NÓS MATAMOS O CÃO TINHOSO | Luís Bernardo Honwana | Resumo e análise | Obras literárias da FUVEST

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nós matamos o cão tinhoso Esse é o nome de um livro de contos do moçambicano Luiz Bernardo rolona que é tema da aula de hoje e é um dos livros indicados para o vestibular da Fuvest vem comigo e se liga se liga antes de falarmos do livro especificamente vamos falar um pouco porque nós estudamos afinal de contas a literatura africana em língua portuguesa bom primeira coisa é justamente a língua nós brasileiros falamos a mesma língua o mesmo português que é falado em vários países africanos que foram colonizados também por Portugal mas não é só mente
essa questão é da língua tá os Escritores africanos de língua portuguesa até um determinado ponto faziam como aqui no Brasil a gente seguia os modelos europeus os modelos da literatura que era produzida lá em Portugal aqui no Brasil Isso mudou completamente Quando aconteceu o modernismo modernismo rompeu com a linguagem europeizada com aqueles modelos mas clássicos e passou a fazer uma literatura com cara própria com estilo próprio e por conta de passado em comum que é o fato de sermos termos sido colônias de Portugal assim como esses países africanos a gente acaba tendo então uma inspiração
dos escritores africanos na literatura brasileira essa foi uma forma que eles encontraram de romper com a tradição Portuguesa que foi o colonizador então a gente estuda literatura africana Por conta desses dois motivos agora a gente tem que também pensar nesse processo de independência dessas colônias africanas de Portugal porque o Brasil também foi colônia de Portugal teve um processo Independência relativamente tranquilo porque aqui foi proclamado a independência por Dom Pedro I que era filho do rei de Portugal então não houve uma guerra foi uma coisa muito pacífica até foi um processo bastante Pacífico agora nas colônias
africanas essa Independência aconteceu mais de um século por meio depois e as custas de muita luta muita guerra civil os colonizados pegaram em armas para lutar contra Portugal pela independência de cada um daqueles países e isso faz toda a diferença porque essas guerras lá de independência do continente africano são um tema praticamente constante dentro das obras desses autores africanos principalmente aqueles que vêm mais no final do século 20 para cá no caso do autor Luiz Bernardo rouana autor de nós matamos o cão tinhoso a participação dele foi mais intensa ainda porque ele era membro da
frelimo que era frente de libertação de Moçambique um movimento que realmente lutava por aí aos 22 anos ele lançou esse que é o seu primeiro livro e logo depois o Luana foi preso ele passou três anos preso por conta de fazer parte ali de um movimento é de separação de Moçambique né da do domínio português mas ele saiu e mesmo assim ainda continuou ativamente na sua luta pela independência que só foi se concretizar em 1975 com relação a estrutura da obra Originalmente o livro tinha sete contos mas nas edições mais atuais ele tá trazendo um
ponto extra um oitavo conto mas esse conto a gente acaba não analisando ele tanto porque ele difere bastante com questões estruturais e até temáticas dos outros sete contos que foram inicialmente publicados bom o tema né esse tema que é tão comum a todos realmente é a opressão do colonizador são muitas metáforas que falam ali do Povo colonizado e desse colonizador que vem e oprime aquela colônia além disso a gente tem nesses personagens que diante dessa opressão eles têm reações diferentes nós temos alguns que são reativos que são contra que mostram vontade de brigar com aquilo
e outros já tem uma situação de passividade de aceitar aquela dominação sem ver muitas esperanças de sair em dela mas de certa forma a colonização é a mola que vai aí desenvolver todos os enredos todas as tramas desses contos do Rony Ana um desses contos que mostra a posição de passividade né dos africanos diante dos colonizadores é Dina nele o personagem madala é um homem já velho doente e muito cansado de trabalhar na lavoura que no caso é chamada de machamba é um termo africano que é incluído aí muito na obra do ronoana o título
do livro mesmo significa hora do almoço bom esse trabalhador ele vive ali junto com outros trabalhadores mais jovens trabalhando numa lavoura e ele sofre ali o tempo todo a opressão de um Capataz do cara que toma conta deles ali no trabalho esse Capataz no momento lá da hora do almoço a filha do madala vai visitar o pai ali na plantação tudo e esse feitor acaba indo atrás dela e acaba ali violentando ela né isso tudo na frente dos olhos de todos os trabalhadores não só do pai dela do madala Mas de todos os outros mais
jovens aqueles rapazes mais jovens que estavam trabalhando lá ainda vão falar com madala madala a gente precisa ir lá fazer alguma coisa contra esse Capataz aí porque ele acabou de cometer uma violência contra a sua filha né como é que a gente vai fazer mas a postura do Mandala é de ficar quieto já aceitar tudo aquilo e que a vida continua então a gente tem aqui um personagem Central que ele simplesmente ele não assume essa vontade essa necessidade de ir contra o colonizador o dominador que no caso desse conto é representado por esse Capataz outro
conto bastante marcante se chama as mãos dos Pretos ele tem um enredo até bastante simples é um menino na escola ele quer saber o motivo de Porque que as palmas das mãos dos Pretos são brancas e na escola ele escuta até mesmo do professor algumas explicações bastante absurdas preconceituosas racistas mesmo entendeu E que dão até justificativas divinas para que aquilo é para que esse fenômeno da Palma da Mão Branca aconteça ele só fica satisfeito que é claro ele não vai ficando satisfeito com aquelas respostas e aí quando ele chega em casa ele fala dessa dúvida
para a mãe dele e aí a mãe tem uma das explicações mais bacanas que a gente pode ouvir eu fiquei encantado com isso quando eu li o livro bom para a mãe do menino Deus fez pretos e brancos porque assim tinha que ser necessária essa diversidade no mundo só que os brancos começaram a achar que Os Pretos é que tinham que fazer o trabalho deles e aí passaram a escravizar Os Pretos para fazer em os trabalhos dos brancos mas o que os brancos não percebiam é que o que faz os trabalhos O que faz o
trabalho a parte do corpo que trabalha são as mãos e nesse caso Deus fez as mãos dos pretos e dos brancos iguais para mostrar que na hora do trabalho tudo deve ser igual e dizer também Aí no caso não a escravidão que foi uma outra coisa que marcou muito essas colônias portuguesas lá da o quanto mais longo do livro é o que dá nome a obra né nós matamos o cão tinhoso e ele é um conto que fala abertamente sobre essa necessidade de reagir contra a violência contra a opressão do colonizador o narrador dele é
um menino chamado Ginho Aliás o Ginho volta como narrador em outro conto no conto papá cobra e eu é o Ginho novamente que é o narrador dessa história enfim é o cão timoso é uma metáfora Clara né muita gente tem essa dúvida sobre o que que esse cão tinhoso representa para muita gente esse cão-tinhoso é o Oprimido né porque ele é um cão todo velho todo dado tudo mais mas assim a própria descrição do cão tinhoso que é apresentada ali pelo ronoana ela já dá indícios de que sim ele é o colonizador e não o
colonizado Até mesmo porque o Jim no outro conto aparece também como um colonizado e Oprimido e aqui nesse ponto a gente vai entender agora que o Ginho vai lutar contra o cão tinoso então é mais certo que o cão tinhoso seja uma representação do colonialismo confere nesses dois trechos o cão tinhoso tinha os olhos azuis que não tinham brilho nenhum mas eram enormes e estavam sempre cheios de Lágrimas que lhes corriam pelo focinho metiam medo aqueles olhos assim tão grandes ao olhar como uma pessoa a pedir qualquer coisa sem querer dizer Esse outro trecho reforça
mais ainda a ligação do cão tinhoso com os colonizadores antigas pessoas que chegaram ali a muito tempo provocando a opressão o cão Toso tinha a pele velha cheia de pelos brancos cicatrizes e muitas feridas e em muitos sítios não tinha pelos nem brancos nem pretos e a pele era preta e cheia de rugas como a pele de um gala gala ninguém gostava de lhe passar a mão pelas costas como aos outros cães a única pessoa que acariciava o cão tinhoso era Isaura uma das colegas de escola do Ginho o outro colega dele o Kim ainda
falava muito né o tanto que o cantinhoso era feio inútil e tudo mais de fato ele ficava lá encostado no pátio da escola ele não fazia num relacionamento os outros cachorros não queriam brincar com ele algumas vezes os outros cachorros iam lá e latiam bravos para ele mas ele ficava quieto não respondia nada e os outros cachorros ficavam até com raiva daquela impossibilidade do cão tinhoso e deixava ele lá de lado um dia o cão tinhoso vai para um jogo de futebol ele fica na arquibancada e o administrador da cidade estava participando lá do jogo
e tudo mais esse administrador ele é implica com cão-tinhoso ele quer que matem o cão tesouro E aí ele pede para o chefe da veterinária da cabo do cão tinoso o chefe da veterinária por sua vez não faz isso e passa a missão para um outro funcionário que era para matar o cão tinhoso esse funcionário por sua vez junta os meninos da escola né a Malta da escola Malta é Turma né em português é no português de Portugal perdão mas essa turma então ele fala para os meninos vocês vão matar o cão tinhoso eu sei
que vocês usam armas que vocês gostam de dar uns tiros por aí e aí numa cena até meio surreal assim esses sai em todos de casa vão para suas casas e saem de lá todos armados cada um com uma arma diferente mais potente do que a outra uma mais simples uma que faz um estrago maior outra que dispara muitos tiros enfim armas de todos os tipos e aí eles vão para um terreno afastado é para dar cabo para matar o cão tinoso o Ginho é que vai levando o cão tinhoso pela amarrado numa corda e
os outros vão combinando como que seria essa execução agora o Ginho ele é um personagem mais sensível ele tem mais ele pensa mais ele observa mais as coisas e aí na hora então de executar o cão tinhoso os outros meninos percebem que o Gin estava relutante e eles começam a chamar o Gin de medroso você tá com medo é medroso e coisa e tal até que eles obrigam o gênio a dar o primeiro tiro no cão teimoso o Ginho muito nervoso Então fecha os olhos e atira em direção ao cão tinhoso ele erra mas ele
ouve um grito como se fosse um grito de humano Ele acha que é o cão tinhoso que tá gritando como um ser humano mas na hora que ele abre os olhos ele percebe que a Isaura aquela menina que ficava agradando cão tinhoso tava lá Abraçada ao animal para defendê-lo agora é uma coisa curiosa porque a Isaura em vários momentos ela é tida como uma menina que é um pouco atrasada que ela é meio lerdinha que ela é meio bobinha ela é uma aluna repetente do segundo ano ela é mais velha da turma dela e todo
mundo fala que falta alguma coisa na cabeça dela que ela tem a cabecinha meio louca Então aqui a gente já tem uma espécie de crítica que a única pessoa que gostava do cantinhoso era uma pessoa com a inteligência abaixo da Média Bom enfim depois dessa situação o Ginho vai lá tira a Isaura de perto do cão tinhoso e os outros meninos então disparam vários tiros e acabam então sacrificando o animal Mas então diante dessa situação toda volta àquela pergunta anterior Quem era afinal de contas esse cantinhoso Como eu disse Existem duas interpretações para alguns o
cão tinhoso é o colonizado é o Oprimido porque ele é um coitado ele tá lá todo Detonado e o povo quer acabar com ele né ele passa por uma situação de opressão afinal de contas quando os meninos vão ali executar ele e ele só é defendido por uma única pessoa que é a Isaura Mas então a gente tem a outra situação Como eu disse o Ginho que a narrador desse conto e né a pessoa que tá ali é prestes a dar o primeiro tiro tudo mais ele não ele é um Oprimido no outro quanto que
ele narra também né que é papá cobra e eu então a gente já tem o Ginho no papel de oprimido então ali nós temos os oprimidos que é o Ginho e os outros meninos da Malta pegando finalmente em armas para matar aquele cão tinhoso que representa sim o colonizador o opressor ele tava ali parado ele não fazia nada por ninguém mas ele tava ali sempre chupando né as riquezas ele tava ele sempre pegando as riquezas sugando as riquezas do país e a única forma de acabar com essa opressão e com essa digamos assim com esse
roubo que era permitido há muitos anos era justamente pegando em armas é por isso que os jovens dessa história acabam Então pegando em armas contra aquele cão tinhoso enquanto os mais velhos as pessoas que no poder como administrador o chefe da veterinária e por aí abaixo né Essas pessoas que estão ali no poder elas não fazem nada elas se incomodam com a colonização mas elas não fazem nada então a mensagem básica desse conto é justamente Essa é a juventude que vai precisar pegar em armas e acabar e lutar contra a opressão da colonização portuguesa pessoal
com relação a linguagem a linguagem é muito simples tá o rolo Ana parece que ele escreve mesmo para as massas para o para a população em geral ali para motivar então que essas histórias motiva então uma reação já que assim é o livro foi publicado ali logo no começo das guerras de independência lá em Moçambique ele mistura muitas palavras do português com palavras de dialetos locais lá ideia de de Moçambique né o exemplo machamba né no conto Dina machamba significa lavoura plantação o título né do do coisa Dina Dina significa hora do almoço tem ainda
um outro conto que se chama nigtinimo esse nigtil é o nome dado ao vento que vem do Sul ao vento que sopra lá do Sul Então a gente tem essa mistura de palavras da língua portuguesa com as línguas locais há uma predominância de narradores em primeira pessoa todos os contos a única exceção é o conto Dina que ele é narrado em terceira pessoa mas até porque ali como acontece em eventos em vários lugares a gente precisa realmente de um narrador onisciente que Veja tudo mas fora isso todos são narrados em primeira pessoa e tem uma
coisa legal também que é os narradores crianças dos Oito Contos que a gente tem no livro quatro são narrados em primeira pessoa por crianças por personagens infantis e também Acontece uma coisa muito interessante em vários dos Contos que é a repetição de termos por exemplo em niquitimo ele repete muito a expressão era uma duas rolas talvez seis né falando dos passarinhos ali que vinham e determinadas horas do dia então toda hora a gente tem essa expressão eram duas três rolas no máximo 6 também tem a questão dos olhos né cinzentos os olhos azuis sem brilho
do cão Toso o tempo todo ele repete essa característica do cão trioso dos olhos azuis e sem brilho como de uma pessoa que pede alguma coisa sem pedir Então essa repetição Ajuda também a reforçar algumas questões em torno do livro e da mensagem que ele quer passar se liga na revisão pessoal Nesta aula nós falamos sobre nós matamos o cão tinhoso livro de contos do escritor moçambicano Luiz Bernardo rolona e que tá indicado aí para o vestibular da Fuvest nós começamos falando um pouco sobre contexto da literatura Africana e das guerras de independência lá das
antigas colônias portuguesas na África depois falamos um pouco sobre o autor rouana e depois demos um pouquinho aí dos enredos de alguns dos Contos desse livro Por fim falamos das características principais da obra eu espero que vocês tenham gostado e eu encontro vocês numa outra aula até
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