Tudo o que se sabe sobre o caso do caseiro que foi devorado por onça no MS | LIVE CNN

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CNN Brasil
O caseiro Jorge Avalo, de 60 anos, foi atacado e morto por uma onça-pintada na região de mata de Tou...
Video Transcript:
E a gente volta com a história dessa onça, uma história triste, porque atacou o caseiro. Essa notícia tá na home do nosso site. Tá aqui, ó.
O que o que sabemos sobre o caso do caseiro que foi é terrível até te falar isso, devorado por uma onça no Mato Grosso do Sul. E aí aqui embaixo tem ataque de onça. Saiba que você deve fazer caso, opa, desculpa, tava embaixo da taxa.
Você deve fazer caso encontre o animal. Onde foi isso que aconteceu? A gente vai te contar agora.
Ocorreu numa área isolada, muito isolada, numa região chamada Touro Morto, que fica a 150 km de distância de Miranda, uma cidade no Mato Grosso do Sul. Essa onça que atacou o caseiro voltou ao local onde a Polícia Militar Ambiental encontrou o corpo da vítima que aparece aí para você em tela. Jorge Avalo, tinha 60 anos.
Esse essa ocorrência foi registrada por um guia de pesca, um guia de pesca que estranhou, tava por ali, estranhou a ausência do caseiro nesse rancho. Aí o caseiro aparecendo. O amigo da vítima disse que já tinha alertado sobre o risco que a onça representava na região.
Aí as pegadas, estão vendo as marcas no chão dessa onça? E olha o tamanho da pegada. Esse é um vídeo que foi registrado por um dos amigos do caseiro.
Dias antes da tragédia. Inclusive esse amigo falou da presença de pegadas de onça perto da casa de quem se tornou uma vítima. A gente vai inclusive ouvir um trecho.
Ô, os gatinho tava brincando aí. Tava d uma confusão nos dois aqui. Porque você não entrou pro meio para partar?
Vou mandar pro Dão. Dão aqui. Ô Dão, vai comer o J mostrando.
Vocês estão vendo até o amigo que fez o vídeo falou assim: "Ah, o gatinho tava tava brigando, tava passando ou bagunçando aí". Olha, brigando. Vamos inclusive ouvir um pouquinho mais.
Gaça o bicho. Não, olha aí, vai indo assim, ó. E lá que foi a coisa.
Isso aqui foi um pega que Olha lá, outra. Olha, cunhado. Eita cavucadão a [ __ ] rapaz.
[ __ ] olha o tamanho do rastro. Não, essa aqui saiu para cá, hein. Eu vou rir aí.
Aí, ela foi aqui. A [ __ ] dá uma arrancada dessa no você c tudo, cara. Olha aqui onde ela deu uma brecada.
Olha aqui. Ela deu negada. Essa a outra bateu aí, ó.
Ô louco, ela dis bateu lá mesmo. Lá ó. Hã?
Você escutou o barulho? O tamanho do rastço dessa onça, cara. Não, olha aqui.
Por que você não saiu, coado? Pegar um cabo de vassour. Não.
Briga de marido de mulher não se mete. Eita. Olha, cara.
Mas ela respeita que ela vê você aqui é nós aqui no Pantanal, rapaz. Eita ali. Ela trompou, ela empurrou pro lado dos pé de limão e saiu.
Olha aqui, olha o tamanho do rasto dessa onça. Ela tava correndo atrás da outra aqui, ó. Ela impressionante, hein?
Vocês viram a diferença do tamanho da pegada da onça para esse outro animal que que tava ali. Eu não conseguia exatamente compreender no vídeo se se porque esse amigo do caseiro disse que era uma briga, né? E eventualmente o outro animal tava fugindo, poderia ser atacado pela onça.
É impressionante o tamanho desse bichão que é estonte, é bonito, é da nossa raiz brasileira, mas que pode causar esse tipo de problema. Os restos mortais da vítima foram encontrados seguindo as trilhas deixadas pelo animal na mata. Eles foram atrás dessa pegada e encontraram os restos mortais desse caseiro.
Quando os agentes chegaram ao local, o corpo tinha sido arrastado pela onça por mais de 50 m. Aí você vê o momento, inclusive dessa caminhada. Se eu não me engano, um desses integrantes das buscas, ele aparece ali eh armado, pelo menos empunhando, né, colocando uma arma para cima.
Porque eles estão numa área selvagem muito isolada, onde comumente as onças circulam e aí eles vão andando e e encontram o corpo. E é óbvio, óbvio que a nossa responsabilidade social, você não vai ver nada disso, tá? Tudo isso que tá aparecendo aí para vocês é o momento da caminhada, tá bom?
Eh, as equipes de busca elas chegaram até o local e, aliás, não só isso, ainda teve uma outra ocorrência por um integrante da equipe, pera que eu perdi um bocadinho ali a informação, só aí, obrigado. "Um dos integrantes da equipe de buscas chegou a ser atacado pelo animal e ficou ferido. " As imagens mostram, portanto, os homens do meio da mata tentando se aproximar do local onde estava a vítima.
O felino só teria recuado após os disparos de arma. Por isso que nós vimos ali um dos integrantes que que aparece, né, com uma arma em uma das mãos, porque de fato quando eles percebem, estimam que o animal esteja ali por perto, apenas com barulho do eles usam as ferramentas que eles têm para conseguir acuar distanciar esse animal. Câmeras de segurança também registraram a onça andando pela região.
Vamos ver. Olha lá do lado direito os olhos da onça. Olha o tamanho desse animal.
Impressionante. Ó, a câmera de segurança registrando tudo isso. Tá vendo ali no cantinho direito?
E claro que pela pelo tamanho do registro da pegada no vídeo que o amigo do caseiro fez, nos dá a entender, nos dá a entender que a onça estava correndo, né? Porque as pegadas estão fundas. Não pelo tamanho em si, porque o tamanho continua sendo o mesmo, mas tinha uma fundura nas pegadas.
Bom, o caso está sendo investigado especialmente devido ao comportamento agressivo e persistente do animal. Olha ali o tamanho, que história, hein, Durã? E a onça que tá no habitar dela, assim, até eu me sinto um pouco estranho ao dizer a onça está solta pela região, mas a a onça vive solta numa região, região de mata, isolada, mas que eventualmente no meio desses isolamentos você tem a presença de seres humanos também.
É isso. O Pantanal é o habitat típico de onças pintadas como essa. O que que aconteceu nos últimos tempos, Elisa?
Desmatamento e queimadas. Com esse tipo de problema, os animais se espalham e animais que são típicos de regiões como Pantanal acabam indo para outros locais, saindo da sua da sua floresta de origem por sobrevivência mesmo, não para buscar uma presa, né? Quando você tem uma queimada, eh, para, para que as pessoas entendam, ela ela destrói o bioma.
E nessa destruição, os animais têm que buscar comida em outros lugares. E aí, justamente por isso, a onça circulando pelo Mato Grosso do Sul. Coloquei no mapa aqui pra gente ver o local de onde a gente tá falando.
É muito perto ali, Elisa. Que bom, porque me ocorreu essa dúvida mesmo. Na tríplice fronteira entre Brasil, Paraguai e Bolívia.
A tríplice fronteira tá bem aqui. Nós estamos no pesqueiro Touro Morto. É uma área muito isolada.
É uma área muito isolada. É próximo da cidade de Miranda. Eu vou aproximar aqui.
Aliás, olha a capital Campo Grande ficou ali para trás, né? No cantinho, cantinho direito da tela. É Campo Grande tá um pouco mais para cá.
Ali, ó. Vocês estão conseguindo ver o Pedro? Campo Grande tá aqui e o pesqueiro tá aqui no sentido de Corumbá, que ficou conhecida como uma das e capitais mais destruídas pelas queimadas, né?
a capital do Pantanal, que é como chamam Corumbá. Eu vou aproximar um pouquinho aqui porque a gente consegue ver um dos problemas para essa busca, Elisa, que é o rio onde? Aqui da Ouana que passa.
Ah, nossa. Tá do lado que provavelmente seja aquela parte alagada que apareceu no vídeo, né, dos das equipes de busca. Exatamente.
Então, a gente consegue perceber, olhando de perto assim, Elisa, eh, que o pesqueiro ele fica localizado muito próximo de onde passa o rio. Uhum. Né?
E justamente por causa disso, você tem a um problema para as buscas que é a as cheias dos rios. Tá chovendo muito agora. Pedro você fala, tá ali a imagem.
É isso. É o a essa água aí é a água do rio, né? O pesqueiro ele fica numa numa conexão ali entre o rio Aquidauana e o rio Miranda.
São dois rios da região. Vou aproximar um pouquinho mais aqui que a gente consegue ver onde esse caseiro foi feito e de vítima, acabou morrendo por conta do ataque dessa onça. Pode botar em tela cheia, Natan, que eu vou aproximar mais um pouquinho aqui, só para mostrar o pesqueiro.
Olha, dá para ver bem. É justamente nesse local que tava o caseiro quando a onça tava circulando. As fontes do governo lá do Mato Grosso, Elisa, me disseram que esse até é um local bastante preservado, viu?
Tem uma vegetação nativa bastante vasta nessa região e justamente por isso essa intersecção da eh da convivência humana com a área natural de floresta do Pantanal. Bom que se diga ainda que tem sete pessoas de uma equipe da Secretaria de Estado do Meio Ambiente buscando a onça desde às 7 horas da noite de ontem. Nós estamos falando de mais de 15 horas de buscas por essa onça pintada.
O objetivo é levar ela para um centro de reabilitação em Campo Grande, na capital do estado. Isso que eu ia perguntar. Estão buscando a onça por qual motivo?
Porque em teoria ela tá na ela tá na casa dela, né? É isso. Só que ela apresenta um comportamento agressivo.
Então ela vai ser avaliada por veterinários para poder entender se ela tem condições de ser devolvida para habitar natural dela ou se ela precisa de um tratamento específico para que depois ela seja reintegrada ao Pantanal. Porque não é comum que uma onça se alimente de um ser humano, muito embora seja perigoso você tentar qualquer tipo de contato com uma onça pintada, porque pode acabar sendo vítima. Inclusive tem lá no nosso site uma reportagem dizendo como é que as pessoas podem proceder no caso de avistarem uma onça pintada.
Então você tem lá um pesquisador da Universidade Federal do Mato Grosso do Sul, dois guias que conhecem o local e quatro policiais militares ambientais buscando essa onça desde ontem à noite. Qual que é o problema? Além da cheia dos rios, que deixa a busca mais complicada ainda, você ainda tem o fato de que pessoas ali da região avistaram outras onças pintadas.
Então, qual foi a onça pintada que atacou esse homem? Para poder recolher a onça correta, eles vão ter que fazer uma série de testes para descobrir se a onça foi aquela mesmo que ofereceu perigo à aquela comunidade e que acabou matando esse homem e atacando uma outra pessoa. Uma situação bastante complexa que traz inclusive uma reflexão sobre a nossa intervenção sobre o habitar natural delas, das onças, né?
É por isso que me gerou assim dentro do meu desconhecimento, do meu conhecimento leigo no assunto, tá gente? Vou me colocar assim quase como uma criança ouvindo esse assunto. Na hora eu penso, mas a onça tá no local adequado.
Mas quando você fala, e aí vem a jornalista, né, quando você fala queimadas, todo esse problema de desmatamento, os pesquisadores também vão compreender se eventualmente esses problemas causaram um comportamento adverso no animal. É um animal selvagem, né? E e qualquer um tem medo de ser atacado por um animal selvagem.
Mas se isso não é habitual, se não é corriqueiro no comportamento da onça, eventualmente a própria ação humana Uhum. pode ter ocasionado essa mudança de comportamento na onça. Isso.
E justamente por isso eu acionei, logo que soube da notícia o a SOS Pantanal e a WWF, que são duas entidades do terceiro setor que trabalham com a proteção desses animais, para entender que tipo de abordagem é feita numa situação como essa e quais são as condições dessa localidade. Porque a gente não pode deixar de lembrar que o ano passado foi um ano que o Pantanal foi muito castigado pelas queimadas. elas afetaram muito esse bioma brasileiro.
Então, por isso essa preocupação constante de a gente proteger o meio ambiente até como uma forma de nos proteger também, né, Elisa?
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