E aí E aí E desde a declaração universal dos direitos humanos de 1948 vem sendo criado consenso sobre a obrigatoriedade dos Direitos Humanos o reconhecimento e proteção aos direitos humanos constituem um elemento fundamental de legitimação dos sistemas políticos Democráticos tanto no âmbito interno de cada país como no campo das relações internacionais [Música] E aí no entanto essa definição de direitos humanos também objeto de críticas foi seu discurso é uma nova expressão do colonialismo ocidental que promove serve aos interesses do capitalismo globalizado ignorando a pluralidade cultural Econômica social e histórica que caracteriza a humanidade sob o
pretexto de definir o humano em geral os direitos e as realidades concretas foram abstraídas assim apesar da sua importância os direitos humanos têm servido como discurso ideológico para intervenção e realidades distintas com base nos interesses das classes sociais que detém o poder a ideologia EA cultura dominante [Música] E aí e por outro lado não se pode prescindir da potencialidade dos Direitos Humanos para mobilizar diferentes processos de luta por uma vida digna é preciso portanto questionar como estamos construindo esses direitos o quão longe chegamos e como seguir em frente diante das desigualdades estruturais i E aí
[Aplausos] E aí E aí E aí E aí E aí o Rodrigues humanos sempre constituir uma Utopia Porque jamais na história da humanidade e e se presenciou má execução efetiva dos Direitos Humanos a gente tem uma realidade hoje em dia que leva isso né ao fim da utopia o fim de deixar de sonhar Lena a todo mundo melhor para uma melhoria Devíamos as pessoas mais vulneráveis no mundo né porém eu acho que assim a gente continua tendo meu práticas de resistência não seja por parte da população de grades que sai dos países demonstrando essa resistência
frente a situação de opressão dos países ao mesmo tempo a periferia né seja é todo mundo aqui no Brasil também nos demonstra uma situação de de resistência também a situação de opressão política cultural e econômica a luta por direitos EA luta por reconhecimento dos Direitos Humanos é fundamental para a gente inclusive continuar existindo enquanto raça humana nunca foi tão urgente a gente pensar em direitos como acesso à água como acesso à alimentação e como acesso a condições dignas de trabalho eu acho que os direitos humanos a luta dos Direitos Humanos nunca terá Fim enquanto ou
velha assim isso machismo que são se chama acho que nunca deixaram de existir os direitos humanos caminharam juntos Direitos Humanos é o cerne da nossa luta e do que a gente pensa no momento que a gente termina com isso vamos todo mundo para casa né E aí pelo militante do movimento negro tendo um pouco mas é experiência nesse processo para gente A Utopia dos Direitos Humanos sempre foi um processo muito distante né a realidade do mundo hoje para ver a profusão de Justiça desigualdades e das assimetrias entre as nações e a compreender que mais do
que nunca a uma necessidade objetiva aqui nós afirmamos essa falta e se opõem muito fortemente EA barbárie aqueles que acreditam que uma sociedade para ser de fato uma sociedade em paz deve ser uma sociedade e eu acho interessante usar o termo Utopia e relacionado com Direitos Humanos porque em geral eu penso Direitos Humanos como aquele direitos mais básicos que fazem parte do cotidiano mas obviamente que nós vivemos numa sociedade que ainda não implementou todos os direitos humanos para todos os humanos nós vivemos inclusive numa sociedade que não reconhece todas as pessoas como humanas o que
acontece a quem tem os direitos humanos tem sido muito atacado instrumentalizado por essa política fascista por essa na política para criar um Pânico geral para dizer que os direitos humanos estão destruindo a família são destruídos valor a estimularem as pessoas nessa busca de uma sociedade mais justa e uma sociedade mais igualitária de uma cidade que caibam todos os corpos acredita que a gente vem vivendo um momento reacionário que justamente se coloca porque reconhece o avanço da Utopia acredito que é utopia se constrói enquanto o caminho que nos essa que se busca em Quantos caminhos e
não enquanto um lugar de destino autopia ela existe como ao que move mas ela ao mesmo tempo ela também algo mensurável de conforme o tempo vai passando você vai conquistando algumas coisas mesmo que ela seja o Spartacus e parkas você vai conquistando a era do monismo o fim das utopias não chegou ao fim ao meu ver eu creio que chegou num outro momento eu chamaria de era dos questionamentos e pelo que estava sendo utilizado que estava sendo vivido tá sendo questionado a gente vê as mulheres negras questionando o papel cartão ocupando Eu acho que o
jovens os lgbt-es tá todo mundo questionando essa forma de viver de boca fechada eu penso que a gente precisa problematizaram um pouco que nós entendemos por direitos humanos Talvez uma determinada narrativa sobre os Direitos Humanos tenha mostrado alguns limites diante do avanço do neoliberalismo das políticas neoliberais para dentro do estado no momento contemporâneo da compulsoriedade pensar nos 70 anos da declaração universal dos direitos humanos é pensar nesse projeto liberal de direito humano né e pensar também na forma como os direitos humanos foram concebidos né e portanto é preciso lembrar de joaquin Herrera flores e quando
Joaquim era flores afirma que os direitos humanos têm que ser pensados uma perspectiva de algo que foi conquistado mas que não é o ponto de chegada e sim um ponto de partida né Eu acho que esse é o elemento principal para gente pensar no papel dos direitos humanos e esse projeto projeto liberal de direitos humanos é um projeto de universalização dos Direitos Humanos de universalização do indivíduo de pasteurização do indivíduo é um projeto que fracassou porque fracassou desde o início Mas isso não faz com que os direitos humanos devem ser desconsideradas é preciso que a
gente construa uma teoria crítica radical dos Direitos Humanos a teoria crítica que perceba todas as potencialidades todas as especificidades dos Direitos Humanos mas sobretudo as especificidades dos sujeitos é preciso que a gente reflita sobre o processo de globalização sobre as novas formas de percepção de culturas mas sobretudo pensar novo projeto de direitos humanos e E aí o Ministério Público do Rio denunciou um policial militar pela morte da menina Agatha Félix de oito anos e E aí há 3 dias 16 anos e regimes e na dela eu já vencido tudo não fosse outra ele não sei
se já acabou Novembro que eu tinha pertencia de partida Acabou também não me manda embora reconhecido jeito todo funcional aberta ou semiaberta Já ligaram para mim ficar mais aqui a tapa na cabeça é o general César Cardoso com 98 anos E aí E aí E aí E aí e o risco de Nosso Tempo é que os direitos humanos morrem de sucesso que eles são muito bem vistos por todos mas perdem seu potencial emancipatório sua capacidade de incentivar os processos necessários de transformação social uma noção leve de direitos é instalada é necessário reconhecer E assumir as
críticas que tenha Aparecido no debate sobre os direitos para que seja possível recuperar o seu potencial político Emancipador a história nos dá o exemplo da necessidade de uma posição crítica sobre os direitos de uso deles que não em visibilize os conflitos e as relações de poder que marcam as interações sociais E aí [Música] E aí E aí eu acho que a primeira a primeira agenda aquela que desponta que nos obriga a repensar as ideias de democracia de sociedade harmônica de distribuição de recurso direitos é o direito à Vida hoje a sociedade brasileira está em processo
de genocídio e sobretudo para a população negra e indígena se esse essa perspectiva não vem à tona como fundamental para a ideia de democracia para a ideia de Bem Viver de bem comum é nada mais interessa eu tenho ouvido muito muita gente dizer Esse é uma questão fascista essa é uma questão da perda de liberdades e não vê que é só uma questão de morte né a um processo em curso de morte bom e que a segurança é só revela na Perspectiva do racismo quanto ele é fundamental para manter ainda as melhores condições de vida
para outros setores para outros grupos transformar o mundo socialmente passa necessariamente por acabar com a fome e por dar condições para que as pessoas do campo consigam produzir alimentos são sadios e de qualidade o que que eu acho se a gente for pensar no Brasil enfim não tivemos um processo cheio de rupturas o nosso avanço como enquanto sociedade não foi um avanço linear né Nós vamos lá voltamos fazemos ruptura nós reproduzimos e muito nesse processo eu acho que a gente precisa ter método organizativo nós eu creio que as alternativas são construir coletivamente e sempre eu
acho que acho não eu tenho visto tenho testemunhado movimentos coletivos e tem trazido e eu acho que na própria Agricultura Familiar na no projeto fome zero a gente tinha ações coletivas que a gente não impôs que fossem coletivas mas já eram coletivas eu tenho refletido muito sobre a questão da autogestão da economia solidária no fortalecimento de uma lógica de empreendedorismo que a Não se engane na fantasia de um produtor SMU totalmente individualista que não considera que só vai funcionar em rede que a gente tenha como centro político o seu ser subalterno é que o ser
subalterno começa a ser centro político e a gente precisa começar a dialogar nesse nesse sentido com a periferia com a linguagem da Periferia com prática de vida Periferia né que a resposta por exemplo a o de crescimento que a gente apresenta né não seja não venha do centro não venha do acidente mas sim com base nas a dívida e consumo que já Periferia vem fazendo durante anos e séculos né direitos funcionam com uma linguagem uma mentalidade como um campo simbólico e com sentido prático tem que ser traduzir o direito à liberdade religiosa o direito à
igualdade social direito às liberdades E opinião Essas são construções que o direito a não ser preso ou não sofrer tortura no sofrer injustiças a de não ter o seu corpo violado todos esses elementos São Direitos sem os quais inclusive Norte só teríamos punição E aí é uma das posições na mentais é diminuir a repressão estatal o estado é um dos articuladores uma política de extermínio de discriminação de fomento de desigualdades então consequentemente de uma das condições para que esses Leite humano Posso um dia ser alcançáveis veja início porque a uma armadilha retórica por parte daqueles
Arautos do Direito Penal do inimigo segundo a qual você deve escolher um dos lados ou seja aqueles que defendem os direitos humanos põe em risco a segurança pública e portanto encontrar a partir daqueles que defendem a segurança pública não ligam para esse tema não dão importância esse tema Direitos Humanos então Primeiro passo é reconhecer que essa mal Gama não só é possível como ele é necessário porque só a uma política de segurança pública suficiente é aquela que protege os direitos humanos isso é pura ideologia e terrorismo contra os que menos têm encontro mais pop eu
identifico na esteira do pensamento do joaquin Herrera flores que nós precisamos Reinventar os direitos humanos e Reinventar os direitos humanos é necessariamente se abrir para o mundo social para os movimentos sociais para o debate anti-racista anti-machista anti-lgbt fóbico para as pautas que estão buscando a restituição de humanidades olha acredito que o fortalecimento dos movimentos sociais e se coloca por um lado como um âmbito potente de resistência e acredito que a Justamente por isso que tem sido os setores mais atacadas pensar no sujeitos e nos movimentos sociais ou seja Quais são as pessoas que estão envolvidas
nesse processo de construção de direitos o direito ele serve para regular um comportamento social existente ou para impor um comportamento essa própria pergunta que é uma pergunta da filosofia do direito é a pergunta que deve orientar esse projeto emancipatório de direitos humanos então um projeto emancipatório de direitos humanos ele deve considerar as demandas dos movimentos sociais que são múltiplas que são divergentes e são paradoxais mas que são demandas que estão aí é surgindo na existindo na sociedade ou seja assume como compromisso ético né A Luta pelos direitos Como muda Nossa também às vezes nós só
uma luta das trans trans o sexo mas é uma luta de todos os nossos dos lgbts deficientes é de toda a comunidade Negra eu acho que a intersecção das faltas das lutas dos grupos dos movimentos é urgente que os grupos se unam é urgente dos grupos se comuniquem entre si é urgente que nós temos uma unidade de luta que nos fortaleça que nós consigamos eleger cada vez mais corpos representativos que nós conseguimos cada vez mais denunciar as nossas mortes e nós consigamos cada vez mais saiu do anonimato da injeção do silenciamento que nós consigamos criar
uma narrativa pedagógica que informe a sociedade daquilo que está acontecendo e de Porque é tão importante urgente nós defendemos os direitos humanos e não somarmos nessa luta Eu Acredito que esta alternativa pedagogizar criar um canal de diálogo com todos os grupos não só com quem milita não só com quem está na luta mas aqueles que e oprimidos estão fora dessa luta esta é alternativa eleger mais ter mais representatividade ocupar invadir todos os espaços que não foram legadas ter Vozes da voz aqueles aquelas que historicamente foram silenciadas historicamente foram marginalizados que historicamente foram apagados os processos
de construção de mundo e foram os construtores deste mundo foram que construíram foram quem fizeram e não tiveram os seus nomes citados os heróis deste país são Assassinos e quem construiu essa história nem sabe do que nós estamos falando então alternative a intersecção alternativa a empatia alternativa é a pedagogização de todos esses processos que nós estamos construindo agora E aí E aí E aí E aí E aí E aí E aí E aí