[Música] [Aplausos] olá olá estamos começando mais uma arena dos saberes diretamente aqui desse teatro lindo do sess de Copacabana pela TV Cultura para todo o Brasil em que a gente vai poder refletir um pouco sobre os cotidianos sobre a vida sobre as nossas dores sobre os nossos sonhos sobre as nossas Paixões sobre os Nossos amores porque a gente escolheu uma pessoa muito especial aqui hoje eu comecei a admirar essa mulher vendo essa mulher no cinema depois eu vi essa mulher na televisão Depois eu vi essa mulher no teatro depois eu li os seus livros ela
é uma atriz completa ela é uma mulher que que transborda a luz eu quero que vocês recebam com muito carinho essa mulher extraordinária que é Fernanda Torres [Música] [Aplausos] [Música] no esinho do cinema chupando drop Janis longe de qualquer problema perto de um final feliz aora que o Não Vou bancar o santinho minha garota é meio ex eu sou o Sheik Valentino Mas de repente o filme pifou e a turma toda logo fou acenderam as luzes Cruzes que flagra que flagra que flagra no escurinho do [Música] cinema aplaudir Nossa maestra Laura visconte que que você
escolheu essa música Laura primeiro ritali né ritali né gente ritali começa por aí e aí animada cinema pessoas gostam acho que é isso vamos aplaudir nosso Beto Bonfim nosso baterista aqui APAR Fernando É uma honra ter você aqui uma honra é toda minha mas eu sou seu fã Seu Fã Seu Fã que você não tem ideia Ah não fala ass eu leio os seus livros aqui e fico grifando a maneira com que você conta uma história eu acho tão genial a maneira com que você pega elementos do cotidiano e a partir do cotidiano você vai
pro absurdo pro leve e sem julgar as personagens isso isso é tão fascinante né vamos falar da da Fernanda escritora primeiro ela não sei ela surgiu lá atrás assim e eu aos 30 anos eu me arrependi de ser atriz porque atriz tem aquele negócio que você fica uma hora esperando o convite e há uma angústia nisso E aí eu comecei a escrever umas coisas e vi que eu tinha prazer naquilo E era uma época que a minha geração tava começando no Brasil a ir pro cinema então a inspiração filmes que era do meu irmão e
de muitos amigos estava começando a se formar precisando de gente com experiência o ator ele tem uma experiência natural para ver uma cena para ver o que que funciona numa cena eu fui entrando e na verdade lá atrás no Terra estrangeira Daniela Thomas chamou a gente os atores para improvisar e fazer o roteiro e eu olhei falei olha aí é assim não né E aí veio disso e mais tarde eu fui chamada pel pelo Mário Sérgio conte para escrever para Piauí sobre o medo de entrar em cena Uhum eu gostei aí comecei a escrever crônicas
aí foi indo eu e tem esse livro aqui né S anos Fernanda Fernanda tois que são as crônicas que são minhas crônicas dos primeiros S anos agora já tô mais tempo fazendo e é muito legal porque ao mesmo tempo que você trata aqui de política de Educação de Pag de consultivo de do seu pai eh você você pega elementos muito legais que que são diálogos né com Oscar Wild com Shakespeare com então também dá uma ampliação de repertório PR as pessoas que alguém tá lendo a sua crônica e fala assim nossa nunca li esse cara
que interessante essa citação aqui vai atrás eu sou muito curiosa assim e eu acho que a formação do ator é uma formação meio superficial por um lado porque você não é um especialista Mas você a cada peça que você faz você geralmente estuda a história ou um filme que você faz você estuda o personagem aquele personagem ele dialoga com alguém às vezes me perguntam o que que você diria para um jovem ator para ler os clássicos um jovem ator porque nos livros principalmente século XIX os grandes romances do século XIX todos os sentimentos estão descritos
ali de forma profunda Então eu acho que leitura e o trabalho de ator são duas coisas muito que andam casadas sabe porque o escritor vive daquilo que ele vê do que ele ouve do que tá dentro dele as vezes as pessoas falam assim isso isso é isso aconteceu com você ou é ficção às vezes até aconteceu e a gente nem se lembra né quem tá escrevendo porque tem tanta coisa aqui das observações dos cotidianos e dos livros exato você observa você vira meio realmente um observador meio obsessivo assim das pessoas da do comportamento do que
alguém fala isso junta com o que você tá lendo esse livro aqui a glória e seu cortejo de horrores coitado do Má maravilhoso esse Mário primeiro a dedicatória é é de um carinho de Uma emoção de uma poesia de uma delicadeza ó a dedicatória PR let Fernanda a quem devo a vida a cochia e o título desse livro A Fernanda Montenegro chama alete né É mãe a quem devo a vida cochia e o título desse livro Por que que você deve a Ele o título desse livro porque a mamãe fala minha filha é a glória
com o seu cortejo de horrores eu ouvi isso a vida inteira da mamãe que a mamãe ela é Ela é é sensacional dramática e e ela tem razão porque todas as vezes na vida que eu tive um grande êxito assim ele é Sempre acompanhado é uma vida infernal quando você assim D certo você é solicitado você meio fica fora de si é um período horrível Então ela tem toda a razão é a glória com o seu cortejo de horrores Olha quem não leu esse livro precisa ler esse livro esse livro ele é um laboratório do
existir humano é é de um ator né do do Mário Mas a vida dele é a subida e descida a história com a mãe a primeira história dele lá no acampamento que ele vai pro você sabe que essa história é curiosa eu é porque eu narro a história de um ator que ele meio através seria da geração do Wilker é um ator que atravessou todas as fases Qual é a história disso eu escrevendo uma crônica para Veja Rio que foi onde eu meio comecei a escrever crônica Eh o meu entiado recebeu um telefonema daquelas que
engana dizendo eu tô com tua mãe e você vá agora para não sei que lugar leva o celular o computador e ele foi e aí ele porque ele não conseguia falar com a mãe quando ele tava na central do Brasil ele conseguiu falar com a mãe ela falou vai embora daí agora e aí eu cheguei eu eu fiz essa associação entre o teatro do invisível do Boal que era um teatro que eles faziam no no ônibus assim era um teatro feito na rua para criar eh consciência política mas um teatro de ação no meio da
rua e o golpe da do celular eu achei que tinha a ver porque tinha que ter um teatro tinha que ter um teatro Ai meu Deus né quem já não recebeu o telefonema ai o Mário Inclusive tem uma hora quando ele é preso ele usa esses dons dele e aí eu fiz o erro maior de um cronista que é entrei no Google e goi teatro do invisível porque eu queria ter alguma quando começou eu queria ter alguma E aí no Google tinha essa história que o Boal teria criado o teatro do invisível numro Oprimido né
mas era o teatro invisível que era isso numa experiência numa fazenda com atores era história que eu acabei de contar que um cara sequestraram um dos um dos lav e na hora que eh falaram PR os atores irem lá fazer uma ação concreta os atores disseram não estava escrito eu achei aquilo sensacional E usei isso na crônica aí Boal me manda um recado assim que você não tenha lido os meus livros eu posso te perdoar mas que você e repita mentiras era mentira aí falei agora eu vou escrever Aquela História porque ela é muito boa
então não sei quem foi o cara criativo da Wikipédia que escreveu isso mas era ótimo então eu roubei desse canalha que me fez mas o Fernand a estrutura é muito interessante porque ele tem o problema dele com a mãe a mãe que tá ficando doente mentindo tá mentindo PR todo mundo atua com a mãe porque a mãe acha a mãe tá com Alzheimer e começa a achar que ele é o marido dela o pai dele e ele primeiro tenta dizer que não mas uma hora ele desiste aí tem a a tia né que ele vai
visitar na Tijuca aí tem o medo do túnel São tant São Tantas imagens que são desenvolvidas né não e aí ele estora na televisão ele vira assim o Reginaldo Faria só que depois ele vai virando meio um can ele ele vai decaindo e aí eles já viram um cara assim um feitor na novela das seis e depois ele vai e virar ele arruma um trabalho na Record esse livro é divertido gente e aí quando ele chega na prisão ele vê que as pessoas viam a novela da Record né agora a passagem da prisão porque no
fim ele é preso por causa da Lei ranir e é bom é bom é um combo entendeu é um combo do pobre do ator e E aí quando ele chega na prisão eu não não sa eu achava que ele tinha que ser preso aí eu liguei pro freixo e falei freixo para que prisão um ator seria encaminhado eu não sabia eu falei não não é Bangu oito vai ver que é mas aí o freo falou eu acho que ele iria para uma prisão ali ao pé da Mangueira que é uma prisão para X9 e é
porque são os caras que não podem est em nenhuma prisão de Facção que eles serão mortos e é meio esteron natário é uma prisão assim aí o freixo vira para mim e diz assim quer ir lá aí eu falei não posso dizer não é igual eu o cara lá na luta armada no coisa falei não vou vamos freixo aí fui com frech nessa prisão E aí eram umas celas cara com 100 homens lá dentro foi fundamental devo a freixo e tinha uma coisa incrível que era tinham as alas com 100 homens presos e beliche beliche
beliche banheiro no fundo e tinha uma ala evangélica e a ala evangélica era pintada com passagens da Bíblia na entrada com ventiladora era toda cuidada mas tinha as passagens da Bíblia e o meu ator ele vinha do da novela da Record aí eu falei eu não tô isso não tá acontecendo E aí o freeso vira para mim e diz vamos entrar eu de novo claro lógico aí abre a cela eram sei lá 50 homens de um lado 50 do outro e a gente foi fazendo o corredor no meio as pessoas pedindo acho eu tô aqui
não sei se eu tenho advogado são situações vamos até o fundo e voltamos eu e no meio tinha uma tranch Ah por isso tem a trans no livro também por isso que tem a trans no livro no meio era uma coisa impressionante porque era uma mulher numa cela com 100 homens eu e aí entrou ela então esse o final eu devo muito o freso esse Liv vamos contar o final para vocês para vocês lerem o livro mas leio vale a pena é divertido vamos cantar Enquanto você se esforça para ser um sujeito normal e fazer
tudo igual eu do meu lado aprendendo a ser louco um maluco total na loucura real controlando a minha maluquez misturada com minha lucidez vou ficar ficar com certeza maluco beleza eu vou ficar ficar com certeza maluco beleza eu vou [Música] ficar falando em normal tem tem temos um vídeo aí do Luiz luí ah tivemos muitas cenas muito tapa na cara muita torta na cara muita guerra de travesseiro mas teve uma que foi assim marcante a a Vania no caso recebia um afilhado que ela pouco conhecia o garoto num tédio absurdo e ela tenta naturalmente alegrar
a vida do garoto então ela resolve Cantar aquela música da galinha a galinha e o Rui para sacanear de diretor né nunca estava bom então ela repetia repetia repetia nunca estava como deveria estar o Rui aproveitando tirando uma onda em cima da Vania foi de rolar de ria tá lembrado não n beij como Esqueci a Luiz Nossa gente você tem saudade da van a van é sensacional sensacional a van sensacional ela é não sei um moleque né Ela é um um pira sei lá uma entidade no corpo de uma mulher né ela não é bem
mulher ela é um negócio outra coisa ela com o Rui e ele é meio bovino né ele tem aquela coisa assim do homem que é meio é meio parado e ela é um negócio nervosa magrinha ele é meio bovino é ótimo ele é bovino ele quer a calma ele é assim e ela tem do lado uma vez o cel tomelo entrou já na terceiro ano e a gente tinha a gente tava assim ferado e tinha que tirar uma foto uma coisa ou era um filme e eu e o celton também bovino E aí eu assim
parada e eu fiz eu fiz 50 e o CTO falou gente Nanda em um segundo você fez 50 11 50 então a Vani era pessoa ligado no 220 né que que temos agora temos uma mudança de assunto aqui eu acho hein vamos ver vamos lá devia ter amado mais ter chorado mais ter visto só nascer devia ter arriscado mais e até errado mais ter feito o que eu queria fazer queria ter aceitado as pessoas como elas são cada um sabe alegria e a dor que traz no coração marca tu pai me proteger enquanto meu vade
sair no caso vai me proteger enquanto eu andar devia ter complicado menos trabalhado menos ter visto só se [Música] P combinar com você pô Titan é o meu O bro gente eu tinha esse esse problema minha geração acho que tinha porque eu cresci e tudo de bom já tinha passado a MPB então a gente é verdade a gente vivia até os Novos Baianos já tinham passado a gente vivia assim numa crise econômica horrível os anos 80 foi uma crise econômica no Brasil que não a gente matava zero trocava de moeda então havia o Brasil ainda
não tinha se aberto por pro mundo então da tinha um resquício da ditadura de fechamento e eu achava que nunca mais não ia ter Caetano Gil como realmente não tem essa geração é é fogo muito especial mas aí vieram veio o rock no Brasil Então eu fui ver o show dos Titãs Outro dia eu fiquei emocionada eu tive um momento é isso aí minha galera sou eu né ISS saí Fernanda vamos falar uma coisa de educação você aos 20 anos ganhou o prêmio em cia a primeira atriz brasileira ganhar Palma de ouro em em cia
isso é é fascinante e geralmente né assim alguns pais T uma preocupação grande com essa história do sucesso e a pessoa faz muito sucesso você olha assim um jogador de futebol que fez muito sucesso e não tinha maturidade para aquilo um artista que fez muito sucesso talvez não tivesse um empresário ou um político Qualquer que seja qualquer profissão que a pessoa ela recebe tudo isso de uma hora para outra né muito novo né muito novo você tinha maturidade para esse para ser premiada desse jeito para fazer o sucesso que você fez tão não gente foi
um combo ali porque eu fui tendo e eu fiz quatro filmes na sequência eu eu fiz o Inocência o filme do Jabor o Marvada da Carne o com licença eu vou à luta veio vindo E aí uma hora na minha prepotência de jovem eu falei agora eu queria fazer uma novela das no das 8 na época Ainda aí veio selva o remake do Selva de pedra para fazer o papel da Regina Duarte dirigida pelo avancine eu ah Yes aí eu fui odiei odiei aquele papel de mocinha que ficava chorando e eu não não sabia o
volume de gravação E aí calhou porque a personagem a Simone ela morre e ela vira outra pessoa ela vó Meu nome não é Simone Marques é Rosana Reis e aí calhou do filme do Jabor PR Cane na semana em que o meu personagem da novela ia para Nova York virar outra pessoa e aí eu fui numa semana no meio da gravação de uma novela Fui a cany fiz a a sessão e lancei o filme e mas não fiquei pra premiação voltei fui a Nova York fiz a mudança voltei e eu tava na casa do meu
irmão dizendo assim Cláudio Eu quero mudar de profissão eu não tô eu não tô bem tá horrível a eu ganhei mas veio o telefonema e Ele olhou para mim e disse Nanda você ganhou Enem Cane Então teve um E aí eu ainda tava presa naquela Simone apanhando num eu apanhava da torlone amarrada eu eu acabei a novela Gente eu tinha um terol um panariz eu e aí eu tava eu virei um monstro até hoje eu tenho assim vergonha do ton peço desculpa eu virei uma colega horrível de trabalho eu fiquei mal humorada bom acabou eu
levei uma geladeira da Globo de 30 30 Os Normais eles diziam não não querem Fernanda para que que a gente quer Fernanda e o luí que insistiu aprendi nó não criou um problema e aprende então eu nunca eu não fui criada com a ideia de ter um contrato fixo esperando o próximo trabalho isso foi muito importante para mim e mais eu ganhei can e falei eu vou viver de cinema e tal o Color acabou com com embrafilme aí quando eu me vi eu tava no Sesc Tijuca ensaiando Orlando fazer teatro no Sesc Tijuca e foi
sempre o Sesc olha que maravilha V ses é É verdade sesque já nos salvou de nossa sesque é o nosso ministério da cultura perene né e não Import Então essas eh Aliás o glória e seu cortejo de horrores quando eu ganho can é um exemplo máximo disso eu tava num período horrível da minha vida é o Mário mas eu aprendi a não criar problema eu aprendi que eu talvez eu não soubesse fazer novela talvez não seja para mim tanto que eu fiz 5 anos do tapas fiz os três anos dos normais e era uma linguagem
que eu eh entendia mas mas o tapas É Quase uma novela não é o tapas tem uma linguagem parecida muito eu falo eu fiz a minha novela eu fiz o tapas Mas é uma estrutura diferente é uma estrutura é quase um núcleo de novela que a gente tem é ainda televisão de grupo são decisões eh você domina aquilo com o diretor com o autor não tá legal para você você conversa não tá legal pro outro há uma a novela é uma coisa mais Industrial que eu acho que até hoje eu tenho maturidade mas eu passei
muito tempo entendendo que eu não tinha e eu não queria voltar a ser aquele monstro que eu havia me transformado Então você perguntou sobre esse tipo de êxito eu fico pensando no jogador de futebol cara é muito nada né o cara não tem nada ele sai de outro dia me falaram acho era um jogador que foi pra Espanha eu acho que ele saiu de 1000 para R 5000 aí ele fez um contrato de R 50.000 e ele foi vendido para 40 milhões de reais isso e isso com 17 16 anos começa a comprar tudo se
acha dono do mundo difíc a família tem que ser mas isso em tudo uma vez com Angélica Angélica me falou Nanda todas as apresentadoras Mirins e apresentadores da minha geração enlouqueceram a ela foi me dando era assustador ela falou acho que o que segurou a minha cabeça foi minha família eu tinha uma estrutura familiar eh e e tem uma coisa né Nanda a gente tem uma sociedade meio que de aduladores né então você tá numa na numa novela fazendo um sucesso você recebe convite para todas as coisas Depende você saiu você não recebe mais convite
você tá jogando num time de futebol você tá ali ou você tá você você você era uma grande jogadora de basquete ou de vôlei você se aposentou e uma parte da sociedade a se retirar é importante também tem tem momentos de entressafra o que fazer e nos seus momentos de ent escrever nisso é maravilhoso porque você nunca tá parado quando você não tá como ator vamos falar desse livro então o fim o fim é um que tem a série né Vocês já viram a série é maravilhosa né na Global Play a série é maravilhosa mas
o livro é maravilhoso é o livro é mais canalha porque ele é mais canalha ele é mais cínico ele é um laboratório antropológico é é impressionante aquele Álvaro o começo a Irene a construção de cada personagem isso é assim eh eh é ruim elogiar a pessoa na frente dela mesma mas é tão bacana Quando você vê como você é bem é cuidadosa para construir cada personagem e e vai andando no tempo e ela e elas não se misturam você você tem você tem uma capacidade de uma psique completamente diferente das personagens cois isso era o
negócio do era porque que não foi um livro que eu pensei assim vou escrever Esse livro me encomendaram só um conto sobre a terceira idade e aí que era um projeto do Fernando merelles para adaptar pra televisão que depois não saiu e esses contos de vários autores diferentes seriam editados pela companhia das letras e aí ele me pediu um conto sobre a terceira idade e eu pensei eu achei interessante não foi algo que partiu de mim foi uma encomenda e eu pensei p qual é o o ápice da terceira idade são os 5 minutos antes
de morrer aí eu falei ah eu vou escrever os 5 minutos finais da vida de um cara de Copacabana e E aí eu mesmo me surpreendi com a curva eu fui escrevendo comeou comaro comaro escrevendo atropelado aí ele foi tendo amigos eu fui aquela história meio ele veio vendo e aí no final ele é atropelado o jeito que ele descreve o atropelamento é genial Pois é carro tá chegando mesmo ele não tá me vendo não é possível É para um slow motion vira um negócio assim porque ele tava ali com os pensamentos dele aí quando
eu acabei eu falei poxa eu podia matar porque ele tinha quatro amigos eu falei poxa eu podia matar os da mesma maneira aí falei com a companhia e a companhia falou acho que que vale aí eu fui indo e é uma coisa muito de ator que é até depois o Luis Schwartz o editor ele falou para mim tenta a terceira pessoa isso não eu não tinha essa ideia porque você já tá com cinco personagens em primeira pessoa por quê Porque é uma vivência de ator você se põe na pele do cara e uma vez na
pele do cara você fala pelo cara é totalmente ator aí eu achei que o livro se fecharia com cada um morrendo aí eu falei ah já que ele falou da terceira pessoa eu vou fazer um sanduíche com as mulheres na terceira pessoa e aí o livro se compôs assim e na hora que eu adaptei pra TV as mulheres vieram mais porque elas não eram terceira pessoa era todo mundo um assim a gente tá chegando no final aqui do nosso bate-papo Quero Agradecer aqui a Regina Pinho que é Nossa diretora do SESC maravilhosa agradecer a todos
vocês o que que as pessoas podem esperar mais da Fernanda que projetos novos vem aí ou você não conta os projetos novos nunca conta tem vários gente tem vários eu escrevi série escrevi roteiro tem convite Tem coisa que eu projeto é o que não falta mas aí eles vão encaixando e você vai fazendo eles muito bem Obrigada chal queria te agradecer por uma tarde maravilhosa obrigada quem veio muita luz para você sempre você também obrigadíssimo parabéns por viver com intensidade de cada momento pelo seu talento você também eu fiquei chocar filósofo advogado eh educador político
fã e seu fã isso é o melhor de tudo vamos de Divino maravilhoso para enterrar obrigado a banda Obrigado a todos vocês estão aqui ob obrigadíssimo e até o próximo programa muito bom est com vocês atenção a dobrar uma esina uma alegria atenção menina você vem Quantos anos você tem atenção precisa ter olhos Fir presse s para essa escuridão ção tudo é perigoso tudo é Divino maravilhoso atenção para o refrão é preciso estar Atento e forte não temos tempo de Temer a morte é preciso estar Atento e forte não temos tempo de Temer a norte
at [Música] eu tô aqui no teatro Adolfo blo no Rio de Janeiro e o terceiro sinal de hoje é sobre uma peça que fala sobre direitos sobre estupro sobre violência contra mulher mas uma peça com uma narrativa impressionante de uma australiana chamada Suzi Miller ter se dirigido pela Iara de novaz e tem como solo no palco pela primeira vez Débora falaa acompanhe comigo essa conversa [Música] eu tô aqui com a Débora Falabela para falar de mais uma peça seu primeiro seu primeiro espetáculo monólogo solo é solo primeiro com texto incrível texto é maravilhoso né como
é que veio a ideia de fazer esse texto como é que ele chegou nas suas mãos então eu eu já conheci esse texto eu estava procurando um outro projeto para fazer com a Iara uhum e aí a gente estava atrás de textos a gente foi também até para texto eh pra gente adaptar mesmo assim né Eh de autoras literatura de autoras brasileiras aí a gente foi atrás começou a pesquisar mas isso demandaria também um tempo porque você ia ter que ficar em sala de ensaio fazendo adaptação é mais difícil E aí eu lembrava desse texto
só que eu nem imaginava que ele podia est disponível disponível E aí de fato ele não estava porque quando eu liguei eu pedi para umas produtoras que eu tinha chamado para fazer esse projeto né assim elas foram pesquisar esse texto e tinha sido vendido logo assim ah ele acabou de ser vendido falei Putz aí 15 dias depois o Luciano que é produtor da peça também me liga e aí ele falou ten um texto para te mostrar era o texto eu falei não é possível Ele deve saber que eu vim atrás eu não sabia Foi uma
coincidência mesmo e aí depois dessa coincidência e eu lembro que também na época tinha um diretor maravilhoso para para dirigir mas ele não pode fazer na data que eu podia E aí eu falei então V trazer a a minha Iara a minha turminha que maravilhosa né E aí trouxe Iara Iara trouxe a nossa turma toda assim né E e aí eu entrei como produtora também junto com Luciano e com Edson e aí a gente tá produzindo junto assim também é difícil não se envolver com como produtora num espetáculo que você faz sozinha né assim até
para esse espetáculo andar e você ter vontade de de de ficar com ele mesmo né um projeto que eu sinto que é muito eh muito meu assim éu e o que é muito legal né assim o texto é aparentemente um texto jurídico né aparentemente é uma advogada e é muito interessante o início da peça que você faz quase que uma provocação com os promotores né porque a autora é da área jurídica também né Eh australiana e e é muito legal Aquele começo em que você ali como advogada fala assim hum Esse promotor tá achando que
vai ganhar Então ele deu uma relaxada agora é o meu momento quer di mostra uma estratégia de uma de uma advogada em princípio né como é que ela consegue ganhar uma causa como é que ela se desenvolve naquela causa a relação dela com a mãe começa sim né Débora é eu acho que é interessante isso assim são dois atos muito muito distintos né E esse primeiro ato realmente mostra ali a a Tessa como uma advogada que ama sua profissão eh aquela primeira cena né que ela é muito ela mostra ali todo aquele ambiente juríd ela
gostando ali de ganhar aquela performance dela no tribunal né e depois você também vai entendendo um pouco a história daquela mulher que veio de uma família mais humilde conseguiu entrar na faculdade se deu muito bem na profissão é uma advogada criminalista que que ama a sua profissão né E que claro que acho que parte do pressuposto que todos os advogados criminalistas partem que toda pessoa tem direito à defesa né independente do que ela tenha feito só que eu acho que a partir do momento que acontece não vou dar muito spoiler não sei nem se vai
tem como a gente não não falar Mas a partir de um certo momento ela começa questionar os seus eh as suas questões éticas ali dentro da profissão e a própria profissão né o próprio sistema jurídico como um todo isso é legal porque tem essa dimensão do Dual né na verdade quando você entra numa engrenagem você tá na engrenagem você não sabe muito bem porque você tá naquela engrenagem você aprendeu desse jeito as pessoas que estavam ali na faculdade ensinaram desse jeito é muito legal a parte da reitora né o que ela diz que alguma olha
para um lado olha para outro lado vocês vão competir um com outro que é absolutamente real né Mostra assim tem umas diferenças jurídicas né depois no caso de estupro Aqui no Brasil é diferente jur totalment a gente não conseguiu nem adaptar muito desculpa te terrer Mas é porque isso realmente é importante assim a gente não não teve como adaptar para as leis brasileiras até porque no Brasil é totalmente diferente por exemplo você não vai a júri popular se você não tiver um caso de homicídio né então a gente não t como adaptar mas eu acho
que mesmo assim Acho que as pessoas captam assim o que é muito legal que a construção né Debora do jeito que você faz assim bem eu sou seu fã ten ten que assumidamente porque é impressionante como é que você tá aqui nesse palco sagrado como é que você é muitas num peça só como é que você tem um lado de humor que você entretém as pessoas com humor com essa brincadeira da competição né do da menina da da da escola particular do outro lado das brinc ela a uma asesso tinham e você talvez não soubessem
que elas tivesse essa dor é ela vê na própria ela sente ali né na na própria pele ali o que que acontece e ah Realmente é muito é muito forte assim quando você tá no palco dizendo uma coisa que que te toca também né Assim que você fala e você entende identificação grande também das pessoas que assistem assim é uma peça que acho que tem que ser assistida tanto por mulheres assim e muito por homens e a gente tá tendo esse público também né Porque é importante trazer os homens também para essa discussão acho que
é í eu acho muito legal que as pessoas saem falando depois da peça Porque tem uma coisa que a peça trá também é incrível como esse esse tema pega outros países né parece que ela tá escrevendo pro Brasil né ass sendo montado em vários países em vários países né porque tem uma coisa assim Ah então é o mesmo argumento da advogada né bem mas ela quis sair com ele ele ela o levou pra casa dele né Então aí depois ela diz que não queria como se uma mulher ao sair com um homem e até ao
ter ficado uma vez com ele não Ten o direito de Depois de dizer não né é uma sociedade que sempre culpabiliza a mulher né assim só que eu sinto as mãos e as pernas del dentro de um de um julgamento a mulher que é vítima ela acaba eh sendo sendo julgada Isso é que é o mais eh aterrorizante assim né além dela ter que passar por tudo de novo ter que falar reviver todas as experiências ali todas as emoções dizer aquelas coisas ela tá sendo julgada ali ela ela é vítima mas ela que tá sendo
julgada é muito impressionante né então acho que isso é por conta desse sistema jurídico que realmente foi durante né foi criado definido por homens claro nós temos mulheres maravilhosas que conseguem criar leis e que tão à frente de várias questões Mas ainda tem muito para para mudar né uma maneira muito muito masculina mesmo de se ver esse processo jurídico assim e é interessante Débora que que no texto né é parece ter uma coisa didática mas não é porque você você vai entendendo o o caminhar mas aí é é a sua grandeza de atriz e a
direção tal que consegue dar essa as quebras você praticamente explica a legislação explica o sofrimento das mulheres mas sem parecer uma coisa pesada né É E ele eu acho até que esse didatismo do texto Ele é super importante mesmo assim tanto o jurídico né O juridique Ali do texto para você entender porque eu acho que uma pessoa que não que não é da área interessante também para ela entender como funciona esse mundo e tanto o didatismo relacionado à agressão sexual também acho que é importante assim que ela ele exista mas acho que é isso né
acho que conduzi também esse texto de uma forma e o texto também ele é brilhante nesse sentido ele ele é didático mas ele é ao mesmo tempo ele é tão eh voltado pro Teatro assim né ele é tão eu acho ele tão perfeito assim dramaturgicamente que eu acho que as pessoas e não sentem isso né Elas se envolvem muito com a história e e também essa dificuldade assim que a gente tinha o medo de às vezes cair em certos clichês eu acho que a Iara conseguiu conduzir isso de uma forma maravilhosa uma coisa que eu
acho instigante também interessante assim são os momentos em que você assume para você na personagem que talvez você estivesse errada Será Que Será que ele colocou a mão em mim mesmo Será que porque ele dá uma outra versão Geralmente as pessoas né que são acusadas né de um de um crime sexual de um outro crime tem um advogado que vai ajudar consir uma versão e ele dá uma versão que era meio impossível como é que ele vai segurar as duas mãos e ao mesmo tempo a sua boca é tão interessante isso porque é muito comum
né quando você estuda o tema da violência contra a mulher as pessoas vão dizendo outras coisas às vezes até violência dentro de casa né quando alguém da família né fala assim você vai destruir a família toda você vai acabar é assim é horrível realmente é a gente foi mundo nos ensinou assim a da gente se duvidar da gente mesma desde que a gente é criança assim Então realmente é dif é não é é é gravíssimo né e e a nesse caso a personagem por mais que ela tenha dúvida ela conhece o sistema jurídico ela já
viu mulheres nessa situação e ela é muito corajosa e ela vai lá e não tem dúvidas agora quantas mulheres né não acontece isso dentro das próprias casas com seus maridos né Inclusive a personagem fala assim do sexo não consensual num casamento antes há muito pouco tempo não era V como est quantas mulheres é exatamente quantas mulheres não foram agredidas sexualmente por por namorados Em relacionamentos e que deixaram passar mesmo porque achavam que tinham que tá ali disponível para aqueles homens assim então acho que é um uma peça que ajuda também a gente a a enxergar
né certas coisas até que já passaram acho que a gente tem uma uma geração hoje que tá muito mais atenta mas mas até a a minha própria assim às vezes eu olho para trás e a gente vê quantas coisas a gente Deixou passar né e e é importante né a gente falar a legislação ela deu Passos essenciais né ela melhorou muito no mundo todo quer dizer no mundo democrático todo né Tem tem muitos países teocráticos ainda que piorou a situação da mulher certeza né a mulher não pode olhar para um homem de uma de uma
casta a mulher não pode não sei o qu mas assim nas nossas legislações isso vem melhorando Só que ainda Às vezes a lei muda e a cultura não muda né é você tem aquela coisa enraizada ali é como que a mulher né dizendo pra filha é assim né eu também passei por isso a minha mãe passou por isso a minha avó passou por isso quando ele fica velho ele para de fazer isso né é eu acho que isso deve gerar dúvida na plateia também né assim Acho que tem devem ter mulheres e homens que ficam
em dúvida assim Isso é que é interessante né do teatro a gente poder levar essas discussões depois para os outros ambientes assim as pessoas assistirem a peça pensando a gente tá aqui aqui nesse terceiro sinal com essa atriz maravilhosa que a Débora fala bela a gente dá um intervalinho e já [Música] volta estamos de volta aqui na TV Cultura para todo o Brasil hoje falando com a Débora Falabela dessa peça incrível de uma performance incrível de verdade é impressionante eu já já te vi em vários papéis né mas você consegue ser completamente diferente no uma
peça de outra peça assim isso é riqueza né da menina que saiu lá de Belo Horizonte da mineira que foi conquistando o Brasil né com com um jeito tão especial agora eu queria te perguntar o seguinte essa peça especificamente que você faz uma advogada fala né do Poder Judiciário Até entrar no tema da violência sexual do estupro como é que você se prepara assim você pega o texto e a partir disso O que que você faz então é muito assim acho que é interessante falar que eu nunca tinha feo feito um solo né eu tinha
muito medo assim desse fantasma de estar sozinha e na verdade não isso não é real né assim a gente tem primeiro lá desde o início assim eh eu acho que a preparação Claro que ela tem um momento muito individual que eu tô ali com texto eu vou ter que decorar aquilo ali não vai ter ninguém para para contracenar comigo então não vou ter deixa mas nesse sentido talvez nesse sentido sim mas depois quando você entra pra sala de ensaio quando você tem uma equipe que tá junto com você e que tá ali desenvolvendo todo aquele
projeto né assim a Iara chamou uma equipe de direção de produção assim muito presente e muito era um ambiente muito seguro também para falar sobre esse assunto para poder também ensaiar para poder colocar para fora também ali todos os né Acho que tem momentos ali catárticos na sala de ensaio que só mesmo tendo um ambiente muito seguro e que a gente consegue chegar para depois chegar no que é a peça Então acho que aara junto com com essas pessoas ali naquele trabalho Inicial Depois com toda a equipe que foi chegando também e foi contribuindo para
que esse espetáculo né fosse então é é não é uma preparação sozinha né uma preparação que que vem com todo mundo junto assim e depois no próprio teatro né você falou assim ah vou est sozinha mas assim Tem uma galera que atrás né a gente tem uma turma que faz tudo junto assim né tem né as pessoas que tão envolvidas na peça Ricard do Vitor que tá no som que tem que tá entrar ao mesmo tempo com uma deixa eh os meninos que entram né a contrarregras dela de de eu ficar sozinha e na verdade
não é ainda bem a gente ainda tem uma roda faz roda com um monte de gente aqui então isso que é muito interessante Então essa preparação ela é construída aos poucos e junto com as outras pessoas que fazem parte desse processo né mas é você consegue assim quando você vai pensar né vou fazer uma advogada você pesquisa uma outra advogada a gente teve Assessoria com assessoria jurídica da Lu Gomes que é uma defensora pública e ela ah ela a gente conversou um pouco com ela a gente teve uma conversa com Andreia Pachá também para entender
certas questões eh e pesquisamos ali algumas advogadas também histórias mas é eu acho que são profissões tem um lado muito parecido né que é o lado da atuação realmente direito penal não e é quando você Entra naquele tribunal você tá atuando é muito louco o Dire o direito penal né no caso do Júri brasileiro júri popular você fica ali Du horas fala o promotor duas horas fala o advogado uma hora o promotor umaora o advogado e Diferentemente né do Quando você vai convencer o juiz né nas causas cíveis e nas outras causas penais no juro
especificamente não é o juiz Se Tem que convencer são aqui sete né nos Estados Unidos 12 mas aqui são sete pessoas que são pessoas leigas que vão olhar e vão assim será que ela tá falando verdade será que não sei o queê a peça atrás também né Como que você chega a uma verdade né que que é a verdade é Ela traz isso e e traz personagens que questionam isso personagens que não são né assim que a Tessa conta assim é próprio caso da da estagiária que não deu conta também da própria Mia que largou
o direito foi estudar teatro né da personagem que é amiga dela então é interessante também perceber esses personagens que não dão conta ali daquela não é isso que eu quero para mim né ô Débora tem um momento ali na peça que você fala a reitora que fala de uma pessoa do lado outra e e um não e não não vai continuar né faz uma E aí no final volta isso você pegando a estatítica da estatística das mulheres que são violentadas né E aí eh isso está no texto ou foi da adaptação isso é tão legal
tá no texto a gente acho que a gente quase assim claro que algumas coisinhas a gente mexeu Mas a gente não mudou nada assim é é bem eh o texto tá ali inteiro assim e essa sua mudança total na peça Quando você vai pra frente aquele momento de dor maior você tava contando explicando de um lado do outro numa velocidade de voz um tipo de voz Aí você isso é acdo por você pela Iara eu e Iara a gente trabalha há muito tempo juntas né então a gente tem uma química forte eh tanto contracenando quanto
ela me dirigindo assim ela já me Dirigiu em vários espetáculos Então ela me conhece muito então ela também eh sabe conduzir me dirigir muito bem Eu amo ser dirigida assim pede para eu fazer umas coisas eu prefiro não me dirige me fala exatamente que eu tenho ela falava não esse espetáculo é seu você também tem que ter muita propriedade em relação a ele é muito bonito ver assim como que ela foi construindo assim porque eu mesma não tinha noção eu ia deixando ela me conduzir adoro ser dirigida né mas ao mesmo tempo ela me dava
muito muita liberdade falava esse texto tem que ser seu você tem que tá muito apropriada dele e aí essas diferenças né Essa ess essas vozes diferentes que o tex vai né Vai dando ali mim como atriz uma construção m tem que ser muito boa PR fazer isso a diretora pode dar diretora tem que saber conduzir a falo esse projeto Eu não conseguiria fazer com ninguém se não fosse com ela assim é muito boa né incrível grande parceir assim mesmo de e o cenário cenário do André CZ que também é um parceiro de anos nosso assim
né da ara meu do grupo três quando a gente fazia os cenários acho que quase todos acho que quase todos os cenários do grupo três foi o André que fez e também é lindo porque eu acho que nunca eu nunca tinha ficado tão próximo assim de uma eh ah dessa criação da direção junto com né com o cenógrafo com porque como eu tava ali também muito sozinha era tudo muito junto então eu fui vendo assim as ideias vinha uma ideia ela não não dava e vim uma outra e depois vê assim como ficou tudo tão
eh como cobe tudo assim né Muito legal é muito lindo né Aliás a gente tem uma equipe de sonhos assim morres a trilha maravilhosa o Wagner Antonio Wagner eu nunca tinha trabalhado trabalhando na primeira vez eh o Fabinho na matam realmente é uma equipe de criação assim muito muito legal assim de falar uma palavr muito é mesmo porque pode falar porque é muito eles são incríveis assim né e e interessante porque são homens Mas homens que a gente também tá trazendo para essa questão assim né homens parceiros e que estão abertos a a ah tá
junto nesse texto né que é tão importante para que eles também escutem que achei uma coisa muito legal é que o cenário sozinho conta uma história né quando quando você olha a hierarquia das cadeiras da maneira como que elas são colocadas essa coisa lá em cima tal ttem né É É um tótem assim a justiça dizendo eu que mando eu que sei é o que importa é o que tá na lei né a verdade da Lei como é que ela se desenvolve o figurino também conta uma história né quer dizer ela vestida de uma maneira
de repente ela tá sedutora de uma outra maneira o brincar do tirar e colocar as roupas para desenvolver isso é tão bacana é isso que você falou né A beleza do teatro independentemente de ser monólogo duas qu 5 10 pessoas ou musical imenso é uma é uma parceria uma coletiva né É É isso que deixa tudo muito lindo assim e como que isso tem que ser orquestrado também para uma coisa não sobressair a outra sabe então eh eu sou doida para assistir né fou quero filmar para poder ver porque eu não consigo você vai gostar
que eu quero ver isso né assim a montagem a luz é isso que às vezes eu não tenho noção eu tenho noção fazendo mas tem coisas que eu não vejo e eu sei como é é lindo assim vez de Fora Muito bem quero te agradecer por esse batepapo dizer que é um prazer est aqui com você o bem que você faz pro pra arte né seja na tela seja no palco maneira com que você inteira naquilo que você faz e é uma Peça imperdível assim Obrigada pras pessoas verem uma grande atriz mas pensarem num grande
tema né saírem aqui remexendo Meu Deus será que a gente consegue melhorar a sociedade Será que algum dia a gente vai perceber né que a gente consiga né com a arte então Então tomara Obrigado Débora semana que vem tem mais Arena dos saberes tem mais terceiro [Aplausos] [Música] sinal la