[Música] [Aplausos] [Música] Olá boas-vindas e seja bem-vindo seja bem-vinda ao saberes UEG uma produção em com a pró-reitoria de graduação como parte integrante do programa de formação continuada para os professores e professoras aqui da UEG bom o saberes também é parte das ações de Formação Inicial eh e continuada que fazem parte do programa nacional de iniciação científica docência eh da upid que tem o patrocínio da Caps eh que é a coordenação de aperfeiçoamento de pessoal de nível superior e do governo federal bom se você tem interesse em continuar recebendo as nossas notificações Não deixe de
se inscrever no nosso canal no YouTube acompanhe as nossas redes sociais para você ter acesso a todo o conteúdo exclusivo que a gente produz aqui na egtv bom ao final do programa de hoje nós também vamos compartilhar o link pra certificação então se você tiver interesse e em receber o certificado do encontro de hoje você que é estudante vinculado ao pibid Não deixe de se inscrever para você para você receber a certificação enfim eh no episódio de hoje nós vamos discutir sobre direitos humanos a desigualdade social e a violação desses direitos são desafios persistentes em
nossas sociedades contemporâneas representando um grande obstáculo na promoção da Cidadania e na garantia de direitos bom E para conversarmos sobre esse assunto eh e aprofundarmos sobre esse tema nós Recebemos hoje aqui na egtv nos estúdios do crialab o Professor Álvaro Ribeiro Regiane que está aqui conosco Professor Álvaro seja muito bem-vindo obrigado prazer é meu né esperamos ten um bom uma boa conversa aqui sim teremos o Professor Álvaro ele é Historiador Doutor em história pela Universidade Federal de Goiás e professor de história das Américas e da e da África aqui na UEG eh de onde também
ele é egresso ele possui mestrado em história e especialização em filosofia política ambas pela Universidade de Brasília a UnB atualmente ele é vice-coordenador do grupo de trabalho direitas história e memória e também pesquisador nas áreas de história das Américas das áfricas e do Brasil cultura indígena cultura afro--brasileira e relações de gênero Professor Álvaro seja muito bem-vindo Que bom ter você aqui eh é importante nós termos professores que estão na universidade né na no interior então enfim é a gente agradece muito você ter se deslocado de Formosa para est aqui conosco em Goiânia então enfim antes
de mais nada muito muito obrigado pela sua disponibilidade de estar conosco isso é muito importante para nós bom professor eh pra gente começar né embora a gente a expressão né e declaração universal dos direitos humanos seja uma expressão assim muito usada a gente vê isso muito na imprensa em várias situações é mas qu a gente começar assim todo mundo na mesma página conta pra gente assim o que o que é esse documento e qual que é a importância que ele tem eu vou começar pela importância dele mesmo né ao final da da segunda guerra mundial
a gente viu um cenário de milhares e milhares de pessoas sem nenhuma garantia jurídica né Eh a que o jogo da da Cidadania se desfez com com a Alemanha nazista né tornando milhões de pessoas apátridas e sem isso sem nenhum uma garantia então a importância dos Direitos Humanos é quando não há mais a proteção do estado do Estado nação deveria existe uma outra força que garantisse a integridade dessas pessoas por isso a importância dessa dessa carta um novo pacto que se faz da Humanidade para proteger as pessoas que estão em Extrema vulnerabilidade claro que esse
é o momento Inicial mas os direitos humanos Eles foram alargando-se ao ponto de chegar a outras esferas como a gente tá discutindo assim sair e eh sair de uma esfera apenas de uma discussão da proteção do estado em relação ao seu o seu cidadão e indo para outros caminhos de de maior ampliação dos direitos individuais civis e políticos né que é o atual estágio sim e aí eh diante desse cenário que a gente vive né atualmente é uma carta que já tem algumas décadas eh mas que ainda hoje nós temos muitos question sobre o que
são os direitos humanos para que que eles servem e como é que você enxerga esse momento que a gente vive onde os direitos humanos ainda são tão questionados é o que eu o que eu entendo é uma falta de de conhecimento do alargamento do campo jurídico né eu tinha um professor na Universidade de Brasília que ele foi meu orientador e infelizmente ele veio a falecer né um professor miroslav milovic que ele pensava o direito como potência gente entender que a a manifestação do direito do alargamento do direito tanto individual coletivo né o direito cultural ele
é é é é a base e o princípio para qualquer sociedade e como a gente tá vivendo em tempos de globalização para todas as sociedades se pautar em alguns princípios e claro que há grupos de interesse que vão contra os direitos humanos aí pega o exemplo por exemplo de grupos de interesses vinculados madeireiros garimpeiros eles fazem campanhas contra os direitos humanos porque eles têm um interesse econômico n é contra os povos indígenas mas o conhecimento sobre os Direitos Humanos ele é justamente fundamental porque ele tenta abarcar todas as individualidades mesmo nas suas diferenças então há
uma necessidade da gente tentar compreender mais e as pessoas que estão eh de certa maneira criticando colocando algumas algumas interrogações a a pergunta que a gente deve fazer esses grupos é por que que eles estão fazendo isso né Qual é o interesse por trás disso né Professor enfim diante diante disso e que você nos coloca de que maneira então os marcadores sociais como por exemplo raça e o gênero a classe social orientação sexual elas impactam a experiência de exclusão social e a violação dos dos Direitos Humanos ó eu vou tentar dar um exemplo pessoal da
minha vida né A minha avó ela né eu tenho 41 anos e a minha avó ela conviveu com pessoas que eram escravas desculpa pessoas que foram escravizadas e também com senhores de escravos né conviveu seja os bisavós os avós delas né os pais dela conviveram com isso então você vê a importância de você alargar o direito né hoje eu posso falar que a gente né apesar de alguns casos isolados a gente acabou com a escravidão no Brasil isso foi tudo uma conquista pelo alargamento dos direitos só que quando a gente fala em alargamento dos direitos
a gente vê que tem alguns grupos mais subalternizados e no caso da minha avó é uma mulher negra né né descendente de escravos e pessoas escravizadas desculpa eh ela ela ela teve uma vida completamente eh Desprovida de qualquer sentido e aí eu quis trazer o exemplo dela para tentar mostrar como que é uma mulher mulher negra uma mulher pobre no Brasil ela simplesmente tem uma condição cada vez menor ela ela sai atrás de todas essas questões por isso que quando a gente tá falando dos Direitos Humanos a gente tem que se voltar para essas pessoas
que estão menos favorecidas né para tentar criar uma uma ideia de uma Equidade né E aí claro né eu vejo eu eu um homem branco né concurso superior então eu tenho outras questões dentro de uma sociedade completamente desigual Então as barir para mim não foram as mesmas que foram para minha avó e aí um dos motivos que a gente tem que começar a se perguntar qual é essa luta pr pra Equidade é a luta que a gente tem que fazer com todas as pessoas possam ter o livre acesso às benes do mundo né na boa
vida Professor E aí diante dessas desigualdades Enfim no Brasil de modo particular para alguns grupos mais específicos onde entra o papel do estado e o papel da sociedade civil em prol da enfim de de buscar que cada vez mais esse alargamento dos direitos possam chegar de forma eh mais justa né Para Todas para todos os grupos sociais historicamente aqui o Brasil quem quem construiu esse alargamento dos direitos foi o estado em todos os níveis tanto Municipal Estadual quanto Federal foi o estado de diferentes atuações aqui a sociedade civil brasileira ela é uma sociedade que se
voltada E é claro não toda né mas alguns grupos voltam para manter os seus determinados privilégios então o Estado é um componente importante só que é esse mesmo estado e ele é um estado complicado da gente fazer uma análise simples né o mesmo estado que tá levando os direitos é o mesmo estado que mais mata né a gente Claro com braço armado da polícia e aí a gente pega tanto o exemplo aqui do Estado de Goiás quanto o estado de São Paulo ou do Rio de Janeiro onde você tem o estado praticando determinados crimes contra
os direitos humanos e mesmo assim levando então a gente vive nesse paradoxo então e eh eh de de apoiar o estado e saber que ele também é um instrumento de de agressão e de violação dos Direitos Humanos Então o que a gente que eu que eu penso e levo meus alunos a refletir sempre é que estado que a gente quer mas não é uma pergunta sobre o estado mas que democracia que a gente quer e aí por isso que vem a sociedade civil um papel é importantíssimo ISO nós precisamos de criar mais eh eh eh
eh grupos e mais ações mais ações coletivas para que a gente possa de fato fiscalizar esse Estado então pegar as partes negativas né as partes que violam tentar sanar essas dificuldades com a vigilância constante da própria sociedade ou seja tem uma ampliação dos direitos por meio de de uma atuação política de um agir político em prol de uma democracia que seja efetivamente participativa de que nós podemos controlar esse esse braço armado do estado e manter o processo de ampliação dos direitos então Ou seja a participação da sociedade civil ela é fundamental para conseguir equilibrar essas
forças sociais sim o o exemplo que a gente tradicionalmente coloca é a questão da Imprensa né a gente sabe que qualquer jornal é uma empresa empresa quer questão do lucro né ela ela se a finalidade dela é o lucro mas ao mesmo tempo eh a a a empresa como o jornalismo ela auxilia a gente a demonstrar por exemplo os crimes cometidos pelos Agentes do Estado né Amando de grupos de de interesses grupos setoriais mas você tem você vê que como que a imprensa é importante por isso que a Imprensa Livre é interessante Então dentro desse
jogo e a sociedade civil cada vez mais se informando ela pode tentar modificar esse papel dessa né da Imprensa então cada vez quanto nós enquanto público né né Ou seja eu enquanto consumidor e também enquanto e eleitor eu tenho que começar a forçar para que essa imprensa seja mais atuante nesses aspectos e tente conf fiscalizar cada vez mais o Estado então assim a gente é pela sociedade civil que o estado vai se regulando né Professor a gente vai pro intervalo tá ótimo tá bom eh nós vamos agora para um breve intervalo daqui a pouco a
gente volta continuando falando sobre direitos humanos eh aqui com o professor alvo até já [Música] a rádio UEG Educativa lança sonoteca uma coprodução internacional no Dia das Crianças o episódio especial do podcast é uma colaboração da rede tal do crialab UEG e da TV Cidade de João Pessoa a sonoteca é uma série que reúne sonhos de crianças latino-americanas onde a imaginação infantil pode se expandir E unir diferentes línguas e culturas o curso de fisioterapia da UEG celebra 30 anos de história para marcar essa data ex-aluno alunos e professores do curso se reuniram em uma festa
no centro de educação e esportes em Goiânia a confraternização permitiu que todos os presentes celebrassem juntos esse importante Marco reforçando o espírito de união e orgulho em torno da trajetória de 30 anos do curso fundado em 1994 e para mais informações acesse www.ueg.br Esse foi o minuto UEG a até [Música] mais a vida é feita de Fases e uma das fases mais importantes é a do vestibular a UEG está há 25 anos somando histórias e multiplicando sonhos em Goiás são mais de 100.000 pessoas formadas pela UEG nas mais diversas áreas é a universidade que mais
forma professores no estado no vestibular 2025 são mais de 4000 vagas para mais de 30 cursos diferentes em diversas cidades do Estado tudo isso em uma instituição pública gratuita e de qualidade só neste ano foram mais de 350 milhões de reais investidos pelo governo de Goiás que trabalha para manter o nível de excelência da Universidade o vestibular UEG está chegando faça sua inscrição pelo site vestibular.ueg BR venha viver sua fase uag governo de Goiás o estado que dá [Música] certo a produção na rádio UEG educativa e na UEG TV nunca para e aqui Cada trabalho
se transforma em conhecimento que conecta inspira e faz a diferença mas essa história não começa aqui há 7 anos a rádio UEG educativa e há 6 anos a UEG Tv Vem construindo Pontes entre a universidade e a sociedade oferecendo conteúdos de qualidade sobre educação cultura ciência meio ambiente e tantos outros temas essenciais para o nosso tempo são inúmeros programas podcasts documentários institucionais e eventos levando pesquisa ensino extensão e in da UEG para mais perto de você a rádio TV estão cada vez mais bem equipadas com o melhor da tecnologia em áudio e vídeo em breve
a rádio eg educativa terá transmissão ao vivo em frequência FM e a implantação de um sinal aberto para egtv está a todo vapor a equipe trabalha constantemente para produzir cada vez mais conteúdos de qualidade participe você também da construção de uma uma comunicação pública de excelência Siga a rádio UEG educativa e a UEG TV nas redes sociais e mande suas sugestões vamos juntos conectando a UEG e a [Música] sociedade cara pensa o seguinte câmera na mão acompanha uma garota que entra correndo no carro vai vai vai aí corta pra janela do motorista então zoom no
rosto dele e já troca direto para um plano Holandês dele mexendo no câmbio O carro sai disparado levantando m poerão 3% do fundo e aparece cinema e audiovisual UEG uma Vibe bem bem Tarantino Sabe Isso sim que ia ser maneiro meu Deus não que horrível tem que ser algo mais refinado um estúdio tudo preto e branco uma sombra bem marcada com Contorno uma luz difusa uma mão aparece pega na bebid levanta e balança colha para um personagem que surge das sombras atrás bem sério um olh dador ele com uma voz H baixa fala cinema e
audiovisual o algo bem filme no ar Aí sim vai ser legal chato cinema tem que ter emoção cinema tem que ser arte ah gente na real Acho que não existe um único modo de se fazer cinema cada um tem o seu jeito a gente tá meio que aqui para descobrir E aí vem descobrir com a gente vestibular UEG se inscreva até o dia 21 de outubro [Música] bom nós estamos de volta que bom que a sua companhia continua conosco hoje aqui nos saberes falamos sobre o desafio dos direitos humanos em um mundo desigual E para
isso a gente recebe o Professor Álvaro eh Giane que vem da UEG de Formosa para conversar conosco eh Professor Álvaro no bloco anterior você falava sobre sobre o estado eh e é inevitável a gente pensar no estado sem pensar em política pública e enfim e qual que é o lugar da política pública eh promovida sobretudo eh pelo pelo Estado eh Na luta né enfim na construção de redução das desigualdades que existem de uma forma tão eh de forma tão Clara né tão marcada na nossa sociedade brasileira e que de certa forma essas diferenças elas vão
apartando as pessoas né e limitando o gozo dessas pessoas ao ao Aos aos seus direitos né Aos seus direitos humanos olha e a a principal para responder essa pergunta a gente tem que entender que o mercado As instituições de negócio instituições capitalistas elas não têm um interesse voltado no Social né são empresas que querem lucrar então qual é o interesse da população ela desistida dentro de uma lógica de mercado então é por isso que o estado ele tem que contribuir para que essas pessoas que estejam em vulnerabilidade social jurídica Econômica política que eles possam ser
atendidos então a única maneira que o que o estado pode fazer isso é por meio das suas políticas públicas né e e quais são essas políticas públicas elas são políticas voltadas e eu acho que tem que ser marcar uma coisa importante são políticas que T que ter um caráter temporário dentro do próprio regime né Elas T que ter um um início meio e fim então assim quando a gente chega e fala assim uma grande política pública sem um objetivo que nunca termina isso se torna facilmente existencialismo então a política pública ela tem que ter uma
ação voltada a uma finalidade muito clara e aí a gente pode pegar alguns exemplos a Equidade de gênero né a gente tem que ver determinados pontos que que devem ser eh ampliados né pontos que pr pra gente conseguir e algumas vigilâncias que a gente tem que ter em torno da violência contra a mulher então assim tem uma política voltada a proteção da mulher Então a gente tem que falar qual é o ponto e o estado ele tem que fazer isso de uma maneira muito pública que é uma segunda característica a publicidade de dessa ação porque
eh eh É muito ruim quando a gente vê uma política bem feita só que não tem uma publicidade as pessoas não conhecem e aí às vezes um vizinho seu tá passando por um problema que poderia ser atendido pelo Estado e ele simplesmente não conhece então a a temporalidade e a publicidade é o é o melhor caminho para que a gente possa criar dentro de um estado né Isso é claro os dirigentes e a sociedade civil cobrando tentar encontrar uma solução pra gente encontrar eh eh respostas né soluções mesmo para para as pessoas que estão em
situação de vulnerabilidade né professor e a educação né o direito à educação ele tá intimamente ligado aos direitos humanos e aqui a gente tá fazendo enfim n uma série especial dos saberes inclusive direcionado ao público do do pibid que tem eh uma ligação assim muito íntima né com com a atuação dos profissionais de educação Então você você poderia comentar eh com a gente como a proteção desse Direito pode contribuir paraa promoção eh de mais igualdade olha e eh o que o que eu acho importante é eu vou seguir com Paulo Freire mesmo né mantendo o
clichê mas eu acho que é bem importante a gente a a nós temos que aprender a ser leitor do mundo porque a única forma da gente conseguir traduzir esse mundo é por meio do da da educação e e e pessoas que não sabem entender o mundo não conseguem compreender o mundo dificilmente vão amar ele eu acho que quanto mais a gente investe em educação mais que a gente tem a possibilidade de cada pessoa virar um trado todo esse mundo né de você tentar mostrar o significado a a a a beleza que existe no nas pessoas
nos mundos eu acho que esse é o caminho que a gente tem que ter quando a gente fala que assegura que a educação é um direito é um direito da gente ter uma experiência única individual de poder mostrar esse mundo né e o que infelizmente se perde porque a gente vai vendo tantas subjetividades sendo perdidas né vítimas de bala perdida né vítimas da violência vítimas da falta de saneamento básico e aí a a educação mostra isso dentro de sala de aula a gente pelo menos os professores conseguem ver no mínimo 40 individualidades lá 40 experiências
de vida que podem ser construídas e essa é por isso que eu acho que é pode ser até um pouco eh eh filosófico isso mas esse é o caminho da gente tentar repensar esse mundo né A partir dessas individualidades desse olhar para o mundo né de como a gente pode amar esse mundo por meio da educação bom a gente tá numa universidade que tem praticamente 50% da sua oferta de vagas para licenciaturas né que é o campo do ensino superior que forma que forma novos professores novas professoras o pibid ele atua diretamente numa prática e
de Formação desses docentes que vão estar em sala de aula nas escolas dentro de pouco tempo eh diante disso né dessa desse pensamento filosófico eh voltado paraa educação enquanto um dos eixos importantes paraos Direitos Humanos eh hoje o pibi né enfim as licenciaturas da UEG Elas têm atuado para formar um professor eh um docente mais sensível a essas questões né e enfim como é que isso tem acontecido na universidade ol eu respondendo essa pergunta eu certamente eu quero acreditar que sim eh a a educação é uma uma Utopia possível e eu acho que cada vez
mais essas discussões e sistemas sensíveis tá tendo né e uma uma amplitude maior eu pego o exemplo sempre particular né mas assim no meu Campus eu vejo diversos professores que já estão mudando a forma da da de de de produzir o currículo a forma dele produzir o Saber voltados e se inclinando e se posicionando para os direitos humanos né isso é uma coisa importante porque a a a gente precisamos de múltiplas visões para perceber os direitos humanos porque a gente não consegue ter uma totalidade então esses vários ângulos são importantes e quando o pibid tenta
fazer esse tipo de reflexão já com os próprios estudantes e e ele é é primoroso porque ele ele atinge tanto os alunos bolsistas quanto os não bolsistas porque é um contato direto com o chão de sala do São da escola o esse contato com sala de aula né então um aluno que né Eh ficaria entraria em estágio só depois de algum tempo com pbid ele já entra dentro da escola ele já começa a observar já começa a pensar já começa a refletir e já começa a ver esse novo mundo que tá aparecendo essas Novas crianças
com as novas linguagens com outra questão que para eles e aí o único meio que eles podem eh eh tentar dialogar e traduzir esses novos mundos é pela pelo pelos Direitos Humanos né de como que eles podem simplesmente se compreender entendendo que é um direito comum a todos então por isso que o pibid ele tem que ter sempre e esse olhar voltado à defesa né dos direitos humanos na verdade eu acho que é um um uma coisa que é embc né junta mesmo não tem como separar né educação e é direitos humos né Direitos Humanos
é educação professor e diante de muitos projetos né que buscam essa relação entre Direitos Humanos diminuição de desigualdade eh e educação você poderia nos nos nos dá algum exemplo de como isso se dá assim na prática Olha eu eu vou te dar eu não vou falar de de alguns projetos já canônicos né Eh que aí é uma ação política Mas eu posso dar o exemplo dentro da sala de aula eh quando a gente discute por exemplo gênero dentro de sala de aula a gente tem uma importância justamente pra gente tentar diminuir essa desigualdade entre os
próprios gêneros né então quando a gente começa a se posicionar dentro de sala de aula quando a gente faz uma história antirracista né uma história antic classista a gente começa a ter uma ação política lá então é é é importante e é uma ação política que todo Professor deve fazer esse tipo de experiência de como Quer pensar uma aula e aí saindo do campo da história mas por exemplo Como que eu posso dar uma aula de matemática pensando os direitos humanos Como que eu posso dar uma aula de geografia de de filosofia enfim porque essa
é a própria política essa a nossa própria ação política de de tentar Mud de mudar porque nós somos professores somos educadores né E o nosso papel é esse né educar E aí eu acho que e a partir disso vai engendrando outros outros movimentos muito bom professor nós vamos mais um intervalo mas é um intervalo curtinho rapidinho daqui a pouco a gente tá de volta para falar mais sobre educação e direitos humanos até já [Música] ST [Música] bom a gente está de volta no nosso terceiro e último bloco hoje recebendo o Professor Álvaro Regiane aqui na
nos nossos estúdios para nós conversarmos sobre os desafios dos direitos humanos em um mundo desigual bom se você eh fazendo lembrete se você que está acompanhando quer receber a certificação do encontro de hoje daqui a pouquinho a nossa produção Vai disponibilizar o link para você solicitar o seu certificado então se você é estudante do pibid enf Não deixe de registrar o seu pedido para você ser certificado do nosso encontro de hoje bom professor seguindo então aqui a nossa nossa conversa eh na sua visão qual seria então é assim o maior desafio pros Direitos Humanos nesse
mundo que a gente vive né que é um mundo enfim cada vez mais eh diverso do ponto de vista de alcance mas que tem se mostrado também um mundo cada vez mais polarizado eh essa semana nós temos o encontro dos Bricks né com uma com uma uma possível nova formatação com países eh que são hoje de tá dura no mundo um um um um grupo que é tão eh importante do ponto de vista econômico do qual o Brasil o Brasil faz parte então enfim diante desse contexto tão complexo do qual nosso país está inserido nele
né E nós enquanto cidadãos e cidadãs também enfim eh é muito desafio não é bastante muito na verdade essa é a pergunta de de ouro né eu eu penso que a gente tem que substituir a importância que a gente dá à relações econômicas e a relação de mercado pra gente pensar uma outra relação humana né não não tem como a gente tentar pensar e eh o Mundo do jeito que ele tá manter continuar mantendo esse Progresso continuar mantendo esse consumo desenfreado e não tem como o principal o a oposição a essa nova e esses novo
rearranjo de atores globais é a Ecologia aí não adianta a gente tentar ficar pensando numa ideia de uma sustentabilidade para continuar mantendo né a o o o nosso mundo de maneira precária a gente tem que voltar um pouco atrás e tentar entender Por que a gente simplesmente acha normal o assassinato de indígenas dos Gom mames para que algumas pessoas possam ter acesso a a a brincos anéis de ouro então a gente tem que voltar um pouco de parar de entender que toda essa lógica mercadológica é mais importante do que a vida de qualquer outra pessoa
e aí eu acho que talvez seja esse desafio não negando que com isso há interesses econômicos eh eh de fatos no mundo e só que o O problema é que a gente substituiu toda a a a nossa estrutura política justamente uma esfera da administração de de bens e pessoas e quando a gente pensa que a substituição de bens e pessoas dá no que dá no que acontece né a gente é um dado estatístico e e d para pras grandes empresas pros grandes estados só que a gente não é né É por isso que que os
direitos humanos é importante os direitos humanos reafirm e afirma o tempo todo que nós somos uns seres humanos que a gente não pode ser reificado ou seja nos Tornado uma peça Econômica uma coisa nós somos seres humanos e por isso nós temos que ter direito à dignidade humana e diante disso Professor Qual o lugar das instituições né nossa universidade é uma instituição importante aqui no no nosso estado na nossa região temos outras instituições também que enfim integram esse sistema eh social e que lugar As instituições elas ocupam para buscar melhorar o a garantia né de
que todas as pessoas têm o direito o direito né a sobrevivência o direito a enfim a estar no mundo e de forma digna eu eu acho que o principal objetivo de toda e qualquer instituição é nos humanizar é eh a a educação nos serve para para nos humanizar e qualquer instituição pode ser humana n pegar outro exemplo assim difícil de colocar por exemplo se a gente for pensar assim que numa delegacia não é um lugar que está humanizado Isso é um absurdo a a delegacia deveria ser o lugar de maior humanidade você tá sofre um
atentado né você foi roubado por exemplo você vai numa delegacia E você tem que esperar o quê humanização lá não é Então esse é o papel das instituições não é fingir não é retirar a humanidade é cada vez mais nos humanizados se você pensa numa delegacia humanizada onde você se sente Seguro aí nela onde você possa contar para um policial que você acabou de acontecer com você o policial te escutar seria ótimo e a mesma coisa que eu jogo paraas nossas escolas nossas instituições que a gente vive cotidianamente a gente entra dentro de uma sala
de aula ou os alunos tem medo dos professores né a gente precisa cada vez nós nos maniz armos pra gente tentar eh eh encontrar uma outra saída que não seja essa saída desse dessa lógica do mercado né desse mundo neoliberal mas tentar entender o mundo cada vez mais humano voltar um pouco atrás e tentar entender essa uma uma possibilidade de humanizar todas as instituições não deixar só para um fim né As instituições elas ainda operam num sistema muito coercitivo n enfim a escola a polícia universidade e enfim o estado diante disso que você fala ass
chega na escola o aluno ainda tem medo do professor e ir à delegacia mesmo a partir de um de um de um a gente sendo vítima ainda é um um ato que é difícil uma decisão difícil de ser tomada isso se dá por conta das nossas instituições terem se constituído assim muito a partir desse dessa Ótica né da instituição que tá ali para para ser a verdade o direito isso acontece de uma forma ainda muito conetivo olha Apesar vou pegar o exemplo da América né contextualizar com a América apesar da América Latina como um todo
a gente tá vivendo o período de maior democracia de todos os tempos desde 1500 né a maior parte dos países são democracias aqui algumas com a densidade maior outras com menor mas somos todos uma democracia agora a sensação por exemplo como a violência dentro da América Latina é horrível porque a a a a as nossas nós não confiamos nas nossas instituições justamente por conta dessa desumanização que se tá lá e aí eu pego o exemplo das ditaduras e eh latino-americanos o que que eles fizeram foi institucionalizar da cidade a tortura Ou seja a tortura era
uma algo público cada Delegacia da América Latina a gente sabia que tinha gente sendo torturado desaparecidos na Argentina no Uruguai Então é só só ratificam esse exemplo Então o que a gente tem que pensar é que tipo de democracia a gente quer a a a gente tem que lutar por uma democracia onde a tortura não seja um valor colocado pela delegacia onde o um professor tem ele tem que ter a sua autoridade mas ele não pode ser autoritário então assim e aí é uma uma diferença muito leve né E aí quando a gente chega e
fala assim comparar um policial e um professor Pode até parecer um pouco ímpio mas são ambos servidores públicos que visam o bem comum da comunidade não ao contrário o policial deve levar um criminoso à justiça e o professor deve educar o aluno para que ele entenda a justiça e efetivamente a própria questão dos Direitos Humanos ele tem que aprender Então se se são duas coisas que aparentemente são Opostas mas é para tentar são complementares no sentido que a gente busca a humanização de de de todos né ao nosso redor então eh eh diante de de
de todo esse quadro eu eu vejo assim que H há um desafio gigante porque a gente tá indo num caminho né certo Contra o autoritarismo contra as ditaduras mas a gente ainda tem que repensar mesmo que caminho é esse que a gente quer escolher que caminho e aí é uma reflexão minha sua de todas as pessoas das Gerações mais novas das das as mais velhas também de como que a gente tá pensando esse novo mundo que não optar por uma outra solução mais autoritária na verdade é mais democrática né bom e pra gente concluir já
que você fez essa provocação né de que mundo novo é esse que a gente quer e enfim o que que a partir da do que você acredita a partir da do seu lugar enquanto professor que forma novos professores eh O que que você poderia finalizar aqui nas suas considerações finais a respeito desse novo mundo que seria um mundo eh mais feliz no mundo mais humano pra gente poder viver é porque é eu eu acho assim que a Utopia ela ela existe porque ela é possível né dentro a gente já tem algumas experiências que que que
viveram resto a gente tentar realizar essas utopias e e não e uma Utopia pensada por nós não tem uma ideia que que alguém escreveu e aí a gente só tenta reproduzir mas que a gente pensa todo dia uma nova forma da gente tentar é melhor a cada dia sei que é um exercício difícil mas é é uma reflexão que a gente tem que sempre fazer assim como que eu posso melhorar o meu mundo né Como que eu posso ter uma boa vida e não tentar reproduzir esses esses mesmos efeitos né reproduzir a violência e é
muito difícil porque é um grande processo de da gente ir se conhecendo o tempo todo e quando a gente começa a se conhecer a gente começa a produzir uma ação no mundo com outras pessoas Então eu acho que esse é o grande desafio é tentar aprender a escutar mais e falar menos né Eu acho que é mais isso Professor Muito obrigado muito bom ter você conosco mais uma vez a gente te agradece muito né sua disposição de vde Formosa até Goiânia pro nosso pro nosso programa Muito obrigado Eu que agradeço bom e você que nos
acompanhou até agora nosso Muito obrigado eh vale a reflexão né de como eh enfim a gente pensa e a gente age também a partir que a declaração universal dos direitos humanos eh orienta no mundo enfim né cada vez mais complexo então o programa de hoje ele nos ajuda a pensar um pouco sobre isso muito obrigado por você ter seguido conosco até aqui e até a semana que vem [Música] [Música] [Música] r i