Descubra os Segredos para Resolver o Conflito entre Gerações | Pedro e Mario Sergio Cortella

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A Grande Fúria do Mundo
Como se aproximar de familiares que perderam a conexão com a realidade? Quem dá esse passo? Quem e c...
Video Transcript:
eu não quero ser uma voz conservadora de dizer que eu acho isso ruim né porque a gente não tá mais honrando os mestres do passado da mesma forma ou a gente tá perdendo para as gerações mais novas referências que foram importantes para minha formação mas quando eu olho isso é inevitável não ser conservador porque eu considero que aquilo que eu cresci é bom e não necessariamente isso quando eu vejo uma pessoa de 20 anos que não teve essas mesmas referências e que tá se moldando para o mundo que realmente é diferente e se eu estivesse
agora dialogando com uma pessoa que não tem essa formação que é de uma geração mais recente que não cultua é ser legado histórico da música desse mesmo modo eu buscaria me preparar para a conversa de maneira que eu pudesse trazer à tona grupos musicais bandas ou games ou filmes que estejam mais próximos da vivência que a pessoa tem porque eu quero me aproximar e não me distanciar eu não quero ter uma perspecção é uma perspectiva saudosista Ah no meu tempo Ah quando era criança era bom que a gente ouvia o Paulo da Viola e Gal
Costa ouvindo Como pode continuar ouvindo outras coisas Agora eu preciso antes de tudo fazer com que as pessoas que estão comigo não ao mesmo tempo mas não do mesmo modo que a gente aproxime os nossos interesses [Música] e como a gente dialoga com quem perdeu totalmente o contato com aquilo que a gente acredita que a realidade ou como que a gente de quem vem o passo dessa família que se rompeu que as pessoas saíram do grupo do WhatsApp dessa família que tá sem possibilidade nenhuma de convivência porque esse tema Vai Voltar como que a gente
reconstrói essas Pontes Qual que é o caminho que quem que tem que dar esse passo primeiro porque é isso que tá acontecendo na prática é uma reflexão no campo da poesia que às vezes sai de algumas ideias de Fernando Pessoa e que passa também por análise que diz que Resumindo a Lucidez incomunicável é a pior forma de solidão a Lucidez incomunicável é a pior forma de solidariedade que você já viveu isso quem nos ouve também momentos na vida em que você tem tanta clareza de algo e o fato das outras pessoas não entenderem que aquilo
não pode acontecer ou aquilo vai acontecer ou que aquilo é daquele modo te deixa em estado de solidão nunca você se sente tão solitário ou uma pessoa nunca fica tão solitária quando ela tem uma Lucidez incomunicável não é incomunicada é incomunicável você se aproxima da outra pessoa e ela não entende e quase que você de modo ofensivo diz quer que eu desenhe Ou posso explicar e a pessoa não abre a porta e a cabeça há dois movimentos dentro disso do que você pergunta que eu acho que tem que ser feito o primeiro deles é uma
postura de quem se supõe na condição de Lucy do lúcida de ter humildade para imaginar que sim eu posso estar equivocado mas não tenho certeza desse equívoco e portanto quero batalhar pela possibilidade de me aproximar e não de romper a aproximação Eu acho que o passo Inicial cabe a quem tem mais afeto por aquelas circunstância não porque tem mais a perder se eu estou numa dissensão numa separação Numa família porque as pessoas não têm a mesma aproximação no campo da política da Ciência da religião o braço será estendido não porque informar Generoso e portanto melhor
pessoa será estendido o braço Inicial porque quem tiver mais clareza de que esse braço poderá ser recebido ou não E se esse braço que foram estendida não fora acolhido que eu não vou partir para cima da outra pessoa já tá vendo não adianta nada mesmo não adianta esses cara não tem saída não ao contrário com paciência com paciência Paulinho da Viola 80 anos de idade em 2022 um homem que foi capaz de 1975 fazer uma música chamada argumento 1975 você não houve ela nascido e boa parte das pessoas que nos ouve talvez havia uma ditadura
no Brasil havia censura as músicas eram especialmente de alguns compositores muito cortadas e ele fez a música argumento que diz tá legal eu aceito o argumento mas não me altere o samba tanto assim olha que a rapaziada e lá segue ele lá mas o melhor é o conselho dele no final que no final ele diz faça como velho marinheiro que em meio ao nevoeiro leva o barco devagar faça como velho marinheiro que em meu nevoeiro leva o barco devagar Ou seja quando as coisas não estão tão nítidas quando elas não estão tão claros o nevoeiro
ele faz com que a gente tem que tomar algum cuidado por isso nit disse coisas que nos ajuda a pensar nesse Campo Mas quem para mim melhor trabalhar essa ideia foi regan antecessor do nitideno da filosofia alemã anterior não antecessor regra dizia quem exagero argumento prejudica a causa quem exagera o argumento prejudica a causa por isso a minha aproximação se eu desejo fazer com que a gente não tenha forças não tem a Pontes dinamitadas se isso importa para mim eu vou persistir quem ama não desiste né quem ama insiste procura e vai e se isso
dará trabalho e dará se isso trouxer algum contragosto e trará se eu partido princípio de que poderão dizer não é essa aproximação isso não é razão para que eu dissesse a iniciativa é apenas uma possibilidade Mas eu posso ter sim o sim e a pessoa se ficará menos reativa a essa circunstância e a gente refaz os desgraçados tecidos né os desgraçados do tecido da família Especialmente nos tempos de turbulência quando as pessoas começaram a entender que elas são mais acolhidas né E que eu não tenho dela raiva Eu apenas não concordo e às vezes pena
que seja daquele modo né eu não queria não estar com aquela pessoa seria tão bom que a gente tivesse nossas diferenças sem que isso nos distanciasse aí tem a grande pergunta né Pedro Mas então significa que aceitamos qualquer coisa não mas eu posso ter postura diversa entender que a tua postura por exemplo pode estar equivocada mas nem por isso você é alguém que eu vou sentenciar ao exílio afetivo E no caso político é muito claro que todos querem o melhor né um princípio universo existem As Canalhas e os canalhas que sejam poucos né Acho que
são pouco eu também acho Agora eu tenho princípio como professor que eu sou quase quase 50 anos que é uma frase que eu acho que vale sempre E todas as vezes que alguém se equivoca ou todas as vezes que eu me equivoco em alguma coisa eu penso nessa ideia e na família também a ideia Central é pensar assim ó teu erro não te define teu erro não te define você não é o teu erro o teu erro naquela circunstância é um erro naquela circunstância você não passa a ter uma identidade marcada por esse erro Eu
Jamais Seria educador sem imaginar que o erro definisse as pessoas Eu Jamais Seria alguém que teria o trabalho de auxiliar a formação se eu sou pusesse que não tem saída pergunta que você fez e quem dá o primeiro passo quem acha que eu afeto precisa ser cuidado e protegido de forma mais intensa quem tiver inclusive mais humildade para saber que pode perder com aquilo mas que pior do que perder é desistir de não perder mas deixa eu perguntar aqui sobre gerações que é um dos temas principais do nosso a grande fúria o conceito de geração
encolheu e o que que isso impacta nas nossas vidas e na convivência familiar porque que eu pergunto isso eu tenho 40 anos tem quase 70 eu tenho 39 você tem quase 70 né a gente quando você cita Paulinho da Viola eu sei completar a música ainda me parece que a próxima geração essa essa que tem 20 e Poucos Anos não tá mais resgatando esse tipo de contato com a cultura que a gente tem de forma mais Ampla e que era mais comum dentro do nosso dia a dia porque nós escutávamos músicas juntos quando éramos jovens
hoje em dia tá todo quando eu era criança né hoje em dia tá cada um dentro do seu próprio universo do seu próprio tocador com a sua playlist exclusiva que não tem mais as ligações com o que os pais escutam e eu não quero ser uma voz conservadora de dizer que eu acho isso ruim né porque a gente não tá mais honrando os mestres do passado da mesma forma ou a gente tá perdendo para as gerações mais novas referências que foram importantes para minha formação mas quando eu olho isso é inevitável não ser conservador porque
eu considero que aquilo que eu cresci é bom e não necessariamente isso quando eu vejo uma pessoa de 20 anos que não teve essas mesmas referências e que passe moldando para o mundo que realmente é diferente o que que você acha disso acho que são dois movimentos de novo o primeiro deles é que se eu sei quando falei da viola que você sabe do que eu tô falando e tem muita gente que nos ouve que também sabe e quem não sabe porque não trabalhou esse tempo né não absorveu isso talvez se interesse Mas se eu
estivesse agora dialogando com uma pessoa que não tem essa formação que é de uma geração mais recente que não cultua é ser legado histórico da música desse mesmo modo eu buscaria me preparar para a conversa de maneira que eu pudesse trazer à tona grupos musicais bandas ou games ou filmes que estejam mais próximos da vivência que a pessoa tem porque eu quero me aproximar e não me distanciar eu não quero ter uma perspecção né uma perspectiva aliás saudosista Ah no meu tempo quando era criança na boca a gente ouvia o Paulo da Viola e Gal
Costa ouvindo Como pode continuar ouvindo outras coisas Agora volta uma das coisas que você disse e eu dizia que eram dois movimentos não é o primeiro é exatamente eu me preparar para essa convivência inter-geracional segundo entender algo que você já me ouviu dizer que eu queria reforçar toda pessoa em qualquer época da história sempre viveu na era contemporânea não existe ser humano que não tenha vivido na era contemporânea portanto eu cortei ela aos 70 anos de idade quase sua contemporâneo de você que tem 39 de uma tua filha né que vai fazer cinco né de
que tem sete anos de um neto meu ou neta de 10 de uma pessoa de 30 anos de idade dizendo Óbvio mas não tanto na conclusão eu sou contemporâneo e todo mundo que estiver vivo é contemporânea mas nós não vivemos a contemporaneidade do mesmo modo embora eu esteja no mesmo ano que você ou de quem nos ouve o tempo e a maneira de vivenciar esta época não é a mesma em relação à referência no cinema no Game no uso da tecnologia por exemplo eu gosto muito de cantar com outras pessoas eu gosto muito de ouvir
música com outras pessoas mas também gosto de fazer ela de modo individual quieto no entanto eu não tenho exclusividade que eu quero só ouvir sozinho ou só ouvir com outras pessoas essa possibilidade de uma abertura maior ela é uma característica de uma geração como a minha que veio né no mundo eu sou do pós Segunda Guerra Mundial e a ideia era abrir a cabeça era abrir o mundo de outro modo não tinha acabado de sair de um conflito eu nasci em 1954 fazia só nove anos que tinha tido uma bomba atômica no planeta fazer só
nove anos que tinha 55 milhões de pessoas tinham morrido numa guerra a geração na qual eu cresci ela desejava uma convivência que fosse paz e amor e portanto uma inclusão tanto porque essa mesma geração foi aquela no campo depois da autoridade da política fez as guerras né como comando né com os seus adultos no entanto isso não despreza algo que você trouxe que eu acho que a gente tem de retomar as referências culturais que a nova geração que chega agora tem ela poderá ser distanciada de mim se eu dela me distanciar mas eu poderei também
buscar essa aproximação quando você teus irmãos eram crianças a gente fazia algo que você lembrou sábado à tarde nós nos juntávamos na sala se sentava no chão e cada um apresentava independentemente da idade que tivesse duas músicas que gostasse para os outros né ora isso fazer com que houvesse ali uma mescla de repertório hoje fica mais difícil juntar e sentar junto no sábado à tarde porque os interesses eles não são coincidentes e nem se tem o mesmo tipo de ocupação É isso significa que eu preciso antes de tudo fazer com que as pessoas que estão
comigo não ao mesmo tempo mas não do mesmo modo que a gente aproxime os nossos interesses eu não posso desprezar o gosto que outra pessoa tem apenas porque não coincide com o meu eu não posso imaginar que a emoção que capturar alguém que ela é menor as novas gerações não são encargo elas são um patrimônio ela significa uma possibilidade de renovação da percepção da vida mas elas não estão prontas como eu não estou e nem elas só porque chegaram agora são mais atuais eu como professor né e depois fui secretária de educação também na cidade
de São Paulo pude vivenciar atividade de gestão tem muita gente muito mais jovem do que eu absolutamente reacionária né com postulados que não são renascentistas são para medievais não são coisas que você imagina que não estariam na cabeça de alguém que deveria ser uma pessoa mais inclusiva menos se agregacionista que quando tivesse o poder em mãos que ela não participa para a extinção essa pessoa existe sempre essa esperança de que as novas gerações elas vão ser ainda mais abertas com uma cabeça melhor com ou mais inclusivas ou melhores mesmo que a gente trabalha para o
que o nosso fruto de existência é gerar gerações melhores o Queen o Queen Queen para mim é bem marcante como influência sua assim e eu lembro que até Andreia eu dançavamos a música do Queen quando você trouxe uma vitrola de uma viagem Nova Era um som grande é então era um tocador de discos né que tinha o disco do Cunha o gritos hits dois se não me engano que é o capa preta assim e aí a gente colocava Diz que tinha nada uma base que começa a latam tam tam e é a curioso porque em
alguns locais Você vai em algumas situações alguma balada vezes outro se coloca algumas dessas bandas mais antigas Então como você coloca ali agora se vai em alguma [Risadas] lugarnças e função da minha atividade né quando eu entro no evento isso tem alguém colocando o som né você tem ali um DJ que coloca as coisas e uma das coisas Queen marcava bastante você lembrou aí de uma das músicas é esse tipo de batida é ela é muito aproximada do que virar depois como música eletrônica ou como alguma coisa que trouxe né outros caminhos para mim o
que é mais influenciou foi a sério é que eu comecei a assistir por conta da tua influência quando você disse de fato que era para assistir alguma coisa dado que era da área de filosofia que tratava do nada como nada é uma questão filosófica muito séria né porque o nada é gente como é que você qualifica a ausência Isto é como é que você descreve o inexistente e para descrever o inexistente precisa muita palavra né impressionante como isso se troca [Música] [Música] [Música]
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