Falas Negras: Marielle Franco por Taís Araújo

e eu fui aluna de curso pré-vestibular comunitário 98 foi o primeiro curso aqui na da Maré e foi o único engravidei hoje eu tenho uma filha de 17 anos então eu não fugir das estatísticas no primeiro momento que eu fui uma adolescente tive que sair do curso pré-vestibular mas eu voltei 2000 eu tentei para a PUC Ciências Sociais 2002 eu marco ela 18 anos eu engravidar luyara e aí tinha essa relação com o pai dela Yara que tinha uns dois anos se eu não me engano aí eu engravidei Ah e tinha aquela coisa de casar

de ficar junto com a pressão da igreja magina seu e abortar o ou criar uma situação de ser mãe solteira ou não casada casei na igreja inclusive E aí tinha essa coisa de adolescência né amor paixão expectativa uma boa relação familiar sonhos possibilidades mas ao longo do tempo tudo isso virou um pesadelo desde responsabilidades que duas pessoas muito jovens não dão conta até a própria relação afetiva que eu acho que foi mal acordada a sonhar beijinho violência muito Sutil se é que a gente pode falar nesse tipo de possibilidade de violência até outras formas de

violência e eu fui agredida fisicamente na eu tive só o maxilar deslocado que eu precisei ir ao Hospital Geral de Bonsucesso registrei queixa na 21ª DP Oi e aí tô pensando o e refletindo imagina uma filha pequena ficava em casa para sair ou tava dia seguinte de manhã alterado para dizer o mínimo bom então isso foi uma marca para mim Oi e aí chegou um dia que eu assumir e eu disse e se você pode eu também posso se você ser minha mãe com a lua Iara fui para farra Oi e aí a volta foi

da violência a agência tem sempre que se perguntar o que que é ser mulher é a luta pela vida digna A Luta pelo Direito humano é a vida das mulheres tem que ser lembrada não é de hoje há séculos e a gente vive o mito da democracia racial é mas tem uma cor que é violentada que morre que tá presa esse debate ele é fundamental e o corpo negro até hoje ele elemento Central na reprodução das desigualdades é o corpo negro que tá nos Cárceres nas favelas na periferia Olá eu sou uma mulher negra é

f******* e periférica o preço do muito feliz de tá aqui hoje É porque a minha trajetória com a construção da minha vida existe é porque os nossos passos vende muito longe E aí