A Revolução Espacial da Índia (de baixo custo)

44.55k views2935 WordsCopy TextShare
Elementar
Cadastre-se na NOMAD com o código "ELEMENTAR" para ganhar até 20 dólares de cashback na primeira ope...
Video Transcript:
257 bilhões de dólares – esse é o valor já  reajustado pela inflação de todo o programa Apollo, responsável por levar o homem à Lua. Cinquenta anos depois de seu fim, uma auditoria da Nasa revela que o programa Ártemis, tido  como o próximo passo da exploração lunar, deve custar 93 bilhões de dólares até 2025 – com  o primeiro lançamento previsto apenas para 2026, ou seja, longe de ser o custo final do projeto. E isso causa indignação em muita gente que acredita que esse dinheiro que vai  pro espaço poderia ser usado aqui, pra resolver problemas mais urgentes, como  a fome, a falta de saneamento e educação… Acontece que a exploração espacial está ficando  cada vez mais barata, graças a dois players desse mercado: a Índia e seu exército de mão-de-obra;  e Elon Musk, através da SpaceX.
Juntos, eles estão inaugurando uma era em que sair da  Terra não é mais só praqueles países de primeiro mundo que têm alguns trilhões em seu orçamento. Mas como é possível que uma empresa mude tanto um mercado bilionário como esse? E mais, o que a Índia, com todos os seus problemas, está conseguindo  fazer pra se destacar nesse setor?
A corrida espacial foi um marco na tecnologia,  na ciência e na geopolítica mundial, colocando as duas principais potências  do mundo da época, EUA e União Soviética, uma contra a outra durante duas décadas. Muitos feitos foram atingidos nessa época, como o primeiro satélite artificial lançado pela  União Soviética, o primeiro ser vivo no espaço e o primeiro homem a pisar na lua. O que ficou  conhecido como “fim” dessa corrida espacial aconteceu em 17 de julho de 1975, quando uma  missão espacial foi realizada em conjunto por americanos e soviéticos.
Só que agora, o  objetivo é outro: a conquista de Marte. Pra isso, o primeiro passo é reconquistar a Lua, que  servirá como base para a ida ao planeta. E tanto os Estados Unidos quanto a China  estão se mobilizando para atingir esse feito.
O Programa Ártemis III, da Nasa, planeja  levar os primeiros humanos pra lá já em 2026; enquanto a China planeja aterrissar em  solo lunar até 2030, mas sem data definida. Só que, embora pisar na Lua seja de grande  importância pra exploração espacial, este feito está longe de ser o único, ou o mais importante  quando o assunto é a conquista do espaço. Para garantir a segurança e o melhor  funcionamento possível de uma missão, todo um sistema previamente enviado deve estar  em operação.
Sejam os satélites meteorológicos que asseguram as melhores condições climáticas no  momento escolhido para o lançamento; o mapeamento das regiões escolhidas para aterrissagem  e toda a infraestrutura para a construção, lançamento e coleta do lixo espacial  trazido de volta para o planeta Terra. Para isso, anos inteiros de trabalho  e bilhões em pesquisa eram investidos. Por isso que, no passado, apenas as principais  potências tinham condições de arcar com esses custos.
No entanto, agora a situação é outra. O  mercado da exploração espacial está totalmente diferente: além de mais países se juntarem a  essa corrida, há também as empresas privadas tentando tirar uma casquinha das riquezas e  do conhecimento que nos aguardam no espaço. Quando a SpaceX foi fundada em 2002, ela  até tinha bastante dinheiro em caixa, mas desenvolver produtos espaciais não é nada  barato.
Os primeiros 100 milhões investidos por Elon Musk rapidamente viraram poeira, utilizados  quase que totalmente para o desenvolvimento dos quatro protótipos do Falcon, o primeiro foguete  da empresa. E os três primeiros lançamentos que Musk fez também viraram poeira no espaço: Segundo ele: “Eu estraguei os três primeiros lançamentos. Os três primeiros lançamentos  falharam.
E felizmente o quarto lançamento, que foi o último dinheiro que tínhamos para o  Falcon 1, esse quarto lançamento funcionou. ” Bom, não dá pra dizer que esse foi um  investimento seguro, já que, a essa altura, a SpaceX estava muito perto da falência,  obrigando Musk a investir até seu último centavo pra garantir liquidez por mais alguns dias,  até o fechamento do primeiro acordo da empresa com a NASA, no valor de 1,6 bilhão de dólares. A NASA gastava 66 mil dólares por cada kg de carga útil que colocava no ar.
Com o acordo da SpaceX  em 2008, esse valor caiu para 8 mil dólares. Já em 2022, com o Falcon 9, o foguete reutilizável  da companhia, esse valor já caiu para 2,8 mil dólares, 23 vezes menos que em 2021. E tem mais, a Starship, a nova espaçonave da empresa – projetada para ser completamente  reutilizável – será capaz de realizar viagens frequentes.
Com 100 viagens, o custo estimado para  cada quilo de carga no espaço cairia para cerca de 200 a 500 dólares, algo simplesmente  impensável há menos de duas décadas. Embora seja um feito impressionante, essa  cifra ainda não é nada se comparada às conquistas do programa espacial indiano,  quando o assunto é corte de custos. Iniciado em 1962, um ano após o começo  do programa brasileiro, a Índia tem conquistado vários êxitos nos últimos anos.
O país já conseguiu enviar sondas para Marte, para a órbita do Sol, detém o recorde de  maior lançamento de satélites da história, com 104 de uma só vez, e ainda teve  sucesso em sua última missão à Lua, a Chandrayaan-3, responsável por estudar  crateras no polo sul do satélite – onde cientistas desconfiam que exista água  congelada e hélio-3, um combustível essencial para desbloquearmos a fusão nuclear. E sabe quanto foi gasto para essa última missão? Menos do que um filme de Hollywood.
Com cerca de 6,15 bilhões de rúpias indianas, ou 368 milhões de reais, os indianos  conseguiram chegar à Lua, e estão dando enormes contribuições para a pesquisa aeroespacial. Enquanto isso, o maior feito do programa espacial brasileiro é também a maior tragédia  científica do país. Em 2003, na base de Alcântara, localizada no estado do Maranhão, o lançamento do  Veículo Lançador de Satélites foi interrompido por uma explosão que matou 21 pessoas, além de também  ter comprometido as instalações da base – que ficou praticamente desativada até ser alugada  para os americanos num acordo firmado em 2019.
Essa disparidade pode ser explicada pelo valor que  se dá ao investimento científico e tecnológico de cada país, bem como, as soluções “criativas”,  pra driblar a falta de recursos, encontradas pelos indianos, como transportar foguetes  em carros de boi e na garupa de bicicletas. Só que, apesar de admirável, esses  feitos também levantam uma questão: Por que a Índia, que conta com  uma parcela considerável de sua população abaixo da linha da pobreza, está  investindo tanto na exploração espacial? Não deveria esse ser um  “hobby” apenas de países ricos?
Quando o diretor do Programa Mundial de Alimentos  da ONU, David Beasley, desafiou os ultrarricos, particularmente Elon Musk e Jeff Bezos,  para agirem para acabar com a fome no mundo, Musk respondeu através do Twitter. Se a ONU conseguisse provar, por meio de cálculos contábeis abertos e verificáveis, que os  seis bilhões que ele sugeriu seriam mesmo capazes de resolver o problema, ele venderia ações  da Tesla imediatamente para doar o dinheiro. Desde então, Beasley mudou a narrativa  e a doação não saiu da conversa, mas o impacto desse desafio ainda ecoa: não  seria melhor focar primeiro nos problemas da Terra para depois se preocupar com o espaço?
E se essas críticas já fazem certo sentido para um empresário como Musk ou uma empresa  privada, o que dizer quando esse tipo de investimento parte de governos? Que poderiam  estar utilizando para fornecer assistência médica ou segurança alimentar ao redor do mundo? Embora seja uma armadilha fácil de se cair, esse tipo de pensamento não leva em  consideração os avanços no longo prazo e todos os desdobramentos que o investimento em  pesquisas desse porte pode criar para o mundo, melhorando a vida das pessoas de uma forma que  o assistencialismo frequente jamais poderia.
Através do lançamento de satélites, é possível  realizar o monitoramento constante de condições climáticas e, com base nele, previsões precisas. São esses satélites que possibilitam que a Defesa Civil e os Bombeiros emitam alertas de enchentes  e outros desastres com antecedência, fazendo com que as pessoas consigam sair de casa a tempo e  levar consigo alguns de seus bens mais valiosos. Mais que isso, é através dessas pesquisas  e recursos que a agricultura indiana pôde dar vários de seus saltos de  produtividade nas últimas décadas, essenciais para ampliar a oferta mundial de grãos  e alimentos.
Este uso da tecnologia aeroespacial, por si só, já ajuda a coibir a fome no mundo. E, pra além da fome, há de se destacar que é esse tipo de programa que possibilita  o desenvolvimento das telecomunicações, o que permite levar a internet e toda a tecnologia  que advém dela, gerando maior qualidade de vida e empregos pras regiões remotas do globo. Por exemplo, até alguns anos atrás era simplesmente impossível conectar regiões  remotas da Amazônia.
Mesmo que alguém estivesse disposto a levar um cabo de  fibra óptica até o meio da floresta, o custo seria tão alto e tão arriscado que  nenhuma empresa estaria disposta a fazer isso, até porque o número de usuários não seria tão  grande. Agora, com o lançamento da rede Starlink, composta por centenas de satélites que  ficam na órbita terrestre, existe uma cobertura sem interrupções da rede mundial  de computadores, e indígenas da tribo Marubo, no coração da floresta, conseguem acessar a  internet e assistir os vídeos do canal Elementar. Outra coisa que ficou muito mais fácil com tudo  isso foi pagar por suas compras no exterior com a NOMAD, a patrocinadora desse vídeo.
Isso porque levar dinheiro vivo quando você vai viajar tá cada vez mais perigoso,  e mesmo que você vá pra um país seguro, você ainda tem o percurso dentro do Brasil até  o aeroporto com essa dinheirama toda em mãos. Mas fora a segurança, você ainda economiza  muito, porque você converte o seu real em dólar usando a cotação do dólar comercial,  e não do dólar turismo das casas de câmbio, e ainda paga um iof de só 1,1%, bem menos que  os 4,38% do cartão de crédito tradicional. Eu tenho minha conta na Nomad e já  to dolarizando meu patrimônio por lá, assim quando eu quiser viajar pros  mais de 180 países onde ele é aceito, já tenho meu dinheiro seguro e rendendo.
Pra você abrir sua conta também, acessa o primeiro link da descrição ou  aponta a câmera do seu celular pro QR Code aqui na tela. Usando o cupom ELEMENTAR  no cadastro, você ainda ganha até 20 dólares de cashback na sua primeira operação de câmbio. E as evoluções com a exploração espacial para o mundo não param por aí.
Há também a ciência  médica, que frequentemente envia experimentos para a Estação Espacial Internacional – um  empreendimento acusado de ser um desperdício de dinheiro quando estava sendo desenvolvido  por membros da própria comunidade científica. Hoje, com esses experimentos em ambiente  de microgravidade, pesquisadores estão desenvolvendo novos tratamentos e prevenções pra  todos os tipos de doenças, como câncer, Alzheimer, Parkinson e outras doenças degenerativas,  já que no espaço as proteínas são produzidas com mais facilidade e mais rapidamente, o  que faz com que esses experimentos sejam realizados com mais precisão, além de ficar  mais fácil o entendimento do seu funcionamento. Essas são algumas das razões pelas quais, pra a  Índia, é tão importante investir no lançamento de seus próprios satélites.
São eles que vão  garantir o desenvolvimento da agricultura no país, ampliando o acesso à comida a preços mais  baixos, obtendo a patente de medicações que de outra forma sairiam muito caras pra sua  população, além da geração de mais empregos, o que cria o efeito rebote de desenvolvimento  econômico do país. Com o aumento do conhecimento tecnológico, há uma melhora da produtividade  dos trabalhadores, que podem recorrer ao conhecimento adquirido através dessas pesquisas  aeroespaciais. Esse aumento da produtividade dos trabalhadores tira pessoas da pobreza de uma  maneira que nenhum programa social poderia.
Hoje o país já planeja lançar uma missão para  Vênus, e até 2040, ter uma tripulação indiana indo para a Lua – fazendo com que o país  seja um dos primeiros a explorar o satélite, e por consequência, suas riquezas, que  serão objeto de muita disputa no futuro. Mas o que há de tão valioso no espaço e  mais especificamente na Lua para fazer um país como a Índia, ainda cheio de  problemas, querer tanto chegar por lá? Quando um lançamento é bem-sucedido ou uma  espaçonave, ou satélite cumprem a suas missões, os indianos comemoram em eventos  que se espalham por todo o país, como os brasileiros comemoram uma Copa do Mundo.
Pra se ter uma ideia, quando a Índia pousou a Chandrayaan-3 no lado oculto da lua, 8 milhões de  pessoas estavam assistindo ao vivo pelo YouTube. E isso tem um motivo: a conquista do espaço é  a chave para a Índia nunca deixar de crescer. Assim como na conquista da América,  quem chegou primeiro, no caso, portugueses e espanhóis, ficaram com toda  a riqueza, o mesmo acontecerá com a Lua.
Até o momento não existe um acordo ou tratado  universal sobre a partilha da Lua e nem como serão os direitos de exploração de astros e satélites  no futuro, apenas o Acordo do Espaço Exterior de 1967, que proíbe reivindicações nacionais  na Lua. Existem, sim, os Acordos Ártemis, liderados pelos Estados Unidos – que inclusive  contam com a assinatura do Brasil e da Índia, mas na prática o que se espera é o óbvio: quem  chegar primeiro vai acabar tendo a vantagem sobre os demais. Nem China, nem Rússia parecem dispostas  a cooperar ou assinar o tratado, fazendo com que sua validade e poder sejam limitados, o que apenas  acirra ainda mais essa nova corrida espacial.
E para usufruir logo de cara das riquezas que  o espaço pode revelar, a Índia investiu pesado para não ficar pra trás, já que poder sobre a Lua  significará poder sobre o futuro da humanidade. Será nesse satélite que ficarão as bases  de treinamento e de possível lançamento para foguetes com direção à Marte, além de  também estar lá a maior reserva conhecida do elemento mais importante para o  futuro da nossa espécie: o hélio-3. O hélio-3 é um isótopo não-radioativo do hélio  que tem despertado grande interesse da comunidade científica por ser um potencial combustível  para a fusão nuclear – que é o processo em que estrelas como o nosso Sol produzem energia.
Esse elemento é raro na Terra, mas acredita-se que exista em abundância na Lua, já que ela  está sendo constantemente bombardeada por raios ultravioletas do Sol, sem uma camada  de proteção como o nosso campo magnético. Esse recurso poderia ser extraído  de dentro das rochas lunares, e serviria para a produção de energia de uma  forma sem precedentes, já que a fusão nuclear é, teoricamente, a forma mais eficiente de  geração de eletricidade, e o melhor de tudo, seria fusão nuclear, não fissão. Não  haveria produção de lixo radioativo, como ocorre em usinas nucleares atualmente.
Pensando nisso, já há startups como a Interlune, fundada por ex-funcionários da Blue Origin, de  Jeff Bezos, levantando recursos para começar a extração já na próxima década, o que  deve revolucionar a geração de energia aqui na Terra. Se o hélio-3 se provar capaz  e seguro, podemos dizer adeus para as grandes usinas hidroelétricas, as enormes áreas  inundadas, porque o futuro será nuclear. Entendendo isso, dá pra ver porque é tão  importante investir na corrida espacial: quem ficar de fora deverá sofrer  grandes prejuízos ou, pior, ficar dependente da boa vontade e dos interesses  dos outros países, como Estados Unidos e China.
Como a Índia não deseja ser submissa  a nenhum deles, ela está investindo para liderar seu próprio pelotão de  astronautas para o satélite, e assim, não depender da Nasa nem de nenhuma  agência internacional estrangeira, seja pra conseguir hélio-3, seja pra  alcançar qualquer outro objetivo. Ou seja, enquanto muitas pessoas criticam  Elon Musk por investir bilhões em pesquisas para tornar lançamentos espaciais mais  baratos, ou as iniciativas indianas, dizendo que milhões de pessoas estão passando  fome no país, o que esses investimentos estão fazendo, na verdade, é garantir um futuro  melhor para todas essas mesmas pessoas. Acontece que esse tipo de iniciativa demora  mesmo para dar resultados.
Eles não caem do céu da noite pro dia. E, aqui no Brasil, como  estamos acostumados a soluções rápidas, fáceis e não tão inteligentes, medidas como essa causam  mesmo estranhamento, o que também indica que, infelizmente, nosso país ficará de fora da  vanguarda da nova era de exploração espacial. Na prática, isso significa dizer que vamos perder  outra grande oportunidade de desenvolvimento e, assim, continuaremos sendo o país  do futuro, e nunca do presente.
E aí, o que você acha sobre a exploração  espacial? Acha importante ou uma perda de tempo e dinheiro? Comenta aqui abaixo e não  deixa de me dizer o que achou desse vídeo.
Ah, e não esquece de abrir a sua conta na NOMAD  pra começar a investir, viajar e comprar no exterior, ainda hoje. Você abre sua conta no  primeiro link na descrição ou apontando pro QR Code aqui na tela. E usando o cupom ELEMENTAR no  cadastro você ganha até 20 dólares de cashback.
Mas aqui na terra o Brasil pode sim aproveitar  uma oportunidade, com o que é conhecido como "ouro azul", que tem um papel essencial no  mundo moderno. A questão é, o Brasil vai deixar escapar mais essa oportunidade? Pra entender  isso, confira esse vídeo aqui que tá na tela, então aperta nele aí que eu te vejo lá.
Por  esse vídeo é isso, um grande abraço e até mais.
Copyright © 2024. Made with ♥ in London by YTScribe.com