O que significa ser um animal autoconsciente A ideia é ridícula sen não monstruosa significa saber que alguém irá se tornar comida para vermes Este é o terror ter surgido do nada ter um nome consciência de si mesmo sentimentos internos profundos um Anseio interno excruciante pela vida e pela autoexpressão e com tudo isso ainda tendo um Dia Para Morrer talvez a gente seja o único animal que sabe que um um dia vai morrer não tem muito o que fazer quanto a isso durante grande parte da história da humanidade foi a religião que tentou afastar do homem
o medo da morte os dogmas nos ensinavam que nosso sofrimento terreno e até mesmo nossa morte não são eventos sem sentido em um universo sem sentido mas os passos necessários para chegar à verdadeira Plenitude que não está nesse mundo terreno mas em um mundo além Hoje em Dia com a avanço do ceticismo e da ciência experimental houve a substituição da crença de um céu transcendental para a possibilidade de um céu terreno uma espécie de paraíso terrestre mas que continua tendo a mesma promessa a de que o futuro melhor nos aguarda seja nesta vida ou na
próxima mas essa nova crença é construída em torno da ideia de que nosso sofrimento não está tanto ligado à nossa natureza mortal mas sim a um produto do que nos falta com essa ideia em mente pensamos que se conseguirmos realizar mais coisas nos mover mais rápido visitar mais lugares conhecer mais pessoas adquirir novos bens e alcançar novos patamares de estatus social e profissional então experimentaremos esse paraíso terrestre individual afinal temos apenas uma quantidade limitada de tempo antes que ele acabe para sempre muitas vezes podemos ter uma sensação de que não estamos aproveitando o nosso tempo
tanto quanto deveríamos e isso é intensificado com a constante comparação que fazemos de outras vidas ao olhar nossas redes sociais por lá todos parecem ter uma vida extraordinária um estilo de vida no qual a agenda está sempre cheia muitos amigos e contatos coisas para fazer lugares para visitar viagens de fim de ano e de férias novos Bens Materiais adquiridos n sociais cada vez mais elevados e assim por diante não que essas coisas sejam inerentemente ruins Mas também não são essencialmente boas A questão está na comparação O que é ruim é não saber a diferença para
si mesmo essa idealização pode levar muitos de nós a perseguir esse tipo de vida altamente ativa e Consumista sem considerar algumas coisas Será que ter uma agenda sempre atarefada viajar apenas por vi viajar ou adquirir novos Bens Materiais a todo momento seja realmente aquilo que torna nossa vida significativa para alguns talvez é preciso que a vida seja realmente corrida mas para outros seria apenas uma forma de autossabotagem que as evitam de olhar para aquilo que realmente importa e que precisa ser encarado contudo essa crença em um céu terrestre de aproveitar a vida o máxximo possível
faz pouco em termos de nos ajudar a lidar com o fato de que um dia nós vamos todos virar comida para vermes nós podemos sim ser um dos poucos que sobem nas escadas do sucesso profissional e financeiro mas se isso veio ao custo de anos ou décadas de um trabalho que odiamos e que fizeram excluir de nossas vidas as atividades que são mais gratificantes ou melhor que tornariam nossa vida significativa e com propósito então será difícil não sentir que desperdiçamos nossa vida em buscas vãs você já ouviu a expressão popular de que a vida é
curta e essa expressão é tão antiga que ceneca o filósofo estoico há mais de 2000 anos já tinha escrito algo sobre ela não é que temos pouco tempo para viver mas que desperdiçamos muito dele a vida é longa o suficiente e nos foi dada em quantidade Generosa para as maiores realizações se for bem investida mas quando é desperdiçada em luxos desnecessários e gasta em atividade sem valor somos forçados por fim pela última imposição da morte a perceber que passou antes mesmo de sabermos que estava passando assim não nos é dada uma vida curta mas nós
a tornamos curta e não somos mal abastecidos mas desperdiçamos o que temos a vida é longa Se você souber como usá-la um fator chave para tudo isso para não apenas entender como queremos gastar nosso tempo mas também para executar com sucesso o que determinamos para nós mesmos está no modo como encaramos o tédio temos a sensação de que não estamos aproveitando tanto assim nossa vida quando somos acometidos por uma sensação de tédio o tédio é a força que nos leva a evitar o que nós sabemos que deve ser feito e muitos não suportam passar por
momentos t e nem parecer Entediante para outras pessoas no entanto quem pode esclarecer melhor nossa relação com o tédio é o filósofo alemão do século XIX Arthur schopenhauer para schopenhauer aqueles que são incapazes de suportar o ócio tão importante para o desenvolvimento da criatividade são na verdade medrosos de encarar a própria Liberdade ele escreve o seguinte o valor que alguém atribui a si mesmo é revelado pela maneira com a qual passa seus momentos tediosos para o Homem Comum o ócio torna-se logo um fardo e finalmente uma tortura caso não seja capaz de preenchê-lo com toda
a espécie de metas artificiais e fingidas por meio de jogos passatempos e toda forma de fixação o ócio é o momento do livre desfrute da nossa consciência e da nossa personalidade muitas coisas podem surgir desses momentos mas para muitas pessoas o não rende nada mais do que o tédio e quando são acometidas por essa sensação acabam mergulhando no trabalho ou em bate-papos descompromissados ou simplesmente arrastando a tela do celular porque querem se livrar de si mesmas o mais rápido possível fugindo das coisas que realmente precisam ser feitas e talvez seja este realmente o problema não
suportamos o tédio porque ele nos força a confrontar nossas negligências quando não somos idos a preencher nossa agenda com qualquer coisa apenas para evitar o tédio ou parecerem Tedi Anes começamos com mais frequência a fazer as coisas que adiamos mas que realmente queremos fazer e nas quais queremos realmente nos dedicar o ponto não é fazer mais ou menos mas determinar o que nossas vidas realmente precisam para nos mantermos em movimento não adianta viajar o mundo para esquecer dos problemas ou de si mesmo já que você se carrega consigo aonde você for uma hora não vai
ter escapatória e a vida vai te impelir a fazer alguma dela como esru C por te admiras de que em nada as viagens te beneficiam quando te levas contigo vai atrás de mesma caus que te faz fugir perunas por aor sua Pátria essa fuga não te ajuda ora tu foges de ti mesmo é o peso da Alma que deves deixar Além disso schopenhauer escreve que os momentos de ócio é um encontro espiritual com a parte superior dentro de nós é quando podemos desenvolver uma atividade intelectual ou novas habilidades que exercitam nossa mente e deixam nossa
vida mais significativa não teria sentido estar no ócio sem qualquer tipo de esforço intelectual São nesses momentos que alguém pode descobrir uma certa aptidão para as artes para a poesia para a ciência ou para as atividades manuais é nessas horas que percebemos que muitas coisas que são externas eram apenas fugas que nos faziam obter Prazeres momentâneos e que a verdadeira satisfação e a verdadeira felicidade estava dentro de nós quando decidimos prestar atenção ao nosso ócio e dele veio a nossa potência para criar abraçar esses momentos criativos proporcionados pelo tédio é a melhor maneira de neutral
a sensação de incapacidade diante da vida a sensação de estarmos incapacitados Ou estagnados prega peças da nossa mente faz com que questionemos o sentido da nossa existência e nos dá uma amostra do que nos espera para neutralizar esses sentimentos precisamos nos mover e mudar já dizia Aristóteles há mais de 2300 anos a vida é uma atividade e cada indivíduo exerce sua atividade sobre as coisas mediante as faculdades que L são prediletas por exemplo o músico atua com a audição sobre as melodias O estudante com o seu intelecto sobre os objetos de estudo e assim por
diante esse movimento que marca a vida como atividade não deve ser interpretado meramente como seguir o fluxo como se deixando levar pela correnteza sem ser o responsável pelas próprias ações é antes disso se deixar levar pelas coisas que são naturais sendo o tédio um produto natural da atividade humana talvez devemos deixar que ele nos acometa por um tempo seguir esse fluxo espontâneo da vida é se esvaziar-se e ser natural como a água que inclusive é um dos ensinamentos encontrados no livro tde Ching de lauts um dos livros que fundamentam o taoísmo a bondade Sublime é
como a água a água na sua bondade Ben os 10.000 seres sem preferência permanece nos lugares desprezados pelos outros por isso assemelha-se ao caminho viva com bondade na terra Pense com bondade como um lago conviva com bondade como irmãos fale com a bondade de quem tem palavra governe com a bondade de quem tem ordem realize com a bondade de quem é capaz aja com bondade todo o tempo não dispute assim não haverá rivalidade Precisamos do Devir desse fluxo constante que demarca aquilo que está vivo ou seja em movimento daquilo que está morto e a vida
significativa é um veículo para nos mover nessa direção quanto mais tempo permanecermos nesse modo de vida aproveitando nossos estados ociosos nem que seja por 30 minutos durante o dia mas todos os dias mais aprenderemos do que somos capazes e menos seremos assombrados pelos fant de uma vida desperdiçada nada disso significa que uma vida mais tranquila e simples seja a Vida Certa ou a melhor mas significa que ela é a Vida Certa e melhor para algumas pessoas que estão se enganando quando querem cada vez mais sem perceber que tudo que elas precisam pode estar dentro delas
mesmas quanto mais alguém tiver em si mesmo tanto menos necessitará de coisas exteriores não esqueça de conferir o primeiro comentário fixado e a descrição do vídeo para encontrar as recomendações de leituras complementares eu sou Felipe Luiz terapeuta e escritor até a próxima