gerais e no rio grande do sul não conheço a família peitou a escola é no sentido de obrigá-la a chamar o menino ou a menina é pelo nome que a família queria a escola acionou o conselho tutelar eo ministério público ea família foi penalizada porque na verdade a obrigar a criança ser chamada por um nome que ela não gosta claramente ela não se identifica é o
que se está fazendo a expor a criança humilhação ea humilhação de menores e vulneráveis né então quer dizer essa situação também não é como alguns dizem é por exemplo o movimento escola sem partido gosta muito de dizer meus filhos minhas regras alto lá minha gente nunca na história do brasil foi assim meus filhos minhas regras assim quando filho transita no espaço público são as regras do espaço público aliás no caso de escolas sem partido muito me admira que a pessoa que mais recebe disse isso seja um procurador é do estado de são paulo que deveria
entender das leis assim ou não quando acreditar na escola ela vai seguir as regras da escola para alguém vai dizer mas a regra da escola foi assim que atirou pela janela mas não pode porque na verdade as regras da escola não pode ofender um conjunto de regras maiores né então esse é um terreno disputado reconheço que é um terreno disputado mas eu gostaria de terminar enfatizando assim ó a tarefa da educação é a manutenção da criança na escola para isso muitas ações têm que ser tomadas uma delas é os dados mostram que crianças que querem
viver sem o outro gênero saem da escola abandono foge não estudam mais entende o entra no processo de aprovação constante que começam a faltar muito a escola como elas não podem abandonar o conselho tutelar o bebê começa a faltar muito a escola terminou a provar nós temos que evitar isso uma das soluções é chamá lo pelo nome social depois dos 18 anos ela decidir fazer uma cirurgia trocar efetivamente de sexo ser chamado o resto da vida pelo nome do outro gênero e isso é uma questão que não cabe à escola aliás vamos ser bem claros
o número de pessoas que faz a cirurgia de troca de sexo no brasil é e fino comparado ao número total de pessoas que deseja viver então a gente também não pode achar que qualquer criança o menino que brincou com uma boneca já vai fazer uma cirurgia em algum pensamento completamente maluco né não existe não há dados que comprovem isso né então essa é uma questão polêmica mas ao mesmo tempo eu volto e encerro dizendo assim ela está ligada à questão do direito à educação a tarefa maior da política pública é que a criança se mantenha
na escola e aprenda aprenda a ler e escrever contar interpretar aprender história geografia matemática aprendendo inclusive sobre sexo gênero têm aula de todas as matérias né e no sentido de garantir a presença dela na escola várias negociações são feitas uma dessas negociações chama se colocar em ação chamado nome social né [Música]