[MÚSICA] [MÚSICA] [MÚSICA] >> [MARCOS] OLÁ, PESSOAL! ESTA É A DISCIPLINA TEORIAS DO CURRÍCULO E O TEMA DA DISCUSSÃO DESTA VIDEOAULA É "CURRÍCULO: HISTÓRIA E CONCEPÇÕES". ESTA DISCIPLINA, COMO VOCÊS SABEM, TEM COMO OBJETIVOS CONHECER AS TEORIAS DO CURRÍCULO; IDENTIFICAR AS TRANSFORMAÇÕES SOCIAIS QUE IMPACTARAM AS TEORIAS CURRICULARES; IDENTIFICAR AS CARACTERÍSTICAS DAS TEORIAS TRADICIONAIS, CRÍTICAS E PÓS-CRÍTICAS DO CURRÍCULO; COMPREENDER COMO OPERAM AS POLÍTICAS CURRICULARES; E COMPREENDER OS DIVERSOS ASPECTOS ABARCADOS PELO PROJETO POLÍTICO-PEDAGÓGICO.
ESTES SÃO OS OBJETIVOS DA DISCIPLINA E A CADA VIDEOAULA, COMO VOCÊS JÁ PERCEBERAM NA VIDEOAULA ANTERIOR, ESSES OBJETIVOS SÃO FRAGMENTADOS, SÃO QUEBRADOS. OS OBJETIVOS DA VIDEOAULA DE HOJE SÃO CONHECER AS CONCEPÇÕES DE CURRÍCULO E CONHECER A HISTÓRIA DO CONCEITO DE CURRÍCULO. É ÓBVIO QUE A PARTIR DA LITERATURA CONSULTADA, E AÍ EU DESTACO DOIS LIVROS IMPORTANTES, O LIVRO "DOCUMENTOS DE IDENTIDADE: UMA INTRODUÇÃO ÀS TEORIAS DO CURRÍCULO", DO TOMAZ TADEU DA SILVA, E UM OUTRO LIVRO CHAMADO "TEORIAS DE CURRÍCULO", DE ELIZABETH LOPES.
. . PERDÃO, ALICE CASIMIRO LOPES E ELIZABETH MACEDO, A PARTIR DESSA LITERATURA, NÓS TRABALHAMOS COM AS CONCEPÇÕES DE CURRÍCULO, A PARTIR DESSA LITERATURA, NÓS TRABALHAMOS TAMBÉM COM O CONCEITO E COM A HISTÓRIA DO CURRÍCULO.
ENTÃO, MUITAS OUTRAS CONCEPÇÕES PODEM EXISTIR E MUITAS OUTRAS HISTÓRIAS PODEM SER CONTADAS. ESPECIFICAMENTE NO QUE DIZ RESPEITO À QUESTÃO DAS CONCEPÇÕES, UMA OUTRA OBRA IMPORTANTE É UMA OBRA MAIS RECENTE DO PROFESSOR JOSÉ GIMENO SACRISTÁN, UM ESTUDIOSO DO CURRÍCULO, UM ESTUDIOSO ESPANHOL DO CURRÍCULO, QUE TAMBÉM CONTRIBUI AQUI, ESTÁ PRESENTE AQUI NESSA DISCUSSÃO. NÓS ESTAMOS BASTANTE INFLUENCIADOS TAMBÉM PELAS IDEIAS DESSE PESQUISADOR, DESSE PROFESSOR, DESSE ESTUDIOSO DO CURRÍCULO.
BOM, É IMPORTANTE RETOMAR ALGO QUE ESTÁ PRESENTE EM MUITAS OBRAS QUE INTRODUZEM OS ESTUDANTES, INTRODUZEM AS ESTUDANTES, OS LEITORES E LEITORAS NESSA DISCUSSÃO: A IDEIA DE CURRÍCULO COMO PERCURSO, COMO CURSO, COMO TRAJETÓRIA, COMO PROGRAMA, COMO PISTA DE CORRIDA. SEMPRE QUE NÓS USARMOS O ITÁLICO AQUI NA NOSSA DISCIPLINA, VOCÊS VERÃO QUE OU SÃO EXPRESSÕES EM UM IDIOMA, COMO O CASO AQUI, GREGO OU LATIM, SEMPRE EXPRESSÕES NUM OUTRO IDIOMA QUE NÃO A LÍNGUA PORTUGUESA, OU TAMBÉM CONCEITOS, EXPRESSÕES E FRASES DE DETERMINADOS AUTORES. ENTÃO, A IDEIA DE PISTA DE CORRIDA ACOMPANHA A NOÇÃO DO CURRÍCULO DESDE OS SEUS PRIMÓRDIOS.
O CURRÍCULO SEMPRE FOI TOMADO COMO UM PROGRAMA A ENSINAR. LÁ NO PRINCÍPIO, PENSAR NO CURRÍCULO ERA ALGO QUE VOCÊ CONCEBIA, REGISTRAVA, ERA ALGO QUE VOCÊ, ENQUANTO PROFESSOR, ENQUANTO PROFESSORA, IRIA DESENVOLVER. DURANTE A IDADE MÉDIA, SOBRETUDO NOS COLÉGIOS JESUÍTAS, O CURRÍCULO CHAMADO RATIO STUDIORUM ERA DIVIDIDO EM DOIS MOMENTOS: UM MOMENTO TRIVIUM, COM GRAMÁTICA, RETÓRICA E DIALÉTICA, ERAM DISCIPLINAS DE ORDEM INSTRUMENTAL; E O CUADRIVIUM, ASTRONOMIA, GEOMETRIA, ARITMÉTICA E MÚSICA, QUE ERAM DISCIPLINAS DE APLICAÇÃO.
ENTÃO, A IDEIA DE BASE PARA AQUELES QUE ESTAVAM COMEÇANDO, E DEPOIS O DESENVOLVIMENTO OU APLICAÇÃO OU A UTILIZAÇÃO PARA AQUELES QUE JÁ TINHAM ULTRAPASSADO AQUELA ETAPA INICIAL DA PISTA DE CORRIDA, AQUELA ETAPA INICIAL DO PERCURSO. O CURRÍCULO SEMPRE TEVE NOS SEUS PRIMEIROS TRABALHOS A IDEIA DE ORGANIZAÇÃO E UNIFICAÇÃO. VOCÊ IMAGINA UM SISTEMA EDUCACIONAL QUE VAI SE AMPLIANDO, VAI DANDO CADA VEZ MAIS ACESSO ÀS PESSOAS, COMO UNIFICAR ISSO?
COMO ORGANIZAR ISSO? COMO GARANTIR QUE AS PESSOAS ACESSEM OS MESMOS CONHECIMENTOS? COMO "PADRONIZAR" O TRABALHO REALIZADO?
ATRAVÉS DE UM PERCURSO QUE SE TORNA COMUM, ATRAVÉS DE UM PROGRAMA QUE PASSA A SER ADOTADO COMO O PROGRAMA OFICIAL, COMO O PROGRAMA QUE PRECISA SER REALIZADO. E AÍ, DESDE QUE ESSA TECNOLOGIA CHAMADA CURRÍCULO FOI SE TORNANDO CADA VEZ MAIS SOFISTICADA, ELE PASSA A SER ORGANIZADO E DISTRIBUÍDO EM ANOS, EM CONTEÚDOS E TAMBÉM COM DETERMINADOS MÉTODOS. ENTÃO, A IDEIA DA DISTRIBUIÇÃO DOS ESTUDANTES EM ANOS NEM SEMPRE EXISTIU.
A MEDIDA EM QUE O CURRÍCULO VAI SE COMPLEXIFICANDO, ELE VAI TAMBÉM PROPONDO UMA DISTRIBUIÇÃO DOS CONHECIMENTOS, OU SEJA, DOS CONTEÚDOS A SEREM ENSINADOS AO LONGO DOS ANOS. E, FINALMENTE, TAMBÉM APARECE LÁ NO COMEÇO UMA NOÇÃO DE UMA ORDEM SEQUENCIADA EXTERNA. OU SEJA, COMO SE O CURRÍCULO FOSSE PENSADO FORA DA ESCOLA PARA SER APLICADO NA ESCOLA.
ESSA SE DEVE TAMBÉM À UMA INFLUÊNCIA DO PROCESSO DE PLANEJAMENTO DO MUNDO FABRIL, AS IDEIAS QUE FORAM IMPORTADAS DA INDÚSTRIA PARA DENTRO DA ESCOLA. BOM, ESTAS NOÇÕES, EMBORA ELAS NOS REMETAM AO COMEÇO DOS ESTUDOS CURRICULARES, LÁ NO SÉCULO 17 E SÉCULO 18. .
. AINDA NÃO EXISTIA UMA IDEIA DE ESTUDOS CURRICULARES, MAS O TERMO CURRÍCULO APARECE PELA PRIMEIRA VEZ NO SÉCULO 17 COMO UM PROGRAMA DE ENSINO. ENTÃO, EMBORA ESSAS IDEIAS ACOMPANHASSEM A ORIGEM DA EXPRESSÃO CURRÍCULO, VOCÊ JÁ DEVE TER PERCEBIDO QUE ELAS ACOMPANHAM TAMBÉM OS PROFESSORES E PROFESSORAS ATÉ OS DIAS DE HOJE.
MUITOS DE NÓS CONCEBEMOS CURRÍCULO COMO ALGO QUE FOI ESCRITO DO LADO DE FORA DA ESCOLA, ALGO QUE FOI ELABORADO E VAI SER APLICADO, VAI SER COLOCADO EM PRÁTICA POR OUTRAS PESSOAS. ESSA É UMA CONCEPÇÃO QUE AINDA ESTÁ PRESENTE. ENTRETANTO, ESSA CONCEPÇÃO TEM COMO PARALELO DETERMINADAS NOÇÕES DE CONHECIMENTO.
MAS HOJE, EM 2019, NÓS JÁ TEMOS UMA IDEIA MAIS ELABORADA DO QUE SÃO CONTEÚDOS. AQUILO QUE ACONTECE NA ESCOLA, AQUILO QUE ACOMPANHA A EXPERIÊNCIA ESCOLAR PODE SER CHAMADO DE CONTEÚDO. ENTÃO, O CONTEÚDO, NA VERDADE, HOJE, É TOMADO COMO UMA CONSTRUÇÃO SOCIAL.
O CONTEÚDO NÃO É, COMO JÁ SE PENSOU, ALGO QUE NÃO PODERIA SER TRANSFORMADO, QUE NÃO PODERIA SER MODIFICADO, QUE DEVERIA SER APLICADO, DEVERIA SER ENSINADO. HOJE A GENTE JÁ TOMA CONTEÚDO COMO, SIM, AQUILO QUE ACONTECE NA ESCOLA, MAS É RESULTADO DE UMA CONSTRUÇÃO SOCIAL. NA VERDADE, O CONTEÚDO NÃO É O CONHECIMENTO ELABORADO FORA DA ESCOLA, O CONHECIMENTO ELABORADO, POR EXEMPLO, NOS CENTROS DE PRODUÇÃO DE CONHECIMENTOS DA ÁREA DA MATEMÁTICA, DA ÁREA DE BIOLOGIA, DA ÁREA DE CIÊNCIAS, DA ÁREA DA LÍNGUA PORTUGUESA.
O CONTEÚDO É ALGO DIFERENTE DAQUELE CONHECIMENTO. POR ISSO QUE A LITERATURA A ESSE RESPEITO VAI DIZER QUE, NA VERDADE, O CONTEÚDO É NADA MAIS, NADA MENOS DO QUE UMA CULTURA CURRICULARIZADA. OU SEJA, O CONTEÚDO QUE ESTÁ PRESENTE NA SALA DE AULA É UM SABER QUE FOI TRANSFORMADO, ELE NÃO É O SABER MESMO, O MESMO SABER, O SABER EXATO, O SABER COPIADO DAQUILO QUE ESTÁ DO LADO DE FORA.
EMBORA MUITOS DE NÓS PENSEMOS QUE AQUILO QUE ESTÁ SENDO ENSINADO NA ESCOLA ACONTECE DAQUELA MANEIRA DO LADO DE FORA, NA VIDA SOCIAL MAIS AMPLA. BOM, NÃO É À TOA QUE ALGUNS AUTORES VÃO DEFENDER A IDEIA DE INTERMEDIAÇÃO DIDÁTICA. ENTRE O CONHECIMENTO PRODUZIDO FORA DA ESCOLA E O CONHECIMENTO EFETIVAMENTE ENSINADO, O QUE ACONTECE É UMA TRANSFORMAÇÃO DESSE CONHECIMENTO ATRAVÉS DE UMA INTERMEDIAÇÃO, E TEM COMO MEDIADORES PRINCIPAIS O PROFESSOR E OS MATERIAIS DIDÁTICOS, COM DESTAQUE PARA O LIVRO DIDÁTICO.
ENTÃO, IMAGINEMOS: ALGUÉM PRODUZ UM CONHECIMENTO DE HISTÓRIA, RESULTADO DE PESQUISAS REALIZADAS DENTRO DA UNIVERSIDADE OU NOS MUSEUS OU NOS CENTROS DE PRODUÇÃO DE CONHECIMENTOS DESSE ASSUNTO, DESSA DISCIPLINA DO CONHECIMENTO HISTÓRICO; QUANDO ESSE CONHECIMENTO VAI PRO LIVRO DIDÁTICO, QUANDO ESSE CONHECIMENTO ACONTECE DENTRO DA SALA DE AULA DO QUINTO ANO, DO SÉTIMO ANO OU DO SEGUNDO ANO DO ENSINO FUNDAMENTAL, ESSE CONHECIMENTO JÁ É OUTRO, NÃO É O MESMO CONHECIMENTO. OU SEJA, ESSE CONHECIMENTO PASSOU POR UM PROCESSO DE TRANSFORMAÇÕES. É MUITO IMPORTANTE QUE VOCÊ, PROFESSOR, PROFESSORA, FUTURO PROFESSOR, FUTURA PROFESSORA, LEVE EM CONSIDERAÇÃO QUE AQUILO QUE ESTÁ SENDO TRABALHADO NA SALA DE AULA NÃO É A MESMA COISA, NÃO É O MESMO RESULTADO OBTIDO PELO PESQUISADOR OU PELA PESQUISADORA NOS SEUS MOMENTOS DE PRODUÇÃO DE CONHECIMENTO.
BOM, É BOM LEMBRAR, E AQUI A GENTE ESTÁ RETOMANDO UM CONCEITO DE UM AUTOR IMPORTANTE QUE ESTUDA A HISTÓRIA DO CURRÍCULO, A IDEIA DE QUE O CURRÍCULO É, PORTANTO, UMA TRADIÇÃO INVENTADA. NÓS, ENQUANTO PASSAMOS PELA EXPERIÊNCIA PEDAGÓGICA, SEJA NA UNIVERSIDADE OU SEJA NA EDUCAÇÃO BÁSICA, A GENTE TEM A IDEIA, A FALSA IMPRESSÃO DE QUE AQUILO TEM QUE SER DAQUELA MANEIRA MESMO, DE QUE AQUELES CONHECIMENTOS SÃO INDISPENSÁVEIS, QUE AQUELES CONHECIMENTOS SÃO OBRIGATÓRIOS. MAS AO ESTUDAR OS CURRÍCULOS DE CIÊNCIAS, POR EXEMPLO, COMO FEZ ESSE AUTOR, ELE FOI PERCEBENDO QUE OS CURRÍCULOS DE CIÊNCIAS, AO LONGO DA HISTÓRIA, FORAM SE TRANSFORMANDO E FORAM CONTEMPLANDO SABERES DIFERENTES.
VOCÊ PODE ESTAR PENSANDO: "AH, MAS É ÓBVIO, PORQUE A CIÊNCIA TAMBÉM FOI SE MODIFICANDO, OS CONHECIMENTOS CIENTÍFICOS TAMBÉM FORAM SE AMPLIANDO, PORTANTO, A CIÊNCIA ENSINADO NA SALA DE AULA SE MODIFICA". NÃO, ESSA PODE SER UMA EXPLICAÇÃO, MAS NÃO É ESSA A EXPLICAÇÃO APRESENTADA POR ESSE AUTOR. ESSE AUTOR TEM COMO HIPÓTESE, ELE VAI DEFENDER A HIPÓTESE DE QUE OS CONHECIMENTOS TAMBÉM SÃO RESULTADOS DE EMBATES, TAMBÉM SÃO RESULTADO DE LUTAS POLÍTICAS, E A CADA ÉPOCA, A ESCOLA PRIVILEGIA DETERMINADOS CONHECIMENTOS, TENTANDO FORMAR UM CERTO TIPO DE SUJEITO, UM CERTO TIPO DE CIDADÃO E CIDADÃ.
ENTÃO, A IDEIA, PORTANTO, É DE QUE O CONHECIMENTO. . .
DE QUE O CURRÍCULO, MELHOR DIZENDO, É UMA TRADIÇÃO INVENTADA, DE QUE O CURRÍCULO SE MODIFICA, DE QUE A GENTE TENDE A PENSAR QUE O CURRÍCULO É O MESMO, MAS, NA VERDADE, O CURRÍCULO É TAMBÉM UMA CONSTRUÇÃO SOCIAL, TAMBÉM UMA PRODUÇÃO DE PESSOAS A PARTIR DOS PONTOS DE VISTA QUE ELAS POSSUEM. ASSIM, O CURRÍCULO NÃO PODE SER E ELE NÃO É NEUTRO, NEM UNIVERSAL, NEM IMÓVEL. E NÓS, ÀS VEZES, LIDAMOS DESSA MANEIRA.
OU SEJA, COMO NÓS APRENDEMOS CERTAS COISAS LÁ NA ESCOLA. . .
NA EDUCAÇÃO BÁSICA, É ÓBVIO, A GENTE PENSA QUE SÃO ESSAS MESMAS COISAS QUE PRECISAM SER ENSINADAS. TALVEZ VOCÊ ESTEJA PENSANDO: "ORA, MAS A ESCOLA TAMBÉM NÃO ALFABETIZA? ".
SIM, E NÓS NÃO ABRIMOS MÃO DE UMA ESCOLA QUE ALFABETIZE. AGORA, A MANEIRA COMO NÓS ALFABETIZAMOS E EM QUE MOMENTO DO PERCURSO ESCOLAR, COM QUAL INTENSIDADE E COM QUAL NÍVEL DE EXIGÊNCIA, ISSO TAMBÉM SE MODIFICA. ENTÃO, É ÓBVIO QUE O DOMÍNIO DA LINGUAGEM ESCRITA, SEJA NA LEITURA, QUANTO NA PRODUÇÃO, PRECISA SER UM CONHECIMENTO ENSINADO PELA ESCOLA.
MAS EXISTEM MUITOS OUTROS CONHECIMENTOS QUE AGORA ESTÃO PRESENTES NOS DOCUMENTOS CURRICULARES E QUE NÃO ESTIVERAM ATÉ POUCO TEMPO ATRÁS, E MUITOS CONHECIMENTOS QUE JÁ ESTIVERAM NÃO ESTÃO AGORA. BOM, OS EXEMPLOS SÃO MUITOS, MUITO VARIADOS, NÃO CONVÉM AQUI FICAR DETALHANDO. NESSA OBRA DE TOMAZ TADEU DA SILVA HÁ UMA OUTRA NOÇÃO INTERESSANTE DE CURRÍCULO, QUE É A IDEIA DE CURRÍCULO COMO TERRITÓRIO CONTESTADO, E ESSA QUE É A QUESTÃO QUE PRECISA SER RESSALTADA.
SE O CURRÍCULO É UMA TRADIÇÃO INVENTADA, SE ELE NÃO É NEUTRO, NEM UNIVERSAL, NEM IMÓVEL, AQUILO QUE ESTÁ LÁ É RESULTADO DE EMBATES. O DOCUMENTO CURRICULAR E O CURRÍCULO EFETIVAMENTE REALIZADO, O CURRÍCULO COLOCADO EM AÇÃO NAS ESCOLAS, ELE É RESULTADO DESSE CHOQUE DE DISPUTAS, DE VALORIZAÇÕES. E NÓS TEMOS A CADA ÉPOCA DETERMINADOS ACONTECIMENTOS QUE GERAM MUDANÇAS NAQUILO QUE OS PROFESSORES PENSAM, NA FORMA COMO ELES DESENVOLVEM E NO CONHECIMENTO QUE ELES TRABALHAM.
ENTÃO, NÃO DÁ PRA PENSAR QUE A DEFINIÇÃO DO CURRÍCULO É ALGO SUAVE. O CURRÍCULO, PORTANTO, VAI SER SEMPRE UMA OPÇÃO POLÍTICA. E AÍ, A POLÍTICA NO SENTIDO AQUI QUE É O RESULTADO DAS RELAÇÕES SOCIAIS.
VOCÊ ENTENDE QUE QUALQUER AÇÃO SOCIAL TAMBÉM É UMA AÇÃO POLÍTICA E O CURRÍCULO, ENQUANTO AÇÃO SOCIAL, ENQUANTO PRODUÇÃO DE SUJEITO LÁ NO MEIO DE COMBATES, CONFLITOS E TENSÕES, SÓ PODE SER TAMBÉM UMA OPÇÃO POLÍTICA. O CURRÍCULO SERÁ SEMPRE UM PROJETO, UMA APOSTA. ELE TEM COMO OBJETIVO GERAR MUDANÇAS.
O CURRÍCULO. . .
SOBRETUDO OS DOCUMENTOS CURRICULARES, SOBRETUDO AS POLÍTICAS CURRICULARES, ELES SÃO SEMPRE INDUTIVAS. SE O DOCUMENTO CURRICULAR É O ESPELHO ABSOLUTO DAQUILO QUE ACONTECE NA SALA DE AULA, NÃO TEM SENTIDO QUE ELE EXISTA. SE O PROFESSOR OU SE A PROFESSORA JÁ FAZEM TUDO QUE LÁ ESTÁ, NÃO TEM SENTIDO QUE EXISTA UM DOCUMENTO CURRICULAR, UM CURRÍCULO OFICIAL.
ENTÃO, O CURRÍCULO OFICIAL GERA, ELE TENCIONA, ELE EMPURRA. TALVEZ NÃO EM TODOS OS COMPONENTES, TALVEZ NÃO EM TODOS OS SEGMENTOS DA EDUCAÇÃO BÁSICA, TALVEZ NÃO EM TODOS OS MOMENTOS, MAS EM VÁRIAS SITUAÇÕES O CURRÍCULO, O DOCUMENTO CURRICULAR TRAZ ALGO QUE GERA ALGUM TIPO DE MUDANÇA LÁ. POR ISSO QUE VALE A PENA VOCÊ, PROFESSOR OU PROFESSORA OU FUTURO PROFESSOR OU FUTURA PROFESSORA, PENSAR SEMPRE EM A SERVIÇO DE QUEM ESTÁ O CURRÍCULO.
QUALQUER PROPOSTA CURRICULAR, QUALQUER DOCUMENTO CURRICULAR, QUALQUER CURRÍCULO EM AÇÃO, OU SEJA, ESTOU AQUI AMPLIANDO BASTANTE AS CONCEPÇÕES, ELE ESTARÁ SEMPRE A SERVIÇO DE ALGUÉM. O QUE INTERESSA A NÓS, PROFESSORES OU PROFESSORAS, É FAZER ESSA ANÁLISE PARA PERCEBER QUEM É O CIDADÃO E A CIDADÃ QUE ESSE CURRÍCULO QUER FORMAR E A QUEM INTERESSA ESSE PROJETO DE CIDADÃO OU CIDADÃ. BOM, O BASIL BERNSTEIN TRAZ ALGUMAS CONTRIBUIÇÕES IMPORTANTES PRA GENTE AMPLIAR UM POUQUINHO A NOÇÃO DE CURRÍCULO.
ELE VAI DIZER QUE TUDO QUE OCUPA O TEMPO ESCOLAR É CURRÍCULO. E AÍ, TUDO QUE OCUPA O TEMPO ESCOLAR, NA VERDADE, É UMA ORGANIZAÇÃO MAIS OU MENOS ASSIM, DE FORMA MUITO SINTÉTICA, MUITO RESUMIDA. HÁ UMA SÉRIE DE OBJETIVOS, COMO A NOSSA DISCIPLINA AQUI - A NOSSA DISCIPLINA TEM OBJETIVOS, DEPOIS TEM DOIS OBJETIVOS PARA ESSA VIDEOAULA -, HÁ OBJETIVOS, HÁ ATIVIDADES.
ENTÃO, NÓS VAMOS RECOMENDAR A LEITURA, VOCÊS VÃO PARTICIPAR DO FÓRUM, VOCÊS VÃO FAZER ATIVIDADES AVALIATIVAS, VOCÊS VÃO ASSISTIR AS VIDEOAULAS. E O QUE A GENTE ESPERA É QUE AQUELES OBJETIVOS LÁ SEJAM ALCANÇADOS. SÓ QUE ENTENDENDO O CURRÍCULO COMO O PROCESSO, QUE É UMA IDEIA DO PROFESSOR ESPANHOL GIMENO SACRISTÁN, O CURRÍCULO, NA VERDADE, É UM TEXTO, O CURRÍCULO, NA VERDADE, É UM TEXTO DA CULTURA, É UMA PRODUÇÃO DA LINGUAGEM.
E LOGO, O CURRÍCULO VAI SER SEMPRE UMA INTERPRETAÇÃO DO PROFESSOR OU DA PROFESSORA JUNTO COM SEUS ALUNOS E ALUNAS. O CURRÍCULO TEM A SUA DIMENSÃO DA PRÁTICA, OU SEJA, AQUILO QUE VAI ACONTECENDO NA SALA DE AULA EFETIVAMENTE, OU NA SALA DE AULA OU NO PÁTIO DA ESCOLA OU ATIVIDADES QUE SÃO FEITAS EM OUTROS ESPAÇOS, NA BIBLIOTECA, NA SALA DE LEITURA, EM CASA, NO JARDIM, NO PARQUE, COMO O PROFESSOR E A PROFESSORA ORGANIZAREM A SUA AÇÃO. O CURRÍCULO TRAZ EFEITOS REAIS QUE NÓS NEM SEMPRE SABEMOS OU CONSEGUIMOS DIMENSIONAR.
O QUE NÓS CONSEGUIMOS DIMENSIONAR, O QUE NÓS CONSEGUIMOS AVALIAR SÃO OS EFEITOS COMPROVÁVEIS. ENTÃO, NÓS TEMOS AQUI DUAS CONCEPÇÕES DE CURRÍCULO MUITO INTERESSANTES: UMA IDEIA DE CURRÍCULO COMO TUDO QUE OCUPA O TEMPO ESCOLAR E UMA IDEIA DE CURRÍCULO COMO PROCESSO, CURRÍCULO É AQUILO QUE VAI ACONTECENDO, CURRÍCULO É AQUILO QUE VAI SE MODIFICANDO, SE TRANSFORMANDO COM ESSAS CARACTERÍSTICAS. E ESTA PERSPECTIVA.
. . OU MELHOR DIZENDO, AMBAS COLOCAM O PROFESSOR E A PROFESSORA NO CENTRO.
É AÍ QUE A NOSSA DISCIPLINA GANHA MAIS IMPORTÂNCIA, PORQUE A GENTE TENDE A PENSAR QUE NÓS SOMOS MEROS EXECUTORES, MEROS APLICADORES DAQUILO QUE ALGUÉM PRODUZIU EM OUTRO LUGAR. A NOSSA IDEIA AQUI NÃO É ESSA, A NOSSA IDEIA É UM POUCO DIFERENTE. A PARTIR DO QUE HOJE HÁ DE CONHECIMENTO NO CAMPO DAS TEORIAS CURRICULARES, O PROFESSOR E A PROFESSORA SÃO AUTORES E AUTORAS DO CURRÍCULO.
SÃO ELES QUE SELECIONAM AS PRÁTICAS QUE SERÃO EFETIVAMENTE REALIZADAS, SÃO ELES QUE INTERPRETAM AQUILO A PARTIR DA SUA FORMAÇÃO, A PARTIR DA SUA EXPERIÊNCIA, INTERPRETAM AQUILO QUE ESTÁ PROPOSTO. SÃO ELES QUE TOMAM UM CONTATO DIRETO COM OS EFEITOS REAIS, MAS APENAS UMA PARTE DESSES EFEITOS ELES E ELAS CONSEGUEM COMPROVAR. ENTÃO, AO CONTRÁRIO DO QUE CIRCULA O CURRÍCULO, NA VERDADE, ELE TEM COMO PRINCIPAL SUJEITO O PROFESSOR E A PROFESSORA.
COM ISSO, NÓS CONCLUÍMOS O NOSSO ENCONTRO DE HOJE. E LEMBRANDO A VOCÊ DE FAZER AS LEITURAS, DA IMPORTÂNCIA DE FAZER AS LEITURAS SUGERIDAS E ASSISTIR OS VÍDEOS TAMBÉM QUE NÓS COLOCAMOS À DISPOSIÇÃO PARA ESSA SEMANA!