Olá sejam todos bem-vindos a nossa Live de hoje uma live muito especial hoje é o dia 15 de Outubro dia mais que especial Dia dos Professores dos professores das professoras desses nossos maestros que formam outras pessoas né é a profissão mais nobre do mundo não sei se você sabe mas no Japão é a única profissão que não precisa se curvar para o Imperador Então parabéns a todos os professores todas as professoras que transformam vidas que enfim transformam jovens e cidadãos e para começar eu queria só falar um pouquinho sobre o Instituto arte na escola que
a 31 anos reformando professores e professores de arte nas escolas públicas do Brasil inteiro são mais de 8 mil professores formados todos os anos somos uma instituição sem fim aplicativos e para dar as boas-vindas a vocês eu queria apresentar o nosso grande mestre o mestre da música popular brasileira nosso querido e amado Gilberto Gil seja bem-vindo de o nosso bate-papo Muito obrigado Cláudio obrigado a vocês todos Fátima Ana todos que estão aí conosco nessa transmissão é um prazer enorme muito agradecido pelo convite não é poder colaborar contribuir enfim me associar compartilhar com jovens militantes dessas
dessas causas humanistas todas enfim eu estava dizendo assim tem muitos membros da família professores minha avó paterna mãe do meu pai minha mãe Professor minha tia Margarida irmão do meu pai minha tia Lídia irmã da minha mãe vários professores na escola na família então é escola é para mim é uma extensão da casa nas escolas né Que gostoso e para representar os Nós temos duas professoras mais que especiais aqui com a gente a professora Fátima Santana e a professora Hanna de Lauro de Freitas que ganharam prêmio arte na escola em 2015/2018 com projeto de educação
antirracista na sua sala de aulas sejam bem-vindas professora Fátima que prazer tá com você aqui boa tarde Cláudio boa tarde Hanna Boa tarde Seu Gilberto boa tarde boa tarde professores do Brasil e especial os professores do CMEI Doutor Djalma Ramos é uma alegria é um prazer eu tô muito emocionada confesso de estar participando dessa Live recebam o meu parabéns aos meus colegas companheiros de luta que dia a dia lutam em prol de uma educação um beijo e vamos comemorar esse dia que é nosso com certeza com certeza o tema tão importante a educação em educação
pública de qualidade para todos né professora Ana seja muito bem-vinda ao nosso bate-papo Boa tarde a todos boa tarde a todas e dizer que meu coração tá pulando de alegria está em festa porque temos aqui senhor Gilberto né nesse dia tão importante tão significativo tão representativo para os professores também eu gostaria de me confraternizar com todos os professores do Brasil os professores dos territórios quilombolas os professores dos territórios indígenas das periferias os centros urbanos do Campo dos Sertões do Nordeste então receba o meu abraço de felicidades pela passagem do dia de nós todos né e
enfim dizer que é uma a noção está aqui poder compartilhar este momento De grande felicidade e agradecer E aí né porque nos proporcionou este momento muito simbólico e enfim eu tô muito feliz muito feliz um abraço muito grande também a minha casa a Escola Municipal Loteamento Santa Júlia e fiquei Itinga lá em Lauro de Freitas região metropolitana de Salvador então abraço muito grande lá para turma toda Ah que bom que bom sejam bem-vindos vamos fazer isso aqui uma um bate-papo super descontraído né como se a gente tivesse comendo bolo de fubá na cozinha com aquele
cafezinho Sabe aquele cheirinho de café no fundo coisa gostosa para começar eu queria fazer uma pergunta para vocês sobre a importância da arte na educação né a gente sabe que o Brasil hoje por exemplo com dados do Ministério da Educação possui 570 mil professores que lecionam arte nas escolas espalhadas por todo território nacional porém somente 6% desses professores quelecionam arte tem informação em arte né é a disciplina menos valorizada na escola e a gente fica perguntando fica se perguntando qual é a verdadeira importância da arte na educação e na formação de um indivíduo né consciente
crítico inovador criativo né que aceite as diferenças que abrace e que lute por um mundo com muito mais Pais porque que a arte é importante para a educação você na sua na sua carreira você se deparou com muito muitos professores né teve algum que te marcou algum professor de arte qual foi a importância deles fixaram assim na minha memória foram os professores de português professor de matemática enfim professor de geografia de história essas coisas que traziam a complexidade geral do mundo para para o meu campo de apreciação para o meu campo de especulação de interesse
a arte já era uma coisa inata Praticamente em mim desde os dois anos de idade eu já manifestava claramente para minha mãe para os meus familiares o meu desejo de ser músico e que a música e tudo aos 10 anos de idade já fui para uma escola de música Professor comenero espanhol foi muito importante na minha vida porque me deu os primeiros rudimentos de teoria musical e toda essa coisa nesse nome colocou o acordeon nas mãos e introduziu o mundo conceitual da música com toda toda sua variedade e chamar vocês recebemito como minério era espanhol
formado de medicina também era médico como meu pai também foi e tinha vindo para o Brasil e aqui instrumento tocava acordeon E tudo acabou fundando uma academia de acordeon que legal aquela região bem central da cidade e ali foi minha tradução ao mundo da música e a música trouxe o interesse pelas artes em geral naquela época já o cinema despertava o interesse Muito grande era um tipo de arte emergente muito forte né Muito muito poder de sedução de de com muita atenção dada depois outras Artes também teatro na sequência a literatura por força natural da
própria escolaridade do mundo da do desenvolvimento escolar enfim em todos e aí sempre mais adiante a dança interessei muito pela dança também embora não tivesse me dedicado a dançar mas sempre me interessei muito e tudo desenho a pintura tudo tudo tudo tudo sempre Me interessou é um aspecto inerente da da condição humana no sentido do desejo de aprofundamento de conhecimento de envolvimento com a vida arte envolve as pessoas com a vida porque ela ela [Música] situações amplas de descrição de narrativa não é de esclarecimento sobre a realidade enfim a arte trabalha com a realidade trabalha
com o sonho trabalha com a verdade trabalha com a mentira trabalha com todas as coisas da vida então é uma coisa que tem muito ensinamento na arte e basicamente é ela ela ela se contrapõe propriamente ao sentido do trabalho que é o sentido da operar o lado sacrificado da ação humana trabalhar trabalhar é uma coisa complicada é uma coisa muito rica muito interessante mas é muito complicada a arte por sua vez não a parte toda dedicação de energia de atenção que a gente dá as artes sempre por um retorno Alegre um retorno de satisfação um
retorno de de compreensão de alegria mais amplo da subjetividade humana é um é uma coisa importantíssima para o desenvolvimento moral produz desenvolvimento espiritual para todas essas coisas as artes são fundamentais até o costumo dizer que as pessoas passam seis sete seis dias da semana trabalhando para viver o entretenimento à arte no final de semana é verdade é verdade e você acha que a arte dentro da escola ela exerce o papel importante na formação do aluno como cidadão consciente crítico criativo consciente do seu papel no mundo do seu papel de transformação você acha que existe esse
espaço para arte dentro das escolas eu acho que sim né porque como eu estava dizendo ela as artes em geral a arte no sentido amplo ela Ela traz esse descortino para o campo da expansão mental do campo da expansão espiritual para o campo enfim da da da oração questão dos valores éticos Morais e etc arte trabalha com isso trabalha com essas figurações variadas sobre então é parte fundamental do ensino a parte fundamental do da formação e se a escola é um polo importante no ensino da formação das pessoas é necessariamente as artes tem que estar
ligadas a escola Além do fato de que as próprias Artes elas mesmas têm as suas próprias escolas elas são elas são disciplinas escolarsticas disciplinas importantes nesse sentido para aprender você tem que aprender a tocar aprender a cantar aprender a escrever aprender a pintar aprender a dançar aprender tanta coisa do mundo da arte Então as escolas de arte elas já são elas mesmas grandes fontes de ensinamento grandes polos de disseminação do ensinamento no sentido geral então toda a escola tem um pouco tem que ter um pouco de arte toda arte tem que ter um pouco de
escola muito bem muito bem queria passar agora para professora Fátima professora Ana tiveram algum professor que marcou a vida de vocês vocês lembram com carinho de algum professor aí na infância de vocês professora Fátima Sim sim eu assim né em relação eu sou filha da escola pública né então eu tive a professora Teresa que me ensinou as primeiras letras eu não tive de fato uma professora né específica na minha formação de artes mas eu tenho professores e professoras que eu admiro que é o professor Leno Vidal que é de São Paulo a professora Clarissa Suzuki
E além disso eu concluir o mestrado e tem algumas professores como a professora é Cláudia Miranda e a própria professora que foi me orientadora Cíntia a barra que né faz parte da minha da minha formação investigativa e que eu admiro muito então esses professores também as professoras da escola né que eu sou lá do chão da Educação Infantil e respira a arte Então eu tenho um professor da escola Noêmia e Vera todas essas professoras me ensinam a pensar a arte Ah Que ótimo Que ótimo eu queria que você vamos vamos ver agora um pouquinho do
documentário do trabalho que a professora Fátima Santana fez em Lauro de Freitas né no centro municipal educação infantil Dr Djalma Ramos com o projeto Dr Djalma ramas e seu amor por Riachão uma pessoa tão importante para nossa cultura eu queria mostrar um pouquinho desse documentário quem quiser assistir tá de graça no nosso canal do YouTube podem ver professores professoras que é bastante inspirador a gente consegue colocar esse documentário para o público assistir Vamos ouvir só um minuto [Música] da valorização das minhas raízes e aí eu pensei porque não trabalhar isso com as crianças quando eu
vejo as crianças aqui do centro eu vejo a minha própria infância né de uma criança negra pobre uma comunidade carente que as crianças representam o que eu sou Sou Fátima Santana Santos atuo como professora a mais ou menos sete anos no bairro de vida nova no município de Lauro de Freitas música poesia a cultura afro tá envolvida em tudo isso da Educação Infantil e a gente só faz mostrar isso para as crianças quando a gente começa a trazer para elas toda essa cultura popular é muito fácil até eu diria porque elas acabam entendendo isso de
uma forma muito tranquila porque já está no subjetivo delas ela já vivenciam isso no entor Às vezes a gente chega Nessa Escola de Educação Infantil nós só temos a Cinderela que referência uma criança negra vai ter não desconsiderando a Cinderela mas não tá próxima da realidade [Música] nosso professores discutimos E chegamos à conclusão de que nós trabalharemos Riachão todas as turmas com todas as professoras inclusive todas nós trabalhamos nesse projeto nós vamos fazer a construção do boneco que vai representar Quem era preciso que as crianças construíssem o Riachão e esse Riachão é de diversas cores
esse Riachão é tudo tudo que a criança quer que ele seja [Música] na verdade esse momento Foi um momento mágico e único foi uma emoção elas estavam trabalhando com artista no plano do ideário E aí você passa alguém aquela figura ali presente então isso foi destruindo a importância mesmo sendo porque foi um momento de muita alegria Por que que o samba nasceu na Bahia porque o Brasil o Brasil nasceu na Bahia e quem trouxe o samba foi os crioulos foi os escravos foi o primeiro samba foi trazido pelo escravos e que samba conhece samba de
chuva samba de roda que os escravos trabalho lindo professora Gil qual que é você que conheceu bastante queria deixar uma homenagem grande nos deixou mas que tem um legado incrível para a cultura brasileira né para as nossas raízes você que conheceu o Riachão qualquer importância dele na formação dos nossos jovens dentro da escola Qual o significado dos múltiplos em torno da sua figura alma linguajar tudo dele o módulos todo todo Campo expressivo o modo dele se expressar enfim as fontes nas quais ele teve que beber para poder desenvolver o seu o seu trabalho para dar
vazão a sua meia artística para se tornar o artista que ele se tornou de é um personagem exemplar por todas essas todas essas razões deixa inclusive além de toda essa essa configuração emblemática deixa uma obra musical propriamente através de canções de discos enfim de música sambas que foram gravados e regravados por colegas dele por artistas descendentes dele ele tem uma descendência também tudo isso que a gente vê hoje na Bahia na música negra da Bahia no samba de roda os vários grupos que fazem é música na Bahia hoje os grupos populares os grandes blocos de
carnaval que representam essas expressividades negromicista baiana tudo isso de tudo isso ele tem tudo isso ele bebeu nessas fontes e devolveu para essas Fontes todo um caudal todo um novo caudal é expressivo que vai continuando vai sendo reapropriado por todas essas novas gerações assim como ele bebeu na fonte de mestres antigos os meninos as meninas de hoje bebem na ponte dele sabem que é a importância extraordinária para a questão do da autoestima Negra né na Bahia no lugar como a Bahia com lugar como Salvador com a população afro mestiça de mais da metade da população
ver uma figura como a dele é uma figura emblemática mesmo né foram um grande emblema para o povo povo negro da Bahia com certeza a professora Fátima a senhora que trabalha com educação infantil e trabalha um tema tão importante que a educação antirracista Como é trabalhar esse tema com esses essas crianças que estão ainda em fase de pré letramento né é um tema é um tema que foi que foi fácil envolvendo da escola como é que foi o desenvolvimento desse projeto eu queria antes porque tem a presença de Riachão aqui que foi em 2013 quando
a gente começou a pensar na educação anti-racista e ter a própria presença aqui do seu Gilberto para mim tem um significado né muito grande e esse projeto ele só deu certo porque ele aconteceu a partir de um coletivo de professores pretas que decidiram que era impossível termos na Bahia uma maioria de uma população preta e a escola ser a partir de uma visão eurocêntrica Então foi uma decisão Nossa coletiva de começar a trabalhar com educação antirracista e aí nós começamos e Riachão é a história de vida de ração envolveu as crianças e as famílias a
comunidade escolar as famílias se viam num projeto que não era um projeto para além é um projeto embranquecido projeto que tinha a cara da comunidade vê Riachão era ver o avô era ver o tio era contar as histórias da família então nós começamos a partir daí a entender que era possível promover uma educação antirracista para nossas crianças pequenas nós lá acreditamos que a nossa Luta pelo Direito de ser de existir das nossas crianças e que esse direito é negociável e hoje nossos projetos visam que as crianças têm uma experiência com a felicidade o seu corpo
com seu cabelo com seu nariz com sua forma de vida com assim nós lutamos para que a subjetividade das nossas crianças sejam garantidas mas esse trabalho só foi possível porque ele foi a partir de um coletivo de professoras não trabalho da professora Fátima é desse coletivo de mulheres que decidem coletivamente trazer uma nova proposta curricular para o CMEI lá em Lauro de Freitas como é que foi a receptividade das Crianças com o tema tão importante isso eu lembro que a primeira vez é que Riachão teve lá uma criança olhou para Riachão e disse acho que
Acioli também tá aí tava na cominência do projeto na época e uma criança disse Riachão quando eu crescer eu quero ser igual a você se a gente pensar na força da fala dessa criança então isso já é o processo avaliativo do projeto Se você olhar esse processo esse projeto foi premiado né entre 2014 e 2015 pelo Instituto arte na escola e também eu aproveito para agradecer a vocês todos e nós professores também fomos formando a nossa identidade a partir do projeto né se você for hoje lá no sem medo Doutor de amarramos e olha o
corpo da frente da escola é um outro corpo Porque a partir daí Nós não paramos mais trabalhamos com Carolina Maria de Jesus Conceição Evaristo e as ganhadoras de Itapuã então assim trabalhamos com Histórias de Vida próxima à nossa realidade né mostrando a imagem positiva né desses sujeito que o racismo Né violentou né para que a gente criasse tivesse uma percepção sobre todas as crianças pretas e as meninas tivessem uma percepção de auto ódio sobre si e a arte tá nisso tudo né porque as crianças quando ouviu uma música a gente no almoço colocava a música
de Riachão na saída a gente tinha uma caixinha lá na escola as manhãs receber Quem é esse Riachão que essa é outro momento também importante no dia que a reação apareceu na escola as crianças as famílias ficaram de pé para aplaudir né então isso tudo muda uma construção havia uma formação ali de um processo de branquitude de que era o grande artista e de repente as crianças verem como disse Seu Gilberto um personagem negro aquela figura Negra forte potente chegando na escola já cantando abraçando todo mundo e as famílias aplaudiram então assim reação eu quero
ser igual a você que o menino de dois anos disse eu nunca mais vou esquecer isso eu nunca mais vou esquecer Parabéns professora parabéns pelo projeto lindíssimo maravilhoso importante Espero que tenha tenha incentivado novos professores também a trabalhar com essa temática tão importante e eu queria falar um pouquinho agora também com a professora Hanna professora Hanna também de Lauro de Freitas aliás Lauro de Freitas é uma potência né a Bahia exportando para o mundo pessoas incríveis inspiradoras criativas maravilhosas essas nossas professoras de Lauro de Freitas a professora Hanna ela em 2018 ganhou o prêmio aqui
na escola cidadã com projeto África aqui a colar África em todo lugar com crianças do fundamental 1 da Escola Municipal do loteamento Santa Júlia vamos ouvir um pouquinho desse documentário para entender como é que foi o trabalho [Música] no contexto midiático afro-brasileiro nós somos desumanizados nós somos trazidos como figuras feias todo uma escolha em torno de um fenótipo do branco que é sempre o belo a escola precisa romper com isso [Música] eu estou falando das vozes que foram silenciadas historicamente pelo currículo apresentado ainda pelas escolas do Século 21 e que populações são essas são as
populações africano brasileiras são as populações indígenas são as populações ciganas as mulheres [Música] que trabalhamos com crianças e que pedimos para que ela se auto identifiquem as crianças sempre se identificam como crianças brancas em sua maioria mesmo se elas forem negras eu queria que essa criança identificasse o seu tom de pele e que ela se identificasse de forma positiva a gente precisava o tempo todo tá resgatando o belo lá no Egito lá na África esse tipo de cabelo que meu brother tem aqui ó o tipo de cabelo que eu tô usando o dele dela só
quem usava esse cabelo eram reis e rainhas olha o cabelo dessa rainha aqui retada porreta essa aqui é barril ó aqui o cabelão dela parece quando a minha brodinha ali ó achei lindo ele não foi descendente de escravo mas sim de pessoas que foram escravizadas e isso dá todo um outro contexto não é dentro de uma proposta Educacional [Música] a professora convidou para falar sobre a história dos africanos os mais velhos sentar em círculo e começar a contar histórias assim passava os valores [Música] pelo lugar social que ele tem pelo respeito social que ele possui
por ele ser um negro ritinto então é muito importante essa representação do negro para minha criança de Tinga Negra [Música] e olha aí Pixinguinha o que ele fez né músico arranjador flautista [Aplausos] [Música] A África está na sua poética A África está na sua cultura África está na sua tecnologia África está na sua cor na beleza da cor da sua pele a África tá em tudo isso né [Música] [Aplausos] [Música] uau cada vez que eu assisto esses vídeos dessas professoras incríveis incríveis nossa dá uma emoção gigante professora Ana parabéns parabéns pelo projeto como é que
foi trabalhar como eu perguntei para professora Fátima como é que foi trabalhar um tema tão importante tão fundamental para construção da Cidadania do Brasil com crianças do fundamental primeiro eu entendo que eu tive que fazer uma viagem para mim mesma e reconhecer enquanto mulher negra porque a gente ao longo da do nosso da nossa vida né de mulher negra professoras e também da sociedade em geral nós somos negados né a nossa figura o nosso fenótipo principalmente para menino é negado Nesse contexto né silenciado então primeiro eu tive que me descobrir enquanto mulher negra eu tive
que descobrir a minha beleza eu tive que descobrir esse contexto civilizatório também na universidade então houve uma uma busca da minha parte né a partir de vários estudos com o programa da descolonização da universidade só da Bahia que é um grupo de pesquisa no qual me aproximei durante a graduação e de aproximação epistemológica mudou todos os conteúdos que eu passei a trabalhar em sala de aula e também as minhas metodologias é pensar que as arqués civilizatórias africanas e africanas brasileiras no território de Lauro tem vida ter erudição tem conhecimento né E aí eu precisei fazer
vários várias intervenções pedagógicas para aproximar as linguagens africana brasileiras e africanas dessas crianças estão pequenas então houve também uma transposição didática a partir de conteúdos tão complexos Como por exemplo o processo de escravização do Brasil Então nós precisamos passar por ele naquele momento falamos do processo de escravização mas Falamos também da nossa insuficiência enquanto a população negra né falamos de zumbidos Palmares falando de Dandara falamos de vários heróis que romperam dentro do território de Lauro de Freitas proposições insurgentes como foi levante do Rio Joanes e teve a presença dos alçais e negócios então fora do
território de África é esta é uma grande proposição insurgente que acontece no território de Lauro de Freitas E aí nós começamos a conversar com as crianças sobre toda essa trajetória a partir da perspectiva do Belo né ele se reconhecer enquanto criança negra enquanto reconhecer o seu fenótipo fenótipo da sua família trazer personalidades A exemplo de Miss vaca em mim que é representante da embaixada da Nigéria na Bahia professores então nós trouxemos ele para escola para falar de conceitos como circularidade ancestralidade que é pensar coletivo africano não é então é uma outra proposição outra proposta civilizatória
então nós tivemos que mergulhar na verdade esse projeto durou um ano mesmo né foi um ano de trabalho a partir da lei 10.639 que a lei que diz que nós educadores precisamos trabalhar o patrimônio civilizatório africano e africano brasileiro durante o processo curricular não ele não pode entrar como um tema transversal como um tema que visitou o currículo não ele faz parte do currículo do dia a dia da escola e esse é o desafio dos professores Né desde 2003 até agora transformar os conteúdos que falam dos povos africanos e que falam também dos africanos africanos
brasileiros de uma forma cotidiana e não somente no dia da consciência negra ou um dia de comemoração Então essa foi na verdade o grande desafio do projeto transformar a lei em realidade trabalhar no cotidiano trazer Pixinguinha eu pude ter esse diálogo com Orquestra Sinfônica do Estado da Bahia e aqui meu agradecimento em público que nós recebemos uma das câmeras né E pedimos para a camarada trabalhar com a canção de atenção Carinhoso de Pixinguinha para trabalharmos também com as crianças a biografia de né quem foi Pixinguinha O que podemos fazer em outros espaços Porque que a
escola ainda continua a insistir que a África não tem erudição então a gente precisa romper com isso né o currículo precisa romper com Essas barreiras e sim poderá e dizer sim que a África tem erudição sempre teve foi o primeiro continente que o homem se inaugura na verdade e os africanos brasileiros na Américas Eles não vieram como eles não eram escravizados em foram escravizados aqui então é uma condição então transformar tudo isso em metodologia foi um grande desafio e também numa linguagem próxima né de crianças tão pequenas de 8 anos mas a gente conseguiu aí
é fazer alguma coisa algo muito bonito enfim e eu só tenho que agradecer E aí pelo reconhecimento Nacional desse projeto Parabéns professoras olha dois projetos incríveis realmente muito emocionantes e eles dois perpassam o tema muito importante que a questão do reconhecimento da identidade né de você se reconhecer como cidadão né com direitos eu queria fazer uma pergunta agora aproveitando aqui a presença do nosso querido Gilberto Gil que teve a honra né de conhecer pessoalmente alguns países lá fez um império ali que inclusive transformou em documentário maravilhoso como é que é esse vínculo entre a realidade
que você conseguiu ver lá na África nos países que você visitou e a Bahia né a gente tem semelhanças tem diferenças como é que é essa questão cultural entre essa viagem que você fez e a realidade da Bahia uma parte considerável dos brasileiros somos originários da África São José originários daquele continente do ponto de vista da humanidade ou das humanidades daquele continente mas também da cultura naquele continente da espiritualidade daquele continente não é da da do conhecimento da ciência daquele continente não podemos esquecer por exemplo o fato de que a contribuição africana para o desenvolvimento
da ideologia da mineralogia no Brasil e etc foi uma contribuição extraordinária não podemos esquecer que a contribuição dos africanos para agropecuária brasileira foi fundamental também é além de tantos outros outras Artes e ofícios do território africano do continente africano nas áreas vários conjuntos humanos da África tiveram um papel importantíssimo na formação da vida brasileira da cultura brasileira então a identidade imediata o aspecto imediato da identificação da identidade para usar esse pleonasmo identificarmos Nossa identidade com a África vem por aí pela história vem pelo pelos conteúdos vários que os povos da África é trouxeram derramaram nesse
vaso chamado chamado Bahia nesse vaso chamado Brasil é e a questão da devolução de tudo isso todos esses novos processos que se instalaram aqui inclusive por força do próprio Estatuto degradante da escravidão e a luta contra ela e tudo mais uma luta parcialmente Vitoriosa porque ainda temos muitas abolições a fazer essa devolução também é importantíssima importante para nós como reconhecimento de um deles um deslocamento da África não é a África se deslocando para o mundo através das suas diásporas e etc mas também para eles os próprios africanos não podemos esquecer por exemplo que foram os
escravos os ex-es escravos aforiados daqui da Bahia de outros lugares que levaram por exemplo a os postos artesianos para para África inauguraram essa esse trabalho de extração da água para fornecimento para os domésticos os comerciais e etc etc em países como Nigéria em países Como como o Benny [Música] como todo como vários outros ali da região do Golfo da Guiné Enfim então são trânsitos em Mão Dupla não é trânsitos de lá para cá daqui para lá e vão ajudando essa essa identificação da identidade nós não nos identificamos com nosso identidade Negra e E com isso
nos habilitando a recepcionar outras formas de identidade até o trabalho de limpeza do homem branco brasileiro desses resquícios terríveis não é de violência de crueldade e etc etc é cometidos contra contra os negros esse papel também de purificar o branco com a cor negra a cor negra purificadora essas coisas todas tudo isso é preciso é tudo isso é sinal dessa dessa identificação profunda que a Bahia e o Brasil é evidentemente o Brasil todo tem não é com as origens com as suas Vertentes africanos ótimo eu queria eu queria passar a palavra agora professora Fátima a
senhora tem alguma pergunta para fazer aproveitando aqui a presença do nosso grande mestre da arte e da cultura brasileira então eu tava ouvindo os seus Humberto falar né mais uma vez eu sempre me rememoro a minha infância de menina preta ali no Curuzu e penso como as comunidades os grupos populares né a favela ela se organiza como as meninas e as meninas é constrói perspectivas artísticas a partir da potência do seu próprio corpo da sua linguagem seja corporal verbal nós temos nas favelas o Hip Hop nós temos os Islã nós temos os grupos os meninos
que começam a pintar e desenhar grafite e enfim mas quando a gente olha para o currículo escolar nós vemos que essa potência que é produzida esse modo de fazer arte que é produzido na favela muitas vezes ele é ausente do currículo escolar né ou então ele acontece de forma muito variada pontuais e aí eu queria perguntar se a Gilberto o que que ele pensa sobre isso né já que nós professores têm muitos professores nos ouvidos nos vendo nesse momento e também perguntar a ele se a arte nos ensina a viver são essas duas essas duas
questões que eu trago Muito obrigado e a sua benção viu para todos nós quando a arte nos ensinar a viver tudo que eu já falei aquela aquela pequena dissertação sobre o papel espiritualizante da arte né o papel da formação moral da arte da aproximação com os valores os valores humanos os valores da Solidariedade os valores da igualdade Enfim tudo isso já já justifica já já diz muito muito desse papel que a arte tem não é a arte como como ferramenta instrutiva para todos os tipos de instrução possível possíveis que você que você possa imaginar a
quanto ao a primeira parte da sua questão foi sobre como jovens se organizam e porque a ausência dessa organização seja no hip hop no Islã ele não aparece no currículo escolar ausência dessa prática mesmo às vezes como proposta pedagógica dentro da escola assim que o senhor dar de sugestão os professores ou pensa sobre isso enfim eu acredito que é porque toda a pedagogia todo senso pedagógico todo senso de de de responsabilidade construção com ensino e etc é uma coisa para usar para uma palavra que você já usou aí entendeu centrada a escola Brasileira é uma
escola fundada basicamente pelo colonizador português e e nada com base nos seus nos seus arquétipos europeus antes europeus enfim a escola brasileira foi feita para reproduzir a escola Europeia o sentido de o significado de ilustração de aprimoramento de desenvolvimento humano tudo isso tava ligado aos modelos europeus não é à toa que vieram para cá impor um processo de civilização com imposição de uma religiosidade própria composição de uma de uma de uma visão de sistema social próprio com a divisão com as divisões as divisões de classes de castas e etc etc etc então a escola brasileira
tem sido ao longo de todo tempo evidentemente ressalvadas as os momentos de inflexo de novas inflexões mas ela tem sido feita para reproduzir esse modelo esse sistema então toda essa educação vocês representam aqui todo esse processo educacional que você representa aqui você Fátima anda Cláudio todo mundo é é um sistema para informar o pedagogismo pedagogia brasileira na necessidade de se brasilificar e se tornar Brasileira de assumir um país de assumir uma nação que nasce de um desenvolvimento nascido de um segundo momento do estágio avançado mais avançado possível de uma civilização é que teve a sua
base na Europa mas que já não já não precisa ter mais uma base aqui no Brasil o Brasil a nação do novo mundo é oração da nova humanidade temos aqui a gestação de novos processos [Música] humano em todos os sentidos do ponto de vista físico aumentar o espiritual então é um Brasil é um é uma outra nação e a escola brasileira tem que ser uma escola dessa nação é nesse sentido que você Fátima Berna dependem essa essa introdução definitiva da dimensão da dimensão é plural brasileira no processo no campo curricular no currículo nas escolas brasileiras
das escolas básicas do mundo da formação infantil a formação primária da formação secundária até Campos dos aperfeiçoamentos Universitários e etc etc tudo isso é essa Redenção porque reducar um dos papéis da negritude assumida nesse sentido nós estamos focando aqui é o papel de ressignizar o Brasil utilizar o Brasil colocar o Brasil num processo de civilização um novo processo de civilização é livre tributário somente na medida necessária Aos aos seus momentos coloniais aos seus períodos de dominação temos que reverenciar a Europa Portugal e os outros países europeus formadores do Brasil na medida do possível na medida
do conhecimento técnico da ciência e etc que eles trouxeram para nós e etc mas nos deixando livres para novas formatações de humanidade que nós precisamos ter aqui o ponto de vê aí entrando a questão racial entre na questão da variedade dos fenótipos como vocês usaram aqui a terminologia por tudo isso é o Brasil é um tem que seguir o seu destino Novo seu destino de herdeiro herdeiro ao mesmo tempo na Europa nesse sentido que eu acabei de falar o herdeiro da África o herdeiro da Índia o medo da enfim de todo mundo dos indígenas autócrinas
daqui que tem um papel importante e é isso É nesse sentido Fátima que que é preciso que as escolas ensinem a verdade sobre o Brasil uau uau dia dos professores que desafio lindo nós temos mais de mil professores nos assistindo agora ao vivo e olha o desafio que a gente lança Vamos Construir Um Novo Brasil a nossa real identidade É mas não é não é um processo que que precisamos começar agora startar para usar para usar a palavra de origem a que foi submetida a vertente negra no Brasil isso não pode não pode ser jogado
fora é um é um sangue é um sangue que está impregnado na valoração do país da Nação enfim isso tudo é um sacrifício que tem que ser levado Avante como uma bandeira de Redenção são passos que vivem longe não vamos começar agora não é um processo que começou muito longe já muito tempo atrás muito distante nossos avós bisavós tataravós nós somos ancestrais todos os barquinhos que vieram de lá de África vieram dos países árabes vieram sim da Índia vieram de tantos lugares do mundo muito bom muito bom professora Ana a senhora tem alguma pergunta para
fazer o nosso grande mestre a filósofa aldrillord diz que o peso do silêncio vai acabar nos engasgando todo o processo de escolarização no Brasil passou pelo silenciamento da história né dos povos africanos e africano brasileiros Esta é a nossa realidade em detrimento de um currículo em detrimento de um discurso de branquitude né e o senhor que é que é né filho de professora como o senhor vê a arte como proposição para construção de uma educação o fato de iniciar as crianças nos modos das maneiras de conhecer conhecer a si própria conhecer os seus os seus
pais conhecer as suas origens é um processo fundamental é daí que vem ou seja combater o racismo através digamos assim talvez usar uma expressão é complicada demais pode-se explicar o racismo com a racionalidade o racismo é o jogo dos antagonismo entre as raças da exclusão de uma raça pela outra e etc a realidade é o reconhecimento de cada raça naquilo que ela é significa naquilo que ela pode ter de contribuição para si próprio para as outras a realidade reconhecer a pele negra é conhecer o cabelo encaracolado é fundamental nesse sentido valorizar essas coisas a nossa
racialidade a nossa condição de raça Não A nossa condição racista Mas a nossa condição racial isso é fundamental eu acho é Ou seja é uma maneira uma leitura a leitura benigna é uma forma de ver que é preciso ser adotada também muitas outras podem também ser adotadas Mas essa é uma delas arrasta como como espelho como auto-reconhecimento me vejo no espelho me vejo vejo no espelho me vejo inteiro vejo quem sou todas essas coisas que a Fátima e a Hanna falaram aqui sobre os fenótipos a Beleza Negra sim quando eleaé faz a noite da beleza
da Beleza Negra tá fazendo isso alto reconhecimento racial a realidade propositiva para o desenvolvimento da sociedade baiana para o desenvolvimento da sociedade brasileira enfim eu tenho dificuldade um pouco de falar dessas coisas porque para mim essas coisas são óbvio e os ovos corantistas que querem exatamente que apropriar a luminosidade do negro a luminosidade da Raça Negra a luz negra do negro todos que querem obscura Negritude através do seu processo de estudante privilegia a violência que privilegia a discriminação e etc etc é preciso é preciso devolver a luz a lua grande luminosidade a luz a nego
é a soma de todas as cores não pode esquecer disso a toda a Luz está contida no negro como está contida no Amarelo como está contida no branco como está acontecendo no azul e no vermelho tudo é luz Vamos brilhar então né Vamos brilhar nossas luzes nossas cores todas queria ler alguns comentários aqui a gente tem mais de mil professores na Live nos acompanhando e a Margarete Lopes dos Santos Por exemplo fala que a arte revela o mundo interior e exterior concretizem ampliações revive e vive os tempos de todos os momentos é simplesmente maravilhoso o
construído saber no meio da arte a Vanderli Maria dos Santos fala que a democratização da arte passa pela ampliação da oferta nas escolas públicas Com certeza fala que arte possibilita ao ser humano ser total é a única atividade que permite a liberação criativa e sensível daquilo que sentimos pensamos imaginamos através da poluição estética e da criação a Eliana Tinoco Fala seu Gilberto o senhor tinha ideia de que esse tipo de trabalho era realizado na escola pública brasileira que não é uma coisa não é um começo estar e tem que ser dado agora uma coisa que
já vende muito tempo minha mãe foi professora uma escola primária nos anos de 1940 [Música] décadas e décadas e Décadas atrás quer dizer enfim passou pelas mãos dela um conjunto enorme um grupo enorme dia de alunos brancos e mestiços de negros e tudo aos quais ela transmitiu sempre isso o primado do conhecimento primário da Razão de lado da ilustração aprender saber compartilhar difundir sabedoria e conhecimento tudo isso então é uma coisa que já vende muito tempo e mais ainda nessa nessa nessa parente de visão entre entre escola ensinamento e Arte é preciso dizer nada dessa
divisão a arte é uma forma de ensinar obviamente não é Como como o ensino tem que ser uma forma de arte uma política tem que ser uma forma de arte como uma técnica ciência tem que ser formas de arte ela tem que construir os vasos perfeitos mais perfeitos possíveis ela tem que estar a arte tem que fazer A escultura no molde daquilo que é mais humano daquilo que é mais natural daquilo que unifica mais intensamente inteiramente o homem e a natureza que ele cerca essa essa função da arte é a função da ciência a função
da técnica é a função da palavra é a função da poesia da função do discurso é a função da oração É isso mesmo Nossa que bom dá até uma emoção a gente ouvir essas palavras maravilhosas infelizmente a gente está chegando no fim da nossa Live eu sei que a gente ficaria horas falando com essas professoras maravilhosas com esse mestre maravilhoso nosso da arte cultura brasileira com tantas lições né para a gente aprender com todas as centralidade aqui nessa nossa Live maravilhosa é maravilhoso é maravilhoso e para a gente terminar com uma mensagem de paz de
Harmonia de amor de esperança para educação pública brasileira eu queria ia fazer um pedido para o nosso grande mestre poder fazer uma homenagem aos professores que tanto se dedicam que acordem cedo que às vezes mudam de cidade para ensinar que enfrentam o trânsito enfrentam tantos problemas desvalorização da escola né é um salário que não é o salário merecido né o professor de arte por exemplo que muitas vezes é desconsiderado dentro da escola talvez a maioria das escolas pensam que é uma disciplina menos importante então para que eles possam que é uma disciplina ornamental simplesmente quando
a estruturante da nossa cidadania para fortalecer a fé Claro Poderia cantar um pouquinho para gente uma música homenagem a eles um peixinho pequeno só para a gente terminar com fé com fé na educação do Brasil eu falei a última palavra que eu fiz da minha fala no meu discurso foi a oração né [Música] não costuma apanhar andar obrigado mesmo Obrigado professora obrigado a todo mundo querido Muito obrigado obrigado Cláudio obrigado Ana Ricardo Obrigado Fátima Obrigado a todos vocês aí que nos assistem um beijo um abraço beijo grande para todos Um beijo grande salve a Bahia
Lauro de Freitas para o mundo