Tem gente que confunde a Prússia com a Rússia, mas são estados diferentes e o Vogalizando a História de hoje vai te contar justamente a história da Prússia. A Prússia foi por muito tempo uma das mais importantes regiões da Europa e tinha um exército que colocava medo em qualquer um, mas o maior de uma galera aí na verdade é a calvície, só que se tu conhecer a Manual, aí pode ficar mais tranquilo. O Reino da Prússia foi o principal estado que veio a formar o Império Alemão e o nome Prússia vem do povo prussiano, formado por tribos pagãs, de caçadores e criadores de gado que ficavam mais ou menos onde hoje é a Letônia e a Lituânia.
Era uma região com rios, lagos… mas os prussianos não estavam unificados sob um só estado, o que fez com que eles fossem atacados várias vezes durante períodos de disputas territoriais e religiosas entre povos germânicos e eslavos. No século 19, a Prússia era conhecida por ter um exército sinistro, mas essa ainda não era a realidade no século 13, apesar dos caras terem uma confiança acima da média na época, talvez porque tinham longas cabeleiras. Se tem uma coisa que pode deixar um cara chateado é chegar ali perto dos 30 anos e começar a perder o cabelo.
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Mesmo antes do século 13, tentativas de conquistar os prussianos antigos, já tinham sido executadas, mas os caras resistiam e só foram conquistados mesmo no século 13, pela Ordem Teutônica. Veja bem, entre os séculos 12 e 15, campanhas militares conhecidas como Cruzadas do Norte ou Cruzadas Bálticas, foram organizadas por papas e governantes ocidentais pra converter povos pagãos ao cristianismo e nessa região, em 1226, foi formado um estado militarizado conhecido como Estado da Ordem Teutônica. Era um estado cruzado católico, uma espécie de teocracia e eles conseguiram converter a população local ao cristianismo, mas a motivação na verdade era conseguir mais terras e consequentemente, mais riquezas.
Pra ter sucesso nessas conquistas, os cavaleiros teutônicos contavam com uma cavalaria e uma infantaria profissional, mas guerras com estados vizinhos também foram comuns. O mapa europeu de hoje é bem diferente do que era no século 15… existiam vários pequenos estados, organizados principalmente em reinos e ducados, mas também bispados, eleitorados e condados e depois que um grupo de nobres que se opunham à Ordem Teutônica, pediu pra que o Reino da Polônia anexasse o território dos prussianos ao território do reino, teve início a Guerra dos Treze Anos. Ela durou de 1454 até 1466, quando foi assinada a Segunda Paz de Torun, e terminou com a Prússia sendo dividida.
Enquanto parte dela continuou como parte do Estado da Ordem Teutônica, a outra parte, a Prússia Real, se tornou uma província do Reino da Polônia. A parte que continuou subordinada aos teutônicos também não ficaria ali por muito tempo, porque em 1525, o Grão-Mestre da Ordem Teutônica, o governante, que era o Alberto, se converteu à Igreja Luterana e recebeu o título de duque, fazendo nascer assim o Ducado da Prússia. Na prática, esse ducado servia como um feudo polonês e a sua capital era Konigsberg, que hoje a gente conhece como Kaliningrado, a capital daquele oblast russo, que não está conectado ao território russo.
Essa foi a primeira vez que um governante europeu colocou o protestantismo como religião oficial da terra que governava e o Alberto foi o Duque da Prússia até 1568, quando morreu, e quem sucedeu ele foi o filho do cara, Alberto Frederico, que foi duque até 1618, ano em que também morreu. O cara já sofria com problemas mentais antes disso e quem na prática exercia as funções dele era o marido da filha… o marido da Ana (Ana da Prússia), o João Sigismundo, que pertencia a mesma casa do sogro e da esposa, a Casa Hohenzollern, uma das famílias mais influentes da história da Europa. Em 1415, Frederico VI de Nuremberg se tornou o governante do Eleitorado de Brandemburgo, se tornou o eleitor, e isso era importante no contexto do Sacro Império Romano-Germânico, porque ele era uma monarquia eletiva e das centenas de territórios alemães que faziam parte desse império, só governantes de sete deles, seriam os eleitores que podiam votar pra escolher o imperador.
Se tu quiser ver um vídeo sobre o Sacro Império Romano-Germânico aqui no canal, deixa um comentário aqui pedindo que a gente faz. No começo do século 15, o governo do Eleitorado de Brandemburgo, que era um dos que votava pro imperador do Sacro Império, estava sendo disputado por dois membros de famílias influentes: Jobst da Morávia e Sigismundo de Luxemburgo. O Sigismundo era o rei da Hungria na época e o pai dele já tinha sido imperador do Sacro Império e um cara que ajudou ele pra caramba pra conseguir ser o eleitor de Brandemburgo foi o Frederico IV de Nuremberg, que depois foi nomeado pelo próprio Sigismundo como eleitor.
Frederico era da casa de Hohenzollern e o eleitorado permaneceu na família do cara mesmo depois da morte dele e mais de 200 anos depois, em 1608, quem herdou o eleitorado foi o João Sigismundo. 10 anos depois, em 1618, ele herdaria o ducado da Prússia, fazendo essas duas regiões, separadas geograficamente, serem governadas pela mesma pessoa, dando origem a um estado conhecido como Brandemburgo-Prússia. Claro, era um estado com suas particularidades, com parte dele sendo um território pertencente ao Sacro Império Romano-Germânico e parte dele pertencente à Polônia, mas dentro de alguns anos a coisa iria mudar.
Durante a Guerra dos 30 anos, as terras dos Hohenzollern foram atacadas várias vezes e isso motivou que nos anos seguintes fosse promovida uma reformulação do exército, pra evitar que territórios fossem perdidos e também pra promover a sua expansão. Através de casamentos e arranjos diplomáticos, os Hohenzollern começaram a herdar mais terras, às vezes até usando a força das armas, e isso aumentava o seu prestígio perante os europeus… até que um ponto de virada aconteceu, a Segunda Guerra do Norte. Nessa guerra, os suecos se aliaram a Frederico Guilherme de Brandemburgo e os poloneses saíram derrotados, fazendo com que o Ducado da Prússia se tornasse um estado soberano e independente.
Foi um momento de destaque pra Brandemburgo-Prússia e Frederico Guilherme ficou conhecido como o Grande Eleitor, tornando o seu governo mais centralizado, promovendo o comércio na região e permitindo que refugiados protestantes da Europa se estabelecessem no seu estado. O cara ainda disse que era pra deixar like aqui no nosso vídeo e se inscrever caso ainda não seja inscrito, porque isso é uma forma de valorizar o criador de conteúdo, que está aí toda semana disponibilizando material na internet. Mas uma nova guerra traria ainda mais novidade pros prussianos: a Guerra de Sucessão Espanhola.
Ela começou em 1701, quando o governante de Brandemburgo-Prússia era Frederico III, e colocou o Sacro Império Romano-Germânico contra os franceses e o Ducado da Prússia, que não fazia parte do Sacro Império, enviou soldados pra apoiarem os colegas falantes de alemão e em troca o imperador do Sacro Império, Leopoldo I, permitiu que o Frederico III se coroasse rei. A questão aí, é que por mais que o Ducado da Prússia ficasse fora das fronteiras do Sacro Império, tirando o Reino da Boêmia, não poderia existir outro reino dentro do Sacro Império Romano-Germânico, então o título que o Frederico III utilizou foi rei na Prússia e não rei da Prússia. Frederico III, que era eleitor de Brandemburgo, se torna Frederico I da Prússia, mas dentro do Sacro Império, ele ainda era um súdito do imperador… ali ele não era rei… era rei só na Prússia.
Não tem problema… Brandemburgo-Prússia se tornou o Reino da Prússia e o estado se tornou um reino, embora a maior parte do seu território estivesse fora do que até aquele momento era conhecido como Prússia. Frederico I reinou até 1713 e seu filho Frederico Guilherme I, assumiu, dando sequência no governo do pai. Ele investiu pesado no exército, com algumas estimativas apontando pra cerca de 80% do orçamento anual da Prússia indo pro setor militar, tanto que o cara ficou conhecido como “rei soldado”, e continuou com um governo centralizado, preparando o seu filho pra tarefa de governar a Prússia no futuro.
E esse filho, que não tinha das melhores relações com seu pai, talvez seja o grande governante que a Prússia teve, o Frederico II. Esse cara tinha 28 anos quando herdou o Reino da Prússia, um estado que estava bem estabelecido e com um exército bem treinado e organizado, e naquele momento já tinha se envolvido em algumas guerras, como a Grande Guerra do Norte, que já rolava desde 1700 e que tinha como protagonistas a Suécia e a Rússia, onde a Prússia, que entrou em 1715, ficou do lado dos vencedores e recebeu parte da Pomerânia Sueca. Ela já era vista como uma potência militar em ascensão, mas os constantes investimentos do governo no exército fizeram surgir uma frase que dizia que a Prússia não é um estado com um exército, mas sim um exército com um estado.
Por mais que o Frederico II não tivesse demonstrado muito interesse nas guerras antes de assumir o trono, foi durante o reinado dele que a Prússia se mostrou uma potência militar a ser temida. Tinha uma região que ficava no território do Sacro Império que era a Silésia, com várias cidades prósperas e uma economia que estava bombando e essa região foi invadida pela Prússia, que queria anexar ela ao seu território, justamente numa época em que o Sacro Império passava por dificuldades. O imperador Carlos VI, morreu tendo só filhas, isso em outubro de 1740, e a mais velha delas, a Maria Teresa da Casa Habsburgo, tentou se manter no trono e travou uma guerra com esse objetivo por quase oito anos, ao mesmo tempo em que também tentava manter a Silésia sob sua soberania.
O pai da Maria Teresa morreu em outubro e em dezembro a Silésia já foi invadida, mas a disputa pra ver quem ficaria com a região seguiria por mais alguns anos ainda e a guerra que mais deu destaque pra Prússia ainda iria acontecer: a Guerra dos Sete Anos, iniciada em 1756. Essa guerra, de dimensões mundiais, merece um episódio próprio aqui no canal, mas falando da atuação da Prússia nela… foi ali que os prussianos se viram em momentos de dificuldade, porque os seus aliados eram os britânicos, que estavam travando batalhas em vários lugares do mundo, inclusive na América, então a Prússia foi ataca de tudo quando é lado… pelo Império Russo, pelo Sacro Império e pela França… mas conseguiu resistir, muito, claro, por conta de uma baita jogada do destino. A imperatriz Russa (Isabel da Rússia) morreu em 1762 e quem assumiu foi o sobrinho dela, o Pedro III, que era um cara que gostava do Frederico II e o Império Russo saiu da guerra.
No final, os britânicos e prussianos saíram vitoriosos e a Silésia foi reconhecida como parte parte da Prússia, aumentando ainda mais o seu território. O fim dessa guerra deu mais protagonismo pra Prússia na Europa e o reino viu crescer ali um sentimento nacionalista. Frederico II, ficou conhecido como Frederico, o Grande, passou a ser visto como um protetor dos protestantes, modernizou os sistemas judicial e educacional e promoveu as artes e a ciência, o que fez o cara ser visto como um déspota esclarecido.
Além disso, ele também foi importante pra conectar partes do reino que estavam separadas, visto que recebeu mais territórios depois da primeira partilha da Polônia, em 1772, quando a Prússia, o Império Russo e o Império Austríaco dividiram o território polonês e conseguiu soberania na maioria das terras onde viviam os prussianos. O Frederico I, o avô do Frederico II, não podia falar que era rei da Prússia pra não indicar que ele era rei em uma região que já tinha um rei, que era o Sacro Império Romano-Germânico, mas o neto dele já pode, porque depois de tantas conquistas, o Frederico II se declarou rei da Prússia. Ele reinou por 46 anos, o mais longevo reinado dos Hohenzollern, mas o cara não deixou herdeiros e o sobrinho (Frederico Guilherme II) que sucedeu ele não supriu as expectativas.
Quando Frederico Guilherme III assumiu o reino, era um momento complicado pra Europa, era 1797, em meio à Revolução Francesa e com a chegada de Napoleão Bonaparte ao poder, a Prússia viveu momentos de dificuldade. Durante a Guerra da Terceira Coalizão, aconteceu a Batalha de Austerlitz, que marcou uma vitória decisiva pro Napoleão e culminou no fim do Sacro Império Romano-Germânico, que deixou de existir em 1806. A grandiosidade que foi isso foi imensa, porque se tratava de um estado gigantesco, formado ainda na Idade Média, há cerca de mil anos e que contava com mais de 300 organizações políticas que falavam línguas germânicas.
Esse imenso estado foi dissolvido, o Império Austríaco se tornou herdeiro do seu legado e Napoleão liderou a criação da Confederação do Reno, onde vários estados alemães, com principados, ducados, grão-ducados e reinos fizeram parte, mas a sua existência foi curta só entre 1806 e 1813. Assim como o Sacro Império, o Reino da Prússia também levou uma camaçada de pau do Napoleão, na Batalha de Jena-Auerstedt, em outubro de 1806, onde grandes porções de território foram perdidos… e a coisa ficou tão feia pros caras que as tropas do Napoleão entraram em Berlim, a capital do Reino da Prússia, e fizeram o Frederico Guilherme III fugir pra Konigsberg. Teve até um período de aliança forçada com a França Napoleônica e os prussianos também participaram da fracassada invasão à Rússia, que a gente já contou nesse episódio aqui sobre o Napoleão.
Mas a derrota do Napoleão na Rússia foi o sinal de que aquela era a hora pra derrubarem o cara. Reformas foram colocadas em prática no Reino da Prússia. A servidão foi abolida, o sistema educacional foi reformado, reformas econômicas também foram elaboradas e o serviço militar obrigatório, pras classes mais baixas, claro, também foi instituído.
A derrota pro Napoleão fez a Prússia modernizar seu armamento e aprimorar suas táticas, dando destaque pra alguns militares, como o general Blucher. Esse cara era um dos comandantes da coalizão que derrotou o Napoleão em 1813, na Batalha de Leipzig, também conhecida como Batalha das Nações, e os prussianos foram essenciais pra derrota definitiva do Napoleão em Waterloo também. A Confederação do Reno deixou de existir e entre setembro de 1814 e junho de 1815, aconteceu o Congresso de Viena, onde o mapa da Europa foi reorganizado.
Monarquias destituídas pelo Napoleão, como a dos Bourbon na França mesmo, seriam restauradas e territórios que o cara tinha conquistado seriam devolvidos. Os prussianos recuperaram os territórios perdidos, como as províncias do Reno, Westfália e partes da Saxônia e nesse congresso também foi criada a Confederação Germânica. Se tratava de uma comunidade de estados autônomos e independentes, entre eles o Reino da Baviera, o Reino de Hanover, Reino da Saxônia, as cidades livres de Hamburgo, Frankfurt e Bremen, o Grão-Ducado de Luxemburgo, o Ducado de Nassau, o Principado de Liechtenstein, mas seus maiores e mais poderoso integrantes eram o Império Austríaco e o Reino da Prússia, e embora o Império Austríaco liderasse a Confederação, os dois passaram a disputar influência em outros territórios.
Na década de 1830, foi criado o Zollverein, uma união aduaneira, que tinha a Prússia na dianteira, e deu início a industrialização em alguns locais onde a atividade rural ainda era a base da economia. Com a construção de ferrovias, uma novidade na época, o intercâmbio comercial foi alavancado e o comércio entre os estados germânicos ficou mais fácil, deixando povos que até então estavam mais isolados, agora não tão isolados assim, estabelecendo contato entre grupos que nunca tinham tido contato antes. Em 1848, uma série de mudanças políticas aconteceram na Europa… a primeira constituição da Prússia saiu em 1850, o governo se tornou uma monarquia parlamentarista, o rei nomeou ministros e duas câmaras foram estabelecidas: a Câmara Alta, composta por representantes das grandes cidades e por membros nomeados pelo rei; e a Câmara Baixa, eleita pelos contribuintes.
Mas o que também se viu a partir desse momento, foram grupos em regiões alemãs que defendiam a unificação dos povos germânicos e até foi oferecida a liderança desses povos pro Frederico Guilherme IV, o monarca da Prússia na época, mas o cara não quis se indispor com outros monarcas e teve medo de uma represália vinda da Áustria ou da Rússia. Ele disse que não aceitaria uma coroa de barro, que veio do povo, mas depois que foi proposta uma federação de estados germânicos que excluía a Áustria, as tensões entre os dois estados chegou no seu pico máximo até então. Os austríacos chamaram o Frederico Guilherme IV pra xinxa e disseram que a associação política dos estados alemães eram a Confederação Germânica, lideradas pelos austríacos, e que era pra ele parar de gracinha.
Se pensou que aí pudesse começar uma guerra entre os dois, mas o Frederico Guilherme IV recuou. O que não deu pra ignorar, é que ficou evidente que a unificação dos estados alemães iria acontecer… a única questão era quando e como… quem governaria esse grande estado seriam os protestantes Hohenzollern da Prússia ou os católicos Habsburgo da Áustria? (Marco) Essa resposta ficou mais clara, Vogel, depois que o Frederico Guilherme IV morreu e o irmão dele, Guilherme I, assumiu o trono.
Ele nomeou como chanceler o Otto von Bismarck e o cara era um claro defensor da unificação alemã. É isso mesmo, meu amigo, o Bismarck defendia que era um exército unificado que uniria toda a Alemanha e durante a década de 1850, novas reformas no exército prussiano tinham acontecido, então quando chegou a década de 1860, a Prússia estava com um exército exuberante. Em 1864, a Prússia, apoiada pela Áustria, entrou em guerra contra a Dinamarca… venceram e os dois estabeleceram controle sobre algumas regiões, mas o Bismarck adotou uma postura provocativa contra a Áustria pra forçar uma guerra contra os caras, dando pitacos na região que a Áustria ganhou da Dinamarca e invadindo ela depois, o que fez a Áustria entrar no jogo e declarar guerra contra a Prússia.
Aquele não era o melhor momento pros austríacos, porque os italianos também estavam em processo de unificação e também lutavam contra a Áustria, o que facilitou pra os austríacos fossem derrotados e a Confederação Germânica fosse dividida. Pra saber mais sobre a Unificação Italiana, tem vídeo aqui também. Mesmo aqueles estados que apoiavam a Áustria não ousaram enfrentar a Prússia ou não foram páreo pra ela, com alguns estados continuando neutros, como é o caso de Luxemburgo e Liechtenstein, o que colaborou pra que continuassem independentes até hoje, mas se tu quiser ver um vídeo sobre a Unificação Alemã, a gente tem também, mas é um vídeo só pra membros aqui do canal que assinaram o plano Vogalover de Carteirinha.
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Se a Prússia conseguisse completar essa unificação, ela se transformaria, possivelmente, na maior potência europeia, tanto militar quanto econômica, mas pra fechar esse objetivo, ainda faltava unificar territórios mais ao sul que sofriam forte influência da França, na época liderada pelo Napoleão III, o sobrinho do Napoleão Bonaparte. Uma guerra entre franceses e prussianos seria uma boa, porque tinham sido feitos acordos de defesa mútua entre o Reino da Prússia e esses outros territórios, mas pra ativar essa aliança a Prússia não podia ser o estado agressor, então pra chamar a França pra uma guerra, o Bismarck aproveitou uma crise no trono espanhol. Acontece que uma revolução tirou a rainha Isabel do trono e os prussianos indicaram o príncipe Leopoldo Hohenzollern, um nobre prussiano pra ficar com esse trono, o que deixou o Napoleão III indignado.
Sim, os espanhóis precisavam de um monarca, mas se ele fosse um prussiano, os franceses teriam um rei germânico de um lado e um rei germânico do outro… isso seria mais um avanço pra Prússia e isso era tudo que o cara não precisava. Importante lembrar que os prussianos tinham grande responsabilidade na derrota do tio dele e o ressentimento ali era brabo, então depois de outros desentendimentos, a França declarou guerra contra a Prússia. O Bismarck saiu soltando foguete por aí depois disso, porque o cara não tinha o menor interesse na coroa espanhola, aquilo era só um pretexto pra França começar uma guerra contra os prussianos e reinos e ducados que ainda não tinham se aliado à Prússia, agora se aliaram pra lutar na Guerra Franco-Prussiana.
Foi uma guerra relativamente curta, durou 10 meses e contou com Napoleão III em pessoa comandando o exército na Batalha de Sedan e sendo derrotado. Ele se rendeu, esse foi o fim do Segundo Império Francês, o território de Alsácia-Lorena, disputado por franceses e alemães a centenas de anos, foi anexado à Alemanha e foi cobrada uma indenização sinistra da França. Em 1871, estava completo o processo de unificação alemã iniciado pelo Reino da Prússia.
Guilherme I, rei da Prússia, recebeu o título de Kaiser, ou imperador do Império Alemão, na Galeria dos Espelhos, dentro do Palácio de Versalhes, na França, na presença de todos os príncipes dos estados alemães. O império manteve os governantes dos ducados, principados, reinos, grão-ducados e cidades livres da Alemanha, mas esse sucesso, e maneira como ele foi celebrado, foi uma humilhação gigante pros franceses. Esse ressentimento foi alimentado durante todo o século 19 e foi um dos grandes motivos por trás da Primeira Guerra Mundial, que terminou com a derrota alemã.
Os franceses não tiveram pena na hora de assinar os tratados que encerraram a guerra e a Alemanha se viu em maus lençóis. O então monarca (Guilherme II) abdicou, colocaram fim à monarquia e a Prússia, que era então um reino dentro do Império, se estabeleceu como um Estado Livre, ocupando mais da metade do território da República de Weimar, o estado sucessor do Império Alemão. Com a derrota alemã na Segunda Guerra Mundial, a Prússia então foi dissolvida de vez, em fevereiro de 1947, por meio de um decreto do Conselho de Controle Aliado, sob a justificativa de que acabar com o Estado que foi o centro do militarismo alemão, facilitaria a manutenção da paz na região.
As heranças culturais desse estado, contudo, continuam existindo e não vai dar pra tirar a Prússia dos livros de história, então a próxima vez que tu ouvir esse nome, já vais saber um pouquinho mais sobre o que foi esse importante Estado. Por hoje a gente fica por aqui, mas não se esquece de seguir a gente ali no Instagram, no Twitter ou então de conferir o nosso material ali no TikTok. O Vogalizando faz muito mais do que só postar vídeos no Youtube e a gente tem até um podcast, que é o Podcast do Vogalizando, onde o Marco e eu vamos responder comentários, tirar dúvidas da galera e contar umas curiosidades históricas.
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