Olá gente! Esse é o primeiro vídeo de uma série que Deus colocou no meu coração. Produzir resumos doutrinários.
Sim, vamos tratar apenas da doutrina bíblica, tanto aquilo que fundamenta a nossa fé como determina a nossa prática e que tem o objetivo de nos aperfeiçoar em Deus. Pra quem não sabe, uma das razões pelas quais o nome do nosso ministério é Orvalho, é baseado em Deuteronômio 32. 2, que diz: “Goteje a minha doutrina como a chuva, destile a minha palavra como orvalho, como chuvisco sobre a relva e como gotas de água sobre a erva.
” Tanto a expressão “gotejar” como “destilar” elas são idênticas, são sinônimos, porque destilar é o gotejar, é o gota a gota. Isso significa o quê? Que a doutrina, o ensino, a Palavra de Deus ela nunca é despejada no seu conteúdo integral de uma vez só, de forma instantânea e única.
Nós precisamos entender que o ministério de ensino, ele tem uma função: é sempre ir derramando gota após gota, um pouco e mais um pouco. Aliás, nós lemos em Isaías, no capítulo 28 e no versículo 13, a seguinte declaração: “Assim, pois, a palavra do Senhor lhe será preceito sob preceito, preceito, e mais preceito; regra sobre regra, regra e mais regra; um pouco aqui, um pouco ali”. Na verdade, esse conteúdo não pode ser despejado de uma vez só por questões de tempo, de assimilação, mas nós precisamos sempre estar sendo expostos ao conteúdo bíblico e não apenas a parte das verdades, mas ao seu todo.
Algo que me chama sempre a atenção é que em Atos, no capítulo 20, quando o apóstolo Paulo está reunido com os presbíteros de Éfeso, eles se encontram em Mileto para uma reunião, ele faz a seguinte declaração, no verso 20 de Atos 20: “jamais deixam de vos anunciar coisa alguma proveitosa”. Tudo aquilo que era proveitoso, Paulo diz: “Eu não deixei de anunciar a vocês. ” Depois, no verso 27, ele afirma: “jamais deixei de vos anunciar todo o desígnio de Deus.
” Essa palavra traduzida “desígnio”, ela também significa “conselho, propósito”. Em outras versões vai aparecer “todo o conselho de Deus, todo o propósito de Deus. ” Ou seja, Paulo entendia que o ensino não podia ser fragmentado.
Ele não podia comunicar algumas verdades sobre algumas áreas e deixar outras. Essa preocupação de quem ensina de comunicar o conteúdo integral, porém não de uma vez, tem sido a estratégia com a qual Deus tem nos movido a trabalhar essa série de vídeos. E eu quero começar hoje falando, em primeiro lugar, nesse vídeo piloto dessa série, falando sobre a importância da doutrina.
Eu quero começar lendo 2ª Timóteo, capítulo três, dos versos 14 a 17, na Nova Almeida Atualizada. O texto diz assim: “Quanto a você, permaneça naquilo que aprendeu e em que acredita firmemente”. “Permaneça naquilo que aprendeu”, vou repetir, “e em que acredita firmemente, sabendo de quem você o aprendeu e que, desde a infância, você conhece as sagradas letras, que podem torná-lo sábio para a salvação pela fé em Cristo Jesus.
Toda a Escritura é inspirada por Deus e útil para o ensino, para a repreensão, para a correção, para a educação na justiça, a fim de que o servo de Deus seja perfeito e perfeitamente habilitado para toda boa obra. ” Basicamente, nós vemos que as sagradas letras, a Palavra de Deus, podem nos tornar sábios para a salvação. Mas além de nos conduzir à experiência de salvação, a Bíblia fala de um processo de aperfeiçoamento.
A Bíblia também apresenta a importância de que a gente permaneça firme naquilo que aprendemos e que acreditamos firmemente. Eu gosto dessa tradução “acreditamos” ou, Paulo diz: “em que você acredita firmemente”. Por quê?
Porque essa palavra no original hebraico é a palavra “pistoo”. Na Almeida Atualizada ela foi traduzida só assim: “permanece naquilo que aprendeste de que foste inteirado. ” Mas o significado de “pistoo” fala de “tornar fiel, digno de confiança, tornar firme” mas também fala de “ser firmemente persuadido, de ter a garantia.
” Então ele fala de uma convicção que é a convicção de fé. Então, particularmente, eu gostei muito da forma como a Nova Almeida traduziu isso “em que acredita firmemente”. Aqui fala de confiança, fala de firmeza e eu você precisamos entender que é exatamente isso que a palavra de Deus deve gerar em nós, não apenas nos tornar sábios para a salvação, mas nos levar a ter convicção, andar e permanecer nas verdades que aprendemos e entender que nesse processo, não apenas preservamos a fé que nos levou à experiência da salvação, mas somos aperfeiçoados.
A palavra que foi traduzida aqui “ensino”, quando a Bíblia diz no verso 16: “Toda Escritura é inspirada por Deus e útil para o ensino”, no original grego é “didaskalia”. Seu significado é, além de ensino, “instrução, doutrina, ensinamentos, preceitos”. Muito parecida com a palavra “didaquê”, que também significa “ensino, aquilo que é ensinado, doutrina, o ato de ensinar, instrução”.
Quase como a gente usar no português doutrina e doutrinamento, por exemplo. Nós estamos falando praticamente de um sinônimo, e essas duas palavras são muito usadas na maioria dos versículos que eu vou apresentar aqui para vocês. Então, algo que eu quero chamar sua atenção é que o ensino gera fé, leia-se convicção, que conduz à salvação, mas também corrige a conduta de acordo com Paulo, educa na justiça e aperfeiçoa o servo de Deus.
Isso é gerado pelo ensino, não por uma única pregação que levou à conversão, mas por um processo de continuidade da Palavra de Deus sendo ministrada. Então, antes de mais nada, eu quero começar em primeiro lugar, já que a palavra doutrina, e ela significa “ensino, instrução”, já que ela é a chave de tudo o que nós queremos comunicar nessa série, eu quero começar pelo ensino ou pela doutrina de Cristo. Quando olhamos para os Evangelhos, nós vemos que os momentos de ensino eles obviamente tiveram preeminência no ministério de Cristo.
Mateus 22. 33 diz: “Ouvindo isso, as multidões se maravilhavam da sua doutrina. ” Marcos 4.
2 diz: “Assim, ensinava-lhes muitas coisas por parábolas. ” Lucas 4. 15: “E ensinava nas sinagogas, sendo elogiado por todos.
” João 6. 59: “Jesus disse estas coisas quando ensinava na sinagoga de Cafarnaum. ” Seja, o verbo ensinar aparecendo aqui ou a expressão “doutrina”, todos eles, no original grego, são a palavra “didaquê”.
Nós precisamos entender, apresentando aqui uma versão resumida, o contexto da progressão da revelação de Deus que no Antigo Testamento havia uma lei. Ela foi comunicada por um legislador, que é Moisés. João 1.
17 diz: "A lei foi dada por intermédio de Moisés", mas a Bíblia diz: "a graça e a verdade por meio de Jesus. " Nós precisamos entender que quando a graça chega, ela não chega instaurando um tempo sem lei. Ela promove uma mudança de lei.
Houve uma mudança de sacerdócio, do sacerdócio levítico, da antiga Aliança, que era regido pela lei de Moisés, pelo sacerdócio de Cristo, que o livro de Hebreus diz que "é segundo a ordem de Melquisedeque", é o sacerdócio da Nova Aliança. Hebreus 7. 12 diz que onde há mudança de sacerdócio, há mudança de lei.
É por isso que Jesus vem dizendo em João 13. 34: "Um novo mandamento vos dou. " O que eu e você precisamos entender é que Cristo é um novo legislador.
Ele veio trazer uma nova lei, e essa, a partir da chegada de Jesus, do início do seu ministério, passou a ser ensinada. A lei tinha que ser conhecida, tinha que ser entendida para que pudesse ser praticada. Então ela foi denominada, nas palavras do próprio Jesus, como "doutrina de Deus".
Olha o que diz João 7. 15 a 17: "Então os judeus se maravilhavam e diziam: Como é que ele pode ser letrado, se não chegou a estudar? Jesus lhes respondeu: O meu ensino não é meu, mas daquele que me enviou.
Se alguém quiser fazer a vontade de Deus, conhecerá a respeito da doutrina, se ela é de Deus ou se eu falo por mim mesmo. " Jesus está usando os sinônimos "ensino, doutrina" e ele diz: "ela procede de Deus". Posteriormente, Jesus ordenou que seus apóstolos ensinassem e aqui nós podemos destacar que o uso da palavra lá na grande comissão é "didasko", o ato de ensinar.
Jesus ordenou que seus apóstolos ensinassem quem? Os novos discípulos, que seriam batizados. Para quê?
Para que eles pudessem guardar as suas ordenanças. Jesus está dizendo: "A partir do momento que eu não mais estarei presente o ensino, a doutrina continua. Dessa vez vocês vão reproduzir a doutrina de Deus que eu reproduzi, vocês irão reproduzir a partir de agora.
" Por isso, a mensagem pregada por eles posteriormente foi denominada de "a doutrina do Senhor. " Mesmo com os apóstolos pregando, eles basicamente estavam dizendo: "Nós não estamos falando ou anunciando aquilo que é nosso, mas aquilo que nós recebemos do Senhor. " A Bíblia nos fala em Atos no capítulo 13, a respeito de Paulo e Barnabé pregando na ilha de Pafos, e lá a Bíblia diz que eles tiveram a oportunidade de evangelizar o procônsul Sérgio Paulo.
Nós lemos no verso 12, de Atos 13: "Então o procônsul, vendo o que havia acontecido, creu, maravilhado com a doutrina do Senhor. " Esse era o adjetivo que era dado para aquilo que os apóstolos pregavam: a doutrina do Senhor. Embora Atos capítulo dois, verso 42, diz que os discípulos, os novos convertidos, perseveravam na doutrina dos apóstolos, porque eles entendiam que era aquilo que os apóstolos estavam ensinando, mas, ao mesmo tempo, havia sempre o adjetivo de que o que eles ensinavam era aquilo que Cristo ensinou que, por sua vez, ele mesmo afirmou ser a doutrina de Deus.
É importante entendermos. Paulo, por exemplo, ele vai declarar aos coríntios: "Eu vos entreguei aquilo que também recebi do Senhor. " Paulo está dizendo: "Eu não estou ensinando algo de mim mesmo.
Estou ensinando aquilo que eu recebi do próprio Jesus. " Então essa doutrina, esse ensino, passou a ser promovido. Vamos falar agora da Doutrina dos Apóstolos, que era o posicionamento deles de comunicar aquilo que haviam recebido do Senhor Jesus.
Os apóstolos foram instruídos por Jesus tanto antes quanto depois da sua morte e ressurreição. Em Atos, no capítulo um dos versos 1 a 3, Lucas, que está escrevendo a continuação do seu evangelho ele diz assim: "Escrevi o primeiro livro, ó Teófilo", e ele está falando do Evangelho de Lucas, "relatando todas as coisas que Jesus começou a fazer e a ensinar até o dia em que foi elevado às alturas, depois de haver dado mandamentos por meio do Espírito Santo aos apóstolos que tinha escolhido. " Ele está dizendo: "No primeiro tratado, no primeiro livro, eu falei das coisas que Jesus começou não só a fazer, mas também ensinar.
" Ele deixa claro: "Ele deixou mandamentos por meio do Espírito Santo, os apóstolos que tinha escolhido. " Mas ele diz assim: "Depois de ter padecido, Jesus se apresentou vivo aos seus apóstolos", está falando da ressurreição, "com muitas provas incontestáveis, aparecendo-lhes durante 40 dias". Jesus, depois da ressurreição, aparece durante 40 dias.
Com qual motivo? O texto diz: "falando das coisas relacionadas com o Reino de Deus. " Agora Jesus vem pontuar e ajustar a mensagem que Ele já havia comunicado.
Ele vem esclarecer coisas que eles não podiam entender antes. Em João 16. 12 ele diz: "Eu tenho muito que vos dizer, mas vocês não podem suportar agora.
" Então, agora Jesus amplia o entendimento. Jesus calibra a mensagem que eles vão pregar e eles, por sua vez, passaram a reproduzir esses ensinos. Atos 5.
42 diz: "E todos os dias, no templo e de casa em casa, não cessavam de ensinar e de pregar que Jesus é o Cristo. " Então havia o anúncio de que Jesus era o Cristo. Havia pregação, mas havia também ensino e o ensino era a fundamentação bíblica da mensagem que era proclamada.
E qual era o propósito dessa doutrina promovida por meio dos apóstolos? Romanos 6. 17, nos mostra que o propósito é que essa doutrina fosse obedecida.
Aliás, Jesus, na Grande Comissão diz: "ensinando-os a guardar tudo quanto eu vos tenho ordenado. " Mas em Romanos 6. 17 nós lemos: "Mas graças a Deus que, tendo sido escravos do pecado, vocês vieram a obedecer de coração à forma de doutrina a que foram entregues.
" "Obedecer de coração à forma de doutrina. " Algo que eu e você precisamos entender e compreender é que o propósito da doutrina não é apenas pautar a convicção, o trilho do que nós cremos, definindo obviamente o que cabe e o que não cabe na nossa fé. Mas ele também tem o propósito de pautar a nossa conduta, de gerar obediência.
Então você vai ver, por exemplo, Paulo se reunindo por dois anos, num espaço de dois anos, com os discípulos na cidade de Éfeso, numa escola de Tirano, outra cidade, a Bíblia diz, que Paulo permaneceu um ano e meio ensinando esses irmãos. O que era o foco desse ensino antes que Paulo mudasse de cidade, depois de deixar os líderes? Trazer essa.
Capacidade de ter um panorama, de entender de forma completa o propósito de Deus. Depois de gastar esse tempo com eles, dois anos só na escola de Tirano, um outro texto vai falar que Paulo gastou três anos em Éfeso, ele diz: “Eu não deixei de vos anunciar todo desígnio, todo conselho, todo o propósito de Deus. ” Muitas vezes nós acabamos em nome de uma necessidade, sacrificando outra.
Por exemplo, nos cultos públicos das nossas igrejas, estamos preocupados com os visitantes, que eles possam entender uma palavra evangelística, ser levados a Cristo, porque isso é parte da nossa missão. Mas, de alguma forma, a igreja acaba negligenciando o ensino, a comunicação da doutrina. Algumas igrejas estabelecem outras reuniões para isso, mas o percentual de pessoas que vai participar acaba sendo mínimo.
Nossa intenção, o orvalho. com, ele existe para ajudar, para fortalecer as igrejas. Nós queremos levar as pessoas a um entendimento maior do escopo doutrinário.
Há muitas coisas que nós fazemos e nem sabemos porque fazemos. E nós precisamos entender com clareza o ensino bíblico. Isso vai gerar não só a convicção de qual é o nosso trilho doutrinário, vai determinar também nossas práticas, mas vai permitir que eu e você sejamos aperfeiçoados.
Eu tenho carregado uma preocupação enorme, não apenas como ministério de ensino que entende a sua importância, mas pensando como um pastor, pensando como alguém que tem discipulado crentes por mais de três décadas, eu tenho carregado uma preocupação. O evangelho moderno tem ganhado contornos cada vez mais antropocêntricos. Nós temos tirado Cristo do centro do evangelho, colocado o homem, as suas necessidades, e parece que o tempo todo, o único propósito da pregação é fazer com que as pessoas se sintam bem.
Eu, particularmente, não concordo com isso. É bíblico que haja encorajamento, que haja ânimo, que haja fortalecimento na fé. Nós vamos ver essas coisas nas Escrituras, mas não veremos só isso sendo produzido pelas pregações.
A Bíblia também fala de exortação, de confronto, de correção. Eu vi uma frase muito tempo atrás de um pastor amigo dizendo que mensagem boa não é apenas aquela que você sai feliz com o pregador, mas muitas vezes aquela que você vai sair triste consigo mesmo, reconhecendo a necessidade de ajustes, de mudanças. Me preocupa também não apenas essa questão de um foco antropocêntrico, mas nós passamos a determinar o que é importante de acordo com a perspectiva egoísta.
Se eu sinto que eu preciso ser encorajado, então o é importante é só a mensagem de encorajamento. Mas a pergunta é: Por que que eu vivo tão continuamente desanimado, precisando o tempo todo ser programado por essas mensagens de auto motivação? Repito, não estou dizendo que elas não têm a sua importância, mas nem de longe elas deveriam ter a importância que nós estamos dando.
Muitas vezes nós só vivemos tão desanimados, precisando toda hora de uma carga de motivação, porque não entendemos as verdades bíblicas, não entendemos quem somos, não entendemos a forma de viver, a maneira de praticar o evangelho. E tem pessoas que obviamente elas não estão conseguindo se conectar com Deus, com a realização que poderiam ter dele, justamente por falta de instrução e entendimento. E o que nós precisamos é que as pessoas amem a Palavra de Deus a ponto dizer: Eu quero aprender aquilo que a princípio nem me parece tão prático.
Romanos nos diz no capítulo 15, no verso quatro: “Tudo quanto foi escrito para nosso ensino, para nosso doutrinamento foi escrito. ” A doutrina é extremamente importante não apenas para definir o código de fé, para definir obviamente nossas convicções, também o nosso código de conduta e também para nos aperfeiçoar. A comunicação da palavra, seja uma mensagem direta, provocando a nossa fé ou não, ela gera fé.
Romanos 10. 17 diz que a fé vem por ouvir e ouvir a Palavra. Não importa o tipo de assunto que estamos ouvindo, alguma área dessa esfera, desse escopo enorme de necessidade, do uso da nossa fé sempre estará sendo fortalecida pela comunicação da palavra.
Então é muito importante que a gente valorize a doutrina. Os apóstolos a valorizaram porque obedeceram ao mandamento do Senhor e dedicaram tempo ensinando, mas eles também demonstraram preocupação com a Preservação da Doutrina. Assim como Jesus estava dizendo: “Olha, eu estou partindo, eu não vou estar.
Eu preciso que vocês continuem ensinando. ” Essa primeira geração apostólica estava preocupada que aquilo que eles comunicavam não parasse de ser pregado, de ser proclamado, de ser anunciado depois que eles partissem. Por exemplo, em 2ª Pedro 1.
15, o apóstolo diz o seguinte: “Mas, de minha parte, me esforçarei ao máximo para que sempre, mesmo depois da minha partida, vocês se lembrem dessas coisas. ” E ele estava falando de coisas que eles já conheciam. Por isso que ele usa o verbo lembrar.
No verso 12 ele diz: “Por esta razão, sempre estarei pronto para fazer com que vocês se lembrem destas coisas, embora já as conheçam e tenham sido confirmados na verdade que receberam. ” Então o apóstolo estava dizendo: “Gente, nós não ensinamos algo apenas quando é novidade e alguém nunca ouviu. ” Ele diz: “Nós fazemos questão de lembrar vocês, de bater na mesma tecla.
” O livro de Hebreus nos diz no capítulo 2. 1: “Importa que nos apeguemos com mais firmeza às verdades ouvidas” e esse é o nosso propósito. Nessa preocupação de preservação os apóstolos não estavam preocupados apenas com a continuidade, com a preservação do ensino no sentido de continuidade, mas também da sua qualidade.
Eles eram cuidadosos com a doutrina e zelavam por ela. Por quê? Sabiam das ameaças que viriam.
Olha o que Paulo diz, em Atos 20. 29 a 32, naquela conversa com os presbíteros de Éfeso, o apóstolo diz: “Eu sei que, depois da minha partida, aparecerão no meio de vocês lobos vorazes, que não pouparão o rebanho. E que até mesmo entre vocês se levantarão homens falando coisas pervertidas”.
Pervertidas aqui, não é apenas um conteúdo impuro de palavrão, mas é a distorção do conteúdo da mensagem, “para arrastar os discípulos atrás de si. Portanto, vigiem, lembrando que, durante três anos, noite e dia, não cessei de admoestar, com lágrimas, cada um de vocês. Agora, pois, eu os entrego aos cuidados de Deus e à palavra da sua graça, que tem o poder para edificá-los e dar herança entre todos os que são santificados.
” Houve na Escritura uma classificação específica de uma “sã doutrina”. A palavra “sã” significa “que não está doente, sadia”. O que sugere, então, que haja também uma doutrina doente, doentia, que vem.
Sendo comunicada completamente fora da sua estrutura, da maneira como deveria ser. Em Tito 2. 1, Paulo diz: “Mas você ensine o que está de acordo com a sã doutrina.
” Em 1ª Timóteo 4. 6 Paulo diz assim: “Expondo essas coisas aos irmãos, você será um bom ministro de Cristo Jesus, alimentado com as palavras da fé e da boa doutrina que tem seguido. ” Se há uma classificação de boa, existe a classificação, o adjetivo de má doutrina quando há distorção.
Em 1ª Timóteo 4. 13, Paulo orienta seu discípulo: “Até a minha chegada, dedique-se à leitura pública das Escrituras, à exortação e ao ensino. ” Então ele está dizendo: “A Bíblia tem que ser lida.
Exortações têm que ser feitas. Ensino, explicação. ” Em 1ª Timóteo 4.
16, Paulo ainda diz: “Cuide de você mesmo e da doutrina”. Ele está dizendo: “Assim como você tem que zelar pela sua vida espiritual, tem que zelar pela doutrina”, porque a doutrina requer cuidado. Aliás, esse foi o motivo de, em Atos 15, termos um concílio em Jerusalém, o primeiro na história da Igreja.
Por quê? Judeus desceram de Jerusalém para Antioquia, uma igreja dos gentios estava tentando judaizar esses gentios que haviam se convertido, exigindo deles uma circuncisão literal. Isso ia contra a doutrina que era promovida, ensinada e pregada.
Paulo resiste a esses irmãos junto com Barnabé. A confusão foi enorme. O assunto é levado a Jerusalém para ser debatido.
Por quê? Eles sabiam que a doutrina não podia ser corrompida. Nós olhamos também para advertências que foram feitas de que as pessoas, ao longo do tempo, voltariam as costas a esse tipo de ensino, que era a sã doutrina.
Segunda Timóteo, capítulo quatro, versos 3 e 4 diz: “Pois virá o tempo em que não suportarão a sã doutrina; pelo contrário, se rodearão de mestres segundo as suas próprias cobiças, como que sentindo coceira nos ouvidos. Eles se recusarão a dar ouvidos à verdade, entregando-se às fábulas. ” Tem muita coisa sendo pregada hoje em dia que eu diria que isso não é só uma utopia.
Já virou uma fábula. É uma distorção absurda do evangelho. Eu tenho corrigido pessoas que têm tentado viver de forma contrária aos princípios bíblicos, a ponto de dizer: Ei, nós não podemos sequer te receber como membro na igreja se você tentar viver dessa forma contrária às Escrituras.
E as pessoas olham para mim e dizem: “Se o senhor não quiser, tem quem faça. ” E simplesmente viram as costas, porque as pessoas estão se tornando lei para si, quando deveriam viver pela Palavra de Deus. Os apóstolos já advertiam sobre falsas doutrinas.
Em 1ª Timóteo 1. 3 diz: “Quando eu estava de viagem, rumo à Macedônia, pedi a você que ainda permanecesse em Éfeso para admoestar a certas pessoas, a fim de que não ensinem outra doutrina. ” Quando ensinos estranhos começavam a aparecer, havia confronto.
Em 1ª Timóteo, no capítulo 6, de 3 a 5 o apóstolo ainda diz: “Se alguém ensina outra doutrina e não concorda com as sãs palavras de nosso Senhor Jesus Cristo e com o ensino segundo a piedade, esse é orgulhoso e não entende nada, mas tem um desejo doentio por discussões e brigas a respeito de palavras. É daí que nascem a inveja, a provocação, as difamações, as suspeitas malignas e as polêmicas sem fim da parte de pessoas cuja mente é pervertida e que estão privadas da verdade”. Mente pervertida, privadas da verdade, mas com o mesmo espírito de “causar”, que nós continuamos vendo hoje em dia.
Hebreus 13. 9 diz: “Não se deixem levar por doutrinas diferentes e estranhas. ” 2ª João 1.
9 a 11, eu ouvia essa advertência do meu pai desde que eu era criança: “Todo aquele que vai além da doutrina de Cristo e nela não permanece, não tem Deus; o que permanece na doutrina, esse tem tanto o Pai como o Filho. Se alguém for até vocês e não levar esta doutrina, não o recebam em casa, nem lhe deem as boas vindas. Porque aquele que lhe dá boas-vindas se faz cúmplice das suas obras más.
Logo o assunto é sério. Os apóstolos também advertiam sobre condutas contrárias à doutrina. Romanos 16.
17 a 19: “Irmãos, peço que notem bem aqueles que provocam divisões e escândalos, em desacordo com a doutrina que vocês aprenderam. Afastem-se deles, porque esses tais não servem a Cristo, nosso Senhor, e sim a seu próprio ventre. Com suaves palavras e lisonjas, enganam o coração das pessoas simples.
Pois a obediência de vocês é conhecida por todos; por isso, me alegro por causa de vocês. Quero que sejam sábios no que diz respeito ao bem e simples no que diz respeito ao mal. ” Ele ainda diz em 1ª Timóteo 1.
8 a 11, vou dar uma enxugada, uma resumida: “Sabemos que a lei é boa, se alguém se utiliza dela de modo legítimo, tendo em vista que não se promulga a lei para quem é justo, mas para”, agora vou dar um salto, “para tudo o que se opõe à sã doutrina, segundo o Evangelho da glória do Deus bendito, do qual fui encarregado. ” Todo confronto, anúncio de juízo é para aqueles que se opõem à sã doutrina. Ela precisa ser ensinada e ela precisa ser preservada.
Ela precisa ser praticada. Por isso eu concluo, chamando a sua atenção não apenas para a importância que a doutrina teve no ministério de Jesus, mas também para com a preocupação que ele demonstrou de que isso continuasse quando ele não estava mais presente por meio dos seus apóstolos. Aí vemos na primeira geração apostólica, a mesma preocupação não apenas de ensinar, e eles faziam isso publicamente, faziam isso de casa em casa, fizeram isso por meio das epístolas, mas também se preocuparam de que quando eles não mais estivessem presentes, isso continuasse sendo replicado.
Paulo, por exemplo, diz a Timóteo: “O que de mim recebestes, transmite a homens idôneos que, por sua vez, tenham a capacidade de também comunicar a outros. ” Era uma comunicação da doutrina de geração a geração, para que isso não parasse em momento algum de ser comunicado. Em toda essa preocupação o que nós percebemos na revelação bíblica é que o propósito da doutrina é comunicar, em primeiro lugar, um código correto de crenças.
Isso precisa ficar bem claro. Efésios 4. 14 diz: “Para que não mais sejamos como crianças, arrastados pelas ondas e levados de um lado para outro por qualquer vento de doutrina, pela artimanha das pessoas, pela astúcia com que induzem ao erro.
” E tem. Muita gente hoje, principalmente na plataforma de YouTube, que também usamos, está empurrando as pessoas para o erro. Por quê?
Ventos de doutrina porque um código correto de crenças não foi construído e edificado. Em segundo lugar, o propósito da doutrina é promover ou comunicar um código correto de conduta. Tito 2.
9 e 10 diz: “Quanto aos servos, que sejam, em tudo, obedientes ao seu senhor, dando-lhe motivo de satisfação. Que não sejam respondona nem furtem, mas que deem prova de toda fidelidade”, conduta, “a fim de que, em todas as coisas manifestem a beleza da doutrina de Deus, nosso Salvador. ” Porque a doutrina não determina só o código de crenças, mas a forma como nós nos conduzimos.
Nós vamos falar tanto de uma coisa como de outra nessa série de vídeos. Em terceiro e último lugar, aperfeiçoar o homem. No texto inicial, mencionamos a declaração de Paulo a Timóteo: “Toda a Escritura é inspirada por Deus e útil para o ensino, para a repreensão, para a correção, para a educação na justiça, a fim de que o servo de Deus seja perfeito e perfeitamente habilitado para toda boa obra.
” Mas em Colossenses 1. 28, Paulo também diz: “Este Cristo nós anunciamos, advertindo a todos e ensinando”, ensino doutrina, “a cada um em toda a sabedoria, a fim de que”, aqui há um indicativo de propósito, “a fim de que apresentemos cada pessoa perfeita em Cristo Jesus. ” Nós vamos manter uma média de 30 minutos nesses vídeos para que a gente consiga apresentar conteúdo que acrescente, como teremos vídeo todas as semanas, alguns assuntos serão divididos.
Obviamente, não vamos apresentar a doutrina de forma exaustiva, detalhada, nem só em terminologia teológica técnica. Vamos apresentar resumos da doutrina, mas que gota a gota, semana a semana, vídeo a vídeo vão trazer um entendimento muito prático e importante para sua fé. Eu espero que você seja, de fato, abençoado através do entendimento de porque estamos promovendo esses vídeos e através do entendimento bíblico e de impacto para a sua fé que eles vão produzir.
Se você for abençoado, o que eu tenho certeza que será, compartilhe, nos ajude a alcançar o maior número possível de pessoas. Que Deus nos abençoe e que Ele nos ajude a entender a importância da doutrina, zelar por ela, andar e caminhar nela de maneira que honre e glorifique a Deus. Um texto que me chama atenção desde a adolescência está lá em Esdras 7.
10, quando a Bíblia fala desse grande sacerdote reformador e diz: “Porque Esdras pôs no coração o propósito de” 1: “buscar a lei do Senhor”, 2: “cumpri-la” e 3: “ensinar em Israel os seus estatutos e os seus juízos. ” Há mais de 30 anos eu venho me dedicando, meu coração vem ardendo. Ele carrega esse propósito de buscar a lei do Senhor, ler e estudar a Palavra de Deus com constância, com intensidade.
Com qual propósito? Vivê-la, mas também poder ensinar. E eu espero que tudo aquilo que você receberá por meio desses vídeos, de fato possam te ajudar no trilho das suas convicções, nas suas práticas e contribuir para o seu aperfeiçoamento.
Deus abençoe, uma boa e longa série de ensino para você.