CARINA NA SUA CASA - SEJA SEU PSICÓLOGO: PSICOEDUCAÇÃO | Carina Pirró no Podcólogas #96

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🧡 | Se você sofre com ansiedade, tristeza, procrastinação ou quaisquer outros problemas comportamen...
Video Transcript:
Olá, pessoal. Sejam muito bem-vindos a mais um episódio do pó de Cólogas. Mas esse episódio é especial porque estamos aqui com uma convidada muito especial.
Eu conheço ela há muitos anos, praticamente a vida inteira e eu gostaria de apresentar para vocês atenção, com muitas palmas. Aê! Ué, gente, a convidada sou eu mesma.
Vamos bater palma, vai. Que que aconteceu? Aconteceu primeiro, vamos lá.
Aconteceu que a minha convidada não pôde vir. Tudo bem? E aí eu pensei, gente, a gente trata tão bem os outros, por que não tratar a si mesma bem?
Não é? E aí já você já pode me responder uma coisa muito importante. Você trata o seus amigos e as suas amigas da mesma forma que você se trata?
Essa é uma boa pergunta pra gente fazer a reflexão, porque muitas vezes a gente fica honrada quando vem um convidado, a gente fica honrado quando encontra amigo, a gente exalta a qualidade dos outros. Mas quantas vezes você fica honrada com a sua própria convivência, fica honrada com o seu esforço, com a sua própria história? Então eu fiz essa brincadeira aqui com vocês para dizer que a convidada especial de hoje sou eu mesma, porque se a gente não cuidar da gente e a gente não se amar, eh, dificilmente outras pessoas vão conseguir ver a qualidade que a gente tem.
E aí, eh, tudo na vida é uma questão da gente ter perspectivas diferentes, né? Então, eu poderia desmarcar esse podcast, eu poderia ficar gastando meu tempo falando, ah, né, maldizendo o fato de não ter conseguido dar certo o convidado, a convidada, mas eu resolvi transformar isso num conteúdo muito especial para vocês, que é assim que eu acredito que a vida deve ser. Aparece um buraco, a gente constrói uma ponte.
E eu cheguei aqui, busquei aqui no meu celular, no meu drive, se tinha algum conteúdo legal para compartilhar com vocês e resolvi que eu vou falar de um tema que se chama, pode pôr aí para mim, Gabriel tá aqui me ajudando hoje, de onde vem os pensamentos. E essa aula é muito bacana, porque eh esse bate-papo que a gente vai ter é muito legal, porque eu montei isso há muitos anos. Até hoje a única coisa que eu faço nessa apresentação não é bem essa especificamente, mas eu enriqueço com conteúdo que eu aprendo novo, tá?
Mas a ideia de hoje é vocês terem um pouco de psicoeducação, ou seja, vocês aprenderem mais sobre vocês mesmos. Nós estamos, como vocês bem sabem, como o país mais ansioso do mundo e o quinto país mais depressivo do mundo. Isso significa que a qualidade dos seus pensamentos está ruim.
Você pensa em coisas ruins e além do conteúdo ser negativo, porque olha aqui, se você tem depressão, o seu conteúdo é deprimido. Você pensa mal sobre você, malu sobre o futuro. Se você tem ansiedade, você tá sempre preocupada com alguma coisa que você fez e não deveria ter feito alguma coisa em relação ao futuro.
Então, a qualidade do conteúdo dos seus pensamentos tá muito ruim. Além disso, a velocidade do seu pensamento também pode estar ruim. Quando uma pessoa é muito ansiosa, e você vai poder dizer aqui para mim até aqui embaixo, eh, você pode pensar uma coisa atrás da outra e você não tem paz na sua cabeça, você não consegue e pôr os seus pensamentos para relaxar num sofá.
Fica quieto o pensamento, né? Deixa eu aqui assistir meu filme, eu ler meu livro, ele tá lá falando, falando, falando, falando com vocês numa velocidade muito alta. Enfim, então já que você convive com o sofrimento relacionado ao tipo de pensamento que vocês têm, nada melhor do que a gente entender os nossos pensamentos.
Se faz sentido para você, já deixa a sua curtida aqui, já comenta, liga o seu sininho, porque é a única forma que eu tenho de ter a sua ajuda para que esse conteúdo de saúde mental alcance mais pessoas. Então, vamos lá pensar nos pensamentos. Então, eu gostaria que vocês eh refletissem aqui comigo.
Eu pus aí, né, na imagem que vocês conseguem ver um trânsito, uma pessoa fazendo uma avaliação, uma prova ou até um resort. Se vocês forem pensar num trânsito, vocês já perceberam que tem algumas pessoas que estão no trânsito aproveitando para assistir esse podcast ouvir esse podcast. Tem gente que tá cantando, tem gente que tá pensando, tem gente que tá brigando no trânsito, tem gente que tá se irritando no trânsito, buzinando, eh, grudando no carro da frente, xingando o cara do lado.
Então, o mesmo trânsito, várias reações diferentes. prova também. Não sei você, mas quando a professora dizia que tinha uma prova ou até hoje no mundo do trabalho, quando você vai receber de repente um feedback, como que é a sua reação?
Você deve perceber que deve ser diferente de outras pessoas. Umas ficam muito ansiosas, outras ficam muito preocupadas, outras ficam tristes e outras simplesmente vão paraa reunião. E até algo que a gente acha que é bom para todo mundo pode não ser.
Imagine que eu falo assim: "Olha, você acabou de ganhar um cupom para você passar o final de semana no resort. Parece que eu tô te dando um presente, mas de repente se você tiver infeliz com seu corpo e pensar que tem piscina, talvez isso te gere angústia, te gere uma ansiedade. Então vocês percebem que nem as coisas boas são são necessariamente recebidas como boas, né?
Então, no próximo slide, o que vocês vão ver é isso, que cada situação, eu vou chamar de situação, gera sentimentos, emoções muito diferentes nas pessoas. Então, vamos começar a pensar sobre isso no próximo slide. Karina, então, como que se formam os seus pensamentos?
Eu coloquei aí para vocês a história de vida e mais predisposições genéticas. O então vou falar um pouquinho da história de vida, eh, e bem pouquinho da predisposição genética, porque vocês já me viram falar e talvez vocês possam me ver no outro podcast falando de características que a gente já viu, que geneticamente a gente vem até por conta dos nossos pais. Quantas vezes vocês já falaram: "Ah, eu sou parecida com a minha mãe ou com o meu pai ou com a minha avó, enfim".
Então, vocês já perceberam que existem características de personalidade que são eh que vem aí dos nossos traços genéticos. Eu falo muito da teoria de personalidade dos traços genéticos do Big F, que são as cinco características de personalidade ã de temperamento, né, que a gente já vem desde bebezinho. Um bebê mais ansioso, um bebê mais aberto às novas experiências, um bebê mais tudo certinho, uma criancinha, né, que tá muito preocupada em dar resultados, em tirar 10 logo cedo, uma criança mais extrovertida ou uma criança mais introvertida, uma mais empática, amável, uma mais combativa.
É a minha opinião, eu quero isso, é meu, né? Então, essas características que eu disse, que eu acabei de falar para vocês do Big Five, são as cinco grandes características, né, que é abertura, novas experiências, conscienciosidade, que é essa entrega de resultado, extroversão ou introversão, amabilidade ou combatividade e neuroticismo, que é o quanto você nasce instável emocionalmente. Eu não quero me aprofundar nesses traços.
Porque como eu disse, vocês vão encontrar esse conteúdo em outros podcasts. O que eu vou falar aqui um pouco mais para vocês é a história de vida. Porque desde que vocês nasceram, pensa aí quantos anos vocês têm, vocês passaram por milhares de situações.
Então, no próximo slide, que que tem aí, né, que eu eu gosto muito de ensinar pros meus alunos ou não sei se você conhece, eu tenho uma comunidade que chama Tarja Branca, onde semanalmente ao vivo eu encontro os integrantes da comunidade Tja Branca e eu ensino coisas para as pessoas aprenderem sobre suas mentes, eh sobre psicologia, sobre neurociência, sobre comportamento humano. Vocês estão tendo um gostinho de o que que são esses encontros, tá? Aqui que eu tô ensinando para vocês.
É um tipo de conteúdo que eu ensino lá na comunidade. Eu convido vocês a conhecerem aqui no link que vai ficar embaixo. História de vida.
Desde que você nasceu até hoje, vocês viveram milhares de situações e essas situações aconteceram aqui fora. experiências que vocês tiveram com a sua mãe, com o seu pai ou não, com os seus cuidadores, a escola onde você estudou, os relacionamentos que você teve, a igreja que você frequentou ou não, a cultura da sua cidade, do seu bairro, da sua comunidade, o fato de termos nascido no Brasil, tudo isso compõe a nossa história de vida, mas todas essas coisas são coisas externas a nós. Só que nós vamos vivenciando essas experiências através dos nossos sentidos.
Essas informações entram dentro da gente, nós processamos essa informação com o nosso cérebro e isso vira o quê? Aprendizados. Então, uma palavra que a gente vai usar aqui são aprendizados.
O que você aprendeu? Tudo que nós falamos de memória nada mais são do que aprendizados. Esses aprendizados são, na verdade conclusões.
Conclusões sobre a nossa vida. Então, por exemplo, eu pus aí para vocês visualizarem essa primeira criança que vive na miséria. Para ela, qual será o valor do pão?
Será que essa criança, se receber um pão francês, ela vai jogar no chão e falar: "Não quero, eu não quero pão, eu quero comer sei lá o quê". Provavelmente não, porque ela vive em escassez, diferente do bebezinho que eu coloquei embaixo, que pode ter uma vida com tantas diversidades que pode ser mais fácil para ele receber uma comida e rejeitar. Eu quero outra, não gosto dessa.
Olha como as experiências de vida influenciam no nosso comportamento, nas nossas escolhas. O problema não é o pão, né? A questão é a história de vida que tem por trás.
Pois aí, mais uma imagem de uma criança que vive aí com o pai, um pai eh bravo, que cobra muito, que briga muito. Quantos pacientes ou pessoas da comunidade de Tarja Branca eu eu atendo, atendo no consultório, mas na comunidade só ou pessoas que viveram pais que não deixavam sair de casa, que brigavam porque queria ir numa festa, eh que apanhavam por pouco. Qual a experiência que essa criança que tá aí no cantinho, né, com a mãozinha tem ou terá futuramente quando se deparar com figuras de autoridade, quando ela tiver no trabalho dela, ela tiver um chefe e a hora que o chefe for bravo, será que não tem no baú de memória delas um medo?
Pode ser. Pode ser que essa pessoa para pedir um aumento sue, sabe, de tão difícil, porque ela traz o que significa figuras de autoridade para ela, figuras em que ela temia. Em compensação embaixo, uma figura de autoridade também paterna, só que acolhedora, carinhosa, que deu colo, que ouviu quando ela precisava.
O que que será que ela aprendeu sobre figuras de eh confiança, figuras de autoridade? Fazendo uma conjectura aqui, pode ser que ela tenha mais facilidade para lidar futuramente com pessoas que ela considera uma autoridade. São sempre suposições.
Nós nunca sabemos o que que vai se transformar o aprendizado da pessoa, tá? Mas eu tô contando para vocês que as experiências vão formatando quem nós somos hoje. Pode passar pro próximo que essa.
E aí eu dei uma pausa aqui pra gente pensar como que acontece esses aprendizados e coloquei algumas opções de aprendizados aqui para vocês. Como que a gente aprende as coisas? Experimentando, né?
Você já comeu um monte de coisa? Teve coisa que você gostou, que você não gostou? Você já de repente tomou um choque?
É, eu sempre brinco desse choque, né? Eh, sei lá, você tomou banho e e virou lá e tomou um choque, você aprendeu coisas com isso, quanto que você deve ou não tá com chinelo naquele chuveiro, naquele chuveiro outro você não precisa. O que você aprendeu experimentando na sua vida?
você experimentou um relacionamento, como que foi para você? O que ficou desse aprendizado na sua memória? Então tem coisas que a gente aprende experimentando.
Quantas vezes vocês já ouviram falar: "Ai, não adianta falar, ela tem que bater a cabeça mesmo. " A gente sabe que a experimentação traz aprendizado, que às vezes, ã, alguém ensinar você não é tão potente, mas eu coloquei aí também que a gente aprende por observação. Um exemplo, você de repente nunca comeu no restaurante muito chique.
Aí você foi convidado ou tá lá, né, consegue pagar e aí chega um monte de taça diferente, um monte de taliel diferente e você nunca comeu, né? Não sabe nem por onde começar. O que que a gente faz?
A gente dá aquela olhadinha do lado assim para ver como que as pessoas estão se comportando. Ó, colocaram o guardanapo no colo. Então, deixa eu colocar aqui no colo.
Ah, pegaram o garfo de fora e a faca de fora. E aí, ao observar, você aprende. A gente pode também observar nossos pais, né?
De repente, seu pai brigava com a sua mãe, batia na sua mãe. Você era pequenininho ou pequenininha e você foi olhando. Isso é um casamento, é assim que homem trata mulher?
Ó, essas observações, eu não sei o que que você aprendeu aí, tá? Mas de repente você reproduz coisas por observação. A gente pode fazer a imitação social é bem parecido com isso.
Emparelhamento e é um termo um pouco mais difícil de explicar para vocês. Deixa eu ver se vale a pena. Ã, às vezes a gente aprende algumas coisas.
Vou dar uma introdução aqui porque eu acho que é um tema que pode ficar para um outro encontro. A gente aprende coisas eh quando elas se emparelham. Então assim, você pode ir num supermercado, era só um supermercado, mas lá teve um assalto.
E você pode aprender uma coisa errada, não sei se é errada, tá? Mas pode sair assim, ó, na sua cabeça. Tuf.
Supermercado é perigoso. Mas supermercado não é perigoso. É que quando você foi no supermercado, você foi assaltada e isso aconteceu e a sua mente emparelhou duas situações e aí ficou grudado isso, entende?
E isso acontece com várias coisas, esse emparelhamento e que é que leva a gente a achar que pessoas ou lugares são perigosos. E foi só um aprendizado onde eh aconteceram simultaneamente, entende? Por isso que seu cachorro quando toca a campainha sai correndo latindo.
Ele não late para a campainha. Ele já percebeu que toda vez que toca a campainha chega alguém. Então, quando toca a campanha, ele já late, porque na cabeça dele já vem alguém, é um emparelhamento.
Agora falei para vocês como que a gente aprende as coisas, mas depois que a gente aprende, como eu disse, não é bem o que a gente vive, mas o que a gente concluiu, como a gente organizou na caixa, esse monte de aprendizado. A gente pode, por exemplo, eh, aprender o que é certo, o que é errado. E a gente faz muito isso, tá?
Nosso primeiro aprendizado, a gente fica pondo em categoria de certo e errado. Olha, o certo é abrir a porta para a mulher, o certo é que o homem paga a conta ou não, né? O que que você aprendeu de certo errado?
Olha, o certo é respeitar os mais velhos. O certo, se você foi pra igreja, é seguir os mandamentos. errado, é fazer isso, é fazer aquilo.
Então, nesses aprendizados que eu quero dizer para vocês, a gente categoriza e a gente acaba, eu pus até algumas frases aí, a gente acaba descobrindo como as coisas são, como as coisas funcionam, como que a gente deve agir, o que é certo, o que é errado, o que que a gente deve fazer, né, meninos? Fica quieto que eu tô falando com seu pai agora, menino. Fica quieto que agora eu tô falando, menino.
Fecha a boca enquanto você tá mastigando. Então, todas essas informações vão dizendo para pra gente como o mundo funciona, como funciona na sua casa, como funciona na sua comunidade, nos no seu país. Eu atendo pessoas fora do país, né, que moram fora do país.
Por exemplo, na Suíça, uma criança não pode correr na escola. Não pode correr. No Brasil pode.
Na Suíça não pode criança falar alto na escola. No Brasil pode, por exemplo, né? Eh, na Suíça você não deveria abraçar as pessoas que você não conhece no Brasil?
Pode, né? Se você vier na minha casa, você provavelmente vai receber beijo de todo mundo na minha casa, vai ser abraçado por todo mundo, porque nós estamos no Brasil. Então eu tô dizendo isso por quê?
Porque aquilo que nós aprendemos como certo e errado não é o certo errado, é o certo errado para nós, dentro da nossa experiência. Tá bom? Aí eu já tô dando a dica para vocês que os seus pensamentos, os nossos pensamentos, eles não são a verdade absoluta, eles são simplesmente aquilo que a gente aprendeu.
Então o exemplo de aprendizados que eu já dei aqui para vocês, coisas que a gente deve tomar muito cuidado, né, quando você generaliza seus aprendizados. Homem é assim, mulher é assim, né? Eh, saiu um res meu onde eu tô fazendo, ensinando no podcast do Vilela, né, lá no Inteligência Limitada, eu falei pro Vilela, alguns erros cognitivos, ou seja, erros no pensamento.
E um dos erros é a gente generalizar, porque todo mundo é muita gente. Ninguém é muita gente, né? Todo mundo tá doente, não é todo mundo.
Todo homem trai, não é todo homem. Toda mulher é interesseira, né? Essas frases, elas são quase frases ignorantes, eu diria, que foi o que eu usei o termo.
Por que ignorante? Porque a vida é muito mais diversa do que o que você pensa. A sua cabeça é só uma forma de pensar.
E se você não conseguir perceber isso, você tá vivendo numa ignorância de achar que o que você pensa é o certo. Só porque você torce por um time, ele é o melhor. Só porque você tem uma religião é a melhor.
Só porque você tem um partido político é o melhor. Se você acredita nisso, é, você tá numa fase muito imatura de não perceber que foi só uma escolha, porque cultural ou da sua da sua história de vida. Se você tivesse nascido no Japão, você não estaria torcendo para esse político, nem para esse partido, você entende?
Então, é uma questão de história de vida. Então, eu falei isso porque no ReS eu dei exemplo, né? ai homem não presta, tal.
Aí teve um comentário no meu real assim: "Ué, mas não é verdade? Nenhum homem presta, todos traem". Ou seja, é uma pessoa que ainda não percebeu que na história de vida dela, ela deve ter vivido experiências negativas com o homem e ela tá pegando a história de vida dela e jogando em cima de todos os homens, né?
Eh, e aí, e aí, olha só como é interessante. Eu dei um exemplo que até nessas frases que a gente ouve, eh, do tipo primeiro o trabalho, depois o lazer, coisas que você aprende aí com mãe, pai, avó, sei lá, culturalmente falando, primeiro o trabalho, depois o lazer, é, é um aprendizado. Essas frases todas feitas são tudo forma de te ensinar através eh dessa cultura popular.
Deus ajuda quem sedo madruga. Quem nunca ouviu isso? Que que essa frase te ensinou?
Deus ajuda se você trabalhar duro e acordar cedinho, né? E aí te ensinaram isso aí. Sei lá, de repente você acorda mais tarde, que que vai acontecer com você?
Você vai se sentir culpado. Por quê? Porque você aprendeu que Deus não vai te ajudar.
Deus só ajuda quem cedo madruga. E a gente não percebe que essas frases estão ecoando aqui dentro do nosso baú de memórias e fazendoas muitas vezes a gente sofrer, né? E aí eu trouxe para vocês um exercício que eu gosto muito de fazer quando eu tô dando palestra ou quando eu tô dando aula, que lógico que as palavras não estão direto assim, ó.
Eu mostro uma por vez que é a seguinte. Presta atenção. É, eu vou falar uma palavra e você pensa na primeira coisa que vem na sua cabeça, Instagram.
Depois escreve aqui embaixo no comentário. Já escreve até para eu saber, senão você vai esquecer o qual foi a palavra que veio na sua cabeça, porque você vai perceber que se 10 pessoas escreverem, 100 pessoas, cada uma escreveu uma palavra. Outra prova.
Quando eu falo prova para você, qual é a primeira palavra que vem na sua cabeça? Qual que vem na sua, Gabi? Prova.
É de surpresa. Fala rápido. É de surpresa mesmo.
Estudo. Estudo para ele verem estudo, tá? E para você escreve aqui embaixo outra palavra.
Olha aqui para mim, Gabriel. Homem. Mulher.
Ó, eu falei homem, ele falou mulher, né? Eh, Covid, pandemia. Uhum.
Você viu? Foi tão forte na mídia que na cabeça dele já ficou grudado. Foi um aprendizado isso.
Pandemia. E e Chiliane, a palavra que eu não conheço. Vem alguma coisa na sua cabeça?
Nome de Eu falei e Chiliane, ele falou que não conhecia a palavra. Aí eu tive que perguntar de novo, mas te vem alguma coisa? Ah, parece um nome de mulher.
Por que que eu pusiliane? Porque é uma palavra que vocês não conhecem. É uma palavra que eu e minhas amigas inventamos quando éramos adolescente.
Então, quando não se existe história de vida, não se existe memória, né? Se eu falo COVID, você pensa em pandemia porque tá dentro da sua história de vida. Vocês percebem que qualquer palavra que eu falar para vocês, vocês vão lá no baú de memórias da sua história de vida e vão abrir.
Se em 2020 não tivesse pandemia e eu falasse para você ou pro Gabriel Covid, vocês nunca teriam ouvido falar. E talvez vocês ficassem assim, iam falar qualquer coisa. A gente precisa de uma história de vida para criar memória, para criar aprendizado.
E por que que eu tô falando tudo isso? Porque estamos falando agora da criação do pensamento. Lógico, pensamento então é criado pela essa história de vida.
E o seu pensamento não é a verdade absoluta, porque olhem bem nesse desenho, pode deixar grande aí. acontece qualquer coisa, uma situação, toda situação vai passar por um filtro seu. Então você, seu namorado, não te ligou, essa informação vai passar pelo seu filtro, pela sua história de vida.
E aí do outro lado vai formar o seu pensamento. Se no seu baú de história de vida só tem traição e ele não te ligou, qual que é o pensamento que você vai ter? Aí tá me traindo.
Então, os seus pensamentos eles são frutos da sua história de vida. E aí eu queria que vocês guardassem essa informação de que hoje qualquer coisa que vocês vivam vai passar pelo seu funil da sua história de vida, tá? Até as coisas que vocês imaginam passa pelo seu funil.
E aí, eh, aqui é só uma brincadeira que eu também faço, também mostro uma figura por vez quando eu peço assim, tá? Você pode até fechar o olho se você quiser ir em casa, vai ajudar a fazer esse exercício de olhos fechados. Eu vou pedir para vocês pensarem numa mão de bebê.
Pensa numa mão de bebê. traz na sua memória uma mão. Mão, não, uma mão.
Agora, ainda de olhos fechados, pensa num cachorrinho. Isso. E agora traz na sua memória como que seria uma modelo Miss Brasil.
Pensa na roupa dela, pensa no cabelo, pensa no corpo dela. E agora que vocês pensaram isso, eu gostaria ainda nesse slide que vocês olhassem essa imagem, pode deixar grande, e vocês respondessem se vocês pensaram na mão de um bebê prematuro. Eu acredito que não, a não ser que vocês tenham visto a imagem antes.
Vocês pensaram num cachorrinho com essa cara humanoide? Eu também acho que não. E também se vocês pensaram numa Miss Brasil, eh, com esse corpo, que na verdade isso aqui é uma doença que é anorexia, tá?
Eu tirei de um site de anorexia há muito tempo atrás, provavelmente não. Vocês pensaram em algo nessa outra imagem aqui, uma mãozinha de um bebê fofinha. uma um cachorrinho qualquer que vocês já viram na vida que não tinha cara de ser humano e uma mulher eh não sei se morena.
Na época em que eu fiz esse slide, eu dava aula no hospital para psicólogo e Miss Brasil geralmente era morena, mas depois virou loira. Então que que veio na sua cabeça, Gabriel? Loira ou morena?
não, não veio, não veio nada. Só foi até a parte do cachorro. Tá bom.
Eu conheci na minha filha em todos os desenho. Pensou. Ah, é?
Então, gente, só para mostrar para vocês por que que eu trouxe essa imagem. Porque quando eu falo uma palavra, qualquer palavra você precisa resgatar no seu baú de memória, é uma lembrança. Por isso que não vem coisas nada a ver, porque você teria que criar alguma coisa.
Então, toda situação que você tá vivendo, por mais nova que seja, você tá resgatando lá na sua cabeça sempre a sua história de vida. é sempre sobre a sua história de vida. Pode passar pro próximo.
Então agora vocês vão ver o quê? Vocês vão começar entender que toda situação, toda situação vai abrir seu baú de memória, que eu desenhei como um filtro pessoal, vai gerar o seu pensamento. Então agora você sabe que todos seus pensamentos têm a ver com a sua história de vida, né?
você não inventa nada novo e todo pensamento gera algum comportamento. Então você, tudo que você faz eh tem a ver com seus pensamentos. Vamos lá, vamos tentar entender um pouco mais.
Pode passar pra frente que esse já foi. Aqui eu até desenhei esquematicamente como que eu ensino paraos meus pacientes no consultório ou ensino na comunidade tarja branca. Eu pus umas letrinhas aqui para vocês que é situação, gera P, pensamento, que gera sentimento, que gera reações fisiológicas e que gera o seu comportamento.
Eh, pode mudar a ordem, tá? Tem algumas situações que a gente vive, é tão rápido que o pensamento vem depois, as emoções vêm antes, né? diz que as emoções vêm 2 milisegundos antes dos de se formarem os pensamentos.
Tanto faz a ordem, a questão é muito mais esquemática para que isso fique um conteúdo para vocês conseguirem entender, tá? Mas nós somos muito mais complexos e muito mais integrados do que esse esquema que eu coloquei aqui para vocês. Então, situação gera uma emoção ou, né, gera um pensamento.
Desse pensamento gera um comportamento, uma reação no seu corpo e reação fisiológica, ideia e comportamento. Pode ir pra próxima. E aí, eh, eu trouxe aqui um pouquinho mais de texto, porque eu acho que pode ser exemplo muito legal para vocês começarem a fazer uma autoanálise.
Então, vamos lá, vou ler com vocês, podem ficar na tela então grande para eles poderem ler comigo. Eh, como como a gente disse, ante cada situação reagimo com as emoções e comportamentos que dependem da nossa avaliação. isto é, das nossas experiências de vida, das nossas cognições.
Por exemplo, olha só esse exemplo. Quando nós reprovamos numa prova, nós podemos reagir com tristeza, que seria a emoção, e nos fecharmos em nosso quarto para continuar estudando. Poxa, fiquei muito triste e vou pro meu quarto, chorei, então vou estudar.
Quero estudar. Vamos lá. É só uma oportun uma possibilidade.
Também podemos reagir com raiva. Você foi lá, tirou uma nota, reprovou numa prova, ficar com raiva. Ó lá, são é outra emoção.
E discutir com o professor, com o examinador, é o comportamento. Ou também podemos reagir com depressão. Outra alternativa, você ficou deprimido após eh reprovar numa prova e abandonar os estudos.
Tudo bem? Então, eu tô pondo três situações diferentes. Você ficou triste, foi pro quarto estudar.
Você ficou com raiva, brigou com o professor, ou você deprimiu pós reprovação e abandonou os estudos. Você vê que a situação é a mesma e as reações emocionais e comportamentais foram tão diferentes? Vamos entender o que que tá por trás de toda a diferença.
Olha que legal. Na primeira reação que você ficou triste e continuou estudando, possivelmente na sua cabecinha, lá nos seus pensamentos, se você ficou triste e foi estudar, é porque você pensou que o que te causou a reprovação foi que você não estudou suficiente. Por isso que você foi estudar.
Então, se você pensou, caramba, eu não fui bem na prova porque eu não estudei suficiente, aí você ficou triste, aí você foi estudar. Na segunda situação que você ficou com raiva, de quem foi a culpa? Do examinador.
Então, o que que você pensou? Esse professor foi injusto comigo, né? Ele não ensina nada direito.
E aí, por isso que o seu comportamento ao achar que ele foi injusto, foi brigar com ele. Terceira opção que é da depressão. Por que que alguém deprime diante de uma reprovação?
Porque provavelmente ela pensa que ela é a causa do fracasso. Eu sou um fracasso mesmo. Nada do que eu faço, eu faço direito.
É, é. total minha incapacidade. Isso é catastrófico, isso é insuportável.
Eu não consigo lidar com essa reprovação e eu abandono meus estudos. Olha a força que tem o pensamento. Se você pensa que é só estudar, você vai estudar e continua e vai prestar de novo.
Se você acha que é culpa do professor, você briga com ele e provavelmente não vai estudar de novo, porque a culpa é dele. E se você acha que é insuportável, que você é um fracasso, que nada dá certo para você, você abandona os estudos. Vocês entendem isso?
E quanto isso tem a ver, muito provavelmente com a sua história de vida, né? Porque se você ouviu em algum momento dos seus pais ou de alguém que ai menino, você não faz nada direito, você não vai ser ninguém na sua vida, é nada do que você faz certo, pode ser que você seja a terceira opção hoje. Pode ser que você, tirando uma nota baixa, você pense isso de você, né?
Mas o que eu quero mostrar aqui para vocês é que é só um pensamento. Até se você ouviu isso quando você era pequeno, foi alguém que disse: "Aquela pessoa não tinha verdade absoluta, porque como eu disse para vocês, não existe verdade absoluta, só existe o que tem no nosso pensamento. Nossos pais também têm pensamentos distorcidos, não são só vocês não, viu?
Ah, pode ir pra próxima". Então, a parte importante desse nosso encontro é isso aqui. As pessoas, olha, lê bem isso aqui, as pessoas não se deprim porque seus companheiros já não as amam.
ou porque não foram aprovados numa prova, ou porque não foram aprovados numa candidatura para entrar num trabalho. As pessoas não deprimem porque suas mães morreram. As pessoas deprimem pelo que elas dizem para elas mesmas sobre o que aconteceu, pelo que pensam sobre essa situação e sobre si mesmas em relação aos seus objetivos e desejos.
Vê se fica claro para você isso. Você não se deprime porque você foi mal na prova. Você se deprime pelo que você fala para você porque você reprovou.
Eu sou um fracassado. Eu não faço nada direito. Então não é a situação que nos afeta.
Somos nós que nos afetamos por aquilo que nós pensamos sobre as situações. Fica claro para vocês isso? Se sim, esse era o objetivo do encontro com vocês hoje, contar para vocês o mais importante, que nossos pensamentos vêm de uma mistura de traços genéticos que nós temos, mas muito mais da nossa história de vida, que os seus pensamentos, esse baú de pensamentos, eles são um jeito de olhar pra realidade super enviezado, porque eh tem a ver com a sua história de vida e não com com a realidade em si.
Aliás, nem existe realidade em si, né? Porque cada um fala desse copo de uma forma diferente. Então, não existe o copo em si, existe sempre a nossa opinião sobre o copo.
E você tem que tomar muito cuidado ao ficar com muita raiva de alguma coisa, muito deprimido, muito qualquer sentimento, não foi a situação que te deixou assim, mas o que você disse para você mesmo sobre o que aconteceu. Muito obrigada por estarem aqui comigo. Quero agradecer e especialmente nossos patrocinadores que é a Better You, que como vocês sempre sabem é um produto que eu consumo diariamente, principalmente o Better Go, que é o produto deles que eu mais gosto, foi o primeiro produto deles.
É uma mistura de anti-inflamatório, antioxidante. é o seu cuidado especial em 3 minutinhos, o sculpzinho no copo, água gelada e, ó, toma para você poder cuidar de você. E lembra que eu falei para vocês e cuide de vocês como se fosse o melhor convidado do seu podcast.
Um beijo e até o próximo episódio.
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