o programa anterior contou que um Brasil Alfabetizado era um dos ideais do Partido Republicano Você se lembra brasileiros agora vai alfabetizar ou alfabetizar na primeira república a alfabetização das crianças foi o alvo dos entusiastas pela educação o estado de São Paulo criou o grupo escolar e a escola normal de professores o resto do país seguiu o modelo de São Paulo esse esforço pela alfabetização tinha um interesse maior o educador Jorge Nagle disse isso em nosso encontro anterior o voto e a educação política era muito mais importante do que a a eventual reforma apenas escolar Porque
é ela que permitia uma grande camada da população de participar do voto de ter representação e portanto mudar a ordem social vigente e com combate à oligarquias etc então começou uma luta de natureza política que teve uma repercussão muito grande na educação quer dizer temos que disseminar o ensino primário no Brasil todo para que com essa disseminação as pessoas deixem de ser analfabetas e deixando de ser analfabetas eles possam votar é pelo voto que nós podemos transformar a educação e o voto só pode ser transformado Se as pessoas se alfabetizarem sem educação não há o
voto não há uma escolha acertada e não há democracia tem mais consciência sabe direito votar a capacidade a partir do do grau de educação que você tiver de discernir né a gente pode voltar melhor nos candidatos que preenche mais a necessidade da cidade ele vai voltar não tem consciência do que ele tá voltando que a educação faz com que a pessoa conheça os seus direitos deveria desenvolver a cidadania no cidadão pessoa ignorante que tá isolada do mundo ou do conhecimento não tem capacidade de escolher a voz do povo hoje é como a voz dos republicanos
na primeira república na época havia um detalhe fundamental para educação fazer parte da agenda política 85% da população brasileira era analfabeta e por isso impedida de votar o voto na primeira república no império o critério para alguém votar ou ser votado era ter mais de 25 anos e dinheiro no bolso era o chamado voto censitário sobre o eleitor ser ou não Alfabetizado a lei de Então nada dizia na prática os analfabetos poderiam votar foi assim até 1881 quando a proibição foi explicitada por lei quem não sabia ler e escrever não podia mais votar na República
o voto deixou de ser sem citar e a idade mínima para ser eleitor baixou para 21 anos o voto do analfabeto continuou proibido alfabetizar o povo vai ser fundamental para essa participação política no regime republicano Rosa Fátima de Souza pesquisa a educação pública Neste período ela é docente da Faculdade de Ciências e Letras da Unesp de Araraquara Rosa Fátima escreveu templos de civilização a implantação da escola primária graduada no Estado de São Paulo os republicanos tinham um extremo valor deram um extremo valor a educação no final do século X isso porque para eles a educação
tinha uma função social e política muito definida né eles queriam viam na escola primária a possibilidade de mudar a sociedade brasileira viam também a possibilidade de uma mudança social mas também uma possibilidade de reformar os costumes moralizar disciplinar educar as camadas populares em 1894 quando foi eleito presidente o paulista Prudente de Moraes 331.000 eleitores votaram 6% da população de 14 milhões de brasileiros Este número é uma estimativa do Tribunal Superior Eleitoral estava excluído da participação política a maior parte da população brasileira e a preferência dos republicanos vai ser pelas crianças alfabetizar as crianças né porque
poderiam ter escolhido a alfabetização de adultos né mas eles vão dar uma uma importância fundamental a essa nova geração que poderia e estar imbuída dos valores republicanos também e fundar o novo regime político Então como é que se pode mudar a situação brasileira sem que haja analfabeto e portanto ele fique proibido de votar como é que fica a representação brasileira controlada pela chamadas mesas eleitorais que gente morta votava se assinava de quem não estava presente é chamado bico de pena e assim por diante Nagle Está se referindo a uma prática comum durante as eleições na
primeira república o voto importante lembrar um voto descoberto o voto não era o voto secreto você tinha de votar na frente do mesário Desta forma a maior parte da população viha no campo então você tem o controle do voto do coronel né porque eraa quase que impossível alguém querer votar no candidado de oposição ao coronel quando ele controlava a mesa eleitoral nas pequenas cidades do interior nas grandes cidades e Eram poucas no Brasil à época é que você tem condições de votar na oposição de você chegar e escolher o candidado e oposição e quando a
oposição conseguir romper essa barreira a ata ia para o Rio de Janeiro capital Federal e ali havia uma comissão de verificação de poderes que ia dizer se a eleição tinha sido legal ou não se o candidato da oposição foi eleito e não interessava a ao potentado que ele tivesse sido eleito o que acontecia é que esse Coronel ele acabava eh pressionando a comissão de verificação dos poderes e que considerava a eleição ilegal ele era Portanto o candidado da oposição degolado era a expressão que se usava é quando você era eleito mas a ata não era
reconhecida no Rio de Janeiro então muitas eleições para deputado federal proc Senador elas eram anuladas o candidato vencedor era degolado e o candidado da da situação eh acabava sendo eleito dessa forma a Senador e deputado federal as caricaturas políticas da época satirizam o processo eleitoral esta aqui publicada na revista careta mostra o voto de cabresto na maioria das vezes o eleitor nem sabia em quem estava votando esta outra publicada na mesma revista se refere à fraude na eleição presidencial de 1919 entre Rui Barbosa e Epitácio Pessoa na hora da apuração o senador do Mato Grosso
Antônio Azeredo presidente da Câmara retira um voto escrito Rui e diz em voz alta Epitácio Pessoa aqui em São Paulo eu tive um relato outro dia sobre o final dos anos 20 como era eleição numa cidade do interior o Paulo Duarte e um senhor chamado João Sampaio João Sampaio é o pai do plin de ruda sampai eles eram do pd do partido democrático os dois foram como fiscais de uma eleição no interior chegaram no dia anterior se hospedaram numa pensão o dono da pensão perguntou quem eles eram nós somos fiscais do pd do partido democrático
vai ter eleições Amanhã eles iam se hospedar antes tinha vaga quando eles falaram que eram fiscais da oposição do pd o dono da pensão já falou assim espera um pouquinho eu não sei se tem lugar tal foi consultar o coronel da cidade o Coronel falou não pode pode deixar os pedalos inclusive o Coronel foi lá no hotel falou ah senhores vieram fiscalizar as eleições viemos não tem problema amanhã as eleições em tal horário na hora da eleição Eles foram lá só que os as pessoas ficavam em fila iam votando e lá antes de quando entravam
na fila recebiam um papel um papel por parte do capanga no Coronel em que eles deviam votar Iam até a mesa e votavam no candidato do coronel chegou no aeroporte próximo ao meio-dia o Coronel olhou a lista dos votantes falou olha o professor não votou como todo mundo votou menos o professor foram na casa do professor um carro o professor avisou que tava doente aí o Coronel falou ele não não pode votar Não ele está doente Avise para ele disse o coronel que eu quero que ele vote já 10 minutos depois chega o professor aquele
que estava doente com cachecol com ar que estava gripado tal aí o João Sampaio o Paulo Duarte estava com a cédula do pd e o capanga do coronel ali quando ele eles estenderam a cédula pro professor O professor falou assim se eu fosse um homem livre eu pegava a cédula dos Senhores e votaria no candidato dos senhor mas eu não sou homem livre pegou a sedor do candidado coronel foi lá e