grande Juventude e aí jovens tudo certinho só na tranquilidade pessoal seguinte como essa aqui é a parte dois de uma série de quatro episódios aí de quatro análises você já sabe que nós estamos falando a respeito do livro nós matamos o cantinhoso do escritor moçambicano Luiz Bernardo Romana então se você ainda não assistiu a primeira parte meu não tem jeito tem que assistir porque lá tem a análise do primeiro conto e tem também uma introdução aí com uma série de termos técnicos né então eu faço uma introdução pensando né no contexto histórico pensando em foco
narrativo pensando não tem uma série de análises aí técnicas Então tem que assistir a parte 1 Tudo bem se você já assistiu Então tá tudo certo bora pra essa parte dois aqui hoje a gente vai falar pessoal especificamente sobre o conto número dois né intitulado inventário de imóveis já sentes e a gente também vai falar do outro conto né o terceiro conto com o título Dina Beleza então que que a gente tem para falar sobre esses dois contos aí vamos lá então hein como eu disse a gente vai começar com análise do conto inventário de
Imóveis e já sentes inventário é um termo é um um termo jurídico tudo bem o termo super técnico que significa o quê pessoal inventário nada mais é do que um documento beleza inventário é um documento técnico é um documento absolutamente descritivo tá e para que que serve o inventário para descrever exatamente o que os bens de uma pessoa que já faleceu aí esses bens precisam ser o que né distribuídos entre familiares aí que permaneceram enfim nessa vida então o inventário vai lá e diz né uma televisão aí na próxima linha dois só faz aí na
próxima linha né três cadeiras Então é isso fica descrevendo O que que tem beleza Imóveis aqui nesse título a gente pode ler como comodos de uma casa tudo bem que para nós né imóvel é a casa toda mas nesse conto interprete dessa maneira Imóveis São aqui pessoal né comodos de uma casa beleza tudo bem a gente pode pensar que imóvel é também né aquele que não se move tá tudo beleza mas a palavra já sente já traz esse esse significado então Imóveis aqui para nós a gente pode pensar de fato que são aí esses cômodos
porque porque os jacentes né a palavra já sente significa o quê aquela pessoa né aquilo que está imóvel em posição horizontal isso é já sente tá então nessa casa nesses Imóveis nesses cômodos Existem os decentes né que são essas pessoas que estão então em posição horizontal e Imóveis ou seja são as pessoas que estão dormindo mas a gente também pode pensar numa interpretação mais metafórica pessoas que estão ofertas mas mortas do ponto de vista de novo metafórico mortas naquele contexto de colonização né então pessoas que até estão vivas mais meu já morreram por dentro né
tamanha tristeza tá tamanha dificuldade de estarem vivas naquele contexto de tanta opressão por conta da colonização Esse é o significado do título desse conto aí o foco narrativo aqui é em primeira pessoa então a gente tem um narrador Olha isso um narrador que está nessa casa Né lembra dos imóveis dos cômodos ele tá nessa casa e ele acorda no meio da madrugada então é um narrador que tá passando por um momento de Insônia o resto da família tá todo mundo tá dormindo né são os jacentes tá então esses jacentes aí do título são são os
familiares dele e porque inventário então né de Imóveis e já aceites ele vai acordar essa noite de insônia ele vai começar a descrever pra gente na dor em primeira pessoa descrever pra gente os cômodos da casa tá E também vai falar dos seus parentes é basicamente só isso mas tem muita interpretação aí para a gente fazer e pessoal a gente tem aqui um elemento bem curioso bem legal de pensar tá meu se a gente está diante de um inventário a descrição desse narrador deveria ser única exclusivamente técnica né lembra lá documento jurídico tem isso tem
aquilo e acabou mas aqui não tá as emoções do narrador vão aparecer e vão se misturar a essa enumeração então ele vai enumerando vai descrevendo mas ao mesmo tempo ele deixa escapar ali certas emoções porque porque ele tá falando da casa dele e da família dele tá Então apesar do título e inventário a gente tem aqui sim as emoções do narrador transparecendo aparecendo aí pra gente e aqui não tem jeito é um daqueles momentos em que eu tenho que te dar um spoiler se você tiver lendo o livro você não consegue sacar quem é o
narrador você passa pelo conto segue Ok narrador primeira pessoa identifiquei mas não sei quem é tudo bem você passa como esse aqui é um bate-papo de análise eu já vou antecipar o seguinte o narrador aqui é o Ginho tá então essa casa é a casa do Ginho sim o jinho lá da parte 1 né do conto nós matamos o cão tinhoso o Ginho o aluno da escola enfim assista lá a primeira parte Você sabe quem é o Ginho tá o narrador aqui é o Ginho né mas então espera aí a gente não sabe quem é
o Dinho lendo esse conto como é que a gente sabe pessoal num outro conto lá na frente aí a gente entende quem é o Ginho e que o Ginho era o narrador aqui porque porque o Ginho vai citar os nomes dos irmãos dele dos parentes né vai trazer o pai dele ele vai chamar de papá né vai falar rapidinho da mãe dele que é a mamã tá E esses personagens vão voltar num outro conto tá então como esses personagens voltam a gente pensa Opa espera aí eu reconheço esses nomes então lá no conto do inventário
Opa juntei todas as pontas Então agora eu sei que o narrador lá era o Ginho tá isso é bem importante então olha como os contos vão né se se conectando e a gente tem aqui Um mesmo espaço um mesmo local tá o mesmo cenário que é Moçambique dominado ainda por Portugal nesse processo de colonização pessoal essa casa é bem pequena mas a gente vai perceber o seguinte a família do Ginho é uma família que não é rica beleza longe disso eles não são ricos mas eles não vivem em situação de miséria não vivem em situação
de miséria isso É bem interessante vão aparecer outras personagens e Outros Contos que vivem em uma situação socioeconômica bem pior do que a da família do Ginho a família do gênio Tem uma situação assim relativamente boa não são ricos mas a situação é relativamente boa inclusive é uma família que teve acesso à educação acesso aos estudos tá tem várias pessoas dessa família que dominam a língua portuguesa a língua do colonizador não é todo mundo que domina essa língua tá nos contos então interessante a gente vai perceber que essa situação aí né sócio-econômica vai ficar bem
clara para gente né claro que tem algumas metáforas mas fica bem claro pra gente ao longo do conto bem importante pensar nisso Qual é a configuração dessa família né lembra que ele vai descrever os cômodos e a família também tá então a gente já sabe que é uma casa aqui pessoal na qual moram o pai que é o Papá a mãe que a mamãe e oito filhos isso incluindo o Ginho Tudo bem então o Ginho tem sete irmãos mora todo mundo nessa casa e qual é a configuração da casa aí bom nessa casa a gente
vai ter dois quartos a gente vai ter também a sala de jantar a gente tem a sala de visitas e o banheiro né que é chamado de casa de banho Beleza então essa é a configuração tem ainda um espaço externo que é bem importante já vou falar desse espaço externo a casa fica sempre toda fechada Guarda essa informação o pai deixa a casa sempre toda fechada isso traz uma sensação assim é tudo muito quente tá então a galera quer abrir as janelas o pai não deixa quer abrir as portas o pai não deixa é bom
deixar tudo sempre fechado né apesar da sensação de- é quase claustrofóbica em clausuramento e tal mas deixa tudo sempre fechado um calorão ali danado tá e tem uma questão também em relação aos colchões Beleza o colchão mais confortável da casa é o da mãe inclusive os filhos ali né os irmãos do Jim que é o narrador eles ficam disputando o colchão da mãe né o sonho deles o desejo deles é dormir um pouquinho no colchão da mãe porque os outros Colchões São o meu né com colchão meio que de palha assim tá né quase um
colchão são projetos de colchão tá e o pai na verdade dorme no colchão extremamente duro por ordem médica tá então ele até poderia dormir também no colchão confortável Mas ele tem que dormir num outro colchão né E que que era dividido né Por por outras duas pessoas Olha só e agora é só o pai que dorme nesse colchão aí essa é esses detalhes são importantes na narrativa Guarda essa informação da casa toda fechada hein no quarto do narrador né que a gente sabe que é o Ginho Beleza tem três camas tá e Olha só pessoal
como é que funciona né eu vou dar agora até uma colada aqui porque são muitos nomes a família é numerosa Beleza então a gente tem em uma das camas né tá dormindo o pai beleza não então o pai em uma das camas tá lembra que essa cama do pai na verdade antes do pai tá lá por ordem médica antes essa câmera ocupada por outras duas pessoas então a galera tem que dividir cama tá então é uma família que a situação é é piriquitante é complicada e ainda assim não é das piores lembra disso tá já
vou te explicar já vou te dar um um bom motivo para você entender o porquê que a situação deles não é das piores Olha que Além disso numa outra cama né dividem uma outra cama As Irmãs Nelita aí lolota beleza irmãs aí do Gin então dividem outra cama tá E numa outra cama né dividem essa cama Quem o narrador que é o Ginho E também o nandito seu irmão tá beleza e nesse quarto além dessas camas tem ainda um berço pessoal em que dormem aí o Joãozinho e a Carlinha né E aí é um berço
com dois dois bebês aí então então olha essa configuração Gente é muita gente no mesmo cômodo é uma galera no mesmo cômodo Beleza então a galera tem que dar um jeito né vai se espremendo ali Essa é a configuração num dos quartos num dos cômodos aí Tá todo mundo ali meio que ao mesmo tempo agora e num outro cômodo pessoal também dividem a cama tá as irmãs Gita e Tina beleza também Dividindo uma cama não dá para ter uma cama para cada tá então tá todo mundo dividindo a cama aí é E aí também tem
a falar da mãe beleza nos cômodos aí tá então perceba que num dos cômodos a gente tem uma galera no outro cômodo tem menos gente mas ainda assim tem né além da mãe tem duas irmãs Dividindo uma cama também não tem jeito tem que ser assim pessoal e quer a prova agora né de que essa família vive uma situação que apesar dos pesares não é das piores tá tem um cômodo da casa que fica né é um espaço externo é bem rústico bem rústico mesmo é uma espécie de cozinha eles chamam de Palhota inclusive o
fogão fica lá por isso que a gente entende que é tipo uma cozinha tá E por que que dá pra gente entender então essa situação familiar porque lá tem um empregado chamado madunana grava esse nome também também vai reaparecer depois beleza o madunando pessoal é o empregado da família ele dorme lá na Palhota tá E lá também tem o cachorro da família que é o totó é o totó também vai aparecer Beleza então tem o e uma dunana que dorme lá pessoal essa família apesar de tudo tem um empregado tem essa pessoa que ajuda né
e recebe ali né O que dá por isso tá mas imagina se dá para ter esse ajudante é porque a situação não é das piores Então esse detalhe importante essa família tem uma mínima condição socioeconômica aí tem outro detalhe também nessa casa hein é uma casa lotada repleta de livros Por que que isso é importante pessoal família escolarizada família que teve acesso à educação família que lê e num contexto de luta ler é um perigo a pessoa que lê representa um perigo representa a aquela pessoa que vai colocar em cheque que vai questionar representa o
questionamento então a pessoa que lê representa o conhecimento e conhecimento é um perigo tá Então pessoal sua família representa sim a luta por meio do conhecimento é uma família que representa a intelectualidade moçambicana que por muito tempo foi perseguida em Moçambique a intelectualidade como símbolo daquilo que vai contra né a opressão Então você tem um sistema opressor E você tem ali aquele grupo de intelectuais que é perseguido por esse sistema opressor o que prova isso essa quantidade absurda de livros de livros esses livros Ficam todos expostos não esses livros ficam escondidos atrás de uma cortina
Mas além de livros existem revistas nessa casa livros e revistas as revistas sim ficam expostas tá inclusive né o nosso narrador o gênio Deixa claro que a mãe preferia ler as revistas já o pai preferia ler os livros inclusive ele deixa Claro que ele gostaria de ser como o pai né ele fala isso né herdar o gosto aí né Ele fala dessa herança que o pai poderia deixar né tal essa coisa do gosto pela leitura né tal e ele fala que meu a mãe preferia ler o que a mãe gostava de ler revistas que falavam
sobre a vida das pessoas da classe média tá então dá pra gente pensar que a mãe gostava de ler revistas sobre lifestyle na revista não é exatamente revista dos Famosos mas é como se fosse tá então a mãe Lia a revista sobre pessoas né da classe média não é Life Style já o pai não o pai Lia né livros mais aprofundados crítica em ensaio romances crítica social livros de política isso é interessante esses livros ficam escondidos a mãe em relação às revistas Ela faz o quê ela pega as revistas e deixa lá na sala de
visitas na sala de visitas quem chega na casa ver o que os livros não vê as revistas Então quem chega na casa pensa pessoal Nossa que família fútil cara revistinha sobre a vida da classe média Nossa essa família é fútil demais cara Epa Espera aí é uma futilidade real ou uma futilidade aparente ou uma futilidade estratégica ou essas revistas eram deixadas lá na frente de maneira estratégica para se algum colonizador a força policial né colonizadora chegasse ali e desce de cara com essa quantidade de livros aquela galera poderia se dar muito mal então é melhor
essa força policial chegar e dar de cara com que com a revista de fofoca com a revista lá que fala da classe média isso passa uma impressão de futilidade de uma família que na real talvez de fut não tinha nada não tinha nada isso é bem importante esse conto fala de maneira muito profunda sobre uma extremamente estratégica contra o colonizador mais uma vez não dá para lutar de maneira pueril de maneira emocionada ai vamos lá na calma temos que ser estratégicos tá se é para esconder o nosso conhecimento Isso é triste isso é frustrante mas
se é necessário façamos isso é momentâneo vai passar temos que ser estratégicos lembra daquele detalhe né para o qual eu pedi para você dar muita atenção da casa sempre toda fechada podia estar o calor que fosse o pai pedia sempre para as portas estarem fechadas as janelas estarem fechadas e tal detalhe importante esse pai o papai já foi preso por que que ele foi preso não se sabe mas agora a gente sabe né Muito provavelmente esse pai é ou foi em algum momento um revolucionário um anti colonialista tá um intelectual que usou a sua intelectualidade
de alguma maneira lutar contra o colonizador e por isso foi preso e agora todo cuidado é pouco é necessário esconder os livros é necessário fechar a casa toda tá é muito quente sim mas não dá para a gente correr riscos não pera aí mas você vai se esconder Isso é covardia Não isso é estratégia sim eu vou me esconder é horrível é frustrante mas espera aí filho calma não seja um jovem emocionado não dá para sair brigando eu já me ferrei fui preso não quero que aconteça isso com você nem com ninguém da nossa família
tá então vamos esconder os livros isso é horrível esconder o próprio conhecimento adquirido caramba estudei Li e não posso demonstrar isso é horrível isso é frustrante mas é necessário a gente tem que tomar cuidado vem vem comigo filhão aprende aqui e o Ginho muito ligeiro pensando que qual é a metáfora que fica Caramba isso é um inventário Olha o título isso é um inventário é um inventário fala sobre herança o não tá aí à toa inventários falam sobre herança Espera aí mas tá todo mundo vivo cara então qual é a herança que fica é o
conhecimento o que dá para deixar no final das contas o que essa o que esse pai consegue deixar para o Ginho para o nosso narrador é conhecimento conhecimento é luz conhecimento é instrumento importante conhecimento aqui pessoal é a grande arma a ser usada tá Então filhão para de pegar em arma para de pegar não não a sua arma é o conhecimento é o livro esse sim esse sim então aquele Ginho que pegou em arma lá para atirar no cão tinhoso né de maneira forçada não agora esse jingjinho que vai pegar nos livros tá então esse
Ginho quando crescer muito provavelmente ele vai conseguir lutar contra o colonizador de uma maneira muito diferente de uma maneira muito mais o quê mais estratégica mais cautelosa através do conhecimento não dá para sair brigando de maneira emocionada jovens Parem de morrer nessa guerra se vocês morrerem isso não tá certo Ah mas temos que fazer de tudo pelo nosso país Ei para para isso é ser emocionado a gente precisa de vocês jovens vocês tem que viver tá conhecimento é força conhecimento é poder Essa é a grande metáfora que fica desse ponto aí é meu para você
que leu esse conto e pensou nossa nada a ver muito pelo contrário hein na verdade tudo a ver eu diria que esse conto é fundamental ele é basilar para você entender todos os outros show de bola mas bora para o próximo pessoal o próximo conto se chama Dina e esse título vem do dinner do inglês mesmo ou seja tem a ver com comida né horário de comer e é isso mesmo tá Dina pessoal é um termo ali na especificamente usado nesse conto tem muito a ver né com a língua portuguesa falada especificamente em Moçambique e
Dina nada mais é do que um horário né em que nesse conto especificamente alguns Trabalhadores de uma plantação de milho lá em Moçambique vão parar para almoçar e pessoal nesse conto nós temos agora um foco narrativo em terceira pessoa enfim apareceu agora um narrador em terceira pessoa não é o Ginho agora Desencana do Ginho não tem Ginho nesse conto beleza tudo certo né nesse conto aqui o narrador vai contar pra gente de novo em terceira pessoa vai contar a história do madala tá então madala é o grande personagem aqui vão aparecer outros né Daqui a
pouco eu falo de uma personagem que é bem importante também já vou falar dela mas madala é o grande personagem aqui e Mandala pessoal é um senhor ele já é um idoso beleza e ele trabalha nessa plantação de milho beleza Ele trabalha numa plantação de milho tá e já anota de cara uma bala É nesse conto a representação da sabedoria ele representa a sabedoria do mais velho tá esse moçamb dizendo que por ser mais velho por ser já um idoso meu ele saca das coisas ele sabe quando tem que agir quando é melhor não agir
ele sabe que agir por impulso é é furada tá E às vezes a gente vai achar que uma Dalla tá sendo o quê de novo tá sendo omisso tá sendo covarde não já guarda essas informações uma Dalla é um cara sábio a terra na qual o madala trabalha nessa plantação de milho é uma terra que pertence ao homem branco pertence ao Branco colonizador então é um moçambicano homem velho sábio homem preto que trabalha para o colonizador e uma Dalla pessoal apesar da idade Ele trabalha numa posição muito incômoda né o texto diz que ele trabalha
de cócoras né tipo meio agachado ali tal a função dele é ficar procurando ervas daninhas né para arrancar ali né que nascem ali nos pés de milho e tal então ele trabalha numa posição péssima e ele tem autorização para levantar de jeito nenhum quem cuida de ali é o Capataz e o Capataz não tá nem aí para a idade dele meu não tá nem aí o Capataz está ali meus se levantar o chicote estalo o coro come tá então meu sai é idoso problema seu né então Capataz que trabalha né tá ali prestando contas para
o homem em branco pro colonizador Branco tá esse Capataz tá o tempo todo ali e tal e ele só autoriza né que os homens se levantem inclusive madale esse idoso só autoriza eu na hora que ele quiser na hora que ele quiser mas enquanto ele não autoriza não pode levantar não jovens breve pausa aqui em coisa rápida só para aquele nosso recadinho esperto de sempre se você tá curtindo essa análise Meu deixa o seu like se inscreve no canal e claro ativa o Sininho também você não tem noção do quanto isso ajuda aí né o
leio logo escreva continuar Além disso pessoal procura a gente no Insta também né Eu estou sempre postando algumas coisas por lá isso vai te ajudar também garanto e se você gosta do formato áudio procura também Leia logo escrevo nessas plataformas aí né você tem também o podcast do lei logo escrevo não é para o formato áudio você que tá na correria do dia a dia isso pode ajudar também belezinha já deixa aqui o meu muito obrigado valeu mesmo eu te ajudo você me ajuda todo mundo se ajuda aí show de bola valeu tamo junto e
bora voltar pra análise esse Capataz tá o tempo todo com uma garrafa de vinho Ele é o único ali que tem essa garrafa de vinho e o tempo todo ele ostenta essa garrafa de vinho Ele bebe na frente dos outros daí ele sabe que os outros né claro né imagina sempre tem vontade de beber ele sabe disso ele ostenta é claro que só ele bebe né a garrafa de vinho aqui tem uma importância para o texto hein guarda isso aí mano e esse Capataz é bicho ruim velho tem um momento lá em que ele sabe
que já deu a hora do almoço ele sabe que já deu a hora mas ele autoriza não por quê Porque ele não quer simples assim tá então eles já deu a hora ele sabe que os caras estão morrendo de fome e os caras estão cansados dor pelo corpo mas ele fica lá de boa só pode levantar quando ele dá autorização inclusive né no texto isso aparece com né por meio da palavra berro né que é o grito Tá então ele só podem se levantar para o almoço quando ele dá o berro Ou seja quando ele
grita deu a hora do almoço agora sim enquanto ele não dá esse grito pode levantar não aí pessoal tem um momento que beleza O Capataz vai lá dar o berro e Beleza pode almoçar vai lá levanta e vai para o almoço uma Dalla pessoal é um idoso assim extremamente respeitado pelos outros trabalhadores os mais jovens respeitam muito madala gostam de madala uma Dalla é muito parceiro ela é muito amigo ele dá conselhos e tal ele fica na dele quando é preciso quando alguém Pede um conselho ele dá ele é muito querido muito respeitado e muito
sabe então quando o Capataz né autoriza os outros jovens né os outros trabalhadores os mais jovens levantam rápido lembra lá os jovens sempre como né nos contos aí símbolo de impulsividade é o jovem que faz sem pensar ele vai porque ele tá cheio de energia cheio de ideais e tal né ideais de libertação e tudo mais e tal só que meu esses ideais na Calma tem que ter cuidado né então quando o Capataz autoriza os jovens se levantam rapidamente uma dela não umadala fica e se levanta bem devagar uma Dalla sabe das coisas porque na
hora em que os mais jovens se levantam o Capataz fica pistola meu olha para os caras e diz opa Então quer dizer que meu quando eu mando trabalhar vocês vão devagarinho quando eu autorizo o almoço né aí vocês vão rápido eu vou é chicotear o lombo de vocês qualquer hora olha essa situação análoga a que não deixa e comer não deixa se mexer ameaça chicotear né bater no lombo ou seja nas costas a gente está falando de uma situação análoga a escravidão né meu acho que você entendeu tá e o madala não ele é ligeiro
lá a voz da experiência atitude com base na experiência da sabedoria uma dela levanta devagar por fim ele saem para almoçar beleza eles estão ali almoçando aí aparece quem pessoal ela a Maria a Maria é filha do madala Mas nem todo mundo sabe disso Olha que curioso todos os trabalhadores sabem disso mas tem um cara que não sabe um cara especificante que não sabe que a Maria é filha do mandala que é o Capataz O Capataz não sabe tá aí eles estão trocando ideia então e é o seguinte tem um detalhe sobre a Maria né
Tem uma fama que corre ali na galera em relação a Maria beleza pessoal diz né disse né a galera comenta que a Maria é dessas mulheres e aí abre aspas né palavras ali que circulam tá abre aspas a Maria dessas mulheres que dormem com do mundo tá pessoal em outras palavras A Maria é uma prostituta e de fato ela é aqui a gente tem algo bem importante para se pensar tá numa situação Colonial a que as pessoas né o colonizado a que o colonizado tem que se submeter para sobreviver velho aos homens resta o que
pessoal se submeter a esse trabalho análogo a escravidão velho olha que o cara tem que se submeter para sobreviver minimamente mano tá e as mulheres resta o que se prostitui bem Ah se submeter ao desejo dos homens tá Perceba como a situação do madala e da filha é muito pior do que a situação da família do Ginho por isso que dá para dizer que a situação da família do Ginho não é uma situação de riqueza Ok não é mas é as situações piores tudo bem Então essa é a configuração aqui né dessa dessa família beleza
né uma Dalla e a filha tudo bem ambos tem que se submeter a situações né difíceis degradantes pesadas enfim para tentar sobreviver minimamente nessa situação de opressão que é a situação Colonial aí beleza pessoal eles estão ali trocando ideia tal tal de repente uma bala se afasta um pouco ele sai ali para pegar alguma coisa uma comida e tal e quando ele olha de longe quem tá trocando ideia com a Maria filha dele o Capataz lembra que o Capataz não sabe que ela é filha do madala e ele de Hoje ele como ele só tá
olhando né e ele faz o quê Nada lembra que meu ele é ligeiro ele é sábio ele sabe que se ele for lá e tentar intervir meu isso pode gerar ali graves consequências para ele e para filha então ele fica na dele só observando ele não ele não consegue ouvir o que os dois estão conversando ele só tá vendo e de repente ele vê que a Maria e o Capataz saem andando saindo andando ele já imagina o que tá para acontecer Provavelmente o Capataz né lançou uma ideia para ela deve ter chantageado falado ó eu
quero você é agora e bora e acabou Cala a boca e vamos ali e ela com medo né do que pudesse acontecer com ela e também com o pai vai que depois ele o cara descobre que ela é filha do madala e tenta fazer alguma coisa com o madala enfim ela vai e eles vão madala Vai vendo de longe né a Maria esse conta é meio pesadão cara você é louco a Maria e o Capataz vão lá para o meio do mato lembra que é uma plantação de milho e lá o madala consegue ver de
longe que a Maria ela tenta lutar né ela meio que tenta tirar o braço né E ela vê que ele vê de longe que o Capataz pega no braço dela com força e aperta e ela tenta e ele puxa então é uma situação de extrema violência cara uma dela vê de longe a filha dele sendo assim violentada e enfim a filha dele Cara você já sabe que vai acontecer com a filha dele eu não posso usar essa palavra aqui no YouTube porque eu entendo a importância dessa palavra eu entendo a gravidade pessoal né de pensar
no quanto isso acontece no país em outros países aqui a gente está falando de Moçambique Mas enfim né o robô do YouTube você usa essa palavra ele bloqueia o vídeo eu tô falando isso porque já aconteceu num outro vídeo no outro livro eu né numa outra análise de um outro livro eu usei essa palavra e meu deu mó BO o vídeo ficou bloqueado até eu descobrir que era por conta dessa palavra tive que reeditar o vídeo subir o vídeo de novo tirei a palavra e o vídeo foi mas você sabe eu tô falando dessa palavrinha
aí que tá aparecendo para vocês tá então é uma cena enfim dessa palavra aí OK pesadíssimo isso é e o madala ver de longe isso acontecendo com a filha dele e ele faz o quê ele não faz nada ele tá mal os outros caras ali percebem chega numa Dalla e fala madala Calma velho calma e o madala ali Respira fundo tal né mas enfim é uma cena muito mas muito mas muito pesada mesmo pessoal essa cena representa muita coisa né porque o Capataz né representa o que representa toda essa opressão toda essa violência da colonização
né a colonização como um elemento violento como um elemento que oprime um elemento que agride na uma situação de agressão Então pensa nessa cena como uma cena também muito representativa da colonização em si quando a Maria e o Capataz voltam né eles voltam E aí a Maria questiona né Ela olha para o Capataz quando volta lá olha para Capataz Ela ali né muito mal com aquilo e ela não consegue ela não se aguenta ela olha para ele ela fala cara por que que você fez isso velho sério não tô me aguentando mano por que que
você fez isso cara sabe pô sério você precisava fazer isso aqui tá se você fizer isso em qualquer outro lugar eu ia ficar brava mas eu não ia ficar tão bravo eu tô muito brava com você não só por você ter feito que você fez mas eu tô muito brava por você ter feito que você fez aqui na frente do meu pai velho nesse momento choque né o Capataz olha e fala oi olha para o madala Fala seu pai aí cai a ficha e ele pensa mano eu fiz o que eu fiz com a filha
de um dos caras mais respeitados aqui do Rolê eu acho que vai dar ruim pro meu lado velho e gente tem um detalhe bem interessante em relação a Maria ela não domina a língua portuguesa lembra que quem domina a língua portuguesa né nesse contexto de colonização é quem teve acesso a uma educação formal quem pôde ir para escola e ter acesso a essa educação pautada pelo português né uma educação né associada a língua portuguesa a língua do colonizador tá A Maria não domina o português então ela tem muita dificuldade né de argumentar de falar ali
com o Capataz que dominava que só se comunicava em língua portuguesa então ela vai falar com ele né ela já não domina a língua portuguesa ainda ela tá meio nervosa e ela erra várias palavras meus na leitura você percebe isso isso é bem interessante porque porque representa a condição socioeconômica né dessa família né a Maria e uma Dalla na maneira como a Maria fala como ela se comunica a gente tem esse indício é bem interessante perceber a situação socioeconômica por meio da linguagem pessoal E aí a gente tem assim a descrição de uma cena muito
tensa porque primeiro pai era aquele silêncio E aí o Capataz percebe o que está acontecendo todos trabalhadores olhando para ele com aquele olhar mais ou menos assim cara a gente tá com ódio de você a gente quer te matar a filha do madala não velho e você como leitor você já tá aqui mano agora esse Capataz vai ver velho não mano agora o chicote vai pegar tá E os trabalhadores com ódio né E aí o Capataz pensa mano eu vou acabar com isso aqui e ele dá ordem para os caras voltarem ao trabalho ele fala
Acabou acabou vai lá todo mundo volta ao trabalho ninguém se mexe todo mundo permanece ali olhando olhar de ódio todo mundo olha para o madala E aí o madala percebe que todo mundo na verdade está esperando o quê uma ordem Basta madala fazer assim com a cabeça e todo mundo vai pra cima do Capataz pra matá-lo assim mas com requentes de curraldade cara ele seria meu espancado ele seria linchado todo mundo lá em cima do cara E aí meu no meio de toda essa tensão o Capataz muito ligeiro olha para a garrafa de vinho lembra
da garrafa de vinho e ele ele tenta ali uma um último recurso Ele pega a garrafa de vinho e oferece para o madale fala uma Dalla me desculpa cara eu não sabia eu tô arrependido tava Nada Maior migué mas ele lança essa eu tô arrependido eu não sabia cara ô toma um vinho aí pra gente ficar em paz né estamos vinho Sim todo mundo olhe e pensa né não madala não vai pegar esse vinho cara a gente vai a gente vai organizar Aqui uma revolução cara tá olha essa simbologia né uma revolução contra a colonização
né o Capataz como um representante do colonizador tá então agora a coisa vai né uma da aula Olha a garrafa de vinho e o que que ele decide fazer Ele pega a garrafa de vinho lembre-se de que o madala não é um jovem impossível ele é um sábio um velho sábio Ele pega a garrafa de vinho e bebe mas assim ele bebe muito ele entorna ele bebe muito cara e essa é a vingança pessoal do Mandala É beber muito Aquele vinho que que o madala vai fazer além disso nada pessoal você como leitor o primeiro
sentimento é de tamanha frustração que você fica assim diante da página né vou até pegar o meu livro aqui você tá lá você fica aqui oh oh madalinha madale faz alguma coisa Ah madalinha meu Deus madalinha hein uma Dalla toma o vinho se esbalda no vinho Essa é a sua vingança pessoal depois de tomar o vinho o próprio madala meu dá a entender ali que Todos deveriam voltar ao trabalho melhor porque que ele faz isso porque ele é um covarde porque ele está sendo conivente com a colonização né pessoal ele tá sendo condescendente com o
colonizador não uma dela só sabe que matar um homem não ia resolver nada resolver nada só ia trazer sérias consequências Provavelmente o dono das terras viria com uma força policial colonizadora gigante ia matar um por um daqueles trabalhadores se não matasse também os seus familiares com requintes de crueldade e a colonização não ia acabar uma delas sabe disso então o melhor é respirar fundo chorar por dentro pelo que aconteceu com a filha mas engoli seco uma Dala não é um covarde uma Dalla é sábio jovens Parem de morrer é necessário lutar com cautela Olha o
madala sendo ligeiro né e é muito louco porque quando o madala fala não vamos lá Bora voltar a trabalhar todo mundo fica Mega frustrado Mas pensa fazer o que se o próprio madala que passou por isso tá falando pra gente voltar né a filha é dele eu vou voltar então tá todo mundo ameaça voltar só que tem um jovem um jovem que se indigna que fala não espera aí sério que vocês vão deixar isso passar em branco e esse jovem pensa não eu não aceito Olha aí o jovem né extremamente Idealista o jovem que dá
a sua vida que faz o que for preciso vai pelo seu país para acabar com aquela força colonizadora com toda aquela opressão ali né representada naquele momento ali na figura do Capataz e esse jovem ele pensa não eu não aceito e ele sim sozinho vai pra cima do Capataz com a intenção de matá-lo nisso o que que acontece o Capataz que já tinha pego a garrafa de volta dá uma garrafada na cabeça do jovem e o jovem cai morto ali mesmo a impulsividade dos jovens levou o quê a morte o que mais nada só isso
depois de que esse jovem morre os outros trabalhadores fazem o que ele já tá vindo fazer mesmo Eles voltam a trabalhar é muito doido né Tem alguns sentimentos aqui que se misturam né é frustração mas ao mesmo tempo você sabe que uma Dalla tem uma razão mas ela tá certo mas ela tá certo no final das contas mas a frustração Aparece mas será que a frustração vai aparecer só no leitor jovem Será que não enfim fato é que o autor tá dizendo isso aqui pra gente né mais uma vez é um conto que traz essa
reflexão é necessário agir sempre com calma com cautela beleza jovens Essa foi a parte dois então né ah mais duas partes e todas as partes estão aí na descrição do vídeo você consegue acessar a parte um né E também consegue acessar as partes três e quatro aí é só dar um pulinho na descrição e também é provavelmente eu deixei aí ao longo do vídeo ou alguns cards passando aí beleza pessoal procura aí as partes três e quatro lá são importantes e por enquanto eu deixo aqui o meu muito obrigado valeu gente tamo junto é nós
e tchau