Edu Lyra, CEO da Gerando Falcões, é o entrevistado do Roda Viva

E aí O olá boa noite seja muito bem vindos ao Roda Viva ficamos lá para todo o Brasil pela TV Cultura e emissoras afiliadas e conectados ao mundo Pelas nossas plataformas digitais um dos efeitos mais perversos desse um ano de pandemia foi o aumento do fosso da desigualdade social no Brasil o pagamento do auxílio emergencial em 2020 amortizou um pouco problema mas a sua interrupção agravou a pobreza extrema levou milhões de famílias passarem fome nosso entrevistado conhece essa realidade na pele nascido em uma favela na grande São Paulo filho de uma diarista e de um

ex-presidiário ele começou muito cedo a lutar para mudar o destino que estaria reservado para ele escrever um livro que deu origem a uma ONG e hoje está à frente de uma rede conectada algumas das maiores empresas do Brasil e que atua em projetos de cidadania e mais de a favela essa rede fez a diferença na polissemia já está na segunda edição o programa Corona no paredão que fornecem cestas básicas digitais para comunidades de todo o Brasil para falar sobre esse quadro urgente o papel do terceiro setor na crise e os efeitos sociais de longo prazo

da tragédia da cor vídeo 19 nós recebemos nessa noite aqui no centro do Roda Viva o fundador esse ou da ONG gerando falcões e do Lira com muita determinação ele venceu todas as barreiras impostas a pessoas como ele nascidas uma vela e acabou se tornando um empreendedor social de Sucesso Aonde que ele criou gerando falcões conta com apoio de alguns dos maiores empresários do país para a tarefa de garantir acesso de crianças e adolescentes ao esporte e cultura além da capacitação de jovens para o mercado de trabalho mas ele tem uma meta mais ambiciosa criar

a maior rede de e sociais do mundo para entrevistar o Edu Lyra nós convidamos Angélica Mari jornalista e colunista da Forbes Brasil Érika Fraga repórter especial da Folha de São Paulo Jeferson Delgado colaborador do uol web e criador e apresentador do canal Favela Business Nina Silva se o do movimento black money e Teco Medina economista e colunista da CBN Boa noite Edu obrigado por estar aqui com a gente no centro do roda boa noite obrigado pelo convite uma alegria tá aqui com vocês mas alegria te receber também é duro num artigo recente que você assinou

com o Celso Athayde e o preto Zezé ambos da CUFA vocês alertaram para o risco de um caos social no país e uma catástrofe de proporções ainda maiores caso não seja feita alguma coisa é vocês começaram a se mobilizar para fazer alguma coisa mas até agora por exemplo auxílio o governo não voltou a ser pago queria que você especificasse o que risco são esses que você vê se estão de ruptura do tecido social de caos mesmo de sax etc e que medidas seriam essas as mais urgentes para enfrentar esse momento Agudo da crise social é

só que eles não começou agora ela vem Desde o ano passado e todo esse período a de crise sistêmica na sociedade brasileira Sobretudo com convide e com a desigualdade social tem provocado um esgarçamento social na camada mais pobre da sociedade o auxílio emergencial foi fundamental para o morador de favela ficar com nariz para fora d'água e quando ele foi interrompido por três meses esses lançamentos foi ainda mais acelerado é como se a gente tivesse vivendo um abismo social e que as famílias começam a entrar numa situação de amplo desespero tem dados que apontam já que

algo em torno de 10 milhões de brasileiros não tem o que comer em casa então esse é um dado muito alarmante e preocupante foi exatamente por isso que a gente recolocou as campanhas tanto gerando falcões como a culpa que você mencionou e outras organizações muito influentes no Brasil só que a generosidade também tava ficando sem oxigênio com pouca respiração mais de oitenta por cento das doações ela se esvaziaram então a gente buscou Os cilindros E começamos a construir um diálogo novamente com a sociedade e fazer a defesa dos mais pobres nesse momento ou E são

do auxílio emergencial porém numa versão menor e junta tudo isso tem o fato do preço do gás ter subindo o arroz o feijão então o poder de compra ficou muito menor com 150 r$ 200 então a conversa é que só o governo não vai resolver esse problema Apesar de ele ter um papel fundamental e ter que liderar nessa crise e só sociedade também não consegue trazer todas as soluções a gente precisa fazer uma grande coalizão para vencer essa crise a porque seria moralmente preocupante e antiético e devastador para a história nossa como sociedade venceu convide

sacrificamos mais pobres então a sociedade precisa se colocar de pé e tomar ações rápidas para conter essa grande crise perfeita por favor Jefferson lado um prazer para trocar nesse papo contigo uma honra me identifico muito de você filho de adiar é bem quebradas em sabe que a gente passa é é do a situação do país não tá fácil a gente pode faltar isso o jornal inteiro nosso bate-papo inteiro mas eu queria até voltar um um pouco antes para perguntar para ti né no nosso no nosso debate a gente tem que falar um pouco sobre essa

captação financeira das marcas das empresas queria é muito perguntar como foi para você esse filhinho é esse essa Identificação em po é aqui que eu vou conseguir captar grana para Gerais Falcão falcões ao pé da letra Na frase de onde foi pudim é daqui que eu vou conseguir conseguir essa renda da movimentada no mercado que são dez anos eu não estou errado Jeff se você também faz um trabalho monumental a minha história e a sua história assim como da Nina também é uma história de exceção eu nasci num barraco numa favela vivia num barraco de

a batida a meu pai acabou embarcando no mundo do crime foi preso indiciado por roubo a banco e eu cresci vendo minha mãe sendo revistada nua na visita ao meu pai é o presídio Então você sabe que isso tem um resultado emocional muito devastador na autoestima de um jovem preto o que me salvou desse Abismo foi a minha mãe dona Maria Gorete de Britto Lyra minha preta minha rainha que todo dia olhava nos meus olhos e me dizia filho não importa de onde você vem o que importa na vida é para onde você vai e

você pode ir para onde você quiser vão embora levando então com a ausência da política pública minha mãe tava lá mas nem todo o Edu tem uma dona Maria Goretti por isso a importância das políticas públicas chegarem nos mais pobres entre os pobres nos territórios de favelas para ter mais histórias como a minha como a sua com uma lâmina porém eu consegui virar o jogo por muita luta e minha história se tornou uma história de esse e fundei a gerando falcões Publiquei um livro chamado jovens falcões um dia de porta em porta por 9 99

na favela em três meses a vendendo cinco mil livros que eu usei esse dinheiro para fundar gerando falcões começamos pequeno na favela e fomos crescendo crescendo crescendo ao ponto de deixar muito ser uma honra e para se tornar um ecossistema de Desenvolvimento Social que atua em rede dentro de favelas entregando um serviço de educação desenvolvimento econômico e de cidadania em territórios de vulnerabilidade não respondendo à sua pergunta quando um cara como eu e você manda um currículo para uma bigtec da Faria Lima a turma meio que olha não de ao CEP desses caras que a

planta Eu quero uma favela a gente sabe que a rádio currículo e coloca lá no sexto que é natural do processo então quando a gente não vê um espaço econômico a gente cria o nosso próprio espaço econômico e tem um movimento que eu fiz foi de construir um lugar econômico uma estratégia de entrada para conseguir viabilizar toda essa rede o impacto que a gente quer eu cresci lá minha mãe sempre me falava filho se você tá incomodado com essa realidade aqui construiu uma realidade diferente porque dificilmente vão vir mudar aqui eu nunca vi ninguém vindo

não então minha mãe me despertou em mim era esse centro senso de responsabilidade com essa realidade esse senso me fez fabricar as tecnologias para conseguir mobilizar empresas como Ambev Motorola Microsoft empresários como Jorge Paulo lemann ele rouba em timol entre tantos outros para investir apoiar mas o dado concreto para concluir a minha resposta de é que o dinheiro da filantropia ainda não está espalhado de o uniforme no Brasil não chega necessariamente na favela mais excluída lá no nordeste o que eu tento fazer com meu time e temos um time extraordinário na gerando falcões é fazer

o dinheiro da filantropia do Brasil chegar nos mais pobres entre os pobres em líderes como você como eu que Jamais teriam acesso a esse fãs a gente vai lá a gente entra e a gente consegue redistribuir dentro de uma estratégia de produção de impacto por favor o Edu tudo bem É o artigo da publicado na folha que a a Vera mencionou na primeira pergunta ele ele em cava algumas demandas né uma delas é uma campanha nacional que explique a importância da vacina levando em conta a desinformação entre as pessoas mais vulneráveis e aí te pergunto

considerando primais e sessenta por cento dos brasileiros não sabe reconhecer uma é falsa na internet e a natureza dinâmica da internet que é de onde nascem as fake News Você acha possível reverter o estrago causado pela desinformação nesse último ano Olha quando a Eu liguei para o Celso Athayde e o preto Zezé é que são Celso fundador e o Preto Presidente Global da CUFA a conversa foi a crise dessa onda é muito maior do que a da primeira EA generosidade está sem oxigênio e existe uma bateção de cabeça grande no país a gente não vai

não basta só a gente trabalhar cada um dos seus pontos nós vamos ter que cooperar mais e juntar as nossas voz e as nossas forças para passar uma mensagem para o país daí surgiu o artigo na Folha de São Paulo que viralizou na sociedade a e essa é uma mensagem que a gente quer passar também e que a coisa é tão séria Esse é um pouco desse Tom Palmeiras e Corinthians se juntem e combatam a fome Assembleia de Deus igreja adventista se juntem e combatam a fome Branco negro rico pobre direita e esquerda gay evangélico

evangélico e Judeu se juntem ou a gente dificilmente vai conseguir superar essa realidade era um é uma é um entendimento de que o Brasil tem que construir uma grande coalizão senão a gente perde essa batalha daí o tema a fake News saiu uma pesquisa hoje do Instituto A locomotiva do meu amigo Renato Meirelles que cerca de 30 milhões de brasileiros nesse momento entendem que se tomar vacina vai ser injetado um chip que vai deformar o seu sistema nervoso O que é uma loucura mas por que que a sociedade está nesse lugar porque falta para gente

uma única narrativa uma única e e para vencer essa crise e aí a gente vem para um lugar Angélica muito arriscado das pessoas estarem uma crise psicológica e isso em todos os lados da sociedade o cara rico ou a classe média e o Pobre na favela com a sua capacidade psíquica completamente abalada então a gente em dias tão desafiadores como esse aprendendo respirar tá precisando de um Norte e nós precisamos de pragmatismo e resultado Esse é o grande desafio e a jornada que a gente tá travando e isso é urgente por favor menina mal e

do prazer enorme por estar aqui com você tá também entre os nossos né é poder falar de um lugar para uma pessoa que sabe sente na pele você encontra um homem negro você ter a vivência da maioria dos homens negros no país de ter tido um pai né encarcerado da sua mãe como a minha tá A Pesca e a gente sabe né falar da forma a gente não tá falando de covid-19 a gente está falando de uma realidade de séculos e séculos de força o e assim como a vela colocou que está sendo amplificado e

a o tapetinho né das injustiças estão sempre foi levantado EA poeira e toda sujeira tá aí a gente inalando tudo isso então parabéns pelo trabalho queria começar assim e trazer também a questão dos dados da fome né não foi do ano passado que o Brasil começou a retornar para o mapa da fome a gente já vem desde 2018 alertando esse retorno você já estão há mais de dez anos falando de fome e miséria no Brasil que a gente sabe que a fome EA miséria no Brasil tem curto setenta por cento dos encarcerados são pessoas neles

são jovens homens neles encarcerados mas somos 67 por cento dos desempregados 1075 Ben 10 por cento mais pobres do país eu queria muito saber de vendo a miséria né a fome tendo cor sabendo que acorda as pessoas que estão dentro das em carceragens como fazer realmente ações intencionais para irmos nas causas que nós temos hoje e acabou e quando de uma maneira muito mais amplificada mas são causas estruturais como racismo no Brasil é que traz esse reflexo direto e a gente ainda tem outros problemas sérios né como a gente viu aí grandes nomes trazendo falando

de experimentos químicos para uma população carcerária Como quebrar né esses preconceitos em relação à a possibilidade de falarmos de raça na questão das desigualdades sociais ele excelente é tão feliz de estar aqui com você também a ótimos dados você colocou e o Brasil se aplica todo dia nesses territórios mais vulneráveis o sistema como o Brasil é construído a política da Injustiça social Oi e para corrigir essa aplicação o Brasil aplica à política da Justiça dos tribunais Então os jovem negro que é o que é mais assassinado e sofre três vezes mais batidas policiais a ele

é torturado na ponta desde a sua primeira infância porque falta a creche a mãe arrimo de família chefe de família vai trabalhar e quantos casos que a gente tem na rede gerando falcões como o Caio Jorge de Maceió que cresceu literalmente amarrado porque a mãe tinha que trabalhar não tinha com quem deixar a conta não fecha de pagar uma diarista Uma Babá e deixa a criança amarrada dentro do barraco isso tem consequências emocionais devastadoras na autoestima na capacidade cognitiva Então essa é a aplicação da Injustiça social e aí não tom de desespero de fome de

falta de oportunidade tudo esse menino ou essa menina acaba e no mundo crime E aí ele vai parar dentro do presídio Então hoje o Brasil é a terceira maior população carcerária do planeta é de cada dez presos Érica que saem do presídio em menos de três anos sete voltam para lá setenta por cento a taxa de reincidência quando ele vai para esse presídio o presídio hoje da forma como é construído é uma escola de capacitação profissional da criminalidade cara entra lá eventualmente porque tava vendendo droga e ele é capacitado com Tecnologias para sair de assaltar

banco e liderar quadrilhas com uma capacidade é exponencial A então a gente fica nesse ciclo vicioso do mal que a gente precisa no Brasil é um planejamento social de longo prazo O que que a gente não sai do lugar porque o Brasil ele tá sempre apagando o incêndio mas não tem um grande acordo de país e quais são as 10 coisas que a gente quer resolver até o final dessa década Nina eu e por conta a missão da gerando falcões é transformar a pobreza da favela em peça de Museu assumidamente antes do Elon musk colonizar

Marte da hora que eu levanto da cama até a hora que eu vou dormir com o time da gerando falcões quem trabalha para isso esse é o nosso sonho Muita gente me disse que é uma batalha em Glória mas é muito melhor lutar por aquelas coisas que parecem impossíveis na vida você também tem sonhos impossíveis e por conta desse projeto desse sonho a gente começou um projeto que eu posso falar mais depois chamado favela 3D em São José do Rio Preto 3D digital digna e desenvolvida para gente causar uma transformação sistêmica no território interromper o

ciclo de pobreza naquela favela e oferecer para o Brasil uma tecnologia viável e escalável em combate à pobreza não passar uma demão não a fingir que tá fazendo mas reconstruir a experiência de vida do cidadão em paz em empresas como agência tellus contratada que sente o que a pro bono Mas o que eu quero te contar é que eu fui para Medellín Nina e me dele foi a cidade mais violenta do mundo é cartel de cali a Cartel de Medellín Pablo Escobar toque de recolher 18 horas corrupção crônica instalado dentro do sistema público Oi e

o povo de medo ele entendeu que eles haviam chegado literalmente no fundo do poço que eles se juntaram e construíram um acordo social de onde eles queriam chegar e tem uma frase que eles dizem lá que me marcou muito menina que lhe disseram assim a gente pode até estar em desacordo na solução Mas a gente não pode estar em desacordo no problema que a gente quer resolver no Brasil a gente ainda não sabe quais são os problemas que a gente quer resolver fim Érica por favor traseira do taquei hoje com você boa noite a pergunta

é justamente fazer uma pergunta que é combina como você tava dizendo aí no fim da sua resposta a nela você tá falando do projeto né que vocês conversaram do favela 3D não tem problema estrutural na em Medellín é o tem o fato de que o Brasil um jovem talentoso como você está à frente de um projeto desse a resolver problemas como nublado favela 3D um dos três vezes é dignidade né as pessoas não têm saneamento básico tô morrendo de fome no meio da Academia porque não tem comida não tem emprego tem a gente é uma

sociedade que fracassou e a gente devia para que esse seu projeto de frutos aqui para gente conseguiu chegar esse acordo que você diz necessário em relação ao qual o problema que a gente tem que resolver é preciso A partir dessa Auto crítica de que fracassamos temos um problema tem é possível e em frente sem que você tenha só consciência primeiro e você vai para a sociedade brasileira acordando para isso era que a gente tem que transformar um fracasso social num Grande Desafio coletivo e a gente fracasso literalmente os dados que a Nina colocou aqui é

de um fracasso social por falta de um planejamento por falta de liderança de pragmatismo de ter a sociedade voltada para uma grande agenda eu vejo a sociedade reanimando a mais o que ainda falta para filantropia brasileira para o sistema político brasileiro para o PSG que tá nascendo aí que é uma grande oportunidade é uma visão de longo prazo porque não tem fast-food social Érica a matéria que você escreveu é muito poderosa Ela traz Exatamente isso o quanto a história se repete Quem nasce em famílias que não tiveram educação acesso à educação e isso vai se

repetindo a vida inteira horas ou SDS diz que se você nasce pobre favelado muito pobre o seu a margem o arco de tempo para você varar essa pobreza é enorme gerações é muito tempo nove gerações isso aparecem inimaginável a distância em a favela em Poá até a Faria Lima é geograficamente são algo em torno de 50 km Mas a distância social são novas gerações Então o que a gente precisa Como o povo brasileiro é construiu uma agenda de longo prazo e Qualquer que seja o prefeito o governante o presidente ou os ministros eles precisam trabalhar

para entregar essa expectativa para a sociedade tendo a iniciativa privada as academias as ONGs a mídia toda uma sociedade voltada para solucionar Ice certo até por favor do Boa noite primeiramente Parabéns pelo seu trabalho todo né tudo que você já fez que ainda vai fazer queria pegar um gancho daquilo que você falou sobre as duas narrativas a gente tentar construir uma só ok bem entre as duas narrativas que agente conviveu um ano tá história da economia com a saúde com o corrigir né já terminando o Março agora com o primeiro trimestre em termos de Economia

caindo parecer um PIB negativo o meu motos a por dia o que me dá a entender que ganha nós não ganhamos mas se não se não é o pior cenário não deve ser muito pior o pior cenário do que a gente vive hoje como na qual seria a única narrativa que a gente poderia criar é qual você imaginaria que teria sido ou poderia ser a melhor solução para gente sabendo que Metade das pessoas que moram em comunidades em favelas são autônomas é precisam sair para ganhar o pão de todo dia ao mesmo tempo se exigem

delas uma série de cuidados onde eu não sei quer tem água potável saneamento básico como é que a gente constrói uma única narrativa nesse assunto saindo de urgente saio esse é um ângulo sensível Teco em e muito relevante não tem economia sem vida até economia tem que ter vida as pessoas precisam viver e o ângulo que é o angulo que protege as vidas é Ciência vacina o auxílio emergencial esse é os três pontos que consegue sustentar e fazer a gente e para um outro lugar ciência vacina e renda certo com isso a gente fecha esse

primeiro bloco vai para um breve intervalo e volta viajar com a entrevista com Edu Lyra não sai daí estamos de volta com a entrevista com o fundador e CEO da gerando falcões Edu Lyra Edu você falava do projeto favela 3D né teve uma reportagem Grande hoje no valor econômico de capa mostrando o que é esse projeto piloto que Primeiro vai ser implantado numa invasão que virou favela na cidade de São José do Rio Preto e você falava que ser um projeto escalável porque ele tem contém ali em si tudo que é necessário só precisa ganhar

dimensão eu queria a taça um pouquinho Como se dá ao financiamento desse projeto e como vai se dar a gestão desses recursos E como você imagina que ele seria aplicável e em comunidade por exemplo como Heliópolis aqui em São Paulo e na Rocinha no Rio de Janeiro Érica falando do acordo nós juntamos a o governo local a prefeitura local de São José do Rio Preto o Governo do Estado de São Paulo aqui sente vitelos As Valquírias que é uma uma que faz parte da rede gerando falcões lá no território a iniciativa privada e sobretudo a

comunidade que vem uma luta histórica com seu bem vindo para ser um vida e ser atendida dado isso mas passamos muitas horas com criando soluções nós chegamos numa Mandala tem 9 pontos de transformação social porque não tem uma bala de prata para resolver o problema da pobreza só transferir renda não é suficiente Então passa por habitação passa por Saul a primeira infância educação Esporte cultura e lazer empoderamento feminino cultura de paz e por aí vai nós passamos últimos seis meses que eu queria nesse projeto e agora a gente parte para execução momento que nós estamos

é de captar recursos para conseguir aplicar as tecnologias temos já o sinal verde de Jorge Paulo lemann que é um grande apoiador o próprio Guilherme benchimol a entre outros investidores e a partir dos próximos meses durante três anos consecutivos nós vamos testar prototipar errar acertar e construir essa tecnologia para interromper o ciclo de pobreza esse piloto funciona para favelas com até 500 habitantes a Morro do Alemão Rocinha é um programa número 2 de soluções que a gente vai prototipar mas o dado concreto é que o maior número de favelas ele tá concentrado quase que oitenta

por cento o que nas favelas essas pequenas invasões a gente encontrar uma solução para esse problema a gente consegue encontrar uma solução para quase oitenta por cento das favelas do Brasil Então esse é o esforço era de não só passar uma demão mas construiu uma tecnologia de transformação sistêmica a gente quer terminando aqui Vera aplicar o que existe de última geração nas melhores das melhores Tecnologias para que essa seja a última geração a nascer numa favela miserável com casa construindo de longe de lonas e mandar é a pobreza para o espaço Milão mas QE Está

se preparando para ir para mágico nos ares planeta não faz sentido esse cara chega lá fazer shoppings estradas mas quando a gente não em direção a uma solução para pobreza não faz o menor sentido então a sociedade tem que encarar isso e parar de achar que favela é um problema além das nossas competências a gente consegue é só fazer um acordo trabalhar duro no longo prazo testando errando e tem investidores que tenham coragem de tomar risco investir naquilo que a gente chama de ciência de foguete para combater pobreza vamos ver se vai quem vem para

cá para ajudar não fala comigo desculpa você falou se você citou o nome de dois empresários muito conhecidos muito famosos aqui no Brasil que estão te ajudando Eu imagino que as pessoas é mais mais pobres elas são generosos por natureza né quem tem o feijão hoje alimenta você amanhã se eu não tenho alguém me alimenta é o que falta para essa grande classe média alta classe média e classe média baixa do ar do a mais ser doador e você falou que tem um problema de filantropia que você quer aumentar a filantropia entre os mais ricos

falta incentivo falta incentivo do governo a gente poderia criar alguma coisa que fizesse isso ser a mais interessante se não fosse mais simples eu brigo que eu tô sempre o dinheiro para o Jorge Val que quando eu ligo para eles atende o celular assim enquanto que o Edu vai me levar não é suficiente mas a mudança do Brasil também Teco não pode depender de 10 bolsos das famílias que mais do que são conhecidas por isso família Setubal o lema Diniz e etc tem que ter mais gente os que podem doar mais doando mais porque tem

uma elite muito engajada no Brasil não poderia citar o nome de vários Daniel castanho Pedro Bueno Flávio Augusto da Silva é Ruben de mim hoje em matar são todos os investidores o trabalho que seu melhor não tá fazendo na filantropia ele tá deixando um legado para o país agora tem uma outra Elite que a gente tem que reconhecer que tá escondida de que ninguém sabe onde tá em Miami onde então ninguém acessa não dentro de uma redoma e isso é muito prejudicial para o país porque as pessoas vão ficando distante as suas bolhas na favela

distante aqui a gente não conversa tem gente que acha que que a pessoa é favelada porque é vagabunda E aí não muda de vida e fica essa dicotomia a saída que a gente derrubar Muros e construir pontes a saída o meu ponto de vista é o que eu me dedico todo dia é derrubar os muros que nos dividem e construir ponte de alugar quando a gente dialoga a gente encontra oportunidades em comuns para gente trabalhar junto Foi por isso concluindo aqui que nós já levamos família Diniz cinema lembra me mandou para Harvard para fazer um

curso de uma semana e eu levei ele para favela mais de quatro vezes então essa troca Vera de vocês juntar as pessoas e levar para favela para comer a comida da minha mãe para ver como que é a vida real é o que sensibiliza e consegue é causar uma transformação agora eu acho que além da Elite a gente tem que descobrir uma forma de conquistar o coração dos políticos e colocar os realmente para trabalhar favor o Ato é o suco canina é só pegando carona na pergunta do teku é falando sobre as Startup é e

considerando a representatividade que eles têm na economia o impacto rápido que eles conseguem causar renda que podem gerar e o fato de que são negócios que valem Bilhões de Dólares aí qual é a responsabilidade destes fundadores e de suas empresas no cenário atual e também no que você tá tentando fazer em termos de transformar a favela acho que tem muita oportunidade é tendo a favela como protagonista encontrando sócios lá na favela de colocar a tecnologia nesses territórios a favela ainda não tá plataformização o conectada por plataformas que a gente consegue primeiro vencer o GAP da

digitalização que é uma coisa que a gente tem uma agenda na gerando falcões e levar a bolsa digital para todo mundo estudar É nesse momento tão delicado as crianças dentro do barraco no celular estudando E se a gente consegue vencer o GAP da digitalização e colocar plataformas dentro da favela você é você acelera a potência da favela para conseguir vender no e-comerce para transformar esse talento em renda porque um dos Desafios gigantescos da favela é aumentar em quatro cinco seis sem vezes a renda do morador de favela Então as Startup eu acho que essa é

a vitória que a gente tem que travar a gente os negócios nascem na Faria Lima Mas eles têm que estar conectado com a ponta para sentir o cheiro não só para pesquisa Mas na vida real e quando esses empreendedores que são excepcionais isso é muito poderoso do Brasil mas quando ele se conectam com a ponta isso pode ser uma explosão de transformação social acredito muito de menina que a pedido a Edna é você na outra fala você terminou falando sobre sensibilizar políticos citou algumas famílias e ele sabe que muitas dessas famílias elas ditam política no

Brasil né então é um ecossistema todo coligado e um detalhe abastecendo o outro como a gente faz a responsabilidade né só responsabilidade social e o entendimento que políticas públicas devem ser feitas sem fazer a tributação de grandes riquezas e também não inserir na economia brasileira de mais continuidade a renda básica Universal Mega que eu acredito que você seja a favor dessas medidas Claro tem um problema ético que tem que ser resolvida No Brasil se um grande empresário pede pede uma agenda um ministro com quem for naturalmente ele é recebido por quê poder econômico também representa

poder político se não fazer lado Pede uma agenda como autoridade dificilmente ele vai ser atendido Então o que existe aí é ético então tem uma transformação que a história da favela 3 e que a gente fala que é estética mas sobretudo uma transformação ética que a gente tem que fazer mas o que eu vejo nem na cada vez a gente como sociedade você e o Jeff a gente tá conseguindo ampliar nossa voz ficar por exemplo gerando falcões é uma rede com 300 favelas Estamos chegando em mil isso te dar uma voz e uma capacidade de

interlocução maior eu tenho uma autocrítica a minha liderança linda e a minha autocrítica é que eu fiquei dez anos focado na favela e na gerando falcões voltamos gestão tecnologia área de dados os melhores profissionais da favela com os melhores profissionais do centro um negócio de primeira liga do empreendedorismo Mas as coisas aconteceram no Congresso as coisas aconteceram no governo eu não tenho vocação alguma política mas a gerando falcões e a nossa rede e muitas outras podem influenciar o públicas para transformar a vida do cidadão que tá na ponta Então isso é um reposicionamento que eu

quero liderar na geração em relação as duas coisas que ela pergunta você não respondeu nem se você é a favor da taxação de grandes fortunas e nem se você acha que tem que ser implantado um problema de renda básica da Cidadania ainda básica seguramente eu acho que é uma coisa que tá aí não tem como fugir e sobre as grandes fortunas naturalmente tem que ter uma grande discussão com a sociedade que a gente também não pode perder os empresários sair tudo fugir daqui mas dentro do equilíbrio e o que vai gerar impacto na ponta eu

sou super a favor e dor é você sempre fala que falou aqui inclusive já que sua mãe foi o grande pelo ar da sua vida né a pessoa te fez acreditar que não importava de onde você vinha mais para onde você estava olhando para onde você queria chegar e não sua primeira resposta ao Jefferson falou que nem todo nem toda criança jovem brasileiro tem essa sorte Ah e assim os dados do Brasil na verdade mostram que nem os professores dos alunos brasileiros escola pública acreditam que eles podem chegar muito longe eu tava olhando recapitulando aqui

dados por exemplo da Prova Brasil que tem um questionário para professores usados dois em 2017 se você perguntar se os professores alunos 9º ano do Ensino Fundamental eles achavam que seus alunos e um completar o ensino médio nono ele já tava no nodo fundamental 61 por cento acreditavam que todos completariam quarenta por cento não Quando Você perguntava para ele se eles achavam que aqueles valores Riam que a universidade é só oito por sem alto achavam que todos riam para a universidade é como mudar essa realidade né porque assim a gente tá falando aqui de fome

de captação de recursos de infraestrutura e um problema da educação assim como que você veio principalmente a academia que as igualdades Educacional certamente aumentou Érica se a crise do convite terminasse hoje a gente não voltaria do lugar onde a gente para o começou em 2020 a gente voltaria pelo menos uns 20 degraus abaixo Então as crianças de classe média a conseguir estudar durante a crise as crianças mais pobres não estudaram então isso no futuro a gente vai colher consequências desastrosas a da falta da tecnologia da informação do conhecimento chegar na ponta agora a gente já

passou por um lugar aqui de falar de vencer o GAP da exclusão digital Eu acho que isso é fundamental no Brasil a gente precisa fazer um esforço de cada vez mais tornar a escola Atrativa derreter esse sal e sobretudo quando há as aulas forem retomada Infelizmente vai ter uma evasão escolar ainda maior no Brasil e a gente precisa ir atrás esses jovens construir tecnologia de diálogo para ir atrás e fazemos voltar para escola tem organizações a como Todos Pela Educação fazendo trabalhos incríveis e tentando influenciar a também é políticas públicas e um país que quer

chegar um lugar maior precisa ter um plano de educação a transformador aí tudo volta no planejamento social por longo prazo para fazer com que esse esse quadro que você pintou é possa ser diferente no futuro mas como fazer esses professores acreditarem em seus valores EA sociedade acreditar você tem contato com jovens o tempo todo né você fala bastante dele como seus ver nesse momento seus veio com motivação com a motivação que você tinha Érica sobe a experiência que a gente tem na gerando falcões é que tudo e com liderança então quando a gente vai implementar

um processo de transformação numa favela a gente encontra o líder abre o edital Nacional encontra o líder capacita essa liderança treinar desenvolve as habilidades através da Falcon que a nossa universidade e quando essa liderança tá capacitada tá pronta ela muito um time e ela consegue transformar aquele território Eu acredito muito na importância da figura do diretor da Escola como esse ponto de transformação de engajamento de uma escola consiga acolher a vocação desse jovem porque eu nunca ser rapper outro quer ser esqueitista outro quer ser o próximo gêmeo e essa escola ela precisa acolher essa vocação

ela precisa acelerar essa vocação e precisa fazer com que esse conhecimento que ele adquiriu de alguma forma ajude ele gerar renda para tirar ele desse Abismo social Então tem um é da escola tem tanto dos parceiros que estão conectados nessa escola para acelerar esse a potência dos jovens e fazer ele conseguir ser inserido no mercado de trabalho gerar renda os tornar um empreendedor foi a gente tá na matemática de jovens e creio que a gerando Falcão tem muito braços parceiros e alguns anos atrás vocês é tomar a iniciativa de criar o comitê digital como nomes

do mercado da comunicação ungaretti alguns anos esse esse projeto está tá na pista é eu queria estar com o nome do Conde Dantas né da Kondzilla que é um dos nomes que estão ali que seus se impõe como um dos grandes comunicadores para o público jovem em favela e é o que a gente tem tem pautado queria saber como é que tá a tua atual situação do comitê e o que que tiveram de desenvolvimento ao longo desses anos já que tenhamos um grande nome como você eu também como o conde nos cometer legal a gente

criou o comitê DF porque primeiro e com desafios de favela é muito complexo e a gente precisa juntar o quanto mais possível de conhecimento para aplicar como a gente diesel reforços ciência de foguete para combater pobreza que é o que tem de mais de ponta na sociedade então a gente colocou é como interno o próprio Conde entre muitas outras pessoas influências como a Chantal o André Barros e a gente tem uma agenda a praticamente trimestral de diálogo para construir tanto campanhas publicitárias e uma das coisas mais legais que nasceram há foi o sextou que o

sextou sexta feira é dia de se estar a gente trocou o s de sexta-feira para você de cesta básica digital isso viralizou de uma forma assim gigantesca no Brasil e as pessoas nesta sexta nas sextas-feiras ela um dou elas dão uma cesta básica digital e por conta desse comitê de a gente conseguiu a transformação digital dentro da gerando falcões desde implementar a tecnologia desde construir uma área de dados e passasse uma o NG orientada a dados para conseguir tomar as melhores decisões na favela tendo mais pobre como esse objeto de transformação e tudo isso nasceu

a partir desse comitê por isso que eu acredito que a melhor forma de produzir Impacto é quando a gente constrói junto você tem uma palavra que se usa muito que é pragmatismo e realmente todas as suas iniciativas todas as suas falas elas tem essa conotação você sempre tá pensando o quê que pode ser feito de concreto O que que você pode construir em termos efetivos isso por outro lado faz com que você não entre muito em bolas divididas na política não vi em toda a pesquisa que eu fiz para essa entrevista é uma grande crítica

a sua o Governo Federal como outras lideranças populares fazem isso é proposital isso é premeditado vai ter um momento em que você vai se posicionar é mais efetivamente a respeito da política ou você acha que o seu papel não é esse o seu papel é de construir essas porras o meu papel é ser-se ou da gerando falcões entregar esse plano que eu tenho a gente acorda e dorme para transformar pobreza da favela em peça de museu é para isso que eu vivo todos os dias as empreendedor social para mim é como ser um atleta Olímpico

e o que a gente quer o ouro e ouro chegar lá a entregar as nossas metas dado isso como cidadão eu tenho críticas ao governo aos governos sobretudo na gestão dessa crise EA crítica fundamental é que a gente tem que ter uma parada na ciência a gente precisa vacinar a população com o velocidade e a gente precisa de fazer ajuda emergencial chegar na ponta com máximo de velocidade possível a colocado isso eu acho que os governos tem que refletir sobre isso porque os governos o salão Vera de uma forma retumbante na construção desse acordo é

muita bateção de cabeça é muita briga e se coloca à sociedade no mundo inteiro o meu cuidado é no lugar de não polarizar aquilo que a gente precisa fazer agora que a cesta básica digital quer entregar comida na ponta então o único ponto é a gente tem que proteger a renda EA comida porque se a gente pô Larissa até a cesta básica digital e a pessoa falar eu não vou doar porque esse cara não é de direito a não vou do lado que está no meio de esquerda a gente entra um lugar onde as pessoas

vão morrer ainda mais a temos 300 mil morte a gente tem que proteger a favela e o meu lugar é o lugar de defender a favela certo tem uns Castro a última fazer assim eu queria aproveitar que a Vera trouxe essa questão política e tentar verificar contigo a possibilidade de como que une essas 300 favelas que não consigo nem imaginar Quantos milhões de pessoas você consegue unir nessa o e trabalha educação política para esses espaços porque para não ter essa confusão que nós estamos tendo agora se nós fossemos preparados né como educação política e no

entendimento que não tem que se formalizar que tem que se criar políticas públicas simples um estado que te trago o Bem estar Social isso nada quer dizer que é esquerdista ou não então como trazer sem polarizar como trazer essa educação política para dentro dessas 300 favelas que certamente isso pode mudar o futuro do Brasil você pode mudar o futuro do Brasil daqui a dez anos a Nina Às vezes a pessoa está numa situação você sabe bem disso de tanta virar habilidade social de tanto a abandono que o que é mais fácil naquele momento até difícil

falar mas é vender o voto por um gás o que ela não tem como gerar renda às vezes ela vai gerar renda com o que ela tem ali naquele momento que a moto então o problema do Brasil ele começa muito lá embaixo quando o Brasil aplica a injustiça social e deixa essas pessoas refém é como se a desigualdade social ela sequestrasse as pessoas sequestrasse até a capacidade de raciocinar muitas vezes ela fica numa situação de tanta vulnerabilidade que ela tá expostas quando a gente faz esse trabalho sistêmico você começa É como se você tivesse uma

missão de resgatar essa pessoa de tirar ela das garras do sequestrador que a desigualdade você vai resgatar e vai dando dignidade autoestima e vai desenvolver a habilidade da danço e quando você põe um violino nos braços de um jovem mudou sem poderoso ele quando ele tem acesso a conectividade ver uma aula sua no YouTube mudou porque a mente dei abriu então todo esse processo vai trazendo a dignidade para pessoa com as habilidades de cidadania e aí ela vai conseguir fazer as suas próprias escolhas pensando aonde é o melhor lugar para ela chegar então eu entendo

isso como um processo que a gente tem que fazer e talvez a chegada final desse processo é inclusive com a capacidade de volto muito maior com isso a gente encerra Então esse nosso segundo bloco vai para mais um breve intervalo e volta já o Roda Viva com ele liga e E aí nós estamos de volta com Roda Viva com Edu Lyra da gerando falcões e do você falava da iniciativa Corona no paredão vocês fizeram uma primeira edição dessa aquela proposta de distribuição de cestas básicas digitais da gerando falcões e da sua rede de organizações conveniadas

eu queria saber como funciona essa engenharia como vocês definiriam que esse era o melhor meio de dar autonomia financeira para essas famílias e qual balanço você dizia que antes de começar o problema que vocês tiveram um balanço já dessa segunda fase queria que você dissesse em primeira mão aqui para gente como é que tá a gente chegou hoje em cinco milhões de arrecadação O que é um arco porque como eu disse a generosidade estava sem oxigênio o que a gente faz a gente tem que milhões no total contando a fase do ano passado é essa

ou só agora nessa segunda fase eu não posso falar nós arrecadamos 25 milhões de reais e alimentamos quase meio milhão de pessoas durante às vezes Então nesse período a gente conseguiu já arrecadar cinco milhões de reais estamos tendo a participação de muitas empresas e a escolha que a gente fez Vera foi através das cestas básicas digital Então a nossa rede de ONGs espalhada em todo o Brasil matei as famílias por ordem de vulnerabilidade social entrega um cartão vale alimentação na mão da chefe da família e a gente faz uma recarga nesse ano o valor de

r$ 150 com esse recurso ela consegue comprar do pequeno lá dentro da comunidade então Além de ela trata ver o pão de cada dia para dentro de casa ela aquece a economia na favela e protege os empregos então você consegue mexer com toda aquela realidade local por conta dessa doação a o que a gente tem feito com as empresas A Estratégia do mete as empresas convoca os seus os seus funcionários para doar e para cada real o funcionário põe a empresa bota mais um tenho muitas empresas entraram como Gerdau XP E tantas outras e hoje

eu nós recebemos uma doação curiosa de que Rua Jorge Paulo disse que se eu conseguir uma doação em escala de 500 mil reais a nossa plataforma digital ele dobra e coloca mais 500 mil reais ao meio milhão Então aproveita e já fala como as pessoas que não usa pessoas fazem essa do céu Vamo pro vamos pôr a mão no bolso formam não gosta então acesse gerando falcões pontocom e me ajude a chegar em 500 mil reais para o Jorge Paulo botar mais meio milhão e a gente fazer essa ajuda chegar na ponta numa velocidade Grande

para salvar as vidas no WhatsApp eu tenho uma pergunta um carinho que você acha que você fala bastante né na sua sala sobre a gerando falcões foi aprender a parte de gestão né que quando você com meu celular tem um milhão tem dois milhões agora eu e para perder né se eu não souber o que fazer como administrar essa rede como que foi esse para sair ao seu eu tô te perguntando isso porque eu Brasil tem um terceiro setor grande né assim o que que você aprendeu que acha que pode servir de aprendizado para outras

organizações é legal você explica também no caso das doações como funciona a toda a coisa da certificação e da prestação de contas Porque isso é uma coisa que por exemplo o bolsonarista tentou incutir né que as ONGs eram antros que eram só quatro Então esse é importante de dizer também uma carona os casos os casos de corrupção nesse nessa crise não vieram das honras em eram do poder público e curiosamente ações conseguiram chegar inclusive antes do Governo na vida das pessoas mais pobres mostrando transparência capacidade de execução e capacidade de entrega então Érica te respondendo

a quando a gente ama e completa 10 anos escolha gerando falcões começou a crescer eu não lhe dava com dinheiro a Nina Líder muito com esse tema e de repente a gente começou a crescer crescer eu falei vou quebrar a e eu não sei fazer esse negócio aqui eu não sou gestor só empreendedor entendeu o clima e não necessariamente ele consegue gerir aquele dia a dia e aí eu fui conversar com as pessoas e perguntar quem faz isso bem que é bom ingestão e as pessoas foram bom do bombom no Brasil a Ambev um benchmark

é muito boa e aí eu fui atrás deles e Eu me encontrei com Bernardo pai você hoje falou que ia uma doação ele imaginou que era dinheiro eu falei eu quero que vocês me doem o Real conhecimento abre a caixa de ferramenta em dois para mim e nós passamos mais seis meses e implementando gestão dentro da gerando falcões mas é desde todo mundo ter cinco metros anual plano de carreira gestão à vista somos auditados pela KPMG mas não parou aí é a gente entende que para resolver os problemas da favela a gente tem que ter

a ambição de se tornar aonde mais inovadora do planeta na construção de soluções para combater a pobreza na favela então aí é muito inovação para construir isso significa que setenta por cento do que a gente faz a gente comunica pelo mercado trinta por cento fica dentro do nosso laboratório secreto de inovação aonde a gente está testando tá explodindo alguns foguete está errando mas está aprendendo muito para aplicar ciência de foguete e vencer a pobreza nessa favela e todas as ações Érica que fazem parte da rede gerando falcões eles participam desse processo também então são capacitados

para gerir funciou tudo que o senhor da Amazon ou da XP ou da anima faz esses líderes nas favelas também fazem cuidam de dinheiro cuidam de equipe monta um time desdobro metas Capitão recurso aplicam transparência só que o objetivo final da ONG não é o lucro com lucro da onde e não tem problema nenhum ter lucro mas o lucro da onde é o impacto social na ponta eu tenho uma pergunta sobre gestão é grandes empresas Elas têm se é formado em alguma medida seja por pressão dos investidores da sociedade ou em certa medida do terceiro

setor você acha que entrar em contato com a desigualdade que sempre aqui no Brasil pode levar uma reflexão por Parte dessas empresas sobre prefeitos aí muito inculcados como a meritocracia por exemplo eu acho que enquanto você não tem igualdade oportunidade a meritocracia não é real no Brasil porque as pessoas partem que lugares muito diferentes e às vezes partem tomado café da manhã jantado com academia e etc e alguém parte Sem café da manhã sem nada então isso é muito desproporcional o contato com a ponta é fundamental nesse processo E aí você me traz uma chance

Angélica de falar de que isso é uma oportunidade também inclui S dir me falado hoje necessário pode ser uma janela e transformação mas o SG tem que ser uma tecnologia que chega na ponta que transforma as vidas lá e tem que ser desdobrado metas Nina para inserção de negros no mercado de trabalho tem que ser desdobrado meta senão a gente fica muito lugar de uma peça publicitária sem algo efetivo e real Então quando você tem o contato com a ponta contato com empreendedores como eu Nina DF tantos outros no Brasil fazem trabalhos incríveis isso cria

uma sensibilidade e faz esses empreendedores descobrir oportunidade de produzir Impacto E aí o empreendedor social da ponta conectado o empreendedor da Faria Lima trabalhando em conjunto baseado num propósito com uma bússola de princípios e valores quer fazer aquela tecnologia chegar nos mais pobres entre os pobres pode ser uma alavancagem para o Brasil mas você acha necessário romper com essa mentalidade de que basta querer para chegar lá só querendo O que que tem oportunidade Então a gente vai ficar numa discussão eterna e se não vai se tornar real tem que ir por isso que eu digo

só querendo um basta a minha história é uma história de exceção da exceção da exceção alguns outros que chegaram lá também exceção e quanto mais o empresário tiver contato com outro cedo sem dúvidas esse só querer vai diminuindo ele vai entendendo qualquer a realidade social em uma coisa que vocês três tem em comum que é essa mentalidade de empreendedor vocês dois não se furtam a ser chamado de seus das próprias organizações vocês estão discutindo a educação financeira para Ponta para quebrada isso desde o início foi aceito onde você passou ficava uma coisa nesse menino nesse

papinho esse papinho corporativo aqui para cima da gente tem que quebrar algum vence algum preconceito para implementar esse linguajar e essa engenharia dentro das Comunidades eu acho que muita coisa nova e é por exemplo gestão em ONGs não é uma coisa tão comum e com atualizado é uma coisa que você vai construindo Mas você consegue quebrar um pouco essa resistência Vera quando dá resultado Quando nós vamos começar em fomos implementar gestão dentro da gerando falcões eu tive existência tendo um vai fazer isso não vai se juntar com essa porque esse povo aí não sei o

que confia nele sendo muito foi difícil e como líder eu me posicionei e disse gente eu tô aqui eu preciso liderar e vamos testar Você não pode dizer que uma coisa não funciona onde que você teste você precisa prestar você precisa experimentar a gente implementou o sistema de gestão Vera já está concluída Nos últimos quatro meses do ano nesses quatro meses nós produzimos o dobro do que a gente havia produzido no ano inteirinho nos meses anteriores e aí tudo time entendeu E tu um isso funciona cara eu falei claro que funciona e o que a

gente faz hoje Vera é colocar todo esse conhecimento todo esse conhecimento na nossa uma caixa de ferramenta e democratizar porque muito desse conhecimento Vera ele ficava concentrado no metro quadrado mais rico do Brasil na Faria Lima Então mais hackeamos o sistema a gente colocou nessa caixa com essa caixa de ferramenta e criamos a universidade e abrimos isso para todas as favelas o Brasil e isso no tempo porque é tempo repita uma mensagem no tempo isso seguramente vai causar uma revolução social o elemento culpa é têm acho que tem dois dogmas aqui das pessoas que acho

que talvez fosse legal você tentar quebrá-los né A primeira é que às vezes eu acho que do ano pouco dinheiro não faz diferença eu tentei me conta aqui de quantas pessoas você alimentou mas achei que era mais fácil você responder assim para quem está nos vendo seu do a 50 sem reais quanto de dinheiro alimenta quantas pessoas por quanto tempo é outra coisa também que tem as pessoas às vezes não sei onde vai parar esse dinheiro ou eu confiro medo mas o dedo vai dar para alguém que vai lá para uma favela em tal lugar

que eu não sei como é que vai selecionar as pessoas não sei se esse medo é fundamentado mas as pessoas têm isso e pegando um pouco que a Vera falou ali no começo né de tempos em tempos a gente tem uma narrativa e se escolhe uns vilões que fizeram alguma coisa errada ou deu errado ou fraude coloca-se todo mundo dentro e ações passaram por isso diz que de dois anos para cá queria saber se talvez com você não mas sempre pessoas que você conhece que tem um homem a situação ficou mais difícil porque agora o

cara tem que dar explicações à tem que provar que é correto e bem intencionado certo eu nesse ambiente da Faria Lima um outsider não pode lá sim eu entendi que não foi fácil foi duro com muita persistência muita luta muito não então você foi fui varando o bloqueio nada fácil porém possível mas nada fácil hoje você já tem um já tem um cardápio para mostrar o que seja fez isso ajuda muito né as pessoas podem discutir qualquer coisa mas eu não discutiu que você já entregou total é o resultado E esse universo tem os seus

códigos Mas o importante DF tá aqui a Nina também é que a gente não deixou de ser o que nós somos Ok então deixa eu não me vestir novamente de outra forma do que eu não sou para ser aceita eu foi isso essa é minha verdade é o que eu tenho história magnífica que eu conto que é o seguinte eu tava em Harvard Vera um consumo igual da Brasil Brasil conferir se der um jantar para o Jorge Paulo e chamaram orbost e me chamaram E aí eu fui foi assim cheguei lá a tal daqui a

pouco foi me apresentar o buffet que acho que é o segundo ou terceiro mais rico do planeta uma coisa assim e meu inglês péssimo E aí eu fui pedir para conversar com ele ray-ban eu fui tira errar eu mas nem nem dormir eu mandei me zoar bufina esfregaço mucho E aí foi acabando vocabulário aqui eu não sabia pedir fã dinheiro ainda aí eu falei meu vô pediu para tirar uma foto com o buffet E aí eu fiquei um pouquinho nervoso com o inglês ao invés do fala para ele boa eu fiquei muito aí capicho eu

olhei para o cara mais um dos mais ricos do mundo falei Boost que ele tem que achar hour Ou seja você quer tomar banho comigo infelizmente ele não trocou seria demais nesse folclore mas de respondendo existe um poder de muitos de poucos vamos muito isso conta muito mais um poder de muitos lá no pouco então lá no site a pessoa duas r$ 50 que é uma bolsa digital a gente soma com mais três doação hoje r$ 150 um cartão vale alimentação da sua família e ela consegue fazer as suas compras r$ 150 realmente r$ 150

é a recarga durante dois meses que a gente vai para mais um breve intervalo volto com a Nina que ela não perguntou nesse bloco até já é E aí E aí [Música] nós estamos de volta para o quarto bloco da entrevista com Edu Lyra e a pergunta agora é da Nina Silva bom e do no último bloco você falou sobre essa Judy né Tem pessoas que não sabe o que é mas meio ambiente sociedade e governança trazendo aí as empresas podendo causar Impacto e ter controle nessas áreas para serem bater em aí um rendimento no

mercado 10 melhores vistas tendo essa incentivos a maioria dos parceiros de vocês também trabalham com a questão de incentivo fiscal Pelo que eu vi também no site e algumas reportagens suas e é um meio do meu também de como que a gente não cai no círculo vicioso né de estarmos dando muita das vezes benefícios para essas empresas tanto no incentivo fiscal quanto mediático de reputação e acabarmos fazendo parcerias com empresas que estão trazendo mais força social no seu dia a dia no final do mês o tribuição para gerando falcões mas durante todo mês eu continuo

contribuindo para o aumento das desigualdades sociais como que é esse cuidado dentro da gerando eu acho que a gente tem um desafio muito grande Nina de construir uma educação social também dentro das empresas é o que a gente precisa é entrar lá dentro uma vez que a gente entra e consegue construir relações com pessoas genuinamente bem intencionados se consegue fazer essa comunicação pedagógica de mostrando que dá para ser muito mais porque um canhão dessas empresas é gigante a capacidade de transformação é gigante e às vezes a gente não consegue extrair o pleno potencial então a

gente fala muito na gerando falcões em diversificar uma fonte são as leis de incentivo a gente tem vários parceiros é um projeto que chega na ponta que ajuda muito outros é também um dono da companhia tirando dinheiro do bolso e aplicando em filantropia dinheiro real dinheiro que a gente chama de dinheiro bom que não é o atrelado ao incentivo fiscal a outra são funcionários também do ano mas não só isso eles do ano também tempo Dona energia do ano conhecimento do ano tecnologias e conseguindo que a simbiose com as companhias eu acho que a gente

tá conseguindo avançar muito as pessoas e se lembra uma coisa que eu queria falar Vera adesiva o covid-19 ele colocou uma lente de aumento sobre os problemas do Brasil Então Antigamente você falar que alguém passava fome e parecia discurso de ativista que não sei o que se a pessoa tá forçando a barra hoje toda a população compreende que o Brasil é um dos mais iguais o planeta e que não dá para gente passar essa travessia achando que tá tudo bem cada um cuidando da sua vida porque senão esse planeta vai se tornar inviável isso é

um fato tanto Econômica em viável tanto mentalmente quanto socialmente E aí é a única solução vai ser realmente o almoço e colonizar Marte e a gente pega estão no celular né da transformação digital que tem coisa também que não dá para mais para negar Então tudo o que foi negado até hoje em relação ao racismo em relação à as pessoas morrendo de fome hoje às e a gente viu no caso no movimento né quando a gente viu a reação das pessoas após né um homicídio de Diante Floyd o mês antes a gente fazendo impactando vidas

pretas pessoas falavam Mas por que prima impacta qualquer vida um mês depois do que ocorreu podiam de sódio pessoas não Black Out The Blacklist Mary então o para mim E aí retornando como que a gente faz que isso seja continuo que essa dor de agora que as pessoas estão sentindo que tá mais sensível por conta das pessoas morrendo para o covid-19 como manter essa generosidade por mais tempo e não aprende que o mercado financeiro funciona muito com metas então esses momentos que são épicos O que são momentos de travessia eles têm que ser definido pelos

dobramento de metas tão ao que a empresa defende a causa da diversidade Maravilha quanto de dinheiro efetivo que ela vai investir em organizações que aceleram esse tema e quantos negro o que ela vai inserir dentro dos seus postos de trabalho nos próximos dez anos essas essa essa discussão pragmática de sentar na mesa e falar seu nós estamos aqui e vamos chegar aqui que é o que falta muitas vezes que o Brasil eu acho que isso pode acelerar muito cedo a gente fala muito sobre o jovem de favela e quando se fala de juventude na favela

a gente não pode deixar de falar sobre a trilha que move que movimento esses jovens que vou citar duas aqui o funk eo rap o funk com seu com suas Vertentes por exemplo funk ostentação mas também foi inconsciente outras é tem dado uma auto-estima ao longo dos anos tem movimentado o financeiramente socialmente e uma questão de auto-estima o rappi Sempre com sua missão de internacionais para frente em falar sobre essa desigualdade violência policial como para você esse impacta diretamente no gerando Falcão os falcões ou até na sua vida também e eu nos meus primeiros anos

eu não fui tão influenciado pelo hip hop ou pelo funk até que quando eu fundei a gerando falcões ali 22 23 anos o meu sócio social nós somos em três lemaestro Amanda e Mayara ele era rapper cantor de rap literalmente e ele me educou socialmente através do rap e as letras do rap foi João muito inclusive do que eu sou o que ele compunha e incrível que ele escrevi a nossa história de luta social através do hip-hop então na favela ou você é influenciado pelo esporte ou você é influenciado pela igreja ou você é influenciado

pelo rappi você é influenciado pelo creme em alguma estrada dessa aqui você você está a e um hip hop A música tem um papel fundamental porque eu queria trazer é que eu acho que a janela que tem aqui é da gente aproveitar o quanto mais for possível das e digitais como conduzir uma fez isso de uma forma extraordinária eu ia pegar meu celular que é o costume não é celular mas quando você tem um celular na mão você tem poder se você tem um celular conectado à Internet e uma conta numa plataforma digital você tem

poder Então isso que tá trazendo para favela na para nós é uma oportunidade monumental para a gente acender a nossa voz colocar as nossas pautas com pragmatismo e capacidade de execução e criar movimentos que façam transformações sistema que Deus você citou as outras ver tem que acabam disputando os corações e mentes dos jovens na favela e falou das igrejas foi no preto Zezé teve aqui ele Foi questionado a respeito ele foi olha muitas vezes essas igrejas antecipam Muitas dificuldades e elas são as primeiras a chegar e a prover esse benefício social que o estado não

consegue pro ver como que vocês atuam em parceria com as igrejas evangélicas ou com a Igreja Católica como que se dá eu queria é só pegar um gancho você não tem os livros você fala inclusive da importância da fé na vida do seu pai né Depois que ele saiu do presídio e eu também queria saber um pouco como você vê essa questão da religiosidade da superação de obstáculos só Érica e Vera o a favela é autogerenciada então na sua maioria o estado não está lá dentro então ela tem um outro código ela tem uma outra

governança ela tem um outro um outro procedimento então ausência do Estado cria muito muito problemas ele não tá lá não tá presente Isso é um problema gigantesco o Estado tem que entrar nas favelas levar os serviços dado isso acaba deixando muitos espaços para construção de facções criminosas quando a gente fala de facção criminosa maioria das facções nasceram dentro da casa do Estado aonde nos presentes simples lá dentro nascendo e daí a song Oi gente muito forte nisso e naturalmente as igrejas então quando alguém o Renato Meirelles fez uma pesquisa uma vez que me marcou muito

que ele falou que sobre o dízimo das igrejas que valia mais você investir em dízimo na igreja do que à época numa ação da Petrobras Petrobras porque quando você vai para igreja você tem ali a sua comunidade você chega machucado você acolhido você eventualmente arruma namorada na igreja você casa na igreja se você tiver dificuldade neste dão cesta básica e você vai conhecer um irmão que trabalha lá na Jordão que vai te arrumar um trampo que ele vai te colocar no mercado de trabalho sem contar que quando alguém tem uma overdose é por causa que

eles ligam então a igreja exerce um papel até de criar paz na comunidade e nesse momento que tá tendo crise o esgarçamento do pastor fala Calma que um milagre e a pessoa não sai para saquear para fazer bobeira porque ela tá tranquilo usada Então as igrejas exercem um papel muito relevante dentro das Comunidades e a gente atua em parceria com muitas delas e sim meu pai foi muito influenciado pela fé é a minha família pelas questões espirituais para ir largar o crime uma das drogas então que existia de acolhimento Ali era a igreja e nós

fomos muito bem acolhidos naquele momento a gente tem um cenário atual em que nove em cada dez ONGs brasileiras diminuíram as suas atividades ou fecharam Quais são as alternativas e modelos que você enxerga para fortalecer o terceiro setor na pandemia e aproximar O Grande público das ONGs Você tem o modelo de bazar que a gerando falcões adotou muito popular na em alguns países da Europa mas para Além disso O que que é possível fazer para colocar o sangue no dia a dia do brasileiro Angélica a gente testa muita coisa e a gente tem uma taxa

de mortalidade de 25 ou 30 porcento algumas coisas da muito certa como bazar que a gente brinca aqui a gente vai ser ar a Luiza Helena Trajano das favelas de as pessoas doam todo estoque de bem parados em casa a gente busca a gente processo a gente precifique a gente vende e todo o lucro social É reinvestido nos projetos sociais porque é uma leitura de que não dá dado desafio que a gente tem no Brasil a depender só de filantropia a gente vai ter que fabricar Nossa renda para entregar o nosso sonho isso é uma

coisa eu acho que a sombras cada vez que são testar mais uma outra frente que a gente está fazendo muita de cobrar em mim de por exemplo uma com Havaianas de trazer a cara da favela na havaiana e parte do que é vendido substancialmente é revestido nosso programa sociais através da gerando falcões com muitas empresas então fazer agora uma das coisas que eu acho que as ONGs têm que e a cada vez mais chefe é dessa transformação digital com a Nina falou muito aqui então a gente tem que conversar com a sociedade a gente tem

que engajar a sociedade através das plataformas sociais utilizando influências utilizando o efeito de rede de muitos falando sobre isso e na gerando falcões a gente tem as melhores pessoas envolvidas nisso de ampliar nossa presença digital de criar cada vez mais Eco e fazer as pessoas do ar há 23 dias atrás não tivemos 450/450 r$ 1000 doado na nossa plataforma é um dinheiro super considerável para fazer ajuda chegar na ponta com velocidade quando não existir aí você dependia de ficar ligando para 5 mil pessoas pedindo dinheiro tem um clique através do seu Instagram e Twitter o

impediu que for você consegue engajar uma porcentagem muito maior de gente aí tem uma frase ainda Madre Teresa de Calcutá porque tem que ter as duas pontas aí tem que ter as ONGs aqui mobilizam e tem que ter O doador e uma frase da Madre Teresa de Calcutá que diz as mãos que dão são mais sagradas do que os lábios que rezam as pessoas decisão do ar mesmo que seja pouco como teku falou mas r$ 50 hoje conta muito salva você falou aqui uma hora sobre ética sobre os políticos você falou que não nasceu para

isso eu fosse uma liderança você tem ideias ótimas tem um pragmatismo seja poderia ser ministros têm mais qualidade daqui muito Ministro por aí Você não acha que em algum momento vai ser natural que você ou você ou alguém que você represente se candidatar a alguma coisa e não pelo status mas porque imagino eu que é importante que tem alguém que saiba exatamente o que que você feito né existe uma distância muito grande de boas ações às vezes eu acho que isso aqui é uma boa ação mas você que tava todo dia fralda é legal mas

não é isso que a gente precisa é talvez não seja o caso de Em algum momento você ou alguém da sua equipe pensar por que vocês vão ter em ter melhores ideias mais uma vez né teku Eu sou apaixonado como empreendedor social tá bom uma pessoa que se encontrou um caiu no meu colo eu fui atrás eu não tem eu me lembro de coisas assim que eu vivi a de cenas do meu pai dentro da cadeia de passar fome de não ter o que comer de viver no meio de tiroteio e minha mãe dona Maria

Goretti me segurando dizendo filho nós vamos superar então encontrei a minha voz ainda não sou apaixonado por isso então eu tenho uma missão que eu quero entregar como empreendedor social essa importante ter um braço ali alguém que possa que você possa marcar essa reunião é às vezes um são marcadas em o café para o intervalo a resposta para ele alguém você vai usar um passo carinhosamente a sua pergunta até que você não pergunta carinhosamente a um atleta Olímpico se ele quer virar Ministro mas se ele quer a medalha olímpica eu quero medalha olímpica e para

mim a medalha olímpica resolver o problema da pobreza como empreendedor social ele tá certo com isso a gente sai para mais um breve intervalo volta já com o último bloco da entrevista com medo ele estamos de volta para o quinto e último bloco dessa entrevista com Edu Lyra Edu você fez referência ao seu pai em vários momentos e você sempre fala sobre ele nas suas palestras Imagino que com o consentimento dele falar sobre esse passado que não deve ser fácil para ele lidar Ei vocês dois como foi vocês precisarão em algum momento sentar e acertar

conta as coisas passada porque você até acostumar brincar os pais de muitas crianças eram diretores de organizações e o meu pai resolveu empreender uma organização criminosa como foi para você aceitar e isso metabolizar essa realidade e resolver com ele esse problema é uma trajetória Então ninguém naturalmente quer nascer filho de um assaltante mas em algum momento você vai amadurecendo e percebendo que a vida é a vida e você nasce é uma loteria você pode não ser filho de alguém muito rico como você pode nascer filho de alguém muito pobre e aí ainda vai te moer

o que você tem que encarar Apesar que cansa sem incansável mas meu pai e sempre muito amoroso meu pai atleta ele gosta de correr a gente corre juntos ele é apaixonado pela eu sou casado com a Maiara minha esposa e Tenho duas filhas uma enxada de 12 anos chamado Lara chamada Lara e a Luiza que tá completando daqui duas semanas dois anos e ele é apaixonado pela Luiza não sai de casa então a gente se ama e a parte boa dessa história que eu tenho que te falar Vera é que eu morri quando eu comecei

a me inserir Teco na alta sociedade eu escondia com meu pai era bandido e teve uma mulher que me ajudou muito nisso chamado Patrícia Villela Marino uma das acionistas do Itaú e ela descobriu o que ela falou Edu você tem que contar eu disse porque Patrícia ela me falou porque a sociedade tem que entender que precisa ser fabricado um lugar pois presidiário na sociedade senão isso aqui vai convulsionar e você pode ser uma voz início disso muito potente inclusive para que outras outros jovens e crianças de perdoe seus pais e a gente construiu uma sociedade

mais digna onde quem errou possa ser perdoado e tenho direito a ter uma nova oportunidade e até por isso que a gente apoia dentro da rede gerando falcões um projeto chamado recomeçar se respondo rápido liderado por Leonardo precioso que nós jogávamos bola junto ele foi preso eu fui para a universidade o prometido para mim que é salvar Ele entrou numa na principal facção criminosa de São Paulo e depois ele saiu e nós negociamos a saída dele do crime através de carta e hoje ele é um líder inclusive respeitado que o ministro do STF que entrega

outros ingresso no mercado de trabalho então é possível o credor eu queria fazer uma pergunta também sobre seu pai uma parte do famoso aqui ó vou dar um beijo pai Márcio Luiz meu pai eu arrumo um beijo Dona Gorete seu livro da favela para o mundo tem um trecho que você fala que você fala da força que a sua mãe te deu que isso fala muito da sua mãe você fala uma coisa muito interessante do seu pai que sua habilidade para lidar com pessoas e levantar dinheiro e tetra veio da capacidade dele de fazer amizades

né Isso é uma parte bem tocante que você conta que quando ele saiu da prisão a renda dele não dava para vocês pagar em três refeições por dia que ele arrumava você e sua mãe eu tenho do dia e se apresentava de forma muito charmosa para jantar na casa dos vizinhos né e que eles foi a inteligência que ele usou para resolver o problema da Fome o outro jovens acredito que de origem é por favor entenda como a sua também desenvolveram habilidades tem a habilidade de se você acha que a sociedade as grandes empresas azul

o PIB com quem você convive é hoje em dia ver com outros olhos esse tipo de habilidades que os jovens têm às vezes um jovem de uma classe rica não tem e que o mercado de trabalho valoriza e eu sou uma vez almoço e com o horário que ele escritor israelense segundo nível o Brasil que eu perguntei o horário que cair deve ensinar os jovens a favela ele disse eu não será que a favela já não está ensinando muitas coisas para esses jovens e as habilidades que você tem onde você aprender o Edu a tabela

já tá ensinando muitas coisas e as empresas perdedoras no futuro são as empresas que a apostar em um único tipo de habilidade de pessoas formadas na mesma Universidade que frequentar os mesmos lugares que comer as mesmas comidas precisa colocar mais DF para dentro mais linda para dentro mais cedo pra dentro quiser colocar mais do Brasil para dentro para elas realmente innovare e não se tornaram obsoletas essas habilidades e você aprender dançar bailando desviando das balas que você visitar um amigo porque não tenho que comer mas chega lá e diálogo até que alguém serve a janta

quero que meu pai fazia para gente não morrer de fome é uma habilidade de venda de comunicação de Carisma de afeto de carinho que as empresas precisam para fazer essa travessia O que as empresas brasileiras podem fazer de melhor é investir nos pobres O Retorno vai ser poderoso isso é e eu queria aproveitar que você tá falando de oportunidade de emprego falando desse ingresso né que é a favela tem muito a ensinar também para Faria Lima é como trazer autonomia né quando a gente olha há 800 bilhões sendo movimentados nas principais favelas do país como

esses empreendedores que estão lá dentro como em Paraisópolis a gente tem lá né o Solano Trindade que tem próprio banco dentro da comunidade como a gente fazer com que o dinheiro permaneça lá e que chegue também lá para o fomento da Autonomia e não simplesmente apenas né da inclusão na sentar na mesa do outro mas como faz com que a minha mesa crença e eu possa escalar o meu negócio sendo empreendedor dentro da comunidade lembrei agora do banco também com a moeda digital que eles têm eu acho que a gente tem muitos cases no Brasil

em relação a isso Nina agora uma coisa importante é um a reorganizar o dinheiro da favela para esse dinheiro cada vez mais ele circular mais ali dentro tem estudos que fala que um real dentro de favela vira oito porque ele passa na mão das mesmas pessoas por oito vezes quanto mais a gente fortalecer esses empreendedores terem acesso a microcrédito que o acesso a crédito no Brasil ainda é muito difícil então esses empreendedores seria acesso a microcrédito essas empreendedoras terem acesso a plataformas abertas de conhecimento e capacitação profissional E aí nina os fundos de investimento os

investidores anjos procurarem e transformista que com todo carinho para não machucar ninguém mas procurarem novos perfis de pessoas para investir empreendedores porque tem muitas Startup seu favela que tá lá no quarto num barraco menino que tá sonhando esse é o novo mil gato eu acho até eu já disse isso que o novo Bugatti pode ser um preto que vem da favela eu aqui agora para essas coisas acontecer o momento e aí um momento ele vem da onde existe o capital mas o capital a sua cabeça pensa onde seus pais estão se os pés do investidor

a tô sempre o mesmo território ele não vai ter essa percepção da ponta quanto mais a gente conseguir levar essas pessoas elas estiverem abertas para dialogar com a gente e aceitar o nosso convite para lá existe um bilhão de oportunidades que quando que ninguém tá conseguindo intencionalidade é o nome para inovação desses espaços que muita das vezes vão aprender muito mais e vão chegar a um público novo consumidor Total concluindo a minha resposta Sabrina eu acho que as pessoas podem ensinar Mas podem aprender muito com a gente muito com a gente com que a gente

viveu com que a gente é experienciou lá com que a gente teve que superar então é uma troca muito poderosa que uma vez que ela é feita pode nascer o potencial favela Edu olhando para um futuro posta anemia Quais são as consequências de longo prazo de não endereçar os problemas que a gente tratou aqui hoje por exemplo a gente sabe que tem 4 milhões de brasileiros que pararam de estudar em 2020 e muitos a maioria deles de classe d e e e dezessete por cento pretende não voltar a estudar a lista de quereres não é

exaustiva como você falou no seu artigo da folha que outros problemas futuros podem nascer da falta de uma ação coordenada como é que você propôs hoje um grupo chamado a rocks que é um programa para jovens de famílias empresárias que participam é Bruno Setúbal Bito um monte de jovens e eu tava falando exatamente isso ontem de manhã para eles que no tempo no tempo esse planeta pode se tornar inviável tanto e como socialmente a gente fala isso pode parecer que o processo fruto de uma maluco que tá falando mas tá aí é colocado então o

risco é inviabilizar o planeta e Eu repito Eu já falei aqui se a gente viabilizar esse planeta a solução vai ser o hino músculos a marcha em viabilizar Em que sentido no aumento da violência na expectativa de vida por exemplo expectativa de vida nos orçamentos social na falta de oportunidade infelizmente EA que eu não tô colocando o palavra de ordem e nem um show de horror mas é um pouco de realidade de da falta de oportunidade criar uma convulsão social as pessoas não veem futuro não vem um lugar não vem oportunidade possibilidade e isso aqui

e pode então a o jeito da gente reverter isso não chegar no estágio de não reversão que tem isso também é como Amazonas não pode deixar chegar no estágio e não reversão é a o construindo esse grande acordo social e esse acordo precisa ser pautado com urgência pelas lideranças pelo país porque se a gente terminar mais uma década sem uma nitidez O que que a gente vai resolver eu acho que é uma década perdida a gente não pode a gente o Brasil não pode chegar novamente tarde demais na vida dos brasileiros mais pobres é comum

no Brasil entregar o pior pelos mais pobres e tá tudo bem a estação da Faria Lima é muito melhor do que estação de Ferraz de Vasconcelos e tá tudo bem a calçada na Paulista é muito melhor do que a calçada numa favela a em qualquer lugar do Brasil em São Paulo e tá tudo bem esse é um erro então nós precisamos construir uma transformação ética de querer entregar o melhor os mais pobres EA população brasileira tem que entender exatamente isso que quem tá lá no poder são os nossos funcionários Quem são os nossos funcionários são

pagos por nós então a gente tem que existir exigir do governo federal o governo estadual das prefeituras resultado resultado do establishment ética do congresso a defesa no corpo e a gente tem cobrar isso exige isso porque senão a gente pode ir para um lugar continuar continuar um lugar muito perigoso e para um lugar ainda pior tendo aproveitando o gancho de uma pergunta da Angélica ela faltou o fechamento da sombras em nove dez nove e que tá fechando tá quebrando com o governo bolsonaro não tem sido fácil ser uma ONG gerir uma ONG primeiro uma primeira

pergunta é como foi tá sendo passagem da Tempestade peço a tempestade ela vai adorar mais um pouco a gente não sabe quanto quanto tempo mas como está sendo passado a tempestade e faltando também ONGs espaços que é dou o porto Oi jovens de favela eu vim de uma escola de jornalismo para jovens de favela não jogava uma bolsa então consiga pagar meu aluguel e alimentar ainda estudar que é algo muito raro na vida do jovem brasileiro a gente sabe disso E como você tem visto É também esse a tempestade de fechamento de homens Mas também

se no seu radar têm surgido coisas é a galera tá tendo oportunidade está tem peito a Trancos e Barrancos esse crescimento e surgimento na sociedade como você tem visto isso a minha aposta na resiliência das lideranças eu tenho trabalhado nessa crise inteira das sete da manhã até às 11 horas da noite durante o mundo inteiro a minha possa na resiliência é naturalmente o farol de esperança às vezes parece apagando mas o que a gente diz todo dia na gerando falcões é nós não temos esperança nós somos a esperança eu não tenho esperança a liderança alguma

que vêm de fora A minha esperança está naquilo que eu consigo controlar no mergar na minha força o que a gente consegue construir isso com o nosso time você chegou aqui a partir disso também Jeff então é nessa garra que a gente vai conseguir superar esse nosso tempo terminou agradeço demais ao Edu Lyra por essa história tão inspirador e por dividir a história dele para gente Agradeço também Angelica Mara a Érika Fraga ao Jefferson Delgado a Nina Silva e ao Teco Medina agradeço sobretudo a você pela sua audiência a história de vida do Edu ela

é inspiradora Por que oferece um visual lembre de como poderia ser o Brasil se mais jovens tivessem oportunidade de vencer a miséria e exclusão já que essa trajetória não seja sempre um ponto fora da curva mais uma possibilidade para muitos existe uma tarefa que é do poder público mas também da Elite econômica e da sociedade como um todo ela começa por entender que aceitamos por tempo demais uma desigualdade que é intolerável e que academia tornou Apenas mais visível e e fiquem bem Seguros respeitem as medidas de discretamente social e até a próxima segunda-feira com mais

um Roda Viva e E aí [Música] [Música]