Arthur Schopenhauer (resumo) | Filosofia

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Conceito Ilustrado
Arthur Schopenhauer (1788-1860) foi um filósofo alemão conhecido por sua visão pessimista da existên...
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Arthur schopenhauer nasceu em 1788 e viveu até 1860 Ele nasceu na cidade de dzing que atualmente faz parte da Polônia e se chama dansk o pai de schopenhauer era um rico e bem sucedido comerciante e por sua influência schopenhauer também estava sendo criado para seguir na mesma profissão do pai ser um homem de negócios pai de schopenhauer faleceu 05e se suicidou nesse ano schopenhauer tinha 17 anos e decidiu seguir os desejos do pai de que ele trabalhasse como comerciante no entanto schopenhauer permaneceu pouco tempo na profissão pois logo descobriu que não tinha interesse nem aptidão
para o comércio ainda indeciso com sua vida profissional em 1809 schopenhauer ingressou na universidade gogan que fica na atual Alemanha para estudar medicina lá começou a ter contato com as obras de filósofos como Platão e Kant e a frequentar algumas aulas de filosofia foi assim que schopenhauer percebeu que a sua verdadeira vocação era a filosofia então ainda na universidade de gogan trocou medicina por filosofia por fim transferiu-se para a universidade de Berlim para continuar seus estudos filosóficos como schopenhauer havia recebido uma herança com a morte do seu pai ele pode dedicar-se inteiramente à sua carreira
acadêmica filosófica e a sua atividades intelectuais em 1818 schopenhauer publicou sua obra mais importante o mundo como vontade e representação a qual ele continuou trabalhando durante anos e gerou uma versão mais longa e revisada em 1844 para a indignação de schopenhauer essa obra passou despercebida durante décadas schopenhauer criticava bastante o filósofo friederick Hegel dizendo que ele era charlatão e que sua filosofia era uma palhaçada filosófica segundo Hegel tudo o que acontece na história é racional pois a concepção de verdade de cada momento histórico é adequada ao seu contexto uma vez que essa verdade está de
acordo com os valores os preceitos as ideias e as vivências próprias de sua época Então os conflitos políticos sociais econômicos as guerras as misérias as catástrofes tudo isso ocorreu e ocorre de forma racional nada é aleatório na história para schopenhauer a história não é racionalidade e Progresso mas sim um acaso cego e enganoso além do mais schopenhauer dizia que a filosofia de Hegel servia aos interesses do Estado pois ele adaptava para agradar as autoridades e manter seu status acadêmico em vez de buscar a verdade genuína segundo schopenhauer ao dizer que a história Era racional hego
englobava as situações históricas como desdobramentos de um esp espírito ou mentalidade do mundo que sempre ia se modificando para melhor ou seja se expandindo e se aprimorando e com isso Hegel acabava legitimando todas as formas de governo e instituições mesmo as mais maléficas quando consegui o emprego como professor em Berlim schopenhauer fazia questão de colocar suas aulas no mesmo dia e horário que as de Hegel para disputar com ele quem atraía mais estudantes entretanto quase ninguém aparecia nas aulas de chopen how já as aulas de Hegel ficavam lotadas isso porque Hegel era um dos mais
respeitados professores da Universidade de Berlim naquela época assim schopenhauer foi se decepcionando e se tornando descrente em relação ao mundo acadêmico a filosofia de schopenhauer é fortemente influenciada pelos pensamentos de Emanuel Kant e seu idealismo transcendental Kant dizia que a busca pela Essência das coisas que ele chama de númeno ou coisa em si não contribuia em nada para a ciência não gerava conhecimento já que a essência é algo metafísico algo que não pode ser captado pelos sentidos humanos e por isso não poderia ser alcançado nunca já que o conhecimento nascia a partir da experiência era
preciso focar em como as coisas se mostram ao ser humano o que Kant chamou de fenômeno das coisas schopenhauer concorda com Kant que o que percebemos são fenômenos e que existe uma realidade além do que percebemos que é o númeno no entanto ele discordava sobre o número ser algo totalmente inacessível e aqui entra dois termos importantes da filosofia de schopenhauer representação e vontade schopenhauer vai dizer que o mundo como o percebemos é uma representação Ou seja é o fenômeno para Kant e de forma resumida o que seria o número para Kant vai ser a vontade
para schopenhauer a vontade é a essência da realidade uma força invisível que impulsiona toda a existência e tudo que existe a vontade é uma força irracional cega e insaciável que permeia todos os seres vivos e o universo como um todo é uma força única unificada e sem direção por trás de tudo o que existe portanto é importante perceber que a palavra vontade é diferente dos usos comuns do termo quando alguém tem vontade de alguma coisa tem em mente um objetivo está tentando fazer alguma coisa a vontade da filosofia de schopenhauer é despropositada ou como ele
costuma dizer é cega ela não tenta provocar nenhum resultado em particular ela não tem objetivo ou meta ela é apenas um grande surto de energia que está em todos os fenômenos naturais bem como em nossos atos conscientes de ter vontade das coisas para schopenhauer não há um Deus que a direcione tampouco a vontade em si é Deus vamos usar uma cadeira como exemplo para explicar as ideias de schopenhauer e Kant de uma forma mais simples fenômeno para Kant o fenômeno é a cadeira como ela aparece a você através de seus sentidos e da estrutura da
sua mente e se inclui sua forma cor textura peso etc númeno o númeno é a cadeira em si independentemente de como você a percebe é a realidade subjacente ou implícita da cadeira que existe além da sua experiência sensorial e intelectual segundo o Kant Nunca podemos conhecer a cadeira como ela é em si mesma sem a mediação de nossos sentidos e da nossa mente o númeno da cadeira é inacessível e incompreensível representação a representação é a mesma coisa do fenômeno schopenhauer adota a ideia de Kant de que o mundo como percebemos é uma representação a cadeira
que você vê sente e usa é a representação é a cadeira como ela aparece na sua mente vontade Como já foi visto a vontade é a essência da realidade uma força invisível que impulsiona toda a existência e tudo o que existe a cadeira enquanto objeto físico é também uma manifestação da vontade por exemplo Podemos dizer que a madeira da cadeira veio de uma árvore que cresceu devido a uma força vital uma expressão da vontade de viver a cadeira pode ter sido construída por um artesão cuja ação é movida pela vontade de criar e de trabalhar
e a cadeira em si pode ter sido feita para suprir o desejo das pessoas de se sentarem de forma mais confortável portanto schopenhauer concorda com Kant em relação ao fenômeno da cadeira o qual ele chama de representação mas sugere que podemos entender algo sobre a essência fundamental da cadeira a vontade ou númeno para cant observando as forças e impulsos que levaram a sua existência Vamos ver outros exemplos de representação e vontade Imagine que você se olha no espelho e vê sua boca Isso é a representação da boca é o que você vê no espelho podemos
descrever essa representação como uma parte do corpo humano que desempenha várias funções essenciais como a ingestão de alimentos a fala e a respiração fisicamente a boca é composta por lábios dentes língua gengivas e outros componentes que facilitam a mastigação E a deglutição agora será que é possível ver ou conceber a boca de outra forma além dessa que você está vendo no espelho para shopenhauer seria possível por exemplo conceber a boca como ímpeto desejo ou vontade por comida ou vontade de comer nós poderíamos resumir isso como fome o ímpeto por comida ou fome é a força
interna que impulsiona uma pessoa a buscar e consumir alimentos esta fome é uma necessidade biológica fundamental que surge do corpo para manter a energia e os nutrientes necessários para a sobrevivência aqui a fome representa a vontade a força cega e irracional que nos motiva a usar a boca para comer e satisfazer essa necessidade agora imagine que você vê seus olhos no espelho o que você vê é a representação dos olhos é a manifestação física através da qual percebemos imagens enquanto à vontade é o desejo de ver é a força interna que nos impulsiona a usar
os olhos para obter informações visuais agora imagine que você está vendo uma flor o que você vê é a representação dela se fôssemos descrever essa representação da flor seria basicamente que ela é a estrutura reprodutiva de algumas plantas desenvolvida para atrair polinizadores e facilitar a reprodução sexuada sobre a vontade da flor poderíamos citar o instinto reprodutivo das plantas que é impulsionado pela vontade inerente de perpetuar sua espécie levando a produção de flores com cores vibrantes aromas atrativos e nécta para atrair polinizadores como insetos e pássaros schopenhauer acreditava que a vida é essencialmente cheia de sofrimento
e o mundo é dor pois a vontade é uma demanda infinita que sempre deseja mais e mais sem contentar-se nunca com nada desejando algo novo quando obtém o que havia desejado sem trégua nem objetivo final todos os seres sofrem cada um a seu modo porque nenhum se cansa de querer nem consegue dar vida mais do que insatisfação por exemplo Imagine que você está com fome você come e a fome vai embora mas depois de algumas horas você fica com fome de novo esse ciclo de desejar algo conseguir e depois desejar outra coisa Nunca Termina outro
exemplo você pode sonhar em comprar um carro novo quando finalmente consegue fica feliz por um tempo mas logo começa a desejar outra coisa como uma casa maior esse desejo constante gera insatisfação contínua schopenhauer via arte como uma maneira de escapar temporariamente da realidade dolorosa e tornar a vida suportável quando apreciamos a arte entramos em um estado de contemplação pura onde não estamos pensando em nossos desejos ou preocupações isso nos dá uma sensação de paz a contemplação da arte nos permite parar de perceber o mundo somente como representação Imagine que você está assistindo a um filme
ou admirando uma pintura durante esse tempo você se esquece dos seus problemas e desejos concentrando-se apenas na beleza da obra isso proporciona um alívio do se sofrio schopenhauer considerava a música a forma mais elevada de arte porque ela não apenas representa o mundo mas expressa diretamente a essência da vida e das emoções para ele a música é a forma mais pura de arte porque a manifestação direta da vontade a música toca nossa essência de uma forma que outras Artes não conseguem Por exemplo quando você ouve uma música Alegre ou triste ela pode afetar seu humor
profundamente shopenhauer diria que isso acontece porque a música está comunicando diretamente com a sua vontade expressando emoções e estados de ser de uma forma pura schopenhauer é notável também por incorporar a filosofia oriental ao seu trabalho sendo particularmente interessado nas ideias do hinduísmo e budismo A Essência central do budismo são as quatro nobres Verdades e a primeira é sobre o sofrimento que diz que a vida de todos nós é repleta de sofrimento e insatisfação com constante não é possível ao ser humano conquistar Total satisfação neste mundo a segunda Nobre verdade é a verdade da origem
do sofrimento que está na cobiça na raiva e na ignorância dessas duas verdades schopenhauer sintetiza em sua filosofia que a vida é sofrimento e que o desejo constante e a insatisfação tornam a vida dolorosa a causa do sofrimento é a manifestação violenta da vontade a terceira Nobre verdade fala sobre a ação do sofrimento Ela diz que encontraremos a paz ou o estado de Nirvana ao nos libertarmos ou desapegarmos dos desejos schopenhauer também acreditava que a renúncia aos desejos poderia diminuir o sofrimento e levar a uma vida mais tranquila ele via o Nirvana como uma realização
filosófica que correspondia a sua própria noção de negação da vontade ele considerava que tanto suas próprias ideias quanto as doutrinas orientais apontavam para uma solução semelhante ao o problema do sofrimento humano a superação dos desejos e a busca de um estado de desapego e serenidade há um conceito Central no hinduísmo conhecido como braman que se refere à realidade Suprema infinita e transcedente ele é descrito como a essência eterna que permeia tudo que existe no universo sendo a fonte de toda a criação e a força unificadora por trás de toda a existência schopenhauer também pegou essa
ideia de braman e incorporou em sua filosofia porém como o conceito de braman tem uma noção pouco tangível ou palpável schopenhauer nomeou a coisa em si a essência interna do mundo como aquilo com o qual nós estamos mais intimamente familiarizados a vontade A vontade é uma força única que permeia toda a existência e dá unidade a ela todas as coisas estão conectadas através da vontade outro conceito do hinduísmo que schopenhauer utilizou foi o do Vel de Maia que é a ideia de que os seres humanos percebem o mundo de uma maneira que não reflete sua
verdadeira Essência segundo schopenhauer o que vemos e experimentamos diariamente é apenas uma representação uma fachada enquanto a verdadeira realidade a vontade permanece oculta para schopenhauer todos nós fazemos parte de uma força energética e que as pessoas enquanto indivíduos existem somente no nível do mundo como representação portanto causar mal aos outros é também causar mal a si próprio Este é o fundamento de toda a moral de schopenhauer se eu mato você destruo uma parte da força vital que une todos nós quando alguém causa mal a outra pessoa é como uma cobra que morde a própria cauda
sem saber que está fincando as presas na própria carne desse modo a moral básica que schopenhauer ensinava era da compaixão dito de forma mais clara as outras pessoas não são externas a mim eu me importo com o que acontece com você porque de certa maneira você faz parte daquilo de que todos nós fazemos parte o mundo como vontade em resumo shopenhauer vi a compaixão como essencial para a moralidade humana pois ela nos conecta ao sofrimento dos outros e nos motiva a agir de maneira altruísta e ética
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