10 coisas que aprendi sobre Luto | Sarah Vieira | TEDxFortaleza

bom-dia família ted é uma família eu me sinto realmente em casa é um prazer estar com vocês no lugar em que eu sei que quase ninguém vai manchar doida eu vim conversar com vocês sobre luto não dava pra fazer isso de forma leve fiz meu máximo e ao invés de contar uma história minha da minha vida outras pessoas contaram isso eu gostaria de contar histórias que eu ouvi as 15 anos que eu atendo pacientes enlutadas pessoas que perderam seus entes queridos e em nome dessas pessoas que eu falo hoje dedico a minha apresentação eu gostaria

que vocês também a enxergassem e me enxergasse apenas como uma porta voz tá bom prometo que vou falar sobre luto mas antes disso eu queria contar uma experiência que eu tive é fantástica para mim foi fantástico não sou tão velho mas eu descobri testes do facebook viciei o primeiro que eu fiz foi esse que estão vendo aí né se fosse uma princesa da disney que princesa seria wells a essa é o celso né me empolguei né continue fazendo da cerveja achei que deu até dá pra confiar foi fazendo 1 a 0 aí comecei a fazer

que vilã eu seria esse eu não tenho coragem de publicar aqui biscoito você seria meu deu cook não sei porque quando eu vi já estava fazendo até aquele do éter bêbado já fizeram isso e aí ele disse que se eu estiver com fome e ouvir uma psicopata verdade está certo mas aí eu fiquei perguntando me perguntando o seguinte por que que a gente investe tempo da nossa vida para fazer teste no facebook e publicar o resultado tem gente que vota assim se eu fosse um animal eu seria uma iguana para essa foto aí quando você

curte coraçãozinho vai fazer o quê mas aí eu tentando entender isso e sou psicóloga vocês sabem meu trabalho é me entender entender os outros e o mundo todo o tempo todo fazendo isso eu pensei o seguinte o que a gente faz esses testes porque a gente está com muita dificuldade em saber quem a gente é ea gente precisa de um parâmetro o teste do facebook dá um parâmetro é algo que diz olha você é isso isso te representa ea gente está o tempo todo buscando uma âncora de identidade os valores que nos definiu na nossa

sociedade mais tradicional estão ficando para trás a gente está buscando saber cada vez mais quem a gente é ea gente tem pouco a para a religião grandes tradições rituais antigos vêm se perdendo na sociedade moderna ea gente busca essas coisas junto com essas coisas de busca a ciência conhece deve ser cinco os médicos se o dsm 5 manual diagnóstico de transtornos mentais manual diagnóstico e estatístico de transtornos mentais é editado pela associação de psiquiatria americana uma amiga me mandou isso aí disse que era a minha cara livre um livro de mil páginas com todos os

transtornos mentais aí eu faço que nem 60 minutos de sabedoria cada dia há uma página quando não quando não encontra encontra alguém diagnóstico alguém é divertir muito bem o fato é que se esse dsm ele está na sua 5ª número 5 o primeiro é de 1952 ele tinha 100 páginas pessoal o primeiro tinha 100 páginas e assim eles vão crescendo talvez um militar os cinco têm mil para estamos ficando doido muito dor e agora a gente vai fazer um exercício pessoal da convido vocês a se virarem para o colega da direita ora pessoal ira não

o da direita vira pra vocês vão fazer o par ó horas é agora vocês vão olhar profundamente no olho da pessoa o fundo ou ir ao fundo agora olhando fundo qual é bom muito bom agora vocês vão ter que decidir entre vocês dois quem é o normal segundo essa pesquisa de harvard não é qualquer um e harvard um em cada dois americanos vai desenvolver um transtorno psiquiátrico ao longo da vida é tarde o brasileiro fica atrás não tá aí ó agente variar entre uma estatística de 20 56% ao longo da vida tá todo mundo doido

mesmo os padrões estão se ampliando muito o que a gente vê é que o crescimento do tsm é uma inflação de agnóstica muitos diagnósticos tudo a doença a gente compra o tomate na segunda porque faz bem no domingo já cansa comprovou na terça na segunda não pode colesterol alto e por isso é bom colesterol a gente fica doido né então a gente tá tá assistindo um mapeamento ampliação dos padrões de comportamento qualquer um de nós se abriu 10 m vai achar alguma coisa que vai identificar a gente está patológica usando a vida a vida se

não for vivida dentro daquele padrão muito rígido tudo a doença ea gente tem uma série de diagnósticos transtorno delirante de ciúme transtorno de personalidade independente transtorno de déficit de atenção e hiperatividade ou sem ter actividade da pressão de todo mundo não é e aí a gente faz o que a gente faz a velha terapia do remédio a gente não quer sofrer a gente vai ocupar-se criada o psicólogo ou para ambos ou vai para a mesa do papa o fato é que a gente não quer mais sofrer a gente não aguenta nenhuma dor na unha mas

eo que dizer da tour que a gente sente quando alguém que a gente ama morre se a gente não aguenta nem aquela dona ruim vocês imaginam essa a gente não fala sobre morte a gente não fala sobre o luto e cada um de nós vamos ter tivemos devemos ter vamos ter várias perdas ao longo da vida o jogo estava contando que depois da doença dele preocupar em sair ele teve um momento de virada na vida dele provavelmente ele encontrou a morte ali a gente vai ter oportunidade de fazer essa virada hoje sem necessariamente perder ninguém

e sem ter um outro real amor a gente vai aprender através da experiência de outras pessoas das 10 coisas que eu vou dividir com vocês aqui a primeira é que nenhuma teoria é capaz de explicar o luto a gente tem muita teoria mais 15 será 18 anos tudo isso froid unb elizabeth precoce pax jogador monte de gente fala sobre o piloto mas a experiência de viver o luto é única só quem divide sabe o que é e cada um ligado a seu modo a teoria não é capaz de explicar porque o luto é como o

amor é uma experiência viva o luto é um produto do seu lugar e da sua cultura para isso eu não vou usar uma fusão experiência minha de tabela quando eu tinha sete anos o meu pai me contou uma história que ele enterrou o irmão uma caixa de sapato o irmão recém nascido naquela época no sertão isso era comum as crianças eram enterradas ali mesmo quintal quando eram recém-nascidos nem batizavam nem batizada 0 eu fiquei apavorada quando ele me contou isso a primeira vez como que ele tinha ele criança ele então com 78 o irmãozinho dentro

da caixa de sapato um mato para enterrar o irmão e eu fiquei meu deus q carro vai votar se eu morrer 17 anos cresceu a caixa de tv de sapato na cabeça mas aquilo é aquilo mexeu comigo isso deve fazer 50 anos só ea nossa visão de mostra completamente frente a gente protege as crianças da morte até onde dá a gente se protege da morte até onde dá e ela faz parte do nosso cotidiano é parte da nossa vida o luto não é doença às vezes ele se manifesta no corpo dor de cabeça dor de

estômago moleza dores musculares a gente fica mais suscetível até gripe sistema imunológico aparentemente fica abalado e a gente fica mais propenso a adoecer mas o luto não é uma doença é uma reação esperada e normal a perda de alguém que a gente ama não é depressão não é stress não é transtorno de estresse pós traumático é luto luto é esperado não é doença isso eu queria que ficasse muito na cabeça de vocês hoje quando vocês encontrarem alguém de luto quando vocês mesmos estiverem de luto a lembrem disso não é doença porque eu tô falando isso

frisando pisando em repisando porque no dsm 5 aquele aquele que eu mostrei pra vocês têm sua luta é citado 130 vezes horas associado a doenças como se pudesse desencadear doenças mentais e o pior ele agora está numa categoria que é luto transtorno do luto complexo persistente ele está numa categoria para estudos posteriores então muito provavelmente se nada mudar no próximo 10 m o luto vai ser oficialmente uma doença mental é sério é grave e que precisa resgatar a vida e nesse sentido também a morte de uma paciente me disse isso que o luto há teorias

que dizem que o luto é feita de fases primeiro aceitação depois a raiva depois da depressão depois há o recomeço então tem várias fases o luto não é uma corrida de fazer não é uma corrida de obstáculos que você vai terminar e vai ficar bom ele parece muito mais como ela me disse a montanha russa no escuro você tá bem e de repente alguma coisa minúsculo faz você lembrar daquela pessoa e você 10 uma queda vertiginosa e as pessoas que estão à sua volta não entendem estava bem estava trabalhando qualquer coisa um cheiro um som

uma roupa uma palavra tão tudo é capaz de fazer você descer a montanha russa baixo uma data comemorativa natal dia das mães e dos pais que venham aniversário da pessoa aniversário de morte enfim tem uma outra parceria em que perdeu um bebê recém-nascido bebê ficou vivo sete dias e faleceu e ela ficou bem no outro dia ela foi trabalhar seguiu a vida dez anos depois de estar bem ela acordou de madrugada achando que estava tendo um ataque cardíaco do no peito é a sensação de morte iminente dificuldade de respirar já estava com o segundo marido

já não tinha mais filhos nem associou uma coisa outro foi o hospital fez todos os exames ela não tinha nada que justificasse aquela reação que ela teve e ela me disse o luto bateu à minha porta dez anos depois eu tive que abrir então se você não viver se você não se entregar e sentimento que não é vergonhoso porque a sociedade que a gente teve o tempo todo feliz todo mundo feliz no facebook feliz toda hora lindo tem gente da vontade excluído tão feliz eu excluo e quando meus amigos viajam com a posterior digo olha

vou excluir temporariamente que eu não aguento ver suas fotos enquanto o trabalho então a sociedade quer que você seja feliz e não tolera a tristeza mas a tristeza é um sentimento humano precisa servir se não naquele momento volta depois em forma de sintoma em forma de problemas de relacionamento ele é muito importante para ser relegado outra moça me disse ela tinha viela tem 22 anos e perdeu o marido ficou viúva aos 22 ela me disse que ela sente como se tivesse um buraco negro no peito porque um buraco negro buraco negro suba todas as energias

estão todas as energias dela tão canalizados para aceitar essa perda até tomar banho e alunos a é uma energia que ela não tem pode surpreender então às vezes a gente vê aquela pessoa em alguns momentos num quarto escuro sem condição de trabalhar sem condições de tomar banho sem condição de se alimentar ou de sair ou de fazer sala para a visita as pessoas ficam atolados de do isso acontece a gente nunca está preparado para atender quem a gente ama nunca então não dá para se preparar dá pra preparar alguém pra perder alguém a não ser

que a gente ama me sabendo que um dia pode perder isso não vai tornar a pé mais fácil - fácil mas não dá não dá para preparar ninguém pra perder ninguém às vezes as pessoas acham que se desligando a única forma de não sofrer é não a mando se você não ama você não perde mas se você quer amar o preço a possibilidade de perder cada um resolve entre aspas e se resolve o luto à sua maneira tem gente que faz música poemas filmes belíssimos planta jardim funda ongs ajuda outras pessoas enfim cada um dá

um sentido a sua pedra nesse sentido é muito particular resolveu o luto não é é o que as pessoas dizem voltar ao trabalho e amor à vida normal o primeiro mês está todo mundo ali dando ajuda depois já começa a te escuta vai voltar aliás abia a licença pra luta em no máximo sete dias a licença de trabalho nossa sociedade realmente não permite que a gente vê isso de forma de forma saudável e tem gente que não resolve nunca a rainha vitória passou a vida inteira no luto do marido vestiu preto naquela época ficar de

luto era chique o preto é chique por isso quando da rainha vitória ela passou a vida inteira esperando o marido ela voltava o prato dele na mesa ela separava a roupa que ele existe todo dia ela resolveu dessa forma por mais que a gente olhe e diga que aquilo ali não é saudável foi o que ela conseguiu fazer ea gente precisa respeitar o que cada um consegue fazer com a sua pena isso já falamos o luto é o preço do amor são duas faces da mesma moeda e ele o luto a dor o sofrimento ele

te obriga a rever joão fez isso no barco ele reviu valores não precisa de tanta coisa vou levar tudo a mochila vou pegar minha família e vou embora porque faz dá um choque de realidade mas você pensar o tanto de tempo que você gasta com coisas que não são essenciais então entrar em contato com a morte e com a possibilidade de perder as pessoas que você ama é transformador você começa a vida passa teuto outro sabor outras cores outro sentido isso aconteceu comigo há 18 anos atrás não que eu tenha perdido ninguém mas eu comecei

a conviver com essas pessoas ea simples convivência ouviu que elas me diziam transformou a minha vida uma coisa mais leve uma coisa mais simples tem uma coisa de dias viver o dia a gente não tem ontem a gente não tem amanhã a gente tem hoje tratar com quem a gente ama e que eu queria deixar pra vocês é isso que a dor é o amor são duas faces da mesma moeda a vida ea morte também só quem tenha morte na consciência mesmo que não seja o tempo todo pensando nela é capaz de viver em profundidade

de aproveitar a vida cada segundo e é isso que eu espero que vocês façam o que nós façamos um exercício diário ao sair daqui brigado