Oi e aí moçada que se liga no Se Liga a gente está continuando agora o nosso curso sobre a Semana de Arte Moderna de 1922 na primeira aula a gente viu o que que aconteceu Quais foram os antecedentes o que que aconteceu antes de 1922 e que levou a galera então a idealizar este evento se você ainda não viu essa aula corre lá para ficar com tudo certinho Tudo na ordem correta Tá ok nessa aula nós vamos falar propriamente da semana do evento O que foi apresentado quem foram os principais artistas que que participaram e
também Qual foi a reação do público com tanta novidade então se liga aí porque depois da vinheta a gente vai saber tudinho sobre esta semana que na verdade só durou três dias se liga Como eu disse na aula anterior à data da é de Arte Moderna foi definida numa festa na casa do Paulo Prado que era um Mecenas membros de uma família muito rica de São Paulo e que tinha vários amigos tão ricos quanto eles Como eu disse foi no final do ano de 1921 a semana aconteceria em fevereiro de 1922 então havia muito pouco
tempo para organizar tudo definir quem ia participar hoje iria acontecer o evento qual seria a programação e principalmente como conseguir Patrocínio felizmente para o Paulo Prado e para os amigos em dinheiro dados dele dinheiro não era problema na verdade naquela época havia uma intenção das elites paulistanas em transformar a cidade de São Paulo em um polo cultural em uma cidade de grande destaque principalmente em oposição ao Rio de Janeiro que era a capital do e assim patrocinar um evento como a Semana de Arte Moderna faria com que as atenções se voltassem para São Paulo que
poderia ser considerado ali então o berço das inovações estéticas Nas artes brasileiras como o patrocínio garantido não foi muito difícil de alugar o Teatro Municipal de São Paulo um verdadeiro templo das Artes clássicas para realizar o evento e assim um grupo formado por Menotti del Picchia Oswald de Andrade Mário de Andrade Anita Malfatti e Tarsila do Amaral começaram a liderar os preparativos essa turma ficou conhecida como Grupo dos Cinco mas teve mais gente que participou e que ajudou na elaboração e na produção da Semana de Arte Moderna de 1922 durante os preparativos cogitou-se a ideia
de convidar Monteiro Lobato o mesmo que tinha xingado né falar do mal das obras de Anita Malfatti para participar também da Semana de Arte Moderna só que o Lobato recusou porque para ele as ideias que iriam ser defendidas durante a semana de arte moderna eram muito influenciadas pelas vanguardas europeias e por isso deixavam de lado a verdadeira arte e cultura aqui do Brasil a recusa do Monteiro Lobato em participar do evento não desanimou os modernistas e logo a programação estava completa seriam três dias de evento no Teatro Municipal de São Paulo onde haveria exposição de
pinturas e esculturas mostra de projetos arquitetônicos recitais de poesia palestras e apresentações musicais tudo com o que havia de mais um novo nas expressões artísticas aqui no Brasil e também no mundo na área da pintura participaram os seguintes os artistas Anita Malfatti Di Cavalcanti ferrignac Vicente do Rego Monteiro Ryan de Almeida Prado visita aí na e Tarsila do Amaral Tarsila do Amaral não participou pessoalmente da Semana de Arte Moderna ela mandou várias obras cerca de onze obras para serem expostas mas não compareceu porque ela estava em Paris estudando na Europa então no lugar dela durante
a organização assumiu o posto o pintor Di Cavalcanti que além de expor obras e ajudar diretamente na organização do evento ainda criou o cartaz e a capa do catálogo das Exposições outros participantes da Semana de Arte Moderna foram na escultura e o Degar do Veloso William harberg e Victor Brecheret na arquitetura John Graz Antonio Moya e georg przyrembel a música Guiomar Novaes Heitor villa-lobos e Ernani Braga além dos escritores Graça Aranha Guilherme de Almeida Manuel Bandeira Mário de Andrade Menotti del Picchia Oswald Andrade Tácito de Almeida e Ronald de Carvalho com a programação toda fechada
e contando com a divulgação da Imprensa da época que foi muito importante também a Semana de Arte Moderna começou no dia treze de fevereiro de 1922 o primeiro dia seria mais dedicado às artes plásticas por isso quando as pessoas chegavam ao Theatro Municipal logo no saguão elas encontravam uma exposição com o que havia de mais novo na pintura e na escultura só que a elite conservadora que formava o público daquela noite não gostou muito do que viu não foi um pulinho só quando as oligarquias EA aristocracia rural que morava na cidade de São Paulo lá
no início do século 20 entrou ali no saguão do Teatro Municipal as figuras as esculturas as pinturas eram tão diferentes mas tão estranhas para eles que muitos chegaram a perguntar se os quadros estavam na posição correta porque vai que né tá de cabeça para baixo e nem eu não tô conseguindo entender o fato é que esse estranhamento foi uma das coisas mais marcantes da primeira noite e olha que a abertura oficial nem tinha acontecido ainda dentro do Teatro Municipal já na plateia ali Graça Aranha o escritor subiu ao palco para abrir oficialmente o evento com
a conferência a emoção estética da Arte Moderna só que o Graça Aranha usou uma linguagem muito científica muito acadêmica muito rebuscada e isso Acabou tornando essa conferência a confusa e também chata tinha até gente dormindo lá na plateia tá apesar do Sono deles tecido espantado Por Algumas apresentações de dança e algumas apresentações musicais A Plateia do primeiro dia de semana de arte moderna acabou deixando o Teatro Municipal com uma certa cara de tédio mas isso só durou até o segundo dia da semana na Segunda Noite da Semana de Arte Moderna em quinze de fevereiro de
1922 a atração principal era a pianista carioca Guiomar Novaes uma das artistas mais conceituadas daquela época muitos diziam que Guiomar parecia entrar em transe quando ela tocava o piano tão perfeitas eram as suas apresentações só que um pouco antes da apresentação da Guiomar Novaes logo no comecinho a galera começou a apresentar ali algumas paródias sobre a obra de Chopin e a Guiomar Novaes ficou possessa da vida não gostou achou que aquilo era uma afronta E aí fiquei que ela fez enfrentou os organizadores e no intervalo da apresentação da daquela noite ela entrou no palco ela
subiu ao palco e acabou executando algumas obras muito famosas da música clássica e erudita e acabou sendo muito aplaudida pelo público a mesma plateia conservadora que aplaudiu a Guiomar Novaes foi a mesma plateia aqui vai ou o resto da noite quando o Menotti del Picchia foi proferir uma palestra apresentando os novos escritores dos novos tempos o público começou a emitir barulho de tudo quanto era jeito era vai uns lá tinha um outro sussurravam outros Brum o e aquilo virou uma confusão sonora dentro do Teatro Municipal EA coisa só piorou quando Ronald de Carvalho subiu ao
palco para recitar o poema os sapos tô Manuel Bandeira aí a vaia foi em unisolo todo mundo vai ando junto os sapos Manuel Bandeira enfunando os papos saem da penumbra aos pulos os sapos a luz os deslumbra em ronco que aterra berra o sapo-boi meu pai foi a Guerra Não foi foi não foi o sapo-tanoeiro parnasiano aguado diz meu Cancioneiro é bem martelado Verde como primo em comer os hiatos que arte e nunca rimo os termos cognatos o meu verso é bom frumento sem joio faço rimas com consoantes de apoio e vai por cinquenta anos
que lhes dei a norma reduzir sem danos a formas a forma Clame a saparia em Críticas céticas não há mais poesia mas há Artes poéticas urra o sapo-boi meu pai foi rei foi não foi foi não foi brada em um assomo sapo-tanoeiro a grande arte é como lavor de joalheiro ou bem de estatuário tudo quanto é belo tudo quanto é vário canta no Martelo outros sapos pipas um mal em si cabe falam pelas tripas sei não sabe sabe longe dessa grita lá onde mais densa a noite infinita veste a sombra imensa lá fugido ao mundo
sem glória sem fé no perau profundo e solitário a solução susto transido de frio sapo cururu na beira do rio o Manuel Bandeira não participou diretamente da Semana de Arte Moderna porque ele estava com tuberculose e por isso é que o Ronald de Carvalho acabou fazendo a leitura do poema os sapos agora esse poema que criticava os parnasianos né e a forma engessada e muito formal com que eles escreviam acabou sendo um dos pontos mais marcantes de todo o evento já que a plateia não gostou muito de ver os seus poetas parnasianos favoritos comparados ali
a sapos coachando avaya foi tão grande que ninguém na verdade Conseguiu ouvir o que o Ronald de Carvalho falava ainda bem que o poema escrito tá aqui para nós até os dias de hoje corre boatos por aí que essas várias foram encomendados Dizem que o o Andrade acertou ele combinou com alguns estudantes da faculdade de direito do Largo de São Francisco para eles emitirem manifestações em desaprovação aquilo que era apresentado no palco do Teatro Municipal de São Paulo bom se isso é verdade ou só mais uma das histórias imaginadas ali que giram em torno da
Semana de Arte Moderna a gente não pode afirmar mas o fato é que o público da segunda para a terceira noite reduziu-se drasticamente ao contrário da primeira noite que teve casa lotada público Total a terceira noite em 17 de Fevereiro de 1922 teve uma plateia bastante reduzida atração da noite principal era Heitor villa-lobos O maestro que misturava é sonoridades indígenas e africanas aos instrumentos tradicionais de uma orquestra a a música do villa-lobos não agradou muito a plateia mas pelo menos dessa vez a plateia não vai ou não criticou nem nada o que incomodou mesmo público
foram as vestimentas do maestro acontece que o villa-lobos sofria de gota que é o nome popular de uma inflamação que acontece com o aumento do ácido úrico no organismo e isso acaba provocando inchaço principalmente na região das juntas e o villa-lobos estava atacado da Gota naquela noite o pé dele estava extremamente inchado e não cabia dentro de um sapato assim villa-lobos subiu ao palco trajando a tradicional casaca que os maestros utilizavam mais um dos pés estava calçados sapato e o outro enfaixado e dentro de uma sandália de couro a plateia que não sabia do problema
de saúde do maestro achou aquilo mais uma das maluquices das aberrações que os e estavam apresentando ali e acharam tudo aquilo um verdadeiro desrespeito às Artes clássicas galera é importante lembrar que a Semana de Arte Moderna de 1922 foi um evento de Elite ela foi patrocinada por empresários e grandes cafeicultores de São Paulo os seus organizadores e participantes embora se fossem artistas que pensavam Tanto à frente de seu tempo também eram membros da Elite Paulistana filhos de famílias ricas Outro ponto que ele tesouro o evento foi o local Afinal o Teatro Municipal é considerado o
palco né o templo das Artes eruditas e o no lugar que ir lá no começo do século 20 pobre não entrava e por fim a gente teve também uma plateia muito Seleta formada só por pessoas das famílias tradicionais paulistanas jornalistas funcionários o públicos estudantes de escolas particulares e também profissionais liberais ou seja não foi um evento para as massas talvez seja por esse elitismo que a Semana de Arte Moderna não foi um verdadeiro sucesso na época da sua realização tanto que a gente não tem nem muitos registros do evento não existem fotografias nem filmagens basicamente
só sobrou o cartaz e o programa que foram criados pelo Di Cavalcanti agora aquelas ideias que foram discutidas ali Elas acabaram abrindo caminho para discussões mais amplas Elas acabaram tendo reflexos em todos os anos do século 20 Mas isso é um assunto para nossa próxima aula se você é de casa tá curtindo tá gostando tá Descobriu alguma coisa nova durante essas aulas comenta aqui embaixo deixa o seu joinha para gente também se inscreve no canal se não for inscrito Tá ok falando dos reflexos na próxima aula eu tô todos os detalhes até lá