da invisibilidade à cidadania: os caminhos da pessoa com deficiência

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Sisley Alves
Documentário Completo sobre a inclusão da pessoa com deficiência na sociedadde.
Video Transcript:
i e ii tem deficiência de fato não é melhor coisa do mundo mas também não é a pior desde que a gente tenha algumas situações que facilitem a vida de quem tem deficiência a deficiência está na jante empresa essência o descenso está ela a sociedade está nos equipamentos públicos nessa gente até entende que vista a falta de informação e que num primeiro momento há um impacto a uma estranheza né agora é só com 21 achar que vai pegar com nojo quando eu sei o que eu acho que deficiência física têm outras complicações e aí tem
aquelas conclusões achar que é doente é coitadinho isso indico absurdo ainda as pessoas pensarem dessa forma tab barra chega eu trabalho com deficientes não é e vende kan e wen indicando por eles nem lutando por eles mas é com eles né e essa presença eu acho fundamental e acho importante porque não é só porque não sou deficiente físico que não têm outras deficiências na ciência sempre dois então foi uma época que assim se conhecia muito pouco das doenças neuromusculares né e eu fui diagnosticada como um portadora de distrofia muscular é uma doença que hoje em
dia se sabe é que a forma das formas mais graves que é o tipo do shane só só acontece em meninos e mas eu tive esse diagnóstico pela desinformação da época né o médico disse que não havia muita coisa a fazer pra minha mãe que eu teria uma sobrevida curta os médicos da época não tinham o menor jeito de lidar com os pais então quando surge uma criança que de repente população a criança com síndrome de down de umas características físicas né depende a mãe de acabar da luz chegavam e vermelha olha já tem uma
filha e toda mongolóide toda toda tortinha que não vai dar nada mas é um vegetal antes o conceito de reabilitação é puramente médico la hora que você passava por uma cadeira de rodas ou muletas tal que da volta que não tinha tal reabilitado e não é bem assim porque é uma pessoa que ela fica deficiente ou mesmo deficiência congênita chega um determinado momento que a pessoa tem um trauma ali porque agora o que fazer né e essa questão psicossocial não era considerada eu tive uma época 1977 por aí eu estava meio em querendo entrar em
depressão porque eu tava vendo assim tava muito presa pela família eles não queriam que eu fizesse nada eu ouvia muito assim as coisas do mundo não são pra você falar árabe que se dá através da convivência do idoso através da copa da ásia de cada banda vai ajudar a abrir mas não me lembro que quando o carro nasceu e com problemas quando eu vi que eu estava tão abandonada porque minha família inteira é lógico que se afastou que acontece naquela época de hoje momento não ia visitá não se for nasceu em casa no meu ricardo
maria melo claude não vou nem lá porque nos aflige vamos ficar aflito não vamos lá quer dizer quando a família precisa de apoio àquela família sumia ainda hoje a maioria das pessoas com deficiência está ou trancada nas próprias casas ou internada em instituições a maioria porque a sociedade ela preferiria por exemplo pagar uma ajuda social pessoa ficar em casa do que dar condições a ela em bela se formar profissionalmente trabalhar e gerar riqueza e contribuir com a previdência isso interessa a gente paga pra você ficar em casa é essa a concepção dessa série que a
gente está tentando mudar ela não mudou totalmente as pessoas têm que entender que não tem que formalizar o deficiente um cego é cego ou surdo é surdo o que não andou que amputar deputado então não tem que normalizar o deficiente mas tem que entender que a deficiência dele não pode ser é é a limitação para a vida dele e aí ouvi muita coisa assim na época de 1978 você está ocupando o lugar de um pai de família onde está a sua família que não cuida de você que não tinha sustenta outra coisa se você quer
trabalhar você tá achando que tem obstáculo tem degrau se vira nenhum país é suficientemente rico para não aceitar a mão de obra da pessoa deficiente não tem deficiência visual é é algum algum resíduo visual um pouco na e gabriel leão em letras ampliadas mas eu fui alfabetizada pelo método braille de janeiro 73 anos estava na piscina brincando eu dou um mergulho e bater o rosto um amigo meu dentro d'água e aí compressor comprimiu as vértebras c6 e c7 e eu tenho também uma calcificação óssea congênita que é o motivo de eu estar numa cadeira de
rodas por muitas fraturas principalmente de fêmur então eu uso a cadeira de rodas desde 90 93 antes eu andava mandava na economia mas a bala eu não sei como é domingo sério no momento em que muito pouca gente sabia o que era essa essa deficiência congênita é meus pais não sabiam ninguém sabia e todo mundo ficou muito surpreso e eu cresci num momento de invasão de um segurança com algumas coisas eu fui andar com quatro anos de idade pela primeira vez com um aparelho ortopédico e da minha adolescência é eu tinha muita dúvida a respeito
de que de como seria minha vida e também à pessoa com deficiência através de uma cirurgia mal sucedida em setembro de 1976 e foi internada num centro de reabilitação da br em fevereiro de 1977 história se confunde com a história de dezenas centenas milhares de brasileiros meninos e meninas jovens homens e mulheres brancos e negros que por alguma razão durante a sua vida uht nasceram ou ficaram com algum tipo de deficiência a minha história não é diferente ela se confunde com a história dos demais eu fiquei paraplégico aos 19 anos num acidente de automóvel isso
foi em 1974 e 1984 não tinha nada pensado para a questão das pessoas com deficiência nada era nada pessoa com deficiência naquela época não tinha o que fazer para de cabeça ficava quase que praticamente assim marginalizado e aí eu não conseguir code e as escolas públicas municipal e estadual nem quintal e atenderá cresça defendeu a gente quase na porta da escola ok não têm trocado ele não era mais do negócio as coisas corriam tão devagar existiam tantas barreiras porque não não são só as barreiras é físicas as atitude nice são as piores né então a
rejeição é grande porque eu vou gastar muito porque como eu vou arrebentar as paredes para fazer um acesso vai ser custoso eu eu ter um deficiente aqui porque eu vou mudar o banheiro eu nunca estudei numa escola que eu pudesse utilizar o banheiro eu nunca tive um banheiro acessível e assim ficar em casa sem fazer nada eu me senti inútil eu acho que a cidade é construída não pra toda a população é é é construída para aqueles que têm habilidade e se locomover tanto é que a própria pessoa que projeta participar da construção da cidade
ela não pensa quando ela disse que a idosa que ela não vai poder usar aquilo que ela própria projetou lógico eu não vou dizer pra você a o deficiente é santo não eu sou um ser humano eu amo eu dei com qualquer um eu sou sempre um ser humano que tem uma deficiência eu não sou melhor nem pior que ninguém aí fui uma vez no programa da hebe ea hebe já faleceu uma grande pessoa no brasil aí não é apresentador e ela me perguntou vivo então me sinto no direito de poder falar pra vocês ela
fosse célia mas você não anda não é você faz sexo assim ela era desbocada é legal aí eu preferia hleb é deixá-lo aconteceu no ano é verdade a perna não mexe né mas quando faz sexo a primeira coisa que põem de lado nas suas pernas então é fácil ver só o botão do lado né então coisas assim que a gente brinca muito mas é porque as pessoas não têm essa idéia tudo o que daí você tem que ter alguém que ajude alguém é o teu parceiro né e dá jeito é fácil fazer eu nasci em
seus braços e as pernas e foi aquele drama todos o que é que foi o que depois de verificar o que era talidomida eu passei a minha infância a minha mãe foi uma mulher que o incentivo que que assim foi por ela que eu me desenvolvi porque ela acreditou mandou arrancar meus pés porque queria me protegi zara ninguém acreditava aí me colocou dentro de uma instituição eu fiz a reabilitação toda minha infância estudar e tal saí de lá comecei a freqüentar a escola normal aí sim começa você começa a ver como é que o mundo
aí começaram os preconceitos aquela coisa não pode ser daqui no seu que aqui não tem acessibilidade mas fui ela sempre a gente sempre brigando e batalhando pra lá que eu me formar se e quando eu fui fazer o vestibular na puc aconteceu um episódio muito marcante havia 11 um jovem com deficiência tinha paralisia cerebral e ele não podia escrever não tinha coordenação motora para escrever alfabetizado e tudo mais e claro tinha feito estudado né estava prestando vestibular ea prova de redação é da se você tirar fizer é você é excluído do do vestibular ele havia
conseguido da organização do vestibular que alguém as provas de múltipla escolha é que ele iria qual era a alternativa e uma pessoa designada pelo tema os organizadores do exame faria o que cava lá pra ele né a resposta correta quando chegou a prova de redação ele solicitou um monitor que o que ele pudesse digitar a prova na guitarra redação tal alguém deve escrever pra eles não não permitiram que outra pessoa escrevesse para ele a redação ele dizia não mas eu eu vou eu vi que a pessoa escreve não mas aí como é que a gente
vai saber se você está escrevendo corretamente a palavra não mas eu sou elétron mas não teve jeito eu e ali na verdade ficamos assim com formadas indignados com essa situação porque ele ia perdeu estimular só por conta desse absurdo a conclusão é claro não passou no vestibular é porque sem a redação ele não consegue isso marcou muito a minha questão como minha relação com a questão da decência porque assim antes era um problema eminentemente pessoal nessa era eu só e quando eu pude conhecer outras pessoas e entender essa situação social mais ampla não é a
questão da deficiência tomou uma dimensão coletiva e principalmente política é nós só vivemos um período de redemocratização de muitas discussões e até de mobilização da sociedade essa questão da deficiência começou a despertar muito interesse pina época que começaram até discutir o que fazer não se tinha nada praticamente aquela época e só via deficiente nas esquinas a ou vendendo no los ei no então pedinte né porque senão vira praticamente pessoa com deficiência exercendo uma atividade que é trabalho mesmo outra atividade muito raro e nessa época o que estava acontecendo na no clima político do brasil havia
toda uma movimentação com relação à resistência à ditadura tá certo uma série de golfe links e organizando e não só ela foi dita dura mas vários várias melhorias de que é trabalho mesmo outra atividade muito raro e nessa época o que estava acontecendo na no clima político do brasil né havia toda uma movimentação com relação à resistência à ditadura tá certo uma série de envolvimentos eu derivando e não só em relação à ditadura mas vários várias melhorias sociais estavam se organizando também e aí começamos a questionar a legislação que não tinha nenhum e começamos ter
uma atuação bastante grande entramos em contato com os tv globo a gente queria acompanhar de perto como seria como ela ia abraçar essa campanha queremos acompanhar os filmes para que não fosse os filmes apelativos para passar uma outra visão para eles que até aquele momento a única coisa que se fala da pessoa com deficiência era o pessoal assim da acb o pessoal a apae apae de são paulo foi fundada em 1960 na puc de são paulo na rua monte alegre em perdizes eu não tinha noção de que havia um movimento de sentido mas um dia
além do jornal a gazeta eu vivi lá é com blocos de pais de crianças mentais que a simples e deseja para ir em acapulco e joão paulo a monte alegre pa hora assim assim e tal dia a reunir se com outros pais de formar uma associação como existe no rio de janeiro e aí um congresso na qual a jovem como vamos fazer reuniões e com isso surgiu a idéia então de formarmos apae que logo tiveram de muito apoio da da própria o que né da sociedade da clínica psicológica que havia ali um clube de amigos
das pessoas com deficiência da abbr e isso foi um trabalho bastante interessante e me deu oportunidade de primeiro fazer alguma coisa além de estar disso fazendo o processo de reabilitação é de conhecer muito mais pessoas e conhecer principalmente aqueles que já estavam com deficiência mais tempo e que já estava inclusive fora do centro de reabilitação vivendo vidas extramuros que o que naquela ocasião parecia impossível então foi uma experiência muito interessante e ao mesmo tempo eu vi nascer a primeira grande associação fora da do seu de habitação que foi justamente a associação dos deficientes físicos do
do rio de janeiro eu falei que quer saber eu vou atrás dos meus direitos e aí fui bater um anúncio no jornal isso tudo ligando pra jornal ou chorando com tanta história e mandando documentação que comprovava tudo olha de graça foi de graça porque eu não tenho como pagar e daí outras pessoas também que estavam na mesma situação da talidomida não me procurou e aí bom vamos brigar então vamos brigar fomos atrás do senador na época e sentamos e aí depois vai daqui pressiona de lada que não sai ninguém me tira enquanto eles não resolverem
nossa situação e aí a associação nessa seção brasileira da síndrome da talidomida começou a brigar por todas as outras coisas educação transporte lazer isso é uma luta diária é uma luta sim se você sai haia que não tem banheiro poxa vida do seu carro você tem que falar aí você vai pra rua é espero que para natal vaga de deficiente então uma briga diária de conscientização de que o planeta tem que mudar as pessoas não faz para o outro você não gostaria que fizesse pra você até que um dia entrou na minha vida a fraternidade
fc de fraternidade cristã de pessoa ter feito a primeira reivindicação das pessoas com deficiência onde qualquer pessoa né onde nós seria o trabalho a casa alimentação sei lá né a escola dos filhos a gente sempre vai pelo material nem a necessidade imediata primeira e o nosso movimento fraternidade cristã de pessoas com deficiência a reivindicação era mais no sentido de fazer a cabeça trabalhar com a concepção da pessoa concepção de pessoa a missão que a pessoa tem apesar da dificuldade que possa viver eu comecei a família a minha vontade a minha necessidade de fazer cidade do
outro porque entendeu que passou da hora não era hora mas passou da hora de nós resgatamos a dignidade das pessoas e como é que você resgata dignidade para um ser humano por uma pessoa humana você resgata dignidade dando a elas oportunidades iguais dando dizendo a ela você é gente como todo mundo é você tem direito como todo mundo você pode ser feliz como todo mundo ou todos os tempos o direito de ser felizes eu quero andar de olho no sozinho num shopping nosso cinema então tem que ler mão uma tromba de rede coletora e seu
carro agarrou nunca fiquei feliz né e aí decidimos criar uma associação a associação de integração dos deficientes haidê e foi uma das primeiras associações assim integrava todo tipo de deficiência onze pessoas nós fundamos a dela a associação de deficientes visuais e amigos ea nossa idéia era principalmente a inserir o deficiente visual na sociedade mas principalmente através de uma capacitação profissional a gente achava que era através de cd trabalhando ele conseguiria ser um cidadão completo eu fui aprendendo a andar sozinha com a bengala aprender braille e me virar não é como cega a pessoa como se
imagina a cerda era cidade era fazer mais nada ela acha que ela vai poderei tomar banho sozinha vai pentear o cabelo da pessoa o visual e felizmente as pessoas têm tem a idéia de que o visual é tudo uma coisa que marcou muito foi um amigo meu que é cego e um dinheirinho foi marcado encontro com ele aqui em são paulo eu falei tá bom então me falam de você quer encontrar nevão marcão local ensinar uma quadra com qualquer canto e livro me fez assim célia qualquer lugar que você que se conhece a freqüência um
pouco qualquer lugar que você queira - na esquina não é que ele falou isso nem falo isso mas falta um marco tão inteligente porque numa esquina não comprometendo com isso que quanto à esquina e você já viu cego na esquina no semáforo o bicho para não chamar pode esperar abrir o semáforo havia alguém no teu braço e agarrou o braço ea cabeça de boi do lado da rua quando chega o outro lado que nem se eu cheguei direito não dá um minuto o semáforo fecha outra vez você rodou com a bengala e deu uma paradinha
e vem alguém que atravessa o outro lado se você demorar dez minutos ela eu voltar dessa tanto que não sei onde o trânsito na esquina eu não fico meu trabalho nessa área a minha vivência nessa área da pessoa com deficiência começa ainda no último ano da faculdade 1972 quando eu tive a oportunidade de fazer um estágio católico para a conclusão do curso este estágio foi feito no crp centro de readaptação de piracicaba foi ali que eu tomei é eu sempre digo que foi meu primeiro contato com pessoas com deficiência então nessa época do movimento quando
comecei a participar 79 já maria de lourdes guarda oito minutos andré pinto de melo neto o ribeiro do nascimento eduardo enfim é a maioria de russos então é quem essa liderança uma pessoa extremamente doce né mas muito forte é muito forte ela ficou deficiente tinha 20 e poucos anos por causa de um erro médico né ela não podia se locomover nem na cadeira de rodas porque não podia sentar lá não tinha os ossos da bacia então ficava na maca e ela ficou a vida toda mais de 50 anos deitado em berço esplêndido é como a
gente falava mesmo sentar mesmo sem andar aludida revolucionou o brasil no mundo halo desvalorizou as pessoas com deficiência alunos buscou na sociedade empresários igreja padre pastor é todo mundo falou vocês têm que ajudar esta causa um deficiente cadeirantes apresentou no metrô em 78 e é e quando se aproximou da catraca o segurança se aproximou dele e falou olha não dá pra você passar e ele então alguns deficientes têm essa situação usa cadeira de rodas mas pode dar dois ou três passos o segurança meio que perdeu a paciência com nervoso sei lá e falou isso aqui
não é planejado não está percebendo não aí ele tá bom sentou-se foi na nossa reunião para olha que no metrô o metrô falou que não era planejado então como é que a gente faz marcamos um dia uma hora e fomos mais de 150 pessoas para o metrô deficiente de todos os tipos cadeirante bengala muleta cama lourdes foi deitada na cama de uma confusão do primeiro grau né e aí parou tudo para o metrô parou aquela confusão toda e abrimos aí um processo contra o metrô é e ganhamos esse processo dez anos depois onde obrigou metrô
ou a construir elevadores colocar elevador nas estações novas e funcionários nas estações já construídas que não pudesse adaptação para levar o deficiente em cada rua pé no carro de marca a estação lá na frente que ia de sei lá até alguém também para apanhá lo de um benefício desse que atinge em cheio milhões e atinge milhões de pessoas que nem nunca souberam dessa situação então essas organizações até inspiradas né pelo momento histórico que o país vivia né tela com o movimento de redemocratização a volta dos anistiados isso inspirou né as pessoas com deficiência a começar
um movimento também né então por que não é porque não as pessoas com deficiência também se organizar e foi o que aconteceu foi um movimento espontâneo mesmo e e aí começou realmente um movimento nacional nem aí fomos descobrindo então que havia organizações espalhadas pelo brasil todo né a ideia era resgatar o direito e tal acabou era só isso não tinha outra intenção mas aí você fala assim não pára aí tá tudo errado tenho que brigar por tudo né educação trabalho acessibilidade transporte pará e aí a gente se engajou no movimento e foi em 1979 mais
precisamente em 1980 que nós no brasil todo nos mobilizamos para fazer o primeiro encontro nacional de pessoas com algum tipo de deficiência então tivemos esse encontro em brasília e 1980 e quando chegamos à brasília nós fomos aqui no ônibus que a maria de lourdes guarda é arrumou uma doação então de um ônibus lotado de deficientes e algumas pessoas não deficientes também algumas pessoas viajaram de avião e nós eram mais ou menos umas cinco cadeiras de rodas em um único avião sendo que não havia nenhum esquema de embarque especial ou seja as pessoas têm que ser
carregada estado acima do avião né um risco tornando num sufoco é e os comissários nem um pouco habituados a isso não é que eu era um um deficiente era uma coisa 5 é exorbitante desempenho bom aquele sufoco pra subir todo mundo tal aí todo mundo acomodado nas primeiras poltronas né vira o cam né e fala pro comissário que ele quer ver a cabine né se podia ver cabine do avião eu começar a tudo bem né eu só tô num ano até lá né aí o comissário pegou ele no colo e levou seu acabe pra ele
tá ele tirar foto tá depois que eu cansei tounet aí eu virei pro comissário e falei agora foi o único avião sendo que não havia nenhum esquema de embarque especial ou seja as pessoas têm que ser carregadas escada firma do avião né um risco danado num sufoco e os comissários nem um pouco habituados a isso não é que ele era um um deficiente é uma coisa 5 era exorbitante estava desesperada a igual aquele sufoco pra subir todo mundo tal aí todo mundo afora nas primeiras poltronas né vira o cam né e fala para o comissário
que ele que é ver a cabine né se podia ver cabine do avião eu comecei a tudo bem né eu só ando até lá né aí o comissário pegou ele no colo e levou seu acabe pra ele está ele tirar foto tá depois que kan sentou né aí eu virei pro comissário e falei agora foi o de pessoas dormiam em alojamentos do exército em alguns intenção em casa de amigo o hotel foi uma revolução acho que nunca uma sociedade viu tanta tantas pessoas com algum tipo de deficiência juntas de uma vez só a gente dizia
que aparecer a gente já que mostra a cara tão faber cadeira de roda ou de muleta outro sendo empurrado puxado carregado foi encontro assim muito bom porque ele foi um momento em que a gente vê o que pelo menos no âmbito nacional as pessoas com deficiência pensava a mesma coisa é que elas queriam participar da vida do país foi uma coisa realmente épica né e conseguimos né conseguimos o que fizemos em foi um encontro é onde se discutiu todas as questões relativas às pessoas com deficiência é a gente estava lutando é que a nossa voz
fosse respeitada netão muitas vezes antes do movimento quem falava apenas pessoas com deficiência eram as instituições era uma família e os médicos e os profissionais nem as pessoas nem sempre eram consultadas né então há um movimento tinha muito forte e sabe da necessidade de dar voz às próprias pessoas com deficiência isso ajudou a nós fortalecemos o ano de 1981 que começava logo depois que aliás o ano de 1981 movimento se deu também em função de quem existir na década de 80 um ano separado e preparado para as questões das pessoas com deficiência no mundo todo
o ano internacional das pessoas com deficiência aí nós respiramos profundamente aliviados e felizes resolveu todo o problema da pessoa com deficiência resolveram se todos os problemas obviamente que não e 81 foi no divisor de águas porque entende que ele serviu trabalho de campo em 22 filmes primeiro fazemos um deficiente não tomar consciência de que ela tinha que ser protagonista nas conquistas na luta nessa transformação da sociedade que a gente queria que o segundo objetivo não menos importante a conscientização da população porque a pessoa com deficiência não é da não tem de ser implantado nem com
paternalismo nem ser marginalizada ela tinha que ser integrada na sociedade e aconteceu foi interessante porque separei é você quando você conseguir por exemplo a audiência com um governante né falava olha essas são as nossas reivindicações temos direito a isso tal é falar é puxa vida e concordo plenamente com vocês tudo bem não tem lei não tem legislação não posso fazer eu só posso fazer alguma coisa em função da legislação que de uma forma de concordar mas sim um argumento para não fazer laura e interessante entre o seu então temos que lutar por uma legislação precisávamos
ter uma visão de uma política efetiva que não apenas ou vice mas executasse as afirmações ou as medidas afirmativas que significa sem a garantia para este grupo 81 foi ótimo e conheci dill com a nossa história porque permitiu o o o período intermediário de 81 88 para que a gente se conscientizasse para que a gente se mobilizasse para que na constituinte de 88 a gente tivesse realmente argumentos e um mínimo de lucidez para realmente ter uma participação muito ativa e efetiva como nós tivemos em 88 em 83 foi formada coalizão nacional porque cada área de
deficiência estava organizada nacionalmente e que fazia o seu trabalho específico que ao mesmo tempo que nessa articulação através da coalizão nacional e por isso que se chegou na constituinte e então o que nós fizemos nós fizemos com 111 min mento e abaixo-assinado né pra levar a constituinte as nossas propostas nós entregamos pessoalmente essas nossas reivindicações que exceto duas reivindicações que estavam lá as demais só na constituição de hoje eu acho que uma das principais conquistas nem ea maioria das pessoas com deficiência que você perguntar mas acho que elas vão concordar comigo é é a legislação
principalmente depois da constituinte uma coisa inédita nunca antes tinha acontecido e tudo praticamente tudo o que a gente reivindicou foi acolhido pela pela constituição eu acho que é assim quais foram os frutos e toda essa história de mobilização não é acho que o primeira coisa que a gente conquistou está consolidado é que assim de fato hoje quem fala pelas pessoas com deficiência são as pessoas com deficiência nós criamos assim uma legislação muito ampla que garanta muitos dos nossos direitos o tema entrou em discussão as pessoas passaram a se preocupar e eu acho que isso ajudou
a vencer um grande desafio que existia área que era até a própria segregação familiar tirou-se da invisibilidade este grupo de pessoas e descobriu se que elas tinham vontade própria capacidade de organização uma incrível capacidade de mobilização e há propostas concretas nós não somos coadjuvantes na inclusão nós somos protagonistas foi um marco para mim em geral de trazer as pessoas com deficiência para a sociedade e trazer as pessoas com deficiência na busca de igualdade de oportunidades não de igualdade que todos somos diferentes mas na essência enquanto seres humanos nós somos iguais somos iguais além da essência
do ser humano somos iguais em duas situações de absoluta forma é verdadeira e inequívoca primeiro perante a lei artigo 5º da constituição federal desde 1988 uma constituição que já tem 25 anos todos são iguais perante a lei então isso não tem que discutir está na constituição a carta magna a lei maior do brasil os elevadores todos com as as inscrições em braile rampas os prédios públicos a partir de uma certa data os que eram construídos vieram com rampas de acessibilidade na educação às crianças deficientes assistindo aula com as outras e tendo acesso às salas de
aula da educação mudou nela então nós tivemos nós existimos queremos tal coisa é a coisa acontecer né foi o respaldo da lei o dono do banco real pegou em uma viagem nos estados unidos conheceu o projeto da bóia em que utilizava a pessoas com deficiência e ele achou muito interessante ele falou eu quero fazer isso lá no brasil e aí ele realmente adaptou tudo então uma das primeiras empresas a adaptar plenamente para a profissional ou tendo este movimento esse movimento todo como um ganho para a sociedade porque quando eu deixo o transporte mais acessível não
são apenas as pessoas com deficiência que saem ganhando na verdade toda a sociedade se beneficia tudo isso que você vê na cidade vai vamos dizer as rampas de acesso nas calçadas os prédios adaptados toda a arquitetura nova sendo já feita pra acesso e não é só deficiente uma pessoa idosa uma carrinha de nenê né que se não tiver degraus é muito mais fácil transpor e outra coisa muitas pessoas do movimento não é participam hoje ocupam cargos né na nos diversos órgãos federais estaduais e municipais não é porque foram criadas muitas instâncias também de participação diretamente
ligados à questão da deficiência como os conselhos municipais estaduais e do próprio conselho nacional da pessoa com deficiência às coordenadorias a secretaria nacional né são órgãos diretamente ligados ao movimento das pessoas com deficiência um posicionamento político posicionamento político forte e fez com que em trinta anos um movimento só isso da invisibilidade é passar se ater a assento e possui cargo de a sua deposição e várias oportunidades nada na minha vida nada nada fica fora nada na minha vida aconteceu se não fosse a luta minha somada de dezenas centenas milhares de pessoas que fizeram mostrar o
valor ea força que a pessoa com deficiência tem também você não deixa de ser deficiente porque você pode ser não deixa de ser gente que você pode adiantar se não deixa de ser pessoa humana você pode enxergar não deixa de ser humano que você pode ouvir o que você é um um membro do braço pé na orelha sendo que for você a gente como todo mundo em direitos e têm deveres e tem direito de ser feliz a cidadania é construída você não dá um uma porção de cidadania para uma pessoa né não se mede por
quilo por metro né por conquista então eu uso é mais que cidadania fosse parto seria com certeza a fórceps ou de outra forma é sofrido é dolorido mas quando nasce é lindo para você ter idéia acho que a gente já está no avançando tanto que hoje a gente já não dispute mais se deve ou não deve contratar pessoas com deficiência nas empresas seja isso já é quase ultrapassado é claro que as empresas têm que contratar é claro que elas devem estar não só de portas abertas mas convidando as pessoas para entrar dentre muitas conquistas do
movimento uma delas é na parte dos concursos na hora que é feita a inscrição ele já perguntam se você quer a prova em braile ou alguém que lei aprova então é isso é maravilhoso olha o quanto a gente fez né quantas conquistas a gente teve isso é claro que é por causa de pessoas que lá atrás há 30 anos atrás começaram a se movimentar nas suas casas a a a fazer esse tipo de movimento eu acho que a minha geração de deficiente dessa luta desses 30 e tantos anos de luta eu acho que valeu a
pena eu posso te garantir o direito de as pessoas com deficiência freqüentarem as escolas comuns é já é um direito imediato um direito agora né se as escolas não estão preparadas é um problema das escolas mas o direito permanece ele é urgente um curso de libras do surdo é tal qual é algo natural do futuro não é a língua de sinais ele vai vendo nacionalizando aí ele cria uma língua que bom é que o vinho que não criam o de ouvir ou bem menor e não na época a festa pronunciam no português o estudo não
passa por este protesto então aquele detalhe omã forno ou algum familiar eu acho que as discussões que nós tínhamos naquele momento discutindo o poder de transformação de uma política voltada à pessoa com deficiência é capaz de produzir hoje se espelha no movimento da própria organização das nações unidas então essa essa lógica deste movimento que vai crescendo que vai ocupando espaços e vai transformando a sociedade certamente metropol tem muita coisa para acontecer ainda a sociedade ainda tem alguns né um olhar diferente mas a gente consegue conversar só meio de igual para igual com muita gente hoje
mas ao mesmo tempo nós não tínhamos percebido com a mesma força que sabemos hoje há entre a relação entre a deficiência pobreza enquanto nós tivermos um conjunto muito grande de brasileiros ou de pessoas do mundo todo que estão na situação de pobreza e extrema pobreza nós teremos sempre um número crescente de pessoas com deficiências ou teremos a própria que estava deficiente da pobreza sendo agravada pela fato de as pessoas com deficiência não terem ainda oportunidade de escolarização oportunidade de ingresso no mercado de trabalho e de todos os direitos humanos que elas são também titulares então
acho que a gente passa por um processo difícil agora que é o processo de nós lutarmos para nós mesmo e falamos que país que nós queremos e como nós devemos nos comportar nesse país que nós sonhamos enquanto houver pobreza à discriminação falta de acesso a essa luta interna e agora não é mais uma luta das pessoas com deficiência é uma luta pelos direitos de todos os humanos que as pessoas com deficiência servem como sentinelas lhe deram muito bem acho que a questão sem a maior vitória que nós podemos é também é avaliar é a convenção
dos direitos da pessoa com deficiência porque coloca é no cenário mundial a mesma fala as mesmas atitudes e os governos devem tomar para com essas pessoas que passaram a ser pessoas a partir de 81 que foi quando a palavra pessoa foi inserida na sua pessoa deficiente né então é nesse cenário hoje a gente pode dizer não é esse país ou aquele país que tem uma legislação ea sensibilidade o mundo todo tem uma legislação de acessibilidade que é começando direito da pessoa com deficiência por turno o figueira está tentando conseguir uma lei na língua de final
e hoje tango tatarstão na sala da aula e qualquer lindell até pós-graduação ele agradeceu o ney me lembra que possibilitou ele não teve um outro fato interessante em goiânia lá nós temos tínhamos uma vereadora cidinha siqueira que era cadeirante um dia 3 de dezembro é o dia internacional da pessoa com deficiência ela promoveu uma cerimônia pública na praça convidou as autoridades todos prefeito o delegado coronel deputado senador vereador no final quando o prefeito foi a última fala foi bom então terminamos aqui tá hoje essa homenagem está e qual ela tinha conseguido 50 cadeira de rodas
moto atrás do palanque então na hora que ela que ele está lá pensaram que terminará mandou as cadeiras é bom agora nós todos vamos experimentar uma pequena volta em cadeira de rodas e sentou coronel cento o prefeito sempre o senador cento a deputados então vereador então delegado todo mundo agora vamos dar uma voltinha pequena aqui na aqui na praça mas que é verdade tem que sentar tem que sentar não ceda mas não precisa nós a entender não senta prefeito e aí que ele foi ver como é que é um pequeno buraco quem é muito faz
muito efeito na cadeira de roda então ele saiu todo requebrando e todos pulando meu deus meu negócio é difícil mesmo depois que terminou de usar a cadeira agora terminou não não ela arranjou uns estator ele para experimentar a situação do deficiente auditivo né botou todo mundo contar por ele grita ano a nice difícil escutar né agora terminou não há jogador segue tapa-olho então todo mundo de bengala de cego e resultado do ano seguinte 450 ônibus adaptados em toda a cidade goiana é a questão de tecnologia é eu espero também num futuro bem próximo que ela
seja cada vez mais sofisticada a identidade do filho não quiser cortar um lar por exemplo para torpedos a internet também na internet por tudo que não tabu o português tem dificuldade unificado evitando é a webcam então a webcam corte militar diretamente para o forno ter contato com outros turno ter contato com o familiar p contato contar para essa tecnologia com certeza vai ajudar na questão das deficiências tanto na melhoria das deficiências na facilidade das deficiências sejam cirurgias medicação seja o que for então acho que a deficiência vai ser mais fácil não é e à sociedade
nesses próximos 30 anos vai tomar mais consciência que as pessoas com deficiência que é o principal ator nessa questão tem que continuar vigilante tem que continuar atuando não podemos cruzar os braços pra casa tudo isso é fruto realmente da luta das pessoas começaram lá são muito seguras que viveram aquele momento muitos como fenômenos até hoje cada um integrado no seu trabalho que muitos anos deixaram que o cândido ml a companhia rido um companheiro que pensava no coletivo é l junto com ele cíntia depois ter teve a linha é rui bianchi são pessoas que deram uma
contribuição muito grande no movimento e tá conseguiu que tem hoje estão hoje a gente olha fala assim tá bom a gente poderia já ter conquistado muito mais do que isso mas a gente conquistou muita coisa eu vou ficar muito contente de ver né as pessoas usufruírem daquilo que eu não pôde usufruir na época mas eu participei foi 11 11 daqueles que lutaram para que apure a situação melhorasse sempre vale a pena vale a pena saber a vale a pena viver vale a pena aplicar vale a pena mudar é você e eu sou muito patriota então
eu acho que nós temos tudo pra fazer isso aqui um país onde todas as pessoas possam viver banda melhor forma se sabe o país de uma diversidade incrível então ele vai um dia de chegar lá
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