Areté: pela excelência da vida - INÉDITA PAMONHA #21

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Clóvis de Barros
Neste episódio: Clóvis de Barros Filho explica que o cotidiano está presente na vida de todos nós e,...
Video Transcript:
e começa agora a manha por instantes felizes virginais e repetíveis still seu e medita pamonha o seu podcast de toda quinta-feira para falar sobre as coisas da vida estamos como sempre patrocinados pela estima Chemical do Brasil pelo bnp paribas asset Management e pela profissão achei um E aí Olá meus amigos outro dia e o assistir o filho da Noiva filho da Noiva obra cinematográfica Argentina espécie de pérola do cinema dos Hermanos com a participação sempre genial de Ricardo darín do filho da noiva a personagem Central Ricardo darín ensinando gestor de um restaurante herdado dos pais
e ele toca o restaurante Como pode envolvido nessa atividade o dia inteiro a noite inteira o tempo todo e claro procurando da ao restaurante o êxito de um empreendimento econômico e Comercial que todo gestor procura da o filme na sua primeira parte mostra um pouco da vida Ricardo darín como gestor desse restaurante E é claro isso me levou a pensar sobre o cotidiano o cotidiano é alguma coisa que nos é a todos muito família a ideia de cotidiano é uma ideia aqui não encontra muita resistência no Nosso repertório temos todos uma intuição muito clara do
que o cotidiano significa para nós mas eu acho que poderíamos aproveitar aqui para ir além puxar o fio de alguma análise nos aproveitar do que diz o filme e tentar tirar alguma reflexão que possa permitir por parte de vocês mais e mais reflexão sobre a própria vida eu me atreveria a dizer que para o cotidiano ter sentido como categoria seria preciso que ele não se confundisse com o todo da vida porque senão ele se dissolveria ele se confundiria com a própria vida então começaríamos dizendo que o cotidiano ele a Cipa da vida de todo mundo
mas ele não esgota a vida de todo mundo o que nos permite pensar na existência de momentos da vida que não são propriamente cotidiano então é preciso tentar estabelecer uma fronteira entre a vida no cotidiano EA vida fora do cotidiano eu diria que para o cotidiano poderíamos sugerir que o homem Ele All Star no cotidiano ele entra no cotidiano com tudo que tem problema o cotidiano ele implica a presença do homem na sua um Teresa em todos os seus aspectos de individualidade no pleno funcionamento dos seus sentidos da sua inteligência também dos seus sentimentos paixões
suas ideias quem sabe suas ideologias então o cotidiano ele não corta E no meio cotidiano não segmenta o homem o cotidiano e implica uma participação integral do homem nele eu me atrevo a te dizer que o cotidiano também não aceita uma segmentação por setores de vida então se alguém disser ao meu cotidiano como professor naquela escola é assim assim assado não posso concordar porque porque o que você tá querendo dizer a rotina né naquela escola o dia a dia daquela escola e o cotidiano é uma categoria eu diria mais sofisticada o cotidiano não é uma
questão da tua presença na escola mas o cotidiano justamente pode estar presente e flagrante na vida como um todo propriamente não é uma questão de uma outra atividade particular e E aí e agora uma crise dito que o cotidiano tem a ver com a tua um Teresa e a tua participação mais completa uma outra característica do cotidiano é que todos esses elementos e todas as suas potencialidades no cotidiano na vida em cotidiano não se realizam plenamente não se realizam em toda sua intensidade não se realizam eu diria no topo no talo que poderiam se realizar
então o que que eu quero dizer com isso o cotidiano ele nos absorve em tudo aquilo que temos Mas ele tem por característica uma espécie de redução generalizada de possibilidades de hipertensão ou seja o cotidiano se caracteriza por uma espécie de um sagração do mediano de consagração do Oi Gil Creed consagração do meia-boca propriamente então se você pensar comigo nós poderíamos dizer que em pleno cotidiano Nós pensamos mas não pensamos tão perfeitamente quanto poderíamos pensar um plano cotidiano temos Sensações mas não sentimos com a intensidade que poderíamos sentir no cotidiano temos inspirações mas essas inspirações
não são Profundas não são tão encantadoras quanto poderiam ser em outras palavras no cotidiano nossas atividades elas aceitam uma espécie de mediocridade no sentido de alguma coisa que não é medonha porque senão o nosso cotidiano seria o placar mente fracassado mas é alguma coisa que está longe de alcançar o máximo das nossas potencialidades assim poderíamos ir é só para você ter uma ideia um professor que faz do seu trabalho de dar aulas um trabalho cotidiano inserido no cotidiano EA vida profissional inserida nesse cotidiano é portanto uma vida onde a aula é uma aula Digamos que
dá para o gasto né e cumprir Um Certo papel que preenche o horário da escola que resolve o problema do programa do aluno mas está longe de esgotar por parte do professor toda sua potencialidade de data da mesma maneira o aluno poderá Inserir a sua vida escolar EA presença naquela mesma aula no cotidiano então ele assistir à aula ele se concentra em alguns momentos um pouco mais um pouco menos ele aprende o mínimo necessário ou quem sabe um pouquinho mais ele preenche aquele horário e esperar pela próxima aula que talvez ele gosta demais e assim
amanhã vai passando e meio dia ele sai para poder almoçar porque ele É nesse horário Então nesse sentido tanto o professor quanto o aluno inserindo a vida escolar numéro cotidiano ficou muito aquém das suas potencialidades não poderíamos então dizer indo para uma terceira observação terceiro degrau de análise é que dentro da heterogeneidade que compõem todo o cotidiano existe necessariamente uma ordem hierárquica todo o cotidiano presume uma hierarquização dos seus elementos constitutivos Isso significa que nem tudo no cotidiano tem para quem o vive a mesma importância no caso do filme O filho da Noiva Ricardo darín
no seu cotidiano ele buscava a filha na escola uma vez por semana ele se encontrava com a em alguns dias da semana ele também tinha um relacionamento com o pai em elementos que compunham o cotidiano desse gestor de restaurante ele também uma vez ao ano ia lá visitar a mãe etc pois muito bem você dirá uma visita uma vez ao ano pode-se inserir no cotidiano sim pode estar no cotidiano se justamente ela estiver inscrita numa heterogeneidade numa heterogeneidade hierarquizada em uma heterogeneidade de potencialidade mediana e é exatamente o caso e dentro da hierarquia Que estrutura
o cotidiano desse gestor de restaurante Claro a gestão do restaurante A Busca do lucro a busca do Sucesso econômico ocupa de longe o topo da hierarquia dos elementos cotidianos em outras palavras tudo aquilo que não era gestão do restaurante estava abaixo era secundário e um ferido em nome da gestão do restaurante mesmo quando ele foi buscar a filha dele chegou atrasado e ele sentiu culpa o irmão da filha toda a atenção que a filha tem que ter merece they ele sabe disso basta tocar o telefone para tratar de uma questão absolutamente trivial da gestão do
restaurante para que ele deixa filha comendo sozinha e vá resolver o problema então existe uma hierarquia nós podemos então dizer que o cotidiano ele é ambivalente porque ele é um magma de atividades confusas de mediocridade de potencialidades na mais ou mesmo tempo ele é também hierarquizado e portanto a prevalência a primazia de alguns elementos sobre outros elementos Então existe no cotidiano uma perspectiva de confusão interpenetração de esferas dos seus elementos constitutivos mas existe também em certa ordem hierárquica não é então neste sentido nós podemos dizer que o filme é ótimo porque ele mostra uma espécie
de simultaneidade dos elementos do cotidiano quando ele conversa com a filha de ao mesmo tempo fala o telefone ele mostra isso seu cotidiano ele é como todo bom cotidiano ele é interpenetrado ele é confuso mas isso não significa que não haja entre os seus elementos alguma hierarquia e e depois muito bem estou poderíamos então dizer que quando nascemos e aqui então dado interessantíssimo sobre o cotidiano quando nós nascermos a vida já rodava o mundo já rodava e as pessoas que já estavam inseridas num certo número de atividades e portanto aquelas pessoas que nos recebem no
mundo elas já vivem de alguma maneira o seu cotidiano e tal forma que nós começamos a vida como apêndices como acessórios do cotidiano alheio eu me lembro bem o meu pai ia trabalhar não tinha com quem me deixar e eu ficava num bar que ficava no andar térreo do lugar onde ele trabalhava eu ficava ali Fazendo lição 56 horas naquele barco esperando o meu pai poder ir embora comigo então claro eu jamais ficaria num bar propriamente com a idade que tinha sei lá 78 anos se não fosse para esperar o meu pai havia uma clara
inadequação daquele cenário para atividade que era Eu quero uma atividade escolar uma clara a inadequação que o barão o galo das pessoas bebiam e certa maneira se alegravam por causa da bebida etc etc e portanto uma um a inadequação Evidente mas eu era uma espécie de apêndice do cotidiano do meu pai e portanto é a partir dessa condição acessória do cotidiano do meu pai que eu fui aprendendo a construir a minha própria cotidianidade nós podemos então dizer que a idade adulta ela se define também por essa capacidade de viver por si mesmo a própria cotidianidade
existir uma emancipação progressiva do cotidiano de tal maneira aqui embora Claro ele esteja sempre marcado pelos vínculos sociais que temos e dissesse certo mas vamos perdendo pouco a pouco a dimensão periférica e acessória do cotidiano alheio para ganhar uma certa centralidade de constituir o próprio cotidiano então é claro que nesse sentido esses elementos de cotidianidade eles são apreendidos no mundo eles são apreendidos no grupo social que frequentamos eles são apreendidos a partir de uma certa inserção no grupo que se materializa por relações concretas Inter subjetivas EA exatamente a partir dessas relações com as demais pessoas
que a nossa própria cotidianidade vai sendo forjada é a partir da nossa própria cotidianidade que os nossos costumes a nossa rotina e as nossas atividades vão ganhando um sentido próprio e um valor próprio não é então Poderíamos dizer que enquanto somos periféricos e acessórios do cotidiano olhei as nossas próprias atividades Elas têm sentido e valor enquanto integrantes do cotidiano do ou e agora é claro Quando vamos ganhando alguma centralidade no nosso próprio cotidiano é evidentemente que já não dependemos do cotidiano do outro para conferir sentido e valor ao nosso próprio cotidiano podemos desgarrar nos progressivamente
desse cotidiano do qual fazia nos parte e aí é claro podemos alçar voo e podemos impor o sentido e o valor da nossa vida em outros universos sociais aos quais venhamos integral pertencer Em algum momento então é exatamente quando conseguimos manifestar com clareza o sentido e o valor das nossas atividades cotidianas para além do nosso grupo de socialização original nade origem é que podemos dizer que a nossa cotidianidade ganhou em autonomia e digamos a nossa vida também ganhou em sobre e quando conseguimos interagir com a sociedade como um todo para além dos espaços iniciais de
construção da nossa existência poderíamos então dizer que o cotidiano Mc autonomiza e se consolida como sendo o nosso próprio cotidiano na exata medida em que o que fazemos deixa de ter sentido e valor só para o cenário social Inicial e passa a ter sentido e valor para todo todos os demais cenários em outras palavras para a humanidade como um todo Se quisermos radicalizar [Música] poderíamos Além do mais dizer que se o cotidiano ele é a pequena dor de potência e aqui com isso eu vou dando fim a esse pequeno comentário sobre a cotidianidade esse Pequeno
Tratado dos elementos essenciais da cotidianidade para o meu e nós poderíamos dizer que a contrário fez a vida fora do cotidiano é a vida que poderá permitir um certo apogeu das potências aquilo que os gregos também poderiam denominar de vida em artrite naturalmente que Aristóteles relacionava a virtude a uma certa habitualidade a uma certa recorrência mas essa habitualidade de Aristóteles não se confunde não se deixa reduzir a ao conceito de cotidianidade que estamos tentando em porque Justamente a cotidianidade inviabiliza a plena atualização da nossa potência ao passo que essa plena realização e atualização da nossa
potência pode se dar de maneira recorrente de maneira até habitual mais fora do cotidiano poderíamos então dizer e arriscar aqui e quando a vida é exterior à Cotia e ela tem uma componente artística uma veia artística poderíamos então sugerir que a arte na nossa vida é a altura episódica o habitual da nossa cotidianidade é a partir da arte talvez que o desgarramento de um cotidiano tão impregnado de sociabilidade nos autorize a manifestação de um eu mais profundo e portanto de alguma alta intensidade Então essa arte como ruptura dos elementos do cotidiano ela pode se manifestar
de infinitas maneiras e em infinitas atividades assim durante esse podcast eu botei todas as células e toda a energia e todos os neurônios e toda a minha arte de comunicação para oferecer o máximo de clareza e importante o proporcionar o máximo e três posso lhe assegurar que a realização do inédito a pamonha é um momento semanal em que eu me esforço para escapar da minha cotidianidade e com isso criar condições para que haja uma busca de Plenitude aonde minhas potencialidades possam se aproximar do seu máximo e é muito bem que coisa mais linda Esse foi
o seu inédita pamonha excepcionalmente longo tá havia tantas outras coisas para falar do cotidiano mas fica homenagem a Ricardo darín Um excepcional ator que ensina a cotidianidade mais claro vivendo no mundo da arte é absolutamente excelente absolutamente Digno da máxima admiração a cada gesto EA cada passo do seu Labor estamos como sempre patrocinados pela estima Chemical do Brasil pelo bnp paribas asset Management e pela profissão aqui fiquem bem se gostarem só nesse caso quinta-feira que vem estarei aqui de novo para mim o Whindersson da Pamonha um grande beijo para todo mundo aí se você ouviu
o inédito da Pamonha por Clóvis de Barros Filho trazido até você pela revista inspire-se acesse [Música] www.revistaartesanato.com.br e nos siga nas redes sociais e e este podcast Foi editado por radiofobia podcast e multimídia
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