bom pessoal vamos dar início aqui a nossa aula sobre processos fonológicos Tá bom então primeiro para começar uma definição não uma definição mas uma explicação do que seriam os processos fonológicos são alterações que ocorrem em sons ão no aspecto sonoro de palavras ou de frases até por diversos motivos tá tem eh estudo sobre processos fonológicos na fala de crianças ao adquirir a linguagem Então existe toda uma análise eh das das pronúncias eh assim eh não padrão né não na na forma adulta ainda e uma explicação dos processos que estão por trás tá então o fato
de uma criança em fase de aquisição tentar pronunciar um encontro consonantal como três em vez de se fazer um t tem ali um processo fonológico ã que é esperado é sistemático e tem como a gente analisá-lo e nomeá-lo inclusive tá e tem processos fonológicos muitos que ocorrem na fala adulta e são esses que eu vou enfocar nessa aula de hoje tá vocês vão ver que tem diversos processos fonológicos que são absolutamente produtivos muito produtivos que provavelmente eh vocês ouvem na minha fala e percebem nas suas próprias falas e que não carregam nenhum tipo de estigma
sócioeconômico cultural e nem mesmo ã indica alguma região dialetal do Brasil e tem outros como acabei já adiantando Nessa fala que podem indicar questões regionais tá E tem alguns que carregam estigma social também vocês vão reparar nesses os processos fonológicos esses que acontecem na fala adulta eles têm também implicações paraa escrita aprendizagem de escrita por parte de crianças porque as crianças quando estão aprendendo a ai escrever principalmente em português que tem uma uma boa relação entre grafema e fonema Elas começam se apoiando bastante no som naquilo que falam né e vem a o o sistema
alfabético a escrita como sendo uma ferramenta para colocar naquela na naquela modalidade ali escrita O que está sendo dito oralmente som a som né e no português isso funciona bastante com muita coisa mas os processos fonológicos dificultam né você tem alii escrita congelada por padronização e os padrões fonológicos sendo dinâmicos e gradientes tá então às vezes eu vou comentar de algum outro processo fonológico que tem implicação ã na escrita tá tem diversas maneiras também de classificar agrupar subgrup até mesmo nomear os processos fonológicos Mas eu vejo que aqui o mais importante nem seria saber os
nomes dos processos mas sim reconhecer os processos propriamente ditos Tá bom então vamos lá eu vou começar com um processo aqui que eu estou colocando dentro da categoria chamada de assimilação tá e tem diversos deles a assimilação é a ideia de Ah um um um fone um segmento pegar emprestado alguma característica de um segmento vizinho tá então pegar um ponto de articulação pegar um modo de articulação pegar um aspecto fonético como a nasalidade por exemplo tá então o primeiro processo aqui de assimilação que pode Ahí outra coisa os processos fonológicos não são necessariamente coisas que
que acontecem a gente fala deles e a maneira mais comum de se falar é de coisas que podem acontecer tá então tudo isso que eu vou ilustrar aqui não quer dizer que é assim é falado desse jeito Todos falam desse jeito Tem que ser dito assim mas são coisas que podem acontecer podem ser ditas assim o assado tá então vamos lá o primeiro processo de assimilação sobre o qual quero falar é a nasalização e a gente tem duas situações de nasalização no português do Brasil temos uma nasalização obrigatória que é quando ela cai na sílaba
tônica então uma palavra como cama não tem opção você vai ter que nalizar essa essa primeira sílaba cama tá mas quando e essa nasalização está numa sílaba átona a gente tem no português do Brasil uma nasalização opcional então na palavra camarão por exemplo é possível no Brasil a gente ouvir pessoas falando camarão sem nasalizada ou camarão nasalizado e são duas possibilidades tá então eh esse camarão ele tá nasalizado assimilando ali eh esse traço de nasalidade do M que vem depois né da da ah da consoante nasal ali bilabial tá isso acontece com diversas outras palavras
sempre em sílaba á n Então você tem coisas como amigo ou amigo banana ou banana canal ou canal e assim por diante tá tem regiões dialetais que tendem a nasalized a não nas alizar mas pode ter também uma variação do próprio falante Pode ser que uma pessoa fale banana mas fale amigo por exemplo tá porque é um processo que pode acontecer tá um próximo é o processo de vozeamento ou desvo então a gente tem aqui como exemplo o caso dessa das dessas alveolares s ou Z tá quando essa fricativa alveolar tá em posição de Ataque
silábico Ela tem uma oposição fonológica muito clara tá então você tem cinco versus zinco por exemplo então s e z em posição de ataque silábico tem uma oposição fonológica mas em posição de Coda silábica ou seja posição pós vocálica eh esse esses esses dois fones eles perdem oposição fonológica porque a maneira que ele vai ser pronunciado com ou sem voz vai depender do que vem depois porque ele vai assimilar o vozeamento do que vem depois isso pode acontecer dentro da palavra então a gente fala Costa e saiado porque o t que vem depois é desv
também mas a gente fala mesmo voado Z porque o o m que vem depois é vozeado tá a gente fala desde S vozeado porque o d é vozeado mas a gente fala deste tá desvozeada porque o t é desvozeada isso também pode acontecer na fronteira de palavras Então veja que não eh a a grafia da palavra não interfere com o som né Você pode ter palavras que terminam com z ou palavras que terminam com s letra z ou letra S e o som vai depender do próximo segmento então se você pegar a palavra talvez e
você pronunciar assim como eu pronunciei isolada seguida de silêncio ela vai ser desvozeada talvez e se pegar uma palavra grafada com s também invés ou trás que tá ali no no final do slide né agora se se essa palavra for seguida de um segmento surdo ela também vai ser surdo então o segundo exemplo aí talvez tudo Talvez para mim né ah invp traz pra vai ser desv também agora se essa palavra for seguida de um segmento vozeado aí ela vai ser voada ou seja vai assimilar o vozeamento Né o caso de Talvez amanhã talvez eu
vá ao invés de você né trás do Banco atrás do banco por exemplo né então são esse caso de vozeamento ou desvo da aflictiva alveolar tá um outro caso de assimilação é o o caso do alçamento vocálico é o alçamento que é essa palavra alçamento alçar quer dizer ir para cima né então alçar é levantar ir para cima então isso acontece com ã as médias altas tanto anterior como posterior Ah que nessa posição de ã pré tônica né então átonas pré tônicas elas podem ser alçadas então o e pode ser alçado para i e o
o pode ser alçado para u tá então é bastante comum e esse esse é um processo fonológico bem produtivo né é bastante comum que palavras como alegria bebida pedido preguiça sejam pronunciados como alegria bebida pedido e preguiça e palavras como coruja poder e colher sejam pronunciados como coruja poder e colher né Ahã e a gente tem o exemplo de descoberta que tem os os dois casos né a anterior e a posterior pronunciado descoberta e é interessante que se você se tiver um falante ã de um dia dialeto que palatalização que é o meu caso se
eu falar essa última palavra com a média alta e eu vou falar com oclusiva descoberta mas se eu fizer o alçamento da vogal para i isso automaticamente eh faz com que eu aplique o esse outro processo fonológico da palatalização Então em vez de falar oclusivo eu vou falar a africada descoberta tá e tem palavras em que isso acontece esse alçamento acontece de maneira mais produtiva do que em outras né então você pega cotovelo por exemplo é muito difícil ouvir alguém falar cotovelo né mas você pega jogar por exemplo há casos de pessoas falando julgar mas
já é menos comum menos frequente né Essas palavras esse mesmo tipo de palavra pode sofrer um processo de abaixamento vocálico mas aqui já tem uma já caracteriza alguns dialetos né muitos deles no Norte no nordeste né então investigar interesse podendo ser pronunciado como investigar e interesse importante incomodar como importante incomodar incomodar né Esqueci de trocar aqui a palavra no final tá mas ã É possível aqui a gente vê que é um processo que esse esse de alçamento acho que não marca eh um uma região né é bastante produtivo no Brasil todo e esse daqui meio
que marca eh dialetos regionais assim tá tem outro tipo de abaixamento vocálico que é causado por hipercorreção né então é como se as pessoas eh se conscientizam ou aprendem ou sabem que alegria bebida pedido preguiça por exemplo no fundo Ahã para na mente delas deveria ser não é que deveria né mas às vezes as pessoas têm essa sensação de que para pronunciar bem deveria ser pronunciado alegria bebida pedido então elas tentam fazer isso com essas palavras que que de fato são com i né privilégio investigar importante interessou incômodo eh tem pessoas que acabam pronunciando como
privilégio é investigar é importante é interessou incômodo E aí é uma aplicação desse processo fonológico né de abaixamento vocálico e uma explicação por trás é essa hipercorreção tá um outro tipo de processo pode ser eh categorizado nesse nome ress silab ficação então é mexer em alguma coisa aí da estrutura silábica é tem dois apagamentos um de sílaba CCV que ela é então a resilab ficação normalmente é uma tentativa de simplificar né a sílaba então primeiro é o caso de sílaba CCV que viram sílaba CV caso de livro sendo pronunciado como livo e dentro sendo pronunciado
como dento ão perdendo aí o tep esses dois né e o pode ser também uma sílaba CVC sendo simplificada para CV então o caso de aniversar perdendo essa RCA ficando aniversário e Sérgio perdendo essa rtic também virando Sérgio né cerveja também em vez de cerveja é comum tá E aqui vocês vão pensando quanto de eh sinal e sinalização de regionalismo isso pode ter ou de estigma social também tá ã alguns desses começam a ter algum estigma uma outra rapf seria a permuta que é a troca né então a gente tem aqui eh o caso de
lagarto com uma sílaba CV e uma CVC eh sendo pronunciada ao inverso começando com a CVC né você tem ali uma uma uma permuta do da RCA E aí o o a estrutura silábica Muda então lagarto sendo pronunciado como largato o mesmo caso de sorvete e iogurte né sendo pronunciado sorverte e yogurte aí dormindo é pode acontecer de ser pronunciado como dormindo eh minha avó falava desse jeito dormindo acoplada como aclopada fresta como festa vidro como vrido dobrar como drob pedra como preda e estuprar como e estuprar como estrupar e aqui a maioria desses Ah
se não todos T algum nível de estigma né então algumas dessas pronúncias aí eh acendem na mente de pessoas eh com com um um nível Educacional ã mais alto acende ali um estigma social né a pessoa infere ou ou ou faz julgamentos de nível social cultural econômico por causa de algumas dessas pronúncias tá um outro processo que aqui é muito interessante porque em algumas palavras é muito produtivo em outras palavras carrega um pouco de estigma é a síncope das proparoxítonas né é a tendência do português de querer paroxitonas proparoxítonas Então os três primeiros exemplos aí
são muito comuns né você tem árvore sendo pronunciado como árvore chakara como chakra e xícara como chícara né e uma coisa interessante um um um testezinho que pode ser feito de como a pessoa tá pensando nessas palavras se é nela como proparoxítona ou como paroxítona é pedindo diminutivo né muita gente vai falar de maneira automática que o diminutivo de árvore é arvinha de chácara Chacrinha e de xícara xicrinha que são diminutivos que remetem a uma paroxítona né xícara chakra árvore se fosse da proparoxítona o diminutivo que teria que vir a mente seria Arvorezinha chacarinha xicarazinha
né os outros casos são casos que também estão ocorrendo o mesmo processo fonológico Só que cada um cada uma dessas palavras vai ali trazer um uma carga de de estigma social né então Córrego podendo ser pronunciado como corgo Corguinho né inclusive é como com esse retroflexo que eu fiz estômago como estom fígado como figo pílula como pílula e aqui esses dois últimos são exemplos que também são produtivos né príncipe é muito comum as pessoas simplesmente pronunciarem como príncipe príncipe né aí a gente teria uma um uma estrutura silábica emergente aí no português né que seria
essa Coda com a nasal mas a aptiva prin né E ienis que se você perguntar o plural de ifen pra maioria das pessoas Acho que o mais automático que vem na cabeça é iens né que é a paroxítona é o que demonstra essa vontade ou tendência do português do Brasil de priorizar paroxítonas né enquanto que o o plural de ifen dicionarizado é IFES uma proparoxítona mas que não vem a mente de falante de maneira automática né Vamos lá um outro grupo de Esso pode ser chamado de inserção ou epêntese e aqui a gente tem alguns
casos primeiro uma ditongação que é muito comum nas palavras mais e três e Jesus por exemplo né ah eh e e típicas de de regiões específicas como no Rio de Janeiro é como ouvir-se falar 12 para 12 e nacer para nascer né temos também ditongação com nasalização junto né Então essas palavras aí que são grafadas com essas consoantes nasais no português do Brasil a gente ã elimina essas consoantes nasais e produz a a vogal anterior nasalizada mas em alguns casos com ditongo também né como a palavra também que eu acabei de dizer ou estavam né
e bom pode ser pronunciado como bom só só só naz alizando a vogal ou bom né fazendo um de Tom tem também essa epêntese do I por causa da da fonotática do do português então algumas palavras que têm uma estrutura silábica atípica é possível pronunciá-las do jeito que tá mesmo sem vogal nenhuma mas é possível também acomodar essas estruturas silábicas atípicas dentro de uma estrutura silábica mais comum do português adicionando essa vogal epeta I Então falando coisas como pneu advogado e afita né Isso é muito comum em palavras eh que vem de empréstimo de outras
línguas então por exemplo o inglês ele permite oclusivas em Coda e o português não né então você pega palavras como internet ou então Facebook e colocando no português para se acomodar a nossa fonotática as pessoas pronunciam como internet ou Facebook né que acaba adicionando sílabas né Facebook em inglês tem duas sílabas e Facebook fica com quatro sílabas né só uma outra fala aqui sobre essa as línguas tendem a eleger uma vogal para ser a vogal enta né a do português é o i então o i é utilizado para acomodar essas sílabas padrões silábicos atípicos dentro
de padrões silábicos mais esperados do português o japonês por exemplo ele usa a vogal u para fazer essa acomodação né então o meu nome por exemplo um falante japonês tentando falar o meu nome Provavelmente falaria algo como e o ele vai virar uma coisa intermediária entre l e r então viraria uma coisa mais ou menos como Ron narud né para acomodar a estrutura silábica Vamos lá temos também casos de apagamento ou Elisão tá um primeiro caso é monotongação do ditongo e muito produtivo né então é difícil achar um um brasileiro que fale queijo ou beijo
ou deixo né o mais comum é falar queijo beijo deixo e aqui a influência da da pronúncia na escrita né isso faz com que muitas crianças crias em em fase de aprendizagem da escrita grafem essas palavras sem o i né E aí o que acontece a gente depois de passar por um por um bom processo de alfabetização ou de letramento a gente aprende e automatiza que mesmo falando um monotongação e grafar um I onde não deve né os os exemplos mais clássicos que eu tenho na cabeça é Band e caranguejo que não tem I mas
que muitas pessoas grafam com i não porque falam bandeja e caranguejo né mas porque lembram desses casos como queijo e beijo né e o mesmo tipo de monotongação acontece pro ditongo ou né então a gente fala coisas como acabou falou andou aqui no caso tudo verbo né terceira pessoa do singular do pretérito perfeito mas também coisas como couro né dificilmente alguém fala couro é mais como falar couro né monotongação do a aí aqui e pode ser que indique um pouco de regionalismo ou algum estigma né mas é possível ouvir alguns falantes dizendo How X para
raio x ou maoria pra maioria né outros apagamentos de elisões e a desnasal desse desse final G né então palavras como paisagem homenagem e fuleragem eh podem ser pronunciadas principalmente com taxa de elocução rápida e um registro informal né como paisagem homenagem e fuleragem né e monotongação com desnasal liação de AM e aqui no caso é para esse ã pretérito perfeito né é terceira pessoa do plural do pretérito perfeito então tentaram falaram fizeram sendo pronunciado como tentaram falaram fizero por exemplo apagamento do r em Coda do infinitivo muito produtivo né então andar fazer dmir dormir
dificilmente de numa fala eh minimamente informal e taxa de elocução natural para rápida dificilmente algum brasileiro vai produzir essa esse rótico aí no final né o mais comum é falar andar fazer dormir e aí tem um problema eh uma consequência para escrita né novamente muito comum as pessoas Eh escreverem esses infinitivos sem ã esses RS né o outro apagamento é o apagamento do da em gerúndio então fazendo estudando banhando e dormindo é muito comum falar fazendo estudando banhando e dormindo e esse caso é interessante porque muitas pessoas eh principalmente pessoas leigas né de linguística se
a gente fala desse processo fonológico a reação natural é não não eu não faço isso não porque elas colocam ali um um estigma social nisso né Mas é em em numa taxa de elocução rápida num registro informal é o mais provável que aconteça dificilmente alguém pergunta pro seu amigo assim que que você tá fazendo né o mais comum é que você tá fazendo que você tá fazendo Às vezes o n fica até só no n nem tem vogal direito né que você tá fazendo que você tá fazendo aí que você tá fazendo aí que tá
fazendo aí tem um monte de Elisão nessa frase né essas elisões esses apagamentos dificilmente os falantes são conscientes disso né uma coisa que acontece automaticamente porque ali na sua representação mental você tá ativando Ah o que você tem de representação para aquela palavra mas na hora que sai na com a taxa de elocução rápida e e de maneira informal você vai fazendo esses processos que trazem economia ah velocidade você vê que as coisas que são muito frequentes de serem ditas a gente precisa de menos pistas para elas né Então essa pergunta que que você está
fazendo É uma pergunta muito frequente né então se eu só falar que você tá fazendo que você tá fazendo já é suficiência tem tem pistas acústicas suficientes nesse enunciado para suscitar na mente do da pessoa com quem eu tô falando a pergunta o que que você está fazendo né Existem algumas trocas como então vocalização da lateral em Coda então é essa esse esse L pós vocálico né ele praticamente já não é mais pronunciado no Brasil inteiro ele até que já foi pronunciado em algumas regiões do Sul do Brasil mas isso hoje tem tá acontecendo com
só com gerações mais velhas assim ou locais bem isolados tá E mesmo ali no Sul tem ficado cada vez mais comum vocalizar ah essa lateral em Coda então a gente fala naturalmente coisas como Auto mal pincel soltar então o mal adjetivo e o mal advérbio ficam sem uma distinção só pela pronúncia tá não se fala mais mal e mal por exemplo e aqui mais uma implicação para quem tá aprendendo escrita né É como as crianças grafar essas palavras com u em vez de L né E por hipercorreção aí aqui ã hipercorreção na escrita tá seria
a a lateralização ah dessa aproximante do Glide então coisas como dificilmente alguém vai falar aumentar resol ve ouv né mas na escrita para crianças que estão em fase de aprendizagem da escrita é comum elas depois de aprenderem que pincel e mal e alto vai com l mesmo pronunciando u é como essas palavras que deveriam ser u serem grafadas com l tá Ah temos algumas trocas de rotacismo tá então Geraldo blua alface Cleusa sendo pronunciado como Gerardo brua arace Creusa e aí Alguns com ã e um uma ativação de estigma social na cabeça de algumas pessoas
né Gerardo é interessante porque tem nomes próprios falados como Gerardo né o rotacismo é uma é um processo fonológico que aconteceu diacronicamente no português e tem diversas palavras que vieram do latim nas outras línguas românicas continuaram com com a lateral como igreja né Iglesia Iglesia nas em outras línguas românicas e no português sofreu esse rotacismo e claro essas palavras já não carregam estigma nenhum mas outras como brusa né carregam um pouquinho podem carregar um pouco tá temos também aqui uma marca característica de alguns dialetos eh falados no nordeste que é a rotia ah dessas duas
fricativas tá do s e do V então coisas eh eh coisas como as coisas sendo pronunciados S sendo pronunciadas como arcra mesmo mermo vamos Ramo e velho rei né Eh então é aqui tem uma uma marca de regionalismo a marca dialetal tá temos também e esses dois processos que estão ã espelhados né que é a anteriorização da lateral platal e a posteriorização da lateral alveolar que na verdade é o fato de que essas palavras aí que Teoricamente umas deveriam ser pronunciadas com a lateral violar l e outras com a lateral palatal lha no fim das
contas a gente pronuncia todas de maneira igual né então filho filho milho velho milionário família sandália a gente pronuncia tudo igual né o milho é interessante porque a gente tem milho e Milionário dificilmente alguém produz essas duas palavras com a com com laterais diferentes milho e milionário né o mais provável é que a gente pronuncia algo que tá ali e articulatorios no meio termo entre um lã e um lã né Ah E no fim das contas ISO isso tem ah consequências pra escrita né Eh as crianças em fase de aprendizagem se confundem bastante porque que
milho eu escrevo com lh mas milionário não né Ah e família poderia ser escrita com lh por exemplo mas não é né isso porque a gente faz uma pronúncia parecida nesse caso bom vamos aqui para o processo f óg de Sand tá e a gente tem a coisas como Sand interno que é aquele aquela ah neutralização da oposição fonológica da aflictiva aveolar né sa ah dentro de palavra então a o fato que a gente fala desde mais fala dde aquilo é um Sand interno tá dentro da palavra né E a gente tem ã processos fonológicos
de Sand externo que acontece então nas fronteiras das palavras nas bordas tá e tem diversos casos e são são são muitos e são muito comuns em taxa de locução natural ou rápida tá então o primeiro caso aqui de apagamento Elisão é o apagamento da vogal átona final no encontro de outra vogal átona Então a gente tem uma termina com uma vogal átona Depois tem amiga que começa com uma vogal átona quando elas se encontram uma delas vai ser apagada porque dificilmente alguém vai falar uma amiga você tem que dar um golpe de glote fazer uma
oclusiva glotal para falar uma uma amiga né quase uma pausinha o mais natural é falar uma amiga uma amiga você tem uma homenagem uma termina com vogal átona homenagem começa com vogal átona o mais comum é falar uma homenagem você perde a primeira vogal tá você perde a primeira átona então fica um homenagem um homenagem isso aqui para estrangeiros Aprendendo Português é um desafio para estrangeiros aprendendo qualquer língua né esses fenômenos de Elisão por causa de externo causam bastante dificuldade é muito natural pro falante que tem aquela língua como língua materna ele dificilmente tem consciência
daquilo mas pro estrangeiro é é difícil ele às vezes fazer a separação das palavras né então uma coisa como uma homenagem virando um homenagem Pode ser que o ouvinte Ouça a palavra homenagem que nem existe né Ah então causa uma dificuldade aí um exemplo Zinho de uma honra para mostrar que não ocorre ali porque a gente a gente tem uma terminando com vogal átona só Que honra começa com vogal tônica então a gente não fala um honra aí a gente fala realmente uma honra tá temos casos também de inserção ou epêntese então no caso de
vim aqui como esse vim a gente não pronuncia de fato a a a consoante nasal bilabial a gente só nasalização que a língua tá desse in nasalizado ir para próxima vogal do a de aqui é muito mais fácil a gente só e deslocar a língua ali do palato e acaba fazendo essa nazal palatal vim aqui né em vez de vim aqui e aí isso pode causar também ah confusão de de significado né se você não tiver um contexto se for só esse esse sintagma pequenininho aí dito e eu falo vim aqui que que isso quer
dizer é um vim aqui que que sofreu epêntese ou é um vinha aqui aqui que sofreu apagamento já que tem encontro ali de duas vogais átonas né se não tiver contexto não tem como a gente dizer só pela pronúncia pode ser qualquer um dos dois bom o Sand ele pode desfazer não é que não é que necessariamente desfaz ele pode desfazer o apagamento do Rin Coda que a gente tinha falado né então mar que pode ser pronunciado como ma se você colocar uma vogal depois pode ser pronunciado como Mar Azul o fazer sem o r
em Coda se a gente colocar uma palavra que começa com vogal depois pode o r pode vir à tona de novo né O fazer ontem e jantar pode ser pronunciado como jantar aqui né ou pode ser que essa esse rótico volte tá E aqui Identifique as elisões de Sand vamos ver temos aqui alguns casos de pequenas frasezinhas né sintagmas enunciados curtos e todos eles têm algum tipo de Elisão por causa de Sandy tá vamos ver quais que são Então vamos jantar se a gente falar de maneira numa taxa de elocução eh corriqueira assim de maneira
encadeada a gente acaba falando vamos jantar vamos jantar então a gente perde ali o s né a ficativa final vamos jantar pode ser que até perca vogal hein fique só vamos vamos jantar faz chegar igualmente né a gente perde a aflictiva da primeira palavra e fica faz chegar faz chegar por regra a gente tem ali um encontro de dois rtic pronunciados iguais né por regra então um deles cai não precisa dos dois né por regra mesma coisa com de se sim de se sim acaba virando de sim de Sim a gente meio que apaga ali
a essa vogal átona né as átonas postônicas estão enfraquecendo cada vez mais no português né então a gente fala dis para disse né raramente alguém vai falar disse vai ser dis E aí você fica com essas duas fricativas alveolares encontrando uma delas Cai ou elas viram uma só né fica de Sim começa a atrasar esses três essas três vogais a aí dificilmente vão ser pronunciadas as três né começa a atrasar vira começa a atrasar começa a atrasar vira um a só né vem da Aldeia a gente tem o mesma coisa desse da Aldeia né que
que acaba virando vem da Aldeia da Aldeia e rapariga honesta a gente tem um encontro aí de duas vogais átonas que acaba virando rapar onesta rapari onesta tem mais casos aqui vão ficando uns casos extremos né pode deixar a gente perde aí esse esse iono do pode né fica só pode pode e aí em fala encadeada acaba ficando pode deixar pode deixar perde tudo né perde o d também pode deixar o pode por pó é um exemplo que as pessoas fazem às vezes brincando mas que pode acontecer né o pessoal fala que na fala de
Minas é tem Tem tantas elisões na nas nas partes átonas que aqui a pessoa pode acabar perguntando pó P pó pó pó para pó de por pó deixa eu ver acaba virando deixa eu ver Deixe eu deixa eu ver dentro da bolsa é muito comumente pronunciado como Denda né a gente perde uma sílaba inteira tá dentro da gaveta tá dentro da bolsa tá dentro do envelope né a gente perde uma uma sílaba inteira ali o que você quer acaba ficando o o o que você quer o que você quer que você ou então o que
você quer você vê que as as reduções no em fala encadeada elas podem ficar muito extremas principalmente nas coisas que são frequentes né então o que você quer é uma pergunta muito comum então se você só faz que você quer que você quer perdendo ali o ô perdendo a vogal do que ou você virando só uma fricativa já é suficiente para suscitar na mente do ouvinte essa essa essa pergunta né e o que que você achou pode acabar virando só que que achou que que achou se eu pergunto para você que que achou Ahã já
é o suficiente para você entender o que que você achou show né Tem até um um videozinho que rodou bastante tempo eu vou vou tentar colocar aqui no final da aula tá fica aqui a promessa final do vídeo vou vou colocar esse videozinho que rodou por muito tempo de um menininho num no museu e o repórter Pergunta para ele e você pequeninho é um museu de fósseis de dinossauros né aíe pergunta e você pequenininho vendo esse esse esse dinossauro todo que que achou ele pergunta que que achou só só que aí o menino é é
novinho né fase final ali de aquisição e tal não não houve nesse caso pistas acústicas suficientes para ele ã eh eliciar na mente dele o que que você achou e o que a maneira que ele decodificou foi que cachorro e ele responde para reporta que cachorro quê eu não sou cachorro não né eu vou colocar no no no finalzinho aqui da da aula esse vídeo Tá mas é um caso de Elisão né dente de leite a gente acaba pronunciando dente D leite D late perde uma sílaba toda né perto de casa vira perto de casa
perde também a sílaba atona de perto e tempo inteiro a gente tem ali ã duas vogais átonas né então acaba perdendo a primeira e fica tempo inteiro que fica levemente cacofónico né Tem parece que é tem pinteiro né ah e aí já fazendo a ponte né para essas fontes de cacofonias né então sempre está encontro de duas vogais átonas Então você você perde a primeira fica sem sem prestar aí parece que é sem prestar né ou roupa então encontro de duas vogais atas fica rou né fica rou então e dois exemplos de cacofonias aí tá
bom e é isso eu vou colocar aqui no final do vídeo agora o videozinho que eu falei lá do do menino do cachorro e você é pequenininho quando vi assim deo tão grande que que cachorro cachorro Hum que cachorro que não sou cachorro não a