Brava Conversa com Iná Camargo Costa - dez 2009

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BravaCompanhia
Aula / conversa com a professora e pesquisadora Iná Camargo Costa sobre a obra de Guy Debord, "Socie...
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a minha ideia é primeiro fazer um um Uma Breve digressão obrigatória no meu caso a saber uma pessoa pessoa que durante um certo tempo da vida frequentou o campo da filosofia eh então para nós é obrigatório situar historicamente o próprio guide debor a turma dele e a intervenção dele eh não preciso me deter sobre o beabá da sociedade do espetáculo o livro porque vocês já estão mexendo isso Mas então feita feito esse preâmbulo eu vou ler uma espécie de resumo que eu fiz do livro porque eu percebi que normalmente acontece um um processo que é
é a cara nossa nossa brasileiros a saber eh o pessoal que que mexe com política inclusive grupos org rizados e tal ignora solenemente o kide debor nem sabe que ele existe e e portanto não sabe que tem um que o livro é uma intervenção política o livro foi publicado em 1967 e foi uma espécie de Bíblia do pessoal que fez o movimento eh reivindicatório chegou a beira de uma guerra civil na França Esse livro foi uma espécie de Bíblia do movimento estudantil francês em 1968 eh e o pessoal da política não quer nem saber mesmo
aqueles no campo da esquerda que se interessam por aquilo que aconteceu no ano de 1968 e depois é um fenômeno que eu diria escandaloso você estudar um processo político complexo Como foi de 68 e ignorar a Bíblia do movimento estudantil tá faltando um parafuso né nesse nessa máquina e por outro lado o pessoal que se dedica às Artes especialmente o povo do cinema especialmente quer dizer em em primeiríssimo lugar o povo que faz cinema se interessa pelo guide debor mas o que é que faz se interessa pelos filmes em si para si ignorando que o
livro Sociedade do espetáculo é o fundamento teórico político da intervenção cinematográfica do do IB Então o que é que se passa no campo das Artes ele eles trabalham com a obra do Guide debor E mesmo quando leem o livro suprimindo A questão política presente no livro não foi uma nem duas vezes que eu conversei com gente ligado às Artes especificamente nos anos 70 gente de teatro que Lia o livro do Guide debor eh e e mais recentemente o pessoal do cinema que não tem a menor noção da da do do chão político de onde o
o pide debor fala isto é eles fazem uma leitura Espetacular do livro A Sociedade do espetáculo por quê Porque eles separam a matéria histórica e social que dá sentido ao discurso do bideb e separado eles pegam o próprio texto da sociedade do espetáculo e os filmes dele e pensam de maneira separada papag o tempo todo que o mbor faz a crítica da separação mas é uma separação abstrata Eles não sabem nem o que que tá separado do que e não percebem que eles estão separando as coisas Isto é espetáculo da vida real obra teórica obra
artística da vida real que dá sentido para ela então é por conta dessa constatação que eu fiz um resumo colocando eh em primeiro plano o o que eu chamo de avaliação política que o guide debor faz do contexto em que ele escreveu este livro e incorporando o prefácio que ele escreveu em 92 porque em 92 já era possível prever o que o que nós estamos vivendo a saber ele diz no final do prefácio que com o fim do sistema soviético e portanto daquela organização política que configurava o chamado leste europeu a próxima a próxima crise
que o capital ia enfrentar iria ser sem contar com os bons serviços prestados ao capital por Moscou e seus satélites a imagem do que eu acabei de falar aparece pouco antes aqui do do pedaço do filme Quando o filme pelo processo da Montagem põe no mesmo plano Fidel Castro como figura Espetacular o miterran que é o o principal líder do partido socialista francês o Jorge marchet que é o principal dirigente do Partido Comunista francês e o acho que é o krov Aí eu já não me lembro qual era o o estalinista de plantão Mas enfim
o chefe de estado da União Soviética então ele em 92 Avisa a próxima crise que o capital vai enfrentar eh vai ser digamos assim mais difícil de impedir os avanços políticos e sociais porque não tem mais moscou para segurar a onda Por que que ele diz isto porque como eh uma espécie de inspirador do movimento 68 e como militante anarquista contemporâneo dos acontecimentos 68 que também estão presentes nesse filme mas de maneira ainda mais radical naquele filme inir um noct blá blá blá blá blá eh ele Guide debor sabe que a guerra civil estava posta
não aconteceu e o processo de greve geral em Paris que chegou a a colocar em greve 10 milhões de trabalhadores este processo só foi revertido porque por telefone Moscou mandou Os Comunistas voltar atrás o governo já tinha caído era só dar o próximo passo a saber organizar os conselhos e Os Comunistas voltaram atrás e fizeram passar o fim da greve foram Os Comunistas franceses que impediram o desfecho a saber a guerra civil no processo de 1968 Essa foi a a crise mais grave porque resultou em mobilização propriamente dita que o capital enfrentou com o apoio
dos stalinistas então sendo presença do processo como um todo e sabendo disso ele incorpora essa informação no prefácio ao livro que o livro tinha sido publicado em 67 aí a edição teve algumas edições até 92 e em 92 ele escreveu essf incorporou pois muito bem diante disso é preciso então fazer uma pequena digressão para vocês entenderem de onde vem e como pode ser eu diria qualificado ou para falar uma língua que ele gostava determinada a figura do Guide debor e da sua turma que se chamava internacional situacionista Aliás o conceito de situação também é importante
para quem faz Teatro Épico eu vou falar um pouco disso também e e nos outros textos da Internacional situacionista eles tiveram acho que do duas publicações esses meninos eu já não me lembro mais o nome do do jornal revista né Eh o o gubor desenvolve dois conceitos que são muito importantes para quem tá interessado na na reflexão político estético e teórica que ele desenvolve porque o o primeiro capítulo digamos assim da vida da vida dele em Paris é justamente em contato com a Vanguarda francesa da década de 40 50 ele tem vários conhecidos no campo
do surrealismo desenvolve um diálogo importante eh com surrealistas e e outros né como neod dadaístas e tal então no plano das Artes e no campo da política ele é declaradamente eh declaradamente não de maneira direta mas ele faz declarações nessas publicações tipicamente anarquistas mas anarquistas no sentido clássico da palavra porém se essas declarações forem lidas com com o cuidado de situá-las ou determiná-los interlocutores eu agora sou eu falando é por minha conta vocês talvez possam verificar para confirmar ou desmentir eu diria que o guide debor desenvolveu também porque ele teve contato com um grande intelectual
francês que era do Partido Comunista mas posto para escanteio ele era muito esquerdista chamava-se hry lefevre nesse diálogo então uma cabeça anarquista de leitor sistemático de obras como as do gudon bacun enfim os do século X mas esse diálogo com o lefevre eu diria que ele desenvolveu uma espécie de anarc leninismo sobre o qual vale a pena pensar porque gente não entende a o radicalismo com que ele recusava a transformação da Internacional Socialista numa organização política de tipo clássico ele dizia o seguinte isso ele disse em inúmeras ocasiões eu não quero seguidores eu não quero
discípulos eu não quero ser direção de ninguém eu quero que as pessoas pensem pela própria cabeça e tomem as suas próprias decisões e façam o que acham que tem que fazer e respondam pelas suas decisões Isto é Lene Isto é Lene A diferença é que o Len não acreditava que espontaneamente as pessoas fossem fazer eh a revolução o Lenin queria fazer uma revolução porém que elemento da produção teórica do Len o o guide debor incorporou e colocou como Horizonte que tá presente em cada capítulo da sociedade do espetáculo então fazendo eh quando entre parênteses a
parte da necessidade de organizar em partido pelo menos as pessoas interessadas em fazer revolução que era o caso isso ele põ entre parênteses o horizonte da revolução bolchevique tá dado para o gubor a saber é preciso expropriar os expropriados inclusive os proprietários dos meios de produção do espetáculo e organizar a sociedade politicamente em conselhos os soviets ora todo poder ao soviets é o primeiro item das teses de abril de 1917 do le isso que eu acabei de falar é a minha hipótese de Interpretação da ação política do do que deborra então por que que eu
quero falar sobre isso porque de um modo geral o pessoal da política esquerda É claro que eu não vou perder tempo com o psdp por exemplo né E o pessoal da política fala não esse cara era um anarquista não vou perder tempo porque anarquistas blá blá blá blá blá e o que para uma pessoa como eu que também quer revolução é um erro monumental Quem me conhece já me ouviu falar o que eu vou dizer agora mais de mil vezes o fato de haver realmente um limite na intervenção dos anarquistas do ponto de vista da
questão da organização política que produziu os estragos da Espanha tal tal tal não elimina a percepção em primeiro lugar que eles têm nos momentos históricos da necessidade de avançar eles têm sensibilidade para isso e sobretudo a disposição paraa luta a partir do momento que ela se põe na ordem do dia eu diria o seguinte os anarquistas não se configuraram como direção de movimento revolucionário porque eles não querem dirigir Este é o ponto mas uma vez o processo revolucionário instaurado eles participam e dão a vida pela revolução ora uma pessoa que não entenda isso está jogando
fora uma parte absolutamente relevante do conjunto das forças interessadas na mudança da sociedade Esse é o meu ponto tem alguns outros que concordam comigo não é muita gente já contei também que eu tenho um amigo Gaúcho que me chama de anarco trista em parte por causa disso que eu tô chamando o guide debor de anarco leninista Mas enfim eh o ponto dele que é absolutamente consequente é este eu não estou aqui para dizer para ninguém faça isso ou Faça aquilo porque dizer isto já é exercer um poder e é isso que está na base da
sociedade do espetáculo o gubor queria uma sociedade onde universalmente as pessoas fossem livres e Iguais ninguém tendo relação assimétrica ou hierárquica com as demais pessoas eu não acho que isso é pouca coisa pois muito bem então só para vocês verem a radicalidade com que ele praticava esta convicção no início do do ano de 1967 numa cidade francesa Se não me engano estrasburgo materiais das revistas deles e tal chegaram nas mãos de um grupo eh Universitário e era momento de eleição de centro acadêmico os caras se candidataram e ganharam do centro acadêmico eles eram por situacionistas
né se diziam situacionistas então o que que eles fizeram com coerentemente com o programa eles pegaram o dinheiro do caixa publicar e imprimiram um um livreto no qual eles explicavam que tinha que ser fechado o centro Acadêmico deu maior pau foram processados enfim eh muita gente considera este processo que aconteceu uma espécie de estopim do movimento que culminou em Maio de 68 e os próprios estudantes também se os estudantes de estrasburgo achavam sim que eles foram o Estopim eh mas estopim um processo que ia germinar aqui ou ali é uma questão de circunstância foi muito
bem só que eles ficaram muito cheios de si porque provocaram vocês podem imaginar centro acadêmico levar um grupo que se elegeu para dirigir o centro acadêmico às Barras dos tribunais porque a direção resolveu fechar o centro acadêmico virou processo judicial eles estavam orgulhosos porque acharam que estavam cumprindo o programa da e mandaram lá um documento indo tal pra turma do Guide bor eles queriam ser eh considerados integrantes do grupo foram rejeitados e o o guide bor escreveu um ensaio sobre a miséria do movimento estudantil que na minha opinião é uma das obras primas porque ele
considera o movimento estudantil francês como um todo a expressão Mais acabada do que a sociedade do espetáculo quer né eles são eles são reativos ele Ele não achava que o movento estudantil teve nenhum papel importante que aconteceu mesmo em 68 foi uma de uma greve geral francesa que repito derrubou o governo eh e o movimento estudan era a parte Espetacular do processo ele não levava nem um pouquinho a sério né conversa no movimento estudan Mas o problema dele era Justamente esse a miséria teórica eh e a miséria real né Eh que tinha esse dado também
em parte o processo do movimento estudantil francês de 68 foi decorrência de um processo similar a esse que o PT tá promovendo aqui no Brasil a ampliação absolutamente sem critério nem planej nem muito menos avaliação das reais necessidades dos jovens de de 18 a 25 anos então oferece cursos Os mais imbecis sala de aula com 150 alunos professores miseravelmente remunerados e tal então foi uma um desenvolvimento de tipo populista do do do sistema Universitário e estudantes então ados em salas de aula 20 estudantes morando num apartamento onde cabia mal e porcamente quatro pessoas enfim eu
não tô falando nada que vocês não saibam né eh mas eh então havia uma miséria material e uma miséria intelectual dos Estudantes naquela conjuntura de 68 pois muito bem eh esse esse ensaio também foi publicado numa dessas revistas do da Internacional situacionista e para terminar então este preâmbulo eh oficialmente considerando os congressos que eles faziam a internacional situacionista nunca teve mais que 12 [Música] pessoas porque não tinha sistema de delegado então o era presencial todos os membros compareciam eram 12 porque eles rejeitavam também esse critério da organização socialista que é da realização de congressos por
eleição de delegado eu acho que é um erro político porque o trabalho de discussão e e eleição de delegado quando nada para você conseguir fazer uma reunião produtiva que delibere em nome digamos assim de 100.000 pessoas você não vai achar nemum nem no Maracanã dá para fazer essa reunião com todas as 100.000 pessoas no entanto eu acho que 50 pessoas representando essas 100.000 de maneira adequada poderão discutir e tirar importantes decisões agora tá falando quem já participou de organização esse tipo de congresso e tal eu eu ainda não vi motivo para jogar fora esse tipo
de organização Isto é a representação legítima que é a do delegado que você não vota porque tem olho azul ou mas porque tá defendendo Tais e Tais então ele vai defender Tais e Tais itens na na reunião Central eu sou a favor desse tipo de coisa a delegação e E com isso então eu entro no no segundo ponto que que vai ser rapidamente que é essa questão vou tratar dela em parte porque eu andei ouvindo o negócio da crise da representação né Eh vou me deter sobre o problema porque uma visão não dialética da ideia
de representação produz efeitos Mortais em todos os âmbitos a começar pelo âmbito da representação política mas sobretudo no âmbito da compreensão eh do fenômeno da sociedade do espetáculos porque o uma das possíveis definições de sociedade do esp é espetáculo é a falsa representação na vida real levada as últimas consequências no plano da produção cultural Então agora eu entro no no outro fio da me da formação do gubor que é o campo do pensamento dialético com particular relevância eu diria que três tópicos o primeiro tópico é a primeira epígrafe do livro Sociedade do espetáculo retirada da
obra do Ferb então é o a primeiríssima referência dialética do do gubor então é sobre isso que eu vou falar um pouquinho a segunda referência é o lucat de história e consciência de classe Sobretudo o capítulo sobre a reificação ou o feismo tal como se manifesta na vida cotidiana ele o o lucat parte do capítulo do Marx o feticismo da mercadoria mostra o vínculo entre o Marx e o Ferb e desenvolve porque ele lucat está discutindo Sobretudo com os socialdemocratas alemães a respeito da de uma questão que parece metafísica mas é muito concreta eh a
saber se a consciência revolucionária é um dado natural ou tem que ser eh posta e posta em discussão ou melhor eu diria Lenin diria ela tem que ser proposta porque as pessoas naturalmente não são revolucionárias as pessoas naturalmente são conservadoras a consciência naturalmente é conservadora quando muito ela fiqu infeliz Com as experiências agora a disposição revolucionária Depende de uma série de ingredientes e conhecimento porque sen não não não surge assim são estes os pontos que o o o guide debor pressupõe e eu vou desenvolver rapidamente a questão da religião porque é dela que vem o
conceito de fetiche né então diz o fireb de maneira eu eu vou esquematizar no último no último no último do último eh diz o fireb entre outras coisas o seguinte para quem como ele um um discípulo do Hegel né do céu Parece que eu combinei Esse é o eu combinei não isso aqui é área tecnológica da brava que faz [Risadas] esse não é que eu eu tô falando mas eu tô vendo as imag metralhar eu tô vendo as imagens pois muito bem o fireb discípulo do Hegel aprendeu com o heg mas não porque tá enunciado
porque ele foi capaz de ter uma visão do conjunto da obra do re ele aprendeu com Hegel que você não entende filosofia se não entender que o capítulo anterior da filosofia Isto é antes de haver filosofia havia religião aliás é o trabalho do ele vai explicar a história da pelo Prisma da religião então a religião tem um desenvolvimento até chegar no Ápice que é o protestantismo Então você tem simplificando estupidamente Você tem os politeísmo mesmo é no plural por cada povo tem os seus Deuses porque valoriza e tais coisas e não outras um período a
se perder na noite da história da humanidade porque a maior parte das experiências politeístas não teve sequer tempo de se registrar na palavra escrita segunda etapa o monoteísmo que começa na experiência Judaica e depois vira cristianismo e o cristianismo transformado em filosofia chama-se teologia então a filosofia católica é teologia do começo ao fim e vocês não precisam nem perder tempo entrando numa livraria qualquer procurem lá a sessão de livros religiosos e procurem qualquer obra do principal filósofo Cristão que é Tomás de Aquino como se chama qualquer obra do Santo Tomás de Aquino Parará Parará teológica
então a filosofia Cristã Já é o trânsito pra filosofia digamos assim laica na mão do do São Tomás e Aquino Ah é nem precisa dizer que a principal obra dele chama-se Suma Teológica is é resumo da teologia o assunto da teologia como a própria palavra tá dizendo é Deus é o conhecimento de Deus para o fireb a obra do Hegel pressupondo o passo seguinte que ele chama de como é que é é o cristianismo sem religião continua a teologia já é ISO a própria existência da teologia já é a demonstração objetiva de que religião sozinha
não segura mais precisa sofisticar o discurso então eh o o capítulo em que a teologia foi mais violentamente criticada internamente é o protestantismo o Lutero é a principal figura nessa história ora o capítulo seguinte que já é a filosofia por assim dizer laica é é o capítulo do Iluminismo que tem duas figuras importantes Kant e Hegel Kant o o o o ponto máximo da filosofia do Kant é aquele em que ele diz e recua horrorizado diante do que ele diz Deus é uma ideia necessária da Razão e o cara era protestante da ala mais radical
chamava pietista Claro que ele recuou e determinou lá na obra dele que portanto Deus é estudando a obra dele quando chega no momento de tratar desse assunto o Hegel passa um pito nele fala é inacreditável que um cara tendo dito que Deus é uma ideia da razão decrete proíba a razão de conhecer a Deus por diz Hegel sendo criação da razão Não há nada mais cogn se foi a razão que criou Então Deus pode ser conhecido e Então as outras obras do Hegel tratam desta afirmação mas ele não passa disto então diz o Ferb a
a com o Hegel completa-se o processo em que a religião virou filosofia e o cerne da filosofia do Hegel é a religião tá lá dentro é sem toda essa história da religião nem nem dá para entender o re eu agora eu FB vou explicar essa história então ele faz literalmente no no Mais até do que nesse livro a essência do cristianismo que tá aqui citado tem um outro livro que existe em português Aliás a essência do cristianismo também existe eh chama preleções sobre a essência da religião Ah aqui nesse livro ele realmente conta a história
da humanidade nas suas atividades religiosas eu tô me detendo sobre isso porque é daqui que vem o conceito de fetichismo da mercadoria então simplificando brutalmente o segredo é o seguinte como os homens seres humanos além de intervirem na natureza para segurar a vida material eles até por conta disso eles desenvolveram isto que para nós é fundamental linguagem o desenvolvimento da linguagem é é contemporâneo no sentido de que uma coisa não vai sem a outra ao desenvolvimento do pensamento o desenvolvimento do pensamento Depende de uma terceira coisa que faz parte do pensamento mas a gente separa
para fins analíticos que é a imaginação então a relação do homem é sempre com a vida real com os problemas que ele aparece tal como aparecem e com as respostas que ele é capaz de dar a cada momento do seu desenvolvimento histórico O que é é que se passa com os chamados primitivos eles Encantam o mundo porque tem um monte de pergunta pras quais Eles não têm respostas este processo de encantamento do mundo é a criação dos Deuses então é por isso que os primitivos Eh vamos pegar coisa que a gente continua sabendo Por que
que os egípcios valorizam a ponto de considerar eh emissários dos Deuses gatos vocês sabiam eu não sei se hoje mas o Egito antigo era Aliás na na legislação egípcia matar um gato é motivo de pena de morte morte morte tirei o Paulo gato lá pens vejam bem vê eu tô citando o fireb um gato vale mais do que um ser [Música] humano por os egípcios achavam que os gatos eram responsáveis por uma série de coisas aí vamos ver mesmo né Como diz o Maros vamos olhar mais de perto que é que gato faz na vida
real de verdade gato come rato o gato comendo rato impede que você tenha tifo que a sua comida desapareça do do seleiro ETC portanto os gatos eram enviados dos Deuses porque eles também T um monte de deuses né ises osir [Música] Ouros e os gatos são enviados dos Deuses para assegurar a alimentação e a saúde não é pouca coisa mesmo né Então gato era sagrado no Egito ora a partir do momento ou a partir da situação ou nas situações em que não precisa de gato para se livrar de rato não precisa eh sacralizar os gatos
e assim nas nas notícias que se tem até hoje sobre religiões antigas é é uma delícia ver essas histórias né agora Eu particularmente das histórias que o fbar contou tem uma que eu amo tem um povo lá perto da Ucrânia eu não vou lembrar o nome deles mas é perto de um eles vivem perto viviam não sei se ainda existem perto daquele vulcão cam chatka por aí bom esse povo tinha um Deus chamado cúa Eles já estavam esse povo já estava próximo do monoteísmo por quê Porque cúa é o criador do mundo mas na opinião
dos cka esse de não cka é o Deus na opinião desse povo é o ser mais imbecil idiota e louco que se possa pensar qualquer ser humano o mais débil mental é mais inteligente que cúa por quê que ele fez o mundo mas fez montanha enchente tempestade os caras achavam então achavam que o criador era a criatura mais cretina imaginar quer dizer o que havia de pior nas características humanas estava no criador pois ele criou esse mundo com todos esses problemas então diz láb que eles precisavam provavelmente D eles moravam na montanha se bobear no
no na encosta do vulcão precisavam descer para ir lá trocar alguma coisa com outra comunidade já na descida eles vinham insultando o imbecil que tinha feito essa mon eles terem [Risadas] depois então mas atrás diso desse exemplo o que é que tá o passo o passo que já foi dado entre os povos politeístas da da mistura do pensamento de capacidades humanas como a de criar mais imaginação que é o negócio de achar que tem um ser criador do mundo é um processo de projeção alienação Então as minhas eu sou capaz de criar interferir na natureza
fazer isso fazer aquilo bom além do que eu faço outros seres humanos certo então na escala das perguntas sobre as causas disso e daquilo não é difícil porque é um processo de abstração do pensamento chegar a pergunta se este mundo existe alguém um ser parecido comigo criou o mundo então a ideia de um ser criador mundo decorre desse deste complexo processo de intervenção na natureza eh intervenção no sentido de modificar a natureza segundo o meu meu humano né aliás diz o Ferb que a primeira qualidade do ser humano é o egoísmo egoísmo individual e coletivo
por quê Porque os seres humanos se distinguem da natureza como um todo e e bom e rapidamente começam a brigar com a natureza Basta ver o o os Devotos de cúa né eles xingam até o criador da natureza eh Então tem um um estranhamento aliás é a palavra que ele Us é um estranhamento do ser humano com os dados da natureza mas é um estranhamento positivo porque interessa conhecer e explicar os fenômenos da da natureza o céu a luz etc etc então é a combinação da ação da Necessidade das palavras do pensamento e da Imaginação
E deste embrolho surge surgem as ideias de Deus o monoteísmo nada mais é do que um processo mais avançado que já pressupõe inclusive dominação de vários tipos intra organização humana né como eu costumo dizer Jeová é é eu tô falando porque tá na Bíblia né É é perfeitamente possível demonstrar sobretudo para quem ao invés de ler a Bíblia católica ou protestante pegar a Torá que é o o antigo testamento na versão Hebraica na Torá você lendo logo ali no depois do [Música] Gênesis eu não sei se já é o êxodos ou ainda enfim é no
êxodos você lendo você percebe que Jeová é uma pessoa da vida real é um chefe militar que faz uma ali mois e oferece A troco da exclusividade exclusividade no sentido de submissão apoio PR saída do Egito isso tá lá na Torá então Jeová era um chefe militar poderosíssimo que ganhou a Adesão de Moisés à causa del tô dizendo como professora de literatura com Espírito de porco desde que nasceu é evidente falos anjos útimo exército São não são exército aliás eh na na tradição católica vocês já devem ter ouvido falar do do do canto gregoriano pois
bem do pacote porque é muito variado tem uma obra que eu diria que é a grande síntese do Espírito eh judaico Cristão é é um poema que se canta em celebrações super hiper mega blaster especiais chama tede já ouviram falar do tede então é um poema que começa tede laud tor blá blá blá Dominos Deus saot esta palavra sabaot tá lá na Torá é o Deus dos exércitos Deus dos exércitos Isto é Jeová é um chefe militar que foi promovido a único Deus daquele povo ali mas de qualquer maneira o que é que se passa
neste processo porque agora aqui numa sociedade mais eh complexa que no caso dos judeus envolveu inclusive esta aliança para sair da da da situação de escravos no Egito no Egito Parará e tal a a dívida que é infinita porque ela é subjetiva para com essa entidade é muito maior do que a dos pagãos com os seus Deuses como por exemplo os gregos e o bac agora passando pulando o capítulo judaico e chegando no Cristão você deve a esse Deus que quanto mais Passou o tempo mais abstrato ele foi ficando você deve a esse Deus nada
menos que a sua vida esta e a eterna que é tudo dele então com o Cristão mais as elaborações da teologia a partir do Santo Tom mais as deliberações de concílio porque a igreja não é tonta né ela chegou ao poder e além de produzir o lero lero da teologia ela cuidou de assegurar o seu poder com armas exércitos falanges e outras providências né ela dominou dominou o o mundo europeu de mais ou menos 500 e alguma coisa até mais ou menos a Revolução Francesa deu mais de 1000 anos de controle político vejam bem como
ficou legal Deus criador do céu e da terra certo o papa é o representante de Deus na Terra portanto os chefes políticos eram nomeados pelo Papa em nome de Deus Portanto o continente americano foi dado PR Espanha pelo mapa foi objet Colombo ainda não tinha chegado no que se chamou América mas as pesquisas indicavam que com certeza Havia só que tinha que haver experiência para garantir porque enquanto não chegasse o navio com europeu aqui era uma hipótese científica mas uma hipótese porque vocês sabem que na ciência a hipótese só vale depois de comprovar em nome
D essa hipótese Colombo bancos italianos e outros fizeram uma Joint venture organizar aquela esquadra para conferir a hipótese confirmou o Papa deu para a Espanha Portugal pegou uma carona de leve nessa história sabe como a troco Portugal e Espanha ganharam este continente a troco de expulsar os árabes do continente europeu Esta é a origem real da nossa é é a causa primeira para usar a língua dele da nossa existência e presença aqui neste lugar expar depois que os árabes construíram As Caravelas para eles Ah sim eles explicaram Aliás a igreja tinha problema com os árabes
inclusive nesse nível porque eh claro que rapidamente com o controle político a partir do da da cabeça que era Roma eles trataram de dar fim em tudo o que fosse documento e tal tal era mesmo Barb no sentido próprio os árabes salvaram os livros do Aristóteles e tal que depois ali por 10000 mais ou menos começou a entrar clandestinamente Os estudantes estudantes de teologia começar a ler Aristóteles e tal deu um problemão Mas eles viram que não ia culpa dos ára então a igreja não tinha interesse meramente territorial tinha interesse ideológico em retir os árabes
do pedar porque eles estavam produzindo subversão na cabecinha dos Estudantes mas o ponto é esse para vocês verem a força de um objeto criado pela razão porém alienado então este processo de alienação que durou mais de 1 anos pode ser devidamente criticado a partir do surgimento dentro do Iluminismo e por isso que o Iluminismo é tão importante para nós marxistas né Aliás o primeiro Capítulo do Iluminismo é ainda o racionalismo francês que já põe em crise as principais teses da teologia mas enfim é por conta deste raciocínio que repetindo o Ferb acha que só ele
só pode pensar assim porque ele fez o estudo cuidadoso do conjunto da obra dos filósofos modernos de descart a reggel e é durante este esta exposição que ele trata do problema do fetichismo e propriamente dito então o que que é é fetichismo e ele mostra que todas as religiões TM mas o caso concreto é o que se verifica sobretudo entre eh povos africanos né o pessoal do como chama bonequinho Vodu vu pessoal do Vodu o pessoal da do Candomblé e tal que não tem esse nome né porque cada grupo tem a sua mas são povos
propriamente fetichistas porque eles concretamente atribuem poderes mágicos a objetos objetos como pedra animais etc etc e a si próprios né no caso do Vodu que você faz um bonequinho que representa vejam bem como representar é coisa séria representa uma pessoa você ataca o representante da pessoa e a pessoa sofreria o efeito por mágica né por força por energia o que quer que se use para explicar o o o processo então para o fireb o comportamento fetichista é este em que o homem separa divide a sua própria subjetividade faz uma posta que é psicológica mas também
é racional em alguma coisa e a a objetiva tudo o que é interno a ele atribuindo todos esses poderes à coisa então o fetichismo original é é um processo de alienação o homem aliena das suas próprias qualidades e transfere as qualidades para objetos coisas seres inexistentes Este é o segredo da religião pois muito bem Capítulo 2 Marx feticismo da mercadoria por que é possível o feticismo da mercadoria porque no processo de desenvolvimento do capitalismo houve uma primeira separação uma primeira divisão uma primeira cisão então o o a a raiz do feismo da mercadoria está no
processo em que os homens já no fim da Idade Média foram separados do primeiro meio de produção que é a terra Eles foram expulsos das terras que eram comuns essas terras foram cercadas e transformadas em propriedade privada e as pessoas expulsas foram qualquer semelhança com a história do Brasil não é mera coincidência foram oferecer a única coisa que lhes restou que era a força de trabalho no mercado Então esse é o primeiro Capítulo do feticismo da mercadoria o o trabalhador não tem mais condição de viver do que ele faz planta come tal e vai pro
mercado vender a sua força de trabalho neste processo o próprio trabalhador já perde a noção e portanto já ele trabalhador vai ter uma relação fetichista com o mundo da produção da mercadoria porque ele perde a noção da totalidade o O Operário inglês por exemplo o fabricante de alfinete para dar o exemplo do Adam Smith ele ele faz o alfinete mas não sabe que aquele alfinete vai ser vendido na Virgínia lá nos Estados Unidos então você tem o o empobrecimento do do Homem Pré capitalista No sistema capitalista é um é um empobrecimento Universal é físico é
condições de vida e condições mentais de conhecimento então ele ser humano trabalhador se relaciona de maneira alienada com o próprio fruto do seu trabalho o objeto que ele produz e que para se manter se alimentar e tal tal ele precisa do dinheiro que ele recebeu vendendo a força de trabalho para comprar comida pagar aluguel etc etc e atenção porque para vocês verem que o fetichismo da mercadoria é uma coisa muito objetiva que tá na base e pega todo mundo o trabalhador que vai na padaria para comprar pão vai ali na lojinha para comprar ele perde
a noção de que o pão foi plantado lá na fazenda foi comprado ele não tem a visão do caminho que a mercadoria percorre para chegar na mão dele então ele passa todo mundo se relaciona com o mundo da mercadoria de maneira fea por fo parado dos mes de produção depois desta separação a ele perde a noção do todo do processo por causa da Separação se relaciona de maneira separada com os seus iguais quando muito Conhece dois ou três companheiros na na na linha de produção onde ele tá não nem sabe quem são os outros nem
pensa que existem os outros e portanto a mercadoria surge na prateleira da loja como por um processo mágico Então o que se o fetichismo da mercadoria é o processo através do qual as pessoas perdem a noção do processo ou para usar o termo do fo a história de cada mercadoria isto para não falar nada das questões que o marqu desenvolveu como por exemplo a extração de mais-valia superacumulação o trabalhador nem sequer sabe que o capital é obra dele mas essaa da ciaem dela ter se tornado o elemento que unifica tudo que tá separado mas unifica
enquanto separado e mantém a separação uma linguagem que todos entendem isso só que ela é Ela própria mas nós dois conhecemos isso não e a própria linguagem que é o senso comum é por ISO que um marxista tem que brigar o tempo todo com senso comum porque a a a teoria marxista é contra fatual Isto é a teoria marxista explica o processo da produção das mercadorias a teoria marxista quer que seus leitores superem subjetivamente o fetiso da mercadoria entendendo o processo de produção de mercadorias e de produção do Capital que é o mesmo processo então
eu tô chegando já na sociedade do espetáculo como vocês perceberam né porque o que é a sociedade do espetáculo é um terceiro nível porque tem isso também o capital do mesmo jeito que a religião católica não respeita nada ele incorpora tudo Basta ver a umbanda no Brasil a umbanda eu eu eu considero a a Aliás não sou eu foi um amigo antropólogo que me disse Brasil tem sim uma religião própria é a umbanda Por que é a umbanda porque nela estão presentes as três religiões básicas da história do Brasil A Nativa os caboclos os pajés
aquelas coisas os Orixá e os santos tá tudo junto misturado e tal tal capitalismo também faz assim né ele pega tudo então uma das coisas que o capitalismo aproveitou foi uma separação muito mais antiga que é a separação que explica a religião monoteísta a saber um chefe que normalmente era o militar e depois virou chefe de estado e o os súditos o capitalismo se apropria disso e se vocês prestarem atenção hoje o capitalismo convive com qualquer tipo de organização política desde a monarquia inglesa até a como é que eles dizem a democracia mais consequente mais
realizada que é a dos Estados Unidos passando pelos estádios intermediários como a democracia entre aspas Francesa A social democracia Democrata Cristã alemã aio autocracia russa o que vocês quiser porque o capital não tem religião tem sim tem sim o capital agora citando Val benjam o capital se desenvolveu como da religião cristã Walter Benjamim aliás é um ensaio dele do jovem Walter Benjamim que se chama justamente capitalismo e religião então é legal porque tem bastante coisa que dá fio que dá para puxar mas o ponto mais importante é esse então como o processo de acumulação é
sempre exponencial se comparado com a fruição que os produtores têm das mercadorias né começando pelo exemplo o trabalhador produz uma mercadoria com a qual ele nem sequer pode sonhar o trabalhador da construção civil não po nem sonhar com apartamento que ele faz então desde esse nível mais radical até a produção digamos de pão e o padeirinho lá tem direito a um ou dois né E tudo muito calculado e então o trabalhador é alienado violentamente por por quê Porque para começo de conversa ele precisa ir ao mercado para oferecer a sua força de trabalho e na
situação em que nós estamos normalmente não tem quem compre vocês por exemplo né da área cultural estão aqui porque a Globo não contrata vocês vamos lembrar certas coisas precisa é vocês sabem que eu não vim aqui para trazer Ilusões [Risadas] eu sou discípula do guid debor então então desde essa situação em que o trabalhador vai ao mercado e não acha quem compre a sua mercadoria até a situação em que vendendo e vendendo bem né a sua força de trabalho ele ainda assim é explorado porque eh para cada alfinete que ele produz Qualquer que seja o
preço de venda a parte que lhe cabe é sempre inferior à parte que cabe ao capital mais valia e portanto quanto mais ele produz mais ele produz capital é esta proposição que está na origem do livro Sociedade do espetáculo então a sociedade do espetáculo é o tal num nível tal de acumulação que se tornou imagem mas aí ele ele faz o recuo Lembrando que espetáculo é um fenômeno que existe desde que existe poder Então você tem espetáculo numa tribo essa tribo tem um chefe que realiza qualquer tipo de Cerimônia se essa tribo tiver um Pajé
qualquer atividade do Pajé é espetáculo qualquer ritual religioso qualquer não importa o nome que vocês deem pela simples condição do ritual ter um celebrante e demais participant acabou é espetáculo pelo critério do Guide Deb por quê Porque o celebrante detém um saber que os participantes não t tem um segredo qualquer na Instância de poder O que explica por que ele não queria discípulos ele não queria ele produzir espetáculo eu aqui tô T dando uma de chamando PR vocês tô expondo uma coisa que eu estou exercendo um poder mas é disso que se trata porém eu
tenho um Álibi que é o álibi do Rio como eu sou idosa certo em qualquer organização social é função dos idosos omitir à crianças o que eles aprenderam como condição de continuidade da espécie do saber da da da cultura e tal então É só nesse sentido de mais velha que cheguei primeiro por várias razões a estas informações eu tô transmitindo para você certo voltando então a separação é um dado real é com ele que nós temos que nos entender antes de qualquer tentativa de encarar a Fera exponencial mas só para entre a coisa do chaman
e do espetáculo tem um segundo ponto que é ele que explica Inclusive a existência de gente como guide debor é atenção também para vocês é no processo que é muito anterior ao próprio capitalismo da divisão do trabalho a primeira Aliás a segunda que a primeira divisão como vocês sabem foi homem mulher mulher fica em casa homem vai caçar e domina a mulher se liguem meninas é esta foi a primeira operação de separação a segunda é a do sacerdote quem é descendente de sacerdote hoje em dia porque é a divisão do trabalho intelectual e do manual
quem descende de sacerdote quem quem quem pess da e artista também por quê intelectuais e artistas porque na divisão do trabalho eles optaram pelo trabalho cerebral Isto é não tão nem aí com como diz o Marx Os horrores da esfola na produção material da vida trabalho paração certo então atenção lembrem-se que esse negócio de saber da onde a gente vem ajuda a responder a pergunta lá da São Jorge né quem não sabe o que é então se liguem nós todos sem exceção aqui somos descendentes do sacerdotes na divisão do trabalho e portanto desfrutamos de privilégios
que agricultores não têm eh Metalúrgicos não tem etc etc o espetáculo não precisou falar qualquer um de vocês pode completar nãoo assim como bu bu [Música] Hã ãã o que é o espetáculo é a industrialização do trabalho [Música] cerebral certo certo não né não é portanto da mesma maneira que o fabricante de agulha produz capital ou artor da Globo produz capital mas de qualquer maneira eh você falando do espetáculo indústria cultural indústria cultural seno mais cheguei aqui eu já cheguei então no no ponto ao qual as pessoas tendem a se restringir mas não é esta
a questão que eles discutem né porque na verdade o espetáculo tal como se entende indústria cultural ele só é possível porque é o grande capital explorando arte eh elaboração teórica etc C errar o os grandes trabalhadores da indústria cultural são teóricos pesquisadores e artistas a indústria cultural o espetáculo nesse sentido é o é a ponta de lança o ápice que o capitalismo chegou nessa por ISO por isso a proposição dele é capital acumulado em tal grau que se tornou imagem e se tornou o cotidiano de todos nós com a função de reiterar a e de
manter a fumaça na percepção das relações reais então a diferença do sacerdote ou do Pajé que de fato acredita no que tá fazendo a indústria cultural não a indústria cultural sabe perfeitamente que função ela desempenha e desempenha sua função de maneira científica aí então tem a linha agem teórica o primeiro discurso teológico sobre o funcionamento do capitalismo chama-se economia política por isso o Engel chama Adam Smith de Lutero da economia Por que que é um discurso teológico metafísico porque ele recomenda elam Enda fé no mercado vejam como é um discurso de tipo religioso a convicção
do Adam Smith que todo mundo cita até hoje a sociedade é constituída por seres seres humanos sem nenhuma outra determinação portanto abstratos que cada um vai cuidar do seu próprio interesse então um quer fazer isso o outro abre uma fábrica o outro quer ser trabalhador o outro quer ser soldado o outro funcionário público porque são livres para escolher é o capitalismo né esta a realidade e cada um e eis a a proposição teológica cada um cuidando do seu próprio interesse no fim das contas o mercado organiza Como é o mercado que organiza é do mercado
a lei da oferta e da Procura então o preço sobe se tem muita demanda cai eh se tem muita oferta piriri é tudo teologia pura teologia então a economia política é por isso que o Marxismo se chama crítica da economia política a função do Marxismo é desmascarar o discurso da economia política como discurso teológico o Marxismo desmascarando cria as condições teóricas de criticar o mundo em que nós vivemos assim como surgiu o Marxismo surgiram os filhotes eu tô Citando gub os filhotes da economia política que é teologia Aí ele dá uma lista incluindo eh psicologia
sociologia semiótica tem uma lista maravilhosa das disciplinas que tomam como dado o discurso da economia política Isto é vira pressuposto sobretudo esta ideia que a sociedade não se constitui por forças conflitantes e se se Deb indivíduos que cuid cada um dos seus interesses e aí lembrei agora eu não ia falar isso mas eu adoro esse pedaço no Adam Smith a seguinte observação o livro dele é de 1700 e pouco sobre ess neci de que cada um doesse pois só que enquanto não existe nenhuma lei que proíba os industriais de se reunirem e se organizarem em
instituições para defender os seus interesses Sobretudo o da redução do salários existem muitas leis que proíbem os trabalhadores de se organizar e defender o valor do trabalho quer dizer nem o Adam Smith acredita no que ele tá falando né que o mercado cuida de tudo E aí mais adiante ele fala assim não há uma única reunião social de determinadas categorias de industriais que não acabe no fim por um acordo que contraria o interesse público o que que ele tá dizendo o os capitalistas usam todas as situações para tratar coletivamente dos seus interesses portanto os capitalistas
na vida real não acreditam que as coisas se organizam por si pelas mãos invisíveis do mercado os capitalistas não acredit in fala que a única classe capaz de chegar mais perto de atender a todos o interesse geral da humanidade é a classe trabalhadora Claro mas é claro ele tá vendo que não tem uma festa um baile que não tenha como resultado um verdadeiro complô contra o conjunto da sociedade eu tô falando do Adam smi O pai da economia política mas seus discípulos sobretudo nessas disciplinas que derivaram da economia política dão como certo que a sociedade
é organizada De maneira atomística atomística é indivíduos Aliás a dona Margarete ta era discípula ela dizia não existe sociedade o que existe são indivíduos por isso que ela era a Grande musa o liberalismo Engraçado que essa filosofia quando surgiu era vista como uma libertação né claro daí incl daí vem a palavra liberalismo ISO que havia um mundo engessado pelos Reis e suas Claro porque a a luta concreta o livro do Adam Smith ele próprio é uma intervenção política é uma luta de setores agrários contra determinado tipo de postos Aliás o Adam Smith é o como
que a gente pode chamar isso não é profeta mas enfim é o grande Paladino da renda da terra então mesmo denunciando inclusive o processo de expulsão e de apropriação de terreno comum ele ele acha que a renda da terra é Sagrada A saber o que o proprietário da terra cobra Inclusive das pessoas que trabalham eh a serviço dele é uma coisa maravilhosa hã oo é o arrendamento Enfim então diante destes processos que são históricos e estão dados como separação a nossa vida cotidiana é uma vida essencialmente Espetacular porque nós vivemos mergulhados no fetichismo da mercadoria
que é isso que eu acabei de falar né A ignorância a respeito do processo que me permite est tomando Essa água aqui agora me interessa para esse ponto Capítulo anterior você tratou agora é que você afirma Então você está afirmando que qualquer um de nós estaria eh fazendo eh aplicando o telurismo no sistema de fábrica ó eu não ento qualquer um de nós aqui qualquer cérebro qualquer e eh intelectual qualquer ator aqui poderia estar aplicando o telurismo no sistema de fábrica eh qualquer um de nós está sujeito ou é um elemento da sociedade espetáculo e
consequentemente Faria não é então deix S que você falou aplicando som vítimas de umorismo difuso não o Lenin propôs uma organização teorista da da produção industrial é outra relação nós somos objeto de projetos aliás diria um amigo que eu tenho economista ele fala assim não teoris já tá atrasado hoje nós praticamos somos objeto de intervenções toyotistas é o porque o toyotismo é o é o teoris moo eh elevado à potência máxima né porque aí é o o o trabalhador que veste a camisa da empresa e mora lá e tudo né e trabalha como se a
empresa fosse dele cuida dos companheiros eh obriga as pessoas a não ter corpo mle Enfim no caso dos intelectuais eu acho que tá mais para toyotismo né você faz todo o seu trabalho em casa gasta sua eletricidade para fazer no computador e depois manda Prontinho para quem vai usar é uma aparente superação da divisão do trabalho quando na verdade é uma intensificação com direito a externalização de custos para quem vai usar o fruto do seu trabalho eu acho que é nessa categoria que estamos artistas e intelectuais pequenos produtores essa especialização ela tá em todas as
áreas né todas as áreas por isso que eu concordo com esse meu amigo ele chama Daniel e é economista de Formação quando ele diz que nós estamos mais para toyotistas inconscientes totalmente inconscientes do que para terorismo porque não interessa mais ao capital o processo por conta da superacumulação aquelas linhas de produção com 100.000 trabalhadores no interessa em todos os sentidos então eles multiplicam as unidades então o que você tem são as montadoras que recebem as partes e pá pá pá o mesmo trabalhador faz 10 carros num dia aspas ele pega as peças e monta né
com as máquinas agora as peças separadas são parte do toyotismo o robô que na verdade faz o trabalhador só opera tudo isso é capital né é capital acumulado uma certa consciência do que tá separado tá junto no fim né mas enfim eu acho que esse é esse é um dos nossos problemas muito objetivos muito objetivos mas de qualquer maneira Só Para eu terminar E aí poder partir pra conversa Como eu disse entro na terceira parte é o resumo do livro dando destaque à posição política do Guide Deb então espetáculo é uma relação social e a
relação interpessoal mediada por imagens é o modelo atual da vida que domina na sociedade é a justificação total das condições e dos objetivos do sistema capitalista o espetáculo é o discurso ininterrupto que a ordem atual faz a respeito de si mesma é um monólogo laudatório começa no pseudo diálogo da vida cotidiana e familiar desenvolve-se na vida Econômica é cultivado metodicamente na universidade e constitui o oxigênio dos meios de comunicação como elemento constitutivo do espetáculo a publicidade é mentira metódica cada nova mentira da publicidade é também a confissão da mentira anterior cada queda de uma figura
do Poder totalitário revela a comunidade ilusória que a aprovava por unanimidade o Arruda que o diga o espetáculo é absolutamente dogmático e ao mesmo tempo não pode chegar a nenhum Dogma sólido Gênese a sociedade do espetáculo deita raízes em todas as formas sociais que a precederam mas a ordem das coisas que está no âmago da dominação do espetáculo moderno nasceu no mesmo momento histórico em que a representação do proletariado suas organizações Passou a opor-se radicalmente à classe o primeiro passo deu-se quando o bolchevismo triunfou na Rússia e a socialdemocracia lutou vitoriosamente pela velha ordem o
segundo passo foi dado pelo stalinismo que instrumentalizou a terceira internacional como força de apoio da sua diplomacia para sabotar todo o movimento revolucionário e apoiar governos burgueses dos quais esperava Retribuição em seus negócios mundiais o fascismo passo seguinte por mais que seja adepto da mais conservadora ideologia burguesa em si mesmo não é fundamentalmente ideológico ele é arcaizante emem seu recurso ao Mito para organizar a comunidade definida por pseudo valores arcaicos como raça sangue e chefe o fascismo é arcaísmo Tecnicamente equipado e constitui Um dos fatores do espetáculo moderno a começar pelo papel essencial que desempenhou
na destruição do antigo movimento operário que tinha sido previamente desarmado pela socialdemocracia E pelo estalinismo o fim da União Soviética e seus satélites a aliança da mistificação burocrática significa que a burguesia perdeu o adversário que objetivamente a sustentava unificando de modo ilusório A negação da ordem presente o proletariado não foi suprimido como afirmam os intelectuais a serviço da sociedade do espetáculo ao contrário ele se amplia com a extinção do campesinato e com a extensão da lógica do trabalho assalariado para os serviços e as profissões intelectuais entre as quais a de artista e o trabalho intelectual
assalariado tende a seguir a lei da produção industrial da decadência na qual o lucro do empresário depende da rapidez da execução e da qualidade do material utilizado a crítica a crítica à sociedade do espetáculo só terá consequência prática se apontar para a organização revolucionária e tem que ser globalmente formulada contra todos os aspectos da vida social que estão sob o encanto do fetiche da mercadoria a cultura é a esfera Geral do conhecimento e das representações do vivido numa sociedade dividida em classes ela é o poder de generalização que existe em separado como divisão intelectual do
trabalho e trabalho intelectual da divisão mas a cultura é Também o lugar da busca da unidade perdida nesta busca a cultura como esfera separada é obrigada a negar a si mesma A Crítica Espetacular do espetáculo funcional a ele é um empreendimento da sociologia que estuda a separação recorrendo às ferramentas conceituais e materiais produzidas pela separação a Apologia do espetáculo ou publicidade por sua vez constitui um pensamento do não pensamento um esquecimento explícito da prática histórica o falso desespero da crítica Espetacular e o falso otimismo da pura publicidade do sistema são idênticos enquanto pensamento Submisso para
destruir a sociedade do espetáculo é preciso pôr em Ação uma força prática a teoria crítica do espetáculo só se torna verdadeira ao unificar-se a corrente prática da negação da sociedade de classes e esta negação a retomada da da luta de classes revolucionária se tornará consciente de si ao desenvolver a crítica do espetáculo que é a teoria das suas condições reais as condiões práticas da opressão Atual O espetáculo é a ideologia por Excelência porque expõe e manifesta em sua Plenitude a essência de todo sistema ideológico o empobrecimento a subordinação e A negação da vida real o
espírito do espetáculo é completamente despótico nunca a censura foi tão perfeita esta sociedade já não aceita ser criticada o discurso Espetacular silencia tudo o que é propriamente secreto e tudo o que não lhe convém a ignorância dos espectadores nasce daquilo que o espetáculo ensina o discurso do espetáculo não deixa espaço para a resposta a lógica só se forma socialmente pelo diálogo não é fácil e ninguém quer ensiná-la aos espectadores por outro lado nenhum drogado estuda lógica porque já não precisa dela e já não tem essa possibilidade a preguiça do espectador é a mesma de qualquer
intelectual do Especialista formado às pressas que vai sempre tentar esconder os estreitos limites de seus conhecimentos através da repetição dogmática de algum argumento de autoridade sem qualquer lógica o discurso da sociedade do espetáculo é falacioso enganador impostor sedutor insidioso e cicios a maior exigência da máfia onde quer que esteja é estabelecer que ela não existe ou que foi vítima de calúnias Este é apenas o seu primeiro ponto de semelhança com o capitalismo e a sociedade do espetáculo Tenho dito não falar em discurso autoritário agora podemos discutir bem no livro Só essa crítica toda só só
tem sentido se apontar pro para uma prática uma prática que supere tudo isso que supere cidade de classes só que ao mesmo tempo eh A análise é tão imped mostre que que é um mostre que a sociedade tá em do espetáculo tá em toda a parte tá E é to é total né é totalitária isso isso e e e e que que pareceria então que para atacar o problema teria que se se ter uma ação totalizante também do contrário você fica restrito a um ponto e não adianta nada porque o como uma meba a sociedade
se tem uma ela tem uma resiliência né mas é aí que entra a parte eu diria forte da da convicção anarquista dele primeiro ele sabe que não é só ele não é só a turma dele que pensa assim ele sabe porque ele é marxista também que tem o proletariado ele sabe tá aqui inclusive no resumo que este proletariado se ampliou para muito além das plantas como diz a socialdemocracia que a socialdemocracia só considera trabalhador Quem trabalha em grande indústria né fora disso não é trabalhador Hello a socialdemocracia inimiga da classe trabalhadora desde 1914 né então
o conceito de proletariado no século XX para continuar precisa ser ampliado precisa incorporar o trabalhador cerebral assalariado é proletário como o operador de robô por quê Porque só tem a força de trabalho para vender seja ele cerebral seja energia física Então esse é o primeiro ponto não dois se você não perde de vista e agora eu citando também O Manifesto contra o trabalho que é discípulo do Guide Bó se você mantém o horizonte de uma revolução você não precisa se responsabilizar pela realização pela pela formulação da palavra de ordem você precisa ficar ligado e fazer
o seu Isto é o anarquismo sobretudo na sua versão americana do século XX Isto é eu posso organizar um amplo Setor dos trabalhadores na disposição pra luta e temos que começar a lutar agora e aqui né então eu acho que é esta que é a questão que ele põe Ora nós não somos do do trabalho cerebral vamos nos organizar Pois é mas esse esse pensamento que eu acho que de uma certa forma nos nos inspira já muitos anos né de que não a gente aqui no nosso trabalho Nossa formiguinha a gente tá E tá hein
e tá hein Veja quo crer nisso eu quero n não eu creio não é nem crença no sentido religioso há 10 anos eu jamais imaginaria que no dia 6 que que é hoje 5 de dezembro de 2009 eu ia estar onde que eu tô mesmo discutindo de debor mesmo assim que tá fal é minha a grande angústia da minha vida é é a do intelectual do do do artista que que para mim é é a minha dor né para mim a gente tá sempre eh se enganando e enganando cada vez mais sabe e e nós
somos realmente nós é que somos a verdadeira sociedade espetáculo né E aí quando eu f somos agentes Pois é e qu faz parte dela porque isso que você falou é perigoso porque vira uma coisa Cristã de culpa e como é que teus ombros suportam o mundo nemas é mas ESSEA ser parte parece que nesse nosso trabalho de formiguinha nessa resistência né porque uma espécie de resistência nessa [Música] eh por um lado parece que C gente continua muito separados e como a coisa tá tão enraizada nas mentes e na organização e no Quando você pensa por
exemplo assim na bolsa nas bolsas mundiais que a bolsa é uma abstração que domina o mundo né se o cara tá de mau humor lá quebra tudo aqui eh dá a impressão que justamente por estarmos imersos que esse nosso trabalho de formiguinha bate nessa resiliência e a a coisa mas ela masa E aí eu perco E aí eu perco qualquer perspectiva de realmente transformar eu vou atuar dentro desse capitalismo vou vou fazer alguma coisa e vou é o mesmo por exemplo do do dos trabalhadores que reivindicam alguma coisa dentro das regras eles estão batalhando mas
estão dentro das regras ah direito de greve Tá tá tudo dentro da regra o nosso Deputado lá na Câmara conseguiu para nós não sei o quê mas isso aí você já entrou no campo da representação Espetacular justamente é o exemplo que eu dou de for uma luta às vezes tá dentro reg tem limites muito imediatos é tá dentro da regra então então nós precisamos desenterrar as formas de luta que ignoram essas regras apontam para outras [Música] possibilidades parece que trans uma coisa não está claro achando que tá Resistindo na verdade não se engancha não se
engancha é mas mas que formma aí que tá que formas seriam estas elas são a longuíssimo prazo não você vai falar rid gente daqui pra frente já não sou mais eu a interlocutor senão a gente também fica fica carregando traz pros nossos ombros pensar os artistas intelectuais não sei o qu mas mas eu falava como um todo não como artista como cidadãos do mundo aí eu acho que a grande questão é se colocar como classe primeiro recorde primeiro recorde nós somos classe trabalhadora nós estamos esparramados pela pensão São Paulo por exemplo pensando no mundo nós
estamos na periferia né do sistema econômico mundial e nas periferias de um país periférico classe trabalhadora que faz a sua produção intelectual a sua produção simbólica a grande tarefa eu vejo nosso momento que é tão árido mas que já já tem alguns avanços é primeiro se enxerga como classe e em movimento de fazer de decifrar com o mais a maior verdade possível nossa realidade social histórica e se conseguimos neste fazer produzir uma ação que essa essa é Nossa né nossa tarefa uma representação fiel ou próxima do fiel né do que nós estamos enxergando para nós
mesmos ou seja paraa classe trabalhadora a gente consegue expandir enquanto categoria V pensar o povo do teatro tem um avanço né Nós já estamos aí com nove grupos socialistas né É tem Associação já não sem Associação mas estamos junto né só Contagem por enquanto mas estamos junto é que tá mas também eh eh com Horizonte ou trazendo né com um legado de toda a experiência da classe trabalhadora historicamente constituída construída nós temos que ter uma tarefa de estudar para não cometer os mesmos erros e nos reinventarmos e ter Claro A humildade é muito difícil também
né Porque até então até agora os deuses do teatro nos deram a beleza de poder produzir e levar esse povo né impuro ou menor né que trabalha com a massa bruta nós vamos trazer a beleza das não classe trabalhadora como é que nós vamos e aí entra aquela coisa do prometeu né meio perigosa mas vamos pensar aqui né já que estão fazendo teatro a função é essa nós só fazer uma legenda Porque você fala prometeu você tem que ah legenda Porque tem gente que não conhece é não aquela coisa de roubar o fogo doos Deuses
né doos deuses e trazer pra terra nós é é na verdade talvez apagar a chama da burguesia né da ideologia para que a gente possa se tatear de novo e se encontrar e se reconhecer porque a parada é outra né só só completar uma coisa porque você falou uma coisa que você falou de produção simbólica né olha lá eles lá cho e cambada porque assim para mim tem um buraco nessa coisa da produção simbólica porque quando você fala eu fico assim recorrendo as conversas que a gente tem as conversas que a gente tem nas na
reunião que a gente tem feito dos grupos aí quando o Moreira fala que a gente tá fora totalmente fora exemp quando ele fala da classe trabalhadora ele fala não não não podemos e a nossa discussão com ele né que a gente fala não nós somos é a minha com ele então Porque deixa eu explicar deixa para aí nota de roda pé porque o Moreira opera a mesma falácia do Social Democratas o o Moreira eu estive com ele quarta-feira ele falou de novo se você não tem um patrão você não é trabalhador então só é trabalhador
quem tem carteira ass nada você não produz valor né é negó produzir valor É é o raciocínio da socialdemocracia eu falei eu falo tô falando aqui porque eu falo para ele por isso mesmo sabendo disso O Mart deu para nós o conceito de proletariado se você só tem a sua força de trabalho para vender você é proletário esteja ou não vendendo a sua força de trabalho no mercado ponto e o próprio Moreira só Ness do Moreira o próprio Moreira aqui também é teimoso falou mil vezes Moreira a maior parte de nós A grande maioria de
nós é tudo trabalhador Porque vende a força de trabalho porque se não ganha um fomento Você vai vender a fora sabe Dolores tem tem jardineiro tem eletricista e tem professor de teatro né e professor de história e sabe se não conseguiu aquela coisinha o patrão que o estado né Você não tem o privilégio dos trabalhadores bancar o nosso nosso exercício Mas vamos vender pro estado de novo que talvez os próprios trabalhadores vão pagar o nosso exercício vamos vender a força de trabalho não só para vou ver se eu consigo a gente por exemplo tem feito
tá nesse encontro que a gente tá fazendo aí que dura se dias hoje é o segundo a gente tá tá perguntando teatro teatro interrogação para qu para quem quando fala da produção simó posso estar enganado mas me vem uma uma pegar aqui uma coisa que eu aprendi com meu amigo ali porque se a gente fala em símbolo como estabelecimento de Convenções ou seja o convencion certa coisa se torno certo a me parece que a gente precisa revelar umas convenções e uma delas é uma luta revolucionária que a gente pode colocar isso no nosso fazer porque
o nosso fazer é por si estabelecimento de Convenções cena cena épo dramático Seja lá qual for mas não é não tem uma coisa assim né que é E aí por exemplo no Parque Santo Antônio Por que que vem criança e não vem o adulto porque a criança não está ainda presa a esse fetichismo me parece ela não está totalmente não tem o adulto passa aqui na frente mas as relações As convenções que estão com ele não ele não entra não parece ser uma boa mercadoria não parece ser uma boa mercadoria sem falar no papel das
igrejas evangélicas da redondeza você viu hoje aqui que proíbem os fiéis de frequentar esses templos do demônio exato você viu hoje vocês estão pensando que eu tô falando de brincadeira não você viu hoje aqui o menino que se escondeu aqui para não ir não ir a igreja aí ele saiu falou que hor são 7:15 ter que irou ter que ir mas eu acho que a gente tem um papel para desdobrar nos grupos que é vamos estabelecer político simbólico por isso que eu sou um dos Defensores do aprimoramento técnico pra gente poder estabelecer essas Convenções um
aprimoramento técnico que passa pelo conhecimento crítico das Convenções que estão dadas e funcionam da sociedade do espetáculo incluindo os evangélicos que são É sério eles são a ponta de lança no no campo no nosso campo que é o proletariado né eles T eles T uma função política absolutamente estratégica então conhecer identificar identificar até no no corpo das pessoas os sinais e começar a lidar com isso inclusive então a crítica geral da sociedade tal tal mas crítica concreta e não abstrata como a exposição que eu fiz aqui concreto Olhando direitinho como que os fenômenos se manifestam
descifrando o simbolo implícito e produzindo a crítica do [Música] processo pegando um pouquinho assim do que o GR falou e do que o Fábio falou também se hoje a gente faz se hoje tudo que a gente faz todas as nossas lutas estão dentro das regras e a o falou assim Ah então que que tem que que sobra PR curto prazo porque hoje conversando ali com três crianças uma de 10 uma de n outra de 10 anos uma começou a contar a história da novela e antes a gente estava falando sobre teatro aí eui e perguntei
você gosta mais de teatro ou de novela ela falou que prefere 100 vezes mais teatro e aí eu vejo que as eu vejo que o que resta pra gente é um pouco a longo prazo se a gente não consegue atingir os adultos e consegue atingir as crianças que vem aqui no Parque Santo Antônio é a longo prazo e o que que a gente tem a curto prazo a curto prazo nós todos temos que fazer cumprir o dever de todo trabalhador que é vender a sua força de trabalho pelo melhor valor que possa obter então é
através do estado que seja o estado mantém a universidade para produzir o discurso espetáculo que mantenha gente que produz o contradiscurso porém não se iludam não é Patrocinar pelo estado que nós vamos fazer revolução mas temos então que aprender como lidar com o fato de que asseguramos a nossa vida material com dinheiro que vem do Estado isto é uma coisa e para além de assegurar nossa vida porque a gente pode assegurar fazendo oficina em Céu que eu sei de muita gente que sabe isto posto tem a luta propriamente dita e e tem também o conjunto
de intersecção porque enquanto eles não descobrirem o que nós estamos fazendo de verdade eles vão continuar dando dinheiro mas a hora que eles descobrirem eles cortam à vez ção que eles sabem que nós somos uma espécie de válvula de escape a as pequenas Ilhas as pequenas ilhas de resistências estão previstas no se não H coisa pode é pode ser pode ser se bem que é est pensando na lei de fomento a estupidez dos nossos vereadores é de tal ordem que eu acho que eles não chegam a esse nível de perversidade no entanto no caso do
Secretário de Cultura é muito mais que isso porque o Secretário de Cultura é da prefeitura sei de quem eu tô falando ele vem de uma formação de esquerda Esses são os inimigos os mais perigosos tem tem é a minha fala talvez tenha parecido um pouco cética mas é porque realmente a impressão que me dá quando eu eu vejo o a profundidade da análise dele e do quanto a coisa realmente pessoa parece que tá é parece que tá no código genético já a pessoa nasce capitalista Mas isso é verdade ele diz eu não Nenhuma palavra do
meu resumo foi é minha eu tirei tudo do livro dele então começa na família o que é que a família ensina para nós o princípio de individuação a saber você cuida do seu interesse e não pense em mais ninguém a cada passo que você der que cada um tá fazendo ISO Isto é é a família que nos treina paraa regra de todos contra todos depois a gente vai pra escola onde isto através dos concursos de redação concurso de concurso o que que é concurso é treino para a concorrência você só vale se você for Winner
se você for Loser você tá roubado quem meou é e daí pode ir para tudo esit mod esporte tudo tudo in aliá isso isso isso acabou de me era uma das razões para ir obrigar lá na época da redação da lei de fomento que teria uma classificação dos quer dizer que então os candidatos vão concorrer entre si é não tem outro jeito assim bom então tá tem uma coisa você falou da do do fetichismo está dentro da industrialização do trabalho cerebral né mas começou na na na na na indústria isso porque a industrialização do trabalho
cerebral é um fenômeno do século XIX melhor dizendo em caráter manufatureiro que é que é pré grande indústria o trabalho intelectual já começou a ser industrializado quando surgiu a imprensa o que é um livro é a apropriação privada da experiência comum por alguém que detém um meio de produção a saber uma máquina que faz livros então a apropriação privada do Imaginário começou com uma figura chamada Gutenberg seu publicando Bíblia em Alemão então Aqui começou a industrialização do trabalho segundo passo que já é do século X jornais então jornalistas existem desde o século X Isto é
um cara com grana compra os equipamentos e contrata pessoas para produzirem formação do seu interesse vocês pensam que os jornais de um modo geral chamam Gazeta Mercantil por quê Porque os jornais surgiram no interesse da circulação mundial de mercadorias eles traziam os primeiros jornais traziam boletins a respeito de cotação disso daquilo de escravo de coisa que servia para comprar escravo porque nem sempre foi dinheiro né as primeira as primeiras levas de escravos compradas na África por traficantes eram trocados por Conchas e outros objetos né então troca esc
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