Abecedário de Arte e Educação com Ana Mae Barbosa (2016)

o que é que é isso quando eu comecei a trabalhar eu tinha sempre se explicar o que era a educação você faz o que a educação mas o que é isso parecia que era uma seita religiosa uma coisa assim mas hoje vejo a educação como qualquer esforço no sentido de ampliar a relação das pessoas com a arte então se faz é de cargas da tam em um museu que faz arte educação em um espetáculo de dança se a este cuidado de ampliar a capacidade das pessoas a colher em arte se relacionarem com arte porque a

relação na qual eu acho que a arte existe desde os tempos das cavernas até os dias de hoje porque é uma necessidade em trens e cada ser humano mudam se os tempos a tecnologia mas eu é a essência da arte essa capacidade de organizar outra forma além do verbal o o seu pensamento é e além do do meramente discursivo é é uma necessidade inerente para nós nos completarmos pra nós e nos entendermos com o mundo dialogar com o mundo tende a trabalhar as camadas do ser humano que estão mais recônditas e que se colocam a

serviço do do observador ou do criador no sentido de levá lo a passar o dia metal de levá lo a um acolhimento mais amplo da vida eu tive um momento muito muito difícil na minha vida quando o meu marido adoeceu passou quatro meses no hospital numa uti e eu eu sou encontrava o acolhimento na arte ou saído a via diariamente a uti e saía de lá para dizer alguma coisa de arte foi uma coisa que até hoje eu não sei explicar sempre foi uma defensora da arte digital já que teve enorme prazer com arte digital

mas eu lembro de sair do hospital um dia e ver uma exposição do militar pela omd no itaú cultural de arte digital eu saí de lá sem consolo nenhum e muito chateado eu perdi meu sempre no topo isolado mas não gosto tanto de arte de sal e havia uma exposição de ver a fuga nessa época no tomie ohtake é um circuito muito interessantes lá em são paulo aí eu passei a ir visitar quase que diariamente essa essa exposição e por que ela eu me senti consolata por essa exposição solar dá pelas obras e até hoje

não sei explicar a vocês porque continuo gostando muito de arte digital escrevendo sobre isso mas o com solo vem da gravura especialmente a gravura em madeira era alguma coisa de de de gravado dentro de mim aquela gravura que me dava esse consolo não sei vocês têm essa experiência a de center consolo com uma imagem se quer seja de arte quer seja de outras mídias mas essa experiência eu senti na pele então pra mim é tomar sua educação seria isso todo esforço no sentido de aproximar os seres humanos da arte vocês todos que são professores os

que vão ser professores e qualquer área química matemática física e que se esforçarem no sentido de trazer também arte para a sua sala de aula para conversarem com seus alunos sobre a vocês estão desempenhando essa função quem criou essa expressão no brasil foi o rio de janeiro foi o s foi o espanhol de arte do brasil quando era dirigida por augusto rodrigues não é varela e até normalmente até avião em uma americana chamada margareth existência uma mulher que era ceramista ela ela teve contato nos estados unidos com as progresso de schools do baseados em dill

e chegando ao brasil cria com augusto uma escolinha de arte aqui eu desconfio não tem provas ainda de que foi ela que resolveu não traduzir a expressão aqui do queixam que nos estados unidos usando a expressão era acha do queijo já era a área do feijão 17 19 e que é até do que acham que sabem que em inglês o adjetivo vem na frente então a tradução explícita seria educação a se esticar mas conta conta a lenda que essa mulher era muitos assinada pelo brasil e ficava revoltada quando os brasileiros copiavam as coisas americanas e

européias fizeram vocês têm tudo para criar um grama grande sociedade aqui e vocês estão copiando coisas que não deram certo por lá por exemplo desconfio que essa expressão a aas educação veio dessa mulher junto com augusto rodrigues né ditadura era humano a a eu coloquei o hífen ou ler um livro meu antigo arte e sem educação nos em que do interligado é uma relação dialética o dialógica com pode ser dialética ou dialógica koa a da arte com a educação mas tem que haver uma conversa chega aqui no brasil ultimamente a gente estava vivendo um momento

difícil no sentido de que o pessoal que faz os cursos de licenciatura em artes visuais e jeitão pessoal que é que faz artes mas à tarde na na pedagogia e o pessoal de pedagogia que é um espaço encontra porque eles não deixam o pessoal do site que faz a licenciatura está na hora da gente dialogadas se unir é a muitas eu acho que falta pedagogia dos cursos de licenciatura de artes e falta arte nos cursos de pedagogia precisa ver mas é preciso que o educador de uma maneira geral o educador em qualquer área específica trabalho

com arte para ele próprio se desenvolver não estou querendo que trabalha em arte pra ser artista trabalha em arte pra ensinar a arte mas ele próprio se desenvolver e está mais bem preparado do que na educação infantil por exemplo é alguém de educação infantil aqui educação infantil a gente não ensina a arte gente a gente aqui sim cá todo ensino envolve todo o ensino em arte então é preciso que estar preparado pra isso eu acho que essa dessa divisão de nos professor de artes separado só a partir dos dons 10 anos de idade até aí

é o professor de sala de aula o professor generalista que pode dar melhorar porque ele entende do sincretismo infantil entende da capacidade de aprendizagem da criança de uma maneira global como ela e sempre que ela aprende de uma maneira global então é preciso centrar um só professor a relação ensino aprendizagem é uma coisa rica agora esse professor tem que trabalhar com arte para que se deixem se desenvolver através da água durante a sua do santos eu durante o seu curso então precisa de mais aqui na pedagogia e precisa de mais pedagogia na é preciso de

paulo freire na licenciatura em artes visuais é preciso saber que nós não estamos replicando é o ensino de e para o artista gente não está replicando ensino na escola para o artista a gente está repetindo a gente está criando uma do aluno com arte aprender o aprender não pode nunca está separado do ensinar é um cenário aprender a ensinar é uma é uma dupla é uma é uma como arte educação é uma uma são termos de dupla entrada para mim né e essa aprendizagem se dá principalmente no diálogo diálogo é essencial para a aprendizagem quer

ser em sala de aula quer seja vocês com seus filhos quer seja no no museu por exemplo nos céus em geral são extremamente prepotente conta com os professores eles escolhem os seus roteiros ele escolhe as obras que vão sobre o que vão falar entendeu e voltar alegando que se isso é o que aquela turma tá precisando ou não então é preferível das instituições de arte pra mim o museu ainda é só eu fui diretora do museu só vos dizer por dentro isso ainda é a instituição mais errar fica zerado ou um diretor e diretor perfil

de tudo no museu em vez de mandar embora funciona os funcionários botar outro grupo decide quem pesquisa que não pesquisa um museu e o discurso para a escola muitas vezes não disputo um discurso estereotipado moldado é programado e não há diálogo com o professor e com as necessidades do professor sente que seus alunos deveriam suprir primeiro a o advogado é coisa que ouvi no século 20 foi o divórcio da arte com a beleza de voz e outra dá certo porque a beleza ficou barril e para ser localizada em qualquer lugar a beleza ficou livre para

ser localizada nas relações pessoais nos nas expressões faciais no andar enfim em qualquer lugar e azahar que também ficou livre para representar o a ha ha ha a senhora da vida como eles diziam não os guta stresser é que fizeram essa separação esse divórcio da arte com a beleza quando voltaram da guerra da primeira guerra mundial ele disse eu não quero mais pintar coisas bonitas não quero pintar quadros bonitos eu quero pintar a aí a infelicidade a tristeza da vida desgraça estavam vindo de um campo de guerra então acho que esse divórcio foi extraordinário e

não estou livre para encontrar a beleza onde a gente quer a beleza não está só no objeto não está só na imagem a beleza está nos nosso corpo nos nossos olhos e no nosso conhecimento como a gente reage aquele elemento vital e fora não sou especialista de cinema mas eu tenho um fascínio total cinema é a sétima arte que contém todas as outras é isso então é absolutamente fascinado com cinema cinema narrativo o cinema não narrativo cinema questionador o cinema documentário em enfim a imagem em movimento é pra mim e membro enorme fascínio e talvez

eu não tenha estudado é como rio de janeiro cinema pra mim eu nasci aqui no rio sair daqui com três anos de idade nunca quis morar aqui porque eu não quero perder o encantamento com o rio de janeiro eu não quero perder a inocência com o rio de janeiro a o coração batendo quando passa na terra do flamengo que é uma das coisas mais lindas que eu conheço são as três cidades mais bonitas que eu já fui na vida rio de janeiro vancouver esse tabu são extraordinárias e cidades não posso estar sempre nas das outras

no rio de janeiro é aqui pertinho do moro então não quero perder esse esse encantamento com rio de janeiro cinema também eu acho que fui trabalhei com dudu com grandes grandes colegas que foram tá na lista de cinema críticos de cinema a na época a arte educação teve um grande apoio principal muito mais apoio do pessoal de comunicação e de cinema que cinema na época o que a minha escola escola de comunicações e artes tem uma tem uma boa situação ambígua na graduação é a arte na porta na pós graduanda natália na graduação e comunicação

na pós graduação é a arte então habilidade é muito curiosa e bem reveladora da dificuldade que se tem para definir o cinema tal colocar em caixinha não é para colocar em caixinha cinema capri muitas cachinhos né então por exemplo ismail xavier é um grande colega eles auxiliaram muito na visibilidade da arte-educação muito mais do que o próprio departamento de artes visuais eu acho que é a ligação de arte com comunicação é extremamente próxima para os dias de hoje o primeiro inclusive dos meios dos meios tecnológicos e não foi não foi pensada quando se criou a

escola de comunicações e artes da usp e é curioso na casa a relação foi uma relação espúria que deu certo é era havia uma verba se tava estava se preparando o instituto de artes então várias figuras importantes da arte brasileira criando para criar na usp o instituto de arte e isso aí na década de 60 e depois de 66 e depois de 64 é isso ela devia ser em 66/67 é alguém muito mais importante do que esses profissionais de artes do politicamente mais importantes não que a gente precisa é de uma escola de comunicação social

porque estava muito na moda a comunicação social comunicação social teve um bom amigo que nos estados unidos entre 60 e 70 extraordinário principalmente depois do do caso nixon é que os jornalistas descobre toda aquela falcatrua de de espionagem no na no parque do outro num partido concorrente né meu deus naquilo ali era é pequeno porque a gente está vendo agora no brasil não é café pequeno a gente copia copia realmente ampliando fazendo uma releitura daquelas acrescentando coisas e aí foi criada a escola de comunicações sociais mas o pessoal das artes continua batalhando e aí fizeram

tudo bem porque não colocar então as artes junto da comunicação foi uma grande sorte porque os conceitos de mediação chegaram lá não da educação que paulo freire já trabalhava com o conceito de mediação mas chegaram através da da comunica eu duvido muito que vocês nesse último ano pele tenham deixado de repassar lavra criatividade nos estudos de vocês aposto que a palavra criatividade esteve em algum pacto acelerou o ano passado a eu vejo o retorno da criatividade eu me interessei muito por criatividade estudei criatividade nos anos 60 e vejo hoje que a criatividade é a a

all em fácil na educação mudou criatividade de quatro componentes e são 108 processos mentais envolvidos na criatividade 160 e 80 desculpe 180 cento e oitenta quando o padre em quatro processos em quatro categorias a originalidade flexibilidade elaboração e flexibilidade influência originalidade elaboração do modernismo quais foram as funções que foram prioritárias a originalidade era o medo da cópia tem que se manter original acreditava se na virgindade expressiva da criança e do adolescente embora tudo fosse exija muito tempo eram bombardeados pelas pelas imagens você imagina o tempo hoje em que a imagem tomou o espaço muito maior

nas nossas mentes a outra era a fluência capacidade de dar várias respostas a uma pergunta que é pela associação pela função de associação ela é baixar tudo que as flexibilidades quer mudar de categoria está numa categoria que você muda pra outra categoria a1 pesca do teste do tocha sequer um círculos vários os 21 uma folha né e você aí tinha que completar objetos ali e você a bebida pela sua capacidade de pular de uma categoria para outra um filme era um prato outro a bicicleta outro mas uma uma boca de fumo gão aí você estava

sendo flexível você muda de categoria mas se você botar por exemplo um prato um ovo e bife aí você tava na mesma categoria a categoria do comer entendeu então lá aí você estava sendo fluente essas duas categorias são são de álea dialéticas a doença pode estar muito grande ea flexibilidade 0 ao problema o equilíbrio entre elas delas duas ea flexibilidade pode se dizer morte da mãe que tomar muito tempo a pensar e você produzir pequeno número pequeno de resposta então esta este equilíbrio entre essas duas funções acrescentam pós-modernismo hoje enfatiza as flexibilidade ea elaboração essa

elaboração que eles mediram em nova york com 11 com os títulos a os delinquência e presos aprisionados em nova york ele não tem essa capacidade de elaborar tomar algo e elaborar refazer eu imagino que todos vocês já tiveram essa experiência estou tendo agora de olhar para meu quarto pinha e as coisas eu preciso tomar uma atitude entendeu e refazer tudo indica a minha qualidade está péssima procura uma uma coisa no encontro mais eu preciso reformular reorganizar é fazer então todo o resto que domina o mundo de hoje ele vem e trazendo a ao estimular esta

capazes de capacidade de elaboração e verba elaboração eu acho que o desenho é realmente uma segunda imagem intelectual e afetiva orgânica em toda a série afetiva e emocional ela ela reúne os três muito claramente há uma racionalidade no desenho que em separável do emocional em separado do afetivo é diferente da racionalidade da matemática que é muito mais pendente para a razão enquanto que o desenho tem saudade de tem um equilíbrio um equilíbrio e os três estados com o dnit vos razão acerto e emoção e eu acabei esse livro que que está aqui hoje é um

livro sobre o desenho e sim do desenho história do ensino de 300 principalmente no rio de janeiro em janeiro e deu contribuições excelentes para que eu acho que até hoje é importante da pedagogia do desenho do período dos anos 20 aos anos causando até os anos 40 maitê até os anos 50 o início de 50 e foi à pré o pré modernismo do ensino da arte porque esse negócio rio no são paulo foi muito foi muito sagaz de tomar para si a criação do modernismo mas aquilo que eu já havia movimento modernista são paulo com

o sentido de marketing aguçado a minha meta estava fazendo ontem um trabalho sobre a semana de arte moderna e ela começa assim a semana de arte moderna criou o técnico no brasil e evitar o choque mas não é bem isso a via havia governistas no nordeste havia modernismo no rio de janeiro o rio de janeiro com cuba era extremamente extremamente vibrante neste momento na arte né extremamente transformador e daqui saiu pra mim o melhor para o projeto de ensino de ar é pré modernista foi do rio de janeiro do fernando de azevedo só que o

problema era um governo que ela sobe paulista então havia um preconceito danado contra tudo o que viesse dele era o prefeito era um paulista aqui no rio era o o o presidente gosta luiz que nasceu em armas que ela vivia em são paulo que era considerado paulista e ferdinand azevedo paulista então a atriz uma trindade do governo era paulista mas eles conseguiram com ajuda de quem cecília meireles fama grande batalhadora pelo ensino do cinema aqui aqui aqui aqui no rio de janeiro não foi a primeira a pensar no cinema ouvir photos antes dela mas ela

foi a que mais batalhou ela fez o 1º congresso de cinema e educação com o ovo no brasil que sai da américa latina não sei talvez você saiba que influenciam outras na américa latina mas que eu tenho não pesquisei na américa latina toda mas pra mim acho que foi o primeiro na américa latina o congresso do cinema da cecília meireles e pessoas que essa escola de educação da faculdade de educação está estudando agora que eu acho muito interessante como leão sampaio que era um arquiteto mas que liderou esse no fundo os livros do ensino de

desenhos nesse período de dois anos 20 principalmente 27 foi quando eclodiu realmente é essa preparação modernista a pra encontrar o estado novo que perseguiu os professores é e prazer só depois em 48 é que se vai retomar toda essa riqueza de experiência que houve entre 27 e 37 aqui do sul aqui no rio de janeiro e do gato que aquilo de mendonça outro que precisa ser estudado eu adoro história pra mim é uma portanto memória é pra mim alguma coisa extremamente a inventiva gente pode inventar memória em cima dos documentos também é é uma idéia

de que mais a mapear o ensino da história do ensino da arte enfim faltam serviços quando alguém toma algum ponto que o map aid ea profunda não dava pra mim aprofundar tudo é obcecada e eu preferi então tem um espírito mais livre voar está sobrevoo e aqui tem houve até o ano passado a examinar uma tese excelente aqui de josé roberto peres sobre o meu sampaio agora eu fico querendo convencer o povo escrever e pesquisar sobre gastos e aqueles bedoya qual pessoa extraordinária que no livro eu conseguir o livro uma uma coisa que eu acho

que aqui coisa do troféu do o troféu do pesquisador sá uma foto dele sendo preso no estado novo ele vive entrando e saindo da prisão porque ele sempre dizia comunista mesmo assumiu que era comunista um auditório de se principalmente de mulheres não é uma coisa é o pós feminismo a gente vivia na época do pós femininos acabou aliás o feminino é curioso eu demorei muito a me sign a identificar como feminista porquê porque tinha sempre aquele negócio aí eu defendo que as mulheres têm de ganhar o mesmo que move hoje elas têm os mesmos direitos

e até tema é mas eu não sou feminista viu era sempre espera o medo de se mostrar feminista frente os homens porque você era modista galera um cara que queria namorar com você você se declarando feminista de entrada na minha época de frio né eu fazia isso nem mesmo depois de adulta ainda eu quem é esse problema eu frequentei um grupo foi um dos grupos mais ricos intelectualmente que já houve neste país quer um grupo chamado graça trabalhador e eu fiz a minha formação em design ela foi toda não formal com esse grupo chamado graça

amador do recife que tinha como figura principal a luís magalhães que trabalho aqui no rio de janeiro o autor do do logo do banco do brasil que mais precisam de mais ele é autor de vários vários novos autores inclusive da moeda brasileira àquele cruzado novo que ele escolhe cecília meireles é uma célula é um é que a mulher não ser aquela aqueles alegoria de liberdade que bota nas notas é a única mulher homenageada numa no dinheiro foi ela com as notas do aloísio magalhães a esse dinheiro moeda é então havia primeiro esse medo né o

medo de se apresentar é este grupo fazia parte de ariano suassuna mas aí eu era uma das fotos a primeira mulher a freqüentar o grupo passei muito tempo sendo a única depois das mulheres dos outros também começaram a freqüência ah e tal mas a aliança fazia muito isso comigo de 19 ela com essas opiniões feministas e não eu não sou feminista mas eu acho depois você passei pro feminino raivoso é muito ruim essa fase dos animais mas eu passei por ela com muita raiva e aí era assim era realmente os homens na frente eu passei

anos na na usp na época pedindo que pegaram a gente entrava com ganhando tempo parcial que era uma merreca de dinheiro um salário baixíssimo e almejando o tempo integral já prudentão poder se dedicar à pesquisa e passava os homens pela minha entravam homens depois de mim que conseguiram o tempo integral e eu não conseguia foi um diretor diretor de direita olha eu tô há anos esperando o tempo integral fulano sicrano sicranos a passar na minha frente entrar depois de mim você tem marido para sustentar eu acho que foi uma das respostas que só tem igual

quando era da faculdade de direito da faculdade esse colega do meu do meu era namorei na faculdade comecei a namorar no primeiro dia de aula eu brincava como eu e meu marido dizia papai noel só namorei com você sempre vinha paquerando mais só continuarão no primeiro dia do namoro com você para me proteger porque era extremamente machista a faculdade de direito eram 200 homens e oito mulheres no meu tempo e era horrível do do professor mandar você se levantar não ser do meu caso eu tinha passado em segundo lugar no vestibular ele mandou me levantar

no primeiro ano de direito nos primeiros dias de aula e faz uma pergunta que primeira lista não responderia ajudado direito ainda para ele a verba passou na frente de vocês todos os hotéis não sabe nada e não dirigiu à pergunta o resto do grupo parou a pergunta lhe era reunir milhares quantas vezes eu fui chorar no banheiro fã inúmeras então caseiro o ano de direito e quando foi no fim do quinto ano eu estava grávida e eu publiquei o moral numa prova oral que havia de tempo isso você paga estava nas escritas tudo bem mas

eu fiquei em direito civil moral e um saco da direita do recife em anfiteatro você tem uma porção de gente erra é é embalar em cima e você fica embaixo ali seja examinada e o professor mandou minha letra lá era letra a à a a ordem alfabética pelo pelo nome da pessoa e não pelo sobrenome peguei a tiro ponto ele diz ele ele olha pra mim faz a pergunta eu aí eu peguei aprendido na faculdade de direito o grande golpe é você diz correios e até corar um bando de coisas e discorrer sobre ela trabalhava

até hoje eu não gosto dos sertões porque eu tenho que decorar os sertões todinhos primeira frase detalhes de cada parágrafo para o vestibular aí você não aguenta mais o que aprendi isso decorar e iii e saltar então ele vai fazer a pergunta eu comece a escolher papa não deixe de ajudar de novo o meu marido quer caminhão colegas de classe todo esse tempo sentado na primeira fila aí o professor olha pra ele instruiu bem a patroa né passou isso ainda não aguentei não fui chorar no banheiro fiquei quieta e aí eles já agora do meu

marido que era j que o ponto o professor faz a pergunta ele tudo bem aqui tudo bem não tinha estudado mesmo que tudo bem e se tu b e aí ele pergunta pode ser só para passar e 16 ele tudo bem vai embora seis e é o sentada no mesmo lugar onde eles quiseram ele não reverteu a brincadeira isso doeu muito mais do que a brincadeira que ele não rever o ator vendo que tem não instruiu você foi ela uma coisa dessa uma brincadeira de referência então há a esse tipo de coisa me deixou livre

com o feminino irado entendeu em tom em tudo ouvia perseguição a mulher e é certa para chegar ou assad que eu estou hoje que eu chamo de pós moderna do feminismo que eu acho que só se vamos só vamos conquistar realmente o lugar o mesmo agora vale igual aos homens a gente só vai conquistar junto com eles fazendo uma uma organizada a vida organizando o mundo em conjuntamente com quatro eu gosto muito desse comercial que está por aí du dada eu acho que da unesco não sei se é da onu da unesco eles por elas

eu acho excelente isso nossa perna lima não olhar no meu tempo no tempo que eu era feminista miami negava eu achava o patriarcalismo já uma bênção era uma bênção diante da perseguição muito ferro cerrada em cima da lei não é bem uma perseguição não é a palavra percepção é uma panela de qualificação a palavra é essa desqualificação e não percepção mas hoje em dia ainda há áreas qualificação eu me lembro de marilena chauí e eu eu assumi o direito de ser histérica num dia que marilena chauí numa numa briga é muito grande na época da

ditadura numa discussão de grupo da associação dos professores da usp ela perdeu as estrelas e gritava está a dizer que eu sou histérica porque vocês me dão direito de ser histérica vocês homens designação histéricas pois a gente tem que dar esses ataques mesmo então durante o meu tempo no seu tempo irá do dava realmente os ataques histéricos dos homens me permitiam feito mas agora acredito que é por aí a juventude como vocês têm que encontrar uma um diálogo e construir o mundo de vocês essa coisa por aí é não só o pt quero dizer a

vocês jeito nenhum mas eu acho que não estariam fazendo isso a dilma ela se fosse mulher ela fosse homem a coisa seria diferente é a então a gente tem que pensar no que está acontecendo também ao redor de nós que nós não conquistamos ainda igualdade não conquistamos ainda o respeito de todos e continuamos as mulheres continuam a morrer vítimas de violência masculina né mas é com este com os homens que a gente vai ter que construir isso é reconstruir uma uma sociedade igualitária em benefício dos que virão das gerações que virão as gerações dos vossos

filhos filhas e netos e netas a leitura foi um suplício da minha vida a gente quando eu comecei a pesquisar a abordagem angular que foi pesquisada por quase dez anos foi pesquisada em ambiente de museu no museu de arte contemporânea da usp com equipe muito bem preparada foi pesquisada num programa num programa extra classe que a grécia inclusive cita no livro dela com imagens em movimento com vídeo no programa no rio grande do sul hoje ele está no brasil todo mas ele era só no veículo centrada no discurso e foi pesquisado na sala de aula

desde a escola primária de escolas e fundamental quando paulo freire era era secretário paulo freire depois portela foram secretários de educação da cidade de são paulo então houve pesquisa não só na imagem fixa mais a imagem móvel pesquisa em diversos contextos também contexto de museu com a obra original contexto de sala de aula com reproduções e contexto de modesta extra classe a ou melhor a educação não formal me convenci me convenceu da importância da entrada da da imagem na sala de aula foi absurdo que era o você ensinar a arte só dando um lapso papel

tintas e materiais por mike que lhe fossem mas era proibida a entrada da arte da sala de aula era como se conselho fosse alfabetizar as crianças em e permitindo a elas levem apenas os textos uns dos outros não pudesse ler e eu percebi literatura nenhum texto produzido fora da sala de aula eles não podiam ver ok porque havia um mito da originalidade meta da cópia então essa luta do medo da cópia na as pesquisas foi se desmontando esse medo da cópia ninguém copia ninguém a não ser que queira ser calçado e aí pra ganhar dinheiro

com isso mas alguns ea mim meses em busca de semelhança e não cópia minas grega é significa busca de semelhanças os romanos é porque deram a palavra mímese a a significação de cópia mas a busca de semelhança da busca de semelhanças você encontra ao você coloca algo de seu é impossível você se sentir completamente e então eu caí na bobagem de ao escrever o primeiro livro sobre a abordagem de angla que a imagem no ensino da arte eu eu colocar nas legendas das figuras releitura de maria martins releitura de não sei de que seu não

uso na sua vez a palavra releitura no corpo do texto do livro não usava mais uma vez que agora eu terei também da legenda para ter a ser risível terrível desespero de ver isso ser interpretado como cópia olha a primeira vez que houve uma tentativa de cópia numa sala de aula de luto gerações do van gogh eu saí chorando jeito eu tô jogando arte-educação 50 anos atrás que não é a releitura seria e é para mim a capacidade de dizer aquilo perguntar a si mesmo que aquilo significa para você e interpretar graficamente aquilo que você

que você viu muito bem colocado na pedra amanhã que vai ser defendida da grécia essa esse sentido de releitura resultado passei dez anos rejeitando abordagem angular se eu vou encontrar em nenhum aqui um livro meu latim no meu em dez anos a a até 2002 eu não falo de 92 a 2002 não sabem abordar estrangulado e nem usava quando me chamavam para falar eu não quero pensar nisso por causa da dor da grande percepção da marca interpretação da banda que eu volto a tratar da abordagem ampla quando fui à a colômbia em um congresso em

medellín em que um professor espanhol que inclusive eu eu pedi para prefaciar a menina a sétima edição do livro onde eu estudei a releitura é virgem que te falar sobre a sobre educação artística connect porque é como se chama em toda a américa latina hispânica falar de educação artística as diferentes teorias e dizer o seguinte o lula não tivesse sido sistematizada por uma professora latina da americana já estava correndo o mundo vai ver que tem alguma coisa que eu tô jogando fora e jogando fora conjunto com água mas como dizem os franceses joga a água

do banho com o bebê dentro então estou jogando bebê deixe-me pt e aí uma aluna minha se propôs a pesquisar comigo que era que estava se fazendo deixa dessa mania de não querer ver e vamos pesquisar vamos pesquisar o que está se fazendo abordagem triangular para descobrir coisas extraordinárias grandes interpretações que eu não tinha nem imaginado eu já até é no momento em que o réu organiza até meu pensamento e saiu o livro abordagens irregular no ensino das artes das culturas visuais então é esse o meu problema com a releitura a imaginação a imaginação é

um poderosíssimo instrumento para você perceber a realidade parece loucura mas não é george lucas que se dizia isso é através da imaginação que nós descobrimos o que não existe na realidade então percepção imaginação são duas funções essenciais para você ter uma capa a possibilidade de ler ao seu redor de ler as situações políticas de ler no seu entorno de ler as suas pelos seus próprios desejos e dinheiro são as suas próprias necessidades é um som importantíssima a 10 qualificação e para que você a torre atue no mundo com o pé no chão por incrível que

pareça é a imaginação que o bolo de imaginação que vai você descobrir as minhas possibilidades faz descobrir as possibilidades em que média imaginação média a sua ação no mundo há mais percepção imaginação juntos para decodificar a realidade circundante é que depois será analisada a capacidade crítica e capacidade de análise eu acho que isso e há o contato com a arte importantes nessa realidade percebida e imaginado a idéia de imaginada é analisada para você dá retoques das criadoras respostas inventiva respostas transformando formadora a realidade você tem a realidade lá para captar a realidade a imaginação ea

percepção capacidade crítica para analisar essa realidade e capacidade criativa para responder positivamente em forma transformadora a essa realidade do campo isso pode-se entender um campo amplo num campo bem restrito que seria até os até a um quarto em que você dorme readaptados lá em nova iorque descobriu há uns anos atrás através de testes que os jovens junto aos jovens delinqüentes presos a a assunção que mais lhes auxílio estatal tava era a capacidade de adaptação eles eram incapazes de criar recriar o seu meio ambiente para se sentir melhor disse nesse meio ambiente e qualidade de vida

nesse ambiente e que os africanos dá um banho no gente sobre isso porque eu tenho uma amiga que é fotógrafa ella do fotografando casas na áfrica e eu eles apenas se aproveitou de cartazes de cinema ficar todo tipo de cartaz todo tipo de ira papel colorido para botar na parede não tem dinheiro para comprar tinta pra mais aquela cola de de mingau de farinha e cola tudo e as paredes ficam coloridas e você tem outra qualidade de vida vivendo naquele ambiente a que lembra aquele ambiente [Música] o que seria pra vocês memória eu passo uma

maravilha essa é essa na na idade então estou a memória é pra mim uma criação de narrativas pessoais e profissionais e do do meio ambiente que me certa e eu posso fazer a minha missão é evitar memória é um trabalho interessantíssimo você e retirando por as arestas né usando o seu pensamento abstrato e trazendo aquilo que foi essencial e deixando de lado o que é o que é acidental eu acho que a desistência grande vantagem vamos fazer isso que a gente vai logo da apple dará quando era criança eu fazia o dever de casa na

hora que chegava em casa fazer logo deverá ficar livre agora vai pegar falava que adriana me deu para ficar livre então a velhice por exemplo velhice adriana me levou a pensar nisso e eu vejo que é uma fase da vida e até muito ambígua a gente tem uma enorme liberdade mas também uma fase terrível de perdas a gente não só perde e medo de perda mais do que da perda é o medo capeta a gente perde fisicamente e isso me importa muito pouco entendeu perder a perda física num não importa muito muito é você perde

beleza é muito curioso que você começa a se transformar até não existir eu quando era jovem usava muito brinco brincam era conhecida na usp pelos brincos que não era nada muito na moda que eles brincam e usava os brincou enormes envelhecia eu passei eu percebi só depois que aconteceu é que eu passei a falar que era pra tirar o foco da minha cara e passar para o gol e colares quanto mais brilhantes e quanto mais solto mais exagerados melhor que é pra sacar o olhar da pessoa não falar agora do ponto de vista do ponto

de vista psicológico é terrível porque começa a perder pessoas perder amigos suas ligações são cortadas de outro ponto de vista é terrível medo da perda do conhecimento e da memória eu vou fazer 80 anos esse ano passei provavelmente é o 11 65 anos da minha vida querendo construir o meu conhecimento buscando construir o meu conhecimento e um medo de perder eu já sei o que estou perdendo a consciência fica aguçadíssima porque você tá perdendo eu tô perdendo nomes pessoais nome de pessoas pra mim este mundo contemporâneo é extraordinário porque está dando aos meus alunos o

instrumento que eles precisam para me completar então eu todo mundo na minha turma tem e celular é com com internet aí eu digo olha aquele livro como eu lá com o livro lembra o nome do doutor olha tem um artista que faz a coisa assim nadou toda a o pior é que eu sei toda a a conceituação do artista certa nome de obra e eu esqueci o nome da qual queria de seus textos nome de picasso mas é o fim da picada eu juro que decidiu me aposento completamente então já me aposentei uma vez a

usp agora tô dando aulas do mestrado e doutorado de uma universidade privada em design que também é uma coisa extraordinária é não poupar a minha grande coisa também há grande preocupação com a velhice é não perder a curiosidade no dia que perder a memória tomando jeito com os celulares dos alunos agora há a curiosidade não tem tecnologia que supra não tem tecnologia e essa daí então pra mim foi uma uma um presente eu ter saído da área específica de arte educação popular para a área de design é trabalho com design a história do ensino da

arte do design e trabalho com uma disciplina chamada estudos visuais que inclui todas as visualidades e as ganhei o presente com a tese dela me manda um pendrive completamente cheio de vídeos extraordinários que eu já vou usar este ano quando os alunos e então ela é realmente rodou por outro lado há uma liberdade não a mim e de você não tem mais carreira para cuidar você não tem mais imagens para preservar você diz o que quer na hora que você quer senhor cedeu seu adversário então isso é ótimo você chegar com um rapaz de 19

como você é bonito imagina eu criada na repressão e violência jovem dizer isso o rapaz jamais diria hoje em dia e um dia ruim adriana foi uma disciplina como você é bonita né se eu fosse jovem eu pensar que estava querendo campanella então a liberdade que a gente tem que o de dizer as coisas é é a qual a minha meta é eu crio a minha neta educa minha neta eu tenho toda essa liberdade que ela fica espantada vezes e dizer olha mais gozado seu não haja você é diferente das outras a voz mas é

é porque ela é as amigas dela não são criadas pelas avós mas garanto que as avós dela também teria o lema liberdade com elas se elas estivessem viverem juntas mas é esse sentido de que tinha que pensar em bolar o que dizer com a minha filha tinha que pensar bola como é que o atacou e esse assunto este outro assunto e há certa com ela não ele sai assim surge assim na liberdade uma liberdade enorme então essa coisa da liberdade de não ter não está almejando mais nada eu agora tenho muito claro uma coisa que

me dizia uma vida inteira e que eu nunca seguir que é viver o dia a dia você tem o sustento de aposentadoria que ajuda e você vive o dia a dia e sem se preocupar com o futuro para mim não há futuro eu me preocupo com o futuro dos outros e sempre me preocupo muito com o futuro de juros de alunos de cílios de neto é de certa mas o meu futuro sou uma pessoa livre de futuro não tenho compromisso com o futuro