Aula - O conceito de região e sua discussão - Paulo Cesar da Costa Gomes

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Prof. Dr. Antônio dos Anjos - VIDEOAULAS
Videoaula ministrada pelo Prof. Antônio dos Anjos para o curso de Geografia da Universidade Estadual...
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o Olá eu sou professor Antônio dos Anjos da Universidade Estadual de Goiás Essa é mais uma aula Eita para as minhas turmas nesse caso quarto período de Geografia mas todos são convidados os que estejam assistindo essa aula pelo meu canal Espero que gostem da aula a aula de hoje trata do conceito de região e sua discussão um texto do Professor Paulo César da Costa Gomes e é bastante lido e discutido na geografia tornou-se Um clássico na área de fato esse texto e o professor Paulo César da Costa Gomes Ele tem uma formação iniciada no Brasil
e tem uma passagem pela Europa né o doutorado dele foi em na França né na sorbonne e é um professor aí com longa trajetória e que tem textos realmente que se tornaram clássicos né Nós estamos discutindo agora é um desses textos o texto em questão é um capítulo de um livro e organizado inclusive pelo próprio Professor com outros colegas chamado geografia conceitos e temas a primeira publicação do livro é de 1995 Oi e esse é um capítulo que trata de região a outros capítulos que tratam de outras categorias geográficas como território paisagem lugar e é
um livro que no todo se tornou um clássico autor começa falando da região a partir da sua construção enquanto um termo se torna curriqueiro Desde a antiguidade clássica sobretudo aí o império romano existe sempre um par de alético que era a relação entre o poder central e o poder local e regional ou seja das regiões que foram anexados não se territórios foram anexados ao império romano e que mantiveram ligação com esse poder Central em Roma bom então a no Império Romano suja essa palavra regione em latim e seria uma unidade espacial homogênea e subordinada ao
império o termo é vem de reger e tem um prefixo reggae esse que está aí em outras palavras também como Regente Regência regra isso mostra e é essa palavra ela está sempre relacionada aí a poder a dominância em outros termos que também surgiram aí nessa época do Império Romano foram as palavras espaço e província é Então realmente essa preocupação com a administração de um grande império e reunir a cultura de territórios muito diversos né faz Surgir aí termos e concepções noções relacionadas ao espaço e esse é o mapa do Império Romano de fato um território
muito diverso né parte da Europa parte da África parte do Oriente Médio né Então realmente muito grande e diverso atendo aí como sempre Roma na Itália que está mais ou menos do centro de si e império e durante a idade média e vem depois do parcelamento do Império Romano a Europa se organiza em feudos e a igreja que terá um grande poder aí em toda a Europa ela vai utilizar essa região essa divisão regional que já existia no Império Romano para a sua administração então a Europa feudal ela se organiza em ducados Condados Hum E
tem aí é seus a os representantes políticos na e militares e que dão cara a cada uma dessas regiões na Constituição dos estados nacionais europeus processo que se dá aí no século 18 e 19 existe uma uma relação entre a a centralização do poder EA diversidade sócio-espacial que é retomada a unidade das regiões legitimaria a criação dos estados nacionais ou seja os países impérios é com base nessas regiões lá do império romano e que se Manteve na idade média e os países os estados vão se consolidar e tomar afeição Que nós conhecemos hoje então algumas
regiões alguns com dados do Carlos vão se reunir para formar um PA o azul se der em que haja Ei uma identidade comum é uma cultura comum o ou algumas dessas regiões vão se tornar países isolados região é um termo uma concepção Popular ano são Popular que foi na consolidação aí das ciências a vida para o âmbito científico Então ela está presente aí no nosso cotidiano né Nós vamos dizer a região mais quente mas fria região do centro à região lombar algo assim né Sempre nós estamos utilizando no dia a dia essa noção ela sempre
vai se referir a uma localização ou a uma extensão de uma porção espacial ou uma tributo espacial bom então nós vamos sempre vamos usar região para dizer localização de uma coisa ou abrangência e extensão daquele fenômeno que nós estamos tratando nesse mapa aqui por exemplo nós temos a região da 44 de Goiânia que na verdade é o número de uma rua se tornou aí o nome dado a essa região porque é um é um território aí que foi tomado né pelas pelas vendas de atacado de vestuário em Goiânia bom então isso mostra como a gente
utiliza no dia a dia essa noção de região para tratar de uma localização ou de uma extensão de algum fenômeno nesse caso aí o comércio de vestuário as noções de região tem alguns pontos em comum a região é o tem coerência coesão é um espaço específico Se mudaram a porção do espaço singular ou seja não ocorre mais uma vez ela tem uma continuidade espacial né não é entrecortada não tem como abrir uma região que não seja continuar no espaço ela tem estabilidade no tempo né ela sempre apresenta o mesmo formato ah e também ela é
uma mesa escala normalmente entre o subir e o Supra Nacional ainda que haja noções de região que inclui aí é países né Por exemplo como Oriente Médio pode ser visto como uma região ah e também uma parte da cidade pode ser vista como região né mas o uso mais comum sobretudo para a geografia é essa mesma escala entre o subir e osso para nacional e como nós temos né a região 10 centro-oeste Nordeste né ela está entre o subir e o supranacional o sub Nacional seriam os municípios o supranacional seria aí o continente por exemplo
E aí não existe uma revolução epistemológica do uso de região para nós da geografia a região ela é uma noção popular e passa a ser usada como conceito em algumas disciplinas como a biologia A geologia a botânica EA Geografia vai também utilizar esse conceito de região a partir daí da região natural né que já era tratada por essas outras ciências e tornando ela um conceito-chave para geografia então é torna-se o principal o objeto Central dos estudos geográficos E para isso vai também surgir um método adequado a Esse estudo é o método regional o que vai
ser o principal método para a geografia na sua constituição aí do século 19 é para o 20 os primeiros usos científicos da noção de região ocorre aí no século 18 ainda a geografia do século 18 já valorizava as bacias hidrográficas como demarcadoras naturais das regiões do século 19 radiologia já empregava o conceito de região e no início do século 20 Vidal De La blache utiliza a noção de região natural trazido geólogos então aqui do lado nós vemos o mapa da geodiversidade do estado de Goiás e vemos que aí podem ser delimitadas algumas regiões naturais eventualmente
algumas regiões do Estado pó o Maressa base natural né até porque é uma região que tenha Arena solos por exemplo solos com muita areia ela vai ter um tipo de atividade e característica né Pode ser que ali não seja possível ter agricultura a de commodities né mas pode ter passagem aí ela se torna uma região mais ligada à pecuária né como o Noroeste do Estado de Goiás não existe alguns conceitos clássicos de região aí na História da Geografia a mais importante delas vem de Vidal De La blache que vive aí de 1845 até 1918 e
ele dizia que a região era algo vivo era uma individualidade uma personalidade de geográfica ao geógrafo caberia então é apenas Reconhecer essa região que está ali ela existe ela é um fato parcial e sociológico então o geógrafo apenas deveria reconhecer aquilo que já está dado a na realidade e já aos sabe dos Estados Unidos e vive entre 1889 a 1975 diz que a região tem uma personalidade mas não é singular ela é comparável com outras regiões já é uma uma noção diferente aí é dessa atividade la blache trás é porque nesse caso ela ser comparável
diz que ela tem atributos que podem dizer respeito a uma Regra geral de comportamento da formação dos espaços né então é possível comparar uma região com outra é Richard hartshorne também dos Estados Unidos vai a além e Vai admitir que a região ela embora tenha possa ter singularidade e e ser comparável ele vai além disso e diz que ela é também um construto mental então a região ela pode tomar diversas formas não só aquela forma que Vidal de la blache via como sendo já dá o pesquisador o geógrafo ele pode criar regiões segundo em qualquer
critério e essa região vai tomar uma forma e vai depender do interesse do geógrafo né segundo as variáveis que ele escolhe né Por exemplo abrangência do sistema de saúde no Estado de Goiás né mas vamos ter um mapa a outros seria mapa por exemplo da Assistência Técnica Rural por parte do governo estadual nós vamos ter um outro mapa porque aí nós mudamos a as variáveis que vão entrar aí nesse mal né E como você sabe existe aí um debate na geografia entre o determinismo puxado aí e sobretudo povo de Israel da Alemanha e o possibilismo
que foi colocado aí o Vidal De La blache a geografia alemã Eliana diz então que o ambiente determina o quadro social ele molda a sociedade é a geografia francesa Olá Bastiana vai dizer que o ambiente propõe e a sociedade dispõe né ou seja o ambiente é tem suas condições e uso desse ambiente vai depender de como a sociedade se organiza socialmente Tecnicamente economicamente para transpor aquelas limitações e o espaço a impõe à sociedade É verdade rádio seu ao final da sua vida vai também na direção aí da Concepção lablachiana né abandonando um pouco a ideia
de determinismo geográfico am rádio tinha uma ligação aí forte com Darwinismo em que a essa ideia da competição entre as espécies né então aquele conceito de Espaço Vital é muito importante para ele né segundo ele os países é que que tem uma força maior precisariam de um espaço a mais para se expandir na seria o Espaço Vital para esse povo essa nação e ele justificou dessa forma o imperialismo alemão a la blache por sua vez ele se ligou ao evolucionismo mais pela vertente aí delamar enfatiza não há competição mas a cooperação então por isso a
visão dele vai ser diferente da de rádio é na geografia contemporânea Mundial existe a consolidação dos conceitos de região geográfica ou região paisagem mais temos hoje e as monografias regionais lá bastianas tiveram bastante sucesso e foram também aí o piadas por muitos países né também a Alemanha que foi um outro grande ninho né da geografia nascedouro da geografia também se dedicou a fazer as as monografias região elas foram então a propostas pela geografia francesa no início do século 20 a estrutura dela é uma descrição do ambiente seguido de considerações sobre a sociedade a economia uma
região é uma unidade posso espacial singular e limitada por um elemento natural do qual se desenvolve um modo de vida e o gênero de vidro gênero de vida apropriado ao espaço e nessa perspectiva francesa o estatuto ontológico né ou seja o ser da região independe do pesquisador trabalho de campo é fundamental para conhecer a região estudada então como eu disse Essa região é dada ela está ali e o pesquisador vai apenas reconhecer a natureza dela a exemplo da divisão regional vidaliana César é esse aqui Aqui nós temos no mapa um a as regiões pedológicas né
ou seja de solo existe um solo a e um solo B no mapa um de nós temos as regiões climáticas então nós temos um clima de e um clima C e no mapa cê nós temos as as regiões de vegetação Então existe uma vegetação de tipo e uma vegetação de tipo é e no mapa um de nós temos as regiões etno linguísticas Então existe uma língua no território ge existe outra língua nessa parte ha-1 entre cruzamento dessas informações vai dar o mapa um e e é assim então a sobreposição dessas variáveis aí vão dar a
divisão regional então por exemplo a região a c&g essa primeira aí ela é uma região diferente de todas as outras ela tem a o solo a em o clima se tem a vegetação e e tem a língua G as outras e tem um outro elemento mas nunca são iguais Então essa é a lógica da divisão regional Vila adyana E aí e também existiram as monografias regionais alemão embora raça eu tenha visto ambiente de forma de tenista ratner e outros se aproximavam da Concepção francesa incluindo o desenvolvimento das monografias regionais offer at foi importante geógrafo da
escola alemã né E valorizou bastante as monografias regionais e para Hatch não é o estudo do Espaço das regiões pertence ao campo das ciências do Espírito ciências hidrográficas usa o método corológico a já indo aqui para o final desse slide vou explicar essas palavras vídeo significa algo que é próprio hum vídeo vem do grego vídeos significa próprio individual particular bom então a a região ela é particular ela é singular ela não ocorre de mesma forma em uma outra localidade então o objeto da geografia ao estudar as regiões seria uma ciência hidrográfica estuda fenômenos que são
únicos é o método do corológico ele é se refere ao estudo de algo que é determinado situado o couro vendo grego couro significa sítio determinado lugar determinado e nome vem de Norma no grelo então aquilo e por norma se comporta como um lugar determinado e delimitado e nesse caso a região a ela tem uma natureza que é delimitada no espaço o princípio da diferenciação de áreas conduz ao estabelecimento do conhecimento regional como produto supremo do conhecimento geográfico é através da região a geografia garantiria um objeto próprio método específico de uma interface particular entre a consideração
dos fenômenos físicos e humanos combinados e considerados em suas diferenças locais então a vantagem de geografia trabalhar com as regiões seria ela ter um objeto de estudo próprio e também um método específico relacionado ao tratamento das regiões resolveria alguns problemas aí para a consolidação da geografia enquanto ciência e e para passar de schutter também aí alemães as regiões deveriam ser estudadas dentro de um esquema lógico de padrões genéticos e funcionais segundo os estudos nomoteticos os estudos nomoteticos eles uma palavra é nomo O que significa que eles estão relacionados a uma Norma a uma lei ao
que é geral ou seja a comparação dos objetos nesse caso a comparação de uma região um um grupo ao qual ela tem feições semelhantes a então não haveria a possibilidade de comparação entre as regiões bom então isso vai ser uma característica mais forte na geografia alemã do que na francesa né essa possibilidade aí de criação de leis sobre o comportamento desse objeto que são as regiões Oi e aí nós temos Heart Charm nos Estados Unidos e uma contribuição que foi muito importante para o debate da geografia para a sua consolidação enquanto ciência e a evolução
aí da discussão sobre seus métodos de seu objeto de estudo a obra magna de hartshorne foi referência na discussão sobre o método geográfico por duas décadas ou seja de 39 quando the night of geography publicado a pé 1959 é o método Regional ou seja o ponto de vista da geografia de procurar na distribuição espacial dos fenômenos a caracterização de unidades regionais é particularidade que identifica e diferencia a geografia das demais regiões Então hartshorne vai dosar aí bastante a contribuição da Alemanha e da França na criando uma proposta e para geografia E aí a parte Shopping
valoriza a posição de rapina de que a região é o objeto específico da geografia e o método Regional seu procedimento científico característico mas hartshorne vai além e coloca a região como um construto intelectual a região é um produto mental na forma de ver o espaço que coloca em evidência os fundamentos da organização diferenciada do espaço então a heart Charm vai aí nessa contribuição do shutter passagem é de que a Geografia pode É sim determinar leis e de comportamento desse objeto que ela estuda que são as regiões é não apenas estudar na região como algo único
mas público possibilitar a comparação entre elas em Paraty Charme a região deveria ser estudada tanto pela perspectiva hidrográfica ou um objeto único singular ou nomotética aquela e geraria as leis de comportamento dos objetos estudados exaltando o sintam A primeira é ou seja tomando a região sobretudo como algo tem uma singularidade marcante a região é o mesmo tempo o campo empírico de observação e o campo de verificação das relações Gerais então ele vai esse meio termo aí por isso a valorização da sua obra da sua proposta e aqui coloquei só um mapa ilustrativo né do japão
com as suas regiões aí Oi e aí nós temos um período que se abre aí com o pós-guerra é o nascimento da nova geografia também chamado geografia teorética ou geografia quantitativa o período do pós-guerra até meados da década de 1970 o mundo se caracterizou pela expansão capitalista ou e o modelo americano né de de vida o american way o pai o sonho americano né de sucesso profissional e crescimento também havia a crença do planejamento público e privado Essa época do fordismo na expansão da indústria e de acumulação a capitalista bem acelerada né é diferente dos
dias de hoje o ou seja de meados da década de 70 nós vivemos é crises atrás de crises né é diferente aí do período que vai do pós-guerra até meados da década de setembro e a nesse período aí do auge do capitalismo podemos dizer assim a existe a crença na sanção política do trabalho técnico né ou seja os cientistas técnicos eles poderiam a ter uma invenção política pois o que hoje já não se acredita muito não existe a trabalho e não se posicione politicamente também houve nesse período pós-guerra a cientificização das análises da realidade o
meio de dados estatísticos Então os números a matemática estatística oi aí a base para diversas ciências e mesmo ciências o que haviam nascido a negando um pouco essa influência da Matemática elas estiveram essa guinada Como foi o caso da geografia né então a o positivismo o ou seja análise lógica cartesiana ela foi tomada aí como a única base que a ciências poderiam adotar EA geografia foi nesse sentido então e na nova geografia a região foi tratada de uma forma diferente daquela da geografia clássica a geografia clássica sofreu uma dura crítica EA partir da década de
1950 adoção da região como objeto e método Regional e do simpático ou nos pontos de maior divergência nos trabalhos desses críticos objeto de estudo da geografia Deixe de ser a região e passa a ser um espaço o método Deixa de ser o Regional monográfico tornando-se A análise lógica como nas demais ciências o estabelecimento de regiões passa a ser uma técnica da geografia meio para demonstração de uma hipótese e não mais um produto final do trabalho de pesquisa é regionalizar passa a ser a tarefa de dividir o espaço segundo diferentes critérios e são devidamente explicitados e
variam segundo as intenções explicativas de cada trabalho então uma mudança substancial aí na na concepção do que é fazer geografia o que é a ciência geográfica e do que é o objeto de estudo da geografia em jejum a diferença entre os termos regionais da geografia clássica e os termos classificatórios que vem aí com a geografia Norma nova geografia quantitativa é a região uniforme da geografia clássica se tornará uma classe de área nessa geografia quantitativa o sistema Regional se toma se torna um sistema classificatório a região definida com o único aspecto será a classificação de uma
única categoria é o seja de um único critério é a região definida com aspectos múltiplos passa-se a classificação com mais de uma categoria o lugar será entendido como o indivíduo e esse indivíduo pode ser uma classe também nesse nessa delimitação não é é uma classe delimitada segundo o único e e os elementos da geografia nas regiões serão as características diferenciadoras nessa nova ciência e os elementos da geografia serão as características diferenciadoras nesse novo mundo on e a geografia Regional seria então a atenção focalizada em classes diária ocorre da região seria e mel a delimitação da
região seriam indivíduos ocorre da região que seria e na geografia clássica aquele núcleo da região será novo método indivíduo os modais indivíduos similares Esse é o limite regional quem será o intervalo de classe e a escala será o número de classes da águia bom então É de fato aí uma mudança significativa como vocês podem ver aqui vocês podem ver uma divisão regional hipotética dentro aí do trabalho da geografia quantitativa existe Existem os dados eles vão de 1 até 20.2 e eles estão aí divididos em grupos e nós temos uma primeira região aí que vai de
1 até 2.1 nos valores deram esses valores podem ser qualquer coisa por exemplo a renda de uma região da cidade né uma renda uma renda baixa média e alta então tem essa 1ª região tem uma segunda que vai de 7 até 7.9 o informe conjunto que está longe daquele ali que termina em 2.1 e que também está longe da 3ª Região e vai começar um 17.9 e que vai até 20.2 então com base nos valores das unidades Existem várias unidades de classe aí elas estão Reunidas por faixas de frequência então aquelas frequências que são próximas
elas formam conjuntos esses conjuntos são considerados regiões e vamos supor que isso aí é uma cidade e que existem bairros esses bairros estão agrupados em regiões se considera ser diferentes entre si é como eu disse a regionalização na geografia quantitativa e ela deriva da análise lógica é uma área e da matemática e tentam as tipologias de regiões não existe as regiões simples com um critério existe as regiões complexas quando se adotam mais de um critério esse sem também as regiões homogêneas e as regiões funcionais o polarizadas as regiões homogêneas ao selecionarmos variáveis verdadeiramente estruturantes do
espaços do espaço os intervalos nas frequências e na magnitude dessas variáveis estatisticamente mensurado definir espaços mais ou menos homogêneo Oi e aí teremos um mapa uma área de abrangência para cada região as regiões funcionais o polarizadas a estruturação do espaço não é vista sobre o caráter da uniformidade espacial Mas sim das múltiplas relações que circulam e dão forma a um espaço que é internamente diferenciado em nós teremos um mapa com pontos serão os povos e nota-se que a região vida a Liana seria considerada aqui uma região homogênea complexa homogênea porque ela abrange uma área não
é formada por pontos e complexa porque adota diversos critérios e aqui um exemplo do produto que se tem utilizando a geografia quantitativa para regionalizar a nós temos aqui nove regiões e apenas 5 tipos isso quer dizer que existem regiões estão na mesma categoria eu poderia ser por exemplo a mapa de industrialização aí nós teremos iríamos uma industrialização bença uma industrialização Média a industrialização a inexistentes por exemplo né nessa escala e de industrialização não vejam nós temos três regiões iguais e outros três iguais também e o restante das três regiões cada uma ocupa uma classe Então
é assim que se dá é diferente daquela regionalização de daliana é o que ocorre a repetição é de um tipo de região e ela não é singular não é única é importante para nós entendermos como se trabalha na geografia quantitativa entender a teoria dos grafos essa teoria ela se refere ao fluxo entre pontos e ela vem da matemática ah e hoje é muito utilizado também para o manejo de dados aí sobretudo da internet de mercado não é uma infinidade de estudos de decisões estudos complexos por exemplo como a preferência de clientes com base no nas
páginas que eles visitam na internet né toda aquela personalização que os aplicativos em sites vão fazendo né para aquele cliente eles são baseados nesses estudos aí de gráficos né computadores fazem isso mas antes dos computadores essa teoria já era utilizada aí na matemática em outras ciências exatas e também foi utilizado nas ciências humanas e sociais EA geografia adotou ela né então aqui por exemplo nesse exemplo G nós temos aí as possibilidades de comunicação entre o ponto b e o c Por Exemplo né a opção que vai direto de b a c a opção que passa
por a para chegar a ser e outra que passa por de para chegar a ser um exemplo G linha nós temos aí a comunicação entre a e d e apenas isso a única possibilidade bom então a esse é um um exemplo aí do trabalho de análise né que é feito com os gráficos agora nesse exemplo nós temos a logística como o nosso problema a ser analisado o filme primeiro mapa ele mostra o trajeto que é necessário fazer no Brasil para se chegar em cada um dos Estados então Aqueles estados que são adjacentes que tem fronteiras
uns com os outros eles vão ter a mais possibilidades né de interligar as linhas de tráfego de logística né então por exemplo a Bahia é um grande estado né então ela ela intermédia vários outros né aí da da região centro-oeste Sudeste Nordeste né pode se passar pela Bahia para ir para vários lugares já o Rio Grande do Sul não posso sai dele para ir a Santa Catarina ou para outros estados passando necessariamente por Santa Catarina Então essa é a análise o segundo um exemplo nós temos aí já um estudo de logística colocando as distâncias entre
capitais então a essa é uma chave de decisão para se tomar em relação ao custo de uma viagem por exemplo AM e essa figura aqui ela representa o produto de um mapeamento com base na teoria dos grafos Ah e eu não sei exatamente do que se trata peguei na Internet existem vários exemplos né mas o fato é que é esses são pontos de fluxo né então vejam que o ponto lilás ele ele tem dominância hegemonia no lado norte aí desse mapa e enquanto a mais ao sul a dominância dele é menor Então esse é o
tipo de análise e é feita Essa é um mapa resultante aí dessas análises Seria tipo um tipo de um gráfico né que mostraria a totalidade aí dos fluxos o existente entre os ombros as análises sociais também podem ser analisadas por meio de gráficos nesse caso aqui é um sábio de decisão para a a organização de dados sociais então envolve aqui nível de escolaridade a localização né a Longitude Latitude e a classe social né então são Dados sociais e vai gerar aí uma tabela pode gerar um gráfico também nesses dados e as análises espaciais continuam sendo
feitas por meio de gráficos automatizado por computadores aqui por exemplo tratamento de uma imagem do satélite haste para detectar a áreas florestais e não florestais segunda sua categoria de uso né dará um mapa de uso e ocupação do solo nessas categorias que nós temos aí abaixo né Campo da Saúde agropecuária florestas umbrófila de três tipos diferentes bom então a isso pode ser automatizado e normalmente é automatizado para se fazer esses mapas de vegetação né Às vezes tem algum trabalho humano mas tem também uma parte que é automatizada a geografia Regional quantitativa retomou os pioneiros da
teoria da localização e no âmbito e da economia espacial a geografia demorou muito a na sua consolidação a considerar os estudos da economia espacial que é um ramo da economia e trata dessa questão espacial da influência espacial no meio econômico é mas quando vem a geografia quantitativa a partir da década de 50 São retomadas estudos aí que já eram plásticos serão importantes né passaram a ser importância nesse momento é o vão TuneIn é um economista alemão do século 19 e lhe propôs um modelo no qual as atividades agrícolas dispersas ao redor de um centro Urbano
são agrupadas formando situações ou anéis e tem sua localização determinada principalmente pela distância da cidade Central bom então ele fez esse estudo assim como o estudo também é da evolução das Fronteiras tentou entender por exemplo avanço da Fronteira nos Estados Unidos para o Oeste né ó E aqui nessa imagem nós temos uma a ilustração mostrando aí uma cidade Central como ela organiza os anéis em torno dela ela tem esse poder de organização do espaço né então ao redor dela vai haver um anel que é usado para legumes e hortaliças outro para madeira outro para lavouras
agora uma cidade pequena ela não consegue organizar o espaço ao seu redor então vejam que nesse exemplo aí o espaço ao redor da cidade pequena é organizado pela cidade maior e aqui seria um exemplo nesse mapa do estudo das atividades agropastoris em torno de São Paulo então São Paulo estaria estruturando esse espaço aí fazendo com que por exemplo atividades o maior uso de tecnologia esteja mais próxima São Paulo e enquanto áreas que estão mais longe o utilizam Mendes tecnologia Esse é um fato que ocorre em relação a São Paulo quando se trata aí de agricultura
agropecuária a essa intensificação quanto mais próximo se está da cidade de São Paulo ou da região metropolitana de São Paulo e também dentro da teoria da localização a um outro autor Wolf beber irmão o dvd-rom sociólogo e ele é um alemão também sociólogo além de economizar né Ele criou a teoria da localização das indústrias publicada aí no seu trabalho de 1909 Então esse é um exemplo né ali existe a localização Industrial existe os campos espaciais importantes aí parece indústria né área de onde ela vai obter matéria-prima um a matéria-prima 2 e a uma área de
demanda ou seja de distribuição de comercialização desse produto que a indústria produz né E aí envolve o custo do transporte né então esses estudos aí foram importantes se tornaram bases para essa geografia quantitativa o outro teórico é o Walter christaller um geógrafo alemão e ele a se ligou anal ao nazismo Então os estudos dele embora importantes e bem feitos Eles foram obscurecidos não é por essa ligação que ele teve com o nazismo Ele criou a teoria dos lugares centrais e fez estudos dos sistemas urbanos esse mapa do lado e mostra a o resultado do estudo
dele da área de influência das cidades é o modelo que até hoje é utilizado inclusive IBGE faz para o Brasil alguns estudos desse né que no nosso caso se chama regiões de influência das cidades chama regic falar um pouco mais depois sobre eles para você Olá aqui é o exemplo de regiões homogêneos e nós temos a divisão regional do Estado de Goiás uma regionalização já foi substituída por outras agora nós temos uma nova regionalização com regiões intermediárias e regiões imediatas mas eu vou tomar esse exemplo aqui para explicar para vocês o que seriam regiões homogêneas
Aqui nós temos a mesorregião centro Goiano e ela reúne uma área aqui mais ou menos tem uma ligação histórica e econômica bom então envolve aí a área metropolitana de Goiânia e outras ou morde Anápolis Anicuns séries e de Iporã a essa regionalização ela faz mais sentido os Condados da década de 70 80 do que com Os Atuais por isso Houve essa mudança E hoje nós temos uma outra regionalização a vejam que no segundo o mapa tem a microrregião de Iporá e ela envolve aí Alguns municípios além de Iporá vários outros municípios adjacentes à ela e
no terceiro a localização de Iporá dentro da microrregião de horário da mesorregião do centro Goiano o chamado região homogênea porque nós estamos assumindo que existe uma mesma natureza dentro da mesorregião nós estamos assumindo que tem a uma mesma natureza na microrregião também por isso nós chamamos de regiões homogêneas as regiões polarizadas ou funcionais elas funcionam com base na hierarquia entre as localidades entre os pontos no espaço então o IBGE utilizava um esquema clássico aí para criar o mapa de regiões de influência das cidades a que me referi há pouco Regi Oi e o esquema atual
do trabalho de 2007 da análise de 2007 seguiu um outro esquema de hierarquia né inicialmente os trabalhos anteriores existe as hierarquias inúmeros agora a metrópole nacional ela se liga ao as metrópoles regionais Centro Regional cidade local e Vila eu vou falar um pouco mais sobre Esse regime e em Iporá no regic é um centro de zona a está no livro de outros municípios como Caldas Novas Catalão Ceres Goiás Jataí ou seja são cidades que organizam um pequeno número de cidades adjacentes estão ali fazendo fronteira com mesmo município ou que têm uma ligação Econômica importante né
então são cidades e vão ter os hospitais universidades comércio acessados por a pessoas de outros municípios então não se tornar esses centros de zona a é a menor centralidade que há entre as cidades e esse mapa é do regic eu estou aqui a privilegiando assinalando aí a área de Iporá aqui acho que vem meu mouse aí né A bom então esse é o mapa sintético das relações que há entre as principais cidades do Estado de Goiás e vejam que Iporá é importante aí para esse Oeste Goiano na verdade quando se fala Oeste Goiano é uma
nomenclatura Popular não existe uma região chamada Oeste Goiano considerando-se aí o trabalho do IBGE e nós estamos na microrregião de Iporá na regionalização Antiga e na regionalização de 2018 nós estamos na região imediata de Iporá e faz parte da região intermediária de São Luís de Montes Belos um toque uns um mostrando as ligações aí sofremos influência de Goiânia assim como todas as outras localidades importantes do estado E aí E aí é bom aqui aparece Iporá também como um centro de gestão do território isso aqui quer dizer que por exemplo algumas regionais de administração pública e
privada Estarão aqui em Iporá então Aqui nós temos por exemplo um escritório da Unimed que é Regional nós temos um escritório Regional da agrodefesa nós temos uma unidade dos Correios uma unidade do Vapt Vupt e isso mostra então a a importância que Iporá assumir aí é É nesse espaço em redor do município o que mostra também que Iporá faz parte da ligação que em Barra tem com o estado de Goiás Ah e por a também é rota né para barrar Então nesse mapa aí colocou se por ar também tá vendo existe uma ligação direta de
Goiânia com Barra do Garças mas existe há uma ligação importante de Iporá com Barra do Garças também e Os destinos destinos dos transportes coletivos mostra Iporá e sendo importante também ah não só porque a é a rodoviária que algo importante mas porque existe um grande fluxo também de pessoas que vem né acessar o serviço de saúde de educação é acessar o comércio de Iporá é a origem dos insumos de produção agropecuária também coloque por aí como o município muito importante é de fato nós temos aqui um comércio pujante né nessa área de produtos agropecuários que
servem esses municípios aí que estão próximos e o destino da produção agropecuária também Mostra aí Alguma relevância de Iporá e o destino da produção agropecuária também andar de estar aqui aí aí furar isso quer dizer que a comercialização da produção agropecuária em Iporá o ou seja o armazenamento né não à venda posteriores produtos ocorre em Iporá em deslocamentos para Serviços de Saúde mas temos vários hospitais particulares aqui e ele serve então a população de Iporá mas também a população de outras cidades o deslocamento para cursos superiores ao RG já é antiga Iporá tem a faculdade
de Iporá também a fine e recentemente o ief Goiano né então isso torna Iporá bastante importante em relação à formação Universitária esse mapa de Goiás ele mostra aí a basicamente e sobretudo as cidades que têm unidades da UEG E aí no no interior né Goiânia Rio Verde Anápolis Brasília terão aí algumas faculdades particulares mas o interior sobretudo é a presença da UEG isso mostra a importância da Universidade né para que a população é do interior do Estado tem esse acesso à formação Universitária o deslocamento para compras Como já reforcei em outros slides né é bastante
importante também e aqui o esquema da hierarquia urbana Goiânia está aí influenciado todas essas localidades vejam que nessa última linha aqui existe influência direta de Goiânia a Iporá e depois de implorar a influência para esses municípios fazem parte da microrregião e Vamos retomar agora alguns acontecimentos básicos para se entender a História da Geografia para nós continuarmos a falar é da geografia crítica e do seu proceder na regionalização ou então ocorreram algumas coisas no mundo e no Brasil eu tô colocando aqui nesse quadro lá do lado para nós entendermos a geografia no mundo e quanto estava
e se desenvolvendo com um Bolt Hitler ou seja os pioneiros da Geografia no Brasil Ainda não tínhamos a universidades Então o que houve aqui no Brasil foram ou é a vinda de comitiva científicas europeias né da França da Austrália e outros países sobretudo aí com a vinda da família imperial houve abertura dos portos E aí do ponto de vista econômico mas também do ponto de vista científico a rádio vive aí é da segunda metade do século 19 e no Brasil nós tivemos a criação do Instituto Histórico e geográfico do Brasil em 1838 já é aí
a algo aproximado da geografia ainda que não tenha uma natureza acadêmica puramente né ele 1890 1950 ao estabelecimento das escolas nacionais sobretudo alemã Francesa e estadunidense em São Paulo nós temos em 1934 a criação da Universidade de São Paulo O que é ih a criação conjuntamente da faculdade de geografia no Instituto é que vai abrigar o curso de Geografia na USP em 1936 tens também a criação do IBGE é um Marco importante aí é de 1950/1970 está se desenvolvendo no mundo a geografia quantitativa teorética e no Brasil também Houve essa tendência apesar da nossa raíz
se a geografia francesa ouvir uma moda e dos estudos técnicos nas regionalizações naqueles moldes baseados nas estatísticas né nos gráficos e após a década de 1970 o mundo desenvolvimento da geografia contemporânea no Brasil nós temos um Marco que a em 1978 no congresso da GB ao lançamento de um livro muito importante do Milton Santos chamado por uma geografia nova porque a geografia quantitativa se chamava nova geografia aí eu título é por uma geografia nova né ou seja uma inversão apontando aí para uma geografia um cunho social mais relevante né baseado no Marxismo Isso vai ser
importante no mundo e no Brasil também assim como outros correntes da geografia geografia cultural humanística também é parar sucesso aqui no Brasil é um livro muito importante nessa transformação da geografia nessa guinada para uma geografia radical crítica Oi o livro do Ivo Lacoste a geografia serve em primeiro lugar para fazer a guerra nesse livro ele retrata como a História da Geografia foi a história de uma ciência que se colocou a ao serviço de governos a totalitários e como ela embasou guerras imperialismos Oi e o efeito disso na realidade então é papel do geógrafo e a
pensar sobre o alcance o limite do seu trabalho do ponto de vista social político e a se colocar aí em favor de um mundo mais justo é de um mundo aqui negue um pouco Da Lógica perversa do capitalismo Que Tem jogado a na sarjetas na miséria uma grande parte da população mundial é uma geografia não poderia segundo a costa é prosseguir nesse caminho de fechar os olhos para a realidade social Nilton Santos com golpe de 64 ele é obrigado a sair do Brasil e passa por diversas universidades na Europa e em outros países é de
fora da Europa e é um grande estudioso muito respeitado e traz para o Brasil quando ele retorna uma influência marcante das correntes que estão em voga aí nos países mais avançados Então vai ser importante a contribuição de Milton Santos para renovação da geografia ele nos deixou em 2001 Talvez o maior geógrafo brasileiro a quem acredita eu sou um dos que acredita o que ele foi o maior segundo maior Marcelo Lopes de Souza ainda vivo da UFRJ é o segundo maior e ele foi homenageado aí é em um dos seus aniversários pelo Google né que coloca
temas relevantes e a e essa capa de uma das edições mais novas do livro por uma geografia nova que coloca aí as bases de uma geografia baseada no materialismo histórico dialético na teoria crítica marxista e que teve um Impacto Profundo para nós o outro livro muito importante do Milton Santos e ele em outras áreas do conhecimento é muito conhecido mais pela discussão que ele faz sobre globalização é esse livro chamado por uma outra globalização é um livro muito importante e oportuno né para se debater sobretudo a lógica perversa que está aí a e movimentando a
economia global é um livro muito importante para quem quer conhecer mais desse processo de globalização e dos processos adjacentes à a globalização e é a dos totalitarismos políticos e da pobreza Urbana e também da exclusão de muitos espaços do desenvolvimento Mundial tão uma leitura oportuna que até importante que vocês façam né Em algum momento aí de recesso de férias peguem um desses livros Vasco sair faça uma leitura que vai contribuir bastante para a ampliação da visão de vocês leitura que nós não conseguimos fazer dentro das disciplinas A importante que vocês façam Tá bom então a
geografia nova chega ao seu limite e temos o surgimento da geografia crítica geografia nova a interpretação das regiões funcionais se fez predominantemente de uma forma tributária da interpretação macroeconômica de inspiração neoclássica assim o foi na base dos modelos espaciais de Cristal e Ferb odevanto nem que eu mostrei a vocês anteriormente ao valorizar os fluxos entre as cidades seja de mercadorias e serviços mão de obras etc remete a integração do espaço ao sistema econômico vigente ou seja ao capitalismo naturalizando esse capitalismo Por isso as noções de mercado e rentabilidade recebem destaque nos estudos da geografia quantitativa
geografia nova e por isso ela vai merecer toda crítica que foi e ela essa renovação da Geografia vai criticar tanto a geografia clássica quanto à geografia nova quantitativa Oi e aí a influência de Marx Marx já está aí descansando Mas ou menos sua pipoquinha e vendo as suas ideias fazerem sucesso aí pelo mundo né não é só por ser de Marx que suas ideias fazem sentido e são importantes nos dias de hoje é porque o modo de produção capitalista Ele ainda está vigente enquanto ele estiver vigente também a teoria marxista que é uma teoria totalmente
adaptado e feita para entender o capitalismo vai estar vigente também Que bom então hein Marques nós temos o conceito de modo de produção Essa é a base da teoria marxista e o modo de produção por exemplo o modo de produção capitalista ele tem a sua feição a [Música] concreta como formação socioeconômica ou formação econômico-social dependendo da tradução cuja obra se fosse pegar Nossa noção de Formação socioeconômica e criaram o conceito de regiões como formações sócio-espaciais meio que transferindo essa ideia e o Marxismo tem da formação socioeconômica para o espaço regional o SUS também a ideia
da região como uma totalidade espacial Ou seja no processo de reprodução da vida a sociedade Eles produzem seus espaços de forma determinada e ao mesmo tempo são determinadas segundo os princípios da lógica dialética bom então a não há uma grande renovação teórica por parte da geografia crítica mais os conceitos marxistas são trazidos para geografia e nós teremos aí Novo Olhar uma nova perspectiva mais preocupada com o social do conhecimento da geografia e dos próprios processos que são estudados né as relações de poder as relações entre classes sociais à pobreza Urbana segregação as regiões perdedoras as
regiões ganhadoras do processo de desenvolvimento estarão aí no holofote dessa geografia crítica a aproximação dos conceitos da economia política com a região não resultou em verdadeiro enriquecimento conceitual isso porque do enxerto dos instrumentos teóricos do materialismo histórico e dialético Não surgiu um conceito de região efetivamente operacional e muitas vezes a ideia evolucionista e mecanicista predominou revestida de um vocábulo marxista frequentemente a dialética se transforma em determinação histórica mecânica onde o estatuto da especialidade poucas vezes adquirir Independência explicativa e neste vaco a totalidade sócio-espacial se transmutam na velha ideia da síntese e regional reforçando-se assim as
concepções metodológicas da geografia clássica Então essa é uma crítica que cabe a geografia crítica A de que ela não conseguiu uma a criação um jeito de região a legítimo e operacional ainda que seja muito rica análise que foi possibilitada pelo uso de instrumentos de Marx na geografia e a para geografia radical geografia critica a diferenciação do espaço se deve antes de mais nada a divisão territorial do trabalho e ao processo de acumulação capitalista que produz e distingue espacialmente possuidores e despossuídos essa forma identificação de regiões deve ser a ter aquilo que é essencial no processo
de produção do espaço Isto é a divisão socioespacial do trabalho então a com uma realidade dessa como nós temos aqui nessa foto o Morumbi em segundo plano no primeiro plano A a favela de Paraisópolis em São Paulo foi necessário e as Ciências não só a geografia se voltassem para a teoria marxista isso ocorre então com a história sociologia o e outras áreas porque é essa essa divisão entre ricos e pobres no mundo ela se tornou a escandalosa né um nível de urbanização que nós alcançamos e com a Evidente é diferença entre as classes uma diferença
de acesso aos recursos é muito grande as novas regionalizações foram estabelecidas tendo em vista os diferentes padrões de acumulação o nível de organização das classes sociais e o desenvolvimento espacial desigual entre outras análises e a geografia radical preserva muito da metodologia quantitativa já que também se atenta as determinações econômicas mas da menor ênfase aos números preocupando-se mais com o conteúdo social das análises é claro que os números são importantes até porque como próprio Marx faz suas análises é muito importante o uso dos dados empíricos os dados a que são coletados da realidade porque também é
uma um tipo de análise que tem uma base econômica muito forte Então tudo o que se refere a economia a produção é importante para esse tipo de análise mas análise é feito com uma outra preocupação ela é feita para desvendar a dinâmica social e gera a é é é e excludente dos Trabalhadores no mundo capitalista e de outro lado acumulação Por parte dos detentores dos meios de produção e Oi e aí uma dessas preocupações como essa foto traz aqui né é o desemprego é um tema importante aí para a geografia radical falamos geografia radical geografia
critica a mesma coisa tá assim como a geografia quantitativa teorética ou nova tem também todo esses nomes a geografia crítica ou radical também tem mais de um nome e a Há muitos exemplos que eu trago para vocês do uso da teoria marxista pela economia os sociólogos por geógrafos é quando se fala sobre a modernização dos países a industrialização a teoria das etapas de desenvolvimento que trata da modernização ela foi entendida sobretudo do pós-guerra até meados da década de 70 como um processo natural de todo o país que se organizasse industrialmente é acreditava-se e haveria e
é uma trajetória dele sair de uma condição pré-industrial para uma condição Industrial depois chegando ao a condição pós-industrial no mundo bom então parte do esquema histórico de Colin Clark dessas fases de pré Industrial industrial e pós-industrial também fui a teoria das etapas de desenvolvimento de rosto dizendo que nem todos os países ou regiões descolar iam ao mesmo tempo e se descolar é adentrar no processo de desenvolvimento econômico e também o ciclo de produto de inverno on next seria essa divisão aí entre os países do fabrico de mercadorias no mundo bom então vejam que essa teoria
assume que qualquer país pode fazer essa trajetória mas a realidade vai mostrar e muitos países embora estejam totalmente interligados a economia Global eles não saem daquela condição de exportadores de matéria-prima muito mal remunerados né de exportar produtos um valor agregado muito baixo então a realidade mostra algo bem diferente dessa teoria das etapas de desenvolvimento Oi e aí nós temos então o surgimento da teoria da dependência que é baseada na teoria marxista e a o CEPAL a CEPAL que a comissão Econômica para América Latina e Caribe no início da década de 1970 ela produz um estudo
aí que foi adaptado para a condição da América Latina e ouvir o surgimento da de uma teoria que explicou de forma diferente o desenvolvimento global e o papel de cada país na globalização e essa teoria entende como globalmente estruturada o sistema econômico do mundo que assumiria e uma feição centro-periferia existiria um centro econômico tecnológico e científico no mundo existiria uma periferia nesse sistema econômico Global aí a contribuem a teóricos como o Cardoso né o Fernando Henrique Cardoso o Celso Furtado além de outros né com os leite eu falei e tu é está baseado aí na
ideia de uma divisão internacional do trabalho uma ideia original de marcas o E assumir que o desenvolvimento de uns países era o revés do subdesenvolvimento de outros ou seja para uma região do mundo algum grupo de países se desenvolver é necessária nessa dinâmica global que outras áreas do mundo outros países sejam pilhados sejam aí subjugados a um papel secundário nessa economia Global então nós teremos a uma Economia interligada em que a execução e da produção estaria sobretudo aí a execução de uma economia pouco tecnificada e com baixa mineração localizadas nos países pobres o fabrico qualificado
em países intermediários EA concepção dessa produção ela estaria localizada e nos países mais avançados então haveria aí um centro à periferia uma cm Periferia entre os dois e esse eram um sistema e funciona a de forma interligada então não existe a história de um país que seja de descolada dos outros né então um país é subir desenvolvida periférico porque ele está na periferia de um sistema que é Global e um país que a central ele também a culpa aí uma ligação com países que estão e no intermédio e também na periferia Ou seja a riqueza
que vai para as nações mais ricas são produzidas também por esses outros países aí periféricos a outra influência que nós teremos na geografia a partir de meados da década de 70 será a filosofia humanista que dará origem a geografia humanística humanista e também a geografia cultural a filosofia humanista refuta ainda mais que a Geografia radical análise lógica da geografia quantitativa ela resgata elementos que já estavam presentes nas primeiras escolas geográficas sobretudo na corrente lablachiana que foi então ofuscado aí né pela geografia quantitativa é ela é retomada Então por essa ocorrência da geografia humanista reforça a
importância da consciência e sentimentos regionais mentalidades regionais é a região é vista como um espaço vivido um quadro de referência na consciência da sociedade a referência definir o código social comum e tem uma base territorial então ela vai ser muito importante para essa análise Regional de um cunho mais social mais do ponto de vista mais dos afetos dos laços territoriais comunitários é diferente dessa da Visão da geografia crítica aqui ao a preocupação humanista a mais por outro lado mais psicológico mais afetivo mais das relações que se constroem aí no espaço é a base desse pensamento
vem aí da fenomenologia e tem o como principal expoente Edmundo husserl e e antes dele tem um frango plantando Mas não é isso não é tão falado quanto o próprio usa a e também tem marca em Rider que é importante aí foi discípulo meio Rebelde do seu mas importa que essa teoria da fenomenologia ela foi importante aí para o desenvolvimento de diversas áreas como a psicologia e o importante filósofo que fez chegar a várias Ciências Sociais e humanas as ideias da fenomenologia Oi o filósofo jean-paul Sartre francês influenciou bastante aí os marxistas mas não só
eles A fenomenologia ela se interessa pela manifestação da realidade o fenômeno da consciência ou seja busca entender como ocorre a compreensão da realidade pelos seres humanos representam a resistência à busca da eliminação da metafísica em favor do empirismo lógico em voga no século 19 e 20 a coisa como um fenômeno da consciência a noema é a coisa que importa para isso fosico coloca o mundo entre parênteses o meio que desconsiderando aí é o mundo material e analisa a experiência apenas na consciência é uma preocupação importante dessa corrente filosófica é a intencionalidade que está ligada ao
pensamento autêntico muito utilizado nas ciências humanas então isso vai vai ser a base aí de uma geografia como a do escuto ãh escreveu livros muito importantes para nós geógrafos livros muito bons lê eu li esse espaço lugar e esse topofilia é fenomenal uma leitura e assim que você não quer parar de ler de tão interessante que é ele traz um perfil aí psicológico um perfil da ligação afetiva com o espaço como é que isso se constrói né a ideias por exemplo de como a distância é uma coisa para se pensar a na mensuração é mas
quando se pensa no esforço que uma pessoa tem para se deslocar à distância é vista de outra forma né então por exemplo e por a antes de termos é a rodovia asfaltada indo para Goiânia deslocasse até a capital era uma distância muito grande enquanto hoje né sobretudo quando há essa rodovia agora já está sem buraco né Tá nova só nós podemos considerar que a distância entre por aí em Goiânia não é uma grande distância né chegamos lá com duas horas e pouco mas a 30 40 anos atrás era uma viagem mais penosa né Essa em
quando não tinha nada de asfalto então a distância ela do ponto de vista humano ela não se mede apenas com as medidas ela se mede com o curso para quebrar essas distâncias Esse é um dos exemplos que o clã as nesses livros e vai ser importante então para essa geografia humanista e também para geografia cultural né os estudos dela o outro teórico importante que tratou especificamente da região é o francês Armando foi bom ele tem esse livro a região espaço vivido ele ainda vivo e Esse livro foi bastante importante né um Manifesto aí em favor
do Resgate dessa perspectiva humanista afetiva psicológica das relações humanas né se encontra aí na região né então segundo ele a região não deve ser linda apenas pelos números de forma fria né existe todo um quadro de vivência de relações nas regiões que deve ser levado em consideração bom então temos aí o saldo né dos grandes momentos das escolas geográficas e o tema da região é para geografia clássica a região é algo singular né geografia surge na França na Alemanha e outros países na geografia nova com expectativa a região é uma classe de área e é
estudada aí com base e sobretudo nos números e na economia na geografia critica a região é uma formação sócio-espacial Ou seja a concretude do modo de produção no espaço delimitado a e na geografia humanística a região é um espaço vivido é um espaço de relações entre a os indivíduos e entre eles eo território o restam ainda essa foto que eu tirei no Morro do Macaco muitos de vocês devem ter ido lá né quem não foi é uma experiência que vale muito a pena a gente consegue ver ali a quadro O Regional né 1 já está
aí no município de Iporã a Regional é algo assim nós podemos ver a a composição dos espaços aí né alguma vegetação natural e sobretudo a pastagens também outra agricultura e mais as pastagens com a vegetação natural Então essa paisagem é muito legal de serviço aí é de cima do morro do macaco o resto algumas questões não respondidas como a discussão sobre o papel da criatividade humana na transformação de si mesmo e do ambiente a coisa que a Geografia humanista tem tentado a dar conta desde a década de 1950 há certo consenso sobre a necessidade de
se desfazer da dualidade entre região natural e região geográfica indicando a inseparabilidade dessas duas dimensões então quando se estuda a região a Estácio lidando aí tanto com o quadro natural quanto com a dimensão social histórica dessa região por outro lado reconhece-se que a lógica que Preside a divisão regional do ângulo de uma ordem natural não pode ser enxertada ordem social e vice-versa o que resulta em uma renúncia da geografia um ano e ver na região como objeto como objeto sintético que poderia resolver um velho problema de econômico entre a geografia física EA geografia humana Então
embora um estudo Regional ele precisa e reunir o quadro natural é e o quadro humano a ela não é a oportunidade que se tem disse desvencilhar aí desse problema de divisão entre a geografia física EA geografia humana porque existem lógicas diversas aí para se analisar o quadro físico e o quadro social e o geógrafo Ter ar e lançar mão essas duas dimensões de forma Clara interligada mas ao mesmo tempo impotentes em suas respectivas em relação a globalização e outros aspectos aí que o autor traz ao final do texto eu não vou me ater muito tendo
em vista que eu vou passar um texto a vocês que vai tratar de globalização e do da discussão atual que se tem sobre região e porque também a aula já fica muito extensa com a discussão é hora que perfeito até aqui ele toca na questão da globalização indagando se a uma homogeneização socioeconômica e cultural então a globalização é um tema que está aí cada vez mais Evidente como hoje nós sabemos mais do que a estava patente para o autor em 1995 né Hoje nós estamos de fato no mundo globalizado é interligado aí pela internet né
Nós estamos consumindo produtos produzidos em outras partes do mundo o país está produzindo a commodities que vão aí para diversos países no Globo então isso é claríssimo para nós hoje e o globalitarismo é é é uma expressão aí do Milton Santos que é a globalização e ao mesmo tempo os totalitarismos pelo mundo os governos totalitários e também a a exclusão de muitas áreas do Globo do ciclo de desenvolvimento se chama globalitarismo a existe aí a resistência dos locais as tendências globais Então hoje se fala da globalização ou seja um processo que é é Global mas
que ao mesmo tempo ele ele suscita o reforço da identidade a e das ações organizadas nos locais nas regiões Então esse mundo que se globaliza ele ao mesmo tempo o alimenta esses fragmentos muitas vezes são a regiões inteiras né que se articulam para ter o seu lugar ao sol ou seja montar aí ali uma identidade a cultural e mesmo Econômica né quando a a organização aí de uma região inteira em torno de um produto para se colocar nessa economia global e as regiões passam a ser atuantes politicamente a cada vez mais a gente os locais
estão tendo a ações que ultrapassam a sua área territorial e nós vemos vemos isso no Brasil por exemplo um atração de investimentos internacionais por parte de prefeitos de estados né então isso é muito Claro agora por exemplo com a e o problema das vacinas né a governadores entrando em negociação aí com países né que e podem vender a vacina né então cada vez mais nós vemos esse tipo de articulação entre os agentes locais e a agentes globais e existe também aí uma tendência de reforço dos regionalismos né que é uma reação a esta a essa
globalização o que que é também a algo que traz alguns problemas aí porque é esse regionalismo ou às vezes o separatismo ele pode atender alguns interesses de determinados grupos ali que pode não ser o interesse geral da população Então isso é preocupante mas é algo que outro texto eu vou trazer para vocês vai tratar melhor disso é mais Último. Já falei né uso político da região e dos regionalmente por gente Então esse é o final da aula com essa parte final aí um pouco reduzida mas o principal que eu gostaria eu gostaria de ter trabalhado
com vocês eu consegui que é essa discussão teórica aí do conceito de região então grande abraço a todos e também
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