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Us [Música] [Música] [Música] [Música] [Música] [Música] [Música] [Música] k [Música] [Música] [Música] [Música] [Música] [Música] [Música] [Música] voz que some Olá pessoal boa noite boa noite sejam todos muito bem-vindos à segunda aula do curso desejo o maestro dos afetos eh um curso inédito da nossa jornada dos afetos promovida pela casa do Saber em parceria com o professor e psicanalista Christian dunker eu sou Ricardo Nicolai um dos curadores da casa saber e sigo acompanhando vocês aqui nesse percurso eh Vale lembrar rapidamente eh como que vai funcionar a nossa dinâmica Professor Christian dunker entra já já para
uma exposição de aproximadamente 30 minutos sobre o tema da aula de hoje que é desejo e angústia e na sequência ele vai responder algumas algumas questões de vocês que vão sendo lançadas aqui no chat portanto Tragam suas perguntas questões manda aqui no chat que o time da casa tá apostos para jogar as perguntas aqui pra gente e a gente poder transmitir pro professor responder e se você tá aqui ao vivo com a gente aproveita para compartilhar esse link com todo mundo nas suas redes sociais posta também uma foto né quando você for postar a fotoa
marca lá @ casab pra gente poder repostar sua foto e mostrar o seu momento de estudo aqui com a gente bom nessa segunda aula como eu já mencionei a gente vai tratar sobre desejo e angústia e quero apresentar agora chamar agora para se juntar aqui comigo o professor Christian dunker para dar início a nossa segunda aula seja muito bem-vindo dun obrigado Ricardo Obrigado a todos vocês que estão aqui presentes insistindo aqui no curso sobre o desejo espero não tosir tanto hoje estou lutando aí contra a toda a água possível de ser tomada mas eh o
tempo não tá ajudando né Então peça compreensão de vocês né E vamos falar hoje então sobre as relações eh do desejo com a angústia e como essa relação pode nos ajudar a entender eh os afetos os sentimentos e as emoções né então como entre desejo e angústia tomados como dois polos né a gente vai ter aí todo um Gradiente toda uma distribuição uma composição de afetos de caminhos que transformam os afetos em emoções e as emoções em sentimentos sociais né eu vou para começar retomar a nossa imagem né não do da orquestra mas eh da
das órbitas né Vocês lembram do do das três feridas narcísicas e como eh a gente comparou né a formação dos afetos a eh circulação né à órbitas eh dos planetas né então acho que esse é uma imagem que ajuda a gente a entender né que os planetas enquanto volumes né dotados de mar elas eh interagem né o tamanho né de Netuno de mercúrio eh interfere na rota de cada um desses afetos né a ponto da gente no fundo eh eh só ter afetos separados né distintos por obra da linguagem né porque quando a gente os
nomeia a gente vai separando né a gente vai criando esses gradientes de afeto que são como a gente Cil cultural específicos né Eh tem esse exemplo muito comentado né de que por exemplo os povos africanos que vivem na na na nas florestas né Elas distinguem 32 tipos de verde nós conseguimos máximo 78 por quê Porque tem ali uma uma um uma uma uma uma uma paisagem muito povoada por tipos de verde né Assim como os habitantes do Alasca distinguem inúmeras formas de branco que passam para nós de uma maneira totalmente Eh vamos dizer assim irreconhecível
Ou indiscernível a gente pode associar os afetos são parecidos né quer dizer h diferenças e sub diferenças e gradientes que a gente consegue nomear conforme né as narrativas conforme a nossa aprendizagem vamos dizer assim dos afetos mas de toda forma então fica confirmado aí essa essa ideia de que que os afetos eles se interagem mutuamente ao modo de constelações né vou tomar essa imagem para eh falar um pouco da origem etimológica do conceito de desejo né o desejo vem do latim né desiderium desiderium Eh é uma palavra composta né Por Um prefixo de negação des
né e uma um substantivo ou na verdade um substantivo eh verbalizado né que é o siderum né que quer dizer siderum céu estrelado né a gente usa a palavra estou siderado né veja só que é Uma das uma das fases iniciais né ou muita gente condiciona a aparição do Amor a um afeto anterior né quase que inominável que é o apaixonamento né quando a gente está apaixonado um efeito fundamental é é a uma espécie de Fascinação né E veja que junto com essa Fascinação vem uma imobilidade né Estou congelado estou petrificado estou paralisado Diante Do
quê do sidério né Eh pros antigos eh o o o o o céu estrelado ele tinha uma função assim pedagógica tinha uma função de Formação até da própria da da nossa própria condição assim psíquica se é que a gente pode falar né nessa nessa expressão quando a gente se refere aos antigos mas para eles era muito importante a observação dos astros né bom em parte por quê Porque você tinha ali a Astrologia né e no que que tava baseada a Astrologia na ideia de que aquelas pontos né luminosos de alguma forma se referem convocam eh
se endereçam a nós né estava escrito nas estrelas o nosso destino estava escrito nas estrelas o problema é saber qual é a nossa estrela né como as estrelas estão falando comigo qual que está me chamando né então há toda uma investigação sobre isso mas mais além dessa investigação desse discurso né vamos pensá-lo mais como um discurso assim cultural um discurso eh que tem que ver com a nas montanhas podia est escrito em qualquer lugar mas por que que a gente escolheu assim o céu porque o céu Parece né incomensurável Ele parece algo que é apeiron
né sem limite ele parece algo que é incomparável com a finitude humana né E aí vamos pensar né desiderium né desar né fazer com que aquilo que me paralisa me petrifica me convoca né seja negado né E quando eu esse infinito né eu chego aonde no decider no desejo né desejo é uma operação né olha só que complicado de tornar proporcional de tornar assim e compatível o infinito com a finitude né Ou seja é aí que no desejo humano que habita a nossa potência de infinitude como é que a gente vai chamar essa experiência em
que o infinito né quer dizer desce sem mediação cai na cabeça do sujeito sem que ele consiga né mediar se separar se distanciar angústia né então vocês estão vendo aí que tem uma que tem uma relação né em que o desejo e angústia parece em duas formas né da mesma coisa né da mesma problemática né quer dizer como é que eu torno finito aquilo que é infinito como é que eu convivo com a infinitude né e a infinitude vocês podem dizer assim é o destino mas a infinitude é também o futuro a infinitude é aquilo
que eu não consigo né antecipar a infinitude é aquilo que não pode ter medida né portanto me habita né está aí mas eu tenho um certo receio disso eu tenho um certo temor veja Qual que é a relação entre o contemplador Né o filósofo né e as estrelas é uma relação teorética né uma relação pelo olhar e é uma relação que coloca as coisas em justa medida por isso PR os gregos era tão importante olhar para as estrelas né não só para entender o seu destino ver e se reconhecer nas formas que a gente cria
ó lá gêmeos ó lá our Olá libra né são criações a partir desses pontos Luminosos né que são mediações maneiras da gente dizer olha não é tudo de uma vez tem essa constelação tem essa outra tem essa outra aqui é uma maneira de produzir limitações mas também uma maneira de o quê de perceber o nosso tamanho né e perceber o nosso mtron né olha o nosso tamanho perto disso qual é lembra presta atenção não saia muito do seu tamanho não ultrapasse o seu métron porque se você fizer isso aí tem uma receita grega né onde
é que isso vai dar tragédia né tragédia porque só alguns se metem com o destino a maior parte se submete a ele né só alguns são portanto heróis aqueles que confrontam os Deuses que confrontam né o siderum e tentam colocar o seu desejo em contato né em confronto em aproximação com aquilo que está ali nas estrelas por isso a gente diz né os heróis trágicos eles nos inspiram é de para herói trágico antigo não é uma heroína trágica Telemaco herói trágico Ulisses é o herói trágico a gente admira essas figuras essas figuras criaram a nossa
literatura né Elas estão aí sendo reescritos parafraseados eh recontados né narcis né num outro sentido é também um herói né bom o que que vai acontecer na modernidade né a gente vai se separar desse mundo desse mundo né cosmológico e a gente no fundo vai criar noos criar-se uma espécie de Condenação que é a seguinte Cada um deve ser o se do seu destino Cada um deve ser seu próprio herói Cada um deve confrontar ali o sirenum e levar a sério né e ser consequente com o seu desejo né essa tarefa é uma tarefa que
antes era reservado a Uns poucos meio Malditos né ou Santos ou ou heróis trágicos de repente virou tarefa para todo mundo né isso tornou os portanto muito mais próximos do desejo a gente passa a se definir pelo desejo né uma vida se mede porque afinal qual era o desejo que habitava aquela vida né E também os termos pelos quais uma vida fracassa né é não fracassa porque você ganhou mais ou menos dinheiro ou porque você conquistou mais ou menos fama ela fracassa porque o que que você queria Ah era isso não conseguiu ou não conseguiu
né mas isso já já já nos leva né para Eh vamos dizer assim esse compromisso entre desejo e angustia né se eu olho para as estrelas de peito aberto enxergo o meu tamanho eu vou ter essa experiência que os gregos chamavam de Angus né angústia vem de Angus que quer dizer eh bonito isso é aquela aquela região do corpo da mulher entre os dois seios né Di Puxa mas é Onde o bebê Aninha é onde ele escuta o coração da mãe é onde a gente está num maior num maior Aconchego É verdade mas considere que
isso é uma posição entre dois Vales e entre dois Vales você tá justamente pequeno e quase que Oprimido comprimido né ambiguidade aí na origem da angústia né E ao mesmo tempo né a um ponto máximo de ligação com o outro e de assim ser englobado pelo outro ser consumido pelo outro ser invadido pelo outro né a gente tem as duas as duas formas de fobia fundamental né as duas qualificações da angústia em medo né o medo do objeto cachorro gato o tigre a cobra venenosa né Eh e o medo do mar das estrelas da imensidão
o medo de ficar fechado o medo de lugares abertos né olha aí da confluência a gente qualificou um determinado afeto né mas vamos vamos vamos em frente né Eh vamos imaginar que agora a gente possa seguindo a alegoria da orquestra né Eh dividir os afetos em uma em uma linha né em um em um vetor né Eh onde a gente vai estipular o movimento né quer dizer então mais movimento menos movimento né então mais rápido acelerando menos rápido mais lento né e começa a pensar então nessa nesse Gradiente a gente vai poder então associar certos
afetos na sua composição entre desejo e angústia né Imaginem também que se tem esse vetor né esse vetor horizontal do movimento e menos movimento um outro vetor né Eh vertical vai nos falar daquilo que a gente pode chamar assim de dificuldade ou de obstáculo ou de eh aquilo que se opõe né ao movimento né então Eh quanto mais para cá mais eh mais circular mais repetitivo mais vamos dizer assim a órbita se fecha ou a órbita se abre né órbitas muito fechadas muito obstáculo órbitas muito abertas maior o movimento Tudo bem então aí a gente
pode fazer uma primeira uma primeira linha né e de que o lac isolou né relendo um texto do Freud chamado inibição sintoma e angústia né então Ó lá vamos pensar angústia né na sua relação com a inibição e com o sintoma né E quando a gente clinica Essas são as três formas principais de Sofrimento nem todo o sofrimento né quer dizer genericamente a gente chama isso de um de um sintoma ah você tem um problema você tem um transtorno né ou como né hoje você fala um disorder né fora da ordem que a gente traduziu
para transtorno em português então o grande vocabulário né dos transtornos mentais é o dsm que tá agora na sua quinta edição e que qualifica todas as nossas formas de Sofrimento como transtornos Olha que interessante né transtorno transtorno é uma ideia que tem que ver com caminhar que tem que ver com movimento que tem que ver com Olha estava indo e de repente ali Como diria o drumon no meio do caminho havia uma pedra tinha uma pedra né essa pedra é um transtorno né eu posso né ultrapassar essa pedra eu posso parar nessa pedra eu posso
retornar a partir dessa pedra né e e e então a gente tem aí como como primeiro né figura da da nossa escala de afetos o que o Freud chamava de inibição n hoje a gente valoriza muito pouco esse conceito né mas ele é fundamental porque quando a gente pensa do ponto de vista psicanalítico O que são as depressões né Elas não são sintomas no sentido psicanalítico elas são formas de inibição n e o que que caracteriza a inibição uma certa compleição uma certa um certo ajeito uma certa metamorfose do eu diante da pedra que tá
no caminho né a gente pode dizer assim a inibição é uma estratégia como sintoma é outra como angústia eh não é bem uma estratégia mas é um fracasso das estratégias que a gente tem né a inibição envolve por exemplo a esquiva né sabe pessoas que diz assim olha eu não vou ali porque ali tá fora da minha zona de conforto eu não vou ali porque ali eu vou eu vou começar a sentir que eu tô eu tô inseguro eu não vou ali porque ali e eu eu gosto daquela pessoa de repente vai que ela ela
percebe que eu tô gostando dela então não me aproximo que que é isso são estratégias de inibição né são estratégias de inibição que vão fazer o quê com o desejo né Elas vão fazer com que o eu né se acomode aquele desejo de tal maneira que o desejo não ganhe né Eh de tal maneira que o desejo fica ali assim meio encapsulado eu me adequo ao eu ao ao desejo em vez de por exemplo assumi-lo ou por exemplo apostar nele ou por exemplo negá-lo né que é uma estratégia que vai gerar vamos diz assim uns
sintomas né então hoje a gente é muito convocado a inibição né a inibição do desejo mas também a inibição dos afetos né hoje um grande problema é que nós estamos assim numa espécie de Cultura né especialmente depois da da chegada da linguagem digital que nos ensina a ou experimentar afetos muito intensos né ódio né Amoras apaixonados hiperintensos ou então indiferença né como que a gente cria-se indiferenças criando essas essas estratégias de distanciamento do desejo por exemplo né uma estratégia que os cognitivistas estudam bastante é a tem uma raposa tá andando ela vê as Uvas as
Uvas estão ela tá com fome ela pula não consegue alcançar as Uvas fica ainda mais frustrada Porque além da fome e vontade de comer as uvas e ela ela ela ela ela ela se confronta com a sua própria impotência com seu tamanho com seu limite e daí o que que que vai acontecer quero as Uvas mas não posso quero as Uvas mas não posso vou viver um conflito conflito é caro conflito é uma espécie assim de circulação fechada da angústia que que eu faço eu digo para mim mesmo eu tento me convencer de que as
Uvas estavam verdes e não queria tanto as Uvas né na verdade elas não são tão legais Assim na verdade quem gosta dessas uvas é é um tipo de pessoa que eu que eu não acho legal essas uvas assim eh eu nem nem quero saber delas bom E com isso que acontece né o eu se acomoda e o desejo fica vamos dizer assim evitado né então a gente tem nessa primeira linha né da dos afetos né a inim missão o impedimento e o embaraço a inibição imaginária o impedimento simbólico e o Aço no real né que
a gente pode dizer olha aí esse é o circuito da da angústia né Quanto mais você vem para cá mais você se aproxima da angústia primeiro lugar aversão inibição ó não ten angústia nenhuma as Uvas estão verdes né impedimento tem algo que está impedindo que eu com as uvas porque as Uvas são sagradas elas são reservadas para a grande raposa pai e não é época em que eu ou apenas como um pequeno filho jamais posso ter acesso a essas reverenciadas uvas então eu adio né eu adio Mas eh e com isso eu eu ganho Maturidade
vamos dizer assim né eu consigo estabelecer o princípio do do da realidade em relação ao princípio do prazer eu eu eu acomodo eu mas eu aceito né Eu aceito a falta eu aceito que aquelas duas não são para mim e eu quero elas mesmo assim né Então aí a gente tem o quê aqueles impedimentos né as pessoas muito frequentemente se criam esses impedimentos Poxa mas você que é mulher porque tem tudo para ocupar o Bard dessa empresa você tem todas as condições Por que que você se impede Ah tem alguma coisa que eu não sei
dizer que parece que ali não é meu lugar parece que ali eu eu eu vou cometer uma coisa que é que é uma transgressão eu não vou seja o impedimento tem uma emome de né não vou ofender a algo tem uma espécie de ordem Né tava escrito nas estrelas e que me impede de levar adiante meu desejo né então inibição impedimento Qual é o afeto ligado ao impedimento né quero mas Opa tem algo que me diz é melhor não é melhor em nome de um ideal é melhor em nome de algo alguém que me proibiu
culpa então aquelas Eh vamos dizer assim formas de vida que muitas vezes estão atravessadas pela culpa né que não conseguem dar dar movimento ao desejo Porque qualquer movimento é ligado a uma espécie de proibição de interdição a Olha aí a função do impedimento e o afeto correlativo né na influência entre desejo e angústia que é a culpa né nos últimos escritos o Freide quase que que que misturava culpa e angústia né diz o estado básico do neurótico é uma mistura de culpa e angústia né ele tá sempre esperando que algo horrível vai acontecer e ele
tá sempre achando que ele tá fazendo alguma coisa meio errada que ele tá meio inadequado que ele está confrontando que ele é um impostor que enfim tem um conflito que ele não sabe direito Qual é mas que o leva a esse estado de culpa e Pior né a resposta que a gente começa a dar paraa culpa que é de alimentá-la né então Eh em nome da culpa eu faço em nome da culpa eu renuncio em nome da culpa eu não vou e como a gente sabe né esse é o circuito né Essa é a órbita
da culpa quanto mais a gente faz coisas guiados pela culpa né quer dizer respondendo a culpa mais culpa que a gente sente né e a ponto de No final a pessoa está exaurida né está cansada está eh morrendo vamos dizer assim por falta de de de de gasolina de libido de energia e a porque está consagrada a responder e a fazer tudo que que lhe ocorre em nome e dirigido a a a a diminuição né apl placamento da culpa né mas vamos pro terceiro né quer dizer inibição gera aversão né ah impedimento lá ligado à
culpa o embaraço Né olha que palavra interessante né que é o real né inibição no Imaginário a versão no Imaginário impedimento culpa no simbólico e embaraço né no real embaraçada é a palavra que em espanhol a gente usa para falar estou grávida né E como que é a esse estado de gravidez ele é um estado curioso porque muito frequentemente ele se faz acompanhar de uma espécie de vergonha né mas devia ter orgulho né pode ser também orgulho né mas essa já é uma solução para a vergonha né Por que né na a gente pergunta assim
mas por que que tem essa vergonha Às vezes vem com resguardo Às vezes vem com não vou contar vou esperar mais as às vezes é porque bom os outros vão invejar na cultura Judaica a gente só conta depois doos terceiro mês porque bom se acontece uma perda também a gente elabora ela melhor se os outros não estão sabendo Vejam Só quantos afetos que vão se desdobrando a partir do quê da vergonha né Por quê Porque quando a gente vê uma mulher eh grávida a gente diz aqui houve um intercurso sexual esta pessoa né ela ela
possui sexualidade e ela está agora né vivendo essa transformação que lhe é própria né isso não quer dizer que só as mulheres fiquem embaraçadas né mas é uma imagem para essa situação em que a gente está agudamente divididos né em que a gente está angustiado e que a angústia toma a qualidade da vergonha que que acontece quando a gente tá envergonhado né a vergonha é uma um afeto muito mais eh regulador muito mais organizador do que a culpa a culpa tem esse negócio né Cristão de eh confesso me purifico e pau posso fazer outro pecado
né a vergonha não é assim a vergonha ela envolve assim eu fiz uma coisa eu sei de uma coisa que eu mesmo não queria ter feito né Eh eu mesmo eh não me encontro na imagem desse que fe isso né por isso ela é autorre regulativa enquanto a culpa é hetero regulativa né a vergonha é a a relação que a gente tem com as nossas fantasias as nossas fantasias sexuais com as nossas fantasias inconscientes né É aquele lugar assim onde você se depara com a verdade que te é insuportável a verdade que te define E
que ao mesmo tempo você diz isso eu não quero saber isso é é o que há de pior em mim isso é ex ência dessa da dessa coisa que que eu mais repudio mas que me habita né então o que que acontece quando a gente experimenta a vergonha né aquela vergonha que deixa a gente vermelho né ó só os afetos tem um pé no sujeito um pé no desejo e um pé no corpo né real simbólico Imaginário né que que acontece quando a gente experimenta a vergonha a gente quer entrar num buraco né o buraco
da vergonha a gente quer desaparecer olha só que interessante essa essa eh esse afeto que nos leva a uma espécie de abismo né Eu quero sumir T Fui pego ali numa situação tão vexatória que eu queria desaparecer né liguem isso com vamos vamos descer agora né quer dizer inibição impedimento embaraço E se o embaraço aumenta né se a gente passar né da linha movimento e aqui obstáculos dificuldades né e se isso aumenta e a gente se depara com um nível vamos dizer assim mais exagerado né mais intenso em que a vergonha né passa por essa
qualidade que os afetos têm de mudar de qualidade em função da quantidade né quer dizer vou sentindo mais vergonha vou sentindo mais vergonha de repente eu passo por uma mutação não é mais vergonha que eu sinto né é eh um desejo de desaparecer né e é por isso que a gente vai então aí falar de uma categoria que chama passagem ao ato que tá ligada a suicídio que tá ligado a a desfazer-se enquanto sujeito a demitir-se enquanto sujeito que tá ligado a um afeto né um afeto meio coletivo assim meio meio compósito mas muito básico
que o Freud chamou de hilflos ou seja desamparo né vergonha vergonha vergonha vergonha entrei no buraco da vergonha estou desamparado ou seja não adianta mais pedir socorro não adianta mais esperar que o outro eh mostre solidariedade Olha aí os afetos e suas oposições né não adianta mais esperança eu e entram numa espa de como os bebês pequenos que se você não que se você não os toca se você não canta para eles se você não os envolve eles morrem de Marasmo ou hospitalismo que é a brutal falta da presença do outro V dizer assim isso
tá lá Isso tá lá na gente se a gente perde né completamente essa presença a gente vai para esse estado de desamparo né E aí aí se a gente descer mais ainda a gente vai chegar num terceiro estágio vamos dizer assim do embaraço né que não é mais a vergonha não é o desamparo é a angústia real né é a angústia no seu estado puro e cristalino né é angústia que alguns vão chamar assim de pânico né é angústia enquanto sentimento imediato de que eu vou morrer e angústia encro o sentimento imediato de que eu
estou enlouquecendo quem já passou por um ataque de de pânico verdadeiro frequentemente diz o seguinte você não sabe o que significa você não sabe o que é o Rastro que isso deixa em você o medo de que isso volte a acontecer né é uma marca vamos dizer assim no seu ser né no fundo Esse é assim o afeto que não engana Esse é o afeto que a gente vai qualificar a gente vai mudar de intensidade A gente vai modular porque é disso né que nós fugimos eh literalmente né mas é também aquilo que nos constitui
é aquele momento né que eu disse que o céu cai na nossa cabeça né ah aí tá angústia né viver essa experiência é uma tarefa da análise né A análise vai levar cada um de nós para a sua angústia para esse seu momento do Pior né e isso é extremamente benéfico porque a hora que a gente percebe o tamanho da nossa angústia a qualidade da nossa angústia os caminhos que levam a nossa angústia outras formas de angústia se dissipam né É como se a gente olhar-se o bicho na sua forma final né É muito difícil
a gente foge disso né o embaraço já é uma maneira de fugir disso a o desamparo é uma maneira de fugir disso mas a gente poderia ir para essa coluna do meio né que a gente falou do impedimento né o impedimento se se a gente aumenta o impedimento se a gente força o impedimento que afeto que vai vir vai vir o medo a gente já falou né o medo do do infinito e o medo do objeto né o medo é considerado o afeto ligado ao nossos sintomas mais simples né Quais são os nossos primeiros sintomas
sintomas que a gente encontra lá na criança muito pequena né são são aqueles medos localizados que geralmente né Medo de Barata medo de estranho medo daquela pessoa medo da ah árvore de natal às vezes são coisas fortuitas e passageiras em geral passageiras Porque como se a criança tivesse assim descoberto Ufa eu sei fazer sintomas eu sei eh vamos dizer assim superar a invasão da angústia né criando uma espécie de objeto né que tá separado de mim e a partir dessa criação eu consigo me livrar da angústia eu tenho medo de cachorro então eu não tenho
mais pavor noturno porque quando a gente vê uma criança tendo pavores noturnos você fica louco porque você diz assim tem uma coisa dentro dela que tá deixando ela ser assim consumida pela angústia tá faltando o quê imagem tá faltando palavra tá faltando forma ela precisa resolver essa invasão que tá ali dentro dela né não tem que ver com o mundo não tem que ver com só com as coisas que estão atemorizando ela tem que ver com o com aquela sem forma com aquela céu estrelado que de repente surgiu para aquela criança e daí ela disz
não pera aí eu não tenho medo de qualquer coisa de qualquer estrela eu tenho medo da tia Zumira ah Ótimo então eu posso ficar longe da tia Zumira se ela vier em casa eu me escondo E aí eu me protejo de todos os medos que ela simboliza Ou seja a gente consegui simbolizar a angústia né Que que isso nos leva a ideia de que a angústia ela eh pode criar objetos fóbicos né que estão ligados ao que o nosso sistema de medo né mas também o nosso sistema de raiva né que é o próximo afeto
nessa nessa nessa coluna né Então temos ali em cima impedimentos né Eh o sintoma o sintoma é sempre uma solução paraa angústia né Como diz eh observou muito bem o Lacan né angst for é a angústia diante de angústia diante do pai angústia diante do objeto e em terceiro lugar a gente tem o acting out que é uma maneira de lidar com a angústia muito popular quase que assim tão integrada na nossa cultura que a gente nem percebe que isso é um destino para o conflito sintomático quando conflito sintom quando sintoma não tá dando conta
tenho medo a te asumir é mas agora tem um monte de gente aí parecido com te asumo e eu não tô não tá dando conta tô ficando angustiado mesmo assim que que eu faço eu fazer alguma coisa vamos no shopping comprar vamos no videogame jogar Vamos ler livros Vamos fazer alguma coisa né não sei se vocês já perceberam isso de que quando a gente fica angustiado né os primeiros espritos da angústia eles nos movem para agir para fazer algo isso tem que ver com perigos externos perigos internos né Eh o fazer ela tem que ver
com a nossa capacidade de por exemplo a agressividade nossa capacidade de destrutividade a nossa capacidade de criar objetos Mas também de destruir objetos né com a nossa capacidade de produzir eh teatria para angústia né fazeres que são fazeres miméticos para angústia e e a gente se acostuma ele quando a gente diz assim eu preciso correr eu preciso fazer Esporte porque senão a ansiedade começa a subir Claro Olha aí é um tipo de acting é um tipo de ação em vez de elaboração né bom voltando Então a nossa primeira coluna A gente tinha falado né da
inibição a ligação da inibição com a aversão Mas e se a gente se aprofundar a inibição se a inibição não for suficiente né se se olha eu eu não saio mais de casa porque lá fora tem cavalos eu eu fecho bem a porta porque senão vão me invadir eu eu eu vou pro meu quarto eh e aí eu eu eu inibo né o meu contato a minha aproximação com o objeto Mas e se mesmo assim a angústia continua a Eh vamos dizer assim intimidar o desejo né a se impor ao desejo né que que vai
acontecer vai acontecer algo como a comoção ou a emoção ou a surpresa ou o que a gente já falou aqui a sideração né quer dizer o inibido ele ainda se mexe né ele ainda vai para um lado ele ainda vai para outro mas se ele for acado e ela se paralisa ele se petrifica né são os estados de pânico Agudo né quantas pessoas não dizem assim e daí eu cheguei na prova e deu branco parei de pensar daí eu cheguei ali na entrevista e eu só queria que a entrevista acabasse a entrevista emprego por quê
Porque eu precisava sair dali ó lá o impedimento e evasão a evitação e a desliga o disjuntor desliga o disjuntor porque e eu sou então levado para um tipo de afeto né que a gente nem lembra direito que ele é um afeto mas ele é um afeto muito importante que é a surpresa né De novo surpresa e qual é o sentimento correlato da surpresa quando a pessoa adora surpresas ela é um curioso né O o aquele aquele aquela pessoa que gosta de aprender que gosta de saber ele é alguém que tá tratando angústia por essa
via desejante né que é de ir confrontando ir dominando ir arriscando se criar surpresas né um pesquisador por exemplo ele adora né encontrar aquela novidade só que a novidade pode ser ruim só que a novidade pode ser uma surpresa desagradável só que a novidade pode destruir todas as hipóteses que ele tinha construído até então né Então a gente tem aí na na via da inibição e da petrificação né uma uma virada né uma uma órbita que pode levar que pode se superar pela via da curiosidade da indignação com o mundo com a admiração né diante
do mundo né que é super importante para para vamos dizer assim a gente encontrar um modo mais produtivo né para esse afeto Mas e se a coisa continua né Imaginário inibição ou comoção Veja quando é coletivo né morreu tal pessoa amos todos em comoção né Estamos parados né vivendo e sentindo aquela surpresa aguda né e se isso se a profunda nós vamos para um outro estado né de compromisso entre desejo e ang angústia chamada inquietude Fernando Pessoa né livro do desassossego ou perturbação né que é o que muita gente tá sentindo quando a gente fala
por exemplo em ansiedade climática né hoje toindo fogo no Brasil e a gente vai dizer assim olha e isso é um problema temos que enfrentá-lo e etc mas isso aparece para mim como um sinal Como se eu tivesse lá voltando pras estrelas tem uma estrela que quando ela vem dá Eclipse quando ela vem ela sinaliza uma coisa chamada perturbação na ordem do mundo ou seja não é que temos um problema local não é que temos um problema que eu posso atacar com uma ação específica né que eu posso confrontar com a minha curiosidade né com
o meu desejo cognitivo de descobrir como aquilo que funciona e dominar Aquilo não é uma perturbação ó lá do céu da ordem do mundo e isso leva a estados por exemplo de ansiedade crônica de ansiedade generalizada e olha aqui que eu introduzi uma outra palavra não tô falando mais em angústia tô falando em ansiedade vamos olhar pra palavra né Ela vem do francês ansi né enquanto que angústia vem no alemão angst mas também anguas né no francês ansi quer dizer o quê ânsia ânsia quer dizer o quê expectativa expectativa é o quê é um nome
pro desejo ol lá a pessoa ansiosa é uma pessoa desejante né uma pessoa que que está tomada por um desejo né que a perturba está tomada por um desejo que não se traduz em ato né para onde eu vou para cá ou para lá ah não sei Ahã o qual é qual o enfrentamento que eu tenho Qual é o obstáculo Qual é o objeto também não sei né ali estou então Eh nesse estado de expectativa ansiosa né que a gente eh eh poderia ligar com o um um outro afeto descrito pelo Freud né que que
que é difícil de traduzir que ele chamou de unhe estado de infamiliar estranho Está tudo estranho eu não sei dizer o que que é mas estranho eh eu não sei dizer mas tem um cheiro ruim na situação ou seja tem um malestar umag né Ou seja quando eu desço a coluna né da inibição passo pela emoção ou comoção e chego na perturbação É como se eu tivesse no limite máximo em que eu me sinto o quê arrastado tipicamente né o ansioso ela está sendo arrastado para um lugar que ele não sabe para onde ele vai
né ela está sendo assim vieram os guardas pegaram ele Estão levando e daí tranca o sujeito num quarto escuro angústia Tudo bem então a gente pode fazer esse caminho né inibição emoção perturbação ansiedade eu passo da ansiedade para vou fazer alguma coisa né eu vou comprar eu vou agir eu vou tomar eu tenho que fazer algo no mundo ou com comigo mesmo e se isso continua quarto escuro né ou seja não tem mais céu eu não vejo mais perspectiva eu não entendo mais o meu tamanho eu não leio mais o meu destino nas estrelas e
eu estou agora né Ness estado grau máximo de de angústia que é então a moeda básica de todos os afetos né bom gente tem muitas outras coisas mas eu acho que isso aí faz um mapa né de como a gente vai combinando afetos e sentimentos a partir das relações entre desejo e angústia Tá bom vamos ouvir aí as perguntas de vocês mas maulo incrível muito obrigado chistian muito bom muito bom eh pessoal antes da gente ir para nossa segunda parte da da noite de hoje né a parte das perguntas eu queria reforçar que o k
code tá aqui na tela então se você não assistiu a aula de ontem e quiser assistir a aula de ontem a de hoje novamente e também a de amanhã se inscreve aqui pelo q code Tá além também de poder receber o material escrito que a casa preparou então só acessar o QR Code e fazer a sua inscrição lá bem agora e começando a nossa segunda parte da aula tem uma pergunta aqui da Ana Júlia muito interessante há prazer na angústia Ah muito bem colocado né Eh a gente poderia dizer assim assim angústia enquanto vamos dizer
assim antinomia do desejo enquanto forma né desejo sem forma melhor dizendo ela deveria est eh associada com a Total hã ausência de prazer né Mas isso não é verdade né porque a Total ausência de prazer deveria ser acompanhada também com a Total ausência de desprazer né porque pro Freud prazer e desprazer São só quantidades excessivas ou muito reduzidas na mesma substância na mesma substância libidinal né então que que é o prazer é acumular acumulei estímulo acumulei estímulo acumulei estímulo eu eu estímulo caiu prazer né prazer é essa esse diferencial né Pensa quando a gente vai
ter um encontro sexual né com como é que começa né a a o rito você tá ansioso você tá inquieto Você tá perturbado você tá com medo que que vai acontecer e aquilo vai vamos dizer assim crescendo e esse e esse estado de crescimento é um estado de desejo né Mas também de angústia né então muitas muitas dificuldades sexuais vem justamente disso porque Opa para eu ter o desejo a angústia vai vir junto eu prefiro reduzir o desejo Ó mas reduzir no desejo ah a coisa não vai não vai se acumular para você ter uma
curva descendente de satisfação né esse modelo mostra como há prazer na angústia né e e e e há e há tipos clínicos vamos dizer assim que se especializam em se angustiar né é que parece assim a gente vai ver isso na aula que vem né Eh gozar com aumento de angústia né Eh se se se pôr ansioso se pôr em expectância por quê Porque isso é um caminho pro desejo Mas por outro lado isso isso mostra o quê movimento libidinal né e o problema da angústia é quando esse movimento libidinal para né quando ele se
estaciona mas quando ele tá em movimento quando ele tá se qualificando o que que a gente experimenta movimentações de afeto né a gente diz assim estou vivo estou me sentindo vivo estou interessado estou orientado para que algum movimento estou enfrentando um objeto tudo isso vem com essa mistura entre prazer e desprazer né Eh por exemplo crianças que muitas vezes não conseguem aprender porque quando vão entrando em contato com aquele conteúdo vão se angustiando né vão se angustiando porque aquilo remete a x faz lembrar y e etc a ponto de Dai a pouco v o quê
uma inibição do desejo né bom você inibi o desejo a criança não aprende né ela se desinteressa ela ela foge daquele daquele assunto ela não se angustia mais mas ela não aprende mais também né perfeita a colocação sim a angústia é uma é uma movimentação né da libida e portanto um ah prazer desprazer desprazer prazer né porque ainda não introdu a noção de gozo que justamente subverte essa oposição mais simples tem uma outra pergunta e aí eh que é assim como lidar com angústia de nunca alcançar o objeto desejado senão isso seria o objeto a
lac né Então essa essa é uma boa pergunta porque eu acabei evitando um pouco né o tema de onde que angústia e desejo se confluem né qual é qual é o ponto de equidistância né é o o tal do do planeta em torno do que as coisas giram é um objeto né só que esse objeto em psicanálise ele tem inúmeras qualificações né ontem a gente falou um pouco né da dialética entre desejo e amor né E no caso do desejo e amor eh é claro né quer dizer você tem uns exemplos muito vívidos amo essa
pessoa mas eu não desejo eu te amo mas não quero ir pra cama com você né Eh você é um ótimo amigo você é um companheiro mas não deu química Olha só né então você o mesmo objeto né mas ela encaixa uma coisa não encaixa outra acontece o contrário te desejo mas não te amo né não consigo encaixar em você ess ess essa mesma articulação né da demanda então indo para uma colocação mais simples né o desejo em si ele tem um objeto mas ele não é o objeto da demanda ou seja ele não é
aquilo que você acha que você quer e aquilo que você encontra no caminho do que você quer né E que de repente você até ignora como aquilo tá causando o teu desejo né E que isso é diferente da assim aquilo que você consegue objetivar o seu desejo Porque tudo que você consegue objetivar do seu desejo no fundo é desejo do outro né é uma maneira de tentar capturar o desejo do outro né Por que que você quer um carro por que que você quer um avião por que que você quer um título Qual é a
razão disso ah porque isso t inserem numa rede humana de trocas que aumenta ou diminui o seu valor né quer dizer você atribui a ess esses objetos um valor como chama esse valor em psicanálise Ah é o valor fálico né o valor fálico dos objetos ele é importante por porque ele indica para onde o desejo vai mas quando o desejo encontra esse objeto o que acontece decepção sempre porque senão o que que aconteceria eu queria B essa esse livro eu fiz o livro uh agora acabou agora eu tô não quero mais nada eu já consegui
tudo que eu queria que era esse objeto você olha para esse objeto e você diz foi super legal fazer o livro tá bacana mas esse livro no fundo ele é só um jeito de eu falar com as pessoas é um jeito de eu ser reconhecido é um jeito de eu me inseri numa conversa ele que eu achava que era um fim é só um meio Hum então o que acontece a gente entra numa estrutura né que a estrutura substitutiva do desejo né Ele é sempre desejo de outra coisa que a gente diz assim isso é
o fim mas não é o fim é um quando você chega lá ela é só o meio quando o objeto tá muito cristalizado quando ele tá muito assim imaginar quando ele tá muito assim bem definido ele costuma justamente começar a produzir esses efeitos de angústia né Por exemplo aquela mulher linda que você sonha e que é a primeira da classe e que de repente chega perto de você o que você faz nada você congela você recua porque justamente você objetificar lá você se interditou né você criou impedimento para si né então a a a dialética
do desejo e e por isso a gente fala em um desejo né as pessoas diz assim Como assim um desejo eu sou habitado por tantos desejos eu quero tantas coisas diferentes na minha vida certo e é para quanto mais melhor só que isso são objetos né Essas são as versões onde o seu desejo se coloniza onde ele se instala onde ele se alienta o teu desejo é um só e é bom ter alguma ideia sobre ele é bom ter uma ideia sobre o estilo dele o movimento dele onde ele habita onde ele não habita e
isso é bastante vamos dizer assim enigmático por quê Porque o teu desejo não aparece no que você acha que quer teu desejo aparece nos seus sonhos teu desejo aparece nos seus sintomas teu desejo aparece naquelas repetições que você se cria e diz assim mas por que que eu erro sempre dou uma jeito é porque o seu desejo está ali ah não mas eu não quero isso é o desejo não tem que ver com o que você quer tem que ver com justamente aquilo que você negou para se tornar quem você é perfeito Tem uma outra
pergunta do Leonardo Azevedo eh que ele diz assim como o movimento Euforia depressão estão ligados a angústia é preciso considerar de alguma forma um certo equilíbrio dos afetos mas que não leve é uma apatia Ótima pergunta porque ela permite assim a gente entender que na pra psicanálise é um quadro só né os quadros ansiosos os quadros depressivos elas fazem parte da mesma ordem né então todo depressivo é um ansioso em potencial e todo ansioso você brincar ela tá com pé lá na na na depressão Por quê a gente pode dizer assim o depressivo ele tá
vamos dizer assim num eixo do da órbita em que ele está dizendo para si algo que é verdade que é perdi o objeto perdi o ideal perdi o ideal que era o outro perdi o ideal que era eu perdi o desejo que não se realizou perdi perdi a as expectativas que eu tinha né Ou seja a depressão é uma espécie de de luto patológico né quer dizer em vez de eu dizer olha perdi e vamos em frente eu começo a orbitar em torno daquela perda me definir por aquela perda me definir pelo que eu não
sou a me observar naquela déficit a me observar na CR da adequação a olhar para mim e minha pequena e me criticar é é é bom e me reduzir né tem que ver com Perdi né mas o objeto tá perdido de sair Lembra Você acha que você eu tinha mas ele é só essa essa essa isca né Essa cenoura que te faz se movimentar o depressivo Ele acha que ele encontrou o objeto e ele perdeu o objeto né E aí tem um problema né só que assim como ele acha que ela perdeu e na medida
que ela vai dando forma né E ela vai se tornando mais e mais convicto né mais e mais certeza de que era aquilo mesmo se eu tivesse passado naquele concurso se eu tivesse feito aquilo naquele momento se eu não tivesse sido quanto mais ele você convence disso mas ele se cria um momento em que tá bom então agora tem um novo emprego e aí que você vai fazer não tem um novo emprego ou seja meu desejo ele vai se realizar todo ele aí meu Deus do céu ansiedade Euforia tô me aproximando tô me aproximando e
eu vou e eu vou me encontrar com aquilo e daí começam as manifestações de não mas pera aí tenho medo do Chefe Tô com medo de trabalhar eh e acho que que que que que é muito para mim não mereço isso me sinto impostor né E daí você vai pro outro Polo né vai para um outro para um outro giro né dessa mesma órbita né por isso H Muitos depressivos dizem assim eu consigo fazer as coisas mas quando eu estou empolgado né que que é o a empolgação é aquela gasolina libidinal que você joga e
o sujeito diz agora eu vou para objeto só que o objeto vai te escapar é objeto eh tá é é é é é o meio não é o fim esse objeto enfim ele ganha muito valor porque você perdeu ele porque se você tivesse ele ele per Era só mais um objeto né Você sabe brincar com esse objeto nem pensei nisso só quero saber de ter ou não ter não e se você tiver você sabe como usá-lo não porque eu tô as voltas perdi encontrei perdi tenho tenho de novo Perdi isso torna né a vida do
ansioso um pouco menos mas a vida do depressivo muito empobrecida né e não é pela depressão é pela redução de experiência que a depressão traz consigo como efeito colateral me acho X achado infeliz e etc então não vou na festa eu sou um idiota você não vai na festa você não conhece os outros você não ouve as histórias você não conta suas histórias você fica uma pessoa menos interessante daí você olha só como eu sou pequeno e fechado em mim né É porque os dois polos eles contêm uma coisa que a gente chama de autorrealização
performativa né você acha uma coisa em função daquilo que você acha você você age né e confia aquilo que você já achava perfeito a Cláudia naufel ela pergunta cada um de nós escreve sua partitura própria nesse processo Poderíamos dizer que a harmonia dos afetos Depende de como afinamos nossos instrumentos afetivos perfeito perfeito quer dizer é um processo duplo né de afinação e para você afinar você precisa fazer o quê tocar né Eh tocar significa colocar em marcha né opa deu certo tô tô tô tô me entendendo aqui com o instrumento né e mas eu vou
toquei errado é toquei errado caiu fora não deu certo você volta você você continua vamos dizer assim se aprimorando na relação com aquele objeto né mas no fundo é a relação com a tua falta né o objeto é um instrumento para que você se aproxime da sua falta como frustração como privação como castração não né bom mas aí Ufa consegui tocar meu instrumento Aí você olha em volta e diz tem os outros tem o outro tocando tuba e aquele lá no trompete é você não no no no no no no violino e E aí quer
dizer o seu pode estar afinadíssimo só que como é que você vai conversar com o instrumento do outro né Aí você vai dizer assim tô meio tô meio ferrado porque eu toco bem ele toca outra coisa que que eu preciso aqui um Maestro o maestu desejo né que vai vamos dizer assim eh Escuta Você espera um pouco agora vem o outro toca você toca o outro toca você toca o outro ah conseguimos aqui que a conversa circule ah estamos na Sinfonia ótimo e podem vir outros né Muito boa essa ideia de que a gente precisa
se dedicar a e afinar nossos instrumentos eu acho que se liga com a pergunta anterior né que que o depressivo ela qual que é o problema ele dizer não tenho instrumento não toca não toca não afina não afina não vem outro não vem outro Ah o instrumento tá lá e ela diz assim eu não tenho nenhum né e o meu instrumento tá tá foi foi roubado pelo outro meu instrumento tá lá na na loja que eu não consigo comprar o meu instrumento ainda não foi fabricado eu não sei qual é o meu instrumento todos os
problemas que você tem para Eh vamos dizer assim desencontrar um objeto perdi o meu instrumento é tem que encontrar outro perfeito perfeito bom pessoal chegamos ao fim dessa nossa segunda noite da jornada dos afetos promovida pela casa saber em parceria com o professor e psicanalista Christian dunker eh amanhã eu aguardo todos vocês aqui às 8 horas também no canal do YouTube na da casa do Saber paraa nossa segunda aula do terceira aula perdão então terceira e última aula do curso desejo o maestro dos afetos a gente vai falar como o dcas já antecipou ali no
meio da aula vamos falar sobre desejo e goso E aí reforçando aqui o que eu já falei também Quem ainda não se inscreveu e quiser se inscrever quiser assistir a primeira aula aula de hoje e a aula de amanhã tá aqui o carr Code na tela é só escanear se inscreve lá para você também receber o material de apoio que foi preparado Tá bom amanhã a gente vai ter uma super surpresa para vocês um presentão da casa do saber então eu espero todos vocês aqui a partir das 8 horas tá mais uma vez muito obrigado
por essa noite valeu gente estamos junto aí nessa orquestra né afinando os instrumentos para amanhã vamos ver se a gente consegue tocar aquel moz aquele sepultura que vai terminar maravilha maravilha Muito obrigado pessoal Muito obrigado Dun uma boa noite a todos e espero vocês amanhã abraço [Música] [Música] [Música] [Música] he k [Música] [Música] [Música] [Música] [Música] [Música] [Música] [Música] k [Música] [Música] [Música] e n [Música]
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