este vídeo recomenda a leitura de o livro Negro do comunismo mas ao invés de apresentar trechos dessa obra A ideia aqui é falar sobre a repercussão que ela causou no meio intelectual europeu por isso o texto que será presentado aqui é de um artigo científico que Explica toda a polêmica que a obra provocou o livro Negro do comunismo foi escrito por vários especialistas em História Soviética publicado em 1997 o livro cou muita discussão ao tentar estimar o número de mortos causados por regimes comunistas em todo o mundo como uma parte considerável do mundo acadêmico francês
era marxista a obra recebeu muitas críticas muitos acusaram a pesquisa do livro de não ter Rigor acadêmico O que é no mínimo questionável visto que o coordenador da obra stepan courtois Historiador francês especialista em comunismo foi diretor do centro Nacional francês de pesquisa científica considerado por muitos anos o maior centro de pesquisa acadêmica da Europa ou seja courtois não era um aventureiro no tema quando publicou o livro nem um Historiador qualquer Além disso os outros historiadores do livro também eram estudiosos respeitados como o historiador Andrei paskov por exemplo que foi diretor do Instituto de estudos
de História Moderna da academia polonesa de ciências o historiador francês nicolá Vert especialista em História Soviética no instituto de história contemporânea de Paris o Historiador TCO carel bartosek que viveu sob o regime soviético na Checoslováquia foi militante comunista e depois de ser preso durante a Primavera de Praga se tornou socialista democrático jean-louis margolin Historiador francês e coordenador do Instituto de Pesquisa sobre o sudeste asiático Remy cofer especialista em história dos serviços secretos e terrorismo entre outros autores apesar da repercussão negativa entre historiadores marxistas o livro foi bem acolhido por diversos outros especialistas em União Soviética
como an appb Tony judit e Martin Malia o contexto em que o livro foi escrito está relacionado à abertura de milhares de arquivos secretos da ex-união Soviética em 1992 ali descobriu-se que diversos documentos soviéticos registravam inclusive o que acontecia em outros países comunistas da Ásia África e do centro europeu mostrando que as ações desses regimes eram coordenadas antes do livro Negro do comunismo outras estimativas de números de mortos causados pelo comunismo já haviam sido feitas em 1993 por exemplo o cientista político polonês sbev bresinski havia estimado em 60 milhões e em 1994 o cientista político
americano Rudolf rumel havia calculado em 110 milhões no livro by government mais tarde esse número foi revisado pelo próprio autor que chegou a estimativa de 148 milhões Portanto o número de 100 milhões estimado pelo livro Negro em 97 não era o maior já apresentado de qualquer forma mesmo que essas estimativas fossem menores tendo chegado a 60 ou mesmo 40 milhões de mortos ainda estaríamos falando de crimes em massa e isso não tornaria o comunismo um regime menos cruel e desumano mas não foi só o número de mortos que provocou a revolta entre os intelectuais da
esquerda na verdade a introdução escrita por Stefan courtois e não o livro em si é que provocou a polêmica nela courtois afirmou que o crime em massa era inerente ao comunismo e não um desvio estalinista ou um instrumento temporário no início do processo revolucionário para ele sem fuzilamentos em massa e terrorismo de estado não tem como haver comunismo isso irritou boa parte os intelectuais da Europa Ocidental que acusou courtois de querer matar a ideia da revolução Note que esse argumento da esquerda revela muito sobre seus valores reais matar pessoas não chega a ser um problema
mas matar a ideia da revolução Isso sim é um crime imperdoável courtois também comparou o comunismo ao nazismo afirmando que os métodos de estalin e Hitler eram semelhantes e provocaram os mesmos resultados por esse motivo courtois passou a ser perseguido cada um de seus livros publicados depois de o livro negro foi fortemente acusado por diversos intelectuais na imprensa como mal escrito mal pesquisado e ideologicamente tendencioso as numerosas polêmicas sobre a publicação que apareceram na imprensa assinadas por cientistas sociais políticos e jornalistas demonstram uma recepção controversa na França o debate desencadeado pode ser notado inclusive na
divergência dos autores do livro sobre a introdução de curto ar Vert margan e bartosek manifestaram-se contra a analogia entre Nazismo e comunismo também questionaram o número de vítimas da repressão comunista citado por curá segundo nicolá Vert janou marcolan suas estimativas estariam entre 65 e 93 milhões de mortos eles também afirmaram que reduzir o comunismo a sua dimensão criminosa parece um tanto simplista de fato nem mesmo o livro negro do comunismo pode ser reduzido à enumeração desses crimes este vídeo reproduz cerca de 80% de um artigo científico escrito pelo Historiador polonês Andrei paskov em 2001 que
explica melhor a polêmica causada pelo livro paskov inclusive foi um dos autores do livro negro [Música] em 7 de novembro de 97 em Paris foi publicado um livro substancial em todos os sentidos o livro Negro do comunismo conha 900 páginas pesava cerca de 2 kg e era caro apesar disso mais de 100.000 cópias foram vendidas na França até o final de 97 em abril de 1998 já eram cerca de 150.000 em maio daquele ano as primeiras traduções do livro apareceram na Itália e na Alemanha e também foram bem medidas até agora o livro teve edições
na Espanha Portugal Brasil Suécia Inglaterra América Bósnia Eslováquia Eslovênia Romênia República Checa Polônia e outros 10 países o número total de cópias vendidas passa de 800.000 Por que o livro Negro do comunismo uma obra acadêmica e não o tipo de livro sensacionalista que pode ganhar popularidade fácil encontrou um público tão grande muito além da comunidade de historiadores profissionais sua popularidade Inicial aconteceu graças a um incidente político logo após sua publicação na França um membro de um partido de centro direita pediu ao Primeiro Ministro Lionel jos Pan para justificar a presença de ministros comunistas em seu
gabinete argumentando que o comunismo é uma ideologia criminosa o opositor citou o livro negro jos Pan respondeu que tinha orgulho de governar com comunistas e elogiou a Revolução Russa isso levou muitos membros da direita a abandonar a assembleia nacional os jornais film Aram o incidente e no dia seguinte as pessoas correram para as livrarias o livro Negro do comunismo não foi apenas comprado foi lido e ainda é lido e ganhou Ampla atenção da mídia em todo mundo o livro negro tornou-se um acontecimento social político intelectual em toda a Europa e nos Estados Unidos um fenômeno
que merece atenção o livro oferece a primeira tentativa de determinar no geral a magnitude real do que ocorreu detalhando sistematicamente os crimes terror e repressão no Lenin da Rússia de 1917 ao Afeganistão em 1989 essa abordagem factual coloca o comunismo no que é uma tragédia de dimensões planetárias com um Total Geral de vítimas estimado de várias maneiras pelos colaboradores do volume entre 85 milhões e 100 milhões em certo sentido então o livro é uma contagem de mortos 11 acadêmicos vários deles ex comunistas e companheiros de luta contribuíram para o volume o livro abre com uma
introdução S de 30 páginas Os crimes do comunismo no qual o editor Stefan courtois diretor de pesquisa do centro Nacional de pesquisa científica em nanterre E editor da revista comunism compara o comunismo com outros regimes criminosos do século XX particularmente o nazismo esta introdução e a conclusão de 30 páginas de curto a para este livro intitulada simplesmente porqu provocaram a maior controvérsia o problema dessa controvérsia não é que uma pedra tinha sido atirada contra história mas contra os estereótipos da esquerda as consequências repercutiram porque aquela pedra atingiu as sensibilidades sociais e históricas de indivíduos em
vários círculos intelectuais e políticos eles acharam extremamente doloroso ter de confrontar não só o colapso do comunismo como estado mas um bolchevismo nacionalista e xenofóbico o escritor italiano Inácio siloni escreveu uma vez as revoluções como as árvores devem ser julgadas pelos seus frutos muitos intelectuais tentaram e continuam tentando julgar a revolução comunista não por sua realidade mas por suas ilusões Stalin dizia que para se fazer um omelete é preciso quebrar os ovos referindo-se à execução de pessoas para realizar o sonho do socialismo como curto a a ponta todos viram os ovos quebrados mas ninguém jamais
viu a omelete as justificativas do comunismo são psicologicamente motivadas e profundamente enraizadas nunca é fácil dizer a Deus as esperanças e sonhos da Juventude mente depois de defendê-los por muitos anos contra forte oposição acredito que o historiador Jeffrey herf Está correto ao observar na academia ocidental os acadêmicos que escolheram se concentrar nos crimes do comunismo eram e continuam sendo uma minoria e enfrentam o risco de interromperem suas carreiras e serem rotulados como direitistas é como se os anticomunistas não pudessem falar a verdade deixe-me dizer algo sobre a recepção diferente dada ao livro Negro em vários
países dependendo de suas crenças e tradições políticas e intelectuais em países da Europa Ocidental com uma forte presença comunista como França e Itália o livro negro tem sido objeto de intenso debate e os argumentos têm sido amplamente políticos esse tem sido o caso da Alemanha também um país sem um partido comunista significativo mas com uma esquerda influente graças a esses países o livro tem sido um grande sucesso comercial em países como a grã-bretanha e os Estados Unidos os profissionais são o público do livro e o debate é notavelmente menos acalorado na América especialmente o comunismo
era visto como uma superpotência rival e hostil então quando a União Soviética se dissolveu e a China se abriu para mudanças Profundas o comunismo foi visto como um fracasso na história isso diminuiu o impacto do livro nos Estados Unidos mas em grande parte do resto do mundo o livro negro infringiu muitas feridas após a introdução de courtois o capítulo de Nicholas Vert atira a primeira pedra foi a afirmação de que o terror o terror cego em massa foi proclamado no início do governo comunista e anunciado antes mesmo da revolução em setembro de 1917 algumas semanas
antes de tomar o poder Félix zinski escreveu sobre a necessidade de mudar a estrutura das classes pelo extermínio dos Inimigos da classe trabalhadora 5 anos depois Nicolai bucarin que é frequentemente apresentado como um bolchevique moderado disse o partido Deve liquidar todos os exploradores com todos os meios que tem a sua disposição ele falou essas palavras após a guerra civil a consolidação do regime A Fuga do exército branco para o exterior e o reconhecimento Oficial da União Soviética pela Polônia e Alemanha quando ele falou a revolução não estava mais sobre o ataque não podia reivindicar circunstâncias
atenuantes citando Tais sentimentos Curuá cunhou o termo politico em analogia a genocídio politic sdio é um conceito crucial em sua tese sobre os crimes do comunismo as conclusões de Vert eram obviamente antil leninistas e como tal desafiavam a velha tese de que erros e distorções foram introduzidos no comunismo somente por Stalin se Lenin tão santificado pela esquerda ocidental e seus seguidores de fato planejaram o politico e temos muitas evidências de que o fizeram somos levados a fazer uma pergunta a Marx e engels os avós do comunismo o terror é inerente à ideologia marxista como tal
uma segunda pedra mais pesada aparece na introdução e conclusão de courtois onde quer que tomassem o poder Os Comunistas introduziram uma fase de terror em massa a localização geográfica específica não fazia diferença sempre que tais regimes marxistas chegavam ao poder introduziam terror medo e controle total da vida social e pessoal somos levados mais uma vez a fazer a pergunta sombria o terror é uma parte inerente dessa ideologia a terceira pedra é ainda mais pesada é a comparação feita entre os dois regimes mais cruéis do século XX o comunismo e o nazismo somente curto a aborda
essa questão porque todas as outras sessões do livro são na verdade ensaios com um foco mais restrito que não pretendem oferecer explicações abrangentes a comparação é sobre a natureza das duas ideologias Assassinas A questão não é nova hann Ahan Raymond ahon e franois fur também fizeram a comparação a questão tem grandes implicações filosóficas e deve ser discutida no contexto do debate sobre o totalitarismo a quarta pedra talvez a mais pesada de todas tem despertado controvérsia mais fervorosa acreditando que o politic sdio na União Soviética foi planejado como parte da tomada comunista e consolidação do poder
e que o genocídio de uma classe pode muito bem ser equivalente ao genocídio de uma raça Curuá escreveu o seguinte a fome deliberada de uma criança de um kulak ucraniano como resultado da Fome causada pelo regime de Stalin é igual a fome de uma criança judia no gueto de Varsóvia como resultado da Fome causada pelo regime nazista por escrever isso courtois foi acusado de antissemitismo e de negar a singularidade do holocausto mas courtois não inventou essa comparação entre comunismo e nazismo para se defender ele citou o grande escritor Russo judeu vassil grosman que escreveu muitos
anos atrás para massacrar os kulaks era necessário proclamar que eles não são seres humanos assim como os alemães proclamaram que os judeus não são seres humanos Além disso grossman escreveu a matança dos filhos dos kulaks é exatamente como os nazistas colocaram as crianças judias nas câmaras de gás nazistas vocês não têm permissão para viver vocês são todos judeus se ninguém ousa chamar grosman de antissemita Por que então atribuir esse rótulo a courtois o apoio de grosman a courtois foi uma defesa insuficiente e a temperatura do debate atingiu o ponto de ebulição a notória frase única
de tuar ou melhor de grossman foi aproveitada como razão para rejeitar todo o livro negro e chamá-lo de uma obra grosseiramente anticomunista e antissemita a observação de courtois que pareceu tão ofensiva tem suas raízes Profundas em sua tendência a enfatizar o aspecto moral das ações humanas Peter rutland escreveu que muitas das questões que surgem no curso de o livro negro não podem ser respondidas dentro do modelo moralista de corua de uma ideia maligna que desencadeia umar Deão concordo que a moralização excessiva torna a anlise objetiva do passado difícil e TZ Impossível por out lado escever
his sem um senso moral sem um sistema clo dees não produz mais do que um simp reg cronológicos eeva relativism sobre signicado do Fatos e sobreado crticos de CTO certamente trazem um senso moral para sua consideração do holocausto o livro negro tem fraquezas o formato Geral de Cada sessão não é uniforme alguns Capítulos T nota de rodapé e uma bibliografia outros não houve algumas omissões significativas no livro Alemanha oriental yugoslávia e Albânia por exemplo não são consideradas além disso a objetividade de alguns dados está aberta a questionamentos os autores das sessões sobre China Coreia e
Cuba claramente se baseiam em informações coletadas da memória de Testemunhas da Imprensa censurada pelos comunistas e observações pouco precisas de visitantes estrangeiros enquanto outras sessões se baseiam em documentos mais confiáveis disponíveis em arquivos oficiais alguns críticos reclamaram de Curuá ter cassado o maior número possível de vítimas o que levou jart Gary a acusá-lo de tentar incluir todas as mortes possíveis apenas para aumentar o volume em alguns aspectos a acusação é válida Curuá e outros autores misturaram pessoas baleadas enforcadas ou mortas em prisões e Campos de trabalho forçado com aquelas que foram vítimas de fomes políticas
calculadas nos casos chines e soviético ou que passaram fome por falta de comida e de remédios em sua crítica Art guery chegou a escrever o seguinte sobre os gulags de Stalin as rações alimentares e os cuidados médicos eram abaixo do padrão mas outros lugares da União Soviética da época não eram melhores e os gulags não foram projetados para apressar as mortes dos presos embora certamente o fizessem essa declaração me parece um tipo de negacionismo semelhante ao que na Polônia é chamado de mentira de cattin A negação da realidade do massacre de cattin na segunda guerra
mundial o problema não é apenas decidir como classificar as formas de repressão mas como contar as vítimas e isso me perdoe por dizer friamente é um problema prático envolvendo a metodologia e as técnicas de pesquisa histórica mas o que podemos fazer desistir simplesmente porque os números não podem ser absolutamente precisos todos os números para a China e a Coreia do Norte por exemplo e até mesmo para o Camboja sobre o qual sabemos mais são meras aproximações margol calcula o número de vítimas na China entre 40 e 60 milhões uma estimativa oposta coloca o número em
ridículos 20 milhões Talvez seja significativo que a maioria dos Mortos tenha sido vítima da fome e talvez se possa chamar essas vítimas de mortes indiretas ou dizer como Gary faz que suas mortes foram causadas por estupidez e incompetência e não propositalmente mas duvido que isso importasse para Os Famintos se sua agonia era consequência da estupidez ou da maldade acredito que o livro Negro do comunismo tem pelo menos dois efeitos profundamente positivos ele provocou um debate profundo e importante sobre a implementação de ideologias totalitárias e deu ao mundo um balanço exaustivo sobre o aspecto do fenômeno
mundial do comunismo daqui por diante os historiadores não podem ignorar esse balanço ou seja as informações contidas no livro negro são agora indispensáveis para uma avaliação adequada da história do século XX para concluir vale dizer que as críticas sobre a metodologia usada para contagem de mortos são basicamente partidárias estimativas são usuais no estudo de história os mesmos problemas existem na contagem de mortos em guerras ou na escravidão o número de Africanos enviados contra a vontade para as Américas por exemplo nunca foi exato quando se trata de tomar as dimensões globais de um fenômeno tão vasto
e duradouro quanto o tráfico Transatlântico de escravos a precisão absoluta é mais um sonho digno do que uma meta praticável registros de embarques perdidos inventários suspeitosamente redondos de carga humana expedições Ilegais de escravização não documentadas e uma série de outras incógnitas impedem que os métodos de força bruta aritmética simples cheguem de uma vez por todas Ao Total Geral de Africanos trazidos contra a sua vontade para as Américas agora imagine se houvesse grupos de historiadores atacando a iniciativa de outros estudiosos que decidem contar o número de escravizados do tráfico Atlântico na sua opinião qual seria o
grupo tendencioso aquele que pretende fazer uma contagem aproximada ou aqueles que atacam essa Contagem Se gostou deste vídeo deixe seu like e comente para que o vídeo chegue a mais pessoas