Lina Bo Bardi de Aurélio Michiles

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Andre Michiles
LINA BO BARDI, 50min. Brasil, 1993 Direção: Aurélio Michiles Esta cinebiografia da arquiteta ítala...
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[Música] Y [Aplausos] [Música] [Música] Brasil 1946 A arquiteta italiana Lina bobard põe o pé na outra margem do mundo o Brasil mistura de Oriente e ocidente no seu exílio voluntário Lina descobre um novo lugar para as [Música] utopias no meu país de escolha me sentir cidadão de todas as cidades desde o Cariri ao triângulo mineiro a Cid interior e as da Fronteira me senti num país inimaginável onde tudo era [Música] possível reencontrei no Brasil as esperanças das Noites de guerra estava feliz e aqui não tinha ruínas [Música] começo do século na Europa o ideal da
Renovação pela arte pela dança e pela fantasia definem de modo original a modernidade [Música] no projeto artístico das vanguardas europeias do começo do século estavam presentes ao mesmo tempo um programa de intervenção social de caráter poético e revolucionário e uma racionalidade associada ao maquinismo e ao desenvolvimento industrial a arquitetura de lina é profundamente marcada pelos sonhos desses Pioneiros século XX esse impulso criativo e revolucionário acompanhou toda a sua [Música] obra O moderno de hoje é ainda a Vanguarda moderna de 1909 no campo existencial e no campo das artes plásticas o grande esforço moderno da civilização
ocidental ainda não se esgotou e o ocidente está ainda comendo os restos de um grande capital depois de 60 anos 70 anos a Vanguarda internacional verdadeira russa da França internacional não perdeu a ainda metfora e é ainda hoje a verdade Vanguarda [Música] a experiência totalitária do nazismo e do fascismo interrompem brutalmente o movimento moderno a intolerância política e a barbárie tomam seu lugar nada mais se pode construir aqueles que deveriam ter sido anos de sol de azul e alegria eu passei debaixo da terra correndo e descendo so bombas e metral em Tempo de Guerra um
ano corresponde a 50 anos o julgamento dos homens é um julgamento de pósteros entre bombas e metralhadoras fiz um ponto da situação importante era sobreviver mas como senti que o único caminho era o da objetividade e da racionalidade um caminho terrível difícil quando a maioria opta pelo desencanto literário nostálgico sentia que o mundo podia ser salvo mudado para melhor que esta era a única tarefa digna de ser vivida entrei na resistência com Partido Comunista clandestino Só via o mundo em volta de mim como realidade imediata e não como exercitação literária abstrata mas conco a minha
geração aconteceu a Segunda Guerra Mundial então não se gostou nada eu escolh arquitetura só se destruía então você não podia fazer casas pensar no futuro de F cas então foi para Milan primo trabal foi Studio architetto pon pon com para fazer pratica para er architetto concio nessa época e moderno depois qu foi declarada a Guerra tudo foi parado então L também Mud de trabalho começ a trabalhar outras coas que não fosse costruir disava obgetos colaborava com revista fazia dis ilustrações de dirigia domos atividade de tipo ignava faa una collabor revista Femina insa come di una
cas di di frutta per esempio una sestig di traglia SCA che poi incontr Brasil nordest che una latta di olio fa un carr fa una lampada fia un oggetto s [Música] [Música] e como era tinha guerra e os homens estavam na frente então tivemos Eu por exemplo muito jovem H 23 anos dirigi a revista Doom coisa muito difícil porque mas eu fiz uma carreira muito boa era escrita no Sindicado de publicistas técnicos né que diz eu escrevi artigos E fiz uma coisa muito boa eu tenho conhecimentos de gráfica de coisas assim foi belíssimo Trabalhei nos
cotidianos de esquerda depois fomos jogados todos fora não é porque a gente era da Resistência quando democracia crant lugar aí dig aqui dessa vez é a última vez que eu figo aqui Cau Cau [Música] Oh esse é um país maravilhoso aonde é que você encontra um país onde você encontra pedras preciosas na rua quarz amedas você vai cristais maravilhosos plantas formidáveis [Música] un clima maraviglioso gente formid [Música] [Música] nada sabíamos a respeito do Brasil quando estávamos na Europa o que nos empolgou a nós da geração da Resistência foi a grande arrancada da arquitetura brasileira Lúcio
Costa Oscar n maer os Roberto e todos os outros o Ministério da Educação e saúde guardava o Brasil como uma sentinela com seu jardim suas caixas d'água azuis uma saudação fraternal para quem chegava de navio atrás a revolução de Lúcio Costa na escola de Belas Artes do Rio a escola pública de Anízio Teixeira e as correntes Profundas que procuravam irrigar o [Música] país eu vou PR maracangalha eu vou eu fore branco eu vou eu vou de chapéu de palha eu vou eu vou convidar a Nália eu vou se aa não quiser ir eu vou me
senti no país inimaginável onde não havia classe média mas somente duas grandes aristocracias a das terras do Café da cana e o povo [Música] no Brasil do pós-guerra uma delicada e original aristocracia intelectual atuava com vigor para um europeu com sensibilidade poética e visão crítica o país se apresentava como um privilegiado espaço para criação artística [Música] quando eu cheguei no Brasil eu fiquei atordoada com o pessoal era um pessoal desaforado ordinário maravilhoso então aconteceu um episódio muito engraçado naquele tempo muitos estrangeiros vinham para cá americanos Ingleses alemães muitos Hebreus ou an nazistas havia um convívio
bonito internacional era um agente decente inteligente moderna uma tarde fiam meus amigos professores ao Largo da Carioca estávamos andando passando em frente àqueles bares todos e de repente alguém cuspiu de dentro do bar um cuspe de metralhadora e pegou bem no palitó bonito do professor alemão ele que era muito inteligente moderno mudou completamente e foi embora do Brasil H certas Barreiras um não é brincadeira é educação aí eu digo o negócio está aqui é no CP do bar do Largo da Carioca [Música] um Brasil de largos horizontes Lina começa a realizar suas arquiteturas Brasil [Música]
afora claro que temos muito respeito aos objetos antigos os verdadeiros e que os conservamos também dentro de casa mas como relíquias que de vez em quando trancamos no armário mas violentar uma época impondo-lhe embalsamamentos de gesso e papelão significa desconhecer o progresso fatigante doloroso da humanidade que a incompetência o diletantismo e a ignorância fazem recuar de quilômetros a Cada centímetro que ela consegue conquistar em seu caminho para a frente [Música] [Música] [Música] em São Paulo seuo L da corpo primeira experiência moderna naa do museus juntos os Bard inventam a convite de ass chatri o Museu
de Arte de São Paulo chatri era segundo Marin o único futurista latinoamericano Quando pensou em criar do nada um museu sua ordem foi a de fazer coisas do arco da Vel quando no era di 46 si Pens di un museo si Pens diere un museo museo Museo di arte antica e moderna dottor ass non Arte antica Moderna arteo Vale antiga moderna futura no ha consentio di dare a questo museo nomee di museo di arte in tempo non esisa nada in S Paulo non existia nem galeria comercial esisa nada sicea con un nuovo museo di tipo
completamente differente in ve dient opera alentar opera isola an Prim an nós reut cerca alun o Museu de Arte dedicado ao público em massa não se dedicando portanto a colecionar somente obras primas não obstante contê suas coleções obras de importância não é um museu de arte antiga nem um Museu de Arte Moderna é Museu de Arte e busca formar uma mentalidade para compreensão da arte uma atmosfera as mostras didáticas inauguram uma nova maneira de expor apresentando através de fotografias reproduções e documentos uma síntese do Panorama histórico das Artes os cursos Artes e Su inte industrial
[Música] em o museu inseria o Brasil no mundo Museu como lugar dativa de uma comunica humana lugar da espontaneidade e da crição espaço provocativo vivoo polmico [Música] tenho inibições arquitetônicas é uma doença não é pose sou incapaz de projetar um banco uma mansão particular um hotel teria Amado ser chamada para projetar Talvez um hospital escolas casas populares mas nunca aconteceu no fundo vejo arquitetura como serviço coletivo e como poesia alguma coisa que nada tem a ver com Arte uma espécie de aliança entre dever e prática científica o mas o famoso oval não é uma excentricidade
para ficar o pessoal ficar pantado dizendo Poxa que coisa enorme não qu dizer aquilo linguag assim Popular se chama uma frescura architettonica non foi Che aquele terreno é um terreno doado por uma famillia antiga famillia de São Paulo que deou o Bel vedere que anticamente do trian que dev ter ficado sempre na hisa da cidade e non podia nunca ser destruo nesse caso o terreno teria volt a herdeiros aí um certo momento beled foi destruo prefettura demundo ol demundo tinha procuração geral di ass olisa passei lá no trian a prefeitura Um toica coma que não
é um terreno maravo eu queria fazer o prédio do museu lá como você vai fazer digo você procura adar de Barros e diz que se ele faz o prédio para o museu você dá a Ele o apoio completo de todos os jornais do Brasil 23 jornais rádio e televisões para a campanha presidência da república de Ademar de é formid e fiz que lev um grand temp non Grand Devi jard playground 80 eraa intern interessante calcolo concreto F brigando con mundo de usar a patente dele de protendido Porque protendido em vez de usar oin tive a
coragem de fazer a coisa dele Nacional muito bonito al é um gênio né em 68 foi inaugurado [Música] [Aplausos] poi te figlio di bonito museo di arte San Paolo non procure belleza procure libert intelectuais não gostavam o o povo gostou gostou muito sabe quem fez isso só foi uma [Música] mulher se entrega por ISO eu não entrego não passar [Música] poris eu não me entrego não não me entrego ao Tenente não me entrego ao capitão eu não p só na morte para na [Música] mão mais fortes são os poderes do Povo matar um turisto valear
umre [Música] mata o Lio lâmpadas queimadas recorte de tecidos latas de lubrificante caixas velhas e jornais cada objeto risca o limite do nada da matéria formas cheias de eletricidade Vital esta exposição é uma acusação [Música] nos confins do Sertão Deus criou o mundo e o diabo o arame farpado não vale mais a sentença clssica o sertanejo não é antes de tudo um forte é antes de tudo um servo da mais primitiva condi os remanescentes da vida Pistoleiros e prostitutas emigrando camponeses arando nada tantos meninos morrendo por hora e a casa grande e aala devidamente celebrados
em setembro de 199 Lina em colaboração com Martim Gonçalves diretor da Escola de Teatro da Universidade da Bahia mon em São Paulo a exposição Bahia foi a primeira apresentação no sul do país dos problemas culturais do Nordeste nada de folclore a exposição era mais de antropologia cultural do de arte e com sua violência Popular inaugurava uma manea rolu dei que foi inaugurada porel er uma coisa fantstica uma documentação toda deg eu fiz o chão todo de Fas secas essa exposição procura apresentar uma civilização pensada em todos os detalhes estudada Tecnicamente é um convite para os
jovens considerarem o problema da simplificação não da indigência no mundo de hoje caminho necessário para encontrar dentro do humanismo técnico uma poética Depois dessa exposição eu fui chamada pelo Governador na Bahia para para fundar o Museu de Arte Moderna e dirigir [Música] os motivos que me levaram me transferir de São Paulo da confortável casa que construí no Morumbi para a Bahia foram simples já em meus contatos anteriores eu tinha notado certas características inexistentes no Rio e em São Paulo na Bahia a população mantém uma pureza interior maior diante da arte e da cultura e há
uma curiosidade mais genuína por Essas atividades humanas as possibilidades dessa gente são imensas bom Cheguei na Bahia no ano 46 se me lembro bem e o dia 5 de agosto que é mais preciso ainda estrangeiro podia perceber coisas que pessoal muito acostumado não percebia mais nesse tempo todo mundo andava vestido de branco tenha Brasil no plural era um Brasil Pernambuco era diferente S Lu outro também se você ia para o ainda mais diferente São Paulo Porto Alegre cada um suas características amente depois da guerra turismo casin tenia o Museu de Arte Moderna da Bahia não
foi Museu no sentido tradicional suas atividades foram dirigidas à criação de um movimento cultural que assumindo os valores de uma cultura historicamente pobre e apoiando-se numa experiência Popular pudesse entrar no mundo da verdadeira cultura moderna com os instrumentos da técnica como método e a força do novo humanismo lá nós fizemos o movimento de toda a juventude do Nordeste o cinema novo o movimento moderno do Brasil daquele tempo fundado em 1960 o museu teve que enfrentar desde o começo a hostilidade de uma classe cultural constituída em moldes provincianos A Celebridade Nacional de artistas reunidos em grupos
folcloricos e a imprensa local nós cultuamos Dona Lina Na verdade eu lembro que eh como eu tava dizer começando a dizer não só as Exposições foram importantes para mim como a presença física de Dona Lina em Salvador era uma coisa de grande importância nós eu me lembro que eu e meus irmãos mais velhos sobretudo Roberto A gente ia para o para o Campo Grande somente para ver a Dona Lina passar do do hotel da Bahia para o para o Teatro Castro Alves onde ela mantinha o Museu de Arte Moderna eu posso dizer a você que
o reitor Edgar Santos com a ajuda de Dona Lina sobretudo mas de muitos outros artistas também como Martin Gonçalves não é e o músico col reuter artistas que ele levou pra Bahia para fazer na área de de de de Cultura erudita um movimento eh consequente e de fato foi consequente Eu me considero uma consequência disso O Glauber Rocha o Gilberto Gil A Maria Betânia todos os que da Bahia saímos podendo fazer alguma coisa dessa geração devemos muito ao reitor Edgar Santos e enormemente a Dona Lina Bard que nós continuamos chamando de Dona Lina vou lhe
dizer mais do que todos os outros que participaram dessa desse renascimento não é da cultura de nível erudito em Salvador no final dos anos 50 início dos anos 60 Dona Lina Foi a que mais profundamente viu a força do aspecto de criatividade popular da cidade e da região e ela dizia muito claramente não como folclore não como documentação de um estilo exótico ou divertido ou curioso mas como verdadeira força cultural Por isso que eu digo que que Dona Lina é fundadora da da civilização baiana então que nós humildemente representamos mas com muito [Música] orgulho em
1963 o Museu de Arte Popular é instalado no conjunto arquitetônico do unão restaurado por Lina lá deveriam funcionar um centro de documentação de Arte Popular e um Centro de Estudos visando a passagem de um [Música] no começo dos anos 60 até 64 e em certo sentido em 64 esmagaram esmagaram com o Brasil mas um era muito forte foi ainda até 68 Esse foi um período de extraordinário criatividade um período em que aconteceram muitas coisas havia uma ousadia de repensar o mundo e de refazer o mundo eh os idiotas tinham perdido poder ficavam perplexos mas ficavam
calados aqueles anos de espaço para criar de criatividade naqueles anos Lina teve uma um papel muito bom eu Suponho que ela era uma mulher tão extraordinária se tivesse ficado na Itália teria dado um jeito na Itália ter melhorado aquela Itália as ambições da Lina eram muito maiores a lina quereria que o Brasil tivesse uma indústria a partir do seu artesanato a partir do da da das habilidades estão na mão do povo do Olhar da da gente com originalidade podia Reinventar os talheres da gente comer os pratos em que come a camisa de vestir o sapato
havia toda uma possibilidade de que o mundo fosse refeito o mundo do nosso consumo como alguma coisa que tivesse uma ressonância em nosso coração lind das pessoas que ajudava a gente a pensar nesse rumo a buscar coisa nesse rumo uma prosid que fosse de todos e uma beleza que fosse alcançável aí no nordeste Lina Abraça o Brasil da aristocracia do povo é um ato de amor radical na verdade mais que um projeto arquitetônico o seu é um projeto de civilização um projeto político artístico e social ao mesmo tempo baseado na alegria e na Liberdade [Música]
disse levanta povo o cativeiro já [Música] acabou triste Baí ó quando de [Música] semelhante eu sou brasileiro só por uma semana depois entregou Brasil diabo 64 vem e vem a perseguição a gente que quer apagar apagar [Música] apagar o Brasil entra por último na história da industrialização de Marco ocidental portador de elementos da pré-história e da África rico de seiva Popular uma industrialização abrupta não planificada importada os Marcos ministros da especulação imobiliária o não planejamento Habitacional Popular a proliferação de objetos na maioria supérfluos pesam na situação cultural do país criando gravíssimos entraves impossibilitando o desenvolvimento
de uma verdadeira Cultura autóctone a nova realidade precisa ser aceita para ser estudada Mas um reexame da história recente do país se impõe é o Aleijadinho e a cultura brasileira diante da missão francesa é o nordestino do cor das Latas vazias é o habitante das vilas é o negro é o índio uma massa que inventa que traz uma contribuição seca dura de digerir a história do Brasil é uma história Grand de liberdade de abertura não é mcha é bonit tem ainda ind selv não tem é qual é a terra Queens coas [Música] hum Alina trazia
em si essa fagulha Divina que faz da criatura criador e transforma arte na única linguagem que é capaz de superar os limites do tempo e do espaço [Música] k [Música] [Aplausos] [Música] tem uma coisa de vida né esses buracos eles representam um pouco a vida também nesses nessas paredes de concreto imensas que são absolutamente irregulares quadradas com formas cadenciadas mas basicamente eu acho que os buracos São uma imagem que aina tinha eu acho que é uma coisa muito também particular dela dessa imagem que ela tinha da das aberturas das cavernas quer dizer que é são
no fundo os primeiros abrigos dos homens né quer dizer e de repente você de uma caverna vamos dizer aquelas cavernas que tem na Itália que enquadram Mediterrâneo tal de repente de uma caverna de uma coisa dessa você descortina uma paisagem de uma maneira irregular você enquadra uma paisagem de uma maneira irregular e daqui onde eu tô vendo quer dizer a gente tem uma [ __ ] paisagem e maravilhosa tem ver o o Pico do Jaraguá que é um Marco da Cidade ao mesmo tempo todas as indústrias aqui da Pompeia e da Lapa de bar e
o buraco faz com que essa paisagem tenha uma outra riqueza quer dizer ela não é uma coisa comum você tá andando aqui dentro de repente você vê um buraco e no buraco você vê a paisagem da cidade se abrir é no buraco não é a janela é o [Música] buraco minha profissão é profissão de construção justamente quando eu tava restaurando aqui fazendo essa unidade eu trabalhava aqui ela viu bastante gente assim falou você vem cá eu quero que fass um assinho uma coisa de madeira umas de madeira assim assim assim mas não sei fazer nunca
fiz tenta que você faz ela ser meio a psicóloga assim como que se diz ela deve saber ter ideia que ela tem aquela noção dela que achava que eu podia fazer esse serviço era só eu quea escolheu então faz um frango primeiro aí fiz o frango agora me faz uma garrafa de vinho fiz a garrafa vinho faz o copo também fiz o copo aí eu fiz me faz Peira maçã faz banana fe to essas coisas F coloquei lá tá lá at hoje a gente fez um risco não é por exemplo dos bonecos e dos objetos
deixou uma liberdade completa a aos Operários nesse g o pedeiro Paulista eles fiz com conteúdo bastante interessante não é folclore evidentemente a gente pode ver é eu acho que é muito brasileira você tem aina numa obra ou você ter Alina numa peça é você ter toda a equipe assim uma coisa tal maía né toda a equipe mobilizado toda aquela massa criando e trabalhando com ela e ela dava muito mais atenção a Tod Todo esse pessoal exatamente do que as estrelas do que as vedetes e tal e eu viia muito isso inspirava muito mais nisso não
é nós fomos fazer por exemplo o cenário de graça senhor me lembro que a gente queria fazer uma camisa de força e ela fez uma camisa de força enorme enorme enorme enorme que era como se fosse uma camisa de força que pudesse amarrar toda a loucura brasileira mas como no espetáculo de repente Aquela camisa de força a própria loucura em plena época da loucura em pleno [Música] que o dilema era loucura ou luta armada ela diz da minha camisa de força eu faço uma vela e isso que é bonito nesse tipo de artista que vai
pelo que começa pela poesia não pelo conceito e dá a poesia um valor de concreto de cimento de madeira dessas coisas todas né quer dizer acredita na na potência física do sonho ela não quer uma caixa preta fechada isolada um laboratório não ela quer uma coisa escancarada pro mundo né E nesse sentido ela que veio da Itália daquele teatro que coberto de de de de saias pretas de velha de rotundas etc é escancara viu no Brasil essa possibilidade né [Aplausos] [Aplausos] [Aplausos] V [Aplausos] ninguém transformou nada Encontramos uma fábrica com uma estrutura belíssima arquitetonicamente importante
original nós colocamos apenas algumas coisinhas um pouco de água uma lareira quanto menos Cacareco melhor vejo a cultura como convívio comer sentar falar andar ficar sentado tomando um pouquinho de sol a arquitetura não é somente uma Utopia mas é um meio para alcançar certos resultados [Música] coletivos existem belas Almas e almas menos Belas em geral as primeiras realizam pouco as outras realizam mais existem sociedades abertas e sociedades fechadas a América é uma sociedade aberta com Prados floridos e o vento que limpa e ajuda assim numa cidade entulhada e ofendida pode de repente surgir uma lasca
de luz um sopro de vento a igreja do Santo Espírito do serrado foi construída com materiais muito pobres é uma arquitetura pobre mas não no sentido da indigência e sim no sentido artesanal que exprime comunicação e dignidade máximas através dos menores e Humildes meios a volta da arquiteta Lina bobard à Bahia é um sinal emblemático de que é possível se superar A TR o triste estado de estagnação cultural que a Bahia passou por esse tempo todo que seria da Bahia Sem Amar a [Música] a lina veio e abriu-se sobre a mesa um elenco de projetos
extremamente ambiciosos e vários projetos começaram a ser desenvolvidos os projetos principais Eram todos aqueles que estavam vinculados à restauração do centro histórico A ideia era se constituir um Parque Histórico uma coisa que se chamou de Parque Histórico do pilin onde aquele espaço com as características urbanas básicas do século 1 18 e 19 seria Tratado de uma forma em que essas características fossem respeitadas mas a situação de ruína em que o centro histórico estava era tal que a lina chegava a dizer que parecia que o histórico tinha sido bombardeado e que a situação em que o
centro histórico estava lembrava ela algumas paisagens da Guerra um esforço tal seria necessário pra restauração daquilo que precisaria uma criatividade muito grande para se encontrar um instrumento uma metodologia de trabalho uma forma de intervir que fosse ao mesmo tempo de baixo custo de alta resistência e que não procurasse macaquear um restaur foi eh na tecnologia da argamassa armada ou do ferro cimento como ela chamada que estava sendo desenvolvida naquele momento por pelo Lelé pelo João Figueiras Lima ela vislumbrou naquela tecnologia a possibilidade dar uma unidade a esse [Música] restauro esse mesmo sistema permitia com que
os espaços vazios fossem eventualmente ocupados onde ruína já não tinha mais condições de ser restaurada ou onde já não havia mais nem sequer ruína fosse terreno vago mesmo que se criasse através dessa linguagem ã edifícios novos como uma primeira amostra foi o restaurante do quati a lina sempre disse que a premissa maior da Restauração daquele Centro Histórico não era o a qualidade daquela ambientação arquitetônica não era aquele conjunto de de casario que absolutamente variado você tem coisas do século 18 19 e 20 convivendo mesclados eh o que importava aquilo era paisagem humana e social tá
abandonado é exatamente igual aquela música do Caetano Veloso aqui tudo parece que tá em construção mas já é ruína né Tá reab andon rapaz eu moro aqui Devido as circunstâncias da vida né meu amigo morava lá no pelourinho certo e de repente eu tava lá e a casa foi né adquirida Né por outras pessoas não tive direito a indenização né e ainda dei sorte encontrar esse paraíso aqui para morar né tinha móve o restaurante nunca chegou a funcionar Pelo que eu saiba entendeu Como é que el não tinha móveis nenhum entendeu só tinha simplesmente essa
arquitetura aí como é que é de concreto né só essa coisa só de concreto só que tinha entendeu mas quando eu cheguei aqui já vi tudo já quebrado instala todas as instalações entendeu elétrica hidráulica tudo quebrado jog vaso sanitário não tinha um vaso não tinha uma porta uma janela nada não tinha nada não de maneira pode alguma quero morar eu tenho 5 meses quero morar mais 50 anos o mundo que leva em geral numa cidade séculos para se conformar depois joga tudo no chão pinta não sei de que cor de cores joga tudo fora e
joga fora a história não é história aquela que silêncio estuda na escola mas a história verdadeira não é história da humanidade oa p [Música] [Música] eu acho que se pudesse tentar entender Qual a contribuição da Lina pra arquitetura eu arriscaria dizer que a grande contribuição da Lina é a introdução do olho antropológico no fazer arquitetônico esse olho que vai e vê lá no fundo como é que as pessoas vivem como elas se organizam como elas se comportam essa capacidade única de entender as pessoas na maneira de viver na maneira de ser esse respeito aliado a
uma poesia enorme a uma poética enorme uma vontade de sonhar tão grande e de construir um mundo novo fez com que a lina desse tivesse feito uma obra tão forte como essa uma obra que não é grande em volume mas que é de uma força descomunal Lina projetava e tudo que ela fez toda a sua obra foi sempre feita com saudade do Futuro mas o temp é uma espiral é uma coisa que não tem fim praticamente a beleza in si si mesma cosa Che Non existe praticamente existe quanto existe un perodo muda gosto poria in
quando é umaa que é imprese Lig ctiv é bonita serve e continu viv h [Música] [Música] [Música] [Música] C [Música] [Música] k l
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