O que foi o CINEMA NOVO?

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Cinédito
Com uma câmera na mão e algumas ideias na cabeça, um grupo de jovens conseguiu mudar pra sempre o ci...
Video Transcript:
oi boa noite pai de família do brasil proteja os seus filhos porque o super-homem bem aí o super-homem vem aí para enfrentar as máscaras do terror imperialista do teu rosto aqui na lógico é preciso usar as máscaras da macumba brasileira eu artesanato contra a tecnologia realmente figueirense eu sempre mentira mas que esse mesmo se veria outra vez aqui o castelejo antes de tudo um forte não tem pactista exaustivo dos mestiços neurastênicos do litoral euclides da cunha negociações volta à farmácia aqui do drácula vamos falar de cozinha an e aí e se você já teve algum
contato com a história do cinema muito provavelmente você já ouviu falar no cinema novo isso porque esse possivelmente é o movimento mais importante do nosso cinema e se não mais importante com certeza mais discutido e estudado o cinema novo foi um movimento no cinema nacional que surgiu nos anos 60 e 70 vindo de uma forte influência do neo-realismo italiano e da novela e vague francesa dois movimentos que mudaram todo cinema mundial isso porque eles trazem uma forte estética social e até jornalística na sua abordagem produto de uma juventude revoltada e marcada por um forte espírito
revolucionário que buscava produzir filmes transgressores e de maior teor político no brasil vai inaugurar o cinema novo pela frase uma câmera na mão e uma ideia na cabeça ele mostrava que agora os times poderiam seguir uma onda de baixo orçamento distante dos estúdios e das grandes produtoras mas mesmo assim traz um poderoso discurso vindos dos seus realizadores o que é bastante contra a corrente dos andamentos do cinema brasileiro da época porque ali desde os anos 40 a gente tinha a popularidade absolutamente e fechadas dividindo espaço com os grandes estúdios como a vera cruz cujos filmes
o glauber rocha vai escrever em revisão crítica do cinema brasileiro como uma visão imperialistas a coisa na verdade quase toda imperialista por glauber mais tudo bem mas isso só prova o quanto o cinema novo era efervescente explosivo como a personalidade do cineasta ele era novo em muitos sentidos você tinha ele a influência do neo-realismo italiano da nova onda francesa isso é claro né inevitavelmente tava na idade dos realizadores e por consequência em toda a concepção das obras para o historiador e crítico paulo emílio salles gomes a gente está falando de uma jovem burguesia intelectual produzindo
filmes para uma jovem burguesia intelectual de modo que essas obras nunca teriam impacto na população que ela se tratavam e é engraçado pensar que pouca coisa mudou desde então mas essa discussão a gente deixa para outro dia qualquer maneira o precursor e também ponta pé inicial do cinema novo foi rio 40 graus filme de 1955 do nelson ferreira dos santos além de inaugurar as influências neo-realistas no brasil esse filme contava a história de um jeito único e lhe mostrar o morro dividindo espaço com os turistas das praias discute a desigualdade culturas em uma das ações
ou arquétipos preconceituosos marcantes no brasil da época para você ter uma ideia esse filme até importante que além de ser um pioneiro eu digo que ele também é um pontapé por que ele fez com que futuros nomes importantes do cinema novo quisessem se tornasse nessas depois de ver esse filme google covarde poxa deve estar assim de americano do bondinho pão de açúcar a gente pode vender o cartucheira 2 cruzeiros não vai querer subir lá em cima então era isso você tinha uma juventude ambiciosa aqui com um pouco queria mudar ou inaugurar todo o cinema brasileiro
entre eles além dos já citados nelson pereira dos santos e do glauber rocha tavam também o leão rima guerra joaquim pedro de andrade cacá diegues anselmo duarte ipe mais uma galera foto envolvida ao longo dos anos a gente vai ver o cinema novo se apresentar e e se transformando que hoje alguns historiadores dividem em seis fases e aí a primeira fase vai de 1960 1964 e busca refletir sobre a miséria do campo e outros temas naturalistas através de uma violência socialmente crítica é aqui que a gente tem representada a famosa e importante estética da fome
filmes verdadeiramente dolorosa ao falar da pobreza e denunciar por meio da estética essa situação além da fome a gente também pode dizer que essa é uma estética de violência com um significado e a estética também do cinema verdade esses filmes são os mais naturalistas e com mais influências neo-realistas do cinema novo e apesar de denunciar os problemas do campo em alguns exemplos a gente pode destacar a interação desse meio rural com o meio urbano uma contraposição de desigualdade no país como por exemplo pagador de promessas de anselmo duarte um dos filmes essenciais do cinema nacional
e barravento glauber rocha ambos de 1962 nesses dois exemplos que os tem também é possível perceber as temáticas religiosas que essa primeira fase do movimento veio anunciar no pagador de promessas dá um forte discurso de intolerância religiosa e outras e midiáticas de políticas da igreja católica e no próprio barravento a religião é mostrada como uma força de conformismo a situação de miséria abordagem que o glauber vai repetir de uma maneira diferente em deus eo diabo na terra do sol outro representante importantíssimo para esta primeira fase e nós não vai ficar sozinho porque meu irmão jesus
cristo mandou um anjo querreiro com sua lança para cortar a cabeça dos inimigos além desses outros filmes importantes que a gente pode destacar nessa primeira fase são vidas secas de nelson pereira dos santos os fuzis do rio guerra e o curta-metragem maioria absoluta do leão isma contra a sífilis a dor de barriga e a queda de cabelos há quem recomende o mesmo remédio a garrafada e contra o analfabetismo e as doenças um dos mais sociais tem causas e é por desconhecê-las que se buscam remédios milagrosos soluções absurdas apenas para escapar a realidade do seu peso
sobre mim tô indo para a segunda fase aqui a gente já enxerga um teor político mais científico e partidário da da instalação do regime militar ela vai durar de 6468 e deve dar impacto tanto na ditadura quanto o próprio cinema novo o ruralismo vai ser substituído por histórias urbanas sobre a mídia e propriamente sobre o poder político alguns enredos já falam sobre jornalistas lidando com censura e jogos de poder e deputados e presidentes sendo performados por meio de arquétipos populistas e cínicos alguns exemplos são o desafio do paulo sérgio saraceni o bravo guerreiro do gustavo
dahl e o meu favorito terra em transe de glauber rocha dos doutores em são jerônimo e faz a política da gente mas são jerônimo no é o povo o povo sou eu que tem os sete filhos se eu demorar a gente nota que a estética da fome já não cabe muito mais aqui a gente agora tá falando de um cinema novo próximo as narrativas da novelle vague onde você tem jornalista discutindo sobre política e enredos de faltas trabalhistas e sindicais a desigualdade social denunciado na segunda fase comenta muito mais aos problemas do rio de janeiro
do que é o sertão nordestino trazido em primeiro momento em exemplo específico disse a gente ainda pode falar de a grande cidade do carlos diegues e garota de ipanema do leão hitman 1 [Música] e aí ela ó essa [ __ ] é e fica mais perceptível como a popularização do cinema novo levou a filmes mais comerciais e próximos ao circuito que recebiam essas obras mas por outro lado você ainda tem o crescimento da censura e em 1968 a instalação definitiva da linha dura no regime militar o que nos esclarece a terceira fase do movimento que
vai de 1968 a 1972 e traz muitas influências tropicalistas nas histórias isso parece até uma revolução da tropicália que foi tão manifestante quanto o próprio cinema novo aquele realiza uma agressivo da estética da fome do começo da década quase desaparece nessas produções mais alegóricas e não só alegórica por uma conveniência mas por uma necessidade de lidar com a censura no país o maior exemplo dessa fase com certeza é macunaíma de joaquim pedro de andrade ele pega uma história já forte e criticamente nacionalista para reconstruir muita coisa que atualiza para que ele contexto algo similar com
que o igualmente importante como era gostoso meu francês do nelson pereira dos santos fez em 1971 o movimento resgatando também todo o simbolismo da antropofagia para criar paralelos com o imperialismo do brasil colonial com o brasil do regime militar justamente por essa dificuldade se nessas como o glauber rocha e o rui guerra saem do país que enquanto outros mudam os estilos dos seus filmes seja para obras mais comerciáveis ou para obras mais marginais sobre a marginalidade eu falo isso porque você pode ouvir falar que o cinema marginal vem logo depois dessa terceira fase mas eu
particularmente discordo um pouco disso para mim isso sou eu roger falando ou cinema marginal e o cinema tropicalista surgem de fontes diferentes apesar de algumas inevitáveis influências semelhantes e se a gente for apontar um principal evento que marca o fim desses movimentos esse acontecimento é a presença da censura os filmes políticos e malucos do movimento tiveram que ser deixados de lado muitos músicos tropicalistas por exemplo foram presos e exilados o que levantou espaço para outros tipos de produção artísticas que se reference a vão as ideias do regime e e como é mas apesar desse teórico
fim você assim como eu sabe o cinema novo não morreu de forma nenhuma como glauber ansiavam movimento trouxe uma identidade cinematográfica do país que está presente em quase toda filme nacional até hoje algum cinema no vistas mesmo voltaram a fazer filmes na década de 80 o que sustenta que eu tava dizendo sobre a censura veja a eles não usam black-tie o homem que virou suco memórias do cárcere ea idade da terra são uma espécie de continuação do legado desses artistas veja também a retomadas 90 que traz de volta a boa parte do realismo presente na
primeira fase do cinema novo o cinema novo pode ser sim visto como uma inauguração e por isso o seu nome já diz muita coisa como eu desigual ver o nosso cinema é novo não por causa da nossa cidade o nosso cinema é novo como pode ser o de alex viany ou de humberto mauro que nos deem ganga bruta nossa raíz mais forte nosso cinema é novo por que o homem brasileiro é novo e a problemática do brasil é nova nossa luz é nova e por isso nossos filmes nascem diferentes dos cinemas da europa querer oi
gente industriais queremos fazer filme de autor quando o cineasta passa a ser um artista comprometido com os grandes problemas do seu tempo queremos filmes de combate na hora do combate e filmes para construir no brasil um patrimônio cultural no brasil cinema novo é uma questão de verdade e não te fotografismo para nós a câmera é um olho sobre o mundo o travel inn é um instrumento de conhecimento a montagem não é demagogia mas pontuação do nosso ambicioso discurso sobre a realidade humana e social do brasil e isso é quase um manifesto e e aí é
muito obrigado por ver se vídeo até o final espero que você tenha gostado se sim você pode curtir o vídeo se inscreva no canal e compartilhar esse conteúdo que é muito legal com alguém lembrando que esse vídeo acaba sendo só um recorte do tema então aí na descrição do vídeo você vai encontrar um conteúdo complementar e de pesquisa que eu usei para inscrever-se roteiro dá uma olhada nesses que estão aparecendo até onde a gente já falou sobre temas semelhantes no vídeo sobre o cinema marginal por exemplo eu acabo citando também os impactos políticos que fizeram
parte do movimento e influência do próprio cinema novo nesses filmes da no vídeo tatuagem gente fala também sobre essa cultura dos anos 60 e 70 então vai funcionar bastante como um conteúdo complementar eu novamente peço para que se você não for inscrito se inscreva e compartilhe o vídeo de um bom trabalho para fazer e agora que você também pode comentar alguma coisa tanto respeito do cinema novo conta a respeito desse vídeo mas é isso é o novamente agradeço pela sua atenção e até mais é
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