[Música] vamos começar então bom pediram-me para fazer uma apresentação da história da filosofia é uma tarefa tremenda em 1 hora e meia que é mais ou menos o tempo de aula que eu costumo dar às vezes um pouquinho menos né É É uma tarefa difícil mas vamos tentar vamos tentar fazer uma apresentação das principais dos principais autores correntes ou linhas da história da filosofia né vai ser uma apresentação evidentemente sumária mas eu espero que não seja superficial [Música] eh bom para início de conversa nós precisamos saber o que é a filosofia certo se a gente
vai estudar a história da filosofia a gente precisa saber o que é aquilo que a gente vai estudar aquilo do qual nós vamos estudar a história a a filosofia como bem define o filósofo neotomista ja Maritan é a sabedoria humana por Excelência né as diversas ciências particulares elas buscam a verdade dos objetos dos vários setores ou regiões da realidade né a física busca a verdade das entidades móveis a química a verdade das transforma AES internas as coisas a Biologia busca a verdade dos entes vivos a história a verdade dos principais acontecimentos humanos que vão configurando
a realidade humana e daí por diante né a medicina estuda o ser humano do ponto de vista da sua saúde etc a filosofia busca a verdade última das coisas busca ou ou o princípio primeiro né Santo Tomás comentando Aristóteles comentando a metafísica de Aristóteles vai dizer que a filosofia é a ciência que busca as primeiras causas de de todas as coisas e também o fim último especialmente No que diz respeito a Nós seres humanos que por sermos Racionais buscamos este fim último de maneira consciente eh então o que que é a história da filosofia a
história da filosofia no fim das contas é a história das diversas buscas deste princípio primeiro da realidade A história da busca humana com a razão natural deste princípio primeiro desta causa primeira desta razão deste fundamento último das coisas a teologia ou a doutrina Sagrada e nela o princípio primeiro da realidade veio ao nosso encontro se encarnou em nosso senhor Jesus Cristo então Eh é um movimento que vem ao encontro da busca humana que se antecipa à busca humana que oferece muito mais do que a busca humana pode alcançar e neste eh encontro entre a filosofia
e a teologia revelada e depois a teologia dos Padres da igreja dos doutores escolásticos dos teólogos a filosofia foi eh um um instrumento muito necessário os conceitos filosóficos especialmente da metafísica de Platão e de Aristóteles que eu já vou mencionar bem vou vou definir bem o que é o que são eh eh foram muito utilizados né bom o padre tonar cuja campanha eh para a sua a publicação da sua história da filosofia está iniciada ele define a história da filosofia da seguinte maneira que vai ao encontro do que eu acabei de dizer a história da
filosofia é a exposição racional dos esforços feitos pelo Espírito humano nas diferentes épocas para descobrir a verdade no que respeita as razões últimas e universais das coisas bom a filosofia começa lá na Grécia ela é precedida pela a mitologia é uma busca também destas verdades fundamentais da realidade mas que não se faz com a Razão Pura senão que também com a mescla da razão e da imaginação é uma razão metafórica uma razão poética uma razão fantástica onde o elemento eh imaginativo é muitas vezes preponderante não é irracional mas não é aquela racional ade abstrata eh
lógica da filosofia né e e também não é uma religião revelada é são é o esforço imaginativo humano em busca da das verdades primeiras da realidade eh essas verdad são identificadas com divindades com poderes e tal a filosofia chega quando este esforço eh eh é substituído por uma busca inteiramente racional por uma busca eh eh que não mais se fia tanto na imaginação mas na abstração lógica em busca do fundamento da realidade eh os primeiros filósofos dentre eles eh estava Talis de Mileto na Jônia Ele conheceu outras eh outros lugares e outras mitologias então ele
pensou Poxa eh existem muitas mitologias diferentes então a mitologia grega não pode ser a verdade absoluta né tem que existir uma verdade racional além das diversas mitologias na qual a vida humana possa se assentar n então é esse Impulso em direção a uma verdade mais profunda do que aquela do mito que leva os primeiros filósofos a raciocinar especulando qual seria o fundamento da realidade toda reflexão fil é meta empírica o que que o que que vem a ser é Tenta ir além da própria da experiência sensível da experiência da empiria sensível nem toda a reflexão
é metafísica alcançando princípios espirituais separados da matéria mas toda a reflexão é meta empírica Só que os primeiros filósofos eles vão encontrar o fundamento da realidade no próprio fundo desta realidade física que nos cerca e o princípio ou arqu como chamam os primeiros pré-socráticos é uma realidade trans empírica mas não trans física Essa realidade é a própria fisis ou natureza né natureza seria o fundo da realidade da qual brotam as diversas coisas sensíveis que nós podemos constatar com a com a impressão sensível né com a nossa experiência com a empiria eh é um conceito um
pouco P eh difícil talvez porque natureza a gente tá acostumado com a ideia do verde né das matas da das florestas dos mares dos rios dos oceanos e tal A Ecologia mas natureza é um conceito e ontológico ou seja tem a ver com o ser das coisas mais profundo eles acreditam que a natureza não é algo visível mas é aquilo que está no fundo do que se vê e é o fundo daquilo que se vê é é como se as coisas nascessem de um fundo decorrem na natureza e voltassem como não tem o rio não
tem uma fonte o leito e uma Foz então a natureza para eles é esse fundo que está é um fundo fontanal é a fonte da realidade e mais ou menos transpondo para essa linguagem mais lógica aquilo que a mitologia dizia que ser o surgimento das coisas a partir do caos né a partir do caos da partir da confusão e do Abismo em que todo em que tudo que haveria estava mesclado misturado né nas Mitologia e de eh eh Ildo a teogonia de exo começa lá assim no princípio adveio o caos veja que o caos nem
parece ser a realidade última né ele já AD veio de alguma coisa de quê não há essa preocupação e ir além da fantasia para os mitólogo né E também não há uma preocupação nos primeiros filósofos de ir além da física da realidade física ainda são conceitos muito ligados à imagem das coisas sensíveis por isso que thalis que era astrônomo que era matemático vai dizer tudo é água mas que coisa estranha né tudo é água mas parece banal parece que ele não tá saindo da mitologia né então os filósofos vão ter eh eh interpretações a respeito
dessa afirmação de de Tales tudo é água Aristóteles né quando começa a a a a expor as teses dos filósofos anteriores vai dizer Thales achou que tudo era água ou afirmou que tudo é água porque o alimento das coisas é úmido a semente de todas as coisas é úmida né Ou seja a água é fonte da vida a água é uma mais importante já tem ali uma abstração maior do que a mera não é o não é a substância H2 é a água como um conceito imagem do que deve ser o o fundo ou o
fundamento das coisas Ok e se a gente pensar bem né nós vivemos num planeta que tem mais água do que terra né do que nós nascemos n nos desenvolvemos somos gerados num meio acoso né Eh enfim dependemos da água para viver os outros filósofos pré-socráticos fisicalista que vem na natureza a princípio um vai dizer que é o ar outro vai dizer que é o fogo o empédocles vai dizer que são os quatro elementos ar água terra e fogo né Tem um muito importante que é o bom tem alguns importantes que eu vou mencionar para depois
chegar na filosofia clássica eh o anax vai dizer que o princípio é o apiron não é um elemento apiron é o sem forma o sem forma delimitada é o infinito a peiron esse a de negação peiron forma sem forma então ele vai dizer que no início da realidade existe algo como uma injustiça e esse apiron se divide e se formam os contrários e esses contrários há uma a injustiça que um contrário queira prevalecer sobre os outros e o tempo é o juiz que vai no final das contas fazer todas as coisas retornarem àquela unidade do
princípio tem uma influência religiosa dos órficos provavelmente nessa ideia de da existência como uma culpa como uma queda tem alguma algum telefone sem fio da da Revelação primitiva aos nossos primeiros pais da queda provavelmente também né porque não é não é possível que que que essas verdades não tenham sido preservadas de alguma forma muitas vezes muito distorcida enfim eh depois dos jônios né de Thales de anaximandro de anaxímenes que fala que o princípio é o ar e aí ele vai dizer que o ar por quando ele se torna mais rarefeito quando ele se condensa mais
vai dando origem aos outros elementos ele então ele faz um processo lógico de surgimento das coisas né e o ar esquenta vira fogo ar quando se condensa vira nuvem depois água depois Terra porque gelo né e eh enfim vai criando um um processo esses primeiros filósofos estão assim num nível em que a o conceito e a imagem ainda estão muito ligados Mas eles estão buscando a verdade do fundamento da realidade depois deles um muito importante dois muitos muito importantes são Heráclito e Parmênides né Heráclito vai dizer que a realidade está o tempo todo mudando tudo
muda panta Rei diz ele e e e uma pessoa não entra no mesmo Rio duas vezes porque as águas já passaram e a própria pessoa já mudou e parmenides o contrário parmes vai dizer que as nossas impressões sensíveis só nos fornecem opiniões falsas por quê Porque as impressões captam apenas o Devir o o movimento das coisas a mudança e e não o ser é só a mente enquanto utiliza o recurso Da Lógica que pode captar o ser e o ser é imutável o ser é ingênito ele não nasceu o ser é incorruptível e é a
a não é infinito Porque os gregos achavam que a infinitude era um defeito né porque nunca não era uma infinitude qualitativa era uma infinitude quantitativa é um ser finito é como uma esfera e os nossos os nossos olhos os nossos sentidos o que eles percebem é a via da opinião dos mortais tudo errado e a via da Verdade é a via da mente que se conforma a este ser único né é uma visão eh que parece com a ideia do panteísmo que existe uma única real monismo ou panteísmo existe uma única realidade né E toda
realidade em volta seria ilusória seria eh falsa é não não não todas as opiniões sensíveis não são capazes de agarrar o ser de apreender o ser de inteligir o ser no final das contas querendo explicar o movimento das coisas essa era a preocupação dos filósofos gregos em geral ou seja eles estão num Horizonte do da mudança do movimento e eles querem saber o que permanece no fundo dessa realidade Qual é o fundamento verdadeiro O que que está sob as coisas onde nós podemos nos ater onde nós Qual é a realidade que nos dá a segurança
né a preocupação da filosofia como diz o filósofo espanhol contemporâneo eh Rosé gass é buscar também a a ter-se na realidade Qual é a rocha o fundamento da existência onde nós podemos pisar com firmeza eles buscam então Um fundamento Que permaneça em meio à mudança em meio a a à transitoriedade a caducidade da existência né as coisas nascem e morrem o grego vive nesse Horizonte do movimento e ele quer algo no qual possa se agarrar no qual possa se firmar a busca do fundamento do princípio da causa primeira da Razão de todas as coisas né
Heráclito vai falar do logos do logos que é a razão Universal eh parmen vai dizer que só existe esse ser então ele querendo explicar o movimento nega o movimento ou seja ele cai numa aporia numa fica sem saída por e ele quer aquilo que ele quer explicar Ele explica eliminando né seria mais ou menos como eh resolver o problema do Vasco acabando com o time né acabaria o problema do do do Vasco Mas enfim a torcida ia ficar triste né e eh ou não mas eh bom voltando à filosofia mas eh eh depois vem os
pluralistas para os quais a realidade primeira é múltipla e não uma só né vem em pedoc que fala que são os quatro elementos mas ele fala bom preciso de um elemento não só material eu preciso de um elemento que e que explique o o explique o próprio movimento né que seja a causa da mudança das coisas então ele vai dizer que o amor é a causa que une os elementos e o ódio é a causa que separa essa dualidade de Amor e Ódio aí tá presente desde o início da do filosofar desde o início da
filosofia né Eh a anaxágoras vai falar que o fundamento de todas as coisas são as homeomerias no início todas as coisas estavam juntas depois elas se separaram e e no em tudo há um pouco de tudo o que faz uma coisa ser algo e não outra coisa é a maior quantidade da semente daquele algo que ele é mas em tudo há um pouco de tudo todas as coisas têm os mesmos elementos fundamentais e existe uma inteligência Acima das homeomerias que é o nul o intelecto que é a causa que ordena a realidade é um primórdio
aí da eh visão Da da de Deus né da visão de que existe uma inteligência Divina conduzindo a realidade mas muito imperfeita germinal primordial né bom depois vem a época da filosofia clássica Sócrates Platão e Aristóteles é a época da Democracia grega é a época em que eh os chamados sofistas que eram sábios que eh ensinavam na na na na praça pública da Grécia a discursar né não necessariamente mal intencionados mas muitas vezes sim ao menos segundo o testemunho de só Platão e Aristóteles eh a princípio o Sócrates seria visto como mais um sofista e
a palavra sofista não teria a princípio uma conotação negativa de eh falso sábio né seria um sabichão né assim mas eh depois passou a ter uma conotação negativa por causa do enfrentamento de Sócrates aos sofistas eh qual é o aspecto negativo dos sofistas eles vendem um saber que eles não possuem eles apresentam eles ensinam a discursar sobre algo embelezando o discurso oferecendo razões oferecendo razões que impressionam o público ignorante como o Platão vai dizer né no gorgas impressionam o público ignorante que não sabe ó Mas ó mas né então esse público vai comprar aquela aquele
serviço de ensinar a discursar de ensinar a falar belamente e com convencimento com persuasão com capacidade de convencimento por quê Porque atinge os sentimentos as paixões né e manipula as paixões eles fazem o uso da retórica a retórica não é má em si mesmo hein a retórica é um recurso muito necessário eh no âmbito jurídico no âmbito própri M literário filosófico para que o discurso além de correto seja agradável e seja capaz portanto de com a beleza do discurso comunicar melhor a verdade mas eles faziam um uso da retórica da oratória distorcido no qual eh
e e sobretudo apelavam a paralogismos ou raciocínios falsos eh pelos quais aquilo aquela mensagem eh chegava a enganar as pessoas e Sócrates nesse momento ele se afasta da vida pública se recolhe né na na na no se no recesso do seuu e da sua própria intimidade E Sócrates vai descobrir vejam bem Sócrates vai descobrir isso que nós hoje chamamos de alma de alma são três as grandes descobertas de Sócrates a própria realidade da Alma como ainda não necessariamente como uma alma Imortal ele morre com essa Esperança por quê Porque ele descobre o seguinte a verdade
das coisas humanas são as coisas humanas a ética que importa no período da sofística e de Sócrates tá a verdade da ele vai eles vão abandonar o discurso cosmológico dos pré-socráticos aquela sabedoria física e aquela sabedoria sobre a ordem do Cosmos e vão se ater a quê aos problemas do ser humano aos problemas da polis da cidade estado grega aos problemas da Paz e da Guerra os problemas comuns do da da da vida política esses problemas são os que importam para os sofistas e para Sócrates mas importam na medida em que isso tem uma conexão
com a alma com a ética com a verdade moral então Sócrates não vai discutir eh eh qual é o princípio da realidade assim de maneira cosmológica ele vai as perguntas de Sócrates são o que é a piedade O que é o dever o que é a justiça né são questões voltadas para os valores humanos os valores morais e ele vai considerar o seguinte na na nossa alma nós encontramos uma ressonância dos valores Verdadeiros Se nós somos capazes de nos eh eh afastarmos do barulho da sofística das primeiras impressões das paixões desordenadas se nós somos capazes
de um de num primeiro momento nos recolhermos refletirmos nós vamos encontrar a verdade dos valores ressoando na nossa alma na nossa consciência no nosso coração estou usando palavras que não necessariamente Sócrates usava para dar entender o que ele o que ele pelo que ele se perguntar n a alma humana é um reflexo dos valores Morais ela é uma ela é conatural com esses valores se nós nos afastarmos das impressões falsas e das paixões desordenadas nós podemos encontrar uma ressonância da do que é a verdadeira Justiça do que é o dever do que é a piedade
e de todas as questões eh éticas pelas quais ele se perguntava né então a descoberta da alma a descoberta do problema da virtude moral e ele vai associar a virtude ao conhecimento eh por quê Porque o conhecimento é o que define o ser humano né O que é mais essencial do ser humano é conhecer mas o conhecimento da virtude O que é chamado de intelectualismo ético socrático não é um conhecimento informativo eu saber ter a informação do que é a virtude é um conhecimento performativo é a a virtude da Prudência o o conhecimento da virtude
da sagacidade é saber fazer o bem não é só saber o que é o bem né por isso que ele fala algo que para nós que somos cristãos algo é é é um pouco estranho e um pouco equivocado mas a gente tem que tentar resgatar a verdade que se encontra nos nos filósofos ele fala o seguinte quem conhece o que é a verdade a a a virtude vive a virtude claro que se nós interpretarmos isso do ponto de vista formativo isso é evidentemente falso todos nós sabemos o que é o certo e o que é
o errado de maneira muito eh eh de maneira geral e em muitos casos com até muitos com detalhes e tal e e várias vezes nós como diria São Paulo fazemos não o bem que conhecemos e quereríamos fazer mas o mal que não queremos fazer né o mundo grego ainda não conhece de maneira muito perfeita a vontade enquanto livre arbítrio né não conhece ainda de maneira muito isso é uma uma realidade que o cristianismo vai ressaltar que a nossa fé católica vai ensinar melhor do que a filosofia grega mas em todo caso é a virtude é
o conhecimento Virtuoso Ou seja é a presença da virtude da da da Prudência da sagacidade que que permite que o sujeito viva bem né E quando ele erra ele erra Por ignorância diz Sócrates ou seja porque ele no momento em que ele está fazendo uma ação errada ele está preferindo este esse bem efêmero do momento sem se dar conta das consequências negativas do futuro então porém porém se nós lermos com profundidade as obras de Platão e de Sócrates existe ali também uma abertura para para pra ideia de que há ações não eticamente erradas não apenas
de maneira involuntária Mas também por Malícia e por por um comprometimento mesmo eh do coração tá eh na Apologia de Sócrates aparece nas leis de Platão isso aparece mas é é um tema muito complicado para se tratar assim né Sócrates vai preparar o caminho para filosofia metafísica de Platão e de Aristóteles ele ao descobrir a alma abre espaço para a pergunta pelo mundo do Espírito pelo mundo da realidade transcendente ele morre Crendo que pode haver a imortalidade da Alma né Crendo que poderia haver a imortalidade da alma ou esperando melhor dizendo que pudesse haver a
imortalidade da alma a sua a sua morte ou os momentos finais da sua vida são narrados na na belíssima obra fedon de Platão diálogo Platão escreve sempre através de diálogos e o diálogo fedon é um dos principais de Platão junto com a república junto com o timeu junto com outras outros diálogos muito importantes e no fedon se narra já já é a filosofia mais madura de Platão onde coloca na boca de sóc as provas da imortalidade da Alma né Platão o principal discípulo de Sócrates e junto com Aristóteles os dois principais filósofos gregos os dois
principais filósofos da antiguidade Platão é importantíssimo ele influenciou não só outros filósofos gregos mas influenciou toda a primeira geração teológica do cristianismo que são os padres da igreja ou influenciou diretamente ou influenciou indiretamente através das escolas médi platônica e neoplatônica Platão é muito importante ele era um homem religioso e era um homem também que tinha uma preocupação política muito grande ele queria ele considerava que o ideal da vida humana é a contemplação da Verdade transcendente mas que quem contempla a verdade transcendente não pode deixar os seus concidadãos perdidos e desorientados na cidade precisa e eh
ajudar na obra política da cidade para que a cidade seja Justa e a justiça Como se lê na obra República essa sim a principal obra platônica a justiça de uma cidade nada mais é do que a transposição para nesta cidade da Justiça que existe na alma humana então ele vai apresentar ar a alma tripartida né a alma racional a alma irací que é a alma eh eh na qual o nosso eh eh se tá representado a nossa impetuosidade a nossa força e a alma concs né que é a alma dos nossos desejos o concupiscível o
irací tem que estar sobre a razão então a razão ordena a nossa força a força ordena a nossa desejabilidade nossa sensualidade e assim também na cidade os filósofos governantes ordenam né Eh e os guerreiros ordenam a a os filósofos governantes ordenam os guerreiros e os e os guerreiros ordenam a vida eh dos trabalhadores e e cada um cada classe por assim dizer tem a sua virtude principal né os trabalhadores a virtude da temperança que corresponde a alma concs os guerreiros a virtude da Coragem ou Fortaleza que é e responde a a alma irací e os
filósofos governantes que são tirados dentre os guerreiros tem a virtude da Prudência que corresponde à alma racional e é a harmonia dessas três virtudes que é a justiça a justiça nada mais é do que o coroamento de uma vida virtuosa uma sociedade onde prima primaria o bem comum ou a justiça temporal seria uma sociedade na qual cada classe eh ressaltando a sua própria virtude e também tendo em alguma medida as demais porque é impossível ter uma virtude sem ter um pouco das outras assim como se você tem um vício você tá ferrado geral também né
de modo geral também mas esse é um ideal Platônico e a sua política mais empírica ela ela tá retratada na obra as leis que foi parece a última que ele escreveu já na sua velice né Platão conta na sua carta sete todas as Desventuras e políticas da vida dele né Ele tentou ajudar um tirano de siracusa o Dionísio I eh porque acreditava n ele tinha o o o se eu não me engano o sobrinho dele o Dion chamou o Platão vem aqui ajudar o meu o meu o o o Dionísio a governar mas o Dionísio
ele ele ele queria continuar ele queria aprender filosofia que ia continuar sendo tirano então ele desterrou o Platão escravizou o Platão o Platão Conta as agru dele na carta na sua famosa carta sétima e ele fala assim só pode governar bem quem quem governar as próprias paixões só pode ordenar bem a sociedade quem tiver bem ordenado né e eh enfim E agora voltando ao fedon de Platão de aristóte vou falar um pouco mais depois um pouco mais de Santo Agostinho e de Santo Tomás para chegar na modernidade na filosofia contemporâneo mas no no no Fed
o Platão vai dizer o seguinte a prova da mortalidade da alma é que bom Qual é o fundamento das coisas sensíveis Qual é o fundamento da Verdade das coisas sensíveis né Por que existem coisas belas o que que é o belo das coisas belas é a própria ideia da Beleza o que que é o bom das ações boas ou justas O que é a justiça das ações justas é a própria ideia de justiça e bom as ações justas iniciam e terminam as coisas Belas tem o seu viço e depois elas vão se deteriorando né Eh
eh enfim todas a a a as realidades né são deste mundo são transitórias mas a justiça é perene a beleza é perene a a a a bondade é perene a verdade é perene Então existe um reino inteligível Além Deste Mundo sensível no qual há razões eternas ou divinas subsistentes que dão razão das coisas eh terrenas ou sensíveis [Música] perec né e portanto Como a alma humana é tem um parentesco com essas ideias porque ela consegue se se esforçar para sair daquele Horizonte das das impressões e das paixões desordenadas ela uma um ela consegue apreender essas
ideias ela tem um parentesco com esse mundo inteligível então a alma também é imortal também tem Participa de algum modo da eternidade a nossa alma na medida em que é feita para conhecer a verdade na medida em que a verdade não se reduz ao mundo empírico ao mundo sensível mas é uma verdade transcendente espiritual inteligível a nossa alma também é transcendente também não está fadada a morrer com o nosso corpo então o homem tem um parentesco com esse mundo eterno Platão para falar desse mundo das ideias e para falar da das realidades transcendentes ele tem
que recorrer aos mitos muitas vezes então Eh Ou alegorias como prefiram né então ele tem o mito famoso da caverna no livro sétimo da República ele tem o mito do carro alado na na obra no diálogo Fedro no qual Ele conta aqui no início eh eh e e ele tem uma metáfora do coiro ou auriga que leva uma carruagem que onde estão todas as almas humanas e tem dois cavalos nessa carruagem um que é o Corsel branco e dócil outro que é o Corsel negro indócil que o Corcel Negro ele ele apronta e faz com
que as almas sejam derrubadas e tal então isso explicaria porque o homem deixou de contemplar a verdade e passou a viver nesse nessa realidade aqui e ao mesmo tempo quando o homem volta a contemplar a verdade é como se nas nas suas almas nascessem asas são metáforas né e ele volta então portanto a a a contemplar aquela verdade da qual ele tem saudade ele fala do conhecimento como uma reminiscência como uma recordação desse mundo do inteligível espiritual e Divino que a alma teria contemplado antes é claro que em termos cristãos a gente pode fazer não
pode fazer uma homologação mas pode fazer uma analogia né se nós pensarmos que Adão que o nosso os nossos primeiros pais viviam na contemplação espiritual da Verdade a eh a gente pode pensar numa certa nostalgia deste deste Paraíso eh ainda na nossa na nossa vida né Eh e por portanto esse regresso àquela condição que na vida cristã se cumpre porque o próprio mundo o próprio reino dos céus se fez presente entre nós né o próprio mundo inteligível o próprio Logos no qual Residem as ideias eternas divinas se fez presente para nos ensinar como chegar novamente
à contemplação não só das ideias eternas que estão na borda do esplendor Divino mas da própria visão beatífica né algo muito maior do que Adão teve eh e que Platão sequer poderia imaginar né Eh bom Platão é é belíssimo os seus diálogos todos são muito proveitosos muito muito bem escritos com uma eh capacidade literária tremenda o melhor escritor filosófico de de todos os tempos certamente mas Aristóteles vem depois dele e o que que o Aristóteles faz Platão ele fala no fedon que ele precisou realizar uma segunda navegação é uma metáfora da Náutica né dos Marinheiros
a primeira navegação é aquela feita com os com o o a vela e o vento seria o horizonte do pensamento filosófico físico dos físicos a segunda navegação é aquela que é feita com os remos e os braços é o esforço acético para contemplar a verdade metafísica né um esforço acético e um esforço que é coroado também pela contemplação natural eh na antes de falar de Aristóteles eu só quero mencionar mais uma obra platônica que é o banquete o banquete é muito belo fala do Eros Platônico que é o amor de desejo da verdade não é
o amor em em Sócrates Platão e Aristóteles Eles são homens tão tão voltados para essa sabedoria que neles há uma superação da a pederastia que era uma prática que os gregos tinham né de um amor sensual entre o discípulo e o e o e o mestre e mas mas eh eh Platão Sócrates no discurso que faz no banquete ele ele começa a mostrar como a contemplação dos corpos belos deveria ser eh superada pela contemplação da beleza da Alma assim como a a contemplação da beleza né Eh do do cônjuge eh que faz gerar uma uma
nova vida né através do do do casamento deveria também ser superado pela contemplação da beleza da alma e depois da da contemplação da beleza da Alma subirmos a contemplação da Beleza inteligível que é segundo o Platão a única ideia que é que tem uma realidade sensível é a ideia da beleza né então eh eh por quê Porque ela se manifesta na beleza na beleza sensível como um primeiro elemento na beleza moral e depois nessa beleza que supera a estética que é uma beleza uma beleza metafísica mas que resplandece na beleza dos corpos e na beleza
das Almas eh bom Aristóteles com Aristóteles nós chegamos na culminância da filosofia grega Aristóteles vai transformar essa sabedoria metafísica platônica numa verdadeira ciência ele vai dar cientificidade Rigor a filosofia Ou seja aquele o método socrático do qual eu não falei da maiêutica que era o de fazer de parir a verdade na mente né ajudar o o o interlocutor a parir a verdade na sua mente né dar a luz à verdade o método dialético Platônico de elevação da Alma contemplação da Verdade vai ser tudo isso vai ser assumido por Aristóteles e levado a uma eh eh
cientificidade a uma organização de todas as disciplinas filosóficas a metafísica a física como uma ontologia do mundo móvel ou uma investigação do ser do mundo sensível eh a psicologia enquanto parte da física que é o estudo da Alma da Alma sensível da Alma intelectual da Alma vegetativa eh que mais a ética a política a Econômica que era o estudo da da da realidade doméstica não era não era esse sentido da economia política moderna tá eh o órgano no qual ele organiza a lógica Aristóteles formalizou a lógica ou seja como é que nós pensamos todo mundo
pensa de maneira eh todo mundo usa a gramática e a lógica normalmente né mas ele conseguiu eh eh formalizar Como são os quando o pensamento é correto como ele é assim quando o raciocínio é correto como que ele é assim o que que um juízo tem que ter para ser verdadeiro o que que um raciocínio tem que ter para ser verdadeiro eh ele desbravou os primeiros princípios da realidade e construiu uma obra fantástica do ponto de vista do Rigor científico que ele consegu fazer com que a filosofia alcançasse eh se Platão vai ser aquele filósofo
que vai eh influenciar o período da patrística da da filosofia e teologia católicas o Aristóteles vai ser o que vai influenciar principalmente o período da filosofia Escolástica por quê Porque na antiguidade só as obras lógicas dele foram conhecidas né mas na Idade Média chega através dos árabes que invadiram a Espanha e depois da escola de tradutores cristãos de Toledo vem as obras aristotélicas eh que não eram conhecidas especialmente a ética e a metafísica tá eh mas até lá ainda tem um um um passo antes de chegar na na na Idade Média né Aristóteles na sua
metafísica vai por exemplo falar das famosas quatro causas né todas as coisas tê quatro causas a causa material aquilo de que elas são feitas a causa formal Ou seja a essência ou o sentido que estrutura a matéria e configura a matéria Dando uma uma forma real a essa matéria por exemplo com a mesma estrutura material eu posso construir eh por exemplo com o mesmo bloco de mármore eu posso construir uma escultura de Nosso Senhor do Sagrado Coração de Jesus ou de Nossa Senhora depende da forma exemplar que estiver na mente do Escultor né então e
Platão já no seu livro timeu tinha falado que o demiurgo que é a divindade pessoal contemplando as ideias eternas plasmou concretizou na matéria caótica as ideias eternas e criou esse mundo sensível e esse mundo sensível é bom em Platão não é ma como para os gnósticos porque foi feito a imagem do mundo eterno quer dizer como que Platão define a beleza Belo é aquilo que é feito segundo o modelo eterno Belo é aquilo que é feito segundo o modelo eterno e pro Aristóteles esse mundo sensível é muito bom também é é é é é um
mundo eh eh tão bom que nele as formas platônicas estariam como que encarnadas em cada uma das coisas cada uma das coisas tem a sua própria forma imanente né Eh eh o o o não só o ser humano tem a sua própria alma individual Mas cada o cachorro tem a sua alma sensitiva não Imortal mas eh eh os os as coisas todas da natureza as árvores têm sua alma vegetativa né as flores né os animais têm sua alma sensitiva as suas formas os artefatos T essas formas que são impressas pelos artesãos né E que geralmente
também correspondem a causa final né então nós temos duas formas eh que fazem são a coisa a forma e a matéria duas causas que são intrínsecas as coisas a forma e a matéria a causa final que é a eh o direcionamento ou o objetivo a finalidade da paraa qual a coisa foi criada ou existe né no caso dos artefatos essa finalidade ela praticamente a mesma coisa que a forma e a causa eficiente que é o artesão o Construtor da coisa né n num exemplo numa casa a causa material é é é o material são os
tijolos a areia o cimento a areola e eh as vigas de Ferro a causa formal é é a planta que dá configuração né a causa eficiente bom em cada nos seus diversos níveis o arquiteto o engenheiro os pedreiros né que que realizam a obra eh e a causa final é a habitação a moradia o lar né né servir de habitação Então as quatro causas aristotélicas elas são muito interessantes para explicar a realidade e e para digamos assim completar o quadro da filosofia pré-aristotélicos da realidade principal como uma causa material Ora como uma causa eh formal
Ora como uma causa final mas o Aristóteles juntou tudo quer dizer ele fez uma síntese de tudo que havia sido descoberto pelos anteriores ele fez uma síntese superior que pudesse organizar a realidade com conceitos filosóficos eh adequados né então mas bom outro conceito importante é o de substância e acidente né Eh o que que é a realidade a natureza dos jônios pré-socráticos que que é a realidade pro jônios a realidade é a a a natureza na medida em que ela se basta né ela ela sai ela gera a si mesmo para Aristóteles é a usia
ou substância substância é seria trad traduzida por Essência mas os os latinos traduziram mediava traduziram por substância né substância então Eh que que era usia na na na Grécia usia Era a fazenda fazenda era era as Posses ou os bens de alguém o que que faz alguém ser alguém assim o que que faz alguém ser rico é ter Posses é ter é ter uma fazenda é ter uma propriedade o que que faz uma realidade ser real é ela ser autossuficiente que nem o sujeito que tem a fazenda que tem poses né então é que nem
res res em em Latim é a coisa né a realidade mas res é a cabeça de gado também né então é quem tem Fazenda tem é real assim real no mundo econômico mas aqui a a realidade a a a o termo da da da de uso comum foi assumido como termo técnico para Aristóteles a usia é a substância os acidentes sim bebec é o que acontece junto à substância não é E então eu estou aqui sentado Mas isso é acidental porque eu posso estar de pé né Eu estou aqui quase careca mas é acidental porque
um dia eu já tive muito cabelo se eu fizer o implante fico com cabelo de novo mas é muita vaidade eh se enfim eh eu tô um pouco acima do peso mas eu já já estive em forma então se eu fizer um pouco mais de exercício um pouco mais de dieta eu consigo voltar à forma novamente tudo isso é acidental o que o que é essencial é aquilo que permanece então Cada coisa tem a sua forma cada coisa é a sua própria substância né eu poderia ficar falando de muitas coisas de Aristóteles mas eu quero
falar do motor imóvel né do motor imóvel eh o Aristóteles resolver o problema do movimento da seguinte forma bom o que que é o movimento a mudança o movimento é a passagem da potência ao ato da potência ao at Eu agora estou sentado mas eu estou em potência para estar de pé quando eu estiver em pé eu estarei em ato pé né Vocês eh conhecem um pouco de filosofia Mas podem estudar mais e e eu também talvez por ser estudioso filosofia conheça um pouco mais mas eu posso estudar mais e saber mais tem potência para
conhecer mais filosofia né eu não não não não não conheço muito eh física quântica Mas eu posso estudar física quântica queç aprender né Eh enfim a potência é a capacidade para ser alguma coisa o Ato é a realização a plenificação a plenitude da potência bom todas as coisas que nós conhecemos ao nosso redor são mutáveis né mudam né as coisas sensíveis que nos CC mudam eh bom se todas as coisas fossem assim eu já tô adaptando o argumento aristotélico pro argumento tom de Santo Tomás tá e para ficar um pouco mais mais mais claro se
todas as coisas fossem assim no final das contas a gente não teria uma explicação pro movimento tá porque para uma coisa passar da potência ao ato ela tem que ter eh eh tem que ter alguma coisa em ato que comunique Esse ato à potência e a potência seja atualizada Isso tá muito abstrato Então vamos dar exemplos concretos né o aluno tem a potência para aprender uma matéria o professor já sabe a matéria ele tem a matéria em ato o o ensino a relação de ensino aprendizado vai realizar o quê a passagem da potência do aluno
ao ato OK aí o professor vai ensinar história da filosofia o aluno vai passar a saber história da filosofia brevemente assim sumariamente né Eh a semente é a flor em potência mas aí ela vai receber o ato né da da da da da dos nutrientes da terra da água do solo da chuva eh eh do Sol e e e e aquela planta aquela Flora queela vai Florescer vai se atualizar ou seja toda a realidade é uma comunicação de ser Toda a realidade é doação de ser é comunicação de ser toda a realidade é uma oferta
de ser das coisas que já tem o ser para as coisas que ainda precisam atualizar o ser só que se todasas coisas todas as coisas fossem compostas de potência e ato eh eh Em algum momento eh digamos assim eh eh se nós levássemos ao infinito isso a gente nunca chegaria a um ato perfeito que fosse a origem de todo o ato composto né Nós não teríamos a explicação do movimento se se houvesse uma infinitude absoluta de composição de potenciado tá eh as coisas moverem-se ou atualizarem as suas potências requerem que haja um primeiro motor imóvel
eu já estou adaptando o argumento aristotélico pro argumento de Santo Tomás as coisas precisam de um primeiro motor imóvel que seja a origem do movimento da realidade da mudan daidade se não houvesse esse primeiro movimento então onde o movimento começaria né se ele fosse levado ao infinito Na verdade eu acabaria com a realidade né eu acabaria com a realidade se houvesse uma infinitude de seres compostos de potenciado lembra daquele filme De Volta pro Futuro quando o pai desaparece lá na na no passado quando no passado fica difícil do pai encontrar a mãe o sujeito vai
desaparecendo na foto né não vai desaparecendo quer dizer e achar que que não tem um primeiro motor é não é fazer do do do do da contingência e da e da finitude algo absoluto é simplesmente fazer a realidade desaparecer é é contrair a realidade não é não é não é solucionar nada tem que ter um primeiro motor e esse primeiro motor ele não é um princípio cronológico não né Isso é o deísmo que tem um Deus lá no início que dá um Peteleco no mundo e o mundo se desenvolve com as próprias forças esse primeiro
motor ele está ao longo de toda a corrente de de transmissão de ato ele está acima ao longo né dentro dessa corrente ele ocupa todos os espaços né Eh Ele está aqui agora movendo a realidade a tal ponto que esse movimento me faz dar essa aula e movendo a realidade at o ponto que faz vocês aqui e agora num aqui e agora eternos por assim dizer tá eh não é um primeiro não é uma uma um um uma uma série horizontal tá não é uma série horizontal é uma série digamos assim on abarcante né ass
eh como se esse primeiro motor estivesse fazendo aqui agora todas as realidades se moverem para que eh eh haja esse acontecimento aqui esse ato aqui esse ato e essa transmissão de ato e essa atualização de potências por exemplo a a a ciência filosófica o hábito da ciência filosófica ela está em potência e quando eu começo a a a falar ela se atualiza né então a capacidade de receber formação filosófica está em potência e quando vocês começam a escutar ela se atualiza tá bom né então o motor aristotélico é um ato puro é um ato não
composto deixa eu ver que horas são aqui já temos uma hora quase disposição e ainda estão em Aristóteles Mas tudo bem Quando Aristóteles morre ele não tem o o Platão que Sócrates teve e o Aristóteles que Platão teve OK aí o que acontece com a filosofia entra em decadência mas ele ele teve um discípulo político que foi o Alexandre Magno Alexandre Mag construiu o primeiro grande império ocidental Império macedônico a gente estuda em História né Eh de certa maneira a cultura helênica civilizou os povos que os os os gregos consideravam bárbaros né só que o
grego perdeu aquilo que era a sua maior riqueza que era a a o âmbito da cidade estado onde o âmbito comunitário o mundo se tornou cosmopolita né o mundo grego se tornou cosmopolita e a cidade era o âmbito das reflexões o âmbito onde a filosofia florescia em unidade com a prática política também né Isso se perdeu e aí surgiu o período chamado helenista né a gente tá ainda antes de Cristo período chamado helenista em que as filosofias se preocupavam com três disciplinas A lógica ou o processo do conhecimento a física ouou a volta à cosmologia
eh e e a ética como a busca da vida feliz as duas principais escolas o epicurismo e o estoicismo é são escolas materialistas ou imanentista perdeu-se a metafísica perdeu-se a segunda navegação eh o epicurismo apregoou um hedonismo não é um hedonismo tão vulgar quanto o atual mas é é aquele prazer da boa amizade da boa conversação da boa refeição não se compara com a com o o horizonte Platão Platônico quase Místico e o e o Horizonte aristotélico né não se compara Aristóteles falou na ética que a felicidade humana e eh a felicidade o fim né
todas as coisas buscam o seu próprio fim a felicidade humana é é a vida segundo a verdade a vida segundo a razão e a mais Sublime possibilidade de felicidade humana é a contemplação da Verdade Divina né uma contemplação natural e metafísica no caso de Aristóteles eh mas enfim eh e pros historicos a a a felicidade consiste em viver reconhecendo eh eh a direção da realidade ou seja aceitando a direção da realidade porque eles acreditam numa razão ou Lei natural num Logos mas que é imanente ao mundo e que é providencial e que cuida de todas
as coisas que tudo que acontece é certo tudo que acontece tem que acontecer são há um pouco de fatalismo nisso então a resignação vai ser a grande virtude né E a liberdade vai consistir em Viver viver esse movimento da realidade de maneira se deixar eh eh condusir por esse movimento da realidade sem reclamar né tem algumas ideias aí resgatáveis a ideia de lei natural a ideia a própria ideia da Fortaleza da resignação tudo isso ingressa na na na na teologia ou na moral Cristã de alguma forma mas eh eh superado é assumido e superado né
elevado bom os médi platônicos e os neoplatônicos vão recuperar a segunda navegação vão associar o mundo das ideias ao logos de vino né especialmente filon de Alexandria que é um judeu ele já é da da época de Cristo viveu entre 15 e 10 antes de Cristo eh e o neoplatonismo de plotino e prou jamblico Porfírio também vão acentuar essa a a própria vivência da Mística da da de uma vida religiosa eh e nesse momento mas nesse momento o que acontece na realidade é o surgimento do cristianismo e o surgimento do cristianismo vai levar a um
encontro da fé cristã da fé católica com a filosofia grega esse encontro eh algumas teve alguns momentos bruscos né e teve alguns momentos mais felizes né Tertuliano um padre um escritor Eclesiástico não é Padre da igreja porque ele morreu herético eh Tertuliano vai dizer o que tem a ver Jerusalém e Atenas tipo assim n não queria saber da filosofia quem vai o Tom vem quem vai dar o Tom adequado a à perspectiva católica diante da filosofia é são Justino de Roma São Justino de Roma mar que viveu no sego século da era Cristã primeiro filósofo
Cristão se a gente não considerar São Paulo eh São Paulo na na carta aos Coríntios fala que a partir das coisas visíveis nós podemos reconhecer com a razão a existência de Deus e também fala que nós podemos reconhecer a lei natural na na com a nossa consciência né também na carta ao Romanos Então os os preâmbulos da fé que são filosóficos estão presentes ali alguma vez São Paulo é meio é meio Rude também com a sabedoria humana né mas eh não sei se ele seria Rude com a filosofia platônica e aristotélica que eu creio que
ele não conhecia diretamente né n ele fala que ele eh ele se frustra um pouco com aquela tentativa dele no areópago de tentar evangelizar usando a linguagem filosófica né tipo assim um ensaio do Concílio Vaticano II né olha a filosofia de vocês já fala isso eu venho aqui apresentar o Deus desconhecido e tal depois ele vê que não teve muito resultado um dos discípulos que o sex se chama Dionísio Dionísio areopagita e depois existe o autor chamado Dionísio areopagita que alguns levantam a hipótese de ser o próprio apostolado de São Paulo e outros dizem que
não que é um autor posterior que usa o p o pseudônimo né enfim esse se converte mas a maioria se converte São Paulo fala ah eu para mim agora só vou pregar Jesus e Jesus crucificado chega de Sabedoria humana é mas são Justino fala bom nós temos o verbo inteiro Logos encarnado mas os gregos TM os seus profetas os filósofos que alcançaram algumas verdades essas verdades são florescimento das sementes do verbo ingênito por ser imagem de Deus a alma humana em qualquer Cultura em qualquer sociedade desde que viva com um pouco de coerência com a
própria imagem Divina na alma vai chegar a descobrir algumas verdades que são preparação pro evangelho né são preparação pro evangelho e essas sementes então desabrocham né a filosofia platônica a filosofia socrática filosofia aristotélica são Justina era um Platônico que se converteu ao cristianismo e ele dizia que Cristo é o verdadeiro filósofo e uma das primeiras representações iconográficas de Jesus nas Catacumbas é o eh tem o Jesus pastor e tem o Jesus filósofo né nosso senhor pastor e nosso senhor filósofo nas Catacumbas então o são Justino vai falar das sementes do verbo e a possibilidade do
diálogo entre a filosofia e a teologia ou a doutrina Cristã né muitos séculos depois etien Gilson um grande Historiador da filosofia filósofo neotomista vai dizer existe uma filosofia Cristã bom Filosofia é filosofia toda a filosofia verdadeira é cristã na medida em que a verdade e eh pertence à igreja pertence a Cristo é o próprio Cristo porém ele vai dizer e é é justo é legítimo falar de filosofia Cristã se por ela nós entendermos aqueles questionamentos dos filósofos dos teólogos e filósofos cristãos que eh se perguntaram se algumas verdades cridas pela fé são podem também ser
sabidas pela razão né então o grande valor da matéria né o grande valor da corporeidade que o o a a teologia revelada que a sagrada escritura apresenta pode ser constatado pela razão a ressurreição dos corpos não mas a bondade da matéria sim né a imortalidade da Alma né que na verdade eh eh eh na no no antigo testamento no livro da sabedoria já era fruto do diálogo com a filosofia grega né a lei natural os mandamentos da lei de Deus essas coisas podem ser confirmadas com a razão então tudo aquilo que Nós cremos mas que
também pode ou seja tudo aquilo que a luz da Revelação faz com que a nossa inteligência fique ainda mais iluminada e ao mesmo tempo pode ser ter pensado desde os recursos da própria razão natural Tudo isso integra de maneira especial que a gente poderia chamar de filosofia Cristã é o que o ezon fala né filósofo Cristão é aquele que se pergunta se aquilo que ele já crê pela fé pode também ser sabido racionalmente ou com a Razão Pura eh a primeira etapa da filosofia Cristã é a patrística né a patrística é o período dos Padres
da igreja os padres da igreja foram homens Santos ortodoxos e e e e que além do mais desenvolveram os dogmas da fé católica né nas controvérsias com os herges com os arianos com os nestorianos com os pelagianos com os maniqueístas né Santo Agostinho brigou com todo mundo né que nem vocês assim né enfrentou os pelagianos os maniqueístas os donatistas né quem negava a graça quem afirmava o dualismo quem afirmava que o ser humano podia se salvar com seus próprios recursos as principais heresias né Santo Agostinho ele fazia ele fez o combo apologético teológico filosófico Santo
Agostinho foi o principal autor patrístico foi o principal teólogo e filósofo da teologia ocidental e da filosofia patrística né E nele por causa da Revelação alguns tópicos filosóficos chegaram a um patamar mar inimaginável pros gregos o problema do mal o problema do tempo o problema da memória onde ele vai tentar eh associar a questão da reminiscência platônica né da Recordação das ideias eternas né como a nossa alma é criada por Deus na medida em que a gente se eleva ou se adentra mais ao nosso interior a gente tangencia o mundo do espírito e se recorda
por assim dizer das verdades eternas que estão eh presentes eh de maneira especular na na imagem Divina que é a nossa alma né então não se recorda mas é iluminado porque ele ele fala da iluminação da mente né Eh é uma iluminação natural não é um processo Místico não né Eh enfim o problema do livre arbítrio então o tempo a memória o livre arbítrio o problema do mal o problema da criação são todosos problemas que Santo Agostinho trata e que vai levar um outro patamar né bom depois que de Santo Agostinho a filosofia passa por
um momento de recesso né com as invasões bárbaras com a queda do império romano com aquele período ali de de de de transição entre o final da idade antiga e início da idade média o único período que pode ser chamado com alguma Justiça de idade das Trevas né porque chamar Idade Média das Trevas é um absurdo mas tem um momento ali das invasões né Eh das invasões normandas também dos vikings e tal onde a Europa tá um caos depois que Carlos Magno mor morre seus filhos não são competentes e tal então a coisa degringolar um
pouco mas Carlos Magno ebre sobretudo através eh do do do alquino né que é que eh espalhou bibliotecas pelo pelo império e se se cultivaram as escolas filosóficas e teológicas E essas escolas vão né e e os Beneditinos sobretudo os Mosteiros Beneditinos vão guardar essa essa cultura clássica pro para que num momento mais propício isso possa ser estudado aprofundado refletido tal e no grande momento do do florescimento da filosofia Cristã vai ser chamado de Escolástica por causa dessas escolas essas escolas que eram formadas eram monacais em Torn dos Mosteiros ou catedralicias em torno das catedrais
Então você vai ter a escola de São Vítor a escola de chartre a escola são várias a escola cistercense vão ser Várias escolas que vão eh eh guardar os e e e e copiar os textos da antiguidade preservando a cultura clássica naquele momento terrível ali de invasões e tal e eh desenvolvendo a teologia e desenvolvendo a filosofia mas o grande momento de desenvolvimento vai ser com a chegada dos escritos aristotélicos através dos árabes que como vocês sabem invadiram a a a Europa pela Península Ibérica né como que os árabes conheceram a filosofia grega quando eles
dominaram a Síria e na Síria viviam o quem viviam os cristãos os cristãos sírios São João Damaceno grande Padre da igreja ele trabalhou ele foi funcionário público no no no no mundo já muçulmano já já islamização eles preservaram a vida dos dos sábios Eles não eram bobos nem nada né então Eh os os os árabes os os muçulmanos digo conheceram a filosofia grega porque ela estava preservada na Síria pelos padres cristãos né e depois eles levaram as obras de Aristóteles paraa Espanha muçulmana pra parte muçulmana da Espanha e essas obras depois seriam traduzidas na escola
de Toledo e seriam difundidas entrariam nas universidades eh da Europa todas cristãs no no século 1 do transição do século XI pro século 13i causariam uma grande celeuma uma grande polêmica porque as teses de Aristóteles como eram interpretadas pelos filósofos e teólogos árabes os filósofos árabes elas eram apresentadas como contrárias à fé católica eram apresent era apresentado um um um um Aristóteles ímpio né cuja teoria da eternidade do mundo seria negadora da criação eh cuja teoria de um intelecto agente separado da da Alma eh individual eh seria eh também uma impiedade porque não haveria então
alma alma pessoal Imortal e portanto isso acabaria com a com a ideia da da da fé né então a interpretação árabe de Aristóteles causou um rebuliço nas universidades e quem foi o o grande personagem que vai pegar o touro pelo chifre e vai resolver Santo Tomás ja Aquino Santo Tomás ja Aquino vai falar assim olha me traduzam essas obras de Aristóteles do grego pro latim que eu vou ler isso tudo aqui vou ler tudo isso vou interpretar direitinho tá E ele leu e ele descobriu bom o aristótele Não é esse monstro não gente olha só
ele ele falou da eternidade do mundo só que do ponto de vista da razão a gente não pode decidir se o mundo foi criado no tempo ou foi criado desde toda a eternidade né porque Deus como princípio criador não é um princípio cronológico é um princípio ontológico é o princípio do ser uma coisa pode ter sempre existido Tendo sempre principiado de Deus é muito difícil esse conceito talvez porque a gente só pensa com a imaginação né e na imaginação a gente vê uma coisa começar né é é então não dá para imaginar mas dá para
abstrair uma coisa o mundo pode ter sido cri ter sempre existido e ter sido criado caramba né pode ter sempre surgido de Deus Deus pode ter sempre dado origem a desde que ele é desde sempre pode ter sempre dado ter sempre dado origem eh pois bem e o intelecto ag gente o intelecto a gente era apresentado como um um intelecto Divino separado a às vezes até o intelecto possível o que que são essas ideias de Aristóteles para vocês entenderem pro Aristóteles a nossa capacidade de abstrair as formas que estão nas coisas e e poder para
poder entendê-las depois com a ciência reside numa especial luz da nossa inteligência que ele chama de intelecto essa luz da nossa inteligência ou NS né essa luz da nossa Inteligência é é sempre a atual e ela é capaz de fazer destacar a forma imaterial a forma das coisas e torná-la imaterial na nossa mente e depositar no que ele chama de intelecto possível E aí o intelecto possível recebe uma impressão intelectual das formas ou seja nós temos uma especial participação da Luz Divina por sermos imagem de Deus E essa luz é o intelecto agora se o
intelecto agente é separado se está na alma se o intelecto possível é uma coisa agora se o intelecto possível for separado também e a gente só eh eh digamos assim a gente só conhece as coisas no senso comum ou no intelecto eh terceiro sei lá eh me esqueci agora o nome que os árabes davam eh eh eh na verdade então quando a gente morresse não teria nada imaterial em nós não teria nenhuma conatural Nossa com o mundo das formas com o mundo da imaterialidade nós morreríamos e aí como é que fica a vida eterna a
imortalidade da Alma ressurreição né como é que ficaria Então essa ideia do intelecto é muito importante é a perda da ideia do intelecto que vai fazer a filosofia moderna a partir do nominalismo ir por Ladeira abaixo e eu Isso vai ser a a o o o que eu vou explicar para dá a entender um pouquinho do do processo no qual nós chegamos sem essa participação da Luz Divina intelectual ou seja essa capacidade que está na nossa inteligência de captar o ser das coisas a forma das coisas nós vamos ter que arranjar uma alternativa que vai
ser uma inteligência matematizante já vou explicar isso que vai conhecer as coisas não por ver dentro não por inteligir por digamos associar similitudes sensíveis ok que é como as crianas concem né quando o intelecto não tá ainda bem desenvolvido imagine filósofos infantilizados né Sens ou conceitual mas não intelectuais que conseguem ler dentro a realidade o que que acontece quando se perde a ideia do intelecto Por que que Santo Tomás lutou contra verz que tinha essa ideia de que o intelecto possível era era um intelecto separado quer dizer as almas individuais são todas Mortais o homem
não tem a dignidade de imagem de Deus a filosofia árabe na sua expressão mais radical que era avería de aver RZ eh eh separava o homem do mundo das ideias né O Mundo das ideias por acaso assim e eh eh surge aqui na nossa imaginação nosso senso comum em algum tipo de intelecto eh eh temporário mas nós não participamos desse mundo inteligível Nós não somos propriamente seres com um espírito com uma alma espiritual não seríamos se se se isso fosse verdade né então a a Santo Tomás vai ser o gênio o grande sábio da idade
média que vai realizar a síntese perfeita entre a sabedoria patrística a sabedoria escriturística e a sabedoria Platônico aristotélica tudo em Santo Tomás eh eh eh tende a harmonizar-se a Fé e a Razão a graça e a natureza a igreja e a sociedade civil ou o estado né Eh o homem e Deus a vontade e a inteligência né a vontade e os afetos ou paixões a inteligência e os sentidos né Eh ele ele eh a Suma Teológica é uma catedral do pensamento n uma imagem mais a melhor imagem que a gente pode ter a Suma Teológica
é uma catedral do pensamento católico lá tudo encontra seu lugar perfeito tudo encontra seu lugar perfeito não é por acaso que o vários Santos Papas eh eh eh ofereceram eh eh exaltaram Santo Tomás como a filosofia como o pensamento teológico filosófico seguro para que o católico possa acorrer né E que deve guiar a formação eclesiástica né as faculdades eclesiásticas e que todo filósofo católico deve eh ser bem formado na filosofia de Santo Tomás e da escola tomista que depois na Escolástica na segunda Escolástica desenvolveu alguns pontos que eh cujos problemas foram surgindo mais tarde né
enfim mas a via moderna começa com a a ruptura com o pensamento de Santo Tomás com essa harmonização Entre a Fé e a Razão tá por pensamento de Santo Tomás definamos harmonização entre fé e razão harmonização entre fé e razão Ok a obra da humanização da Fé e Razão o que que é a via moderna que começa com Guilherme de a ruptura dessa Harmonia a ruptura dessa Harmonia veja provavelmente Guilherme deoc estava muito bem intencionado ele queria resguardar um lugar paraa teologia e ele achava que a filosofia se intrometia muito no recinto sagrado da teologia
eh mas o que que ele vai fazer então ele vai dizer que ele vai interpretar o conhecimento em termos de não Da abstração Da forma Universal tá não Da abstração Da forma Universal mas da conjunção das similitudes sensíveis Ok não existe não existem formas universais existem só as realidades individuais as realidades individuais os seres humanos são realidades to são essências individuais porém somos todos muito parecidos muito similares e nós podemos unir essas similitudes logicamente e configurar classes então o conhecimento a abstração Agora não é mais a visão de uma forma realmente comunicada entre Real indivíduos
de uma mesma espécie e que a noss que o intelecto a gente poderia realizar essa abstração da forma Universal né participada individualmente mas a a inteligência agora é o quê a inteligência agora é uma conjunção uma classificação ele ainda é realista tá ele ainda acredita que essa similitude é é real ao ponto de permitir que os conceitos ainda Batam com o que o que as pessoas achavam Claro ele é Realista ele tá no mundo católico e tal mas eh isso é o germe do idealismo é o germe da ideia de que a verdade Projetada pela
mente na realidade é o que é o fundamento da realidade e não que a verdade é adequação da Inteligência à realidade Ok é é o germe é o germe disso então a harmonia que Santo Tomás tinha obtido vai se perder essa perda no fundo é o qu é a perda das ideias eternas platônicas ele vai dizer o seguinte Deus tem razões eternas porque se ele tivesse ele e ele teria que est submetido à razão como se em Deus os atributos ou as faculdades fossem tivessem alguma tivesse alguma distinção real entre elas né como se a
inteligência Divina não queresse tudo que conhe que a Vontade Divina não queresse tudo que conhece e o conhecimento não não conhecesse tudo o que quer e enfim e ele imagina um Deus que está acima da razão e que portanto poderia ter organizado o mundo de outra forma poderia ter organizado o mundo claro que Deus poderia ter organizado o mundo de outra forma quero dizer as essências das coisas poderiam ser outras as essências das coisas poderiam ser outras os mandamentos poderiam ser outros ele chega ao ponto de afirmar depois ele até meio que que volta um
pouquinho atrás que se Deus mandasse matar seria justo Ok como se Na verdade ele ele tem uma ideia de Deus que é de um Deus arbitrário né que é é quase aá não é não é Deus né É É um Deus eh no qual o o o é um Deus voluntarista né um Deus voluntarista então a vontade passa a ser mais importante do que a razão né É É uma inversão eh não existe não existindo ideias eternas Essa é a raiz de não haver formas universais né não existem ideias eternas não podem existir formas universais
né que mais ele também duvida que com a razão a gente possa chegar à imortalidade da alma isso é tópico de fé claro se não existe um parentesco da Alma com mundo inteligível se porque não existe o mundo inteligível não pode existir imortalidade da Alma certo e ele também por fim acredita que não é possível que a nossa inteligência chegue chegue a constatação de um Deus Uno e transcendente Ele acha que a mente pode chegar à constatação de que existem um primeiro princípio alguns primeiros princípios da realidade mas não que seja um Deus separado transcendente
e criador tudo isso ele deixa pra Fé ou seja e a a se dá então uma ruptura daquela harmonia que Santo Tomás havia obtido na filosofia moderna aqui eu vou passar por cima do renascimento mas vou chegar logo no empirismo e no racionalismo na filosofia moderna a consequência dessa ruptura vai ser o quê vai ser o esquecimento das formas e o esquecimento do intelecto agente são duas coisas congêneres você esquece o intelecto agente porque Esquece as formas Esquece as formas porque esquece o intelecto Agente né na verdade o que que é poder inteligir que há
o intelecto agente é ter podido chegar com uma mente límpida e um coração razoavelmente puro a constatação de que a realidade é verdadeira a constatação de que a realidade tem em si o seu princípio de inteligibilidade ou seja e é só uma mente mais purificada que consegue atinar pra existência dessa luz do intelecto agente porque a gente não tá no nível do intelecto agente a gente tá no nível do intelecto possível ativado né OK tudo que a gente percebe a gente percebe porque essa luz que tá no cum da nossa alma por assim dizer metaforicamente
nos ilumina pra gente ver o que que a gente faz a gente tá no mundo da sensibilidade né com as nossas com os nossos eh órgãos das da da das Sensações e no mundo do intelecto possível ativado a gente não tá no nível do intelecto agente isso é um Místico né assim é é Ok eh então a gente efetiva o intelecto agente é uma teoria Mas é uma teoria que tem que ser verdadeira pra gente poder eh eh saber que ou seja quem conhece a verdade sabe que há o intelecto ag gente Ok e e
eh Claro quando a gente aprende Filosofia na escola quando a gente a gente decora essas coisas mas a segurança intelectual da da da da realidade do intelecto a gente é é a experiência intelectual da Verdade é a experiência intelectual da Verdade que faz uma um filósofo é a experiência virtuosa da existência que faz um filósofo ser realista então quando se perde o intelecto ag gente é porque você está perdendo a realidade quando se perde a realidade é porque você está perdendo a pureza da mente dá para dá para entender não existe uma razão lógica separada
de uma uma razão lógica capaz de encontrar as verdades puramente inteligíveis separadas de uma existência virtuosa não tem como não tem como não tem como a mente lípa e o coração em processo de purificação são duas coisas que tem que andar juntas Ok então você vai aprender mais melhor filosofia se você tiver lutando pela virtude quanto mais você luta pela virtude mais sua mente fica aberta a às verdades mais difíceis mais árduas que não são as verdades das ciências empíricas que são difíceis também mas para isso basta o gênio cerebral né para isso basta o
gênio cerebral paraas verdades metafísicas além do gênio cerebral você precisa da sabedoria de uma participação na sabedoria divina ou seja você precisa de um Anseio pela verdade um desejo da Verdade né Platão Aristóteles Sócrates aqueles primeiros filósofos eles estavam com um Anseio com um desejo de verdade uma vontade de verdade né e essa vontade de verdade começa a faltar começa a faltar na modernidade por quê Porque a vontade de verdade é vontade de verdade transcendente né é substituída por uma vontade de verdade imanente de resolver os problemas da realidade temporal o mundo no século X
conheceu peste negra cisma de eh eh sismo ocidental exílio de avinhão terremotos fome um S terrível na história da igreja e aí começa o qu o renascimento humanismo naturalismo a voltar assim o homem a vida começa a ficar desastrosa e o homem se esquece de Deus se preocupa mais em tentar resolver esses problemas do que em se voltar pra realidade espiritual então a filosofia vai acompanhar esse movimento da cultura humana esse movimento da da ade cultural e espiritual que tá se separando da transcendência os empiristas vão achar que que a ideia é uma imagem esvanecido
não tem mais intelectual gente não tem mais forma não tem mais forma real é a forma lógica da mente Projetada na realidade ou é uma forma eh eh poética uma metafórica né entre os empiristas britânicos ou entre os racionalistas continentais e a síntese disso vai ser o quê cant só que se você ele vai tentar resolver o problema do buraco do do buraco do empirismo e do buraco do racionalismo mas quando você junta duas coisas incompletas você forma um eh eh insuficientes erradas você vai fazer uma coisa certa não aí o que que faz o
que acontece a emenda sai pior do que o soneto Kant vai formar vai configurar uma metafísica agnóstica que não pode mais conhecer a Deus uma ética voluntarista onde a vontade humana o imperativo categórico da vontade humana vai se tornar o critério da Verdade ética ou moral e tentando resolver esse impasse vai criar um sentimento estético e um sentimento teleológico para tentar encontrar o sentido da realidade aí quando você chega na contemporaneidade a crítica canana que seria a ontologia ou a metafísica vai dar origem ao positivismo cientificista o A Crítica da faculdade do juízo sentimentalista Vai
dar oragem vai dar origem ao romantismo né gnóstico e a A Crítica da Razão prática Vai dar oragem vai dar origem oragem origem vai dar origem ao idealismo alemão Hegel FT shellin e depois a esquerda hegeliana o Marxismo e a confluência dessa perda da realidade dessa perda da transcendência vai trazer aquelas três grandes figuras grandes no sentido da tragédia que que que representam de Freud nietz e Marx né Freud niet e Marx então aí já acabou tudo já acabou aí já está todo o processo do niilismo pós moderno Freud com o seu inconsciente Ou seja
a verdadeira realidade é sub consciente sub racional Marx com a sua dialética seu materialismo histórico dialético a verdadeira realidade é a infraestrutura material Econômica niet com o seu vitalismo que afirma a ausência de fundamentos e portanto um ser humano prepotente prometeico que tem que construir os valores do nada sem uma verdade metafísica quando junta essas três coisas a psicanálise o nanismo o Marxismo a gente tem a sopa da Filosofia Contemporânea algumas tentativas de responder a isso foram existencialismo de Kirk A fenomenologia de Rússia mas muito insuficiente né no âmbito católico Cristão o esforço de leão
xi dos neotomistas de resgatarem a filosofia Escolástica especialmente de Santo Tomás eh O existencialismo derivado de heeger a partir da fenomenologia que é um esforço para tentar recuperar a objetividade pelo menos do conhecimento científico né que não seria fundado na na subjetividade mas fundado no próprio na própria no próprio âmbito da ver científica depois disso vai existir um existencialismo imanentista que depois em Sartre vai ser ateu Vai juntar com Marxismo a gente tem bom não tem como explicar esse processo vocês viram que eu me empolguei muito apresentando os gregos no início tive que fazer uma
síntese bastante grande de Santo Agostinho e de Santo Tomás para apresentar o problema do dominismo que no empirismo e no racionalismo que confluem pra crítica canana que se desdobra no positivismo no romantismo e no idealismo e depois no Marxismo e bom também temos Freud e niet esforços pontuais de uma filosofia existencialista e de uma filosofia fenomenológica que não logram obter a transcendência novamente né que não conseguem obter recuperar a transcendência o esforço católico do neotomismo e malogrado ou prejudicado pelo pela própria eh veneração dos neoteo pela filosofia contemporânea sem critério E aí o que que
a gente tem a gente tem a situação que a gente precisa recuperar a verdade precisa recuperar as fontes da tradição filosófica da sã tradição filosófica platônica aristotélica patrística Escolástica especialmente Santo Tomás de Aquino né São Boaventura né a escola tomista eh e um outro autor que possa também trazer alguma luz nós precisamos estudar a história da filosofia não por curiosidade mas por uma necessidade uma necessidade Apostólica uma necessidade caritativa nós precisamos ajudar a esclarecer a mente das pessoas a respeito desse niilismo desse desse nadismo Por que que a gente chegou a esse nadismo porque nós
perdemos o contato com as formas reais Nós perdemos o contato com a alma espiritual com o intelecto agente com a imortalidade da alma ou seja com a sede de transcendência nós vivemos voltados por uma imanência e uma nova teologia que não ajuda muito e que atrapalha que quis superar o modernismo imanentista mas não consegue também não conseguiu também eh ir muito além é então a gente precisa recuperar a verdade ter como o um um o filósofo contemporâneo que tem bastante coisas interessantes e boas que é o Xavier zubir que eui a gente precisa ter vontade
de verdade uma vontade de verdade uma abertura à realidade que nos Resgate essa sede da transcendência essa vontade esse desejo de Deus né o homem tem natural um desejo de Deus que a Revelação Vem coroar esse desejo indicando que Deus nos fez para a vida Sobrenatural certo então nós precisamos recuperar o desejo da Verdade Absoluta o desejo de buscar a causa primeira Porque se o homem tá tão voltado pro mundo sensível pro mundo temporal pras coisas da imanência o coração adormece a consciência adormece o nilismo impera a depressão aumenta o aumenta né a injustiça aumenta
as soluções ideológicas falsas para injustiça se aproveitam então nós precisamos urgentemente buscar a verdade buscar a verdade com todas as forças e energias da nossa alma porque disso Depende a nossa salvação e a salvação de muitas pessoas né então que Santo Tomás de Aquino que Santo Agostinho de ipona que os demais Santos doutores Santos padres da igreja intercedam por nós e desculpe por ter feito uma uma uma corrida aqui no final porque senão também eu vou deixar vocês aqui muito tempo esperando né é uma apresentação muito sumária evidentemente eu dependo de que vocês e o
público que assista ten uma certa eh eh uma certa fé nas minhas nas minha na minha apresentação eu não pude demonstrar grande parte das coisas que eu falei aqui né mas bom eh é simplesmente uma apresentação sumária tá muito obrigado pela presença e pela assistência de vocês até uma próxima [Aplausos]